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DIREITO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE – GUSTAVO CIVES SEABRA
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Contatos: Instagram - @gustacives
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BIBLIOGRAFIA
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Leis especiais para concursos – estatuto da criança e do adolescente. Guilherme Freire de
O
NT
Melo Barros. Ed. Juspodivm
PI
Estatuto da Criança e do Adolescente comentado artigo por artigo. Luciano Rossato, Paulo
S
Lépore e Rogério Sanches. Ed. Saraiva
UE
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mecanismos jurídicos voltados à tutela da criança e do adolescente” (Guilherme Freire
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de Melo Barros – Leis especiais para concursos – ECA, ed juspodivm).
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-0
O
Código de menores: (revogado): Artigo 1 da Lei 6.697-79: “Este código dispõe sobre
NT
assistência, proteção e vigilância a menores: I. até dezoito anos de idade, que se
PI
encontrem em situação irregular;”
S
UE
IG
tutelado.
RE
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Lei 13.257 de 2016 (estatuto da primeira infância) – art 2: “Para os efeitos
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desta Lei, considera-se primeira infância o período que abrange os primeiros
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6 (seis) anos completos ou 72 (setenta e dois) meses de vida da criança.”
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-0
Lei 12.852 de 2013 (estatuto da juventude) – Art. 1, parágrafos 1 e 2: “P.1 –
O
Para os efeitos desta lei, são considerados jovens as pessoas com idade
NT
entre 15 (quinze) e 29 (vinte e nove) anos de idade.”
PI
S
“P.2 – Aos adolescentes com idade entre 15 (quinze) e 18 (dezoito) anos
UE
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Ir, vir e estar nos logradouros Inviolabilidade da: integridade Dever de todos velar pela dignidade
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públicos e espaços comunitários, física, psíquica e moral da criança e da criança e adolescente, pondo-os
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ressalvadas as restrições legais adolescente a salvo de qualquer tratamento
-0
desumano, violento, aterrorizante,
vexatório ou constrangedor
O
Opinião e expressão Preservação da imagem, XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
NT
identidade, autonomia, valores,
PI ideias e crenças, dos espaços e
S
objetos pessoais.
UE
se
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da lei.
M
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DEGRADANTE
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Conceito – ação de natureza disciplinar ou Conceito – conduta ou forma cruel de
O
punitiva aplicada com o uso da força física tratamento em relação à criança ou
NT
sobre a criança ou o adolescente que adolescente que:
resulte em: PI
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XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX c) ridicularize
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STJ – Abandono material e danos morais
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RECURSO ESPECIAL. FAMÍLIA. ABANDONO MATERIAL. MENOR. DESCUMPRIMENTO DO DEVER DE PRESTAR
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ASSISTÊNCIA MATERIAL AO FILHO. ATO ILÍCITO (CC/2002, ARTS. 186, 1.566, IV, 1.568, 1.579, 1.632 E 1.634,
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I; ECA, ARTS. 18-A, 18-B E 22). REPARAÇÃO. DANOS MORAIS. POSSIBILIDADE.
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RECURSO IMPROVIDO.
O
NT
1. O descumprimento da obrigação pelo pai, que, apesar de dispor de recursos, deixa de prestar
assistência material ao filho, não proporcionando a este condições dignas de sobrevivência e causando
PI
danos à sua integridade física, moral, intelectual e psicológica, configura ilícito civil, nos termos do art.
S
186 do Código Civil de 2002.
UE
2. Estabelecida a correlação entre a omissão voluntária e injustificada do pai quanto ao amparo material
IG
e os danos morais ao filho dali decorrentes, é possível a condenação ao pagamento de reparação por
DR
danos morais, com fulcro também no princípio constitucional da dignidade da pessoa humana.
RO
3. Recurso especial improvido. (REsp 1087561/RS, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado
em 13/06/2017, DJe 18/08/2017)
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STJ E ABANDONO AFETIVO
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CIVIL. RECURSO ESPECIAL. FAMÍLIA. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. ABANDONO AFETIVO. OFENSA AO ART. 535 DO CPC. INOCORRÊNCIA.
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ALEGADA OCORRÊNCIA DO DESCUMPRIMENTO DO DEVER DE CUIDADO. NÃO OCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DA
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CONFIGURAÇÃO DO NEXO CAUSAL. APLICAÇÃO DA TEORIA DO DANO DIRETO E IMEDIATO. (...) 1..(...)
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2. Considerando a complexidade dos temas que envolvem as relações familiares e que a configuração de dano moral em hipóteses de
tal natureza é situação excepcionalíssima, que somente deve ser admitida em ocasião de efetivo excesso nas relações familiares (...) a
O
fim de se verificar se houve a quebra do dever jurídico de convivência familiar, de modo a evitar que o Poder Judiciário seja
NT
transformado numa indústria indenizatória.
PI
3. Para que se configure a responsabilidade civil, no caso, subjetiva, deve ficar devidamente comprovada a conduta omissiva ou
comissiva do pai em relação ao dever jurídico de convivência com o filho (ato ilícito), o trauma psicológico sofrido (dano a
S
personalidade), e, sobretudo, o nexo causal entre o ato ilícito e o dano, nos termos do art. 186 do CC/2002. (...).
UE
4. Os elementos e as peculiaridades dos autos indicam que o Tribunal a quo decidiu com prudência e razoabilidade quando adotou um
IG
critério para afastar a responsabilidade por abandono afetivo, qual seja, o de que o descumprimento do dever de cuidado somente
ocorre se houver um descaso, uma rejeição ou um desprezo total pela pessoa da filha por parte do genitor, o que absolutamente
DR
não ocorreu.
RO
(REsp 1557978/DF, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 03/11/2015, DJe 17/11/2015)
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TESE 622 – STF A paternidade socioafetiva, declarada
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ou não em registro público, não impede o
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reconhecimento do vínculo de filiação concomitante
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O
baseado na origem biológica, com os efeitos jurídicos
NT
próprios. S
PI
UE
IG
DR
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Lei 8.213 de 1991 - Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na
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condição de dependentes do segurado: (...)
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§ 2º (redação anterior à lei 9.528 de 1997): “Equiparam-se a filho, nas condições do
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inciso I, mediante declaração do segurado: o enteado, o menor que, por determinação
judicial, esteja sob sua guarda; e o menor que esteja sob sua tutela e não possua
O
condições suficientes para o próprio sustento e educação.”
NT
PI
§ 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do
S
segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no
UE
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CORTE ESPECIAL – INFORMATIVO 595
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO. Pensão por morte. Menor sob guarda. Art. 16 da Lei 8.213/90. Confronto com o art. 33, §
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3º do ECA. Princípio da proteção integral e preferencial da criança e do adolescente.
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Ao menor sob guarda deve ser assegurado o direito ao benefício da pensão por morte mesmo se o falecimento se
deu após a modificação legislativa promovida pela Lei n. 9.528/97 na Lei n. 8.213/90.
O
NT
A controvérsia a ser dirimida cingiu-se a definir se, ocorrido o óbito do instituidor da pensão por morte após 11 de
PI
outubro de 1996, data em que foi editada a MP n. 1.523/96, convertida na Lei n. 9.528/97, que alterou o art. 16 da Lei
n. 8.213/90 e suprimiu o menor sob guarda do rol de referido benefício previdenciário, ainda assim, deve prevalecer
S
referido direito com fundamento no art. 33, § 3º, da Lei n. 8.069/90. (...). Convém registrar que a Corte Especial, ao
UE
julgar o MS 20.589/DF, da relatoria do Ministro Raul Araújo, apesar de apreciar feito relativo a servidor público, emitiu
IG
sobre a modificação legislativa promovida na lei geral da previdência social porquanto, nos termos do art. 227 da
Constituição, é norma fundamental o princípio da proteção integral e preferência da criança e do adolescente.
RO
Consectariamente, ao menor sob guarda deve ser assegurado o direito ao benefício da pensão por morte mesmo se
o falecimento se deu após a modificação legislativa promovida pela Lei n. 9.528/97 na Lei n. 8.213/90.
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O vínculo mais tênue é o de guarda, que se destina a uma fase
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transitória no curso do processo de tutela e adoção ou a situações
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peculiares de eventual ausência de pais ou responsáveis. Em
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seguida, tem-se a tutela, que demanda a efetiva suspensão ou
O
perda do poder familiar, implica o dever de guarda e também de
NT
administração de bens (...) Por sua vez, a adoção cria um vínculo
S
PI
jurídico definitivo e irrevogável entre adotante e adotado.
UE
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ARTIFICIAL HETERÓLOGA À COMPANHEIRA DA MÃE BIOLÓGICA DA ADOTANDA.
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A adoção unilateral prevista no art. 41, § 1º, do ECA pode ser concedida à companheira da mãe biológica
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da adotanda, para que ambas as companheiras passem a ostentar a condição de mães, na hipótese em
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que a menor tenha sido fruto de inseminação artificial heteróloga, com doador desconhecido,
previamente planejada pelo casal no âmbito de união estável homoafetiva, presente, ademais, a
O
anuência da mãe biológica, desde que inexista prejuízo para a adotanda. O STF decidiu ser plena a
NT
equiparação das uniões estáveis homoafetivas às uniões estáveis heteroafetivas, o que trouxe, como
PI
consequência, a extensão automática das prerrogativas já outorgadas aos companheiros da união
S
estável tradicional àqueles que vivenciem uma união estável homoafetiva. Assim, se a adoção unilateral
UE
43 do ECA, segundo a qual "a adoção será deferida quando apresentar reais vantagens para o adotando".
DR
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DESTITUIÇÃO DO PÁTRIO PODER.
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NOMEAÇÃO DA DEFENSORIA PÚBLICA COMO CURADORA ESPECIAL DO INCAPAZ.
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POSSIBILIDADE. CONFLITO DE INTERESSES ENTRE A CRIANÇA E SUA GENITORA. ARTIGOS ANALISADOS: 9º, I, CPC e 142,
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PARÁGRAFO ÚNICO, ECA.(...)
O
2.Discute-se a possibilidade de nomeação da Defensoria Pública como curadora especial de incapaz em ação de
NT
acolhimento institucional movida pelo Ministério Público.
PI
3.Verificado o conflito de interesses entre a criança e sua genitora, impõe-se a nomeação da Defensoria Pública
S
como curadora especial, nos termos do art. 9º, I, CPC e art. 142, parágrafo único, ECA.
UE
4.A Defensoria Pública, no exercício da curadoria especial, desempenha apenas e tão somente uma função
IG
processual de representação do menor em juízo, sem qualquer obstrução às atividades institucionais do Ministério
DR
Público, o qual exerce seu mister de representação não apenas em caráter endoprocessual mas sim no interesse de
toda sociedade.
RO
(...)
RE
(AgRg no AgRg no AREsp 298.526/RJ, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 10/06/2014, DJe
18/06/2014)
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EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. DESTITUIÇÃO DE
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PODER FAMILIAR PROMOVIDA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO. NOMEAÇÃO DA DEFENSORIA
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PÚBLICA COMO CURADOR ESPECIAL. DESNECESSIDADE. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA
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PROVIDOS.
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1. Nos moldes do entendimento consolidado pela eg. Segunda Seção desta Corte no
O
julgamento do REsp 1.296.155/RJ, "a atuação da Defensoria Pública como curadora
NT
especial no que se refere ao Estatuto da Criança e do Adolescente deve se dar somente
PI
quando chamada ao feito pelo Juiz da Vara da Infância e Juventude em processos em
S
que a criança ou adolescente seja parte na relação processual, e desde que
UE
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ENSINO EM CASA. FILHOS.
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Trata-se de MS contra ato do Ministro da Educação, que homologou parecer do Conselho Nacional de
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Educação, denegatório da pretensão dos pais de ensinarem a seus filhos as matérias do currículo de
ensino fundamental na própria residência familiar. Além de, também, negar o pedido de afastá-los da
O
obrigatoriedade de freqüência regular à escola, pois compareceriam apenas à aplicação de provas. A
NT
família buscou o reconhecimento estatal para essa modalidade de ensino reconhecida em outros países.
PI
Prosseguindo o julgamento, a Seção, por maioria, denegou a segurança ao argumento de que a
educação dos filhos em casa pelos pais é um método alternativo que não encontra amparo na lei ex vi os
S
UE
dispositivos constitucionais (arts. 205, 208, § 2º, da CF/1988) e legais (Lei n. 10.287/2001 – Lei de
Diretrizes e Bases da Educação – art. 5º, § 1º, III; art. 24, I, II e art. 129), a demonstrar que a educação é
IG
dever do Estado e, como considerou o Min. Humberto Gomes de Barros, é, também, formação da
DR
cidadania pela convivência com outras crianças, tanto que o zelo pela freqüência escolar é um dos
encargos do poder público. MS 7.407-DF, Rel. Min. Peçanha Martins, julgado em 24/4/2002
RO
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CRIANÇA ADOLESCENTE
Seu texto aqui.
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VIAGEM PARA FORA DA COMARCA Precisa de autorização judicial se Não precisa de autorização
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desacompanhada dos pais ou
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responsável. Exceções: 1) comarca
contígua ou na mesma região
-0
metropolitana; 2) estiver
O
acompanhada de ascendente ou
NT
colateral maior até terceiro grau
(comprovado documentalmente);
PI 3)acompanhada de maior
S
expressamente autorizado pelo pai,
UE
mãe ou responsável.
IG
VIAGEM AO EXTERIOR Necessita de autorização judicial, salvo Necessita de autorização judicial, salvo
DR
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APROPRIAÇÃO INDÉBITA. INÉPCIA DA REPRESENTAÇÃO. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DA DATA DOS FATOS.
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NÃO OCORRÊNCIA. IRREGULARIDADE. ESCUSA ABSOLUTÓRIA (ART. 181, II, DO CP). APLICABILIDADE.
ILEGALIDADE MANIFESTA.
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3. O art. 181, II, do Código Penal prevê escusa absolutória, em razão da qual é isento de pena aquele que
comete crime contra o patrimônio, entre outras hipóteses, em prejuízo de ascendente, salvo as exceções
O
delineadas no art. 183 do mesmo diploma legal.
NT
PI
4. Por razões de política criminal, com base na existência de laços familiares ou afetivos entre os
envolvidos, o legislador optou por afastar a punibilidade de determinadas pessoas. Nesse contexto, se
S
UE
cumpre aos ascendentes o dever de lidar com descendentes maiores que lhes causem danos ao
patrimônio, sem que haja interesse estatal na aplicação de pena, também não se observa, com maior
IG
razão, interesse na aplicação de medida socioeducativa ao adolescente pela prática do mesmo fato.
DR
6. Habeas corpus não conhecido. Ordem concedida de ofício, para determinar o trancamento do feito.
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(HC 251.681/PR, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em 03/10/2013, DJe
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24/10/2013)
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STF – PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA - APLICAÇÃO AOS ATOS INFRACIONAIS
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EMENTA: HABEAS CORPUS. ATO INFRACIONAL. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA.
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APLICABILIDADE. ASPECTOS RELEVANTES DO CASO CONCRETO. CARÁTER EDUCATIVO
O
DAS MEDIDAS PREVISTAS NO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. ORDEM
NT
DENEGADA. I - O princípio da insignificância é aplicável aos atos infracionais, desde que
PI
verificados os requisitos necessários para a configuração do delito de bagatela.
S
Precedente. II - O caso sob exame, todavia, apresenta aspectos particulares que
UE
impedem a aplicação do referido princípio. III - As medidas previstas no ECA têm caráter
IG
Ordem denegada.
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20/10/2009)
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EMENTA: EXTRADIÇÃO. PROMESSA DE RECIPROCIDADE. CRIMES DE EXTORSÃO GRAVE
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COM CARÁTER DE ROUBO E LESÃO CORPORAL. EXTRADITANDO MENOR DE DEZOITO
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ANOS À ÉPOCA DO FATO. INIMPUTABILIDADE. EQUIPARAÇÃO A ATOS INFRACIONAIS.
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AUSÊNCIA DE DUPLA TIPICIDADE 1. Crimes de extorsão grave com caráter de roubo e
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lesão corporal. Paciente menor de dezoito anos à época dos fatos. Inimputabilidade
O
segundo a lei brasileira. 2. A Lei n. 6.815/80 impede a extradição quando o fato
NT
motivador do pedido não for tipificado como crime no Brasil. Considerada sua
PI
menoridade, as condutas imputadas ao extraditando são tidas como atos infracionais
S
pela Lei n. 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente). Ausente o requisito da
UE
dupla tipicidade prevista no art. 77, inc. II da Lei n. 6.815/80. Extradição indeferida.
IG
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(Ext 1135, Relator(a): Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 01/10/2009)
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HC 102057 / RS - RIO GRANDE DO SUL
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HABEAS CORPUS
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Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI
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EMENTA: HABEAS CORPUS. ATO INFRACIONAL. INTERNAÇÃO PROVISÓRIA.
O
PRAZO MÁXIMO DE 45 DIAS. EXCESSO DE PRAZO. SUPERVENIÊNCIA DE
NT
SENTENÇA DE MÉRITO. PREJUDICIALIDADE. ORDEM DENEGADA. I - O prazo
PI
de 45 dias, previsto no art. 183 do ECA, diz respeito à conclusão do
S
UE
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CÓDIGO PENAL). AUSÊNCIA DE CITAÇÃO PARA AUDIÊNCIA DE APRESENTAÇÃO. NULIDADE CARACTERIZADA.
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CONCESSÃO DA ORDEM.
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1. Os artigos 111, inciso I, e 184, § 1º, do Estatuto da Criança e do Adolescente, em reforço ao conteúdo do artigo 227,
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§ 3º, inciso IV, da Constituição Federal, esclarecem a obrigatoriedade de prévia cientificação do menor e de seus pais
ou responsável acerca do teor da representação ministerial, com o objetivo de terem prévio conhecimento da
O
acusação formulada, garantindo-se, assim, a observância dos postulados da ampla defesa e do contraditório.
NT
Doutrina.
PI
2. Na hipótese vertente, da leitura da decisão que recebeu a representação, observa-se que o Juízo de origem não
S
determinou a citação do adolescente e de seus pais ou responsável legal, tampouco notificou estes últimos sobre a
UE
audiência de apresentação.
IG
3. A simples apresentação do menor para a audiência, à qual compareceu sua responsável legal, não é o bastante para
DR
se entender como cumprida a exigência de prévia ciência da acusação, tanto por ele quanto por seus pais, motivo pela
qual resta patente a configuração da nulidade pela falta de citação.
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◦ (HC 147.069/MG, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA TURMA, julgado em 16/09/2010, DJe
16/11/2010)
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HABEAS CORPUS. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. ATO INFRACIONAL
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ANÁLOGO AO DELITO DESCRITO NO ART. 33 DA LEI 11.343/2006. AUTORIA E
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MATERIALIDADE COMPROVADAS. APLICAÇÃO DA MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE
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INTERNAÇÃO. INEXISTÊNCIA DE NULIDADE.
-0
1..
O
NT
2. Não há nulidade a ser declarada com base na ausência de notificação do responsável
PI
pelo adolescente para comparecer à audiência de apresentação, pois houve a nomeação
S
de curador especial na referida audiência, de acordo com o art. 184, § 2º, do Estatuto da
UE
(HC 260.793/MG, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, SEXTA TURMA, julgado em
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EMENTA: CRIANÇAS E ADOLESCENTES. DEVER DE PROTEÇÃO INTEGRAL À INFÂNCIA E À
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JUVENTUDE. OBRIGAÇÃO CONSTITUCIONAL QUE SE IMPÕE AO PODER PÚBLICO.
O
CRIAÇÃO DE DOIS NOVOS CONSELHOS TUTELARES E DISPONIBILIZAÇÃO, PELO
NT
MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS, DE RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS AOS CONSELHOS
PI
JÁ EXISTENTES (SETORES ILHA E CONTINENTE). CONFIGURAÇÃO, NO CASO, DE TÍPICA
S
HIPÓTESE DE OMISSÃO INCONSTITUCIONAL IMPUTÁVEL AO MUNICÍPIO. DESRESPEITO À
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200/191-197).
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PROCESSO CIVIL. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO DE DESTITUIÇÃO DE PODER FAMILIAR.
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ALTERAÇÃO DE DOMICÍLIO DA CRIANÇA E DAQUELES QUE DETÉM SUA GUARDA. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE.PRINCÍPIO DA PERPETUATIO JURISDICTIONES X JUIZ IMEDIATO. PREVALÊNCIA DESTE ÚLTIMO NA
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HIPÓTESE CONCRETA.1. (...)
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2. O princípio do juiz imediato vem estabelecido no art. 147, I e II, do ECA, segundo o qual o foro competente
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para apreciar e julgar as medidas, ações e procedimentos que tutelam interesses, direitos e garantias
O
positivados no ECA, é determinado pelo lugar onde a criança ou o adolescente exerce, com regularidade, seu
NT
direito à convivência familiar e comunitária.
PI
3. Embora seja compreendido como regra de competência territorial, o art. 147, I e II, do ECA apresenta
natureza de competência absoluta, nomeadamente porque expressa norma cogente que, em certa medida, não
S
admite prorrogação.
UE
4. A jurisprudência do STJ, ao ser chamada a graduar a aplicação subsidiária do art. 87 do CPC frente à
IG
incidência do art. 147, I e II, do ECA, manifestou-se no sentido de que deve prevalecer a regra especial em face
DR
(REsp 1404036/GO, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 21/02/2017, DJe
24/02/2017)
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. HABEAS CORPUS. TOQUE DE RECOLHER. SUPERVENIÊNCIA
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DO JULGAMENTO DO MÉRITO. SUPERAÇÃO DA SÚMULA 691/STF. NORMA DE CARÁTER GENÉRICO E
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ABSTRATO. ILEGALIDADE. ORDEM CONCEDIDA.
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(...)
-0
. A portaria em questão ultrapassou os limites dos poderes normativos previstos no art. 149 do ECA. "Ela
O
contém normas de caráter geral e abstrato, a vigorar por prazo indeterminado, a respeito de condutas a
NT
serem observadas por pais, pelos menores, acompanhados ou não, e por terceiros, sob cominação de
PI
penalidades nela estabelecidas" (REsp 1046350/RJ, Primeira Turma, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki,
DJe 24.9.2009).
S
UE
8. Habeas Corpus concedido para declarar a ilegalidade da Portaria 01/2011 da Vara da Infância e
IG
(HC 207.720/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 01/12/2011, DJe
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23/02/2012)
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PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. VIOLAÇÃO DO ART. 535, II, DO CPC.
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INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282/STF E 211/STJ.
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (LEI 8.069/90). AÇÃO CIVIL PÚBLICA. PRAZO
26
RECURSAL. INTERPRETAÇÃO DO ART. 198 DO ECA. (...)
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3. É consolidada a orientação desta Corte Superior no sentido de que: a) os prazos
O
previstos no inciso II do art. 198 da Lei 8.069/90 somente são aplicáveis aos
NT
procedimentos especiais previstos nos arts. 152 a 197 do ECA; b) os prazos recursais
PI
dos procedimentos ordinários serão estabelecidos pelas regras gerais do Código de
S
Processo Civil, nos termos do caput do art. 198 do ECA; (...)
UE
IG
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SOCIOEDUCATIVA INDEPENDENTE DE INTERNAÇÃO PROVISÓRIA.
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26
Mesmo diante da interposição de recurso de apelação, é possível o imediato
-0
cumprimento de sentença que impõe medida socioeducativa de internação, ainda que
não tenha sido imposta anterior internação provisória ao adolescente. (...)Cuidando-se
O
de medida socioeducativa, a intervenção do Poder Judiciário tem como missão precípua
NT
não a punição pura e simples do adolescente em conflito com a lei, mas, principalmente,
PI
a ressocialização e a proteção do jovem infrator. Deveras, as medidas previstas nos arts.
S
112 a 125 da Lei n. 8.069/1990 não são penas e possuem o objetivo primordial de
UE
uma situação de risco. (...). Por esse motivo e considerando que a medida socieducativa
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Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, Rel. para acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz,
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244-B do ECA independe da prova da efetiva
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corrupção do menor, por se tratar de delito formal.
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O
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Súmula 74 do STJ: Para efeitos penais, o
PI
reconhecimento da menoridade do réu requer prova
S
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CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. ARTIGO 155, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL.
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COMPROVAÇÃO DA MENORIDADE DO ADOLESCENTE. CERTIDÃO DE NASCIMENTO. 1. A regra do art. 155
do Código de Processo Penal não é absoluta. Em seu parágrafo único, com o intuito de resguardar as
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garantias do acusado e do devido processo legal na busca da verdade dos fatos, prevê a mitigação do
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princípio do livre convencimento quando a questão abrange o estado das pessoas, hipótese de
O
prevalência das restrições estabelecidas na legislação civil. 2. Inexiste nos autos prova específica, idônea e
NT
inequívoca, para fins criminais, da idade do adolescente envolvido no delito, nos termos do parágrafo
único do art. 155 do Código de Processo Penal, de modo a justificar a condenação quanto ao crime de
PI
corrupção de menores. 3. A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é no sentido de que o
S
reconhecimento da menoridade, para efeitos penais, supõe prova hábil (certidão de nascimento).
UE
Precedentes. 4. Ordem de habeas corpus concedida para restabelecer o juízo absolutório do acórdão da
IG
Corte Estadual quanto à prática, pelo paciente, do crime de corrupção de menores tipificado no art. 244-B
DR
da Lei 8.069/90.
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INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA – PRESCRIÇÃO – INAPLICABILIDADE DO ARTIGO 226 DO ESTATUTO.
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1. O art. 226 do ECA determina seja aplicado o Código Penal aos crimes cometidos contra a criança e o
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adolescente ali definidos.
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2. O STJ, interpretando o mencionado dispositivo, aplica as regras do Código Penal quanto à prescrição das
O
medidas sócio-educativas.
NT
3. As infrações administrativas, tipificada no art. 258 do ECA, diferentemente, por falta de previsão legal
PI
expressa, não seguem as regras do Código Penal.
S
UE
4. Em se tratando de sanção administrativa, a multa imposta por força do art. 258 do ECA segue as
regras de Direito Administrativo e não Penal, sendo qüinqüenal o prazo prescricional. Precedente da
IG
(REsp 849.184/RN, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 28/08/2007, DJ
RE
11/09/2007, p. 215)
EI
M
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