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COMEÇANDO DO ZERO

Administração Financeira e Orçamentária – Aula 09


Wilson Araújo

MODALIDADE DE APLICAÇÃO

PORT. INTERMINISTERIAL 163/01 – ART. 3º

§ 1º A natureza da despesa será complementada


pela informação gerencial denominada “modalidade
de aplicação a qual tem por finalidade indicar se os
recursos são aplicados diretamente por órgãos ou
entidades no âmbito da mesma esfera de Governo
ou por outro ente da Federação e suas respectivas
entidades, e OBJETIVA, PRECIPUAMENTE, POS-
SIBILITAR A ELIMINAÇÃO DA DUPLA CONTAGEM
dos recursos transferidos ou descentralizados.

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DESDOBRAMENTO FACULTATIVO DO ELE-


MENTO DA DESPESA

Conforme as necessidades de escrituração contábil


e controle da execução orçamentária fica facultado
por parte de cada ente o desdobramento dos elemen-
tos de despesa.
ELEMENTO DA DESPESA

LEI 4.320/64
O elemento de despesa tem por finalidade identificar CATEGORIAS ECONÔMICAS
os objetos de gasto, tais como vencimentos e vanta-
DA DESPESA – LEI 4.320/64
gens fixas, juros, diárias, material de consumo, servi- Art. 12. A Despesa será classificada nas seguintes
ços de terceiros prestados sob qualquer forma, sub- categorias econômicas:
venções sociais, obras e instalações, equipamentos
DESPESAS CORRENTES
e material permanente, auxílios, amortização e ou-
DESPESAS DE CAPITAL
tros de que a administração pública se serve para a
consecução de seus fins.

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DESPESA CORRENTE

São os gastos de natureza operacional, realizados


pela administração pública, para a manutenção e o ART. 12, § 3º Consideram-se subvenções, para os
funcionamento dos seus órgãos. efeitos desta Lei, as transferências destinadas a co-
brir despesas de custeio das entidades beneficiadas,
Classificam-se nessa categoria todas as despesas distinguindo-se como:
que não contribuem, diretamente, para a formação
ou aquisição de um bem de capital. SUBVENÇÕES SOCIAIS

SUBVENÇÕES ECONÔMICAS

SUBVENÇÕES SOCIAIS

ART 12 § 3º I -SUBVENÇÕES SOCIAIS, as que se


destinem a instituições públicas ou privadas de cará-
ter assistencial ou cultural sem finalidade lucrativa;
CUSTEIO
Art. 16. Fundamentalmente e nos limites das possibi-
lidades financeiras, a concessão de subvenções so-
ART. 12; § 1º Classificam-se como Despesas de
Custeio as dotações para manutenção de serviços ciais visará à prestação essenciais de assistência so-
anteriormente criados, inclusive as destinadas a cial, médica e educacional, sempre que a suplemen-
tação de recursos de origem privada aplicados a es-
atender a obras de conservação e adaptação de
ses objetivos revelar-se mais econômica.
bens imóveis.

Despesas de Custeio: Parágrafo único - O valor das subvenções, sempre


que possível, será calculado com base em unidades
 Pessoal Civil de serviços efetivamente prestados ou postos à dis-
posição dos interessados, obedecidos os padrões
 Pessoal Militar
mínimos de eficiência previamente fixados.
 Material de Consumo
 Serviços de Terceiros
ÓRGÃOS OFICIAIS DE FISCALIZAÇÃO
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES
Art. 17. Somente à instituição, cujas condições de
funcionamento forem julgadas satisfatórias pelos ór-
ART. 12 § 2º Classificam-se como Transferências
gãos oficiais de fiscalização, serão concedidas sub-
Correntes as dotações para despesas às quais NÃO
venções.
CORRESPONDA CONTRAPRESTAÇÃO DIRETA
EM BENS OU SERVIÇOS, inclusive para contribui-
SUBVENÇÕES ECONÔMICAS
ções e subvenções destinadas a atender à manuten-
ção de outras entidades de direito público ou privado.
ART 12 § 3º II - SUBVENÇÕES ECONÔMICAS, as
EXEMPLOS que se destinem a empresas públicas ou privadas de
caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril.
Transferências Correntes:
Subvenções Sociais Art. 18. A cobertura dos déficits de manutenção das
empresas públicas, de natureza autárquica ou não,
Subvenções Econômicas
far-se-á mediante subvenções econômicas, expres-
Inativos
samente incluídas nas despesas correntes do Orça-
Pensionistas
mento da União, do Estado, do Município ou do Dis-
Salário-Família e Abono Familiar
Juros da Dívida Pública trito Federal.
Contribuições de Previdência Social
Parágrafo único - Consideram-se, igualmente, como
Diversas Transferências Correntes
subvenções econômicas:
SUBVENÇÕES
a) as dotações destinadas a cobrir a diferença entre
os preços de mercado e os preços de revenda, pelo

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Governo, de gêneros alimentícios ou outros materi- INVERSÃO FINANCEIRA


ais;
b) as dotações destinadas ao pagamento de bonifi- § 5º Classificam-se como Inversões Financeiras
cações a produtores de determinados gêneros ou às dotações destinadas a:
materiais.
I- aquisição de imóveis, ou de bens de capital
Art. 19. A Lei de Orçamento não consignará ajuda fi- já em utilização;
nanceira, a qualquer título, à empresa de fins lucrati- II - aquisição de títulos representativos do capi-
vos, salvo quando se tratar de subvenções cuja con- tal de empresas ou entidades de qualquer espécie, já
cessão tenha sido expressamente autorizada em lei constituídas, quando a operação NÃO importe au-
especial. mento de capital;
III - constituição ou aumento do capital de entidades
DESPESA CAPITAL ou empresas que visem a objetivos comerciais ou fi-
nanceiros, inclusive operações bancárias ou de se-
guros.

EXEMPLOS

 Aquisição de Imóveis já em utilização;


 Participação em Constituição ou Aumento de ca-
pital de Empresas ou Entidades Comerciais ou
Financeiras;
INVESTIMENTOS  Aquisição de Títulos Representativos de Capital
de Empresas em Funcionamento, quando a ope-
ART. 12 ração não importe em aumento do capital;
§ 4º Classificam-se como Investimentos as dota-  Concessão de Empréstimos;
 Diversas Inversões Financeiras.
ções para o planejamento e a execução de obras, in-
clusive as destinadas à aquisição de imóveis consi-
derados necessários à realização destas últimas,...

..., bem como para os programas especiais de traba-


lho, aquisição de instalações, equipamentos e mate-
rial permanente e constituição ou aumento do capital
de empresas que não sejam de caráter comercial ou
financeiro.

INVESTIMENTOS

 Obras Públicas
 Serviços em Regime de Programação Especial
 Equipamentos e Instalações
 Material Permanente
 Participação em Constituição ou Aumento de
Capital de Empresas ou Entidades Industriais ou
Agrícolas

MATERIAL PERMANENTE
X
MATERIAL DE CONSUMO

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ART. 15, § 2º Para efeito de classificação da des-


pesa, considera-se material permanente o de dura-
ção superior a dois anos.

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CONSTITUIÇÃO OU AUMENTO DO CAPITAL de ETAPAS DA DESPESA


empresas que não sejam de caráter comercial ou fi-
nanceiro. Para melhor compreensão do processo orçamentá-
rio, pode-se classificar a despesa orçamentária em
CONSTITUIÇÃO OU AUMENTO DO CAPITAL de três etapas:
entidades ou empresas que visem a objetivos comer-
ciais ou financeiros, inclusive operações bancárias  Planejamento;
ou de seguros.  Execução; e
 Controle e avaliação.

ETAPA 1: PLANEJAMENTO

A etapa do planejamento e contratação abrange,


de modo geral, a fixação da despesa orçamentá-
ria, a descentralização /movimentação de crédi-
tos, a programação orçamentária e financeira e o
processo de licitação.

a) Fixação da despesa
INVESTIMENTO A fixação da despesa orçamentária insere-se no pro-
cesso de planejamento e compreende a adoção de
...empresas que não sejam de caráter comercial ou medidas em direção a uma situação idealizada,
financeiro. tendo em vista os recursos disponíveis e observando
as diretrizes e prioridades traçadas pelo governo.
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b) Descentralizações de créditos orçamentários
...entidades ou empresas que visem a objetivos co- As descentralizações de créditos orçamentários
merciais ou financeiros, inclusive operações bancá- ocorrem quando for efetuada movimentação de parte
rias ou de seguros. do orçamento, mantidas as classificações institucio-
nal, funcional, programática e econômica, para que
TRANSFERÊNCIA DE CAPITAL outras unidades administrativas possam executar a
despesa orçamentária.
ART. 12 § 6º São transferências de capital as do-
tações para investimentos ou inversões financeiras As descentralizações de créditos orçamentários não
que outras pessoas de direito público ou privado de- se confundem com transferências e transposição,
vam realizar, independentemente de contrapresta- pois não:
ção direta em bens ou serviços, constituindo essas
transferências auxílios ou contribuições, segundo de-  modifica o valor da programação ou de suas do-
rivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei es- tações orçamentárias (créditos adicionais);
pecial anterior, bem como as dotações para amorti-
zação da dívida pública. ... pois não:
 altera a unidade orçamentária (classificação ins-
EXEMPLOS titucional) detentora do crédito orçamentário
aprovado na lei orçamentária ou em créditos adi-
 Amortização da Dívida Pública cionais.
 Auxílios para Obras Públicas
 Auxílios para Equipamentos e Instalações Quando a descentralização envolver unidades gesto-
 Auxílios para Inversões Financeiras ras de um mesmo órgão tem-se a descentralização
 Outras Contribuições interna, também chamada de provisão.
Se, porventura, ocorrer entre unidades gestoras de
ETAPAS DA DESPESA órgãos ou entidades de estrutura diferente, ter-se-á
uma descentralização externa, também denominada
ESTÁGIOS DA DESPESA de destaque.

c) Programação orçamentária e financeira

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A programação orçamentária e financeira consiste na


compatibilização do fluxo dos pagamentos com o
fluxo dos recebimentos, visando o ajuste da despesa
fixada às novas projeções de resultados e da arreca-
dação.

d) Processo de licitação
Processo de licitação compreende um conjunto de
procedimentos administrativos que objetivam adquirir
materiais, contratar obras e serviços, alienar ou ceder
bens a terceiros, bem como fazer concessões de ser-
viços públicos com as melhores condições para o Es-
tado.
EMPENHO
ETAPA 2: EXECUÇÃO
Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de
ESTÁGIOS DA DESPESA autoridade competente que cria para o Estado obri-
gação de pagamento pendente ou não de imple-
Os estágios da despesa orçamentária pública na mento de condição.
forma prevista na Lei nº 4.320/1964 são: empenho,
liquidação e pagamento. DEC. 93.872/86

Art . 23. Nenhuma despesa poderá ser realizada sem


a existência de crédito que a comporte ou quando im-
putada a dotação imprópria, vedada expressamente
qualquer atribuição de fornecimento ou prestação de
serviços, cujo custo excede aos limites previamente
fixados em lei.

Art . 25. O empenho importa deduzir seu valor de do-


tação adequada à despesa a realizar, por força do
compromisso assumido.

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Art. 59. O empenho da despesa não poderá exceder


o limite dos créditos concedidos.

Art. 60. É vedada a realização da despesa sem pré-


vio empenho.
ANULAÇÃO DO EMPENHO
ART. 60 § 1º Em casos especiais previstos na le-
gislação específica, será dispensada a emissão da
Art . 28. A redução ou cancelamento no exercício fi-
nota de empenho.
nanceiro, de compromisso que caracterizou o empe-
nho, implicará sua anulação parcial ou total, rever-
tendo a importância correspondente à respectiva do-
tação, pela qual ficará automaticamente desonerado
o limite de saques da unidade gestora.

Art. 60. É vedada a realização da despesa sem pré-


vio empenho.

§ 1º Em casos especiais previstos na legislação


específica, será dispensada a emissão da nota de
empenho.

§ 2º Será feito por estimativa o empenho da des-


pesa cujo montante não se possa determinar.
§ 3º É permitido o empenho global de despesas
contratuais e outras, sujeitas a parcelamento.

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Os empenhos podem ser classificados em:

ORDINÁRIO

É o tipo de empenho utilizado para as despesas de


valor fixo e previamente determinado, cujo paga-
mento deva ocorrer de uma só vez;

ESTIMATIVO

É o tipo de empenho utilizado para as despesas cujo


montante não se pode determinar previamente, tais
como serviços de fornecimento de água e energia
elétrica, aquisição de combustíveis e lubrificantes e
outros; e

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Art. 61. Para cada empenho será extraído um docu-


mento denominado "nota de empenho" que indicará
o nome do credor, a representação e a importância
da despesa, bem como a dedução desta do saldo da
GLOBAL dotação própria.
É o tipo de empenho utilizado para despesas contra- Embora o artigo 61 da Lei nº 4.320/1964 estabeleça
tuais ou outras de valor determinado, sujeitas a par- a obrigatoriedade do nome do credor no documento
celamento, como, por exemplo, os compromissos de- Nota de Empenho, em alguns casos, como na Folha
correntes de aluguéis. de Pagamento, torna-se impraticável a emissão de
um empenho para cada credor, tendo em vista o nú-
DEC. 93.872/86 mero excessivo de credores (servidores).
Art . 27. As despesas relativas a contratos, convê-
nios, acordos ou ajustes de vigência plurianual, serão ATENÇÃO!!!
empenhadas em cada exercício financeiro pela parte É recomendável constar no instrumento contratual o
nele a ser executada. número da nota de empenho, visto que representa a
garantia ao credor de que existe crédito orçamentário
disponível e suficiente para atender a despesa objeto
do contrato. Nos casos em que o instrumento de con-
trato é facultativo, a Lei nº 8.666/1993 admite a pos-
sibilidade de substituí-lo pela nota de empenho de

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despesa, hipótese em que o empenho representa o


próprio contrato.

LIQUIDAÇÃO

Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado


quando ordenado após sua regular liquidação.

Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verifica-


ção do direito adquirido pelo credor tendo por base
os títulos e documentos comprobatórios do respec-
tivo crédito.

§ 1º Essa verificação tem por fim apurar:


I - a origem e o objeto do que se deve pagar;
II - a importância exata a pagar;
III -a quem se deve pagar a importância, para extin-
guir a obrigação.

§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos


feitos ou serviços prestados terá por base:
I - o contrato, ajuste ou acordo respectivo;
II - a nota de empenho;
III - os comprovantes da entrega do material ou da
prestação do serviço.

PAGAMENTO

Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exa-


rado por autoridade competente, determinando que a
despesa seja paga.

Art. 65. O pagamento da despesa será efetuado por


tesouraria ou pagadoria regularmente instituídas por
estabelecimentos bancários credenciados e, em ca-
sos excepcionais, por meio de adiantamento.

REGIME DE CONTABILIZAÇÃO

LEI 4.320/64 - Enfoque Orçamentário

Artigo 35
Pertencem ao exercício financeiro:
I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele legalmente empenhadas.

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NÃO ESQUEÇA

PROGRAMAÇÃO QUALITATIVA

PORT. 338/2006

Despesa Intra-Orçamentária

Orçamento Fiscal/Seguridade Social

NÃO ESQUEÇA

PROGRAMAÇÃO QUANTITATIVA

Considerando a necessidade de identificar as recei-


tas decorrentes das operações intra-orçamentárias,
a exemplo do que ocorre na despesa com a utilização
da modalidade de aplicação “91 - Aplicação Direta
Decorrente de Operação entre Órgãos, Fundos e En-
tidades Integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Se-
guridade Social”, a fim de possibilitar a eliminação de
dupla contagem no levantamento dos balanços e de-
mais demonstrações contábeis;

Art. 1o Definir como intra-orçamentárias as opera-


ções que resultem de despesas de órgãos, fundos,
autarquias, fundações, empresas estatais dependen-
tes e outras entidades integrantes dos orçamentos
fiscais e da seguridade social decorrentes aquisição
de materiais, bens e serviços, pagamento de impos-
tos, taxas e contribuições, quando o recebedor dos
recursos também for órgão, fundo, autarquia, funda-
ção, empresa estatal dependente ou outra entidade
constante desses orçamentos, no âmbito da mesma
esfera de governo.

§ 2º As classificações ora incluídas não constituem


novas categorias econômicas de receita, mas espe-
cificações das categorias econômicas corrente e ca-
pital.

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