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Ministério do Trabalho e
Emprego
OBJETO: Capítulos 5 e 6 do Livro de Pedro
Durão “Técnicas de Parecer – Como
fazer um Dictamen Jurídico”
- ANÁLISE ELABORATIVA
- INDEPENDÊNCIA E PAPEL
DO CONSULTOR PÚBLICO.
“De certa maneira, pode-se fazer uma comparação da estrutura do parecer jurídico com a
estrutura de uma sentença, pois que ambos devem possuir relatório, fundamentação e
conclusão.”
Com este norte, tem-se que o relatório é a descrição do assunto ou dos fatos que geraram o
processo e que vem a exame do parecerista.
No relatório, não pode haver emissão de juízo de valor, mas, tão-somente, a apresentação
do que irá ser analisado, uma descrição de todos os fatos/questões submetidos ao crivo do
parecerista e a menção dos documentos porventura existentes.
Por meio do relatório, tem-se a verificação de que o parecerista tomou ciência de tudo que
existe nos autos.
[1] Manual de Técnica de Parecer Jurídico, Editora Podium, 2ª. edição, p. 43.
DESENVOLVIMENTO
É nesta fase que o parecerista tece as suas considerações sobre
os fatos que chegaram, pelo processo, à sua análise e lança mão
das normas jurídicas existentes sobre o assunto de que se
ocupará, além de fazer uso de sua experiência profissional.
[1] Manual de Técnica de Parecer Jurídico, Editora Podium, 2ª. edição, p. 43.
Plano de fundamentação, na lição de Pedro Durão, consiste no
trabalho de identificar as teses adequadas ao caso em concreto,
registrar as idéias, anotá-las, mesmo que, em um primeiro momento,
elas estejam desordenadas. Passo contínuo, tais idéias devem ser
selecionadas, oportunidade em que algumas serão descartadas e
outras adotadas.
Identificar teses
Plano de Fundamentação
Registrar idéias
Esquematizar idéias
Feito o esquema, o passo seguinte é escrever o parecer e, para
isto, o parecerista deve aliar a concatenação de suas idéias ao bom
vernáculo, além de evitar o uso de uma linguagem rebuscada
(equívoco cometido normalmente com o fito de mostrar erudição,
mas que atrapalha o bom entendimento do texto e se distancia da
clareza e objetividade que devem dirigir a redação desta peça
jurídica).
DL 200/67:
Lei nº 8.666/93:
Tipos
Vício material
Vício de forma
Vício Material
“error in procedendo”
= Ocorre no cumprimento das atividades do ofício;
= No curso do procedimento; ou
= Quando não se observa as normas que regulam as
modalidades da atividade.
Vício de Forma
Desatenção aos ritos prescritos necessários à validade
júridica da manifestação.
Sanabilidade dos Vícios
Os vícios, sejam materiais ou formais, são passíveis
de remoção ou suprimento, podendo ser sanados por
autoridade imediatamente superior, inclusive, por
despacho motivado retificador.
Referência:
DURÃO, Pedro, Técnica de Parecer – Como fazer um
Dictamen Jurídico. 2ª Reimpressão, 2009, págs. 49-50.
Vícios mais comuns em Pareceres
->Falta de:
Objetividade
Clareza
Fundamentação (legislação, doutrina e jurisprudência)
Concisão
Ordenamento das fases do parecer
Atendimento do pedido do autor
->Linguagem Rebuscada
CONSIDERAÇÕES FINAIS
“ (...) é prudente fazer uma diferenciação entre a atividade
consultiva do parecerista e o trabalho do procurador ou advogado
de uma parte. Este é necessariamente parcial, pois tem o dever de
defender seu cliente, expondo com o maior vigor possível os
argumentos favoráveis ao seu constituinte, dentro dos limites da
ética e do bom-senso. O consultor tem um compromisso
fundamental com a ordem jurídica, com a verdade científica e com
a justiça; cumpridos esses compromissos, pode expor, até com
veemência, os elementos que o levaram a formar sua convicção.”
Cuidados na utilização do
vernáculo.
Deveres:
Eficiência e Imparcialidade.
Relatório
Conclusão
Relatório:
Motivos internos e externos.
Fundamentação:
Normas: regras e princípios
Ausência de normas?
O Advogado Público pode se eximir
de proferir um parecer alegando que
não há normas específicas que
resolvam a consulta ou o caso
concreto?
CPC, art. 126. O juiz não se exime de sentenciar ou
despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei.
No julgamento da lide caber-lhe-á aplicar as
normas legais; não as havendo, recorrerá à
analogia, aos costumes e aos princípios gerais de
direito.
LICC, art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá
o caso de acordo com a analogia, os costumes e os
princípios gerais de direito.
Além das normas (se houver) + doutrina e
jurisprudência.
PARECER é considerado ato administrativo?
a) É para o advogado?
b) É para o Coordenador?
c) É para o consultor?
Conclusão da CONCLUSÃO – tem que
ser direta e objetiva.
EXEMPLO: Conclusão do PARECER/EFN/CONJUR/MTE/042/2007
41. Lembre-se, ainda, que o próprio § 2º, do artigo 1º, da IN STN 01, de 1997,
estabelece que a descentralização da execução mediante convênio somente se
efetivará para entes que disponham de condições para consecução do seu objeto,
o que deduz, s.m.j., que a utilização de despesas de capital seja, pelo menos,
reduzida.
CONCLUSÃO
42. Em face do acima exposto, conclui-se que:
(i) é possível, ainda, celebrar convênios com entes privados não integrantes da
Administração Pública;
(ii) a interpretação firmada anteriormente por este Ministério é a de que era
possível repassar contribuições classificadas como despesa de capital, ante ao
entendimento de que, como a Lei nº 10.748, de 2003 (PNPE) previa a celebração
de convênios com ONGs, tal previsão permitia realização de despesas de capital;
(iii) atualmente, não obstante a análise individual de cada caso específico, o
entendimento desta CONJUR é o de que, pelo menos em tese, é necessária
criação de lei especial anterior para regular a matéria, tratando especificamente
sobre contribuição de capital;
(iv) tal fato, por si só, não inviabiliza a realização de descentralização de
execução do Programa com ONGs, vez que as verbas destinadas à efetivação dos
convênios podem também ser custeadas por intermédio de contribuição corrente,
desde que respeitados os ditames legais;
(v) recomendar a inclusão, na Medida Provisória a ser editada para criação do
“Programa Projovem Trabalhador”, a ser lançado no próximo exercício, de
dispositivo autorizando o repasse de contribuição de capital e corrente para
ONGs, no intuito de dirimir dúvidas sobre o tema e possibilitar adequação aos
termos da Lei de Diretrizes Orçamentárias, em que pese, especificamente, para
as contribuições correntes a Lei não ser taxativa quanto à existência de
previsão em lei específica, facultando a seleção da entidade para execução do
programa; e,
b) Parecer obrigatório: é o que a norma jurídica dispõe seja solicitado, em certos casos,
a determinados órgãos consultivos. A consulta constitui fase do procedimento
administrativo preordenado à edição de determinado ato. Obrigatória, porém, somente a
solicitação do parecer; tal omissão influi sobre a validade do ato final, mas não há dever
da administração de agir em conformidade com a opinião do órgão consultivo,
respeitadas as questões de legalidade e validade.
a) Preâmbulo
b) Ementa
c) Relatório
d) Fundamentação
e) Conclusão
f) Fecho
No preâmbulo, indicam-se:
B) EMENTA
Segundo Pedro Durão, a ementa se traduz no resumo dos fatos, teses
apontadas e os princípios expostos no parecer.
Insta registrar que, no âmbito da Consultoria Jurídica junto ao MTE, foi publicada
a ORDEM DE SERVIÇO/CONJUR/MTE/Nº 001, de 23 de julho de 2009, que
estabelece as diretrizes básicas para elaboração e padronização das ementas dos
pareceres:
D) FUNDAMENTAÇÃO
F) FECHO
Muito obrigado
pela atenção !