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Fazer um estudo qualitativo do campo elétrico por meio do gerador de Van der
Graaff.
2.0 Introdução
Equação 1: Cálculo da intensidade da força elétrica entre cargas puntiformes:
kQQ′
F = d²
A unidade da força elétrica é o Newton (N)
O gerador de Van der Graaff foi inventado por Robert Jemison Van der Graaff por
volta de 1929. Devido à capacidade de produzir altas tensões, o gerador foi empregado em
física nuclear em aceleradores de partículas.
O princípio de eletrização do gerador é a eletrização por atrito. O equipamento conta
com uma correia de material isolante, dois roletes, uma cúpula de descarga, um motor, duas
escovas ou pentes metálicos e uma coluna de apoio. Os roletes utilizados devem ser de
materiais diferentes e pelo menos um deve ser condutor; isto porque, ao ocorrer a
eletrização, os materiais devem adquirir cargas de sinais opostos.
Quando o motor do gerador é acionado, a correia de material isolante é acionada. A
mesma atrita-se na parte inferior com uma escova metálica ligada a uma fonte. O
movimento da correia e o atrito fazem com que ocorra a eletrização, e ao chegar na parte
superior do equipamento, a correia eletrizada toca uma segunda escova, que está em
contato com a esfera do gerador. A figura 1 abaixo mostra as partes do gerador e seu
princípio de eletrização.
Figura 1. Estrutura básica do gerador de Van der Graaff
kQ
E= d²
A unidade do campo elétrico é o Newton por Coulomb. (N/C)
Figura 2. Direção e sentido do campo elétrico de cargas pontuais.
4.0 Materiais
5.1 Tiras de papel alumínio foram cortadas e uma das suas extremidades foi fixada
com fita adesiva na superfície externa da esfera do gerador. O mesmo foi ligado e
observou-se o comportamento das tiras.
5.2 Com o gerador desligado, foi fixado a haste de um eletroscópio de folhas na
parte superior do gerador. O mesmo foi ligado e observou-se o comportamento das folhas
do eletroscópio e de um pequeno pedaço de algodão que foi aproximado da esfera.
5.3 O torniquete acessório ao motor foi colocado na parte superior da esfera quando
o motor estava desligado. Ligou-se o motor e observou-se o que acontecia com o sistema.
5.4 Com o motor de Van der Graaf desligado, uma pessoa com os cabelos secos
encostou suas mãos na esfera e o gerador foi ligado. Observou-se o que acontecia com os
cabelos da pessoa.
5.5 Com o gerador de Van de Graaf ligado, aproximou-se o bastão da esfera ao
equipamento eletrizado e observou-se.
A descarga elétrica gerada no gerador de van der Graaf é semelhante, podendo ser
comparado na forma de miniatura, com os raios decorrentes de uma tempestade. Os raios,
que na maioria das vezes estão associados a tempestades, são uma gigantesca faísca de
eletricidade estática, através da qual um canal condutivo forma-se e cargas elétricas são
transferidas. Sob condições normais a atmosfera é um bom isolante elétrico. A rigidez
dielétrica do ar no nível do mar chega a três milhões de volts por metro, mas se reduz
gradualmente conforme a altitude sobretudo devido ao ar rarefeito. Contudo, conforme
ocorre a separação de cargas da nuvem o campo elétrico se torna cada vez mais intenso,
até o momento em que o ar não mais consegue conter o fluxo de cargas. Dessa forma,
surge um caminho condutivo de plasma pelo qual as cargas elétricas podem circular
livremente formando, assim, a descarga elétrica denominada raio.
A cor do raio e da descarga elétrica do gerador, resulta de dois efeitos distintos: (1)
a emissão térmica do plasma e do ar sobreaquecido circundante do canal de descarga, cujo
comprimento de onda, nos termos da Lei de Planck é ditada pela respectiva temperatura; e
(2) as emissões espectrais resultantes da ionização dos gases componentes do ar nas
transições quânticas entre os diferentes níveis de energia durante a formação do plasma e
subsequente retorno à neutralidade.
A emissão térmica, em consequência das elevadas temperaturas do plasma
gerado, produz uma radiação luminosa com uma forte componente na parte mais energética
do espectro visível, tendendo para o azulado e o violáceo (de acordo com a Lei de Planck,
esta coloração correspondente aos menores comprimento de onda da região visível).
As emissões espectrais, num processo de geração de luz semelhante à de
lâmpadas de descarga (como as vulgares lâmpadas fluorescentes), são o resultado da
ionização dos gases componentes do ar, emitindo em diversas frequências características,
num processo que também contribuiu para fazer tender a luz do raio e da descarga elétrica
para um azul.
Como a luz de menor comprimento de onda (os tons azulados) sofrem maior
atenuação no ar, os raios próximos tendem a ser percebidos como azuis, ou pelo menos
fortemente azulados, enquanto os mais distantes são percebidos como brancos.
7.0 Conclusão
Com base no que foi exposto foi possível fazer um estudo do campo elétrico por
meio do uso do gerador de van der Graaf e alguns artefatos. Com o uso de tiras de alumínio
e, de modo similar, com os fios de cabelo de uma pessoa, foi possível perceber a
eletrização por contato e certificar que cargas de sinais iguais se repelem.
Além disso, verificou-se a eletrização por indução, ao aproximar fiapos de algodão
do gerador eletrizado.
Também foi possível, a partir dos experimentos realizados, constatar que objetos
com pontas apresentam concentração de cargas elétricas em suas pontas.
Com o uso do gerador de van der Graff, foi possível observar eventos que ocorrem
no cotidiano de infinitas formas através de uma visão mais didática. Além dos fenômenos já
citados, a descarga provinda do gerador trouxe em forma de miniatura a ideia de como os
raios são formados na natureza além dos fenômenos e conceitos físicos por trás de tal fato.
8.0 Referências
SEARS, F. Física 3- Eletricidade e Magnetismo. Editora LTC. Segunda edição. Rio de
Janeiro. 1984
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gerador_de_Van_de_Graaff
http://brasilescola.uol.com.br/fisica/gerador-van-graaff.htm
http://eletromagnetismo.info/eletrostatica.html
http://fisicaeletro.blogspot.com.br/2011/06/experimentos-propostos-referentes.html
http://efisica.if.usp.br/eletricidade/basico/carga/poder_pontas/
http://fisicamoderna.blog.uol.com.br/arch2009-01-18_2009-01-24.html