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Depois de conhecer um pouco sobre o Budismo (pelo menos conceitualmente), você pode

sentir vontade de explorar a doutrina de forma mais detalhada – e talvez até mesmo
realizar uma ou duas práticas budistas, por si próprio. Mas para onde ir e o que fazer, para
começar?

“Preciso raspar a cabeça e correr para algum monastério na floresta?”,

você pode se perguntar. “Ou posso ter um gostinho do Budismo aqui em casa?”

O Budismo aparece em muitas formas, tamanhos e sabores, e temos certeza de que há um


centro budista em algum lugar, perto de você. (Por isso, a resposta é não; você ainda não
precisa ir a um monastério.) Mas antes de você apanhar sua lista telefônica local ou conferir
a lista abreviada de organizações budistas no Anexo B, pode ser bom ler o resto deste
capítulo. Por quê? Porque nós achamos que você vai gostar. Mas também porque este
capítulo oferece diretrizes para abordar o Budismo gradualmente e de maneira reflexiva –
desde o seu contato inicial, até as etapas progressivas de envolvimento; chegando ao
momento (em geral, opcional) de se tornar, formalmente, um budista.

Prosseguindo no seu próprio ritmo


Quando você começar a explorar pela primeira vez o Budismo, lembrese de que Buda não
era, tecnicamente, um budista. Na verdade, ele não se considerava um membro de
qualquer religião; simplesmente era um homem que viajava pelos lugares compartilhando
algumas verdades importantes sobre a vida. Por isso, você também não precisa ser um
budista. Budistas e também não budistas podem desfrutar e colocar em prática os muitos
valiosos ensinamentos que Buda e seus discípulos ofereceram ao longo dos séculos.

Até mesmo o mais conhecido budista do mundo hoje em dia, o Dalai Lama, aconselha que
você não mude a sua religião para obter benefícios em relação aos ensinamentos do
Budismo. (Para obter mais informações sobre esse indivíduo inspirador – e sobre outros –
consulte o Capítulo 15.)

Na verdade, o Dalai Lama geralmente desencoraja seguidores de outros tipos de fé de se


tornarem budistas – pelo menos até que tenham explorado completamente a tradição
segundo a qual nasceram. Quando pedido para identificar sua própria religião, o Dalai
Lama, frequentemente, responde de maneira bastante simples, “Minha religião é a
bondade.”
Amensagem do Budismo é clara:

Prossiga no seu próprio ritmo.

Considere o que funciona para você e deixe o resto.

Mais importante, questione o que você ouve, experimente a verdade

por si próprio e torne-a sua.

“Ehi passiko”

Buda gostava de declarar. “Venha aqui e veja.” Em outras palavras, se você sente uma
afinidade com aquilo que o Budismo prega, fique um tempo e explore. Caso contrário,
sinta-se livre para sair, quando quiser.

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