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1 SOCIOLOGIA DO DIREITO
2 PSICOLOGIA JUDICIÁRIA
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BRASIL. Defensoria Pública realiza palestra sobre “Mídia e Justiça”. Acesso em:
http://www.defensoria.ce.def.br/noticia/defensoria-publica-recebe-palestra-sobre-midia-e-justica/
que a sociedade, com foco nos possíveis assistidos da Defensoria Pública, saibam a
atuação desempenhada pela Defensoria e possam, dessa forma, buscar o acesso à justiça.
Sobre o tema Grazielle Albuquerque, jornalista e doutoranda em Ciência Política
pela Unicamp, destaca a conquista de espaços que instituições públicas, como o
Ministério Público e a Defensoria Pública, assumiram durante o processo de
redemocratização. Além disso, acrescenta a importância da vocação no desempenho da
função ao fazer referência a PEC 372, em suas palavras: “Cada instituição tem que saber
qual é a sua vocação, sem dúvida nenhuma a vocação da magistratura é diferente da
vocação do Ministério Público e da Defensoria, não pode confundir os papéis. Seja qual
for a sua vocação, quando você se distancia dela há um preço a ser pago. Eu falo da
questão da PEC porque eu acho um exemplo muito contundente, e ainda próximo, do
que é o fato de uma instituição que poderia ter perdido poder e uma parte das suas
atribuições funcionais por ter parcialmente se deslocado da sociedade. A campanha da
PEC reflete isso porque foi preciso correr atrás do apoio popular. Nesse sentido, uma
vantagem foi a capilaridade do MP, que está espalhado por todo país, com promotores
nas comarcas mais distante do país. Isso fez diferença. Por isso, essa noção de base social
não pode se perder”.
A apresentação e contato da Defensoria Pública com a mídia significa a
possibilidade de ampliação do acesso à justiça e aproximação com a sociedade.
Por meio dessa aproximação é importante que a sociedade conheça a atuação da
Defensoria Pública e a mídia, nesse quesito, representa um importante instrumento no
acesso a essa informação.
Nesse sentido, a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul3 promoveu o 1º
Treinamento de Mídia da Defensoria. Chamado “Media Training”, que significa
treinamento de mídia, é uma expressão em inglês usada para designar um programa de
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PEC 37, foi um projeto legislativo brasileiro que pretendia emendar a Constituição brasileira para incluir
a apuração de investigações criminais como atividade privativa da polícia judiciária. Foi proposta pelo
deputado Lourival Mendes, então do PTdoB do Maranhão.
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BRASIL. “Media Training”: defensores públicos recebem treinamento para atender imprensa.
Disponível em: http://www.defensoria.ms.gov.br/imprensa/noticias/641-media-training-defensores-
publicos-recebem-treinamento-para-atender-imprensa
capacitação em comunicação para profissionais que atuam como porta-vozes. A
subdefensora pública-geral de Mato Grosso do Sul, Júlia Fumiko Hayashi Gonda,
enfatizou que “a Defensoria Pública, por atuar em diversas áreas do direito tanto na cível
quanto na criminal, é destaque em reportagens regionais e nacionais. E, por isso, realizou
pela primeira vez um curso com o objetivo de esclarecer técnicas entrevista e de
relacionamento com a imprensa”.
No tocante a Defensoria Pública do Maranhão4, em março de 2017, no curso de
formação para novos Defensores houve forte ênfase no relacionamento entre Defensoria
Pública e Mídia, o que se torna evidente inclusive com a cobrança dessa temática na
prova de ingresso da carreira. No curso, Socorro Boaes destacou que: “Com base em
alguns dados sobre a nossa atuação e o alcance da mídia no país e no mundo, o que se
pretendeu foi sensibilizar os defensores recém-nomeados para um olhar diferenciado em
relação a essa temática, de forma a contribuir com o atual processo de consolidação da
imagem da Defensoria”.
A consolidação da imagem da Defensoria significa o conhecimento pela sociedade
das atribuições cabíveis a Defensoria, pois grande parte da população a que a Defensoria
se destina nem ao menos possui conhecimento de sua existência, assim, a comunicação
entre a Defensoria e a Mídia auxilia no contato com a sociedade.
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BRASIL. MA: Defensoria inicia curso de formação para novos defensores. Disponível em:
https://www.anadep.org.br/wtk/pagina/materia?id=32509
a finalidade de destruição da vítima, afastando-a do mercado de trabalho. Segundo
Mérisio, o mobbing remete, em sua origem, a prática do instinto animal de marcar
território. É o isolamento progressivo de uma espécie mais forte em detrimento de outra.
Assédio sexual: Embora possua pontos em comum com o assédio moral, com ele
não se confunde. O assédio sexual frustrado pode gerar assédio moral, além disso pode
ocorrer cumulação de assédio moral e assédio sexual sobre uma mesma vítima e na
mesma relação de emprego. O assédio sexual encontra previsão no artigo 216-A, do
Código Penal: Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou
favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico
ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.
3 FILOSOFIA DO DIREITO
I - O CONCEITO DE JUSTIÇA. SENTIDO LATO DE JUSTIÇA, COMO VALOR UNIVERSAL.
SENTIDO ESTRITO DE JUSTIÇA, COMO VALOR JURÍDICO-POLÍTICO. DIVERGÊNCIAS SOBRE O
CONTEÚDO DO CONCEITO: a justiça em sentido lato é compreendida como o conjunto
das virtudes sociais que fundamentam a base da relação entre os sujeitos, sendo uma
condição necessária para a manutenção da vida em sociedade. A palavra-chave aqui é
alteridade, ou seja, justiça enquanto relação com o outro. Esse é o sentido universal de
justiça. Já o conceito de justiça em sentido estrito se baseia na ideia de dar a outrem o
que lhe é devido, numa condição de igualdade marcada por uma condição de
simplicidade e proporcionalidade. É uma relação aqui que apresenta três características:
a) dar a outrem (pluralidade e alteridade) b) o que lhe é devido c) segundo uma igualdade
(que é uma qualidade). Esse é o sentido jurídico-político de justiça.
A função do juiz, não obstante estar limitada ao direito formalmente válido deve
transcender essa esfera para que seja criativo e alimente-se de um complexo de
valorações para o caso concreto alcançar a solução mais justa possível (TOMASZEWISKY,
1998, p. 130). O juiz tem que ser criativo na interpretação e tomar como ponto de partida
o ser humano. Nosso direito abre caminho para isso quando fala da função social, do bem
comum, da dignidade da pessoa humana.
Essa lógica, que decorre da realidade do mundo dos valores, está presente no
procedimento analógico e foi apontado por nosso legislador de maneira implícita quando
no art. 5º do LINDB observa que “na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que
ela se dirige e às exigências do bem comum”. Neste caso há o reconhecimento da Lógica
do Razoável como critério para aplicação da norma.
A equidade também é uma autorização para que o juiz aprecie segundo a lógica
do razoável, estabelecendo a norma individual para o caso concreto (GONÇALVES Jr;
MACIEL, 2012, p. 300-2).