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DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA
Panambi/RS
2015
Rodrigo de Moura Malheiros
Panambi/RS
2015
FOLHA DE APROVAÇÃO
Trabalho de conclusão de curso definido e aprovado em sua
forma final pelo professor orientador e pelos membros da
banca examinadora.
________________________________________
Prof. Edomir Marciano Schmidt, MSc. Eng – Orientador
UNIJUÍ/DCEEng
Banca Examinadora
______________________________________
Prof. Roger Schildt Hoffmann, MSc. Eng
UNIJUÍ/DCEEng
RESUMO
The main focus of this work is the structural design of a metallic gallery type box
beam , which has as main support use of belt conveyors . Aiming to show relevant charges
compositions that act on the structure, evaluate the results generated under these loads , and
perform dimensional definition of its metal components. This type of metallic structure are
increasingly being used by belt conveyors manufacturing industries , because it is a highly
robust support structure , sturdy and low cost compared to other types of the structure model .
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 11
4. RESULTADOS ............................................................................................................... 54
5 CONCLUSÕES............................................................................................................... 76
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................77
ANEXOS..................................................................................................................................78
11
1. INTRODUÇÃO
O tema deste trabalho é o dimensionamento de uma galeria metálica tipo viga caixão.
As estruturas metálicas vêm tomando cada vez mais espaço no mercado brasileiro, devido
sua rapidez de construção, variadas formas construtivas, e maior resistência, se comparada às
estruturas de madeira, cuja matéria-prima legalizada encontra-se cada vez mais escassa no
mercado, com isso elevando seu preço, e mais leves se comparadas às estruturas de concreto,
que também, em determinadas situações se tornam impossíveis ou muito difíceis de serem
empregadas.
Indicadores da utilização de estruturas metálicas começaram a ser observados a partir
do ano de 1750, sendo que no Brasil sua fabricação iniciou-se no ano de 1812, alavancando-se
pelo surgimento da Companhia Siderúrgica Nacional – CSN em 1946.
Em meados dos anos 70, o mercado interno estava em retração e a alternativa era voltar-
se para o mercado externo, sendo assim, o Brasil passava de grande importador, para exportador
de aço. Mas a crise que atingia a siderurgia brasileira tinha amplitude mundial. Por toda parte,
os mercados se fechavam com medidas restringindo as importações. Após alguns anos, entre
1994 e 2011, as siderúrgicas investiram US$ 36,4 bilhões, priorizando a modernização e
atualização tecnológica das usinas. O Brasil tem hoje o maior parque industrial de aço da
América do Sul; é o maior produtor da América Latina e ocupa o quinto lugar como exportador
líquido de aço e nono como produtor de aço no mundo.
As galerias metálicas são estruturas utilizadas geralmente para apoiar e sustentar
transportadores de grãos ou qualquer outro granel sólido. Pois normalmente estes
transportadores não são autoportantes, e necessitam destas estruturas auxiliares para que
possam afetivamente funcionar. Podem ser encontradas vários tipos de galerias metálicas,
como: abertas, fechadas, falsas fechadas, dentre outras. Cada modelo atende a uma necessidade
em especifico, e geralmente é definida, escolhida, pelo cliente.
12
1.3 Objetivos
Definir por meio de cálculos (manuais e com a ajuda de software de cálculo) as tensões,
reações e deslocamentos gerados nos nós da estrutura, e consequentemente dimensionar
o melhor perfil metálico que atenda as solicitações de carregamento (cargas) que estarão
atuando sobre a estrutura;
Encontrar um peso final para a estrutura que atenda às necessidades de carregamento e
que seja o mais leve possível.
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2. REVISÃO DA LITERATURA
Segue também, o Quadro 1, onde pode-se visualizar alguns tipos de aço e suas respectivas
tensões de escoamento e última.
Atualmente são vários os perfis disponíveis para o uso em estruturas metálicas, podendo
os mesmos ser laminados, ou seja, obtidos no mercado com formato específico como perfil U,
ou H, soldados, ou ainda de chapa dobrada, onde com chapa na espessura desejada, molda-se o
perfil através do processo de conformação a frio, por meio de maquinário específico. Abaixo
segue alguns perfis utilizados, demonstrados nas Figuras 1, 2 e 3.
(d) (e)
Fonte: Trabalho TCC Cristiano Goecks
-Perfis Soldados:
a) I e H
16
(a)
Fonte: Trabalho TCC Cristiano Goecks
-Perfis Laminados:
a) I e H
b) U, ou canal
c) Cantoneira L
Atualmente existem duas maneiras de se tornar as uniões seguras, por meio de solda e
pela união por parafusos, ou até mesmo as duas em conjunto.
A soldagem trata-se de uma técnica capaz de unir duas ou mais partes constitutivas de
uma estrutura, proporcionando entre elas a continuidade do material e consequentemente as
características mecânicas e químicas, de mesma forma os esforços os quais’ a ligação esta
sujeita.
Existem hoje vários processos de soldagem, os quais foram aprimorados e/ou
desenvolvidos, entre eles:
-Processo a arco submerso (SAW);
-Processo MIG, MAG, TIG ou soldagem em atmosfera gasosa (GMAW);
-Processo manual com eletrodo revestido (SMAW);
-Processo arame tubular (FCAW);
-Processo de soldagem eletro-escória.
2.4.1.1 Vantagens
Pode-se ver então, quais as vantagens de se utilizar ligações soldadas para a união de
peças metálicas, tais como:
a) Economia de material, em algumas estruturas é possível economizar de 15% ou mais
de peso do aço. (Fonte: BELLEI, Ildony H. Edifícios de múltiplos andares em aço. p.103)
b) Estruturas soldadas são mais rígidas, porque os membros estão geralmente soldados
diretamente um no outro, ao contrário das ligações parafusadas que são invariavelmente feitas
por chapas de ligação ou cantoneiras.
18
2.4.1.2 Desvantagens
Pode-se ver neste subitem então, quais os principais tipos de solda que pode-se ter,
como vê-se na Figura 4.
2.4.2.1 Vantagens
Pode-se citar como vantagem deste tipo de ligação metálica os seguintes itens:
a) Economia no consumo de energia, pois não há a necessidade de equipamentos
elétricos.
2.4.2.2 Desvantagens
Os parafusos utilizados para realizar as ligações parafusadas, são definidos dos seguintes
tipos:
a) Comuns tipo ASTM A307.
São os parafusos feitos de aço-carbono e de mais baixo custo, porém podem produzir
conexões não tão econômicas devido à baixa resistência. Utilizados em estruturas leves,
elementos secundários, passadiços e plataformas, terças, treliças pequenas, vigas de tapamento,
etc., onde as cargas aplicadas são baixas e de natureza estática.
20
Rd ≥ Sd (1)
Onde:
Rd = Ru / γm
Rd é o valor de cálculo dos esforços resistentes
Ru é a resistência última dos esforços resistentes
γm é o coeficiente de ponderação que leva em conta as incertezas das resistências
Sd = γf . S
Sd é o valor de cálculo dos esforços atuantes
S é o esforço atuante, fator de carga
γf é o coeficiente de ponderação que leva em conta as incertezas das solicitações
2.5.1 Combinações
Sd = γ .F + γ .F + γ .ψ .
F (2)
Sd = γ .F + γ .F + γ .ψ , .
F (3)
24
Sd = γ .F + γ .F + γ .ψ , .
F (4)
Sd = γ .F +F + γ .ψ , .
F (5)
Onde:
FGi são os valores característicos das ações permanentes.
FQ1 é o valor característico da ação variável considerada como principal para a
combinação, ação variável especial ou ação variável de construção
FQj são os valores característicos das ações variáveis das ações variáveis que podem atuar
junto com a ação variável principal.
FQexc é o valor da ação transitória excepcional.
ψ0, jef são iguais aos fatores ψ0j das combinações normais, salvo quando a ação variável
FQ1 tiver um tempo de atuação muito pequeno, caso em que ψ0, jef podem ser tomados com os
correspondentes ψ2j.
Combinações quase permanentes: são as que podem atuar durante grande parte da vida
da estrutura, aproximadamente a metade, e são utilizadas para a aparência da construção e
efeitos de longa duração.
Sser = F + ψ .F (6)
25
Combinações freqüentes: são aquelas que se repetem muitas vezes durante a vida da
estrutura, aproximadamente 5% e são utilizadas para os estados limites reversíveis ou que não
causem danos permanentes à estrutura ou outros componentes da construção, como conforto
dos usuários, tais como vibrações excessivas e abertura de fissuras.
Sser = F + ψ .F + ψ .
F (7)
Combinações raras: são aquelas que podem atuar no máximo em algumas horas durante
a vida da estrutura e são utilizadas para os estados limites irreversíveis ou que causam danos
permanentes à estrutura ou outros componentes da construção, como funcionamento adequado
da estrutura, formação de fissuras e danos aos fechamentos.
Sser = F +F + ψ .
F (8)
Ações permanentes diretas: Constituídas pelo peso próprio da estrutura e pesos próprios
dos elementos construtivos fixos das instalações permanentes.
- Pesos específicos dos materiais podem ser adotados os valores da ABNT. NBR 6120.
- Componentes industrializados, considera-se valores indicados pelos fornecedores.
Ações variáveis: As que ocorrem com valores que apresentam variações significativas
durante a vida útil da estrutura, como as cargas acidentais:
- Para cargas acidentais (CA) usa-se valores da ABNT,NBR 6120, valores do anexo B da
ABNT,NBR 8800.
- Para cargas em passarelas de pedestres usa-se a ABNT,NBR 7188.
- Para esforços causados pelo vento usa-se as cargas determinadas de acordo com a
ABNT, NBR 6123.
Os valores de cálculo das ações são obtidos a partir dos valores representativos, Fr, que
são multiplicados pelos respectivos coeficientes de ponderação γf.
26
a Os valores entre parênteses correspondem aos coeficientes para as ações permanentes favoráveis à segurança; ações
variáveis e excepcionais favoráveis à segurança não devem ser incluídas nas combinações.
b O efeito de temperatura citado não inclui o gerado por equipamentos, o qual deve ser considerado ação decorrente do
uso e ocupação da edificação.
c Nas combinações normais, as ações permanentes diretas que não são favoráveis à segurança podem, opcionalmente,
ser consideradas todas agrupadas, com coeficiente de ponderação igual a 1,35 quando as ações variáveis decorrentes
do uso e ocupação forem superiores a 5 kN/m², ou 1,40 quando isso não ocorrer. Nas combinações especiais ou de
construção, os coeficientes de ponderação são respectivamente 1,25 e 1,30, e nas combinações excepcionais, 1,15 e
1,20.
d Nas combinações normais, se as ações permanentes diretas que não são favoráveis à segurança foram agrupadas, as
ações variáveis que não favoráveis à segurança podem, opcionalmente, ser consideradas também todas agrupadas,
com coeficiente de ponderação igual a 1,50 quando as ações variáveis decorrentes do uso e ocupação forem superiores
a 5 kN/m, ou 1,4 quando isso não ocorrer (mesmo nesse caso, o efeito da temperatura pode ser considerado
isoladamente, com o seu próprio coeficiente de ponderação). Nas combinações especiais ou de construção, os
coeficientes de ponderação são respectivamente 1,30 e 1,20 e nas combinações excepcionais, sempre 1,00.
e Ações truncadas são consideradas ações variáveis cuja distribuição de máximos é truncada por um dispositivo físico,
de modo que o valor dessa ação não possa superar o limite correspondente. O coeficiente de ponderação mostrado
nesta Tabela se aplica a este valor-limite.
Em geral o coeficiente de ponderação das ações para os estados de limite de serviço, γf, é
igual a 1,0.
Nas combinações de serviço são utilizados fatores de redução ψ 1 e ψ 2, para obtenção dos
valores freqüentes e quase permanentes das ações variáveis, conforme Quadro 4 abaixo, onde
ψ 0 é fator de combinação.
!"
, = (9)
#$%
& !'
, = (10)
#$(
Ae = An ≤ 0,85 Ag (11)
Onde:
Ag = Área bruta da seção transversal da barra
Ae = área líquida efetiva = Ae = Ct . Na
An = área líquida da barra
Ct = coeficiente de redução da área líquida
fy = resistência ao escoamento
fu = resistência à ruptura
γa1 = coeficiente de ponderação no escoamento
γa2 = coeficiente de ponderação na ruptura
, = força de tração resistente de cálculo
!"
), = (11)
#$%
Onde:
KL/r = limite do índice de esbeltez, conforme página 30.
!"
*, = #$%
(12)
Fator de redução X:
O fator de redução associado à resistência à compressão, X, é dado por:
(
-para λ ≤ 1,5: 0 = 0,65845
,788
-para λ > 1,5: 0 = 45 (
!"
λ =9 :'
(13)
Onde:
λ0 é o índice de esbeltez reduzido,
Ne é a força axial de flambagem elástica.
30
O valor de X pode ser também obtido da Figura 9 ou do Quadro 5 abaixo, para casos em
que λ0 não supere 3,0.
λ = KL/r (14)
Onde:
r = raio de giração
L = comprimento destravado, não deve ser superior a 200.
K = coeficiente de flambagem, obtido no Quadro 6.
Os elementos que fazem parte das seções transversais usuais, exceto as seções tubulares
circulares, para efeito de flambagem local são classificados em AA (duas bordas longitudinais
vinculadas) e AL(apenas uma borda longitudinal vinculada).
As barras submetidas à força axial de compressão, nas quais todos os elementos
componente da seção transversal possuem relações entre largura e espessura (relações b/t) que
não superam os valores (b/t)lim, tem fator de redução total Q igual a 1.00
32
Q = Qs Qa (15)
Onde:
Qs e Qa são fatores de redução que levam em conta a flambagem local dos elementos AL
e AA, cujos valores devem ser determinados conforme abaixo. Deve considerar que:
A C A C
;< = 1,340 − 0,76 B 9 C , para 0,459 < ≤ 0,919 (16)
B
,FGC A C
;< = H (
, para > 0,919 (17)
B
I
L
;J = 1,415 − 0,74 9 , para 0,569 <
K C A C
≤ 1,039
M
N B
(18)
33
0,69N K N
;J = K 2
, para > 1,039 (19)
LM LM
A C A C
;< = 1,415 − 0,65 B 9P C , para 0,649( / PQ )
< B
≤ 1,179( / PQ)
(20)
Q
,U CPQ A C
;< = H (
, para B > 1,179( (21)
/ PQ)
I
W
V = , sendo 0,35 ≤ V ≤ 0,76 (22)
XY/BZ
A C A C
;< = 1,908 − 1,22 B 9 C , para 0,759 < ≤ 1,039 (23)
B
,[UC A C
;< = H (
, para B > 1,039 (24)
I
Onde:
h = altura da alma;
tw = espessura da alma;
b e t = largura e a espessura do elemento, respectivamente.
Onde:
Ag = área bruta
Aef = área efetiva da seção transversal ^ =^ −∑ K−K
C C
K = 1,92 9 a1 − $
9 b≤K (26)
` A/B `
c = 0Ld (27)
A verificação da força cortante é feita de acordo com o item 5.4.3 da NBR 8800. Temos
que verificar se a força cortante solicitante de cálculo (VSd) é menor que a força cortante
resistente de cálculo (VRd):
Onde:
(29)
Para perfis I, H e U:
(30)
Maior h / tw d tw fórmula
Maior d / tw d tw 1.2
T
Menor bf / (2 t f) bf tf 1.2
Maior h / tw d tw 5.0
][
Menor b/t 2 bf t f 5.0
O Momento fletor resistente de cálculo (MRd) não pode ser superior a 1,36 do momento
de escoamento da seção.
O Momento fletor resistente de cálculo (MRd) depende da viga ser de alma não esbelta
ou esbelta.
Vigas de alma não esbelta são aquelas em que a relação entre altura da alma e sua
espessura ( ) é menor que r = 5,7v (E/fy). Para isso, ver os estados FLT, FLM e FLA, na
terceira linha da coluna correspondente a p na tabela G1 do anexo G, à página 134 da norma
NBR 8800.
Quando ( ) for menor ou igual a ( p) a seção é também denominada de "seção compacta".
Em se tratando de viga de alma não esbelta, pode-se calcular o momento resistente de
cálculo usando o item G2 do Anexo G, à página 130 da Norma NBR 8800.
Caso se trate de viga de alma esbelta, usa-se o item H2 do Anexo H, à página 138 da
Norma NBR 8800.
É sugerido que para facilidade de cálculo use-se sempre seção de alma não esbelta e
compacta. Essa situação ocorre quando ( ) é menor ou igual a ( r) e ( p) (dados na tabela G1
da Norma NBR 8800). Neste caso, a expressão simplificada que define o momento fletor
resistente é:
(31)
Onde:
Em todos os casos usa-se o menor valor do momento resistente para comparação com o
momento solicitante de cálculo.
Se valor resistente for igual ou superior ao valor solicitante, a seção adotada é adequada.
Caso contrário, deve-se adotar outra seção.
39
3. METODOLOGIA
Este estudo pode ser classificado como exploratório, pois trata de dimensionar uma
galeria metálica tipo viga caixão e verificar as ocorrências que incidem sobre a mesma em
função das solicitações.
Com a escolha desta estrutura treliçada tipo viga caixão, definiu-se para a mesma algumas
premissas básicas para este dimensionamento, como segue nas definições abaixo:
- Dimensional:
Modelo do transportador: CT-42”;
Capacidade: 800 t/h (considerando Soja, peso específico de 0,75t/m³);
Largura da estrutura (região de fixação do transportador): 1,445m;
Comprimento da estrutura: 15,0m;
Altura da estrutura: 1,0m;
Altura da cobertura metálica do transportador: 0,86m;
40
Para esta estrutura que estamos realizando o estudo de dimensionamento, podemos definir
que teremos dois tipos de carregamentos, que podemos chamar de cargas permanentes e cargas
variáveis; tais definições já vimos anteriormente, então vamos demonstrar abaixo os valores
que correspondem a cada um destes carregamentos.
Segue abaixo a definição das cargas permanentes que podemos definir sem muitos
cálculos, visto que são consequência de outros equipamentos que agem sobre a estrutura. As
mesmas são:
44
A pressão dinâmica sofrida pela estrutura devido ao vento, é determinada de acordo com
procedimentos determinados pela NBR 6123.
Para determinar a pressão gerada pelo vento sobre a estrutura, devemos determinar a
velocidade característica do vento para a situação em que esta estrutura ficará exposta ao vento,
assim temos que:
eP = e . f . f . fG (32)
Onde:
Como a estrutura será alocada na região de Panambi / RS, pode-se definir então que a
velocidade básica do vento (e ) será 45m/s.
O fator topográfico f considera os efeitos das variações do relevo do terreno onde a
edificação será construída, ou seja, leva em consideração o aumento ou diminuição da
velocidade do vento devido à topografia do terreno.
A estrutura apresentada localiza-se em terreno plano, considerando o fator S1=1,00,
conforme indicado na Figura 17.
Categoria II: Terrenos abertos em nível, com poucos obstáculos isolados, tais como
árvores e edificações baixas, a cota média do topo dos obstáculos é de 1,00m.
- Zonas costeiras planas;
- Pântanos com vegetação rala;
- Campos de aviação;
- Pradarias e chamecas;
47
Categoria III: Terrenos planos ou ondulados com obstáculos tais como sebes e muros,
poucos quebra-ventos de árvores, edificações baixas e esparsas, a cota média do topo dos
obstáculos é de 3,00m.
- Granjas e casas de campo, com exceção das partes com matos;
- Fazendas com sebes e/ou muros;
- Subúrbios a considerável distância do centro, com casas baixas e esparsas;
Categoria IV: Terrenos cobertos por obstáculos numerosos e pouco espaçados, em zona
florestal, industrial ou urbanizados, a cota média do topo dos obstáculos é de 10,00m.
- Zonas de parques e bosques com muitas árvores;
- Cidades pequenas e seus arredores;
- Subúrbios densamente construídos de grandes cidades;
- Áreas industriais plenas ou parcialmente desenvolvidas;
Defin-se então que a categoria do terreno onde a estrutura será instalado é a Categoria
II. E a classe das dimensões da estrutura se enquadra na Classe A. Portanto, como a estrutura
em estudo tem sua maior dimensão medindo 15,0m, o Fator f será igual a 1,04, conforme
demonstrado acima no Quadro 12.
O fator estatístico fG divide as estruturas em cinco grupos, separados por características
como grau de segurança requerido e vida útil. Os cinco grupos são os do Quadro 13.
gh = gi . jk . jl . jm (m/s)
eP = 45 . 1 . 1,04 . 0,95
eP = 44,46 m/s
Onde:
q: Pressão dinâmica do Vento
eP : Vento Característico
Onde:
Ø = Índice de área exposta
^ = Área efetiva
^B = Área Total
50
Calculando, tem-se:
^B = c . h (35)
Onde:
c = Comprimento do viga caixão
h = Altura da viga caixão
^B = 15,0m . 1,0m
^B = 15,0m²
F,8W U
Ø=
F
Ø = 0,383
Com o valor de índice de área exposta encontrado acima, se pode definir o valor do
coeficiente de arrasto (Ca) utilizado para calcular a força de vento no primeiro reticulado. Então,
analisando a Figura 18, encontra-se um valor aproximado de 1,66 para o mesmo.
p
r
(36)
Onde:
e = Distancia entre os reticulados
h = Altura do reticulado
Calculando, tem-se:
1,445
= 1,445
1
Com este valor encontrado, e com o valor do índice de área exposta que já temos,
analisamos a Figura 19 abaixo, e encontramos o fator de proteção ƞ, no valor aproximado
de 0,63.
Com este valor de fator de proteção encontrado, podemos aplicar a seguinte fórmula
para encontrarmos o coeficiente de arrasto do segundo reticulado:
s\ = s\ . ƞ
s\ = 1,66 . 0,63
s\ = 1,0458
tu = v . o . w x (37)
Onde:
Fv = Força do vento
q = Pressão dinâmica do vento
A = Área de incidência
s\ = Coeficiente de arrasto
Calculando, tem-se:
yz = 1211,71 . 1 . 1,66
yz = 2011,44 /{²
yz = 201,14 }~/{² (Para o 1º reticulado)
yz = 1211,71 . 1 . 1,0458
yz = 1267,20 /{²
yz = 126,72 }~/{² (Para o 2º reticulado)
Além de calcular as forças do vento que agem na estrutura reticulada da viga caixão,
tem que se considerar também a força do vento que age no transportador que será instalado
sobre a mesma. Para isto, considerar-se o transportador como um obstáculo totalmente fechado
lateralmente, visto que o mesmo possui fechamento em cobertura metálica. Em vista disso, se
pode utilizar o coeficiente de arrasto 2, pois a área do transportador a ser considerada é toda
53
impermeável, portanto este fator é o mais correto a ser aplicado, segundo a Figura 18 citada
acima. Visto que se calcularmos o índice de área exposta (Ø), dará zero.
Para definir-se então esta força do vento que incidirá na estrutura, utiliza-se a seguinte
fórmula:
tu = v . r . w x (38)
Onde:
Fv = Força do vento
q = Pressão dinâmica do vento
h = Altura do obstáculo
s\ = Coeficiente de arrasto
Calculando, tem-se:
yz = 1211,71 . 0,86 . 2
yz = 2084,14 /{
yz = 208,41 }~/{
4. RESULTADOS
O modelo estrutural desta galeria metálica tipo viga caixão nada mais é do que uma
estrutura treliçada com barras transversais para apoio dos passadiços, como já anteriormente
demonstramos com mais detalhes.
Os principais esforços que ocorrem nos perfis da estrutura, são tração, compressão e
momentos fletores, os quais na sequência poderemos ver com mais clareza.
As vinculações utilizadas foram definidas de modo que representassem da melhor
maneira possível a solução de ligações escolhida, ajuste necessário para o correto
funcionamento da estrutura.
Para este estudo de dimensionamento foram definidos que utilizaríamos perfis metálicos
que atendessem a norma NBR 8800/2008; portanto será considerado nos cálculos apenas a
utilização de cantoneiras laminadas e perfis W.
Definiu-se também, que o deslocamento máximo da estrutura, em função das cargas que
a mesma deverá suportar é de L/350, ou seja, seu comprimento dividido por 350. Pois este
deslocamento máximo é definido pela norma NRB 8800/2008, página 117, item vigas de piso.
4.2 Cargas
- Peso Próprio:
Como o próprio nome já diz, peso próprio é carga permanente e vertical em função do
peso dos componentes da estrutura. Os quais, sempre tendem a fazer com que a estrutura de
desloque para baixo. Segue a Figura 20 que demonstra esta carga.
- Carga do transportador:
Esta carga é em função do transportador que será apoiado sobre a estrutura viga caixão,
com todas as suas peças e já considerando também o peso do produto que será transportado
55
pelo mesmo. A carga considerada foi de 263,0 Kgf/m, que será divida por dois, pois esta carga
se distribui a longo dos banzos superiores, como segue na Figura 21.
Estas cargas são em função do peso próprio dos corrimãos e dos pisos dos passadiços
que serão instalados na estrutura. As quais estamos considerando 25,0 Kgf/m² para o piso dos
passadiços e 23,8 Kgf/m para cada corrimão. Demonstrado na Figura 23 a seguir.
58
- Carga de vento:
A carga de vento é uma das principais cargas variáveis que deve ser considerada, em
virtude de poder alcançar altas forças horizontais que se não forem bem definidas na hora de
dimensionar a estrutura, poderá comprometer significativamente a segurança da mesma. Está
59
As combinações das ações, nada mais é do que se combinar carregamentos que possam
ocorrer simultaneamente sobre a estrutura. E estas combinações seguem dois padrões, as
60
combinações últimas e as combinações de serviço. Cada uma delas tem sua aplicação, pois para
determinarmos os deslocamentos e reações de apoio, utilizamos as combinações de serviço,
pois as mesmas não utilizam os coeficientes de ponderação, mas são apenas os valores reais das
cargas. Já para determinarmos o dimensionamento das barras da estrutura, ou seja, os esforços
que vão ocorrer sobre as mesmas, então utilizamos as combinações últimas, que consideram os
coeficientes de ponderação em sua aplicação, para que se fazem as devidas correções. E cada
tipo de carregamento possui seu coeficiente de ponderação pré-definido. Abaixo, no Quadro
15, podemos ver o conjunto destas combinações de ações.
4.5 Reações
As reações que ocorrem nos apoios, nada mais são, do que as forças que agem ao contrario
as forças geradas pelas cargas da estrutura e que atuam sobre a estrutura. Estas reações estão
62
então, no apoios em que a estrutura está vinculada. E como pode-se ver na Figura 26 logo
abaixo, as maiores reações ocorreram quando a estrutura for solicitada pelos esforços da
combinação de carregamento número 4 também. As reações mais significativas são as verticais,
gerando uma força de reação de 3585Kg em cada apoio.
4.6 Solicitações
As solicitações são os esforços que estão atuando em cada barra da estrutura. Estes
esforços podem ser: tração e compressão (forças axiais), momentos fletores e forças cortantes.
Nas Figuras 27, 28, 29, 30, 31 e 32 a seguir, pode-se visualizar estes esforços agindo em cada
barra da estrutura. O software Strap Metal, contabiliza todas as cargas que estão agindo sobre
a estrutura, bem como suas direções, e realiza o cálculo dos esforços que estão ocorrendo em
63
cada barra, definindo o tipo de esforço e sua magnitude. E com estes resultados podemos então
definir qual será o melhor perfil metálico que suportará este esforço.
Como já comentado, nas figuras abaixo vamos visualizar as direções e magnitudes destes
esforços. Assim sendo:
- Forças axiais:
Como pode-se ver, os maiores esforços que ocorrem nas barras da estrutura são os
esforços axiais de tração e compressão. E também, como vemos acima, o maior esforço tanto
68
7,94mm
4,76mm.
Em função então dos perfis definidos pelo cálculo, pode-se definir também o peso total
final da estrutura metálica tipo viga caixão. Para chegar-se a este valor, basta somarmos todas
as seções utilizadas com seus respectivos pesos. Como pode-se ver no Quadro 16.
Quadro de Seções
Comprimento
Seção Total Peso Sub-total
(metro) (Kg) (Kg)
W 150x13 9.78 127.4 127.4
Peso total:
2507.6
A barra 213 em questão, é a destacada em amarelo, que é uma barra do banzo inferior
localizada bem no centro do vão da estrutura.
Nos quadros 14, 15, 16 e 17, segue o desenvolvimento dos diagramas dos esforços bem
como os cálculos realizados para que se encontrasse o valor de utilização da tensão em função
dos esforços para esta barra.
72
5 CONCLUSÕES
O estudo criou a oportunidade de uma análise mais apurada no que diz respeito a
dimensionamento de estruturas metálicas, principalmente quanto ao modelo de estrutura tipo
viga caixão, que é um modelo com grandes ganhos em relação aos tipos convencionais de
estruturas de alto porte para apoio de transportadores de correia.
Outro fator que é de grande ganho é o aprendizado em relação a todos os fatores que
influenciam em um cálculo estrutural, e todas as definições que são necessárias realizar para
que se possam ter os parâmetros necessários para um bom dimensionamento. Pois muitas vezes
pode-se achar que é simples realizar um cálculo de estrutura metálica, ainda mais quando se
tem o auxílio de um software, porém se não se definir com precisão, por exemplo, os
carregamentos que atuarão sobre a estrutura, o resultado final ficará totalmente comprometido
e muito possivelmente errado.
A realização de trabalhos de conclusão de curso nesta área de dimensionamento estrutural
é um verdadeiro desafio, em função do pouco conhecimento especifico desta área que se
adquire durante o decorrer do curso de graduação. Porém, é muito gratificante poder aprender
e ter um resultado positivo no fim do processo. Pois a realização deste tipo de trabalho
proporciona a oportunidade de agregar muito conhecimento técnico, como aprender a calcular
no Strap Metal, que é um dos melhores softwares de dimensionamento estrutural do mundo;
bem como abrir portas para se atuar no dimensionamento de estruturas metálicas dentro de
alguma empresa do ramo industrial.
Em vista disso, percebe-se que o estudo sobre dimensionamento de estruturas metálicas
é um aprendizado que se leva muitos anos para chegar ao nível de ser um bom calculista, em
função da grande complexidade que envolve todo este assunto. Porém, deve-se ter em conta,
que com empenho e dedicação se pode alcançar aquilo a que se propõe a aprender.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOUZA, Bruno Polizelli Pires de. Viabilidade econômica de alternativas para coberturas
metálicas. 2012. 28p. Trabalho de conclusão de curso- graduação em engenharia civil, Centro
Universitário da Fundação Educacional de Baretos.
ANEXOS
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Anexo “A”