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Princípios físicos de Ultrasonografia

PTC - 5750

6/6/2008 1
O que sabemos?

 Tipo de energia?
 Tipo de interação com o corpo humano?
 Alguma semelhança com radar?
 Invasivo?
 Ionizante?
 Projeção?
 Vantagens/Desvantagens/Limitações?

6/6/2008 2
SONAR

6/6/2008 3
Radar metereológico

•É tomográfico?
•morfologia e velocidade

6/6/2008 4
Corte tomográfico por reflexão

6/6/2008 5
Tomografia
 Reconstrução tomográfica a partir das
projeções
– CT, Spiral CT, fastCT
– SPECT
– PET

6/6/2008 6
ULTRA-SONOGRAFIA

 Modo Bidimensional

 Modo M

 Doppler

 Mapeamento de fluxos a cores

6/6/2008 7
Ultra-som
Custo/benefício muito bom
+ Energia utilizada não é ionizante
+ Exames não são invasivos
+ Inerentemente tomográfico: dinâmica
+ Exames realizados pelos próprios médicos
especialistas.
− Ruído do tipo speckle (interferência de ondas
− Informações não são metabólicas, ou
fisiológicas
6/6/2008 8
Som
 Som = ondas mecânicas longitudinais de
compressão e rarefação do meio, com freqüências
entre 20 Hz e 20 kHz, capazes de sensibilizar o
sistema auditivo humano.
– Humanos - 20 Hz ~ 20 kHz
– Cães - 15 Hz ~ 50 kHz
– Golfinhos - 150 Hz ~ 150 kHz
– Morcegos - 1 kHz ~ 120 kHz
 Infra-som = ondas mecânicas com freqüências
abaixo de 20 Hz.
 Ultra-som = ondas mecânicas com freqüências
acima de 20 kHz.
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Princípios físicos: energia

– Reflexão
– Refração/transmissão
– v= λ . f (velocidade=comprimento x freq. )
– v= ~1500 m/s (média no corpo)
– Percorre 50 cm (ida e volta) em 0.6 ms
– Se varrer 100 linhas => 60 ms => 20 imagens/s

6/6/2008 10
Ondas de compressão e rarefação
formando ondas sonoras

6/6/2008 11
Onda sonora e curvas de variação
do deslocamento e da pressão

6/6/2008 12
Reflexão, refração

Onda Incidente Onda Refletida


Ii Ir

θi θr

Meio
Meio 11

Meio 2

θt Onda Transmitida
ou Refratada
It

Figura 5 - Reflexão e refração (ou transmissão) de ondas na interface


entre os meio 1 e 2

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Transdutor: geração e recepção

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Princípios físicos

– Impedância acústica
– v= λ . f (velocidade=comprimento x freq. )
– Z=ρ. v (Impedância=densidade x veloc.)

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Mergulhando em alta impedância

Hg

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Princípios físicos

Atenuação:
•absorção (calor)
•espalhamento
frequência => µ

− µ .x
I = I 0 .e

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Aumento de 2 x em frequencia ?

 No caso da água, a atenuação aumentou 3 x

− µ .x
I = I 0 .e

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Princípios físicos

– efeito piezo-elétrico: mecânica <=> elétr.


– espalhamento dentro das estruturas
– resolução espacial ~1 λ =1.5 mm (@1MHz)
– v= ~1500 m/s (média no corpo)
– 20 - 50MHz p/ intra-arterial
– 100-200MHz p/ microscopia celular
– v= λ . f
– Z=ρ. v (ρ :densidade )

6/6/2008 20
Efeito piezoelétrico

Piezoeletricidade:
Tensão alternada produz oscilações
nas dimensões do cristal, devido ao re-alinhamento
das moléculas polarizadas
6/6/2008 21
Eco acústico: impedância

Transdutor d
2d=c.t

v(t)
t
tempo

Atenuação:
•absorção (calor) − µ .x
I = I 0 .e
•espalhamento
µ ~α frequencia
O que está incorreto no v(t)?
6/6/2008 22
Reflexão θi θr
1

 Eq. Fresnel θt 2
2
R+T=1 I r  Z 2 . cosθ i − Z1. cosθ t 
R = =  
I i  Z 2 . cosθ i + Z1. cosθ t 
It  4 Z1.Z 2 . cos 2 θ i 
T = =  
I i  (Z 2 . cosθ i + Z1. cosθ t )2 

 Lei de Snell sen θ i = v1


sen θ t v2
6/6/2008 23
Incidência normal

Impedância acústica (.001g/m2/s) a θi = θt = 0 0

1 MHz: 2
 Z 2 − Z1 
•ar => 0,0004 R =  
•água => 1,54
 Z 2 + Z1 
4 Z1.Z 2
•sangue => 1,61 T=
(Z 2 + Z 1 )2

•fígado => 1,65


•osso => 6,00
•rim =>1,62
•gordura =>1,38
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modo A (Amplitude)

Transdutor d
2d=c.t

v
t
tempo

Atenuação:
− µ .x
•absorção (calor) I = I 0 .e
•espalhamento

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Modo B (Brilho)

 modo A em tons de cinza com varredura

102

115

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Modo B: diagrama funcional
•controle automático
ganho (tempo)
•baixo ruído eletron.
•faixa dinâmica elevada
•janela de tempo (profund)
•conversão A/D: 20MHz
• 512 x 512 x 8bits
• 512 x 512 x 24bits (Doppler)
•posição de leitura
•imagem média, simples ou
de máximos

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Modo M (Movimento)
– modoA dinâmico em tons
de cinza

t1 t2

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Efeito Doppler

Fluxo e velocidade f0
∆ f = 2 . c o s (α ). v
c

transd.
α pele
fluxo
vaso
feixe

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Velocidade absoluta ?

• Como obter o ângulo de incidência ?

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Modo duplex

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6/6/2008 32
6/6/2008 33
Ultra-som: degradação
T(t) S(t)

 Caract. do transdutor B(t)


 Atenuação no caminho A(t)
 Espalhamento E(t)
 Ruído : speckle
S (t) = T (t) ⊗ B (t) ⊗ A (t) ⊗ E (t)
S ( f )
= B ( f ). A ( f ). E ( f )
T ( f )

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Ruído em Ultra-som

Speckle
• interferência entre ecos

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ruído Speckle

• Ruído dependente do sinal


• Amplitude dos envelopes:
Rayleigh e distr. K (baixo )
p • Imagens: compressão por log()
Estimador p̂ pdf: dupla exponencial (Fisher-
Tippet)

Filtro simples tipo Wiener (local):

pˆ = p + α .( p − p )
var( p )
α = 2
p . var( p ) + var( ruido )

6/6/2008 P. Loizou et al. Med Biol Eng Comput (2006) 44: 414–426
36
Ruído em US

 Amplitude em US
– Alta densidade de espalhamento
• Distribuição de Rayleigh p p2
Prob ( p ) = exp( − )
– Baixa densidade σ 2
2σ 2

• distribuição K
 Imagem c/ compressão log
– pdf: Fisher-Tippet (dupla
exponencial)

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Transdutores

6/6/2008 38
6/6/2008 39
Ultra-som: transdutores
 phased-arrays
– focar (guiar) região
– diferentes geometrias

Foco
t

Transm.

Rec.
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6/6/2008 41
6/6/2008 42
zona de Fresnel

 Para que um objeto seja "visível" pelo


transdutor, ele precisa estar
localizado na zona de Fresnel ou zona
próxima.
– deve-se diminuir a espessura do cristal
para aumentar a sua "profundidade de
campo", ou, alternativamente,
– aumentar o diâmetro D do cristal.

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6/6/2008 44
Ultra-som 3D: varr. Mec. tilt

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6/6/2008 46
Scan rotacional

Three-dimensional image of a
pregnant uterus with twins. The
image has been "sliced to reveal
the two gestational sacs. This
image was obtained by means of
the rotational scanning
approach using an endfiring
endovaginal transducer (SPIE
pres, Med Imag I).
6/6/2008 47
Visualização 3D

Image showing the ray-casting approach. An array of rays are cast


through the 3D image projecting the 3D image onto a plane producing a 2D
image. The rays can be made to interact with the 3D image data in different
ways to produce different types of renderings (SPIE Press, Med Imag. I).
6/6/2008 48
The 3D image of the fetal face has been rendered using a translucency-
rendering algorithm with the ray-casting approach. In this image, the amniotic
fluid has been made transparent, and tissues have been made transparent or
opaque depending on the voxel intensity (SPIE Press, Medical Imaging).

6/6/2008 49
Visualização 3D: MIP

The 3D image of the kidney has been rendered using a


MIP {maximum intensity projection) algorithm with
the ray-casting approach
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Ultra-som: aplicações
 Estudo de estruturas dinâmicas em uma
determinada posição.
– válvulas cardíacas no modo M
 Cortes tomográficos 2D
– cardíaca
– fetal
– abdominal, ...

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Ultra-som: aplicações
 Mapeamento colorido de fluxo (duplex)
– codificação do fluxo (doppler) em cores
– sobreposição em imagens 2D
– curva temporal do fluxo
 Fluxo turbulento, refluxo, perfil de
velocidade
 Contraste p/ US: micro-bolhas
 IVUS - Intra Vascular Ultra Sound
6/6/2008 52
Aplicações Clínicas

 Definição anatômica
 Determinação das dimensões das cavidades,
volume, massa ventricular
 Avaliação da função ventricular (índices de
ejeção)
 Análise da contratilidade segmentar
(doenças isquêmicas)

6/6/2008 53
Aplicações Clínicas

 Detecção de trombos, tumores cardíacos


 Valvopatias
 Aortopatias
 Miocardiopatias
 Pericardiopatias
 Obstruções vasculares

6/6/2008 54
Aplicações Clínicas

 Avaliação da função sistólica do VE:


-qualitativa
-semi-quantitativa
-quantitativa (fração de encurtamento,
fração de ejeção, método bidimensional)

 Avaliação da função diastólica

6/6/2008 55
Aplicações Clínicas -Doppler

 Estimativa do Gradiente de pressão:


∆P = 4.V2 (Equação de Bernoulli simplificada)

 Estimativa da área efetiva de um orifício


estenótico
Pressure-Half Time (PHT), Equação de
Continuidade

 Volume regurgitante, fração regurgitante


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Aplicações Clínicas - Doppler

 Estenoses valvares (estimativa da área


valvar, gradiente transvalvar)
 Insuficiências valvares
 Shunt intracavitário (CIA, CIV, PCA)
 Avaliação da função do VE
 Cálculo da relação de fluxo entre a
circulação pulmonar e sistêmica

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Aplicações Clínicas

 Detecção de shunts intracardíacos


 Melhora do sinal Doppler (quantificação
das disfunções valvares)
 Definição da cavidade ventricular
 Perfusão miocárdica

6/6/2008 58
Eco Contraste

 Tipos de contraste (solução salina agitada,


PESDA, Levovist)

 Imagem Harmônica Intermitente

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6/6/2008 60
Fig. 1.5 –Perfusão cardíaca de um paciente com hipertrofia
cardiomiopática utilizando Ecocardiografia tridimensional e contraste de
microbolhas. Ramo descendente da artéria coronária esquerda (LAD)
desde sua origem na artéria coronária esquerda (em A), os ramos de
penetração no septo interventricular (IVS) (em B e C) e suas ramificações
até o miocárdio (em D).
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IVUS

6/6/2008 62
PACS: Conectividade

6/6/2008 63
O Sistema

6/6/2008 64
Comparação de modalidades?

 Medicina Nuclear
 Ressonância Magnética
 Raio-X

6/6/2008 65
Ultra-som
Custo/benefício muito bom
+ Energia utilizada não é ionizante
+ Exames não são invasivos
+ Inerentemente tomográfico: dinâmica
+ Exames realizados pelos próprios médicos
especialistas.
− Ruído do tipo speckle (interferência de ondas
− Informações não são metabólicas, ou
fisiológicas
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