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Opositor as teses que indicam uma "crise da sociedade do trabalho", defende que a
sociedade do capital e sua lei de valor necessitam cada vez menos do trabalho estável e
cada vez mais das diversificadas formas de trabalho parcial ou part-time, terceirizados, que
são, em escala crescente, parte constitutiva do processo de produção capitalista.
O capital não pode eliminar o trabalho vivo do processo de criação de valores. Na atual fase
de acumulação flexível de capital, há uma acentuada transformação do trabalho vivo em
trabalho morto, dada a transferência de capacidade intelectual dentro de um processo de
objetivação das atividades cerebrais junto a maquinaria, transferência do saber cognitivo do
trabalhador para a maquina informatizada.
Ao longo do tempo os elementos básicos da produção fordista, eram dados pela produção
em massa de produtos homogêneos pelo controle de tempo e movimento pelo cronômetro
Taylorista, junto a produção em série fordista. característica de trabalho parcelado,
fragmentado em diferentes funções. Com a emergência de novos padrões de busca de
produtividade, por novas formas de adequação da produção á logica do mercado, vem
desenvolvendo sob a produção fordista a flexibilização na produção, pela "especialização
flexível".
A fragmentação do trabalho pode possibilitar ao capital tanto umas maior exploração, quanto
um maior controle da força de trabalho. Além do mais, podemos dizer que a acumulação
flexível não separa a classe operaria do setor de serviço. O que há é uma certa
"desindustrialização" causada pela transferência geográfica das fabricas, reverberando na
flexibilização do mercado de trabalho, redução do numero dos trabalhadores no setor fabril
e crescimento dos serviços via subcontratação, ocorrendo altos níveis de desemprego
estrutural e retrocesso na ação sindical.