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O todo do ser me consola

Com toda placidez do bacamarte

As piras queimando na aurora

As flores rugindo no ar

A vida fluindo em todo lugar

E a morte interrompendo o morgar

Toda a vida desperta é um eterno brilhante luar

E as cores da primavera ensurdecem os anjos no altar

Vibrando conforme o destino

De nada adianta chorar

TUDO MORRE TUDO FLUI

LUDIBRIAR HAVER CONCENTRAR

Todo ser por ser há de vibrar

Há tudo de ser algo além do que é.

Não há sujeito fora da sujeição.

A catástrofe do consentimento.

Consentir é construir o caos.

O caos generalizado é o consenso gerado.

Tudo muda quando a mudança é mudada.

Se saber sabendo é a grande sabedoria.

Encontrar a si é o maior encontro.

Vida vai. Vida vem. Sem rumo algum.

Vive vive. Morre morre.

Triste recanto.

O que há na beira do mundo?

Há de ser o eterno devir?

Nunca visto o que não se pode ver.


É preciso estar atento e forte.

Daniel Brumano.

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