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A história dos Refrigerantes Das “Sodas Fountains” às misturas

O consumo nas drogarias e pontos de encontro

Por volta de 1830, tanto as águas minerais naturais quanto as artificiais eram
consideradas produtos saudáveis e refrescantes. Entretanto os farmacêuticos
acreditavam que estas propriedades poderiam ser potencializadas, quando misturadas
com certos ingredientes naturais. Experimentou-se uma multiplicidade de ingredientes
que variavam desde cascas de bétulas até flores dente-de-leão.

Mas antes de curas milagrosas, que ainda não haviam sido detectadas, os farmacêuticos
da época buscavam equilíbrios de sabores e aromas, para chamar a atenção e suprir as
exigências dos paladares da época. Algumas combinações interessantes de sabores e
aromas foram sendo descobertas e comercializadas. Ginger ale, root beer, sarsaparilla,
Noz de cola, limão e morango estavam entre os sabores mais populares da época. Estes
princípios eram comercializados através de xaropes ou compostos aromáticos para serem
misturados nos locais de consumo das sodas fountains.

Consumia-se soda fountain com sabor e não refrescos ainda. Os refrigerantes surgiram
como uma evolução das sodas fountains com sabor e não a partir de refrescos
gaseificados.

O primeiro refresco industrializado e comercializado diretamente ao público que se tem


notícia foi patenteado no século XVII na França e não era carbonatado. Era feito com
água e suco de limão, adoçado com mel. Em 1676 foi concedida à Compagnie de
Limonadiers de Paris a patente e o monopólio para a venda destes refrescos. Os
vendedores carregavam pequenos tanques nas costas com dispensers.

Entre outras marcas, a coca cola, que também é a própria história dos refrigerantes,
comercializava seus xaropes ou princípios aromáticos em barris ou garrafas de vidro,
como outras marcas pioneiras.

As drogarias, lancherias e sorveterias eram os principais centros de encontros nas


cidades americanas até a metade do século XIX. O costume popular era encontrar-se
para curtir o refresco predileto que, no início, era feito misturando-se o sabor preferido
com soda fountain, diretamente no copo.
Abaixo, outra maneira de comercializar os aromas ou xaropes:

As mais antigas garrafas usadas para Coca-Cola continham somente o xarope, e não a
bebida gaseificada que nós conhecemos hoje. John Pemberton, que inventou a Coca-Cola
em 1886, usava garrafas lisas, com rótulos de papel marcados com “Coca-Cola Syrup
and Extract”. Distribuía o xarope para as fábricas de refrigerantes, bares, cafés e
farmácias.

Nestes estabelecimentos, os xaropes de diversos sabores e marcas eram misturados com


soda fountain e servidos aos clientes. Assim, a bebida, com gás, ganhava nova vida e
começava a fazer sucesso. Ainda, no início, o negócio estava na mão de farmacêuticos,
os quais empenharam esforços no sentido de desenvolver várias combinações de aromas
e sabores.

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Autor: Jorge Fantinel

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