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2. Perdido na Noite


OoO
"Onde há muito sentimento, há muita dor". (Leonardo da Vinci).
OoO

E novamente aquele ciúme destrutivo estava lhe deixando entristecido. Será que Kim não percebia que Hanz
o amava e não ia deixá­lo por causa de uma cantada ou de um flerte de um colega da faculdade?

A  situação  havia  sido  estúpida  aos  olhos  de  Hanz.  Ele  havia  recebido  algumas  mensagens  suspeitas  no  seu
celular  e  infelizmente  Kim  havia  visto  as  mensagens,  acusando­o  de  estar  incentivando  as  ações  daquele
garoto.

Hanz  estava  saindo  pela  rua,  ignorando  os  chamados  de  seu  namorado.  Ele  queria  ficar  sozinho,  não
agüentava mais aquela gritaria. Afinal, o que havia feito de errado? Não podia mandar no comportamento dos
outros.

O moreno estendeu a mão e parou um táxi, adentrou rapidamente no veículo, antes que Kim o alcançasse e
saiu em disparada, olhando para trás, vendo o olhar raivoso do karateca.

Com um suspiro, pediu para o motorista lhe levar até o parque central. Era tarde, logo escureceria e não sabia
para onde ir, só conseguiu pensar na calmaria do parque, apesar dele estar fechado nesse horário.

­ Obrigado – agradeceu ao motorista pagando a quantia exata.

­ “Ah... será que iremos brigar sempre?” – indagou em pensamento.
O  celular  de  Hanz  tocou  de  repente,  olhou  para  o  telefone  que  lhe  chamava,  reconhecendo  o  celular  do
karateca.

­ Alô?

­ Hanz! Onde você está?

­ Longe de você e do seu ciúme doentio – respondeu.

­ Volte para casa, eu quero conversar com você.

Hanz começou a rir baixinho ao ouvir aquilo.

­ Do que está rindo?

­ Você não quer conversar. E sim falar e falar o quanto eu sou vagabundo e dado para os outros. Eu cansei
disso.

­ Hanz, volte logo para casa. Já está ficando tarde.

­ Eu não vou voltar. E eu estou cansando de falar com você. Passe bem!

­ Não desligue. Fale logo onde você está que eu vou te buscar.

­ Pra quê? Para você ficar gritando no meio da rua comigo?

­ Hanz, não vamos falar por telefone.

­ Tchau!

O moreno encerrou a ligação de repente, colocando o seu aparelho no bolso da calça. O sentiu vibrar e tocar,
mas  não  atendeu,  caminhou  pelas  ruas  lentamente,  sentindo  um  leve  incômodo  na  sua  garganta,  queria
chorar, mas segurava suas emoções.

O  tempo  foi  passando  e  os  lugares  começaram  a  fechar.  Hanz  não  tinha  para  onde  ir  e  estava  sem  sua
carteira,  tinha  apenas  alguns  trocados  no  bolso,  não  era  suficiente  para  pagar  um  hotel.  Com  um  suspiro
resignado, encostou­se na parede de tijolos de um prédio e ficou olhando para a rua.

A noite estava comandando a cidade. A umidade e o frescor estavam anunciando a chuva que viria. Os ventos
começaram a ficar mais fortes e alguns trovões cortavam o céu.

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­  “Prostitutas,  traficantes,  pessoas  estranhas,  armas,  drogas...  tudo  apareceu  do  nada”  –  pensava,
observando a rua como nunca havia feito antes.

Hanz começou a mexer nos bolsos de sua calça a fim de tentar achar algumas moedas, queria dinheiro para
pegar outro táxi. Ele começou a puxar um monte de papéis, canhotos de cartões de crédito, cartões de lojas,
propagandas, e... cartão telefônico de seu antigo professor de química.

­ “O que isso está fazendo aqui?” – indagou em pensamento, olhando para o cartão que Iago havia lhe dado
antes de partir do colégio.

Um  leve  sorriso  desenhou­se  nos  lábios  de  Hanz  ao  lembrar­se  das  conversas  que  tinha  com  seu  antigo
professor. A comparação entre Iago e Kim podia ser descrita em uma única palavra: maturidade.

Iago  era  com  certeza  uma  das  pessoas  mais  sérias  e  ousadas  que  teve  a  oportunidade  de  conhecer.  Tinha
muita  simpatia  por  seu  antigo  professor,  e  talvez  eles  tivessem  uma  amizade  sólida  se  não  fosse  os
sentimentos proibidos que seu professor nutria por ele.

O coração de Hanz acelerou de repente, seu punho começou a tremer. Ele ficou pensando em ligar para Iago,
talvez pudesse conversar um pouco. Afinal, com quem poderia desabafar? Se ligasse para Corei, com certeza
ele teria um chilique e ficaria xingando Kim por telefone, e o que menos queria no momento era ouvir sobre o
karateca.

O cartão foi colocado novamente no bolso da calça jeans, Hanz sentou­se na calçada suja e úmida, estava a
salvo da fina garoa que caia pelo céu escuro.

­ “Está ficando frio” – pensou, olhando para o relógio que media a temperatura do ambiente – “a temperatura
caiu bastante” – concluiu, vendo que estavam 16° Celsius.

O  moreno  usava  apenas  uma  camiseta  preta  e  básica  de  manga  curta,  abraçou  seu  próprio  corpo,
encolhendo­se para tentar ignorar o vento frio. De repente, alguém lhe fazia companhia, era um bêbado que
cantarolava e lhe enchia a paciência com seu passado aventuroso e provavelmente mentiroso.

­ “Ah... eu mereço” – pensou com desagrado.

Uma mulher apareceu de repente, era uma prostituta, ela começou a falar com Hanz, tentando vender seu
serviço. E cansado daquela conversa enfadonha, o moreno se levantou e saiu com a cabeça baixa,  deixando
que as finas gotas frias lhe molhassem.

O  frio  começou  a  ficar  mais  intenso.  A  temperatura  do  corpo  do  moreno  começou  a  cair,  ele  tremia
levemente, sentiu seu celular tocar novamente, o pegou e constatou que era seu namorado que lhe ligava,
mas não queria atendê­lo.

­ “Ah... eu estou tão triste” – pensou, permitindo que suas lágrimas quentes começassem a caírem por seus
orbes azuis.

Duas  horas  passou­se,  já  se  passava  das  dez  horas  da  noite.  Hanz  estava  cansado,  com  fome,  frio  e
emocionalmente fragilizado. Encostou­se em outra parede de concreto, aproveitando do telhado de  madeira
para se proteger da chuva.

Mexeu  novamente  nos  seus  bolsos  e  pegou  o  cartão  do  seu  professor  e  com  os  dedos  trêmulos  discou  o
número de Iago e ficou esperando até que ele atendesse. Depois de alguns segundos uma voz grossa e rouca
foi ouvida.

­ Alo, quem está falando? – Iago indagou.

­ Iago?

­ Sim, sou eu. Quem está falando?

­ Sou eu, Hanz Golden.

­ Hanz!? Como você está?

­ Ah... eu queria conversar um pouco. Você sempre deu bons conselhos.

­ Aconteceu alguma coisa?

­ Ah... esquece. Eu não deveria te perturbar com isso. Nos falamos depois!

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­ Não, não, não desligue. Diga­me o que aconteceu.

­ Apenas briguei com Kim novamente, ou melhor, ele brigou comigo.

­ Ele... Te bateu?

­ Não, não – falou rapidamente – isso não.

­ Onde você está morando?

­ Cidade do Sol – riu baixinho – e você?

­ Eu também! Onde você está?

­ Que coincidência! – riu baixinho, a vida era cheia de surpresas realmente.

­ Hanz, vamos nos encontrar.

­ Ah... bom, isso não vai ser possível. Talvez outro dia.

­ Por quê?

­ Eu estou sem dinheiro para um ônibus, eu saí sem minha carteira.

­ Você está sozinho na rua e sem dinheiro!? Diga­me agora onde você está que eu vou te pegar.

­ Não, por favor, Iago. Eu só queria conversar um pouco com você e...

­ Hanz, Já chega! Eu não vou ficar em paz sabendo que você está sozinho há essa hora nessa cidade. Diga­me
onde você está agora.

­ Iago, eu vou ligar para o Kim... ele virá me buscar. Não se preocupe.

­ Você quer ligar para ele?

­ Não...

­ Então me diga onde você está?

­ Iago, eu...

­ Hanz, eu estou ficando bravo. Fale logo!

­ Eu estou na avenida general flores na altura do número dois mil – falou num tom derrotado.
­ Fique ai na rua, eu vou te buscar.

­ Mas...

­ Eu estou saindo. Até!

A ligação foi encerrada por Iago, o moreno suspirou e se amaldiçoou por ter ligado para o seu antigo professor.
Agora ele ia trazer problemas para uma pessoa desconhecida, não queria envolver Iago em seus problemas,
mas desejava conversar com alguém.

O moreno ficou trinta minutos olhando para a avenida até que um carro esporte vermelho encostou e ficou
andando lentamente pelo canteiro da guia até chegar a Hanz.

A  porta  do  carro  foi  aberta  de  repente  e  o  moreno  abaixou  sua  cabeça  olhando  para  o  homem  que  dirigia.
Ficou com  receio  de  entrar  no  carro  por  não  enxergar  direito,  mas  ao  ouvir  a  voz  de  seu  antigo  professor,
abriu um sorriso e andou lentamente até o carro. Ele já estava ensopado mesmo, correr ou andar não faria
diferença.

Sentou­se no banco e fechou a porta, olhando para o professor que ficou impressionado com seu estado. Hanz
estava  acabado,  seu  olhar  era  triste  e  avermelhado  pelo  tanto  que  havia  chorado,  suas  roupas  estavam
ensopadas e seus cabelos grudavam na sua testa.

­ Há quanto tempo! – Iago sorriu.

­ E que situação você está me encontrando – falou com constrangimento, abaixando a cabeça.

­  Hanz,  todo  mundo  tem  problemas.  Eu  tenho  problemas,  você,  aquele  homem  que  está  passando  pela
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calçada. O que temos que  priorizar  é  nossa  saúde  mental.  –  sorriu  –  Vamos  para  minha  casa,  é  um  pouco
afastada. Tudo bem?
­ Eu não queria te incomodar.

Iago não respondeu, sorriu e pediu para que Hanz colocasse o cinto de segurança. Ligou o rádio e colocou um
rock pesado, Hanz fechou os olhos e encostou sua cabeça no encostou do banco deixando seu corpo relaxar.

A viagem foi rápida, porque o trânsito havia se dissipado por causa do horário, porém Iago não morava muito
perto do centro. Depois de um tempo o carro adentrou na garagem de uma casa pitoresca.

Eles  saíram  do  carro,  Hanz  estava  um  pouco  mole,  pois  havia  caído  no  sono.  Eles  adentraram  lentamente,
Hanz ficou receoso, não queria molhar o chão limpo daquela casa tão organizada.

­ Não se preocupe, depois eu passo um pano – Iago falou – jogando a chave do carro em cima da mesa da
cozinha e trancando a porta em seguida.

­ Iago... muito obrigado.

­ Tome um banho, eu vou te dar roupas secas.

Iago começou a puxar Hanz pela casa o levando até um banheiro de azulejos brancos e limpos. Hanz pegou
uma toalha e uma muda de roupas e se trancou no banheiro.

O banho foi revitalizador para Hanz, que conseguiu pensar melhor nas suas ações, estava mais calmo e o frio
parou de perturbá­lo. Quando saiu do banho, se secou e pegou uma calça de moletom preta e uma camiseta
branca de Iago que chegava na altura de seus joelhos. Certamente Iago era algum número de roupa maior
que ele.

Hanz  penteou  seus  cabelos  para  o  lado,  retirando  sua  franja  nos  seus  olhos,  entretanto  ela  logo  secaria  e
cairia novamente por seu rosto. Saiu do banheiro, usando um chinelo largo de seu professor.
­ Está com fome? – Iago indagou, aparecendo no final do corredor.

Hanz  sorriu  e  balançou  a  cabeça  positivamente.  O  moreno  caminhou  até  a  cozinha,  onde  Iago  estava
procurando alguma coisa nos armários.

­ E o que você está fazendo? – Hanz indagou.

­ Eu vou dar aula na universidade – falou.

­ Mesmo? Que legal. Qual universidade? – Hanz indagou com certo entusiasmo.

­ Universidade Arcanjo de Sul – respondeu.

Hanz arregalou os olhos e começou a rir. Iago apenas o encarou sem entender, esperando uma explicação.

­ O que foi?

­ Eu vou estudar nessa universidade – revelou –mas provavelmente eu não irei ter aulas com você!

Iago  sorriu  com  essa  doce  surpresa,  passou  a  mão  por  seus  cabelos  negros,  jogando­os  para  trás,  exibindo
seus dentes brancos e charmosos. Arregaçou as mangas de sua blusa preta até a altura de seus cotovelos e
colocou alguns alimentos em cima da mesa.

­ Vai mesmo fazer design gráfico?

­ Então você ainda se lembra do que eu vou fazer? – Hanz riu baixinho.

­ Eu me lembro de tudo que você disse – falou, exibindo um olhar penetrante para Hanz, que se constrangeu
um pouco e abaixou a cabeça.

Os dois comeram, conversando sobre as perspectivas de futuro de cada um. Quando terminaram, Iago lavou a
louça  e  Hanz  a  secou  a  cozinha  ficou  organizada  e  eles  caminharam  até  a  sala,  onde  se  sentaram  no  sofá
azul­marinho.

A casa de Iago era masculina, séria e organizada. Os móveis combinavam com a decoração e para todos os
lados que Hanz olhava existia uma pilha de livros com nomes estranhos e que lhe causavam arrepios. Física
quântica, química orgânica, algarismos, etc.

­ O que houve para seu namorado brigar com você? – Iago indagou.

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­ Ah... – suspirou com agastamento – ciúmes como sempre.

­ Hum... e ele... te...

­ Não, não... nunca mais aquilo se repetiu – falou com certo constrangimento – eu não o perdoaria.

­ Não? – Iago riu baixinho – eu acho que não deveria ter perdoado. Afinal, o que ele fez foi muito sério. E eu
sei tudo sobre ele também.

­ Sabe o quê? – indagou com surpresa.

­ Eu soube o que aconteceu no colégio quando Kim estava no segundo ano – falou – mas isso é passado e
parece que está resolvido. Eu não sei como vocês conseguiram se livrar daquele louco do Maximiliano, mas o
que importa é que Kim pode viver em paz.

Hanz  ficou  surpreso  demais  para  tentar  falar  alguma  coisa,  Iago  apenas  lhe  sorriu  docilmente,  enquanto
passava seus dedos grossos por seus longos cabelos negros.

­ Ele me sufoca – Hanz falou baixinho, deixando seus olhos encherem­se de lágrimas.

­ Eu imagino – falou – você deveria impor seus limites, Hanz ou isso sempre irá se repetir.

­  Mas  eu  já  tentei.  Ele  fica  louco  quando  está  com  ciúme  e  eu  não  faço  nada  –  desabafou,  balançando  a
cabeça negativamente.

Iago  suspirou  com  impaciência,  ergueu­se  do  sofá  e  se  aproximou  mais  de  Hanz,  sentando­se  ao  seu  lado,
ficando próximo ao moreno que começava a reclamar sobre as atitudes de seu namorado.

­ Mas se não existe diálogo, não existe compreensão. Ele sempre irá mandar e você obedecer, tente falar que
esse é o seu jeito e se ele não aceitar, vocês não continuarão juntos – Iago falou.

­ Terminar? – Hanz indagou com surpresa. Ele gostava demais do karateca para pensar nisso.

­ Hanz, namoros começam e terminam. Eu já terminei dois namoros de três anos cada – confidenciou – vocês
são novos. Não é o fim do mundo, às vezes não dá certo.

­  O  pior  é  que  eu  não  faço  nada.  Às  vezes  eu  tenho  vontade  de  traí­lo  para  me  sentir  culpado  pelos
xingamentos  dele!  Mas  ele  briga  comigo  mesmo  assim.  Um  dia  ele  sonhou  que  eu  o  traí  e  por  isso  ficou
especulando sobre minhas ações. Acredita?

Iago começou a rir baixinho ao ouvir os relatos do moreno, aconselhando­o em certos momentos. Na medida
em que o tempo passava, Iago ficava mais próximo do seu ex­aluno, em certo momento passou a sua mão
pelos fios úmidos de Hanz, acariciando­os.

Quando Hanz terminou todo seu desabafo, começou a se sentir melhor. Iago o compreendia e como um bom
conselheiro, às vezes criticava e elogiava suas ações, não ficando somente a defendê­lo como um falso amigo.
Por isso gostava de conversar com o seu ex­professor, ele sabia aconselhar devidamente sem puxar o saco e
falar o que a pessoa gostaria de ouvir. Era um bom ouvinte!

­ Você nunca fez nada de errado e ele vive dando mancadas. Se continuar assim, vocês irão se magoar – Iago
falou.

­ Eu também acho – falou cabisbaixo.

­ Minhas roupas ficaram um pouco grandes em vocês – comentou com um leve sorriso.

­ Ah... sim! – sorriu, olhando para a camisa – acho que essa camiseta sairia uma bela camisola – riu baixinho.

Hanz distraia­se no seu visual, mas sua atenção foi voltada para Iago ao sentir seu rosto ser puxado para cima
pelos dedos que estavam parados no seu queixo. O olhar do seu ex­professor estava lhe causando arrepios,
Iago era um sedutor nato, e seu charme era transmitido através de vários fatores, mas o seu sorriso era mais
marcante.

Iago  era  um  homem  lindo,  charmoso,  independente  e  organizado.  Aquela  situação  estava  deixando  Hanz
balançado,  aos  poucos  viu  que  Iago  se  aproximava  do  seu  rosto  e  não  conseguiu  e  nem  quis  se  desviar,
deixando que os lábios carnudos e avermelhados encostassem­se aos seus lábios.

O tempo parou de repente, o hálito de Iago entorpeceu os pensamentos de Hanz que fechou os olhos e abriu
os seus lábios se entregando aquele beijo. Iago abriu mais seus lábios e serpenteou sua língua para dentro da

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cavidade de Hanz, resvalando­a lentamente, arrancando suspiros do menor. Como Iago beijava bem!

As  mãos  do  professor  pararam  na  cintura  de  Hanz,  contudo  estavam  agitadas  demais  para  continuaram
naquele  lugar,  logo  começaram  a  deslizar  para  dentro  da  camiseta,  tocando  no  abdômen  duro  de  Hanz,
apertando  sua  pele,  erguendo  a  camiseta  até  a  altura  dos  ombros  a  fim  de  tirá­lo  quando  suas  cabeças  se
separaram.

Hanz  sabia  que  aquilo  era  um  erro,  mas  as  sensações  que  envolviam  seu  corpo  não  podiam  ser  ignoradas.
Amava seu namorado, mas estava irritado e Iago era um homem maravilhoso. Se Kim o xingava tanto, agora
finalmente daria razão ao seu falatório incessante sobre traição.

A camiseta foi jogada no chão da sala, Iago começou a avançar, empurrando o corpo de Hanz para trás até
que  o  moreno  encostou  suas  costas  na  superfície  macia  do  sofá.  O  moreno  abriu  suas  pernas  lentamente,
deixando que o mais velho ficasse acomodado.

­ Como eu sonho com isso – Iago revelou – eu vou te mostrar como é ter um homem de verdade.

­  “Deuses...”  –  Hanz  pensou,  não  conseguindo  formular  nada  muito  concreto  na  sua  cabeça.  Iago  era  um
predador!

A  experiência  de  Iago  era  notável,  ele  começou  a  chupar  a  jugular  de  Hanz,  enchendo­lhe  de  beijos  e
chupões, deixando sua língua resvalar pela região como se estivesse dando um banho de gato no moreno que
arfava. As mãos do professor não ficaram paradas, ele apalpava as coxas de Golden, puxando sua calça e sua
cueca para trás a todo instante.

­ Ajude­me a tirar isso – Iago pediu, ajoelhando­se no sofá e puxando a calça de moletom para baixo. Hanz
ergueu seu tronco e facilitou as ações de Iago que vitorioso, conseguiu deixar Hanz nu abaixo dele.

Os orbes azuis de Iago correram pela pele macia de Hanz, olhando para cada pedacinho. Hanz era perfeito nos
seus sonhos, mas pessoalmente era bem melhor. Com um largo sorriso voltou a cobrir seu corpo.

­ Hanz... você quer fazer isso? – indagou sussurrante, no ouvido do moreno.

­ Quero – respondeu com a voz rouca e baixa.

­ Então se prepare para mim, abre mais essas pernas – pediu.

Hanz  obedeceu,  abrindo  mais  suas  pernas,  ficando  com  a  perna  esquerda  encostada  no  chão  e  a  outra
grudada ao acento do sofá. Ele respirava com um pouco de dificuldade, Iago era maior e mais pesado que Kim.

Medo,  insegurança,  prazer  e  excitação  se  misturavam  no  coração  de  Hanz.  Porém  não  existia  espaço  para
raciocinar, ele não queria raciocinar. Preferia se arrepender de ter traído Kim ao invés de ficar  pensando  em
como teria sido se ele se deitasse com seu antigo professor. Iago não era de se jogar fora, pelo contrário, ele
era irresistível.

Quando  os  lábios  macios  e  carnudos  de  Iago  fecharam­se  no  pênis  de  Hanz,  este  afundou  sua  cabeça  para
trás, resvalando suas mãos até os fios negros do professor, agarrando­os com seus dedos.

A língua de Iago tinha uma destreza excepcional, assim como sua mão que lhe acariciava o saco com cuidado
e  carinho.  A  cabeça  do  professor  movia  para  frente  e  para  trás,  num  vai­e­vem  lento  e  demorado.  Hanz
apoiou­se  nos  cotovelos  e  deparou­se  com  Iago  lhe  olhando  enquanto  lhe  chupava,  aquilo  aumentou  sua
excitação.

­ Ah... Iago – suspirou, abrindo mais a boca, buscando mais do ar que lhe faltava.

Iago não disse nada, ele não queria parar com o que fazia. Os gemidos baixos e tímidos de Hanz o estavam
deixando animado. Seu dedo indicador deslizou pela coxa do menor, dirigindo­se para o meio de suas nádegas,
o lugar era quente e um pouco úmido.

A boca de Iago se abriu e ele se afastou daquele membro duro e roliço que estava ereto. O corpo do seu ex­
aluno estava esticado e suado, uma visão dos Deuses a seu ver. Sua mão continuou a massagear o membro
do menor, fazendo com que Hanz movesse seu quadril junto, querendo mais contato.

­ Já quer gozar? – Iago indagou.

­ Sim – respondeu.

­ Vai ter que merecer isso – falou com um leve sorriso.

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­ O que você quer, Iago?

­ Eu quero que você vá até aquela cômoda  e  apóie  as  mãos  nela...  depois  arrebite  essa  bunda  para  mim  e
peça para eu te comer – sussurrou.

Hanz ficou vermelho, olhou para a cômoda e depois para Iago que lhe sorria de modo pervertido e malicioso.
Sua excitação falava mais algo que qualquer pudor.

­ Ah... Iago... eu não quero fazer isso – Hanz falou baixinho.

­  Você  vai  gostar,  eu  prometo.  Vamos  Hanz,  seja  um  bom  menino  –  Iago  pediu,  passando  suas  mãos
levemente pelo membro do menor.

Hanz  sentou­se  e  levantou­se  vagarosamente,  caminhando  até  a  cômodo  de  madeira,  olhando  para  sua
superfície lisa  e  vazia,  colocou  as  mãos  no  móvel  que  era  baixo,  fazendo  seu  tronco  inclinar­se  para  baixo,
olhou para trás e viu que Iago já estava de pé.

­ Diga o que você quer, Hanz – Iago pediu.

­ Iago... eu... quero que você me coma – falou com um certo constrangimento.

A resposta foi rápida, o professor ficou atrás de seu corpo, alisando seu dorso com seus dedos, fechou sua mão
no seu pênis que já estava ardendo de desejo. Estava excitado desde o momento que viu Hanz usando suas
roupas.

­ Você vai saber o que é um homem de verdade – Iago falou – quer ver Hanz?

­ Ah... eu quero – respondeu, abrindo um pouco mais as suas pernas ao sentir a cabeça do membro de Iago
bater contra suas nádegas.

­ Depois você vai me chupar – Iago falou – e eu vou gozar na sua cara. Entendeu?

­  Hum,  hum  –  respondeu  automaticamente,  só  conseguiu  se  concentrar  naquele  membro  duro  que  batia
contra suas coxas.

­  Incline  mais  para  frente  –  pediu,  empurrando  as  costas  de  Hanz  para  baixo,  fazendo­o  se  apoiar  nos
cotovelos naquele móvel.

Iago fechou a mão na base de seu membro e começou a introduzi­lo no corpo do ex­aluno. Foi introduzindo
aos poucos, ouvindo o gemido dolorido de Hanz que abria as suas pernas à medida que sentia seu corpo doer.
Iago era enorme.

­  Você  é  apertado!  –  Iago  gemeu  alto  ao  sentir  a  sua  glande  ser  envolvida  por  aquele  corpo  –  como  eu
imaginei.

­ Ah... é muito grande – Hanz falou, gemendo alto ao sentir Iago mover seu quadril contra seu corpo, fazendo
seu membro alargá­lo.

­ Claro, pois eu sou... um homem de verdade – sussurrou.

Iago ergueu um pouco de seu corpo, estava suando e ainda usava suas roupas, retirou a blusa que estava
usando exibindo seu físico trabalhado, sua calça estava caída até a altura de seus joelhos, moveu suas pernas
e deixou a calça escorregar até o chão, retirando­a e a chutando para longe.

Os braços fortes e firmes de Iago abraçaram a cintura magra de Hanz, apertando a sua carne, ouvindo um
gemido  de  puro  prazer  do  menor.  E  dessa  vez  Iago  começou  a  introduzir  seu  membro  sem  dar  pausa,
colocando­o por completo naquele corpo.

­ Ah... que delícia! – Iago gemeu.

Hanz  gemia  baixinho,  estava  com  dor,  mesmo  que  abrisse  suas  pernas  aquele  grande  membro  ainda
continuava  a  lhe  rasgar.  Seu  corpo  ardia,  mas  desejava  que  Iago  lhe  dominasse.  Ele  nunca  havia  se
entregado a outro homem desde que ficou com Kim, mas desta vez não podia negar que desejava o professor.

­ Tudo bem, Hanz? – Iago indagou.

­ Sim...

­ Posso continuar?

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­ Pode.

Iago afastou um pouco seu quadril e o moveu para frente lentamente, sentindo seu membro se arrastar por
aquela parede quente e envolvente. Seu coração estava acelerado assim como sua respiração descompassada.
Ele estava realizando um de seus desejos mais ocultos, finalmente tinha Hanz em seus braços.

Os  gemidos  do  mais  novo  era  uma  melodia  única,  com  notas  perfeitas,  enquadrando­se  perfeitamente  ao
brilho  de  seu  corpo  que  parecia  um  instrumento  de  luxúria.  Iago  poderia  ficar  horas  definindo  seus
sentimentos e jamais acharia uma explicação.

A mão do mais velho voltou a acariciar o pênis de Hanz que estava mais úmido que antes. Ficou massageando
aquele pedaço de carne por pouco tempo e logo ganhou o gozo de Hanz, acompanhado por um gemido longo
de puro prazer.

­ Ah... ah... Iago... – Hanz gemeu, afundando sua cabeça na mobília a sua frente.

­ Calma. Eu vou te fazer... gozar muito hoje – avisou.

O  ritmo  incessante  que  Iago  impôs  estava  chegando  o  fim.  Seu  corpo  estava  trêmulo,  ele  começou  a  se
mover  mais  rápido,  gemendo  mais  alto  e  rápido  até  que  seu  corpo  se  entregou  ao  prazer  máximo.  Havia
gozado finalmente e dentro daquele corpo que tanto apreciava.

Iago  retirou­se  e  Hanz  ajoelhou­se  no  chão,  cansado  e  suado,  ele  ainda  segurava  a  mobília  para  que  não
caísse. Iago normalizou sua respiração e puxou Hanz pelo braço, jogando o menor contra a parede para depois
abraçá­lo e beijá­lo com selvageria.

­ Iago... eu... não consigo respirar – reclamou, tentando virar sua cabeça para o lado.

­ Eu ainda não te comi como queria – revelou – você vai dar para mim até eu me satisfazer. Entendeu?

­ Hum... Iago... eu...

­ Você?

­ Eu me sinto mal com isso – revelou – o Kim...

­ Ele não vai saber – falou rapidamente – e você não vai sair daqui até eu te ter como desejei.

As palavras possessivas de Iago lhe causavam arrepios de pura luxúria. Hanz gostava de se sentir desejado e
como Iago era uma pessoa confiável e que mostrava se importar com ele, Hanz não sentia medo.

Iago puxou Hanz pela mão até o sofá, se sentou e fez com que o moreno se ajoelhasse no chão. O professor
pegou  um  pano  que  estava  ao  lado  de  seu  sofá  e  o  passou  no  seu  membro  que  estava  todo  lambuzado,
limpando­o com atenção.

­ Hanz eu quero...

­ Eu sei o que você quer – Hanz disse, exibindo um lindo sorriso.

O moreno pegou o membro do professor, colocando­o lentamente na sua boca, dando algumas lambidas na
sua cabeça, enquanto olhava para Iago que encarava seriamente.

­ Bom menino – Iago elogiou.

A mão do professor se fechou nos fios cor de ébano da nuca de Hanz, começando a comandar sua velocidade.
Porém Hanz não se apressou, ele começou a chupar aquele membro lentamente, sugando­o com força, ponto
um  ritmo  enlouquecedor,  ora  dava  muito  prazer  na  sucção,  ora  ia  mais  devagar,  ora  apenas  lambia,  ora
apenas o masturbava com a mão.

­ Hanz... está bom... senta no meu colo – Iago pediu, puxando a cabeça do menor para trás, tirando aquela
boca faminta do seu pênis.

Hanz  ajoelhou­se  no  sofá,  ficando  com  as  pernas  lado­a­lado  com  as  de  Iago.  O  professor  segurou  seu
membro pela base e com a outra mão começou a puxar o ombro de Hanz para baixo.

­ Senta em mim Hanz... – pediu – eu quero ver seu rosto carregado de prazer.

O  moreno  sorriu  e  começou  a  descer  lentamente,  sendo  invadido  novamente  por  aquele  membro  grosso  e
roliço. Franzia seu rosto com uma expressão de dor, Iago estava amando aquilo, se continuasse assim gozaria
muito rápido.
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Enquanto Hanz descia seu corpo o professor começou a acariciar seu pênis, dando prazer para o menor que
agora arfava. Hanz sentou­se finalmente, sentindo­se preenchido por completo.

­ Hanz... eu gosto tanto de você – Iago confessou – eu queria tanto que você fosse meu.

­ Iago... não fale isso, por favor – pediu com a voz ofegante.

­ Eu tenho que te falar isso! Eu quero que você saiba que se um dia... você ficar sozinho... venha até mim, eu
estarei te esperando! – revelou.

Hanz  fechou  os  olhos,  guardando  aquelas  palavras  carregadas  de  sentimento.  Porém  o  clima  de  romance
acabou  rapidamente,  quando  Iago  largou  o  membro  de  Hanz  e  com  as  duas  mãos  começou  a  levantar  e
abaixar o corpo de Hanz com força.

Se  os  gemidos  de  Hanz  eram  deliciosos  aos  ouvidos  de  Iago  naquela  antiga  posição,  nesse  momento  o
conceito de prazer do  professor  foi  mudado.  O  moreno  estava  gritando  de  prazer  e  dor,  enquanto  sua  boca
estava aberta e seu cenho estava franzido.

­ Ah... Hanz... grita meu nome – pediu – grita.

­ Iago – gritou o nome do seu ex­professor assim como ele pediu – Iago... Iago...

­ Ah... isso, isso...fale que você é meu, fale! – pedia com a voz rouca.

­ Eu sou todo seu... só seu Iago! – obedecia enquanto estava perdido nos seus pensamentos.

Hanz acabou gozando pela segunda vez, sem precisar da masturbação de Iago dessa vez. Aquela situação já
era  excitante  o  suficiente  para  ele  sentir  todo  o  prazer  que  merecia.  O  moreno  inclinou­se  para  frente  e
encostou sua testa na testa de Iago, deixando seus orbes azuis de frente ao olhar dominador do mais velho.

O professor não resistiu e beijou a boca de Hanz, fazendo sua língua deslizar para fora, e ir até sua bochecha e
depois resvalar até o pescoço suado de Hanz, chupando com força.

Iago  amassou  o  corpo  de  Hanz  e  o  puxou  com  toda  sua  força  para  baixo,  enquanto  erguia  seu  quadril,
despejando seu sêmen novamente no seu corpo. Ele estava cansado, suado e realizado.

Hanz ergueu­se lentamente retirando o membro de Iago de dentro e voltou a se sentar, abraçando o pescoço
do professor, enquanto beijava sua boca.

Os dois ficaram se beijando até que o precioso ar começasse a ser requisitado, sendo assim separam­se. Os
dois ficaram abraçados, em silêncio, respirando.

­ Isso foi... uma loucura – Hanz falou.

­ Não quis ter feito?

­ Eu... mentiria se dissesse que não – respondeu.

Iago riu baixinho.

­ Você gemeu bem gostoso. Seria uma mentira mesmo.

­ Kim vai me matar.

­ Ele não vai saber e se... ele encostar em você. Eu juro que o denuncio – falou.

­ Ele nunca vai saber – Hanz falou – nunca!

­ Hanz... nós podemos fazer isso mais vezes.

­ Isso não seria justo com ele – falou.

­ Eu não ligo para ele – disse com certa raiva – eu quero você, vamos nos ver sempre na universidade. Por
favor, não se afaste de mim.

­ Eu não irei Iago – disse, passando a mão pelos cabelos de seu professor – eu gosto muito de você.

­ Ótimo. Eu vou ser seu ouvinte sempre  que  desejar  –  falou  –  agora  vamos  dormir  e  amanhã  eu  o  levarei
para casa.

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­ No caso... hoje... deve ser umas quatro horas – Hanz comentou.

Iago se levantou com Hanz em seu colo, o menor tentou descer e andar com suas pernas, mas Iago insistiu e
o levou até o quarto, jogando Hanz na sua cama e deitando logo em seguida, abraçando seu corpo e beijando
seu corpo.

­ Obrigado por me ouvir, Iago – Hanz agradeceu.

­ Pode pedir minha ajuda sempre que quiser – sorriu sedutoramente.

Hanz riu baixinho, acomodando­se na curva do pescoço do maior, aspirando seu perfume. Acabou dormindo,
sentindo  uma  leve  carícia  do  homem  que  tanto  apreciava.  O  moreno  dormiu,  antes  de  ouvir  as  palavras
queridas de seu professor.

­ Eu te amo, Hanz...

OoO
"Daqui a vinte anos, você estará mais desapontado com as coisas que você deixou de fazer do que pelos erros
que cometeu". (Raul Seixas).
OoO

­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­

Eu  dedico  esse  especial  a  minha  querida  leitora  Annie,  que  é  apaixonada  por  Hanz  e  Iago.  Eu  espero  que
tenha gostado.

Esse troca­troca não irá influenciar na história, é um conto paralelo, fictício que nunca aconteceria realmente,
sendo  apenas  para  diversão  dos  leitores  (e  minha  diversão  também).  Resumindo:  um  especial  apenas  de
sacanagem! Sem muito conteúdo, apenas um PWP.

O que acharam? Comentários são bem­vindos. Desde já eu agradeço a atenção de todos.

VOTAÇÃO: QUAIS OS PRÓXIMOS CASAIS QUE VOCÊ QUER LER?
OBS: Apenas casais inventados, gente. Casais normais não entrarão nesse especial.

Por Leona­EBM

17/10/2008

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