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03Agosto

Introdução ao direito previdenciário

Conceito e Finalidade
Trata-se do ramo do direito publico, que tem por objeto estudar, analisar e interpretar
os princípios e normas constitucionais, legais e regulamentares que se refere ao custeio e as
prestações devidas aos segurados do regime geral, bem como do regime próprio dos agentes
públicos ocupantes de cargos efetivos.

 Previdência social
Este confeito defere do de previdência social que é o sistema pelo qual, mediante
contribuição, os indivíduos e seus dependentes ficam resgatados quando a eventos
infortúnios (morte, doença, idade avançada maternidade, reclusão).

 Seguridade social
Também de defere da seguridade social que é um gênero, cujo as espécies são
previdência social, assistências social (LOAS) e saúde (SUS).

Risco Social
É empregado para designar os eventos, fatos ou acontecimentos que ocorrem na vida
de todos os homens provocando um desajuste nas condições normais de vida, em especial o
obtenção de rendimentos decorrentes do trabalho, gerando necessidades de serem atendidas.

Histórico no mundo (5 grandes Períodos)


 Mutualismo (sec. XIII)
Data de antes de Cristo o modelo Mutualista em que à contribuição de determinado
grupo para o benefício individual para cada um dos contribuintes, em que havia o amparo aos
órfãos e as viúvas.
Há ainda origens na Roma antiga e na Grécia.
No império inca, havia o cultivo de terras com o trabalho comum, visando atender as
necessidades alimentares dos anciãos, doentes, inválidos, órfãos, que não tinha capacidade
de produção.
 Seguro Privado (sec. XIV e XVI)
Noticia que se tem da preocupação do homem em relação ao infortúnio data de 1344,
ano da celebração do primeiro contrato do seguro marídico, que posteriormente deve a sua
cobertura ampliada para risco de incêndio.
Sugiram também neste período confrarias/associações com fins religiosos que
abrangiam pessoas da mesma categoria ou profissão, em que seus associados pagavam uma
taxa anual, visando ser utilizada em caso de doença, pobreza e velhice.
No seguro privado só tinha direito a cobertura aqueles que contribuíam, ficando
excluídos os pobres e os mais necessitados.

 Seguro público (sec. XVII)


Em 1601, a Inglaterra editou “Poor relief act” (lei dos pobres), que instituía a
contribuição obrigatória para fins sociais, consolidado outras leis já existentes.
A constituição francesa de 1723 de seu art. 21 considerava à assistência pública uma
divida sagrada, em que a sociedade devia sustentar os miseráveis , dando-lhes trabalho, ou
assegurando os meios de subsistência aos que não estivessem em condições laborativas.
Nesse período prevalece o custeio público com vistas a assegurar benefícios a todos
os cidadãos independente de contribuir.

 Seguro social (sec. XVIII XIX)


Na Alemanha, Otto Von Bismarck introduziu uma serie de seguros sociais, de modo a
atenuar atenção existente nas classes trabalhadoras, sendo instituído o seguro doença em
1883, custeado pelo os empregados, empregadores e o estado. Em 1884 instituto o seguro
contra acidente de trabalho custeado pelo os empregadores, e 1889 o seguro invalides.
Estabeleceu-se ai a tríplice repartição do custeio entre empregado, empregadores e
o estado
Na Inglaterra, entre 1897 a 1911 foram criadas um seria de normas visando assegurar
o trabalhador em casos de infortúnios, com o tríplice custeio. Da mesma forma a França em
1898

 Seguridade Social (sec. XX)


Com o constitucionalismo social, constituições de vários países começaram a tratar de
direitos sociais, econômicos, trabalhistas e previdenciários, sendo a constituição do México de
1917 no seu art. 127 a primeira no incluir no seu bojo o seguro social. Seguindo-se a ela, a
constituição Soviética de 1918 e a Alemã de Weimar de 1919, tratavam também de direitos
previdenciários com sistemas de seguros sociais para atender a conservação da saúdes para a
capacidade para o trabalho.
Nos Estados Unidos, Franklin Roosevelt estabeleceu a doutrina Wellfare State (estado
do bem estar social), para tentar resolver a crise de 1929 pra preconizava a luta contra a
miséria e especialmente o desemprego e a velhice.
Em 1941, o plano Beveridge da Inglaterra propôs um programa de política social,
garantindo que o indivíduo ficasse acobertado de certas contingências social como a
indigência, a pobreza, a invalidez, e por qualquer outra motivo que o impedisse de trabalhar.
Berveridge dizia que a segurança social deveria ser prestada do berço ao tumulo. O
plano estabelecia o principia da universalidade para todos os cidadãos trabalhadores ou não.
Era universal e uniforme.
A declaração universal dos direitos do homem de 1948 em seu art. XXV inscreve entre
outros direitos fundamentais o direito a seguridade em caso de desemprego, doença,
invalidez, viuveis, velhice, ou outros casos de perda de meios subsistência em circunstâncias
fora do seu controle.

Histórico no Brasil 10/08


1- Período de implantação
A previdência privada no Brasil teve origem em 1543 com a criação de plano de pensão
para os empregados da irmandade santa casa de Santos/SP (1º hospital do Brasil) , fundado
por Braz Cubas.
Em 1835, foi fundado o Mongeral, que foi a primeira providencia privada no Brasil. A
constituição do império de 1824 instituiu a figura dos socorros públicos, seguido dos socorros
de Vasco da Gama de 1881 e do Marquês de Pombal de 1882.
A doutrina majoritária considera a Lei Eloy Chaves (decreto legislativo 4682/1823), o
marco inicial da previdência social brasileira. Essa lei instituiu as coisas de aposentadorias e
pensões para os ferroviários, que assegurava a eles os benefícios de aposentadoria por
invalidez e ordinária, pensão por morte e assistência médica.

2- Período de expansão
Esse período se caracteriza pela extensão dos benéficos da lei Eloy Chaves, para os
trabalhadores da iniciativa privada, separados por categorias como os marítimos,
comerciários, industriários, bancários, entre outros.
Administração das CAP´S ficara a cargo dos empregadores, sendo que o Estado apenas
estabelecia as regras de funcionamento.
A administração Estadual somente passou a ocorrer a partir do surgimento dos
institutos de aposentadorias e pensões (IAP´s), que eram autarquias federais centralizadas no
governo federal, organizadas torno das categorias profissionais.
Nesse período também foi criado o FUNRURAL (fundo de assistência ao trabalhador
rural) pelo qual o trabalhador rural tinha direito a aposentadoria por velhice, por invalidez,
pensão por morte e auxilio funeral, todos no valor de meio salário mínimo. Não havia
contribuição por parte do trabalhador.
Em 1972 os empregados domésticos foram incluídos no sistema previdenciário
nacional.

3- Período de unificação
A lei orgânica da providência social, nº 3.801/60 (LOPS) unificou a legislação referente
aos IAP´S, que foi posteriormente regulamentada pelo decreto 48959A de 1960, que é o
regulamento geral da previdência social.

4- Período Reestruturação
Com a criação do sistema integrado nacional da previdência social e assistência social
(SINPAS) pela lei 6439/77, integrou as atividades da previdência, assistência social e saúde,
agregando todas estas entidades até a CF/88, que implantou o sistema da seguridade social.

IAPAS- ARRECADAÇÃO E FISCALIZAÇÃO


INAMPS- RESPONSAVEL PELA SAÚDE
SINPAS INPS- CONCESSÃO E FISCALIZAÇÃO
LBA- ASSISTÊNCIA SOCIAL
FUNABEM- PROTEÇÃO MENORES
CEME- MEDICAMENTOS

5- Período da seguridade social (art. 194 e 204 CF)


Com a promulgação da CF/88 criou-se um capitulo inteiro para tratar da seguridade
social que é entendida como gêner, cujas espécies são providência, assistência e saúde.
Ocorrerem mudanças principiológicas nos valores e alcance da proteção social no
Brasil, sendo regida, dentre outros princípios, pelo principio da universalidade da cobertura e
do atendimento.
A lei 8.029/90 criou o INSS, que é uma autarquia federal vinculada ao Ministério do
Trabalho.
Nesse período também surgiram as leis básicas da seguridade social:
 Lei 8.080/90 (saúde)
 Lei 8.212/91 (custeio)
 Lei 8.213/91 (benefícios)
 Lei 8.742/93 (assistência social)

Seguridade social
Seguridade social- sistema contribuição birmarck- previdência social
Sistema não contribuição beneridge- assistência social- saúde ISVS

1- Definição de seguridade social art. 194, CF


Seguridade social consiste no conjunto integrado de ações que visam assegurar os
direitos fundamentais à saúde, assistência e previdência social, de iniciativa do poder publico e
de toda a sociedade.

Princípios

1- Universalidade da cobertura e do atendimento.


A seguridade social deverá atender a todos as necessitadas especialmente através da
saúde, e da assistência, contudo, essa universalidade não é absoluta, tendo em vista a
insuficiência de recursos, devendo ser escolha dos ricos sociais mais relevantes,de acordo com
o interesse publico e a reserva do possível.
A universalidade da previdência também é limitada, por sua necessária
contributividade, só tendo acesso ás prestações os segurados e seus dependentes.
Como forma de ampliar as ações da seguridade social, especialmente da previdência, o
art. 13 da lei 8.213/91, instituiu a figura do segurado facultativo, qye é a felie ao regime geral
da previdência social.
Também é exemplo dessa ampliação a celebração progressiva de tratados
internacionais, visando o reconhecimento do tempo de contribuição prestado por brasileiros
no exterior com o fim de pagamento de benefícios previdenciários por exemplo com países do
MERCOSUL, Portugal, Itália, Grécia, Japão, dentre outros.
17agosto

 Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços ás populações urbanas e rurais.


Não é mais possível a discriminação negativa em desfavor das populações rurais como
aconteceu no passado, pois agora os benefícios e serviços das seguridades sociais deverão
tratar isoladamente os povos urbanos e rurais.
Isso não quer dizer que não possa haver tratamento diferenciado, porquanto, diante
da situação concreta das dificuldades do trabalho no campo é possíveis ações afirmativas
como, por exemplo, a redução de 5 anos nas aposentadoria por idade e a forma especial de
contribuição previdenciária baseada comercialização da produção prevista no art. 195 § 8º da
CF

 Seletividade e distributividade
Pela seletividade, o legislador devera escolher os benefícios e serviços, bem como os
requisitos para a sua conceição conforme as necessidades sociais e a disponibilidade de
recursos.
Já na distributividade, por força também do principio da isonomia, funciona como
instrumento de desconcentração de riquezas e de realizador de justiça social .

Princípios da seguridade
 Irredutibilidade do valor dos benefícios
Por força deste principio e da segurança jurídica, não será possível a redução do valor
nominal de benefício da seguridade social, vedando-se o retrocesso securitário.
Já para os benefícios previdenciários, alem da irredutibilidade nominal ainda é
garantido o reajustamento para manter o seu valor real, o que reflete uma irredutibilidade
matéria (art. 41 A da lei 8.213/91), (art. 201 §4ª da CF).

 Equidade de participação no custeio


O custeio devera ser o mais amplo possível, mas com tratamento isonômico, ou seja,
aqueles que dispuserem de mais recursos, bem como os que mais provocarem a cobertura da
seguridade social deveram contribuir mais.
Este principio também decorre do principio da capacidade contributiva em que as
contribuições para a seguridade social deveram ser proporcionais a riqueza dos contribuintes.
Como exemplo tem o aumento de algumas contribuições devidas pelas instituições
financeiras que sofrerão acréscimo de 2,5 %. Também temos a variação do seguro acidente
trabalho (SAT) que poderá ser dobrada ou ate reduzida em 50% de depender a freqüência,
gravidade e custo nos acidente de trabalho.
Por fim, temos ainda a progressividade de alíquotas das contribuições previdenciária
dos trabalhadores, proporcionalmente a sua remuneração, sendo de 8, 9 ou 11 % para alguns
segurados.

 Diversidade da base de financiamento


O financiamento da seguridade devera ter muitas fontes, como forme de garantir a
solvibilidade do sistema nos termos do art. 195 , I ao IV da CF.
 Gestão quadripartite
A gestão da seguridade será quadripaetite de índole democrática e descentralizada,
com participação dos trabalhadores, empregadores , aposentados e o poder publico , nos seus
órgãos colegiados.
Como exemplo podemos citar o conselho nacional da previdência, o conselho nacional
da assistência social, e o conselho da saúde.

 Solidariedade
A seguridade social e encenciomante solidariam, pois visa agasalhar as pessoas em
momentos de necessidade, seja na conceição de um beneficio previdenciário ao segurado
impossibilitado de trabalhar (previdência), seja no fornecimento de medicamentos a uma
pessoa enferma (saúde) ou pela doação de alimento a uma pessoa em estado de estrema
pobreza ( assistência).
A uma verdadeira socialização dos riscos com toda a sociedade, onde aqueles que
pagam tributos ou contribuições, mais ainda não gozam dos seus benefícios, poderão amanha
ser um dos beneficiados.
Por força desses principio justifica-se a contribuição compulsória, mesmo daquele que
já se aposentou, mas continua trabalhando, e também justifica o fato daquele segurado, que
começou a trabalhar poder se aposentar no mesmo dia mesmo sem ter vestido nenhuma
contribuição, diante de um infortúnio que o tone invalido.

 Precedência da fonte de custeio


Por este principio nenhuma beneficio ou serviço as a seguridade social poderá ser
majorado criado ou estendido, sem a correspondente fonte de custeio.

Previdência social no Brasil

Planos básicos – regime geral da previdência (INSS)- regime próprio (servidores concursados)-
plano de seguridade dos congressistas

Planos Complementares- regime público-


regime privado- aberto- fechado
Plano básico
 Regime geral de previdência social (RGPS)
É obrigatório para os trabalhadores em geral, exceto para os titulares de cargos
públicos efetivos e militares vinculados a regime próprio de previdência.

 Regime próprio de previdência social (RPPS)


É obrigatório para os servidores públicos efetivo da União, Estados, DF e Municípios,
bem como os militares nos termos do art. 40 e seus incisos da CF.
Em relação aos militares, constituem esses uma categoria autônoma com tratamento
diferenciado, porquanto não se aposentam e sim permanecem na reserva remunerada ou
reforma.

 Planos de seguridade dos congressistas (PSSC)


Instituído pela lei 9506/97, de filiação facultativa aos deputados ferais, senadores e
suplentes, cuja opção deverá ser feita dentro do prazo de 30 dias a contar do inicio do
mandato.

Plano complementares
1. Plano Público
De filiação facultativa a ser criado pelos entes políticos, com contribuição definida nos
termos dos parágrafos 14 e 15 do art. 40 da CF. (lei 13.618/12 União)

2. Plano privado
 Aberto
Explorado por sociedades anônimas com autorização da União de índole facultativa
com benefícios concedidos progressivamente ou em pagamento único, acessivo as pessoas
físicas regulamentado pelo art. 202 da CF.
Por exemplo, o BRASILPREVI S/A.

 Fechado
Mantido por entidades fechadas (associações ou fundações), facultativa, que oferece
planos de previdência aos empregados patrocinadores os associados também regulando pelo
art. 202 da CF.
Por exemplo, PREVI-BB; PETROS; OABPREVI.

OBS: devem conter nos dois planos (aberto/fechado) o beneficio definido, contribuição
definida e contribuição variável.

Princípios da previdência social


(art. 3º da lei 8.212/91, art.2º da lei 8.213/91 e art. 194 a 204 da CF)
1. Contributividade
Só tem acesso o segurado e seus dependentes quem pagar, real ou presumidamente.
2. Obrigatoriedade de filiação
Os trabalhadores básicos são obrigados a contribuir com a previdência social.
3. Equilíbrio financeiro e atuarial
É a previdência manter a receita com a despesa.
A atuarial e a elaboração de cálculos para o futuro (corta benefícios, adicionar
benefício, etc), levando em consideração a mudança da humanidade.
4. Universalidade de participação nos planos de previdência
A participação da previdência é de acesso a todos, dentro do que é possível.
5. Uniformidade e equivalência as populações urbanas e rurais
Não pode haver discriminação entre os trabalhadores urbanos e rurais, porem pode
ter tratamento diferenciado.
6. Seletividade e distributividade
O legislador vai selecionar as prestações e a quem estas prestações são devidas.
O benefício previdência serve para distribuir renda.
7. Salários de contribuição corrigidos monetariamente
A correção monetária para os beneficiários conforme do salário base da contribuição
8. Irredutibilidade dos valores dos benefícios
Se for estabelecido um benefício de R$1.000,00 esse valor não pode ser reduzido no
caso de saúde e assistências, na previdência alem da redução numérica também não será
reduzido o seu poder de compra.
9. Garantia de benefícios não inferiores ao salário mínimo
Os beneficio que substitui a renda do trabalhador (auxilio doença, aposentadoria por
invalidez) não poder ser inferior a um salário mínimo.
10. Previdência complementar facultativa
Que garante o plano da existência da previdência complementar para manter o status
11. Gestão quadripartite
Os órgãos de deliberação têm a participação dos empregadores, trabalhadores,
aposentados e do governo.
12. “Tempus Regit Actum”
As regras do aposentaria é equivalente aquele tempo. O que se aposenta antes da
regra nova não tem direito a esta. (não tem direito ao regime mais benéfico)
13. Vedação ao retrocesso social
Em matéria do beneficio pode sim haver um retrocesso.
14. “Im dublio pro misero”
Na duvida se decide em favor do assegurado
15. Automaticidade das prestações
Não pode ser privado dos benefícios por falta de contribuição.
16. Indisponibilidade dos benefícios
O benefício não pode ser penhorado (salvo pensão alimentícia), alienado, trocado, etc.
Por ser verba alimentar.

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