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REMUNERAÇÃO DE
INSTALAÇÕES AUTORIZADAS
NA REDE BÁSICA E DEMAIS
INSTALAÇÕES DE
TRANSMISSÃO
Processo nº 48500.001488/2006-65
I. DO OBJETIVO
5. Faz-se necessário, portanto, estabelecer os critérios para definir corretamente a receita anual
para as novas instalações, bem como os critérios de reconhecimento de investimentos de modo a incentivar a
eficiência econômica na execução de empreendimentos autorizados.
(Fls. 2 da Nota Técnica no 065/2006-SRT/ANEEL, de 18/04/2006).
III. DA ANÁLISE
6. Para a definição dos investimentos, a ANEEL deverá preparar um orçamento com base em
seus custos de referência.
– Terrenos e Servidões
– Aquisição de Estruturas
– Aquisição de cabos e ferragens para fins estruturais
– Estaiamento
– Fundações
– Cabo Condutor
– Cabo Pára-raios (convencional ou óptico)
– Isoladores
– Ferragens e Acessórios
– Inspeção
– Transporte e Seguro
– Almoxarifado
– Construção
– Custo Indireto
– Eventuais
III.1.1.2 – Subestações
10. Basicamente, as UM´s são: Unidade Modular de Infra-estrutura, Unidade Modular de Manobra
e Módulo de Equipamento.
(Fls. 3 da Nota Técnica no 065/2006-SRT/ANEEL, de 18/04/2006).
11. Esta UM é dividida em duas outras: módulo de Infra-Estrutura Geral - MIG e Infra-Estrutura de
Manobra - MIM.
12. No MIG, os itens que sejam comuns a todos os setores da Subestação são considerados
apenas no setor que possua o nível de tensão maior. Esta UM é composta por: terreno, cercas e muros
externos, terraplenagem, drenagem, grama, embritamento, arruamento, iluminação do pátio, proteção contra
incêndio, sistema de abastecimento de água, malha de terra e cabos pára-raios, canaletas principais,
transformador de potencial, bases suportes e estruturas dos TP´s de barra, edificações, serviço auxiliar, área
industrial, sistema de telecomunicações, sistema de proteção, controle e supervisão, canteiro de obras, caixa
separadora de óleo, engenharia, administração local, eventuais e administração central.
13. O MIM é composto pelos itens de infra-estrutura básica para as UM´s de manobra. Cabe
ressaltar que o MIM não deve ser considerado em caso de complementação da unidade modular de
manobra. Os itens que compõem o MIM são: cercas e alambrados, terraplenagem, drenagem, embritamento,
arruamento, iluminação do pátio, malha de terra e cabos pára-raios, canaletas, edificações, canteiro de obras,
engenharia, administração local, eventuais e administração central.
15. Esta UM é composta pelos equipamentos principais de subestações, bem como materiais e
serviços associados à sua instalação. Os equipamentos são: auto/transformador monofásico,
auto/transformador trifásico, reatores monofásico e trifásico, capacitor série, capacitor paralelo, compensador
estático e capacitor síncrono.
III.1.1.3 – Exceções
16. É importante ressaltar que, na análise dos investimentos necessários, podem ocorrer
algumas particularidades em determinados equipamentos não previstas nos custos de referência, bem como
equipamentos e situações não contempladas nestes custos. Estas particularidades, quando existirem,
deverão ser justificadas pela concessionária de transmissão em orçamento específico e a este deverão ser
anexados os orçamentos orientativos realizados pela concessionária junto a fabricantes / fornecedores ou os
comprovantes da aquisição por intermédio de nota fiscal.
(Fls. 4 da Nota Técnica no 065/2006-SRT/ANEEL, de 18/04/2006).
17. De posse deste orçamento específico e após análise por parte da ANEEL quanto à
consistência das justificativas, o valor a ser autorizado será o informado pela concessionária.
18. Para o cálculo da taxa de retorno a ANEEL utiliza a metodologia do Custo Médio Ponderado
de Capital (Weighted Average Cost of Capital - WACC), incluindo o efeito dos impostos sobre a renda. Esse
enfoque busca proporcionar aos investidores um retorno igual ao que seria obtido sobre outros investimentos
com características de risco comparáveis. Em suma, se trata de considerar na tarifa uma remuneração que
corresponda exclusivamente ao custo de oportunidade do capital do investidor.
19. Assim, o método WACC procura refletir o custo médio das diferentes alternativas de
financiamento (capital próprio e de terceiros) disponíveis para o empreendimento. O modelo tradicional do
WACC é expresso pela seguinte fórmula:
P D
rWACC = ⋅ rP + ⋅ rD ⋅ (1 − T ) (1)
P+D P+D
onde:
rwacc: custo médio ponderado de capital (taxa de retorno)
rP: custo do capital próprio
rD: custo da dívida
P: capital próprio
D: capital de terceiros ou dívida
T: alíquota tributária marginal efetiva
20. Os resultados do cálculo do custo de capital próprio e de terceiros, bem como o custo médio
ponderado (WACC), são detalhados na Nota Técnica nº 062/2006-SRT/ANEEL, de 12 de Abril de 2006.
21. Para o cálculo do custo médio ponderado, também é necessária a definição da estrutura de
capital a ser adotada para as empresas. Os detalhes metodológicos deste estudo são apresentados na Nota
2
22. Sobre este componente, a ANEEL propõe a adoção de um intervalo (banda) regulatório para
a estrutura de capital (D/V – capital de terceiros/total). Assim, recomenda-se para os empreendimentos de
transmissão a adoção de um intervalo de estrutura de capital entre 55%-65%, adotando-se:
23. Os resultados finais do cálculo da taxa de retorno adequada para os serviços de transmissão
de energia elétrica no Brasil, através do Custo Médio Ponderado de Capital (WACC), são apresentados na
tabela abaixo.
25. A definição da vida útil média das instalações para o cálculo da remuneração, é estabelecida
pela Resolução ANEEL nº 44, de 17/03/1999, que determina as taxas de depreciação anuais para cada tipo
de unidade de cadastro. Essas taxas de depreciação foram, assim, individualizadas por equipamento, por
sistemas de suporte, por sistema funcional, etc. O Anexo 1 desta Nota Técnica apresenta a tabela de taxas
anuais de depreciação dos principais equipamentos de transmissão de energia elétrica, incluídos na
Resolução ANEEL nº 044/1999.
26. Para efeito do cálculo da Receita Anual Permitida em autorizações e cálculo da remuneração
de novas instalações (RBNI), a ANEEL utiliza uma taxa anual média de depreciação ponderada (TMDC) 3
pelo custo relativo e valores individuais das taxas de depreciação dos componentes do empreendimento
(unidades de cadastro), sendo necessário para tanto, a especificação dos custos de cada unidade de
cadastro e que é determinada através da fórmula abaixo:
∑ TD xC
i =1
i i
TMDC = n
(2)
∑C
i =1
i
onde:
TMDC: taxa anual média de depreciação da instalação de transmissão de energia elétrica, ponderada
por capital;
TDi: taxa anual de depreciação do componente “i” da instalação;
Ci: custo do componente “i” da instalação.
27. O cálculo da taxa média de depreciação foi realizado considerando os custos diretos e
assumindo que os demais custos indiretos (engenharia, administração, eventuais) estariam agregados aos
custos diretos proporcionalmente à parcela dos custos individuais.
28. Por fim, sabendo-se que a instalação desses equipamentos está acompanhada das
respectivas conexões ou módulos de manobra, bem como do módulo geral da subestação quando se tratar
de uma nova subestação, pode-se obter as taxas médias para as principais unidades modulares, conforme
apresentado no Anexo 1 desta Nota Técnica.
29. Para o estabelecimento dos custos de operação e manutenção para novas instalações
autorizadas, deve-se analisar separadamente as características das empresas que possuem revisão apenas
sobre a RBNI e das empresas que têm revisão sobre toda base de ativos (RBSE e RBNI).
30. Isso se faz necessário pois no primeiro caso, em que a empresa tem revisada apenas a
parcela da RBNI, deve-se analisar o custo operacional total da empresa atual em relação ao custo eficiente,
pois caso os custos reais sejam maiores que os custos eficientes, reconhecer um adicional de O&M em
instalações autorizadas implica em estabelecer uma receita acima da justa remuneração, sendo que o
consumidor, neste caso, pagaria duas vezes pelo mesmo serviço.
31. Já no caso da empresa ter toda a sua base de ativos revisada, essa situação não ocorre pois
no momento da revisão se estabelecem os custos operacionais eficientes para todas as instalações. No
entanto, entre o início de operação do novo empreendimento e o momento da próxima revisão, a empresa
deve fazer jus à uma parcela adicional de O&M, visto que esta instalação não fora contemplada na revisão
anterior.
32. Neste sentido, são analisadas as duas situações a seguir e estabelecido os critérios para
reconhecimento de custos de O&M para as instalações a serem autorizadas.
33. Para estabelecer os custos de operação e manutenção associados às novas instalações para
empresas com revisão apenas sobre a parcela da RBNI, torna-se conveniente analisar a composição da
receita e dos custos totais da empresa.
(Fls. 7 da Nota Técnica no 065/2006-SRT/ANEEL, de 18/04/2006).
34. Assim, sabe-se que a receita total da empresa deve cobrir seus custos totais e mais o lucro
normal do negócio regulado, ou seja:
RT = CT + LT (3)
onde:
RT: Receita total
CT: Custo total
LT: Lucro total
35. O lucro total é dado pela remuneração do capital deduzidos os impostos e encargos, ou seja:
LT = D + s.K − T (4)
onde:
D: Depreciação
s: Taxa de retorno
K: Capital
T: Impostos
36. O adicional de receita em função de uma nova instalação será dado pela receita marginal,
onde teremos:
38. Sabe-se que em um monopólio natural a empresa apresenta economias de escala tendo seus
custos médio e marginal decrescentes. Essa característica pode ser vista na figura a seguir.
(Fls. 8 da Nota Técnica no 065/2006-SRT/ANEEL, de 18/04/2006).
Pm
A fixação do preço em Pr gera o maior nível
possível de produção e o excedente de lucro
é nulo
Pr CMe
Pc CMg
RMe
RMg
Qm Qr Qc Quantidade
39. Caso a receita total, no equilíbrio, seja superior ao custo total de produção, no qual deve estar
incorporado uma taxa normal de lucro (CT + LT), a empresa estaria auferindo lucros extraordinários. Essa
situação pode ocorrer caso haja aumento na quantidade produzida, reduzindo o custo médio e não seja
devidamente regulamentado o preço.
40. Especificamente no caso da transmissão, considerando o fato da empresa ter uma receita
fixa que cobre os seus custos atuais (fixos e variáveis), e que estes podem ser diferentes dos custos
operacionais eficientes, deve-se impor uma condição para o reconhecimento de custos marginais de forma
que o incremento de lucro da firma em virtude de novas instalações seja função apenas do capital investido.
Para isso, deve-se ter satisfeita a condição:
onde:
CTREAL: Custo total real da empresa
CTEFICIENTE: Custo total eficiente da empresa
41. Dessa forma, as empresas nestas condições só deverão ter custos de O&M reconhecidos em
novas instalações caso seja satisfeita a condição acima. Caso contrário, tais custos já estarão cobertas pela
receita fixa da RBSE a que têm direito sendo, portanto, o custo adicional de O&M associado à nova
instalação a ser reconhecido igual a zero.
43. Inicialmente se faz necessária uma reflexão acerca da finalidade do investimento autorizado,
ou seja, analisar se trata da instalação de novo equipamento, de substituição que acarrete adicional de O&M
em relação ao equipamento substituído ou, ainda, de substituição que mantenha as mesmas condições
originais no que se refere a parcela de O&M.
44. Para os investimentos relativos à instalação de novos equipamentos como, por exemplo, um
segundo banco de transformadores ou equipamentos de compensação, deve ser considerado um percentual
de O&M em relação ao investimento de 1,0%. Isto se deve ao fato de ser um novo equipamento que será
agregado à subestação e que não estava previsto no O&M original da subestação.
47. Por fim, os investimentos relativos a substituições em linhas de transmissão, tais como:
recapacitação, repotencialização e recondutoramento, também não deverão ter percentual de O&M a ser
considerado. Neste caso, a justificativa é o fato da linha já existir previamente e estar sendo realizado um
reforço que não impacta no O&M já alocado como, por exemplo, recapacitação por intermédio de
retensionamento dos cabos condutores ou o recondutoramento propriamente dito que constitui a troca do
cabo condutor.
48. Com objetivo de se ter de forma clara e objetiva os percentuais de O&M a serem aplicados
sobre os investimentos, a Tabela abaixo apresenta uma correlação entre o Art 4° da Resolução Normativa
ANEEL n° 158/2005 com o respectivo percentual de O&M.
(Fls. 10 da Nota Técnica no 065/2006-SRT/ANEEL, de 18/04/2006).
49. No caso de novas instalações autorizadas por meio de Resolução específica, deverão ser
adotados os mesmos critérios propostos na remuneração das novas instalações para fins de revisão tarifária.
Por se tratarem de equipamentos bem identificados e com data de entrada em operação e vida útil regulatória
conhecidas, torna-se conveniente estabelecer a remuneração através de uma anuidade que será atribuída ao
ativo, ou unidade modular, estabelecendo um perfil de remuneração plano.
50. Essa receita deverá ser calculada considerando um fluxo de caixa durante toda a vida útil da
instalação. Para atender ao princípio da continuidade do serviço público, quando o ativo tiver sido totalmente
depreciado, o concessionário deverá substituí-lo para ter o direito de permanecer com a mesma receita,
evitando, assim, saltos tarifários entre gerações de usuários.
51. A remuneração das novas instalações será calculada através de uma anuidade a ser
atribuída ao ativo, ou unidade modular, durante toda sua vida útil, devendo cessar ao término desta quando o
ativo tiver sido totalmente depreciado.
BRRl i r * BRRl i
D(1) = CAAEi (1) − R(1) = − BRRl i * r = (10)
(1 + r ) − 1
ni
(1 + r )n i
−1
r * (1 + r )
n
BRRl i * r * (1 + r )
t −1
D(t ) = (12)
(1 + r )t −1
t −1
R(t ) = r * BRRl i − ∑ D(t ) (13)
t =1
r
CAAE i = BRRb i * (14)
1 − (1 + r )
− ni
onde:
CAAEi: Custo Anual do Ativo Elétrico i
R(t): Rentabilidade
D(t): Depreciação ou Quota de Reintegração Regulatória
r : taxa de retorno real antes dos impostos sobre a renda
BRRb i: Base de remuneração regulatória bruta do ativo i
n i: vida útil do ativo i
(Fls. 12 da Nota Técnica no 065/2006-SRT/ANEEL, de 18/04/2006).
57. A fórmula anterior resulta, portanto, na parcela de remuneração do capital incluindo a quota
de reintegração regulatória (depreciação), sendo constante ao longo de toda vida útil do ativo, mantido os
parâmetros iniciais.
58. Generalizando a formulação anterior, obtém-se o Custo Anual dos Ativos Elétricos das Novas
Instalações (RBNI):
N UM
r
CAAE NI = ∑ CR k ⋅ −Vk
1 − (1 + r )
(15)
k =1
onde:
CAAENI: Custo Anual dos Ativos Elétricos das Novas Instalações (RBNI)
CRk: Custo de reposição da unidade modular k
NUM: Número de unidades modulares
r : taxa de retorno real antes dos impostos sobre a renda
BRRl i: Base de remuneração regulatória líquida do ativo i
Vk: vida útil da unidade modular k
59. A receita total (RAP) associada ao investimento é dada pela composição da receita anual
líquida (RL) do ativo, acrescido dos encargos, ou seja:
onde:
ENC: Parcela de encargos (PIS/COFINS, RGR, TFSEE, P&D)
60. A receita anual líquida (RL) é formada pela remuneração do capital, através do Custo Anual
dos Ativos Elétricos (CAAE), somada aos Custos de Administração, Operação e Manutenção (AOM),
associados ao investimento.
61. Por fim, é necessário explicitar como deve ser recalculada a receita anual de cada ativo, ou
unidade modular, por ocasião das revisões tarifárias. Dado um ativo já em parte depreciado, torna-se
necessário deduzir a formulação da remuneração anual do capital em termos de sua base líquida regulatória
que, neste caso, não é a contábil pois no cálculo da anuidade a depreciação não segue o critério da linha
reta. Assim, pode-se representar um fluxo de caixa simplificado associado a esse ativo como na figura a
seguir:
(Fls. 13 da Nota Técnica no 065/2006-SRT/ANEEL, de 18/04/2006).
RAi0 RAi1
ti .... ....
tR VUi
Bbi
onde:
RAi0: Receita anual associada ao ativo i, antes da revisão
RAi1: Receita anual associada ao ativo i, após a revisão
VUi: Vida útil total do ativo i
ti: Data inicial ou de imobilização
tR: Data da revisão
Bbi: Base bruta do ativo i
62. Dessa forma, a condição para estabelecer o novo valor da receita associada ao ativo i (RAi1)
na data da revisão (tR ) é o total de capital ainda não amortizado, ou a base de remuneração regulatória líquida
– BRRl(tR ), que será dada pelo valor presente das receitas futuras (RA i0) até o final da vida útil do ativo, e
calcular a nova receita anual para a vida útil residual – VUR, ou seja:
( )
VPL RAi0 (t ); r; VURi = BRRl i (t R ) (18)
onde:
r : Taxa de retorno;
VURi: Vida útil residual do ativo i;
BRRl i(tR): líquida do ativo i na data da revisão.
VU i RA 0 (t ) r
RAi1 = ∑ i t ⋅ (19)
t = tR (1 + r ) 1 − (1 + r )
− VURi
64. Ressalta-se que este procedimento para se determinar a base de remuneração regulatória
líquida do ativo (BRRli) que compõe a RBNI em um determinado ano i, conforme exposto acima, também
poderá ser empregado no caso de reversão da concessão.
“Plano de Expansão da Transmissão – PET”, e pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, por meio
dos “Plano de Ampliações e Reforços na Rede Básica – PAR” e “Proposta Anual de Ampliações e Reforços
nas instalações de Transmissão não integrantes da Rede Básica”, além dos “Pareceres de Acesso” estando,
portanto, fora da gestão da transmissora. Por outro lado, há certos investimentos que visam à adequação de
instalações aos requisitos mínimos estabelecidos nos Procedimentos de Rede, que se situam nos limites de
gestão da empresa de forma a atender o pressuposto de prestação de serviço adequado ao pleno
atendimento dos usuários, conforme estabelecido em Lei e nos contratos de concessão.
66. Assim, o reconhecimento dos investimentos deve ser feito por um mecanismo que estimule a
Eficiência Alocativa (econômica) nos investimento, que pode ser definida pela habilidade de combinar
recursos e resultados em proporções ótimas, dados os preços vigentes. Isso significa a escolha ótima do
conjunto certo de produtos e também significa usar o conjunto certo de bens e serviços produtivos.
67. Ademais, também deve ir de encontro à Eficiência Produtiva (técnica) que se constitui na
habilidade de evitar desperdícios, produzindo tantos resultados quanto os recursos utilizados permitem, ou
utilizando o mínimo de recursos disponíveis. A eficiência produtiva está associada aos conceitos de
racionalidade econômica e produtividade material, revelando a capacidade da organização de produzir o
máximo de resultados com o mínimo de recursos.
69. Ainda segundo a Resolução no 158/2005, esses investimentos serão considerados nas
revisões tarifárias subseqüentes conforme mencionado nos artigos 3o e 4o, conforme o caso:
“Art. 3 o
§ 2o O custo efetivamente incorrido para a implementação das Melhorias deverá ser registrado de
acordo com o Manual de Contabilidade do Serviço Público de Energia Elétrica, instituído pela
Resolução n o 444, de 26 de outubro de 2001, para serem considerados, sob a ótica de investimentos
prudentes, nas subseqüentes revisões periódicas contratuais das Receitas Anuais Permitidas,
conforme regulamentação específica
“Art. 4 o
§ 3o O custo efetivamente incorrido para a implementação dos Reforços a que se refere o parágrafo
anterior deverá ser registrado de acordo com o Manual de Contabilidade do Serviço Público de
Energia Elétrica, instituído pela Resolução no 444, de 26 de outubro de 2001, para serem
considerados, sob a ótica de investimentos prudentes, nas subseqüentes revisões periódicas
contratuais das Receitas Anuais Permitidas, conforme regulamentação específica.”
(Fls. 15 da Nota Técnica no 065/2006-SRT/ANEEL, de 18/04/2006).
70. Os investimentos a serem executados pela transmissora em reforços e melhorias deverão ser
recomendados pelo ONS e autorizados pela ANEEL, devendo ser estabelecido um plano de investimentos
acordado entre as transmissoras e o ONS que será posteriormente aprovado pela ANEEL. Assim, os
investimentos que serão considerados prudentes e reconhecidos nas revisões tarifárias deverão estar em
consonância com o plano de investimentos, atendendo os requisitos mínimos dos procedimentos de rede e
valores a preços de mercado.
71. Fica claro, portanto, que apenas os ativos sujeitos à revisão tarifária deverão ser
reconhecidos nos moldes da Resolução ANEEL nº 158/2005. Dessa forma, para efeito de avaliação e
estabelecimento de receita adicional em virtude de novos investimentos, os critérios adotados dependem da
forma como são revisados os ativos. Têm-se então duas condições, sendo uma para empresas que tem
revisão apenas sobre os ativos das novas instalações (RBNI), e outra para empresas que possuem revisão
sobre toda a base de ativos, incluindo a RBSE e RBNI.
III.2.1. Critérios para avaliação de investimentos de empresas com revisão apenas sobre a RBNI 5
72. Para as empresas que se enquadram nessa condição, a receita associada às instalações
existentes (RBSE) não sofre revisão tarifária e, portanto, não há o efeito da depreciação sobre a mesma.
Essa remuneração é equivalente à situação em que a base de ativos líquida permanece constante ao longo
do tempo, o que só ocorre no caso em que a empresa investe anualmente o equivalente ao valor da
depreciação anual. Portanto, para fazer jus a uma receita constante é absolutamente coerente considerar que
a empresa deverá fazer investimentos que reflitam essa condição e que mantenham o serviço adequado e a
atualidade das instalações.
73. Para embasar essa análise, pode-se avaliar o montante de investimentos previstos pelas
concessionárias nos próximos anos, o que pode ser feito a partir dos seguintes relatórios elaborados em
conjunto pelo ONS e EPE:
74. Assim, considerando os investimentos previstos entre os anos de 2006 e 2008 em reforços e
melhorias a serem implementados diretamente pelas concessionárias, pode-se comparar, para cada
empresa, os investimentos anuais com a depreciação contábil anual. Os resultados são mostrados na tabela
abaixo, onde são apresentados valores aproximados, apenas para efeito de comparação.
75. Nota-se claramente, a partir dos dados levantados, que o nível de investimentos está muito
aquém do total de depreciação anual para a maioria das empresas. Vale lembrar ainda, que a depreciação
considerada é a contábil, não refletindo, portanto, a atualização da base de ativos da empresa.
76. Diante dessas constatações e coerentemente com o princípio que justifica a receita
constante, torna-se imperativo a adoção de critérios justos para o reconhecimento de investimentos com a
respectiva receita. Dessa forma, os critérios para avaliação dos investimentos são os seguintes:
77. A receita adicional de que trata o item (a) do parágrafo anterior será calculada adotando-se
um perfil plano de receita sendo que, na revisão tarifária subseqüente, esta receita deverá ser revisada e os
ativos passarão a incorporar a base de ativos da RBNI da empresa.
III.2.2. Critérios para avaliação de investimentos de empresas com revisão sobre toda a base
78. Para as empresas que estão sujeitas à revisão tarifária sobre toda a base de ativos deve-se
então reconhecer todos os investimentos feitos entre os períodos revisionais, uma vez que a base de
(Fls. 17 da Nota Técnica no 065/2006-SRT/ANEEL, de 18/04/2006).
remuneração sofre o efeito da depreciação ao longo do tempo. Nesta condição, os critérios para avaliação
dos investimentos são os seguintes:
79. Assim, como no caso anterior, a receita adicional de que trata o item (a) do parágrafo acima
será calculada adotando-se um perfil plano de receita sendo que, na revisão tarifária subseqüente, esta
receita deverá ser revisada e os ativos passarão a incorporar a base de ativos da RBNI da empresa.
onde:
BRRl(t): Base de remuneração regulatória líquida ao final do ano (t)
BRRl(t-1): Base de remuneração regulatória líquida ao final do ano (t-1)
INV(t): Investimentos realizados no ano (t)
D(t): Depreciação acumulada no ano (t), incluindo os investimentos realizados;
BRRb(t): Base de remuneração regulatória bruta ao final do ano (t)
δ: Taxa média de depreciação.
(Fls. 18 da Nota Técnica no 065/2006-SRT/ANEEL, de 18/04/2006).
82. Para exemplificar o cálculo, consideremos o seguinte plano de investimentos nos próximos
quatro anos para uma determinada empresa, conforme ilustrado na figura abaixo.
83. O valor residual dos ativos, que corresponderá à base de remuneração líquida, ao final de
cada ano, será dado pela base líquida no ano anterior acrescida dos investimentos realizados no ano e
subtraindo-se as depreciações e desmobilizações. Esse fluxo pode ser ilustrado abaixo.
84. A adoção deste mecanismo busca, além de induzir uma maior eficiência nos investimentos
das empresas, tratar a questão da remuneração de melhorias implementadas pela transmissora, eliminando a
lacuna temporal entre a realização do investimento e o início de sua remuneração.
85. As decisões de substituição de ativos pelas concessio nárias geralmente dependem de uma
análise de viabilidade econômica, envolvendo, entre outros: a seleção de ativos similares, verificação de
custos operacionais, avanço tecnológico, eficiência de métodos e processos de produção, montante de
investimento, disponibilidade financeira da empresa e avaliação de riscos.
(Fls. 19 da Nota Técnica no 065/2006-SRT/ANEEL, de 18/04/2006).
86. O problema da substituição de equipamentos pode ser analisado a partir das seguintes
situações práticas 6:
a) Substituição idêntica
Normalmente realizada quando existe um desenvolvimento tecnológico adicionado a
custos crescentes de manutenção devido ao desgaste de componentes. Em muitos casos,
a substituição idêntica é uma decisão estratégica da empresa, tendo por base o conceito
de vida econômica.
b) Substituição não-idêntica
Em geral, o que leva a substituição não idêntica é a necessidade de aumento de
capacidade e de evolução tecnológica aparente, mas não é possível antever essa
tendência.
d) Substituição estratégica
Está intimamente associada aos aspectos mercadológicos e da competitividade por
melhor qualidade de serviços e produtos, envolvendo análises de múltiplas funções e
quantificação.
88. Dessa forma, a substituição de ativos da rede básica com adicional de prestação de serviço
de transmissão como, por exemplo, para aumento da capacidade de interrupção ou de transmissão de
equipamentos, em conseqüência às mudanças de topologia ou das condições operativas da rede, deve ser
remunerada adequadamente por um adicional da receita anual permitida ou, mais precisamente, pela
parcela RBNI, vinculada ao respectivo serviço de transmissão da rede básica.
89. Por outro lado, caso a receita associada às instalações existentes (RBSE) não seja passível
de revisão, a substituição de um ativo por outro sem adicional de prestação de serviço de transmissão
(substituição idêntica) não gera o direito a um adicional de remuneração, bem como as substituições com
progresso tecnológico e estratégicas, conforme as decisões empresariais da concessionária, que visam
reduzir seus custos de operação e manutenção e aumentar a eficiência e o nível de confiabilidade.
6 CASAROTO FILHO, N., KOPITTKE, B.H. Análise de Investimentos. 8o ed. São Paulo: Ed. Atlas, 1998, p. 167.
(Fls. 20 da Nota Técnica no 065/2006-SRT/ANEEL, de 18/04/2006).
93. Em virtude dessa condição contratual, é necessária uma especial atenção quanto à
substituição de ativos na RBSE, dado que a receita estabelecida inicialmente já apresenta a remuneração
suficiente para prestação do serviço associado a esses ativos. Assim, qualquer investimento que não
represente acréscimo do serviço de transmissão disponibilizado à rede já estará coberto pela receita fixa
RBSE.
94. No entanto, considerando que as transmissoras têm a opção de requererem a revisão sobre
toda a base de ativos, deve-se propor uma metodologia para remuneração das substituições que contemple
as duas situações, a saber: uma em que não é possível a revisão das instalações existentes, conforme
cláusula contratual (RBSE “blindada”); outra, considerando a revisão sobre todos os ativos (RBSE “aberta”).
Dessa forma, descreve-se nos itens seguintes a metodologia proposta.
95. Ressalta-se que a implantação de novos ativos em instalações de transmissão da rede básica
ou das demais instalações de transmissão existentes, para fins de adequação ou substituição e conseqüente
aumento de capacidade e/ou de confiabilidade, será remunerada por adicional de receita anual permitida
(RAP), caso se enquadre nos casos previstos nos incisos I e II do Art. 4º da Resolução nº 158/2005:
98. Para as substituições de ativos de instalações de transmissão com adicional de serviço ou,
excepcionalmente, sem adicional de serviço, mas requisitadas pelo poder concedente, é proposta uma
metodologia de cálculo do adicional da parcela da receita anual permitida, que contemple as seguintes
premissas, definidas a partir da análise dos aspectos legais e contratuais das concessões de serviço público
de transmissão, conforme o modelo econômico do serviço pelo preço:
101. Assim, do parágrafo anterior conclui-se que cabe ao concessionário zelar pela integridade
dos bens vinculados à prestação do serviço, sendo sua implementação responsabilidade da transmissora, já
sendo remunerada pela RBSE, não fazendo jus à adicional de Receita.
103. Vale ressaltar que a concessionária de transmissão fará jus ao adicional de receita conforme
calculado acima (ADi) até o fim do contrato de concessão, em 2015. Para o período entre o final do contrato
de concessão e o final da vida útil do novo ativo, a receita será aquela correspondente ao Investimento Inicial
(IV). Essa situação pode ser visualizada na figura a seguir.
(Fls. 23 da Nota Técnica no 065/2006-SRT/ANEEL, de 18/04/2006).
Receita
Receitai (até 2015) = RBSEi +ADi
Receitai (após 2015) = RBNIi
RBNIi
ADi
(IB)
RBSEi
(IV)
(ID)
t 2015 Ano
Figura 5: Exemplo de cálculo de adicional de receita
105. Destaca-se ainda que, nos casos de substituição de equipamentos, a parcela ainda não
depreciada do equipamento será compensada pelo próprio equipamento, que ficará em propriedade da
concessionária. Desta forma, entende-se que a concessionária de transmissão não será penalizada pela
decisão do órgão de planejamento determinar a substituição de um ativo em operação comercial.
107. Desta forma, a partir da entrada em operação dos novos equipamentos, o ativo a ser
substituído não deverá constar da base de ativos existentes de propriedade da transmissora, ao tempo que
não fará jus à parcela de Receita Anual Permitida estabelecida na Resolução nº 167/2000, dado que a nova
instalação será remunerada integralmente, de acordo com a metodologia proposta nesta Nota Técnica, e
passará a compor a parcela RBNI.
108. O exposto do parágrafo anterior se aplica à substituição de ativos a que se referem os incisos
de I e II do artigo 4º da Resolução nº 158/2005. Vale ressaltar que a implantação dos demais reforços e de
melhorias nas instalações de transmissão deverá ser tratada como um acréscimo da base de remuneração
líquida da transmissora, devendo ser, portanto, remunerada a partir da revisão tarifária, quando se dará o
reposicionamento da receita dos ativos, considerando a depreciação. Contudo, tais investimentos já serão
considerados no fluxo de caixa da empresa por ocasião da revisão tarifária, a partir de um plano de
investimento, conforme citado no item II.2.2.
(Fls. 24 da Nota Técnica no 065/2006-SRT/ANEEL, de 18/04/2006).
109. Da mesma forma como estabelecido anteriormente, a parcela ainda não depreciada do
equipamento será compensada pelo próprio equipamento que ficará em propriedade da concessionária.
110. Vale destacar que a diferença de tratamento nas substituições quanto à blindagem na RBSE
pode causar um grave impacto no planejamento da expansão dos sistemas de transmissão que, em muitos
casos, prevê a substituição de ativos devido ao menor custo de implantação que estas alternativas oferecem.
112. Por outro lado, esse fato não será observado ao se considerar a revisão da RBSE, já que as
substituições serão remuneradas integralmente pelo novo ativo a ser adicionado à base da transmissora. Isso
demonstra que para haver de fato o equilíbrio econômico-financeiro da concessão, com remuneração justa, é
necessário que haja revisão sobre toda a base de ativos.
115. A qualidade do serviço de transmissão (Rede Básica) no Brasil é medida com base na
disponibilidade plena das Funções de Transmissão (FT). Define-se como Função Transmissão (FT), o
conjunto de instalações funcionalmente dependentes, composto pelo equipamento principal e pelos
complementares, tratado de forma solidária para fins de apuração da prestação de serviço de transmissão.
Serão consideradas as FT: Linha de Transmissão (LT), Transformação (TR), Controle de Reativo (CR) e
Módulo Geral (MG).
117. Considera-se que uma FT esteja indisponível, durante o tempo (duração) que estiver fora de
operação por motivo de Desligamentos Programados e de Outros Desligamentos, conforme definido nos
Procedimentos de Rede.
118. Por outro lado, o Pagamento Base (PB) de uma FT, que corresponde a um duodécimo de sua
RAP, deve corresponder a disponibilização plena e sem interrupção desta FT, estando sujeito a desconto, em
base mensal, em decorrência do serviço não prestado, mediante as seguintes parcelas:
119. Assim, para a aplicação da Parcela Variável, torna-se importante a correta definição do
Pagamento Base de cada FT. No entanto, a forma de cálculo do PB difere em função do tipo de valoração da
base a que está sujeita a empresa.
120. Neste sentido, a empresa que possua revisão sobre toda base de ativos, terá uma receita
estabelecida em função do montante de capital ainda não depreciado, ou seja, da base de ativos líquida.
Cada FT terá, portanto, um PB associado que será diretamente proporcional à base líquida daquela FT. Fica
claro, então, que as FT´s que tiverem uma alta depreciação acumulada farão jus a uma receita menor que
aquela pouco depreciada.
121. Por outro lado, as empresas que não possuem revisão sobre toda base, terão o PB de cada
FT definida em função do custo de reposição, não levando em consideração a depreciação acumulada
individualmente. Dessa forma, os ativos mais depreciados acabam tendo um PB associado
proporcionalmente maior que se fosse calculado levando em conta a depreciação. O caso contrário ocorre
para ativos pouco depreciados.
IV – DO FUNDAMENTO LEGAL
124. A Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996, estabelece, em seu art. 14, o regime econômico
e financeiro das concessões de serviço público:
“Art. 14. O regime econômico e financeiro da concessão de serviço público de energia elétrica,
conforme estabelecido no respectivo contrato, compreende:
...
II - a responsabilidade da concessionária em realizar investimentos em obras e instalações que
reverterão à União na extinção do contrato, garantida a indenização nos casos e condições previstos
na Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e nesta Lei, de modo a assegurar a qualidade do serviço
de energia elétrica”.
125. O art. 4°, inciso XXXI, Anexo I, do Decreto no 2.335, de 06 de outubro de 1997, estabelece
que é competência da ANEEL a emissão de atos de autorização para execução e exploração de serviços e
instalações de energia elétrica.
127. O Decreto n° 4.932, de 24 de dezembro de 2003, com redação dada pelo Decreto n° 4.970,
de 30 de janeiro de 2004, estabelece que os atos de autorização de empreendimentos em energ ia elétrica
deverão ser executados pela ANEEL, conforme PARECER CONJUR/MME nº 225/2004, de 26 de agosto de
2004.
V – DA CONCLUSÃO
128. Dado o exposto, verifica-se que a metodologia proposta deseja tratar, de forma adequada, a
remuneração dos investimentos realizados na implantação de novas instalações, além de substituições
necessárias para garantir o atendimento à Rede Básica do Sistema Elétrico Interligado e às Demais
Instalações de Transmissão.
129. Um aspecto importante abordado foi o estabelecimento dos critérios para reconhecimento dos
investimentos prudentes e custos de operação e manutenção eficientes realizados pelas concessionárias.
Vale ressaltar que, conforme estabelece a clausula sexta do contrato de concessão das transmissoras, as
parcelas RBSE e RPC não serão objeto de revisão tarifária, ficando claro que, quanto à avaliação dos novos
investimentos e custos de O&M, deve-se dar tratamento diferenciado às empresas que optarem por revisão
em toda a base de ativo.
(Fls. 27 da Nota Técnica no 065/2006-SRT/ANEEL, de 18/04/2006).
130. Para as empresas que não sofrem revisão tarifária nas parcelas de RBSE e RPC, entende-se
que a receita estabelecida inicialmente apresenta a remuneração suficiente para prestação do serviço
associado aos ativos existentes. Desta forma, qualquer investimento que não represente acréscimo do
serviço de transmissão disponibilizado à rede já deverá estar coberto pela receita fixa, o que não ocorre com
as empresas que terão revista também a RBSE e RPC, sofrendo efeito da depreciação sobre a mesma,
devendo, então, ser reconhecidos os investimentos feitos entre os períodos de revisão tarifária.
131. Assim, entende-se ser adequada a definição da receita anual permitida de novas instalações
ou de substituições em instalações existentes, considerando a aplicação da metodologia e dos critérios
propostos, com o objetivo de incentivar a eficiência econômica na execução dos referidos empreendimentos.
De Acordo:
ANEXO I
TAXAS MÉDIAS DE DEPRECIAÇÃO
Tabela I.2: Taxa anual média de depreciação ponderada por capital (TMDC)
MÓDULO GERAL, por porte, arranjo e tensão
TENSÃO (KV) 34,5 69 138 230 345 500 750
SUBESTAÇÃO
ARRANJO BS/BPT BS/BPT BD BPT/BD BPT/BD AN/BD/DJM AN/DJM DJM
Porte pequeno 2,71 3,42 3,18 2,72
Porte médio 2,78 3,20 2,91 2,56 2,64 2,23 2,28 2,57
Porte grande 2,84 3,11 2,44 2,50 2,23 2,13 2,25
Tabela I.3: Taxa anual média de depreciação ponderada por capital (TMDC)
MÓDULOS DE CONEXÃO OU MANOBRA, por porte, arranjo e tensão
TENSÃO (KV) 13,8 34,5 69 138
SUBESTAÇÃO
ARRANJO BS BPT BS BPT BS BPT BS BPT BD
Entrada de linha (EL) 3,05 2,97 3,07 3,01 3,10 3,05 3,43 3,38 3,36
Conexão de transformador (CT) ou Reator ou
2,99 2,96 3,01 3,01 3,06 3,05 3,08 3,04 3,02
Capacitor em derivação
Interligação de barra (IB) 2,96 2,99 3,01 2,98 2,99
Interligação de barramento sem disjuntor (IBSD)
Legenda: BPT – arranjo barra principal e transferência; BD – arranjo barra dupla; NA – arranjo em anel; DJM – arranjo disjunto e meio.
Tabela I.4: Taxa anual média de depreciação ponderada por capital (TMDC)
MÓDULOS DE CONEXÃO OU MANOBRA, por porte, arranjo e tensão
TENSÃO (KV) 230 345 500 750
SUBESTAÇÃO
ARRANJO BPT BD AN BD DJM AN DJM DJM
Entrada de linha (EL) 3,35 3,33 3,26 3,24 3,26 3,20 3,18 3,14
Conexão de transformador (CT) ou Reator ou
3,02 3,03 3,01 3,00 3,00 3,04 3,01 2,96
Capacitor em derivação
Interligação de barra (IB) 2,97 2,98 2,97 3,05 3,04 3,04
Interligação de barramento sem disjuntor (IBSD) 2,60 2,64 2,59