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NOTAS TECNICAS´

DEZEMBRO DE 2018 – Nº12

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M u ni cí pi o d e S ão L u í s
2 0 1 6 – I BG E , 201 8 .
Organizadores:
F RA NC IE L E DE J E S U S F E R RE IRA DO S AN J O S
M A RL AN A P O RT IL H O RO DR IGU E S
LAURA REGINA CARNEIRO
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LUÍS
EDIVALDO HOLANDA BRAGA JÚNIOR - PREFEITO

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO (SEPLAN)


JOSÉ CURSINO RAPOSO MOREIRA - SECRETÁRIO

DEPARTAMENTO DA INFORMAÇÃO E INTELIGÊNCIA ECONÔMICA (DIIE)


LAURA REGINA CARNEIRO – COORDENADORA-GERAL
MARLANA PORTILHO RODRIGUES – ASSISTENTE TÉCNICA
FRANCIELE DE JESUS FERREIRA DOS ANJOS – ESTAGIÁRIA

DEPARTAMENTO DA INFORMAÇÃO E INTELIGÊNCIA ECONÔMICA (DIIE)


END.: SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO –
SEPLAN
RUA DAS ANDIROBAS, Nº 26 – RENASCENÇA - SÃO LUÍS/MA - CEP.: 65.075-180
www.diie.com.br
diie@diie.com.br

Esta publicação tem por objetivo a divulgação de estudos


desenvolvidos por pesquisadores do Departamento da
Informação e Inteligência Econômica (DIIE), da Secretaria
Municipal de Planejamento e Desenvolvimento (SEPLAN).
Seu conteúdo é de inteira responsabilidade do(s) autor(es), não
expressando, necessariamente, o posicionamento da Prefeitura
Municipal de São Luís (PMSL).

NOTATÉCNICA Nº 12 Dezembro2018 - Estimativas do Produto Interno Bruto – PIB do Município de São


Luís 2016 – IBGE, 2018.
RESUMO
A presente nota técnica visa, com base na publicação do IBGE, em parceria com o IMESC, as
Secretarias Estaduais de Governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus -
Suframa, divulgar as estimativas do Produto Interno Bruto - PIB do Município de São Luís.
Os resultados, contemplando o período de 2015 a 2016, são comparáveis entre si. São
apresentados, a preços correntes, os valores adicionados1 brutos dos três grandes setores
de atividade econômica – Agropecuária, Indústria e Serviços – bem como os impostos,
líquidos de subsídios, o PIB e o PIB per capita. Destaca-se o valor adicionado bruto da
Administração, saúde e educação públicas e seguridade social, devido à relevância deste
segmento na economia municipal. Também, serão apresentados dados e análises do
Produto Interno Bruto do Estado do Maranhão e sua capital (período 2015 a 2016) do
IMESC, divulgados em dezembro de 2018, a fim de contextualizar o resultado ludovicense.

1. INTRODUÇÃO

1.1 O QUE É?

Segundo definição do IBGE, na publicação “Sistema de Contas Nacionais”, Produto Interno


Bruto (PIB)2 é o total dos bens e serviços produzidos pelas unidades
produtoras residentes sendo, portanto, a soma dos valores adicionados pelos
diversos setores acrescida dos impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos não
incluídos na valoração da produção. Por outro lado, o produto interno bruto é igual à soma
dos consumos finais de bens e serviços valorados a preço de
mercado sendo, também, igual à soma das rendas primárias. Pode, portanto, ser
expresso por três óticas: a) Do lado da produção – o produto interno bruto é igual ao valor
da produção menos o consumo intermediário mais os impostos, líquidos
de subsídios, sobre produtos não incluídos no valor da produção; b) Do lado da
demanda - o produto interno bruto é igual à despesa de consumo final mais a
formação bruta de capital fixo mais a variação de estoques mais as exportações
de bens e serviços menos as importações de bens e serviços; c) Do lado da renda
- o produto interno bruto é igual à remuneração dos empregados mais o total dos impostos,

1
O valor adicionado (VA) é a contribuição ao produto interno bruto pelas diversas atividades econômicas,
obtida pela diferença entre o valor bruto da produção e o consumo intermediário absorvido por essas
atividades. É o que mostra a publicação Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios 2010-2014, que, pela
primeira vez, divulga os três principais segmentos econômicos em cada município.
2
O PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de todos os bens de um país, e quanto maior o PIB, mais
demonstra o quanto esse país é desenvolvido. Os países podem ser classificados entre pobres, ricos ou
em desenvolvimento, de acordo com o valor do PIB.

NOTATÉCNICA Nº 12 Dezembro2018 - Estimativas do Produto Interno Bruto – PIB do Município de São


Luís 2016 – IBGE, 2018.
líquidos de subsídios, sobre a produção e a importação mais o
rendimento misto bruto mais o excedente operacional bruto.

2. RESULTADOS

2.1 MARANHÃO

Em 2016, a soma de todas as riquezas produzidas no Maranhão atingiu o valor de R$ 85,286


bilhões, sendo que o valor do PIB foi de R$ 78,475 bilhões em 2015. A variação do volume
do PIB do Maranhão no período de 2015/2016 em comparação com o resultado nacional
foi negativo (-5,6), enquanto a participação percentual do estado na composição nacional
foi de 1,4.
O crescimento nominal no PIB do Maranhão foi de R$ 6,8 bilhões em
2016, na comparação com o ano anterior. O PIB per capita maranhense foi de R$ 12.264,28
no ano de 2016 – em 2015, foi de R$ 11.366,23, representando um acréscimo nominal per
capita de R$ 898,05 no último ano. Comparando o ranking do PIB per capita dos Estados,
verifica-se que o Maranhão, apresentou o menor resultado (27º posição). O PIB per capita
do Nordeste e do Brasil foram de R$ 15.779,1 e R$ 30.411,30, respectivamente.
Quanto à distribuição do PIB nos municípios maranhenses, observa-se que os municípios
que mais contribuem para o resultado do Estado (PIB entre R$ 500.000,01 mil e R$
28.323.357,32 mil) estão distribuídos da seguinte forma: Na parte norte do Estado,
destacam-se os municípios São Luís e São José de Ribamar; no centro do Estado, destacam-
se Bacabal e Santo Antônio dos Lopes; na parte Leste, destacam-se os municípios Timon e
Caxias; na parte Oeste, destacam-se os municípios Santa Inês, Imperatriz e Açailândia; e no
Sul destaca-se o município de Balsas.
Trazendo para um ranking geral, porém, os dez com maior participação no Produto Interno
Bruto do Estado, tendo em vista os seus respectivos VA foram: São Luís (1º), Imperatriz (2º),
Balsas (3º), Açailândia (4º), São José de Ribamar (5º), Caxias (6º), Timon (7º), Santo Antônio
dos Lopes (8º), Santa Inês (9º) e Bacabal (10º).

2.2 SÃO LUÍS

O PIB de São Luís, em 2015, foi de R$ 26,832 bilhões. Em 2016, porém, o município alcançou
R$ 28.323.357 milhões, apresentando um crescimento nominal no PIB de mais de R$ 500
milhões em comparação com o ano anterior. Esse montante rendeu uma participação de
0,5% no PIB do Brasil, situando o município na posição 25 de maior PIB dentre os 5.570
municípios (Tabela 1), primeiro ganho de posição desde 2013, desde quando vinha
mantendo-se no 26º lugar.

NOTATÉCNICA Nº 12 Dezembro2018 - Estimativas do Produto Interno Bruto – PIB do Município de São


Luís 2016 – IBGE, 2018.
Tabela 1. Posição ocupada pelos 30 maiores municípios, em relação ao PIB a preços
correntes e participações percentuais relativa e acumulada - 2016

Posição ocupada Produto Interno Participação percentual (%)


Municípios e respectivas
pelos 30 maiores Bruto a preços
Unidades da Federação
municípios correntes (1.000 R$)

Relativa Acumulada
São Paulo (SP) 1º 687.035.890 10,96 10,96
Rio de Janeiro (RJ) 2º 329.431.360 5,26 16,22
Brasília (DF) 3º 235.497.107 3,76 19,98
Belo Horizonte (MG) 4º 88.277.463 1,41 21,39
Curitiba (PR) 5º 83.788.904 1,34 22,72
Osasco (SP) 6º 74.402.691 1,19 23,91
Porto Alegre (RS) 7º 73.425.264 1,17 25,08
Manaus (AM) 8º 70.296.364 1,12 26,20
Salvador (BA) 9º 61.102.373 0,97 27,18
Fortaleza (CE) 10º 60.141.145 0,96 28,14
Campinas (SP) 11º 58.523.733 0,93 29,07
Guarulhos (SP) 12º 53.974.919 0,86 29,93
Recife (PE) 13º 49.544.088 0,79 30,72
Barueri (SP) 14º 47.088.302 0,75 31,47
Goiânia (GO) 15º 46.659.223 0,74 32,22
São Bernardo do Campo (SP) 16º 42.131.380 0,67 32,89
Duque de Caxias (RJ) 17º 39.857.742 0,64 33,53
Jundiaí (SP) 18º 39.782.736 0,63 34,16
São José dos Campos (SP) 19º 37.315.783 0,60 34,76
Uberlândia (MG) 20º 32.536.256 0,52 35,28
Paulínia (SP) 21º 31.504.043 0,50 35,78
Sorocaba (SP) 22º 30.593.861 0,49 36,27
Ribeirão Preto (SP) 23º 29.986.609 0,48 36,75
Belém (PA) 24º 29.426.953 0,47 37,21
São Luís (MA) 25º 28.323.357 0,45 37,67
Contagem (MG) 26º 26.487.357 0,42 38,09
Santo André (SP) 27º 25.837.046 0,41 38,50
Campo Grande (MS) 28º 25.437.928 0,41 38,91
Joinville (SC) 29º 25.217.354 0,40 39,31
Betim (MG) 30º 25.144.474 0,40 39,71

Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e
Superintendência da Zona Franca de Manaus - SUFRAMA (2018).

2.2.1 PIB PER CAPITA


Apesar de São Luís lograr o 25º melhor PIB dentre os 5.570 municípios brasileiros, a capital
ludovicense não consta na lista dos 100 maiores municípios, em relação ao Produto Interno
Bruto per capita, que em 2016 foi de R$ 26.154 e rendeu a São Luís (com 1.094.667
habitantes) apenas a posição 1.394 dos maiores PIBs per capita do Brasil e a 5º dentre os
217 municípios maranhenses.
Apenas um município maranhense está listado, na posição 71 dentre os 5.570, Santo
Antônio dos Lopes (14.237 habitantes), com PIB per capita de R$ 89.606,91.

NOTATÉCNICA Nº 12 Dezembro2018 - Estimativas do Produto Interno Bruto – PIB do Município de São


Luís 2016 – IBGE, 2018.
Em relação ao ranking dos municípios brasileiros, somente 1,8% dos municípios
maranhenses se concentram no quarto quartil, no qual estão os municípios com maiores
PIB per capita. Considerando o ranking maranhense em 2016, os dez municípios com maior
PIB per capita no Estado, foram: Santo Antônio dos Lopes (1º), Tasso Fragoso (2º),
Davinópolis (3º), Imperatriz (4º), São Luís (5º), Balsas (6º), São Raimundo das Mangabeiras
(7º), Porto Franco (8º), Bacabeira (9º) e Açailândia (10º).

2.2.2 VALOR ADICIONADO E DISTRIBUIÇÃO SETORIAL

A participação da distribuição setorial no Valor Adicionado Bruto do


município de São Luís, por atividades econômicas, no ano de 2016, ficou assim
distribuída: sua distribuição setorial corresponde a 0,8% na agropecuária, 22,25% na
indústria e 74,7% em serviços.

AGROPECUÁRIA
Considerando a participação relativa de São Luís no setor da agropecuária (0,1%), é
evidente que a capital não figura dentre os destaques no Maranhão, nesse setor.
Considerando o ano de 2016, os 10 municípios que tiveram maior participação no Setor da
Agropecuária, tendo em vista os seus respectivos VA, foram: Balsas (1º), Tasso Fragoso (2º)
São Raimundo das Mangabeiras (3º), Açailândia (4º), Santa Luzia (5º), Turiaçu (6º), Alto
Parnaíba (7º), Amarantes do Maranhão (8º), Bom Jardim (9º) e Bom Jesus da Selva (10º).
Com um VA Agropecuário de R$ 235,757 milhões.
Balsas: Tem como principal atividade econômica a Lavoura Temporária,
destacando-se os cultivos de algodão e soja. No cultivo de algodão, houve
redução de 36,73% na produção (47.644 t em 2015 para 30.146 t em
2016) e também apresentou queda de 26,40% no valor da produção que
passou de R$ 94,335 (milhões), em 2015, para R$ 69,432 (milhões), em
2016. No cultivo de soja, registrou-se diminuição na produção de 53,26%
(501.668 t em 2015 para 234.491 t em 2016), e redução de 50,32% no
valor da produção. (IMESC, 2018)

INDÚSTRIA
Considerando o ano de 2016, os 10 municípios que tiveram maior participação no Setor da
Indústria, tendo em vista os seus respectivos VA foram: São Luís (1º), Imperatriz (2º), Santo
Antônio dos Lopes (3º), Açailândia (4º), Estreito (5º), Miranda do Norte (6º), Timon (7º),
São José de Ribamar (8º), Bacabeira (9º) e Caxias (10º).
São Luís: Tem como principais atividades econômicas, no setor da
indústria, a Construção Civil e a Indústria de Transformação (metalurgia

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Luís 2016 – IBGE, 2018.
básica). Com participação em 2016 de 42,0% no VA do setor da indústria,
o município apresentou queda de participação absoluta de 2,5% em
relação ao ano anterior, resultante do mau desempenho da Indústria de
Transformação e Construção Civil em 2016. Ainda sobre a participação no
setor industrial, o município manteve o 1º lugar no ranking de 2016.
(IMESC, 2018)

SERVIÇOS
A. TODOS OS SERVIÇOS EXCLUSIVE VALORES DA APU;
Considerando o ano de 2016, os dez municípios que tiveram maior participação no Setor de
Serviços, tendo em vista os seus respectivos VA foram: São Luís (1º), Imperatriz (2º), Balsas
(3º), São José de Ribamar (4º), Caxias (5º), Timon (6º), Açailândia (7º), Santa Inês (8º),
Bacabal (9º) e Codó (10º).
São Luís: Tem como principais atividades econômicas o Comércio,
Manutenção e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas e APU -
Administração Pública. Considerando o setor de serviços, o município
ocupou 1º lugar no ranking de 2016, sendo que não houve mudança em
relação ao ano anterior. (IMESC, 2018)

Considerando o ano de 2016, os dez municípios que tiveram maior participação na atividade
econômica APU - Administração Pública, Defesa e Seguridade Social, tendo em vista os seus
respectivos VA foram: São Luís (1º), Imperatriz (2º), Caxias (3º), Timon (4º), São José de
Ribamar (5º), Açailândia (6º), Codó (7º), Paço do Lumiar (8º), Balsas (9º) e Bacabal (10º).

Tabela 2. Evolução do Produto Interno Bruto (R$ mil) e Valor Adicionado (R$ mil) do
município de São Luís (2011-2016)

VA
% do PIB VA Industria VA Serviços
São Luís PIB mil R$ Agropecuária
Estadual mil R$ mil R$
mil R$
2011 19.973.699 38,28% 17.245 4.751.569 11.153.670
2012 22.692.529 37,53% 18.231 5.408.400 12.592.765
2013 23.132.344 34,22% 23.595 4.911.046 13.647.447
2014 26.326.087 34,26% 22.741 5.945.312 15.350.051
2015 26.832.481 34,19% 24.313 6.100.943 15.544.938
2016 28.323.357 33,21% 21.969 5.531.002 14.332.677
Fonte: IBGE (2018).

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Luís 2016 – IBGE, 2018.
4. REFERÊNCIAS

IBGE. 2018. PIB dos Municípios – Base de dados 2010-2016. Disponível em:
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/media/com_mediaibge/arquivos/3f70f852b1457c7
724e163cb0a0a4a7e.pdf. Acesso em: Dez/2018.
IMESC. 2018. Produto Interno Bruto dos Municípios do Estado do Maranhão 2016. Vol 11,
nº04. Disponível em: http://imesc.ma.gov.br/portal/Post/view/29/205. Acesso em:
Dez/2018.

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Luís 2016 – IBGE, 2018.

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