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LÍNGUA PORTUGUESA - ARTIGO DO DIVULGAÇÃO

8º ANO EF CIENTÍFICA
Faz parte da natureza humana buscar entender como as coisas acontecem e por que
acontecem. A ciência é prova dessa tendência em querer descobrir, criar e
compartilhar o conhecimento. Mas você já parou para pensar como é feita a
divulgação das descobertas da ciência? Que tipo de linguagem é utilizada em um
gênero textual com essa finalidade? Trataremos nessa unidade de temas que
despertam a nossa curiosidade, como aqueles relacionados ao comportamento, tanto
humano, quanto animal.

1- O que leva o cão a fazer o que

o dono pede? A certeza de que vai receber algo em


troca.
A caixa de Skinner
2- Com base no boxe ao lado, B. F. Skinner criou uma câmara de
como isso pode ser explicado condicionamento operante, em que podia
observar o comportamento de animais,
cientificamente?
como os ratos. O cientista descobriu que
quando um animal recebe uma
3- Qual a crítica feita no 5 º recompensa por um ato, como água e
comida, isso se torna, para ele, algo
quadrinho?
positivo o que o leva a repetir o mesmo
comportamento.
4- Como você definiria a palavra

"comportamento"? 

O artigo de divulgação que você vai ler foi


retirado da revista Galileu. No site da revista
você pode encontrar outros textos de diferentes
áreas, confere
lá: https://revistagalileu.globo.com/.

Antes de lermos o texto, pense um pouco sobre


quando você está "afim" daquele garoto ou
garota. Como você se comporta? Você "se faz de
de difícil"?
Vamos ver o que pessoas que se dedicam a
pesquisar sobre isso tem a nos dizer.
LEITURA 1

ESTUDO MOSTRA QUE 'SE FAZER DE DIFÍCIL' NÃO


AJUDA NA HORA DA CONQUISTA
O desinteresse pode se transformar em um sentimento mútuo
Fazer joguinhos durante a paquera não leva a nada: segundo um
estudo realizado por cientistas israelenses, se fazer de difícil só reduz o
interesse da pessoa que você busca conhecer melhor.
Publicada no periódico científico Computers in Human Behavior, a
pesquisa foi conduzida pelo professor de psicologia Gurit Birnbaum, do
instituto IDC Herzliya em Israel, que realizou uma série de experimentos para
entender melhor qual é a relação entre a incerteza e a atração.
Na principal experiência, Birnbaum e sua equipe testaram 51 mulheres
e 50 homens com idades entre 19 e 31 anos. Todos eram solteiros e foram
incentivados a trocar mensagens em um chat com outro participante que
estaria em outra sala. Eles foram avisados ainda de que suas fotos seriam
mostradas a essa outra pessoa e então recebiam uma imagem de uma
pessoa do sexo oposto.
Acontece que o participante do outro lado da tela era, na verdade, um
dos pesquisadores e, as imagens mostradas, as mesmas para todos os
envolvidos no estudo. No fim da conversa, os candidatos tinham a chance de
mandar uma última mensagem — alguns eram avisados de que seu par
estava aguardando o recado, outros de que não estava.
Por último, os candidatos tiveram que dar uma nota para mostrar o
quanto desejavam a outra pessoa após a interação que tiveram e o quanto
queriam conversar novamente. A partir das reações dos participantes, os
cientistas observaram o quanto a incerteza influenciava no desejo.
Segundo os pesquisadores, as pessoas que sabiam que seus
paqueras queriam conversar mais lhe deram notas maiores do que os que
receberam incerteza. O desejo, então, vem da confirmação, e não da dúvida,
mesmo que o senso comum diga o contrário. "Esconder o desejo pode ser
um mecanismo para se proteger do investimento em uma relação no qual o
futuro é incerto", afirmou Birnbaum em anúncio. Mas já diria o ditado: "quem
não arrisca não petisca".
https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2018/06/estu
do-mostra-que-se-fazer-de-dificil-nao-ajuda-na-hora-da-
conquista.html

Explorando o texto
1-O que o pesquisador queria entender melhor?

2-Por que as imagens mostradas eram as mesmas para todos?

3-Por que alguns ganharam notas maiores e outros não?

4- O pesquisador chega a qual conclusão?

5-Quais seriam os possíveis dizeres do “senso comum” sobre o

assunto?
6- Com qual posição você concorda em relação à

temática da pesquisa?

7-Que tipo de comportamento é destacado na fala de

Birnbaum no último parágrafo? Qual a finalidade dessa

fala?

8- Qual o significado da expressão “quem não arrisca

não petisca”?

Texto e contexto
1- Qual a finalidade dos textos de divulgação científica?

2- O que podemos esperar do texto com base no título?

3-O que leitores procuram em revistas como a que publicou o artigo lido?

4-Quais são as vozes presentes no texto? Como é marcado textualmente

cada uma delas?

5- O texto inicia com a expressão "Fazer joguinhos". Por meio dessa e de

outras passagens, podemos dizer que o texto faz uso de que tipo de

linguagem e com qual objetivo?

6- A conjunção "mas" na penúltima linha do texto introduz que tipo de

informação?

Os artigos de divulgação científica não apresentam uma estrutura rígida, isso


porque devem se adequar ao espaço do veículo de comunicação. Em o geral,
apresentam a questão da pesquisa na parte introdutória, as descobertas vindas
da pesquisa no decorrer do texto, confirmada por especialistas e, por fim,
algumas informações adicionais sobre o tema.
LEITURA 2

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http://website.com

EXPLORANDO O TEXTO
1-Sobre que assunto o texto trata?

2- Qual comparação é feita no texto e com qual objetivo?

3- No segundo parágrafo o autor usa a palavra "topar" e a pergunta "Não

é mesmo?". Essa linguagem está adequada em relação a esse gênero

textual?
4- Em que parágrafo aparecem as explicações sobre o porquê de suarmos frio

quando sentimos medo? A linguagem é de difícil compreensão? Por que?

5- No quarto parágrafo são apresentados os motivos e as origens desse

comportamento do corpo. Quais são eles?

6- Para você, o que faz suar frio de medo?

TEXTO E CONTEXTO

1- O autor do texto é o próprio pesquisador?

2- Onde esse texto foi publicado?

3- Quem são os possíveis leitores desse tipo de texto?

4- Nos textos de divulgação científica é comum fazer referência

direta ao leitor. No texto lido, quais palavras fazem isso?

5-Que efeito se cria por meio dessa referência ao leitor?

3- Qual o objetivo comunicativo desse texto?

Os artigos de divulgação esclarecem um tema científico a pessoas leigas e, por


isso, usam recursos de textos jornalísticos, como linguagem acessível e a opinião
de especialistas. Muitas vezes são acompanhados de imagens, que acrescentam
informações e permitem ilustrar o que foi dito, garantindo o entendimento do leitor.

1
ASPECTOS LINGUÍSTICOS
E TEXTUAIS

Pronomes e a Coesão do Texto

Leia o seguinte trecho do texto "'"

"um urso faminto sai da caverna correndo na sua direção. Seu coração quase
salta pela boca e os pelinhos do seu braço ficam todos em pé. Suas pernas
parecem que ganham um motorzinho e você corre como um atleta. Ao mesmo
tempo, uma onda gelada percorre o seu corpo e você sua frio."

1. Neste parágrafo inicial o leitor é interpelado a imaginar uma


situação. Quais palavras se repetem para referir-se a ele?

2. Qual o sentido pode ser construído a partir dessas


retomadas?

3. Experimente retirá-las do texto, ou substituí-las por artigos


definidos. Nestes casos ocorre mudança de sentido?

4. Caso, no lugar da palavra "você", fosse usada a palavra "tu",


o que deveria ser adequado no texto, segundo as normas do
falar de cada região?

5. Retome o textos nas seguintes passagens:

"e é essa a razão pela qual a gente sente..."


"Essa mudança brusca no funcionamento do corpo..."

a) Quais termos são retomados pelas palavras destacadas?


b) Pensando na coesão do texto, qual função, além de se
referir a algo, essas palavras desempenham no texto?
c) Você conhece outras palavras semelhantes, que apresentem
essa função?

pronomes:
LEITURA 3

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http://website.com

Explorando o texto

1-Segundo a pesquisa, quando o lobo bocejava mais?

2-Isso é marcado por qual componente segundo a pesquisa?

3-O bocejo contagiante já foi identificado em outros animais? Se sim, quais?

4-Entre espécies, o bocejo também é contagiante?

5-Qual outro comportamento, além do bocejo, também é contagiante?

6-Você já passou por alguma situação complicada quanto a isso?

A linguagem de artigos de divulgação científica deve ser objetiva e clara, deixando


o texto acessível à população. Para cumprir o seu propósito comunicativo, a
linguagem deve transitar em um nível mais informal de linguagem. Para isso,
esse gênero de texto faz uso de analogias e comparações com elementos do
cotidiano do leitor.
PONTUAÇÃO

De olho na escrita-

Leia os trechos destacados do texto 3 e reflita.

“Desconfiados de que, assim como em humanos, o bocejo também era


contagiante nesses animais.”

“Acreditamos, também, que o bocejo nos lobos é marcado por componentes


afetivos."

“Teresa adiciona que o bocejo contagiante é uma forma de comunicação.”

1- Sabendo que o número de orações é correspondente ao


número de verbos, separe as orações que há em cada período.

2- Qual a função das orações iniciadas pela conjunção que?

3- Qual a função das palavras que estão entre vírgulas nos


dois primeiros exemplos?

4- É possível que essas palavras ocupem outro lugar na frase?

5- Com base na resposta da questão 2, por que não devemos


colocar vírgula entre o verbo e a oração iniciada pela
conjunção "que" no exemplo 3?

6- A que conclusão se chega, quanto ao uso da vírgula, nesses


tipos de orações?

OBSERVAÇÕES
Conforme alguns teóricos da língua, a estrutura formal do

português é composto por Sujeito-Verbo-Objeto-Adjuntos. Alguns

desses sintagmas são permutáveis (mudam de lugar), outros não.

Quando ocorre essa mudança de lugar, na maioria dos casos, usa-

se a vírlula.

Por exemplo:

“Teresa adiciona que o bocejo contagiante é uma forma de comunicação.”


Teresa adiciona que o bocejo contagiante é uma forma de comunicação para os lobos.
Teresa adiciona que, para os lobos, o bocejo contagiante é uma forma de comunicação.
Teresa adiciona que o bocejo contagiante é, para os lobos, uma forma de comunicação.
ASPÉCTOS LINGUÍSTICOS
- VOZESEM
CIÊNCIA VERBAIS
QUADRINHOS

Analise as frases abaixo retiradas do texto três

1-“Lobos também sentem vontade de abrir a boca ao ver um companheiro dar


aquele bocejo...”
2- “Um lobo bocejava com muito mais frequêcia quando via outro bocejar”
3- “os lobos são mais contagiados pelos bocejos de seus parentes.”
4- “o bocejo nos lobos é marcado por componentes afetivos do
comportamento...”

1- Nas duas primeiras frases, observamos uma relação entre os verbos [sentem –
ver] e [bocejava - via]. Como você explica essa relação? É possível a construção
[sentem – via]?
2- Quem ou o que pode ser destacado como aquele/aquilo que faz ação nos
verbos “sentem” e “bocejava”?
3- Quem ou o que pode ser destacado como aquele/aquilo que sofre uma ação
das formas verbais “são contagiados” e “é marcado”
4- Nas frases 3 e 4, as formas verbais [são contagiados] e [é marcado] poderia ser
[contagiam] e [marcam]. Faça as adequações necessárias para reordenar as
frases.
5- Pensando no sentido que essa mudança acarreta, explique o que é dado
ênfase em cada frase.

Observe mais dois trechos retirados do texto

“o bocejo contagioso entre diferentes espécies só foi comprovado em chimpanzés


e cães domésticos,...”
“o bocejo contagiante já foi identificado em chimpanzés, cães e nos babuínos...”

1- Nas frases acima não sabemos quem comprovou e quem identificou os


comportamentos. Ainda que não esteja escrito, podemos inferir que alguém
tenha feito as descobertas. Quem poderia ser?
2- Transforme as frases, como na questão quatro. Qual mudança de sentido
pode ser construída a partir dessa reordenação?

Entender as vozes verbais é mais que entender sua forma, é saber que
podemos nos valer de uma estratégia lingüística. A voz ativa, por exemplo,
normalmente é empregada para colocar uma informação em posição de
destaque no enunciado e apresentá-la como tema/tópico (informação que é
ponto de partida da mensagem, sobre a qual recai a atenção do interlocutor).
Assim, na voz ativa ou passiva, o falante escolhe quem ele quer pôr em
destaque, em evidência - se o agente ou se o paciente. Se a intenção é
enfatizar o agente, configura-se o enunciado na voz ativa; se é enfatizar o
paciente, emprega-se a passiva e tem-se a possibilidade de, inclusive, não
revelar quem é o agente (ou porque não se sabe quem é, ou porque não se quer
revelar ou não interessa revelar).
CIÊNCIA EM
QUADRINHOS
CIÊNCIA EM QUADRINHOS

Leia as duas HQ's para responder


as perguntas baixo

Tirando conclusões
Verifique cada informação abaixo com o que es

científica e diga quais são verdadeiras (V) e qua

necessárias nas informações falsas, de forma qu

a) (    )Ao fazer uso da linguagem informal, o aut

Esse recurso  faz com que conceitos científicos p

b) (    )Esse gênero textual dispensa as construçõ

que o público-alvo é composto por cientistas.

c) (    )Os textos de divulgação podem ser dividid

1- O assunto tratado nos dois textos fazem parte de que área da ciência?
informações e podem também apresentar ilustra

do texto ou acrescentar informações.

2- Qual o propósito comunicativo das HQ's? d) (    )Não faz parte dos artigos de divulgação o

um diálogo, pois isso deixa o texto sem credibilid


3- Nos textos lidos, esse propósito é mantido? O que é acrescentado?
4- Qual o público leitor desse gênero textual?
5- No texto 1 não é explicado como ocorre a fotossíntese. Explique em poucas
palavras esse processo.
6- Por que muitas pessoas acham os morcegos assustadores?
7- Nos dois textos, quais as palavras se dirigem ao leitor? Qual o efeito de sentido
nessa relação?
8-Comparado a outros textos que lemos, a divulgação científica na forma de HQ's
oferece que tipos de possibilidades?
ORALIDADE

Podcast

A imagem acima é a entrada para um podcast do site Minas faz ciência -


um projeto de divulgação científica apoiado pela FAPEMIG. Você pode
conferir outros no site https://soundcloud.com/user-941118586.
Podcast é um arquivo de áudio, geralmente em formato MP3, que
pode ser baixado e transferido por aparelhos celulares.

1- Descreva a imagem que aparece no podcast.


2- Que relação a imagem tem com a divulgação científica?

O que você vai fazer?


Você e seus colegas vão produzir um podcast sobre algum tema que envolva
uma descoberta da ciência. Vocês farão grupos de quatro integrantes. Os
arquivos de áudio devem ter entre três e 6 minutos.

Preparação
Procurem por temas para o podcast, pensando no que pode intrigar as
pessoas e que precise ser explicado cientificamente. Por exemplo: por que as
pessoas se sentem mais à vontade para expressar sua opinião quando estáo
na frente de um computador?

Pense na possibilidade de entrevistar um especialista na área envolvida. Para


isso, formule as perguntas com uma certa sequência e em um nível formal da
língua.

Gravação e edição
Busque um lugar mais silencioso para a gravação. No caso da entrevista, é
melhor que somente um aluno faça as perguntas, que podem ser discutidas
antes com o entrevistado. Caso não conheça algum termo falado, deixe para
o final da entrevista e peça mais esclarecimentos ao entrevistado.

Para a edição, considere que você pode introduzir o podcast com uma trilha
sonora; após isso, uma pessoa do grupo apresenta o que irá se tratar,
seguido de outro para fazer a introdução do tema. A seguir segue o momento
da entrevista . Faça os cortes nos momentos de silêncio. ao final do podcast,
inclua um desfecho sobre o tema e uma despedida.

Adicionar subtítulo
Os podcast serão apresentados em classe e em seguida podem ser
veiculados em sites disponíveis
PRODUÇÃO DE TEXTO

Os textos de divulgação científica proporcionam acesso à informação


atualizada de diversas áreas do conhecimento. Como você observou, por
ser direcionado para pessoas leigas, esse gênero textual utiliza uma
linguagem simples, de forma a transpor o conhecimento produzido pelas
ciências em conhecimento que pode ser apropriado por pessoas não
especialistas.

A organização do artigo de divulgação científica posse ser traçada em


linhas gerais da seguinte forma:
Tendo como base o texto "Bocejo contagiante" temos a
seguinte estrutura:
1º parágrafo- A constatação de um comportamento recorrente.

2º parágrafo- forma de pesquisa para observar como esse


comportamento acontece.

3º parágrafo - Constatações da pesquisa

4º - 6º parágrafos - Traz a fala de especialista sobre a


pesquisa.

7º parágrafo - Informações sobre outras ocorrências


semelhantes.

No texto que lemos sobre o becejo contagiante, o final já apontava para outro
comportamento que é capaz de contagiar as pessoas: o riso. Todo mundo já
passou por aquela situação em que alguém começa a rir e você é contagiado
e não consegue parar. Você sabe o que pode estar por trás desse
comportamento? Existe uma explicação científica para isso? Descubra e
conta pra gente.

Planejamento do texto
Pesquise sobre o tema em sites e revistas.
a) Se possível, recolha comentários de especialista sobre o assunto e reproduza-
os em seu artigo.
b) Na introdução apresente o assunto que vai expor;
c)desenvolva as informações em parágrafos;
d)Faça comparações e analogias para que seu texto fique bem explicado;
e)elabora um parágrafo de conclusão;
f) Não copie: busque as informações para criar seu próprio texto

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