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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
Composição do Pleno
Conselheiro Presidente: Domingos Gomes de Aguiar Filho
Conselheiro Vice-Presidente: Manoel Beserra Veras
Conselheiro Corregedor: Pedro Ângelo Sales Figueiredo
Conselheiro José Marcelo Feitosa
Conselheiro Ernesto Saboia de Figueiredo Junior
Conselheiro Francisco de Paula Rocha Aguiar
Conselheiro Hélio Parente de Vasconcelos Filho
Auditores
David Santos Matos
Fernando Antonio Costa Lima Uchôa Júnior
Manassés Pedrosa Cavalcante
Composição da Procuradoria
Procuradora Geral de Contas Leilyanne Brandão Feitosa
Procurador de Contas Júlio César Rôla Saraiva
Procuradora de Contas Cláudia Patrícia Rodrigues Alves Cristino
Diretor Geral
Juraci Muniz Junior
Assessoria de Imprensa
Silvia Goes
Assessoria Jurídica
Bruno Caminha Scarano
Controladoria
Zivaldo Rodrigues Loureiro Junior
Ouvidoria
Virgílio Freire do Nascimento Filho
Secretaria
Luiz Mario Vieira
Diretoria de Fiscalização
Telma Maria Escóssio Melo
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Fortaleza - CE
2017
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
Diretor-Presidente
Conselheiro Francisco de Paula Rocha Aguiar
Diretora Executiva
Sandra Valéria de Morais Santos
Coordenadora Operacional
Júlia Maria Pinheiro Pessoa
Expediente
Supervisão: Ieswa
Revisão Técnica
Diretoria de Fiscalização Diretoria de Assistência Técnica e Planejamento
Marcelle Holanda Raimunda Edna Xavier da Silva
Telma Maria Escóssio Melo Viviane Moura de Farias
64p. : il.
Elaboração: Samuel Leite Castelo.
inclui tabelas.
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Lista de Siglas
Atricon - Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil.
CFC - Conselho Federal de Contabilidade.
CF - Constituição Federal.
Coso - Committee of Sponsoring Organizations of The TreadwayCommission (Comitê das
Organizações Patrocinadoras da ComissãoTradway).
CGU - Controladoria-Geral da União.
EFS - Entidade de Fiscalização Superior.
IIA - The Institute of Internal Auditors (Instituto dos Auditores Internos).
IntosaiI - International Organization of Supreme Audit Institutions(Organização Internacional das
Entidades de Fiscalização Superior).
ISSAI - International Standards of Supreme Audit Institutions (NormasInternacionais de
Auditoria das Entidades de Fiscalização Superior).
NAT - Normas de Auditoria do Tribunal de Contas da União.
NBC TA – Normas Brasileiras de Contabilidade Técnica de Auditoria.
SAI - Supreme Audit Institution (Entidade de Fiscalização Superior).
SECEX - Secretaria de Controle Externo do Tribunal de Contas da União.
SCI – Sistema de Controle Interno.
SFC - Secretaria Federal de Controle da Controladoria-Geral da União.
TCU - Tribunal de Contas da União.
UCI - Unidades de Controle Interno.
UE - Unidades Executoras.
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Sumário
1. Aspectos Conceituais........................................................................................................... 8
1.1. Introdução .................................................................................................................... 8
1.2. Definições de Controle Interno .................................................................................. 8
1.3. Diferenciação entre Controle Interno e Auditoria Interna ..................................... 11
1.4. Papéis e Responsabilidades ...................................................................................... 13
1.5 Quadro Pessoal:.................................................................................................................... 14
2. Atividades de Controle Interno nas Entidades ................................................................ 16
2.1. Planejamento.............................................................................................................. 17
2.1.1. Levantamento Prévio ......................................................................................... 17
2.1.2. Definição ou revisão da estrutura de controle ................................................. 18
2.1.3. Desenvolvimento dos instrumentos de avaliação............................................ 19
2.2. Execução .................................................................................................................... 19
2.2.1 Teste de controle e avaliação dos resultados dos testes de controle ......................... 19
2.3. Comunicação de Resultados ..................................................................................... 20
2.4. Monitoramento (Follow-up) ..................................................................................... 21
3. Atividades de Controle Interno em Nível Operacional ................................................... 21
3.1. Planejamento.............................................................................................................. 22
3.1.1 Levantamento e documentação do processo ....................................................... 22
3.1.2 Validação do processo ........................................................................................... 23
3.1.3 Identificação de objetivos, riscos e controles ...................................................... 24
3.1.4 Planejamento dos testes de controle .................................................................... 24
3.2. Execução ................................................................................................................ 24
3.3. Comunicação de Resultados ..................................................................................... 25
3.4. Monitoramento (Follow-up) ..................................................................................... 26
4. Entendimentos sobre Controle Internos do TCM .......................................................... 26
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 28
ANEXOS .................................................................................................................................... 30
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1. Aspectos Conceituais
1.1. Introdução
A Intosai (2004, p.6) publicou em 2004 uma revisão das Diretrizes para as Normas
de Controle Interno do Setor Público, baseando-se no Coso, e adotou a seguinte definição:
“Controle interno é um processo integrado efetuado pela direção e corpo de funcionários,
estruturado para enfrentar os riscos e fornecer razoável segurança de que na consecução da
missão da entidade os seguintes objetivos gerais serão alcançados: a)execução ordenada,
ética, econômica, eficiente e eficaz das operações; b) cumprimento das obrigações de
accountability; c) cumprimento das leis e regulamentos aplicáveis; d) salvaguarda dos recursos
para evitar perdas, mau uso e dano”.
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O próprio Decreto n° 3.591/2000 deixa isso claro no artigo 17, a seguir (grifos
nossos): “Art. 17. A sistematização do controle interno, na forma estabelecida neste
Decreto, não elimina ou prejudica os controles próprios dos sistemas e subsistemas
criados no âmbito da Administração Pública Federal, nem o controle administrativo
inerente a cada chefia, que deve ser exercido em todos os níveis e órgãos,
compreendendo: [...]”
As unidades com função de auditoria interna (UCI) são encontradas nas estruturas de
órgãos e entidades públicos com diversas denominações (Secretaria de Controle Interno,
Serviço de Controle Interno, Diretoria de Auditoria, Coordenadoria de Controle Interno,
Diretoria de Contas), especialmente nos órgãos dos poderes legislativo e judiciário.
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
A Intosai (2004) esclarece que a Auditoria Interna é o meio funcional que permite
aos administradores de uma entidade receber, de fontes internas, a segurança de que os
processos pelos quais são responsáveis funcionam de modo tal que fiquem reduzidas ao
mínimo as probabilidades de que se produzam fraudes, erros ou práticas ineficientes e
antieconômicas.
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
Diante disso, são os gestores os responsáveis diretos por todas as atividades de uma
organização, incluindo o planejamento, a implementação, a supervisão do funcionamento
adequado, a manutenção e a documentação do controle interno administrativo. Suas
responsabilidades variam de acordo com a sua função na organização e as características da
organização.
A IN n° 01/2017 em seu artigo 13°, §3° aponta que na situação prevista acima,
quando do conhecimento de irregularidade ou ilegalidade através da atividade de auditoria
interna, mesmo que não tenha sido detectado dano ao erário, deve OCSCI anexar o
relatório dessa auditoria à Prestação de Contas de Governo do Poder Municipal e à
respectiva Prestação de Contas de Gestão da unidade auditada.
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
III - realizar auditorias anuais nas contas dos responsáveis sob seu controle,
emitindo relatório de auditoria conforme estabelecido pelo art. 10 da Lei
Orgânica do TCM/CE;
A profissão de auditor é considerada como técnica. Assim, não existe definição clara
em nossa legislação de suas responsabilidades legais. Encontramos em nossa legislação
civil, penal, comercial e profissional, apenas referências esparsas sobre o assunto.
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
Os Auditores Internos devem atender as normas e condutas de ética para guiar seu
trabalho cotidiano. A conduta deles deve ser irretocável em todos os momentos e em todas
as circunstâncias. Qualquer deficiência na conduta profissional ou qualquer
comportamento inadequado na vida pessoal é prejudicial à imagem e integridade dos
Auditores.
Pode ser medida em função do que é correto e justo, e exige que os auditores se
ajustem tanto à forma quanto ao espírito das normas de auditoria e de ética.
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
O auditor interno deve manter sigilo das informações divulgadas. Deve também
manter sigilo das informações dentro da Entidade ou organização vinculada. O Auditor
deve tomar as providências adequadas para assegurar que o pessoal da sua equipe de
trabalho, assim como as pessoas das assessorias e assistências que forneceram as
informações, respeitem o dever de sigilo do auditor.
Assim, exigi-se uma necessidade de ter uma visão geral do processo de avaliação.
Conforme a figura seguinte, detalha-se as etapas do processo de avaliação: levantamento
prévio; definição ou revisão da estrutura de controle; desenvolvimento dos instrumentos de
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avaliação; testes de controle; avaliação dos resultados dos testes de controle; comunicação
de resultados; e monitoramento ou follow-up.
2.1. Planejamento
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Essa etapa do planejamento tem por objetivo definir critérios para diagnóstico e
avaliação da estrutura de controle interno da organização, caso ela ainda não tenha sido
definida pela administração, ou revisar a estrutura de controle interno por ela definida, caso
já o tenha feito.
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
A estrutura de controle interno servirá de base para a determinação inicial das fontes
de informação, das técnicas de auditoria e para o desenvolvimento dos instrumentos que
serão utilizados para realizar a avaliação do controle interno em nível de entidade. A
determinação desses fatores depende, além do escopo da avaliação, da natureza das
informações requeridas e dos testes necessários para confirmar a aderência da realidade
organizacional (a situação encontrada) aos critérios incluídos na estrutura.
Uma vez definida a estrutura de controle interno que servirá de base para o
direcionamento dos trabalhos, a equipe, orientando-se pelos critérios nela estabelecidos,
determinará as fontes de informação e as técnicas de auditoria que serão necessárias para
obtê-las e tratá-las.
2.2. Execução
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
Assim, para iniciar a fase de execução do processo de avaliação a equipe deve ter
concluído a elaboração de todos os instrumentos de avaliação.
Os trabalhos devem ser iniciados com uma reunião, previamente agendada e com um
roteiro pré-estabelecido, apresentando aos gestores, responsáveis e demais agentes da
governança o escopo da auditoria, os objetivos do trabalho e do cronograma do trabalho.
O relatório deve ser escrito em linguagem impessoal, seu conteúdo deve ser objetivo,
convincente, construtivo, útil e de fácil compreensão, sem ambiguidades ou imprecisões,
incluindo apenas informações relevantes para os objetivos da auditoria devidamente
apoiadas por evidências pertinentes e adequadas.
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As UCI devem manter controle de suas próprias recomendações, bem como das
determinações e recomendações expedidas pelos órgãos de controle externo, incluindo-as
nos planos de auditoria futuras, até que tenham sido completamente implementadas, de
maneira eficaz.
Uma maneira efetiva de se verificar a implementação das ações necessárias é por meio
de planos de ação, que devem ser elaborados pelos próprios gestores do órgão, da entidade
ou da área avaliada, explicitando as medidas que serão tomadas para solucionar os
problemas apontados.
Embora os planos de ação devam ser elaborados pelos gestores, a seu critério, as
entidades ou as unidades técnicas de auditoria e controle governamental podem sugerir
modelos que melhor se apliquem para a verificação do cumprimento das implementações
das ações necessárias, levando em conta que um bom plano de ação deve conter pelo
menos os elementos resumidos no acrônimo 5W1H:
What – o que será feito: descrever claramente a ação que será realizada.
Why – porque será feito: indicar o objetivo da ação e justificar a necessidade de
sua realização.
Who – quem fará: nominar e individualizar responsabilidades para cada ação
do plano.
When – quando fará: precisar as datas previstas de início e fim da execução de
cada ação.
Where – onde fará: local, unidade, atividade, processo, sistema, programa, ação
etc.
How – como fará: maneira, método ou solução adotada.
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
3.1. Planejamento
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
Nessa etapa deve-se entender as atividades nele contidas e a sequência em que são
executadas, o volume de trabalho, a duração do ciclo de execução e a frequência de
problemas.
Salientamos que não será em uma única entrevista que o auditor conseguirá mapear
todo o processo e seus respectivos controles. Ao final da entrevista, portanto, deve-se
prevenir o entrevistado sobre a possibilidade de haver necessidade de esclarecimentos
adicionais, pois é comum aparecerem dúvidas sobre determinados pontos quando da
documentação do processo e o auditor não deve eximir-se de entrar em contato com o
entrevistado para saná-las, pois esta fase é de extrema importância para o resultado final do
trabalho. Se o auditor não detiver o conhecimento completo do processo, a qualidade do
trabalho será prejudicada.
Uma vez levantado e documentado o processo, deve-se proceder a sua validação, que
é o procedimento de confirmação pelo qual o auditor assegura que o processo, tal como foi
registrado, é o que está sendo efetivamente praticado. Não é incomum o processo ser
descrito pela entidade de uma forma ideal e, na prática, ser executado de maneira diferente.
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
Os trabalhos desta etapa são iniciados pela determinação das atividades de controle,
que serão testadas no nível das transações. Essa decisão é guiada prioritariamente pelo nível
de risco avaliado, contudo o julgamento profissional da equipe também deve ser
considerado na escolha.
Executar testes no nível de transações significa que o auditor deve determinar uma
população ou amostra de produtos, registros ou documentos resultantes do processo, de
forma a verificar se as atividades de controle identificadas estão adequadamente concebidas
e sendo efetivamente seguidas e aplicadas de maneira uniforme para todas as operações ao
longo do tempo, e se estão surtindo os resultados esperados.
Existem casos em que a população total pode ser avaliada. Caso não seja possível
testar a população total, uma amostra, determinada por critérios estatísticos ou por
julgamento profissional, deve ser selecionada. Quando o escopo do trabalho exigir a
generalização dos resultados, deve ser examinada toda a população ou uma amostra
representativa dela.
3.2. Execução
Observamos mais uma vez que o sucesso desta fase depende fundamentalmente de
quão bem tenha sido desenvolvida a fase anterior. Por isso, é importante que todo o
trabalho de planejamento tenha sido adequadamente revisado e supervisionado por pessoas
com perfil e competência profissional adequados e tenha recebido a importância devida,
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
Assim, para iniciar a fase de execução do processo de avaliação a equipe deve ter
concluído a elaboração de todos os instrumentos de avaliação.
Os trabalhos devem ser iniciados com uma reunião, previamente agendada e com um
roteiro pré-estabelecido, apresentando ao gestores, responsáveis e demais agentes da
governança o escopo da auditoria, os objetivos do trabalho e do cronograma do trabalho.
O relatório deve ser escrito em linguagem impessoal, seu conteúdo deve ser objetivo,
convincente, construtivo, útil e de fácil compreensão, sem ambiguidades ou imprecisões,
incluindo apenas informações relevantes para os objetivos da auditoria devidamente
apoiadas por evidências pertinentes e adequadas.
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
Uma maneira efetiva de se verificar a implementação das ações necessárias é por meio
de planos de ação, que devem ser elaborados pelos próprios gestores do órgão, da entidade
ou da área avaliada, explicitando as medidas que serão tomadas para solucionar os
problemas apontados.
Embora os planos de ação devam ser elaborados pelos gestores, a seu critério, as
entidades ou as unidades técnicas de auditoria e controle governamental podem sugerir
modelos que melhor se apliquem para a verificação do cumprimento das implementações
das ações necessárias, levando em conta que um bom plano de ação deve conter pelo
menos os elementos resumidos no acrônimo 5W1H:
What – o que será feito: descrever claramente a ação que será realizada.
Why – porque será feito: indicar o objetivo da ação e justificar a necessidade de
sua realização.
Who – quem fará: nominar e individualizar responsabilidades para cada ação
do plano.
When – quando fará: precisar as datas previstas de início e fim da execução de
cada ação.
Where – onde fará: local, unidade, atividade, processo, sistema, programa, ação
etc.
How – como fará: maneira, método ou solução adotada.
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
O pensamento desta Corte baseia-se no texto constitucional (art. 74), dispondo que o
ente federativo deverá manter um sistema de controle interno sobre os seus atos.Cabe ao
sistema de controle interno, no âmbito de cada Poder, exercer principalmente a avaliação, o
acompanhamento, o monitoramento, controle e supervisão dos atos de gestão
orçamentária, patrimonial e financeiro.
Ressaltamos que essas atribuições devem ser limitadas ao que a lei indicar, não
suprimindo a autonomia administrativa e financeira dos órgãos vinculados à administração
central.
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
REFERÊNCIAS
BOYNTON, William; JOHNSON, Raymond; KELL, Walter. Auditoria. São Paulo: Atlas,
2002.
Institute of Internal Auditors (IIA). Normas internacionais para a prática profissional da auditoria
interna, Rev. out. 2010. Tradução IIA Brasil.
INTOSAI. GOV 9100 Guidelines for Internal Controls Standards for the Public
Sector. 2004.
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
______. ______. Critérios gerais de controle interno na Administração Pública: um estudo dos
modelos e das normas disciplinadoras em diversos países. Brasília, 2009b.
________. GOV 9100 Guidelines for Internal Controls Standards for thePublic Sector. 2004.
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
ANEXOS
MODELOS
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
(EXERCÍCIO)
1. INTRODUÇÃO
O presente Plano Anual de Auditoria Interna - PAAI, para (_____) , tem por escopo a
realização de auditorias pró-ativas e reativas em setores predefinidos, que englobam as
áreas de finanças, de materiais, de recursos humanos, de patrimônio, operacionais e de
compras.
2. QUADRO TÉCNICO
O presente Plano Anual de Auditoria Interna - PAAI, para o exercício de (ANO ou MÊS),
foi elaborado em consonância com a legislação federal, estadual, municipal, normas
internas de procedimentos e diretrizes adotadas pela administração pública, especialmente
na normativa nº XXXX, deste Órgão.
Com base no exposto e, considerando a relevância dos riscos de cada área, foram
selecionadas as seguintes áreas para serem alvo de auditoria em ( ... ):
Ressalte-se ainda que os trabalhos a serem realizados são pautados na legislação vigente
pertinente a cada matéria.
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
Adicionalmente, saliente-se que o Plano Anual de Auditoria Interna - PAAI não é fixo,
podendo ser alterado, suprimido em parte, estendido ou ainda amplificado, em função de
fatores externos ou internos, tais como: trabalhos especiais, treinamentos (cursos e
congressos), e outros fatos não previstos.
5.1. PLANEJAMENTO
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
O objetivo geral da auditoria deve ser explicitado pelo requerente, oportunidade em que
deve justificar as razões de ordem técnica que motivaram a necessidade do trabalho. A
explicitação dos motivos para a realização da auditoria permite que a equipe obtenha maior
entendimento acerca do que o requerente quer ver respondido, no caso, representado pelo
objetivo geral.
A partir do objetivo geral e com base no risco de auditoria deve ser definida a extensão dos
trabalhos a serem realizados. Deve, assim, explicitar quais as áreas, controles, sistemas,
atividades e práticas a serem auditados, e a extensão e profundidade dessa verificação.
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
Na sua elaboração, deve ser considerada a abordagem a ser utilizada, o escopo e a extensão
dos trabalhos, os riscos de auditoria e os componentes a serem verificados. Ela ainda
deverá conter a explicitação formal dos procedimentos de auditoria a serem aplicados com
intuito de obter evidências suficientes e adequadas que possibilitem formar opinião acerca
da questão de auditoria.
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
Deve ser ressaltado, todavia, que o aproveitamento e a aplicação de forma mecânica dos
programas de auditoria contidos na Matriz de Planejamento podem resultar numa limitação
de criação e na possibilidade de determinado procedimento não ser aplicado, por não estar
previsto. Portanto, cabe à equipe de auditoria manter constante atenção em relação à matriz
elaborada, de forma a identificar, prontamente, eventuais omissões ou falhas, oportunidade
em que deverá ser revisada.
5.2. EXECUÇÃO
A evidência vem a ser a prova, ou conjunto de provas coletadas que permite formar
convicção acerca do setor auditado e, assim, subsidiar a emissão de opinião. Como tal, não
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
deve haver nenhuma dúvida quanto à afirmação feita de que o objeto auditado mostra-se
regular ou irregular, adequado ou inadequado, verdadeiro ou falso, eficiente ou ineficiente,
eficaz ou ineficaz etc., conforme o caso e a opinião manifestada.
A requisição de documentos e informações pode ser feita verbalmente ou, quando se julgar
necessário, por escrito, mediante nota de auditoria, ao responsável direto pelo setor.
A guarda dos documentos e informações das auditorias deve ser feita em dois tipos de
pasta, em meio físico ou eletrônico: pastas correntes e pastas permanentes.
Não se trata de casos que simplesmente atendam o padrão esperado, previsível, normal,
mas de abordagens que possam agregar valor. Que, comparativamente com o objeto da
avaliação, tenham apresentado melhor desempenho e que possam servir de padrão para
melhorá-lo, considerando sempre os aspectos da legalidade e os critérios aceitáveis de
desempenho.
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
A Matriz de Responsabilização deve ser preenchida sempre que houver achados que se
constituam em irregularidades. Deverão constar na Matriz apenas os nomes daqueles cuja
conduta tenha nexo de causalidade com o fato, independentemente da culpabilidade.
5.2.8.1 Conceito
A sua elaboração terá por base o conteúdo da Matriz de Achados e, quando houver, da
Matriz de Responsabilização.
APRESENTAÇÃO
Área auditada, Período da auditoria, Critérios da auditoria, Responsáveis pela área
auditada e Equipe da Controladoria
1. INTRODUÇÃO
2. AVALIAÇÃO GERAL E BOAS PRÁTICAS
3. DESCRIÇÃO DAS NÃO-CONFORMIDADES
4. CONCLUSÃO
OUTROS TÓPICOS
ANEXOS
6. CONSIDERAÇÕES GERAIS
O PAAI é um plano de ação elaborado com base nos riscos aferidos de acordo com o
sistema utilizado por este órgão.
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
Ressalte-se ainda que, assim como o PAAI, o cronograma de execução dos trabalhos não é
um instrumento de trabalho fixo, podendo ser alterado, suprimido em parte, estendido ou
ainda amplificado, em função de fatores externos ou internos, tais como: trabalhos
especiais, treinamentos (cursos e congressos) e demais fatos não previstos.
7. CRONOGRAMA
________________________________________
Auditor Interno
___________________________________
Controlador
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
PERÍODO DE
CRONOGRAMA
Nº AÇÃO LOCAL EXECUÇÃO
INÍCIO FIM DIAS ÚTEIS
Planejamento
1.1. Levantamentos preliminares
1.2. Definição do tipo e dos objetivos gerais
da auditoria
1 1.3. Delimitação do escopo dos trabalhos
Execução
2.1. Obtenção de evidências
2.2. Requisição de documentos e informações
2.3. Guarda de documentos
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
Fortaleza, de de 2....
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
1. Apresentação
Esta auditoria, apesar de não constar do PGA, foi motivada pelo acordo
entre o Banco financiador, Banco Mundial, o Mutuário, Distrito Federal e este Tribunal,
com a finalidade de designar o TCDF como Auditor Independente do citado Acordo de
Empréstimo.
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
(...)
C. Comitê Executivo do Programa:
O Comitê Executivo será formado por representantes das
unidades coexecutoras e atuará como fórum de articulação, de
convergência de propostas e ações do Programa, sendo presidido
pelo Coordenador da CGP – Gestão GDF.
(...)”
a) Objetivos
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
f) Recursos envolvidos
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
no prazo de 3 (três) anos. Desse orçamento total, US$ 130 milhões, que correspondem
a 32,5% (trinta e dois vírgula cinco por cento) do valor do Programa, provirão de fonte
externa; o montante restante, equivalente a aproximadamente US$ 270 milhões,
corresponde à contrapartida local, expressa por dotações orçamentárias de programas
de trabalho já existentes e em execução continuada, que representa 67,5% (sessenta e
sete vírgula cinco por cento) do Programa, conforme tabela abaixo.
(US$ mil)
TABELA 1 - FONTES DE FINANCIAMENTO
DISCRIMINAÇÃO VALOR (US$ m il) %
Banco Mundial - BIRD(*) 130.000,00 32,5
Distrito Federal (**) 270.000,00 67,5
TOTAL 400.000,00 100,0
(*) Reembolso de despesas realizadas nos Programas de Despesas Elegíveis,
com recursos orçamentários próprios do GDF.
(**) Contrapartida estimada.
Taxa de Câmbio: US$1,00 = R$ 2,32, 31/12/2008.
O valor financiado atenderá aos dois Componentes do Programa Gestão
GDF, sendo que o Componente 1 receberá US$ 120 milhões, distribuídos aos setores
Educação, Saúde e Transporte na respectiva proporção, 40%, 40% e 20%; e US$ 10
milhões para o Componente 2 a ser utilizado em melhorias na gestão pública. O GDF,
como tomador do empréstimo paga uma taxa inicial ao BIRD, chamada de “Front-end
Fee”, no valor de um quarto de um por cento (0,25%) do valor do Empréstimo, o que
equivale a US$ 325.000 (trezentos e vinte e cinco mil dólares). Este valor é descontado
do repasse ao Componente 2, que efetivamente receberá US$ 9.675 milhões conforme
é indicado na Tabela 2.(US$ mil)
TABELA 2 - COMPONENTES E CUSTOS ASSOCIADOS
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2) Carta de Desembolso;
3) Plano de Aquisições;
4) Manual Operativo;
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Setorial Amplo (SWAP), com aferição de resultados em programas e ações nas áreas de
educação, de saúde, de transporte e de gestão pública, e a receita dela advinda deverá ser
aplicada em ações de investimentos em educação, saúde, transporte, e em investimentos e
serviços para o fortalecimento institucional e a capacitação de servidores públicos, na área
de gestão pública.
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
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4. Escopo
O período a ser examinado pela auditoria será de julho a dezembro de XXXX,
nos recursos relativos ao Componente 1, conforme Contrato de Empréstimo nº XXXXX.
Dentre essas áreas e exames a serem realizados, conforme exigência do
DESTINATÁRIO, ressaltam-se as seguintes:
2
C.O.S.O.: Committee on Sponsoring Organizations of the Treadway Commission. Relatório preparado
pela comissão Treadway sobre o novo enfoque para o controle interno, datado de setembro de 1992.
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
Espera-se ao final um risco menor que 5%, com 95% de confiança em relação
às conclusões emitidas.
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MANUAL BÁSICO DE SISTEMA DE CONTROLE INTERNO MUNICIPAL
8. Estimativa de Recursos
Contudo, haja vista o prazo acordado para entrega do Relatório de Auditoria até 30
de outubro de 2011, os trabalhos de auditoria serão iniciados e concluídos utilizando-se os
critérios definidos na reunião realizada em 10 de agosto corrente, entre a 5ª ICE, o
XXXXXXX e a Coordenação Geral do Programa XXXXXXX, conforme Memória da
Reunião anexa a este Relatório de Levantamento Preliminar, caso o termo de referência
definitivo não chegue tempestivamente à este XXXXXXX, para que o MUNICIPIO não
venha a sofrer sanções por descumprimento de prazo contratual.
Cronograma de Atividades
Matriz de Planejamento
Roteiro de Controle de qualidade do Comitê de Controle de Qualidade das
Auditorias do ....
Roteiro de Avaliação do Sistema de Controle Interno do Programa
Roteiro de Avaliação das Licitações realizadas exclusivamente com recursos do
Município
Roteiro de avaliação dos registros, dos controles e da manutenção dos bens
adquiridos com recursos do Acordo de Empréstimo
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À superior consideração.
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2) As delegações de
autoridade estão
acompanhadas de claras
definições de
responsabilidade?
3)Existem procedimentos
e/ou instruções de trabalho
padronizados?
4) Há planejamento para o
treinamento?
7) Se o funcionário agir em
desrespeito ao código de
conduta, são tomadas
medidas disciplinares e/ou
punitivas?
8) Há mecanismos de
participação dos servidores
na elaboração das regras de
conduta?
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organização?
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SETOR:
Questão de Auditoria: As atividades realizadas pela ... estão de acordo com as exigências
da legislação pertinente?
Ref. Achados de Auditoria Critério Análises e Causas Efeitos Proposições Benefícios Referência
Evidências Esperados
1
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1) Os objetivos e metas da
organização se encontram
formalizados?
2) Foram identificados os
processos mais críticos?
3) Foram levantados e
diagnosticados os pontos de
falha dos processos?
4) Foram estimadas as
probabilidades de ocorrência
e/ou impactos dos riscos?
6) Existem históricos de
perdas/fraudes internas?
8) Há controles adequados
em áreas críticas como
estoques/
compras/numerário?
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obsolescência, perdas
previstos e monitorados?
Atividades de Controle
São aquelas atividades que, quando executadas dentro do seu tempo e de maneira
adequada, permitem a minimização e gestão dos riscos. Constituem-se em atividades de
prevenção ou de detecção. Citam-se as seguintes como principais:
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3) As funções/atividades estão
adequadamente segregadas nas
Unidades?
7) O sistema de processamento de
informações é seguro e confiável?
8) Existem normas/orientações
escritas para realização de
contratações, subordinadas aos
ditames legais?
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