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3º MÊS - 1º BLOCO
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Mapa de matérias e assuntos do 3º mês – bloco 01 – 14 dias
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ICMS: Disciplina constitucional e infraconstitucional.
Hipóteses de incidência, contribuintes, responsáveis,
DIA 62 DIREITO TRIBUTÁRIO substitutos. Base de cálculo. Alíquota. O princípio da não-
cumulatividade. Regime de apuração e de pagamento.
Administração do ICMS: fiscalização; auto de infração; defesa
do contribuinte; parcelamento de débitos.
(Domingo)
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CALENDÁRIO DE METAS – MÊS 03 – BLOCO 01:
DIA 57
DIREITO CIVIL
O aluno que se sente à vontade com a disciplina pode simplesmente ler o Código Civil e
resolver as questões, sanando as dúvidas que surgirem com as questões no livro. Nesse
caso, o aluno deve resolver, pelo menos, o dobro do número de questões recomendadas
para o cumprimento normal da meta.
O aluno deve ter em mente que a parte de Teoria Geral dos Contratos é bastante
importante. Por essa razão recomenda-se que, ao menos, quanto a essa parte, o aluno leia
alguma doutrina.
O aluno que não tem base ou nunca estudou com afinco a disciplina deve ler um dos livros
indicados na bibliografia ou algum material de que goste ou uma boa sinopse (JusPodivm),
a fim suprir a deficiência nesse momento pré-edital.
Como o assunto é extenso, o aluno deve ler o máximo que der hoje e, depois, continuar nas
metas do dia 60 e 65.
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Sugestão do curso para organização do aluno:
COMO ESTUDAR?
O QUE É IMPORTANTE?
Contratos: classificações;
Princípios contratuais;
o Autonomia privada
o Obrigatoriedade da convenção
o Conservação do contrato
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o Boa fé: Função tríplice da boa fé (interpretativa, integrativa,
controle), figuras parcelares da boa fé objetiva, adimplemento
substancial IMPORTANTE!
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ALGUMAS SÚMULAS SOBRE O ASSUNTO:
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a imóveis de propriedade da União, e dá outras providências: "Art. 3º A
transferência onerosa, entre vivos, do domínio útil e da inscrição de ocupação
de terreno da União ou cessão de direito a eles relativos dependerá do prévio
recolhimento do laudêmio, em quantia correspondente a 5% (cinco por cento)
do valor atualizado do domínio pleno do terreno, excluídas as benfeitorias. §
1º As transferências parciais de aforamento ficarão sujeitas a novo foro para a
parte desmembrada. § 2º Os Cartórios de Notas e Registro de Imóveis, sob
pena de responsabilidade dos seus respectivos titulares, não lavrarão nem
registrarão escrituras relativas a bens imóveis de propriedade da União, ou
que contenham, ainda que parcialmente, área de seu domínio: I - sem certidão
da Secretaria do Patrimônio da União - SPU que declare: a) ter o interessado
recolhido o laudêmio devido, nas transferências onerosas entre vivos; b) estar
o transmitente em dia, perante o Patrimônio da União, com as obrigações
relativas ao imóvel objeto da transferência; e c) estar autorizada a
transferência do imóvel, em virtude de não se encontrar em área de interesse
do serviço público; II - sem a observância das normas estabelecidas em
regulamento". Os bens públicos podem ser classificados como bens de uso
comum do povo, bens de uso especial e bens dominicais. A diferença principal
entre eles reside no fato de que as duas primeiras espécies possuem
destinação pública, enquanto a terceira não a possui. Os terrenos
pertencentes à União são bens públicos, apesar de os bens dominicais terem
destinação precipuamente particular. Seguindo o escólio de doutrina "o regime
dos bens dominicais é parcialmente público e parcialmente privado". Por isso,
deve-se ter consciência de que a sua natureza não é exclusivamente
patrimonial, pois a Administração Pública não deseja apenas auferir renda,
mas também observar o interesse coletivo representado pelo domínio direto do
imóvel. Conforme explicitado, os bens dominicais possuem especificidades
com relação à propriedade privada, que é regulada exclusivamente pelo
Código Civil. Dentre elas, existe o direito de transferir onerosamente o domínio
útil do imóvel mediante o pagamento de laudêmio, pois se trata, como dito
alhures, de relação de natureza híbrida. Portanto, o contrato de compra e
venda desses imóveis deve se revestir de formalidades sem as quais se
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desnatura a sua natureza jurídica. Logo, não é somente o pagamento do
laudêmio que diferencia essa espécie de transferência onerosa entre vivos,
mas, e, principalmente, a autorização da União para a realização do negócio
jurídico. Como se trata de bem público de interesse da União, ela deve
acompanhar de perto, por meio da SPU, a realização de sua transferência,
pois, como dispõe a lei, pode ocorrer a vinculação do imóvel ao serviço público.
Ademais, os Cartórios de Registro de Imóveis têm a obrigação de não lavrar
nem registrar escrituras relativas a bens imóveis de propriedade da União
sem a certidão da SPU, sob pena de responsabilidade dos seus titulares.
Precedente citado: REsp 1.201.256-RJ, Primeira Turma, DJe 22/2/2011. REsp
1.590.022-MA, Rel. Min. Herman Benjamin, por unanimidade, julgado em
9/8/2016, DJe 8/9/2016.
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uma situação inválida. Com efeito, no contexto que a codificação faz para
questionar a garantia dada sem a anuência do outro consorte, há a expressa
previsão de que tal contenda só será deflagrada apenas, e tão somente, pelo
outro cônjuge, ou, com o seu falecimento, pelos herdeiros - como legitimado
sucessivo. Aliás, ressalte-se, que tanto a doutrina civilista quanto a
jurisprudência pátria possuem reiterados entendimentos no sentido de que
não há substrato jurídico para o cônjuge que praticou ato sem a devida
outorga instaurar ação para anular o que ele mesmo realizou, devido à
ocorrência do venire contra factum proprium (AgRg no REsp 1.232.895-SP,
Quarta Turma, DJe 13/8/2015). Assim, a legitimidade para ingressar com
ação de anulabilidade contra fiança firmada sem a necessária outorga
conjugal está adstrita ao cônjuge prejudicado, podendo se estender apenas
aos herdeiros, no caso de falecimento daquele. É essa a redação do art. 1.650
do CC, o qual dispõe que "A decretação de invalidade dos atos praticados sem
outorga, sem consentimento, ou sem suprimento do juiz, só poderá ser
demandada pelo cônjuge a quem cabia concedê-la, ou por seus herdeiros".
Com isso, o olhar lançado nessa temática deve ser abrangente, já que o
comando do art. 1.650 se mostra como complemento daquele delineado no art.
1.649. Isso aponta para o fato de que, por meio do princípio geral da
operabilidade, o legislador conjugou os dois artigos por meio de uma
interpretação lógico-sistemática. Ou seja, fica evidente que os legitimados
apontados no artigo subsequente (1.650) deverão observar as exigências do
artigo antecedente (1.649). Por isso, havendo uma complementariedade dos
dispositivos, parece melhor a interpretação no sentido de que os herdeiros
também observem o prazo delimitado para o próprio consorte quando em vida
- 02 anos, caso queiram ingressar em juízo. REsp 1.273.639-SP, Rel. Luis
Felipe Salomão, julgado em 10/3/2016, DJe 18/4/2016.
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outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se der
conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a parte
vendida a estranhos, se o requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob pena
de decadência. Parágrafo único. Sendo muitos os condôminos, preferirá o que
tiver benfeitorias de maior valor e, na falta de benfeitorias, o de quinhão
maior. Se as partes forem iguais, haverão a parte vendida os
comproprietários, que a quiserem, depositando previamente o preço". Partindo-
se da literalidade do previsto nesse artigo, infere-se que o direito de
preferência deve ser observado apenas nos casos em que a alienação se
pactue entre consorte e estranho, e não entre consortes. Efetivamente, o caput
do aludido dispositivo é bastante claro quanto à incidência da preempção
apenas nas hipóteses de negócio jurídico envolvendo terceiro/estranho ao
condomínio. Aliás, necessário destacar que a ratio da positivação da referida
norma sobre o direito de prelação se cinge justamente à conciliação dos
objetivos particulares daquele que pretende alienar sua fração com a (possível)
manutenção da comunidade de coproprietários, até porque, conforme
entendimento doutrinário, "[...] a função social recomenda ser mais cômodo
manter a propriedade entre os titulares originários, evitando desentendimento
com a entrada de um estranho no grupo". A referida preocupação está
inserida, outrossim, no parágrafo único do art. 1.314 do CC, segundo o qual:
"Nenhum dos condôminos pode alterar a destinação da coisa comum, nem dar
posse, uso ou gozo dela a estranhos, sem o consenso dos outros". Com efeito,
a alienação de frações ideais entre condôminos refoge à finalidade intrínseca
ao direito de preferência, uma vez que não se tratará de hipótese de ingresso
de terceiro/estranho à comunhão. Pelo contrário, serão mantidos os consortes,
apenas com alterações no percentual da parte ideal daquele que adquiriu a
parcela de outrem. Esse entendimento, aliás, já foi adotado por esta Corte, em
antigo precedente da Terceira Turma (REsp 19.538-SP, DJ 17/5/1993), no
qual analisado o art. 1.139 do CC/1916 - norma correspondente ao atual art.
504 do CC. Além disso, não é cabível o argumento de que o parágrafo único do
art. 504 do CC, ao enunciar que: "Sendo muitos os condôminos, preferirá o que
tiver benfeitorias de maior valor e, na falta de benfeitorias, o de quinhão
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maior. Se as partes forem iguais, haverão a parte vendida os
comproprietários, que a quiserem, depositando previamente o preço", teria
estendido o direito de preempção às hipóteses de alienação entre consortes.
Em verdade, o referido parágrafo único apenas complementa a norma
enunciada no caput, estabelecendo o procedimento a ser adotado caso mais
de um condômino venha manifestar o seu direito de preferência, por ocasião
da alienação de fração ideal à terceiro alheio à comunhão. Ademais, tratando-
se de restrição à liberdade de contratar, o instituto em comento - direito de
preferência - deve ser interpretado de forma restritiva. Assim, se a lei de
regência (art. 504 do CC) apenas o institui em relação às alienações a
estranhos, não cabe ao intérprete, extensivamente, aplicar essa norma aos
casos de compra e venda entre consortes. REsp 1.137.176-PR, Rel. Min. Marco
Buzzi, julgado em 16/2/2016, DJe 24/2/2016.
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depende da conjugação de elementos subjetivos e objetivos, quais sejam: a) o
sujeito (doador e donatário); b) o objeto a ser doado; c) o animus donandi
(intenção/vontade do doador de praticar a liberalidade visando enriquecer o
donatário); d) a transferência de bens ou vantagens em favor do donatário; e)
a aceitação de quem recebe, afinal é com o consentimento de quem se
beneficia que passa o donatário a assumir deveres éticos, morais e jurídico
para com o benfeitor; e f) a forma pela qual se opera a doação. Ressalte-se que
o ordenamento jurídico permite a doação por procurador constituído pelo
doador, desde que ostente instrumento de mandato com poderes especiais,
nos termos do art. 661, §1º, do CC: "Para alienar, hipotecar, transigir, ou
praticar outros quaisquer atos que exorbitem da administração ordinária,
depende a procuração de poderes especiais e expressos". Assim, diante da
solenidade que a doação impõe, em razão da disposição de patrimônio que
acarreta, somente o mandatário munido de poderes especiais para o ato é que
pode representar o titular do bem a ser doado. Assinale-se que a doutrina e a
jurisprudência brasileiras têm admitido a doação por procuração, desde que o
doador cuide de especificar o objeto da doação e o beneficiário do ato
(donatário). A propósito, o STJ já exarou o entendimento de que o animus
donandi materializa-se pela indicação expressa do bem e do beneficiário da
liberalidade, razão por que é insuficiente a cláusula que confere poderes
genéricos para a doação (REsp 503.675-SP, Terceira Turma, DJ 27/6/2005).
REsp 1.575.048-SP, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 23/2/2016, DJe
26/2/2016.
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que, quando se trata de transferência onerosa, há outra relação jurídica
envolvida (entre o promitente-adquirente e o promitente-vendedor), a qual é de
natureza meramente contratual e privada, envolvendo direitos disponíveis. E é
dessa relação jurídica que trata o presente caso. A relação jurídica em questão
refere-se a um contrato particular de promessa decompra e venda de imóvel,
em que as partes estabelecem entre si, livremente, as condições do negócio,
devendo prevalecer a vontade das partes, desde que não contrarie proibição
estabelecida por lei (art. 82 do CC/1916 e art. 104 do CC/2002). Diante das
circunstâncias que norteiam o negócio específico da promessa
de compra e venda de imóvel, com destaque para o acordo referente ao preço,
forma e condições de pagamento, é perfeitamente possível e lícito estipular-se,
para validade no negócio, a inversão da obrigação no que diz respeito ao
pagamento do laudêmio devido à União, mesmo porque, para esta, o que
importa para a efetiva transferência do domínio útil é o recolhimento do
laudêmio ao Tesouro Nacional. Nesse sentido, o fato de, na relação jurídica de
direito público, a lei impor o pagamento do laudêmio a determinada parte
envolvida na relação contratual de alienação onerosa de imóvel situado em
terreno de marinha (art. 686 do CC/1916) não impede que os particulares,
numa relação de direito privado, ajustem entre si a transferência do encargo
de cumprir a obrigação legal. Trata-se, inclusive, de fato comum, por exemplo,
nas relações jurídicas tributárias, nas quais, frequentemente, têm-se as
figuras do contribuinte de direito (obrigado na relação tributária) e do
contribuinte de fato (a quem, na prática, é transferido o encargo de suportar o
ônus tributário). Aliás, nos contratos de locação, exemplificativamente,
normalmente é transferido ao inquilino o encargo de pagar o IPTU incidente
sobre o imóvel (além de outros encargos). Esse ajuste, saliente-se, obriga
apenas as partes contratantes, não sendo oponível à União, naquela relação
jurídica diversa, de cunho legal. REsp 888.666-SE, Rel. Min. Raul Araújo,
julgado em 15/12/2015, DJe 1º/2/2016.
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inadimplemento do comprador, pleitear a proteção possessória sobre o bem
móvel objeto da avença. A cláusula de reserva de domínio ou pactum reservati
dominii é uma disposição inserida nos contratos de compra e venda que
permite ao vendedor conservar para si a propriedade e a posse indireta da
coisa alienada até o pagamento integral do preço pelo comprador, o qual terá
apenas a posse direta do bem, enquanto não solvida a obrigação. Neste
contexto, segundo doutrina, "o domínio não se transmite com o contrato e
entrega da coisa, mas automaticamente com o pleno pagamento". Desde que
formulado o pacto com reserva de domínio, o comprador tem conhecimento que
recebe a mera posse direta do bem e o vendedor, por pressuposto, sabe que a
sua propriedade é resolúvel, uma vez que o primeiro poderá adquirir a
propriedade do bem com o pagamento integral do preço, sendo franqueado à
parte vendedora/credora optar pelo procedimento que melhor lhe convier a fim
de ressarcir-se dos prejuízos havidos com o ajuste inadimplido. Saliente-se
que nem a lei nem a doutrina impõem, textual ou implicitamente, a
necessidade de ajuizamento preliminar de demanda rescisória do contrato de
compra e venda com reserva de domínio, para a obtenção da retomada do
bem. Isso porque não se trata, aqui, da análise do ius possessionis (direito de
posse decorrente do simples fato da posse), mas sim do ius possidendi, ou
seja, do direito à posse decorrente do inadimplemento contratual, onde a
discussão acerca da titularidade da coisa é inviabilizada, haja vista se tratar
de contrato de compra e venda com reserva de domínio onde a transferência
da propriedade só se perfectibiliza com o pagamento integral do preço, o que
não ocorreu em razão da inadimplência do devedor. A fim de melhor elucidar a
questão, o ius possessionis é o direito de posse, ou seja, é o poder sobre a
coisa e a possibilidade de sua defesa por intermédio dos interditos (interdito
proibitório, de manutenção da posse ou de reintegração de posse). Trata-se de
conceito que se relaciona diretamente com a posse direta e indireta. Já o ius
possidendi é o direito à posse, decorrente do direito de propriedade, ou seja, é
o próprio domínio. Em outras palavras, é o direito conferido ao titular de
possuir o que é seu, independentemente de prévio ajuizamento de demanda
objetivando rescindir o contrato de compra e venda, uma vez que, nos ajustes
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cravados com cláusula de reserva de domínio, a propriedade do bem, até o
pagamento integral do preço, pertence ao vendedor, ou seja, não se consolida
a transferência da propriedade ao comprador. Destaque-se que não se trata
das hipóteses em que o STJ assevera que o deferimento da proteção
possessória está condicionado à prévia conclusão do contrato (AgRg no REsp
1.337.902-BA, Quarta Turma, DJe 14/3/2013; e AgRg no REsp 1.292.370-
MS, Terceira Turma, DJe 20/11/2012). Isso porque, nas ações em que se
discute o ius possessionis, ainda que fundada em contrato de compra e venda
inadimplido, no qual não consta cláusula de reserva de domínio, a
propriedade já se transfere de plano, razão pela qual, por não comportar a
tutela possessória dilação processual necessária à discussão da ocorrência,
ou não, do inadimplemento contratual, essa não pode ser requerida sem que
seja oportunizado ao comprador/devedor questionar o descumprimento da
obrigação, em face da abusividade das cláusulas contratuais ou purgar a
mora quando se verificar a ocorrência de pagamento substancial do preço.
Desta feita, a discussão do contrato e, por conseguinte, a sua rescisão deve se
dar em momento anterior ao ajuizamento da ação possessória ou, ao menos
de forma concomitante, em cumulação de ações, sendo o pleito possessório
pedido subsidiário em relação à pretensão rescisória do contrato, pelo
inadimplemento obrigacional, uma vez que somente após a resolução
contratual é que poderá haver posse injusta a aclamar a retomada do bem.
REsp 1.056.837-RN, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 3/11/2015, DJe
10/11/2015.
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artigo antecedente". Por sua vez, o parágrafo único do art. 797 do CC/2002
estabelece que, se o segurado se suicidar dentro do prazo de carência do
seguro, o beneficiário - conquanto não tenha direito ao capital estipulado (art.
798, caput) - terá direito ao ressarcimento do "montante da reserva técnica já
formada". Ao contrário do CC/1916, não há, no CC/2002, previsão acerca do
caráter premeditado ou não do suicídio, visto que a intenção do novo Código é
precisamente evitar a dificílima prova da premeditação e da sanidade mental
e capacidade de autodeterminação no momento do suicídio. Percebe-se,
portanto, que o art. 798 do CC/2002 adotou critério objetivo temporal para
determinar a cobertura relativa ao suicídio do segurado, afastando o critério
subjetivo da premeditação. Nesse contexto, deve-se ressaltar o fato de que a
Súmula 105 do STF ("Salvo se tiver havido premeditação, o suicídio do
segurado no período contratual de carência não exime o segurador do
pagamento do seguro") foi formada, antes do CC/2002, a partir de
precedentes nos quais se invalidava a cláusula de exclusão de cobertura
simplesmente porque não havia previsão legal, na época, para esta cláusula.
Posteriormente a essa Súmula, surgiu a Súmula 61 do STJ ("O seguro de vida
cobre o suicídio não premeditado"), em data também anterior ao CC/2002, em
uma época em que o pressuposto de todos os precedentes tanto da
mencionada Súmula do STF quanto da referida Súmula do STJ era a ausência
de previsão legal que autorizasse a estipulação de cláusula que eximisse a
seguradora da cobertura por suicídio não premeditado, o contrário do que
sucede hoje, quando a lei expressamente estabelece que o de suicídio durante
os primeiros dois anos de vigência da apólice é um risco não coberto (art. 798,
caput). REsp 1.334.005-GO, Rel. originário Min. Paulo de Tarso Sanseverino,
Rel. para acórdão Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 8/4/2015, DJe
23/6/2015.
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abusiva a cláusula que prevê fatores de aumento diferenciados por faixa
etária, uma vez que oneram de forma desproporcional os segurados na velhice
e possuem, como objetivo precípuo, compelir o idoso à quebra do vínculo
contratual, afrontando, dessa maneira, a boa-fé que deve perdurar durante
toda a relação contratual, há que se ressaltar que, em relação aos contratos
de seguro de vida, a jurisprudência do STJ segue no sentido de se declarar
abusivos somente aqueles reajustes diferenciados do prêmio incidentes após o
implemento da idade de 60 anos do segurado e desde que já conte ele com
mais de 10 anos de vínculo contratual. Isso se dá pela aplicação analógica
das regras que incidem sobre os contratos de plano de saúde (art. 15,
parágrafo único, da Lei 9.656/1998). Precedentes citados: EDcl no AgRg no
REsp 1.453.941-RS, Terceira Turma, DJe 4/12/2014; e AgRg no AREsp
586.995-RS, Terceira turma, DJe 7/4/2015. REsp 1.376.550-RS, Rel. Min.
Moura Ribeiro, julgado em 28/4/2015, DJe 12/5/2015.
Informativo n. 554: Quando o vício oculto, por sua natureza, só puder ser
conhecido mais tarde (art. 445, § 1°, CC), o adquirente de bem móvel terá o
prazo de trinta dias (art. 445, caput, do CC), a partir da ciência desse defeito,
para exercer o direito de obter a redibição ou abatimento no preço, desde que o
conhecimento do vício ocorra dentro do prazo de cento e oitenta dias da
aquisição do bem. O prazo decadencial para exercício do direito de obter a
redibição ou abatimento no preço de bem móvel é o previsto no caput do art.
445 do CC, isto é, trinta dias. O § 1º do art. 445 do CC apenas delimita que,
se o vício somente se revelar mais tarde, em razão de sua natureza, o prazo
de 30 dias fluirá a partir do conhecimento desse defeito, desde que revelado
até o prazo máximo de 180 dias, com relação aos bens móveis. Desse modo,
no caso de vício oculto em coisa móvel, o adquirente tem o prazo máximo de
cento e oitenta dias para perceber o vício e, se o notar neste período, tem o
prazo de decadência de trinta dias, a partir da verificação do vício, para
ajuizar a ação redibitória. Nesse sentido, o enunciado 174 do CJF dispõe que:
"Em se tratando de vício oculto, o adquirente tem os prazos do caput do art.
445 para obter redibição ou abatimento do preço, desde que os vícios se
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revelem nos prazos estabelecidos no parágrafo primeiro, fluindo, entretanto, a
partir do conhecimento do defeito". REsp 1.095.882-SP, Rel. Min. Maria Isabel
Gallotti, julgado em 9/12/2014, DJe 19/12/2014.
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decisão judicial e sua definitividade nem sempre são indispensáveis para a
consumação dos riscos oriundos da evicção. REsp 1.332.112-GO, Rel. Min.
Luis Felipe Salomão, julgado em 21/3/2013.
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útil para a percepção da remuneração de que trata o art. 725 do CC/2002.
Assim, para o efeito de tornar devida a remuneração a que faz jus o corretor, a
mediação deve corresponder somente aos limites conclusivos do negócio
jurídico, mediante acordo de vontade entre as partes, independentemente da
execução do próprio negócio. A inadimplência das partes, após a conclusão
deste, mesmo que acarrete a rescisão contratual, não repercute na pessoa do
corretor. REsp 1.339.642-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em
12/3/2013.
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b) como sua antítese a má-fé, sendo que esta tem a aptidão de macular o ato no
plano de sua validade em razão da ilicitude de seu objeto.
c) alto teor de densidade normativa, estreitando o campo hermenêutico de sua
aplicação à hipótese de sua aplicação à hipótese expressamente contemplada pelo
texto normativo, em consonância com as exigências de legalidade estrita.
d) necessidade de aferição do elemento volitivo do agente, consistente na crença
de agir em conformidade com o ordenamento jurídico.
e) duas vertentes, isto é, a boa-fé subjetiva, que depende da análise da
consciência subjetiva do agente, e a boa-fé objetiva, como standard de
comportamento.
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ordem, Luiz terá direito de exigir sejam excutidos, antes dos seus, os bens do
devedor.
c) inválido, pois a fiança, assim como qualquer contrato, não pode ser estipulada
contra a vontade de uma das partes.
d) inválido, pois, embora a fiança possa ser estipulada contra a vontade do
devedor, deve necessariamente compreender o valor integral da obrigação
principal.
e) válido, pois a fiança pode ser estipulada mesmo contra a vontade do
devedor e em valor inferior ao da obrigação principal, mas havendo
renunciado ao benefício de ordem, Luiz não terá direito de exigir sejam
excutidos, antes dos seus, os bens do devedor.
5. (FCC/PGEMT/2016): Isac vendeu seu veículo a Juliano, por preço bem inferior
ao de mercado, fazendo constar, no contrato de compra e venda, que o bem
estava mal conservado e poderia apresentar vícios diversos e graves. Passados
quarenta dias da realização do negócio, o veículo parou de funcionar. Juliano
ajuizou ação redibitória contra Isac, requerendo a restituição do valor pago, mais
perdas e danos. A pretensão de Juliano
a) improcede, porque, embora a coisa possa ser enjeitada, em razão de vício
redibitório, as perdas e danos apenas seriam devidas se Isac houvesse procedido
de má-fé.
b) procede, porque a coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser
enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é
destinada, ou lhe diminuam o valor.
c)improcede, porque firmou contrato comutativo, assumindo o risco de que o bem
viesse a apresentar avarias.
d) improcede, porque não configurados os elementos definidores do vício
redibitório e o comprador assumiu o risco de que o bem viesse a apresentar
avarias.
e) procede, porque a coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser
enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é
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destinada, ou lhe diminuam o valor, mas está prescrita, porque se passaram
mais de 30 dias da realização do negócio.
ANOTAÇÕES:
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DIA 58
REVISÃO
COMO ESTUDAR?
Poder Constituinte.
Controle de Constitucionalidade.
Organização Política do Estado.
Poder Executivo.
ANOTAÇÕES:
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DIA 59
DIREITO ADMINISTRATIVO
(Item 19)
COMO ESTUDAR?
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O QUE É IMPORTANTE?
Tribunais de Contas:
o Súmula Vinculante n. 3.
Autotutela;
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a) Em razão da presunção de legitimidade e autoexecutoriedade do ato
administrativo, o controle judicial deste se dá, em regra, posteriormente à
sua edição, podendo, todavia, ocorrer de forma prévia, a fim de evitar
ameaça de lesão a direito.
b) No ordenamento jurídico pátrio, inexiste hipótese em que o acesso ao Poder
Judiciário somente seja admitido após o esgotamento da instância
administrativa.
c) A ação de improbidade administrativa é meio de controle judicial de condutas
de improbidade praticadas no âmbito da administração pública, para as quais
são previstas penalidades de cassação dos direitos políticos, perda da função
pública e ressarcimento ao erário, entre outras.
d) Em razão do sistema do contencioso administrativo, adotado no Brasil,
determinadas causas, quando julgadas em última instância na esfera
administrativa, não podem ser reapreciadas pelo Poder Judiciário.
e) Com base no princípio da inafastabilidade da jurisdição, o Poder Judiciário
pode reapreciar o mérito dos atos administrativos relativamente aos critérios de
oportunidade e conveniência utilizados pelo administrador público.
29
3. (CESPE,PCPE,2016) A permissão da empresa Alfa, permissionária de serviços
públicos de transporte coletivo de passageiros, conforme contrato de delegação
firmado com o governo estadual, foi unilateralmente revogada pelo poder público,
por motivos de oportunidade e conveniência. A empresa interpôs pedido de
reconsideração junto ao Departamento de Regulação de Transporte Coletivo,
órgão da Secretaria Estadual de Transportes, responsável pelos contratos de
permissão de transporte coletivo. O pedido foi indeferido por Caio, diretor do
referido departamento, que alegou a existência de interesse público na revogação.
Diante desse indeferimento, a empresa interpôs recurso administrativo. Caio
manteve a decisão anterior e encaminhou o recurso ao secretário de transportes,
autoridade hierarquicamente superior. Semanas após, Caio foi nomeado
secretário estadual de transportes e, nessa qualidade, conheceu do recurso
administrativo e negou-lhe provimento, mantendo a decisão recorrida
Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta.
a)O fato de Caio não ter reconsiderado a sua decisão não equivale a julgamento
de recurso. Assim, houve uma única decisão administrativa em sede de recurso
administrativo, sendo irrelevante que a autoridade julgadora tenha emitido uma
decisão anterior sobre a questão.
b)O recurso administrativo deveria ter sido apreciado por autoridade
hierarquicamente superior e diferente daquela que decidira anteriormente o
pedido de reconsideração. Como Caio estava impedido de julgar o recurso
administrativo, há de se concluir que a decisão do recurso foi nula.
c)No caso em tela, haveria a suspeição de Caio, razão pela qual ele não poderia
julgar o recurso administrativo. Dessa forma, Caio deveria anular a decisão sobre
o recurso e delegar a algum subordinado seu a competência para o julgamento.
d)A permissão de serviço público é feita a título precário e, por esse motivo, a
empresa permissionária não tem direito a recorrer administrativamente do ato
administrativo que revogou a sua permissão.
e)Em razão do princípio da intranscendência subjetiva, é juridicamente possível
que uma mesma pessoa decida sobre o pedido de reconsideração e o recurso
administrativo, uma vez que, legalmente, eles foram decididos por autoridades
administrativas distintas.
30
ANOTAÇÕES:
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32
DIA 60
DIREITO CIVIL
(Item 13)
ANOTAÇÕES:
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DIA 61
Mandado de Segurança.
(Item 23 - parcial)
COMO ESTUDAR?
O QUE É IMPORTANTE?
35
Possibilidade de desistência do MS, sem anuência do impetrado,
mesmo após prolação de decisão de mérito. Exceção: não pode se o
intuito do impetrante desistente for o de evitar a formação da coisa
julgada;
36
enquadramento da lei 3.780, de 12 de julho de 1960, que envolva exame
de prova ou de situação funcional complexa.
37
Súmula 429 do STF: A existência de recurso administrativo com efeito
suspensivo não impede o uso do mandado de segurança contra omissão
da autoridade.
38
Súmula 622 do STF: Não cabe agravo regimental contra decisão do
relator que concede ou indefere liminar em mandado de segurança.
39
Súmula 631 do STF: Extingue-se o processo de mandado de segurança
se o impetrante não promove, no prazo assinado, a citação do
litisconsorte passivo necessário.
Súmula 217 do STJ: Não cabe agravo de decisão que indefere o pedido
de suspensão da execução da liminar, ou da sentença em mandado de
segurança.
40
ALGUNS JULGADOS SOBRE O ASSUNTO:
41
que reduz o valor de vantagem nos proventos ou remuneração do impetrante
(MS 12.397-DF, Terceira Seção, DJe 16/6/2008). Precedentes citados: EDcl no
REsp 1.236.588-SP, Segunda Turma, DJe 10/5/2011; e AgRg no REsp
1.090.572-DF, Quinta Turma, DJe 1º/6/2009. EREsp 1.164.514-AM, Rel. Min.
Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 16/12/2015, DJe 25/2/2016.
42
diversa de mandado de segurança coletivo - proposta por associação de
servidores. De fato, não se desconhece que prevalece na jurisprudência do STJ
o entendimento de que, indistintamente, os sindicatos e associações, na
qualidade de substitutos processuais, detêm legitimidade para atuar
judicialmente na defesa dos interesses coletivos de toda a categoria que
representam; por isso, caso a sentença coletiva não tenha uma delimitação
expressa dos seus limites subjetivos, a coisa julgada advinda da ação coletiva
deve alcançar todas as pessoas da categoria, legitimando-as para a
propositura individual da execução de sentença. Contudo, não pode ser
ignorado que, por ocasião do julgamento do RE 573.232-SC, sob o regime do
artigo 543-B do CPC, o STF proferiu decisão, com repercussão geral,
vinculando horizontalmente seus magistrados e verticalmente todos os
demais, reiterando sua jurisprudência, firmada no sentido de que "as balizas
subjetivas do título judicial, formalizado em ação proposta por associação, é
definida pela representação no processo de conhecimento, presente a
autorização expressa dos associados e a lista destes juntada à inicial". À luz
da interpretação do art. 5º, XXI, da CF, conferida por seu intérprete maior, não
caracterizando a atuação de associação como substituição processual - à
exceção do mandado de segurança coletivo -, mas como representação, em
que é defendido o direito de outrem (dos associados), não em nome próprio da
entidade, não há como reconhecer a possibilidade de execução da sentença
coletiva por membro da coletividade que nem sequer foi filiado à associação
autora da ação coletiva. Assim, na linha do decidido pelo STF, à exceção do
mandado de segurança coletivo, em se tratando de sentença de ação coletiva
ajuizada por associação em defesa de direitos individuais homogêneos, para
se beneficiar do título, ou o interessado integra essa coletividade de filiados (e
nesse caso, na condição de juridicamente interessado, é-lhe facultado tanto
dar curso à eventual demanda individual, para ao final ganhá-la ou perdê-la,
ou então sobrestá-la, e, depois, beneficiar-se da eventual coisa julgada
coletiva); ou, não sendo associado, pode, oportunamente, litisconsorciar-se ao
pleito coletivo, caso em que será recepcionado como parte superveniente (arts.
103 e 104 do CDC). É oportuno frisar que, embora o mencionado leading case
43
do STF não tenha deixado claro se a sentença coletiva pode vir a beneficiar
aqueles que se filiam à associação posteriormente - tema de repercussão geral
número 499, que será dirimido por ocasião do julgamento do RE 612.043-PR -,
não há dúvidas de que a sentença coletiva, prolatada em ação de rito
ordinário, só pode beneficiar os associados. Por último, a título de oportuno
registro, cabe ressaltar que a legitimação concorrente, prevista no art. 82, IV,
do CDC para defesa coletiva de interesses difusos, coletivos e individuais
homogêneos de consumidores e das vítimas, é manifestamente impertinente
ao caso em exame, pois o dispositivo restringe essa hipótese de atuação às
associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e "que incluam
entre seus fins institucionais a defesa dos direitos protegidos pelo Código
consumerista". REsp 1.374.678-RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
23/6/2015, DJe 4/8/2015.
44
fundamentado eliminação em concurso público é a data em que o candidato
toma ciência do ato administrativo que determina sua exclusão do certame, e
não a da publicação do edital. Precedente citado: EREsp 1.266.278-MS, Corte
Especial, DJe 10/5/2013. REsp 1.124.254-PI, Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado
em 1º/7/2014.
45
e)a entidade de classe tem legitimação ainda quando a pretensão veiculada
interesse apenas uma parte da respectiva categoria.
46
a)Os direitos protegidos pelo mandado de segurança coletivo são exclusivamente
os de interesse coletivo, assim entendidos os de natureza indivisível, de que seja
titular grupo ou categoria de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária
por uma relação jurídica básica.
b)O mandado de segurança coletivo não induz litispendência para as ações
individuais, mas os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante a
título individual se não requerer a desistência de seu mandado de segurança
no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração
da segurança coletiva.
c)A sentença fará coisa julgada oponível erga omnes, quer se trate da defesa de
direitos difusos, quer se trate da defesa de direitos coletivos.
d)Como regra, o mandado de segurança coletivo induz litispendência para as
ações individuais sobre a mesma matéria.
e)A liminar só poderá ser deferida após oitiva prévia da autoridade impetrada,
tendo em vista a eficácia erga omnes de sua concessão.
ANOTAÇÕES:
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DIA 62
DIREITO TRIBUTÁRIO
(Item 11)
COMO ESTUDAR?
O QUE É IMPORTANTE?
Não cumulatividade;
49
ISS x ICMS;
50
Súmula 129 do STJ: O exportador adquire o direito de transferência de
crédito do ICMS quando realiza a exportação do produto e não ao estocar a
matéria-prima.
51
COMO O TEMA FOI COBRADO EM PROVAS?
52
Em janeiro de 2015 o Congresso Nacional ratificou um tratado internacional com
o Vietnã, prevendo que as mercadorias importadas pelas partes contratantes
terão a mesma tributação dos respectivos similares nacionais. O ato normativo
que incorporou este tratado em nossa ordem jurídica foi publicado no Diário
Oficial em agosto de 2015.
Em outubro de 2015 a empresa Soma Importadora S/A promove a importação de
pescados do Vietnã e pretende revendê-los aos consumidores finais domiciliados
no Piauí, pagando o ICMS com os benefícios concedidos pelo Convênio celebrado
no âmbito do CONFAZ. Esta pretensão da empresa usufruir do benefício fiscal
concedido pelo referido tratado internacional
a) aplica-se em relação ao ICMS desde a ratificação do tratado internacional
pelo Congresso Nacional.
b) não se aplica ao ICMS, pois tratados internacionais não podem dispor sobre
tributos de competência estadual e municipal, senão que apenas em relação aos
tributos federais.
c) aplica-se em relação ao ICMS a partir de 01/01/2016, por força do princípio da
anterioridade.
d) aplica-se em relação ao ICMS, após sua ratificação por lei estadual.
e) aplica-se em relação ao ICMS no primeiro dia do exercício financeiro seguinte à
sua ratificação pela legislação estadual.
53
a) pagar o ICMS devido com os benefícios da denúncia espontânea.
b) denunciar espontaneamente o ICMS que se deixou de recolher, podendo
parcelá-lo.
c) parcelar o ICMS devido, sendo vedada a realização de denúncia
espontânea.
d) denunciar espontaneamente o ICMS que se deixou de recolher, sendo vedado o
seu parcelamento.
e) parcelar o ICMS devido com os benefícios da denúncia espontânea.
ANOTAÇÕES:
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DIA 63
COMO ESTUDAR?
ANOTAÇÕES:
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DIA 64
DIREITO ADMINISTRATIVO
OBSERVAÇÃO:
Fazer uma breve revisão de Contratos Administrativos antes de começar o estudo da meta
de hoje.
O tema é grande e importante. Por isso, foram destinadas as metas 64 e 66 para seu
estudo.
(Itens 9 e 11)
COMO ESTUDAR?
O QUE É IMPORTANTE?
Licitações:
Princípios licitatórios;
56
Revogação e anulação de licitação e efeitos;
RDC:
Sigilo no orçamento;
57
I. O processo de dispensa ou de inexigibilidade de licitação deve ser
necessariamente instruído com as razões que fundamentam a contratação direta
e a demonstração de compatibilidade do valor de mercado, em analogia ao
princípio do julgamento objetivo das propostas, para possibilitar que a
economicidade da escolha seja demonstrada e comparada com outras
possibilidades.
II. É admitida nas licitações para aquisição de softwares a indicação de marca,
desde que reste demonstrada a necessidade e haja justificativa prévia para a
aquisição, como expressão, dentre outros, do princípio da motivação, na medida
em que desta é possível identificar esclarecimentos para afastar alegações de
direcionamento, impertinência e irregularidade da conduta.
III. O princípio do julgamento objetivo das propostas traduz-se como condição de
eficácia para os contratos firmados pela Administração mediante prévia licitação,
tal qual o princípio da publicidade que obriga a publicação dos instrumentos
contratuais na Imprensa Oficial constitui condição de validade daqueles.
IV. A impossibilidade de promover alterações contratuais qualitativas nos
contratos administrativos, como expressão do princípio da legalidade e do
princípio da vinculação ao instrumento convocatório.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) III.
b) I e II.
c) II e IV.
d) II.
e) III e IV.
58
a) as licitações e contratos regidos por essa lei podem contemplar
parcelamento de objeto, com vistas à ampliação da competição entre os
licitantes, sem que haja perda de economia de escala.
b) podem ser objeto de Regime Diferenciado de Contratações os contratos de
aquisição de bens e prestação de serviços, de valor superior a R$ 1.000.000,00
(um milhão de reais), em razão do vulto, desde que presente a característica de
inovação tecnológica.
c) o edital de licitação deve observar a inversão de fases, não obstante a
documentação pertinente à habilitação deva ser entregue junto com as propostas
por todos os licitantes.
d) poderá ser adotado o critério de maior desconto para o julgamento das
licitações submetidas a esse regime, vedado, no entanto, a divulgação do
orçamento referencial da Administração antes do fim do certame.
e) nos casos de licitações que visem à contratação integrada, é vedada a
celebração de aditivos para reequilíbrio econômico-financeiro, permitidos apenas
para alteração de projeto, por causas supervenientes.
59
c) é imprescindível manter o sigilo do valor do orçamento público até o fim da
contratação, diferentemente do pregão, em que o valor é divulgado desde o início
para facilitar a fase de lances.
d) por conveniência e oportunidade da Administração pública, é possível divulgar,
desde a abertura, o valor do orçamento público, para que não sejam iniciadas
licitações que resultem frustradas, com dispêndio inútil de tempo e recursos
públicos.
e) o orçamento é fechado ao público, mas é passível de ser informado aos
licitantes, embora esses não tenham conhecimento dos valores das propostas
apresentadas pelos concorrentes.
ANOTAÇÕES:
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60
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DIA 65
DIREITO CIVIL
(Item 13)
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DIA 66
DIREITO ADMINISTRATIVO
(Itens 9 e 11)
ANOTAÇÕES:
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DIA 67
Execução Fiscal.
COMO ESTUDAR?
O QUE É IMPORTANTE?
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ALGUMAS SÚMULAS SOBRE O ASSUNTO:
66
Súmula 435 do STJ: Presume-se dissolvida irregularmente a empresa
que deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos
órgãos competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal
para o sócio-gerente.
1.(FCC, PGEMA, 2016) A respeito da penhora, a Lei das Execuções Fiscais (Lei nº
6.830/1980) determina:
a) São impenhoráveis direitos e ações.
b) Deverá ser penhorado em primeiro lugar pedras e metais preciosos e, em
segundo lugar, dinheiro.
c) A penhora efetuada em dinheiro não poderá ser convertida no depósito.
d)Somente na fase final do processo, o Juiz ordenará de ofício a remoção do bem
penhorado para depósito judicial, particular ou da Fazenda Pública exequente.
e) Excepcionalmente, a penhora poderá recair sobre estabelecimento
comercial, industrial ou agrícola, bem como em plantações ou edifícios em
construção.
67
2. (FCC,PGEMT,2016) Segundo a jurisprudência dominante no Superior Tribunal
de Justiça a respeito das execuções fiscais,
a)o fluxo do prazo prescricional em ação de execução fiscal somente se
interrompe pela citação pessoal válida.
b)deve ser reconhecida a prescrição intercorrente caso o processo fique
paralisado por mais de cinco anos após a decisão que determinou o
arquivamento da execução fiscal em razão do pequeno valor do débito
executado, sem baixa na distribuição, uma vez que não há suspensão do
prazo prescricional.
c)deve ser reconhecida a prescrição intercorrente caso o processo de execução
fiscal fique paralisado por cinco anos sem a localização de bens penhoráveis.
d)é cabível a citação por edital quando, na execução fiscal, não se obteve êxito na
citação postal, independentemente de diligências ou certidões levadas a efeito
pelo oficial de justiça.
e)a interrupção do prazo prescricional, para fins de execução fiscal, se dá pelo
despacho do juiz que ordena a citação, de modo que este será o termo a quo.
68
ANOTAÇÕES:
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DIA 68
DIREITO AMBIENTAL
COMO ESTUDAR?
O QUE É IMPORTANTE?
70
SEGURA PARA PROVAS OBJETIVAS! CUIDADO com o livro do
Romeu Thomé!;
Apesar de ser solidária, a atual jurisprudência dominante no STJ é no
sentido de que a responsabilidade civil do Poder Público é de execução
subsidiária, na hipótese de omissão de cumprimento adequado do seu
dever de fiscalizar que foi determinante para a concretização ou o
agravamento do dano causado pelo seu causador direto - AgRg no
REsp 100178;
Possibilidade de inversão do ônus da prova nas ações de reparação dos
danos ambientais;
A responsabilidade de adquirente de imóvel já danificado dispensa a
prova do nexo de causalidade porque, independentemente de ter sido
ele ou o dono anterior o real causador dos estragos, imputa-se ao novo
proprietário a responsabilidade pelos danos;
Abandono da teoria da dupla imputação no âmbito criminal pelo STF e
pelo STJ.
71
comunidade. Com referência a essa situação hipotética, julgue o item a seguir
em consonância com as normas ambientais e a jurisprudência pertinente.
72
natureza penal e administrativa, independentemente da obrigação de reparar o
dano causado. CERTO
ANOTAÇÕES:
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74
DIA 69
DIREITO CIVIL
(Item 16)
COMO ESTUDAR?
O QUE É IMPORTANTE?
Teoria da Empresa;
Trespasse;
75
ENUNCIADOS DO CJF:
76
o patrimônio da pessoa natural que a constitui, sem prejuízo da aplicação do
instituto da desconsideração da personalidade jurídica.
77
concorrência. Saliente-se que essa mesma preocupação com os efeitos
concorrenciais potencialmente negativos forneceu substrato doutrinário e
ideológico a suportar a vedação de restabelecimento em casos de trespasse de
estabelecimento. A referida vedação passou a integrar o ordenamento jurídico
nacional por meio do art. 1.147 do CC, segundo o qual, “Não havendo
autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer
concorrência ao adquirente, nos cinco anos subsequentes à transferência”.
Diferentemente da hipótese em análise, a vedação ao restabelecimento nos
casos de trespasse decorre de lei, o que afasta discussões acerca da
proporcionalidade da medida. A par disso, tratando-se a concorrência de valor
institucional a ser protegido por imposição constitucional, extrai-se a função
social de cláusulas autorregulatórias privadas que se adequem a esta
finalidade. Por óbvio, essa admissão deverá atender a certos limites, sob pena
de se desviarem de sua função, passando a representar conduta abusiva de
alguma das partes. Nesse contexto, deve também ser afastada a conclusão no
sentido de que, resolvido o vínculo contratual, não teria qualquer eficácia a
cláusula de não concorrência. Primeiramente, esse entendimento retira da
cláusula toda sua funcionalidade, existente, como demonstrado, na medida
em que protege o ambiente concorrencial de distorções indesejadas. Ademais,
a exigência de conduta proba das partes, nos termos do art. 422 do CC, não
está limitada ao lapso temporal de vigência do contrato principal em que
inserida. Nesse diapasão, o enunciado 25 da I Jornada de Direito Civil do
CJF, esclarece: “o art. 422 do Código Civil não inviabiliza a aplicação pelo
julgador do princípio da boa-fé nas fases pré-contratual e pós-contratual”. E,
de fato, insere-se na conduta conformada pela boa-fé objetiva a vedação ao
estabelecimento de concorrência entre empresas que voluntariamente se
associam para ambas auferirem ganhos, bem como o prolongamento dessa
exigência por prazo razoável, a fim de propiciar a desvinculação da clientela
da representada do empreendimento do representante. Assim, devem ser
consideradas válidas as cláusulas contratuais de não-concorrência, desde que
limitadas espacial e temporalmente, porquanto adequadas à proteção da
concorrência e dos efeitos danosos decorrentes de potencial desvio de clientela
78
– valores jurídicos reconhecidos constitucionalmente. REsp 1.203.109-MG, Rel.
Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 6/5/2015, DJe 11/5/2015
(Informativo 561).
79
c) Aviamento refere-se à aptidão que determinado estabelecimento
empresarial possui para gerar lucros.
d) De acordo com a doutrina, aviamento e clientela são sinônimos.
e) Na legislação vigente, não há mecanismos de proteção legal à clientela.
ANOTAÇÕES:
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81
DIA 70
REVISÃO
COMO ESTUDAR?
82
ANOTAÇÕES:
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