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Juazeiro – BA
2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO
COLEGIADO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
Juazeiro – BA
2016
Oliveira, Adriano Félix.
CDD 621.3191
Figura 4.5 – Caixa de diálogo Model da rotina LCC para modelo de linha
BERGERON ............................................................................................................. 30
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1
1.1 MOTIVAÇÃO .................................................................................................... 1
1.2 OBJETIVOS E CONTRIBUIÇÕES ................................................................... 2
1.3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO .................................................................... 2
1 INTRODUÇÃO
1.1 MOTIVAÇÃO
1.2 OBJETIVOS
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 TRANSITÓRIOS SIMPLES DE CHAVEAMENTO
( )+ = ( )= ( + ) = [ ( ). + cos ( ). ]
(2.1)
5
( )= )
[ ( + − )− ( − ) ] (2.2)
√(
= )
[ ( + − )] (2.3)
√(
=− [ ( − ) ] (2.4)
√( + )
Casos especiais:
Consiste na tensão que aporta o polo de uma chave quando este tenta
eliminar um curto-circuito, denominada de Tensão de Restabelecimento Transitório
TRT ou Transient Recovery Voltage (TRV). A TRT apresenta, quase sempre, altas
taxas de crescimento da ordem de alguns kV/μs (HAFFNER, 2006). A partir da
análise do circuito apresentado na Figura 2.2 é possível investigar o fenômeno da
TRT.
6
()
( )+ + = (2.5)
( ) ( ) ( )
( )= ( )= ⇒ = (2.6)
1
( )= [1 − . cos( )+ ( ) (2.7)
Fazendo ≅ 0, tem-se:
( )= [1 − . cos( )] (2.8)
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2
Os termos V0+ (V0-) e I0+ (I0-) mostrados na Figura 2.5 estão intimamente
relacionados com os processos físicos de incidência, reflexão e transmissão das
ondas de tensão e corrente nos pontos de descontinuidade da linha. Estes
10
−
= (2.9)
+
−
= (2.10)
+
−
ɼ = = (2.11)
+
−
ɼ = = (2.12)
+
Quando a linha de transmissão está com sua terminação aberta não haverá
absorção de potência pela linha, pois não irá existir circulação de corrente. Essa
condição é alcançada ao imaginar-se que uma corrente é refletida pela terminação
com mesma magnitude e diferença de 180° na fase. Como não há potência
absorvida pela terminação, a onda de tensão refletida na terminação deve ser igual
a onda incidente. Dessa forma a tensão na terminação deve ser dobrada no circuito
aberto. Analogamente ao caso de curto-circuito, a corrente resultante (e a tensão)
em qualquer ponto da linha de transmissão e qualquer instante de tempo é
determinada pela soma das correntes (e tensões) devida as ondas incidentes e
refletidas (BIRD, 2009).
= (2.13)
2.3 SOBRETENSÕES
A Figura 2.7 mostra a origem virtual (O1) para uma de onda de tensão, a
norma IEC 60060-1 a define como sendo a interseção entre a linha que liga os
pontos de 30% e 90% do valor de crista (Vcr) e o eixo do tempo (t). O tempo de onda
(T1) é 1,67 o valor de T, onde T é o intervalo de tempo em que Vcr atinge os valores
de 30% e 90%. O tempo de cauda (T2) é definido pelo intervalo de tempo entre a
origem virtual e o tempo em que o valor de crista decai para 50% conforme Figura
2.7 (MARROQUES, 2015).
Rejeição de cargas;
Chaveamento de correntes capacitivas e indutivas;
Descarga atmosférica distante do ponto considerado nos condutores
fase de linhas aéreas.
2.4.2 PARA-RAIOS
= ( ) ( ) (2.14)
Sendo:
( ) – tensão sobre o para-raio;
( ) – corrente drenada pelo para-raio;
– tempo onde se inicia a circulação de correntes pelo para-raios;
– tempo onde se cessa a circulação de correntes pelo para-raios.
′
̅ = (3.1)
Figura 3.1 - Representação do sistema com n geradores e m barras de cargas para estudo de
estabilidade transitória
Parâmetros concentrados;
Parâmetros distribuídos;
Parâmetros dependentes da frequência.
20
̇ =( + ) (3.2)
= (3.3)
Sendo:
−
= + (3.4)
2
−
= + (3.5)
2
1 1
+ −
= 2 (3.6)
1 1
− +
2
Em uma linha de transmissão, uma perturbação leva um tempo finito para que
as ondas de tensão e corrente saiam de um terminal e trafeguem até chegar a outra
extremidade.
̇= + (3.7)
= (3.8)
∆ = ∆ ( + ∆ ) (3.9)
∆ = ∆ (3.10)
No limite quando ∆ ⟶ 0:
= (3.11)
= (3.12)
= = (3.13)
= = (3.14)
23
= √ + √ (3.15)
= √ + √ (3.16)
1 √
1 √
= − (3.17)
= + (3.18)
1
= ( ) (3.19)
Fazendo = ⁄ e = , tem-se:
+
= (3.20)
2
−
= (3.21)
2
+ −
= + (3.22)
2 2
+ −
= − (3.23)
2 2
24
Sendo:
−
ℎ( ) = (3.24)
2
+
cosh ( ) = (3.25)
2
= cosh ( )+ ℎ( ) (3.27)
= ℎ( ) + cosh ( ) (3.28)
−
⎡ ⎤
tanh ( ) ℎ( )⎥
=⎢ (3.29)
⎢ − ⎥
⎣ ℎ( ) tanh ( )⎦
Assumindo = :
= ( + )( ) (3.30)
= (3.31)
+
25
F(s) = ∞ (3.32)
→
Quando =
( ) = 0 (3.33)
relacionam cada saída com duas entradas, observa-se que invertendo as funções de
transferência acima e igualando-as a zero percebe-se que compartilham o mesmo
conjunto de polos (LEMOS, 2008):
√ + . ℎ( ) = 0 (3.34)
= cos ( ) + ( ) (3.35)
Portanto,
− cos ( ) + ( ) − cos ( ) + ( )
ℎ = = = ( ) (3.36)
2 2
√ + . ( ) = 0 (3.37)
26
= −( + )( ) (3.38)
Substituindo em (3.37):
√ + . −( + )( ). = 0 (3.39)
−( + )( ). = 0 (3.40)
−( + )( ). = (3.41)
− ± ( ) −4 ( )
= (3.42)
2
Π( − )
( )= (3.43)
Π( − )
C - constante;
- zeros do sistema;
- polos do sistema.
27
( )= (3.44)
−
= lim ( )( − ) (3.45)
⟶
⎡ ⎤
⎢ − − ⎥
=⎢ ⎥ (3.46)
⎢ ⎥
⎢ ⎥
− −
⎣ ⎦
28
4 MATERIAIS E MÉTODOS
Figura 4.5 – Caixa de diálogo Model da rotina LCC para modelo de linha BERGERON
MODEL
o Bergeron;
o PI;
o JMarti;
o Noda;
o Semlyen.
DATA
4.2 TRANSFORMADOR
4.3 PARA-RAIOS
Modelo: KEP33A;
Tipo de resistor não linear: Resistor não linear a base de óxido de zinco
(ZnO);
Corrente nominal de descarga (In): 10 kA;
Tensão nominal (VR): 33 kV;
Tensão de operação contínua (VC): 28,05 kV;
Tensão de referência (faixa)/Corrente de referência: 33,2 a 36,9 kV / 1 mA;
Absorção de energia: 1 kJ/kV;
A representação dos para-raios foi feita através do modelo MOV Type 3-ph
que faz parte da biblioteca do ATPDraw, este modelo representa um resistor não
linear trifásico tipo ZNO.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 RESULTADOS
Modelo PI;
Modelo BERGERON;
Modelo JMARTI.
5.1.1 MODELO PI
Os resultados apresentados nas figuras 5.2, 5.3, 5.4 e 5.5 se diferenciam dos
resultados da Figura 5.1 pela interligação dos para-raios da subestação de Quijingue
ao alimentador. Pode-se observar na Figura 5.2 que os para-raios influenciam na
limitação da sobretensão no sistema, ela ficando limitada a 36,5 kV que corresponde
a 1,32 o seu valor nominal.
41
70
[kV]
50
30
10
-10
-30
-50
0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30 0.35 [s] 0.40
(file Teste14.pl4; x-var t) v:X0045A v:X0045B v:X0045C
48
26
-18
-40
0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30 0.35 [s] 0.40
(file Teste14.pl4; x-var t) v:X0039A v:X0039B v:X0039C
40
30
20
10
-10
0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30 0.35 [s] 0.40
(file Teste14.pl4; x-var t) c:X0039A-X0055A c:X0039B-X0055B c:X0039C-X0055C
Figura 5.6 – Tensão no terminal de Quijingue sem os para-raios para o modelo BERGERON
70
[kV]
44
18
-8
-34
-60
0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30 0.35 [s] 0.40
(file Teste14.pl4; x-var t) v:X0043A v:X0043B v:X0043C
Figura 5.7 – Tensão no terminal de Quijingue com os para-raios para o modelo BERGERON
70
[kV]
48
26
-18
-40
0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30 0.35 [s] 0.40
(file Teste14.pl4; x-var t) v:X0039A v:X0039B v:X0039C
Figura 5.8 – Potências nos para-raios do terminal de Quijingue para o modelo BERGERON
Figura 5.9 – Energia absorvida nos para-raios de Quijingue para o modelo BERGERON
Figura 5.10 – Corrente drenada pelo para-raio de Quijingue para o modelo BERGERON
50
[A]
40
30
20
10
-10
0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30 0.35 [s] 0.40
(file Teste14.pl4; x-var t) c:X0038A-X0048A c:X0038B-X0048B c:X0038C-X0048C
Figura 5.11 – Tensão no terminal de Quijingue sem os para-raios para o modelo JMARTI
70
[kV]
50
30
10
-10
-30
-50
0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30 0.35 [s] 0.40
(file Teste14.pl4; x-var t) v:X0045A v:X0045B v:X0045C
Figura 5.12 – Tensão no terminal de Quijingue sem os para-raios para o modelo JMARTI
70
[kV]
48
26
-18
-40
0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30 0.35 [s] 0.40
(file Teste14.pl4; x-var t) v:X0039A v:X0039B v:X0039C
Figura 5.13 – Potências nos para-raios do terminal de Quijingue para o modelo JMARTI
Figura 5.14 – Energia absorvida nos para-raios de Quijingue para o modelo JMARTI
Figura 5.15 – Corrente drenada pelo para-raio de Quijingue para o modelo JMARTI
60
[A]
50
40
30
20
10
-10
-20
0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30 0.35 [s] 0.40
(file Teste14.pl4; x-var t) c:X0039A-X0055A c:X0039B-X0055B c:X0039C-X0055C
5.2 DISCUSSÃO
PI BERGERON JMARTI
= (5.1)
Sendo:
478,77 × 10
= = 14,51
33 × 10
226,97 × 10
= = 6,88
33 × 10
5.3 SUGESTÕES
Chaveamento controlado;
Para-raios.
40
[kV]
30
20
10
-10
-20
-30
-40
0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 [s] 0.12
(file Teste14.pl4; x-var t) v:X0039A v:X0039B v:X0039C
5.3.2 PARA-RAIO
Quantidade
De Energia Absorvida Pelos Para-Raios (kJ)
Trechos 1 2 3 4 5 6 7 8
1 0.51 454,05
2 0,35 169,56 347,1
3 0,02 38,13 209,64 283,91
4 0,01 18,58 66,29 201,05 213,82
5 0,01 13,28 35,89 85,92 230,76 213,14
6 0,02 10,39 20,76 48,73 95,47 218,90 198,45
7 0,01 8,07 12,92 28,58 53,37 103,47 166,33 176,4
Fonte – Próprio autor
Figura 5.19 – Energia absorvida pelos para-raios na terminação de Quijingue para a distribuição da
Figura 5.18 no modelo de linha BERGERON
6 CONCLUSÃO
A proposta deste trabalho é a utilização do software ATPDraw (Alternative
Transient Program Draw) na investigação de transitórios de sobretensão existentes
no alimentador Cansanção - Quijingue e seus efeitos sobre os para-raios do sistema.
Apesar do trabalho não ter por objetivo propor soluções para que os para-
raios atuassem de forma correta com intuito de garantir a proteção do sistema, são
propostas dois métodos de controle das sobretensões para limitar a energia nos
para-raios na terminação do alimentador. O método de controle de sobretensão por
controle de chaveamento demonstrou ser mais eficiente na energização do
alimentador, sendo possível fazer o fechamento da chave no ponto ótimo de
chaveamento, a tensão em 0°. Já o modelo de controle através de para-raios
mostrou a necessidade de instalação de uma maior distribuição de para-raios ao
longo do alimentador para que a energia que os para-raios da terminação do
alimentador tenha um nível de energia absorvida dentro da sua capacidade.
REFERÊNCIAS BLIOGRÁFICAS
Catálogo ABB: Surge arrester POLIM-I - Data sheet 1HC0075858 E01 AB, 1-2p.
Disponível em: <http://www.abb.com/product/pt/9AAC710009.aspx>. Acesso em: 12
jul. 2016.