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CN

Grupo I

Documento 1: Segredos de um aquário único

No dia 13 de janeiro de 2013 foi inaugurado em Ílhavo, no Museu Marítimo de Ílhavo, o único
aquário exclusivamente de bacalhaus da Europa. Com 120 mil litros de água que enchem os 54 m 2
de área, abriu as portas ao público com 40 peixes da espécie Gadus morhua, no entanto, espera-
se que em breve se juntem a estes mais 110 bacalhaus que, juntamente com a vegetação marinha,
poderão ser observados à superfície e de diferentes ângulos, em espiral. No dia da inauguração,
os peixes do aquário tinham idades compreendidas entre um e dois anos e até meio metro de
comprimento. Um bacalhau adulto pode chegar aos dois metros, aos 90 kg e aos 25 anos, mas
dificilmente isso acontecerá fora do seu habitat natural.
Para tentar reproduzir ao máximo o habitat natural destes peixes há o cuidado de manter o
aquário com pouca iluminação e a temperatura da água a 12 ºC (mais alta do que o normal, que
varia entre os dois e os seis graus, para poupar energia). Mas a grande preocupação deste museu
é a salinidade da água, pois é necessário reproduzi-la o mais próximo possível dos mares frios do
Norte da Europa, onde estes peixes vivem. Neste sentido, é preciso importar, diretamente da
Alemanha, um sal especial, uma vez que o sal nacional não pode ser usado (intoxicaria os peixes
quando entrasse em contacto com os produtos de tratamento da água). Todos os meses são
gastos 1000 kg de sal, que custam mais de um milhar de euros. Menos complicado é o tratamento
da areia. Proveniente dos rios portugueses é apenas limpa por aspiração, não precisando de ser
renovada, ao contrário da água, onde 10% dos 120 mil litros tem de ser trocada todas as semanas.
Adaptado de Jornal de Notícias, 2013-01-14

Documento 2: Influência da salinidade nos peixes juvenis de robalo-peva

O robalo-peva, (Centropomus paralelus) é, tal como o bacalhau, uma espécie que sobrevive em
aquário. O quadro da Figura 1 mostra os resultados da sobrevivência e o peso médio de peixes
juvenis de robalo-peva em diferentes salinidades, ao fim de 30 e 50 dias de cultivo.

*
Dias de cultivo Sal (ppt) Sobrevivência (%) Peso médio (g)

5 98,1 0,53
30 15 100 0,59
35 96,2 0,54
5 94,3 0,84
50 15 100 0,91
35 93,3 0,85
*Partes por trilião
Retirado de Maciel, 2005 (Tese de Pós-Graduação em Aquicultura)

Figura 1

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Na resposta a cada um dos itens de 1 a 6, seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreve, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1. São fatores abióticos referidos no texto:

(A) o bacalhau e a vegetação marinha.


(B) a temperatura e salinidade da água.
(C) o camarão e a pota.
(D) as opções A) e C) estão corretas.

2. Os bacalhaus Gadus morhua que vivem no aquário representam:

(A) uma população.


(B) uma comunidade.
(C) um ecossistema de água doce.
(D) um ecossistema marinho.

3. Na inauguração do aquário, os bacalhaus:

(A) tinham até meio metro, mas espera-se que venham a atingir mais de 2 metros.
(B) tinham menos de dois anos e cerca de 90 kg.
(C) tinham perto de dois metros e menos de 2 anos.
(D) não ultrapassavam os 50 cm e tinham entre um a dois anos de idade.

4. A água e a areia do aquário fazem parte, respetivamente:

(A) da biosfera e hidrosfera.


(B) da hidrosfera e litosfera.
(C) da hidrosfera e biosfera.
(D) da hidrosfera e atmosfera.

5. A sobrevivência do robalo-peva:

(A) aumenta com o aumento da salinidade.


(B) diminui com o aumento salinidade.
(C) não se altera com o aumento da salinidade.
(D) varia com o aumento da salinidade.

6. O peso médio de juvenis de robalo-peva é mínimo:

(A) ao fim de 30 dias de cultivo e uma sobrevivência de 5 ppt.


(B) ao fim de 50 dias de cultivo e uma sobrevivência de 100%.
(C) ao fim de 30 dias de cultivo e uma sobrevivência de 98,1%.
(D) ao fim de 30 dias de cultivo e uma sobrevivência de 96,2%.

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7. Comenta a situação: “Diminuir a quantidade de sal para 250 kg por mês seria uma boa opção para
reduzir os custos com a manutenção do aquário.”

8. O urso-polar vive em climas muito frios e a raposa do deserto em climas quentes e secos. Indica
uma característica física e uma caraterística comportamental desenvolvidas por cada um destes
seres vivos que lhes permitem viver nos seus habitats.

Grupo II
O estudo das interações dos animais com o meio ambiente é essencial para a caracterização dos
ecossistemas.
Para determinar a relação existente entre a temperatura ambiente e a temperatura corporal de um rato e
de um lagarto foi realizada uma experiência, cujos resultados experimentais estão representados na figura 1.

1. Variação da temperatura corporal e da taxa metabólica do rato e do lagarto em diversas condições.

1. Classifica como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações relativas aos
ecossistemas.
A. Um ecossistema consiste num conjunto de organismos que habitam um dado local, as relações
entre eles e os fatores físicos e químicos que fazem parte do meio.
B. Os ratos e os lagartos pertencem à componente abiótica dos ecossistemas.
C. O habitat é o local do ecossistema que é ocupado por um organismo.
D. Um ecossistema em equilíbrio pode ser só composto por consumidores.
E. O estudo do funcionamento do ecossistema implica a análise do fluxo de matéria e de energia.
F. As comunidades correspondem a uma hierarquia de organização biológica superior às
populações.
G. Os ratos e os lagartos pertencem à mesma população.
H. A célula é a unidade básica dos ratos e dos lagartos.

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2. Estabelece a correspondência entre a chave e as afirmações.
Chave
I. Afirmação apoiada pelos dados
II. Afirmação contrariada pelos dados
III. Afirmação sem relação com os dados

Afirmações
A. Os dados da experiência reportam-se a organismos produtores.
B. O fator abiótico estudado na experiência foi a humidade.
C. Os lagartos são animais exotérmicos.
D. Nos lagartos, o calor do corpo é obtido diretamente do meio ambiente.
E. A temperatura corporal do rato varia em função da temperatura ambiente.
F. Os ratos possuem níveis de organização biológica distintos dos lagartos.
G. Quando expostos a temperaturas muito baixas, a taxa metabólica dos lagartos aumenta
exponencialmente.
H. Os ratos são animais poiquilotérmicos.

3. Distingue animal poiquilotérmico de animal homeotérmico.

4. Com base nos dados, indica duas estratégias comportamentais usadas pelos lagartos para manterem
a sua temperatura corporal.

5. Alguns animais hibernam durante os períodos mais frios. Explica as vantagens da hibernação,
indicando as principais mudanças fisiológicas que ocorrem.

6. Identifica o fator abiótico a que se refere cada uma das seguintes afirmações.
A. Nas florestas boreais as árvores possuem folhas modificadas sob a forma de espinhos
escuros e revestidos por ceras.
B. A atividade de muitos animais depende do período de radiação solar a que são expostos ao
longo do ano.
C. Os animais podem apresentar uma espessa camada de gordura, uma pelagem densa e
isolante, ou penas, que impeçam a perda excessiva de calor.
D. As plantas apresentam raízes longas para absorção e transporte rápido para as folhas.
E. As plantas não expostas à radiação solar desenvolvem folhas grandes e com tonalidades
amareladas.
F. Os ratos do deserto têm orelhas muito desenvolvidas e irrigadas por sangue.
G. A alteração das rochas é essencial para a fixação de plantas.
H. Os insetos das regiões montanhosas podem não possuir asas para se deslocar.
I. Os pinguins têm o corpo coberto por uma espessa camada de penas.
J. A floração depende do número de horas de exposição à radiação solar e de escuridão.

7. As alterações da temperatura do meio podem colocar em maior risco de extinção os lagartos quando
comparados com os ratos. Explica este facto.

FIM
Teste realizado pelas professoras Rute Braz e Vera Crisóstomo
1 2 3 4 5 6 7 8
Grupo I 5 5 5 5 5 5 8 6
Grupo II 8 8 6 6 8 10 10 -

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