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Nota Ao Conselho Estadual PDF
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Tendo em vista que o Brasil é o país que mais utiliza agrotóxicos no mundo e que o
estado de Minas Gerais é o 4° estado que mais consome agrotóxicos no país e 3° no
ranking nacional de intoxicações por agrotóxicos, produtos sabidamente causadores
de graves danos à saúde da população, nós, organizações abaixo subscritas,
convocamos esta municipalidade a tomar conhecimento do que está sendo proposto
sobre o uso de agrotóxicos na agricultura brasileira, assunto que influenciará
fortemente as condições de vida das futuras gerações e a preservação da nossa
biodiversidade, bem como a participar dos debates.
Em outra direção, está a outra proposta contida no PL nº. 6.670/2016, que institui a
Política Nacional de Redução de Agrotóxicos – PNARA, aprovada na Comissão
especial da Câmara dos Deputados no último dia 04/12/2018. A política possui o
objetivo de implementar ações que contribuam para a redução progressiva do uso de
agrotóxicos na produção agrícola, pecuária, extrativista e nas práticas de manejo dos
recursos naturais, com ampliação da oferta de insumos de origens biológicas e
naturais, contribuindo para a promoção da saúde e sustentabilidade ambiental, com a
produção de alimentos saudáveis. Dentre os propósitos do PNARA está o de garantir o
acesso à informação, à participação e o controle social quanto aos riscos e impactos
dos agrotóxicos à saúde e ao meio ambiente, incluindo dados de monitoramento de
resíduos de agrotóxicos e a promoção da produção orgânica e de base agroecológica e
o de aprimorar o controle, o monitoramento e a responsabilização, no que tange à
produção, comercialização e uso dos agrotóxicos.
Entendemos que qualquer ação que leve à alteração dos mecanismos legais de
proteção à saúde e ao meio ambiente quanto ao uso de agrotóxicos precisa ser
amplamente debatida com a sociedade brasileira, numa campanha de esclarecimentos
básicos sobre o tema, o que jamais ocorreu em relação ao texto do Projeto de Lei
6299/02.
Desta forma, esperamos que os responsáveis pelo Controle Social possam estar
profundamente envolvidos nessa Campanha e possam divulgar e debater, no âmbito
de seus territórios, quais serão os impactos dessas mudanças. Devemos, contudo,
esclarecer que não se trata de uma guerra ou luta política, mas de um movimento
consciente cujo foco deve ser sempre a saúde da população, tanto no presente como
no futuro, e a preservação de meio ambiente.