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(Continuação do Acórdão referente ao Processo n° 31.557/2017.............................................)
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ilha de Anhatomirim e a praia de Caieiras do Norte, cerca das 12h30min, a esposa da
vítima, Carlos Esteban Ghilardi, procurou o Mestre da escuna, Isaias Idalício das Neves,
no passadiço, e informou que Carlos Esteban estava com mal estar a bordo; o Mestre
informou o fato à Capitania dos Portos, via VHF, e determinou ao marinheiro Fabrício
José de Oliveira para que se dirigisse até o local onde estava a vítima e prestasse auxílio;
em seguida ligou para o Sr. Ivon Idalício, proprietário da embarcação, que estava em terra,
e este imediatamente acionou o SAMU, através do telefone 192; o Mestre deu ordem ao
marinheiro de máquinas Alessandro para dar toda força na máquina, para chegar mais
rápido ao local de destino, o trapiche da praia de Caieiras. Com a embarcação já atracada,
a vítima foi atendida pelo SAMU, por quase uma hora e não obteve melhora no seu
quadro, vindo a falecer por infarto agudo do miocárdio, como descrito e certificado por
profissionais capacitados em Certidão de Óbito anexada aos autos
Os Peritos consideraram que os fatores humano, material e operacional não
contribuíram e concluíram que a causa do óbito de Carlos Esteban Ghilardi foi infarto
agudo do miocárdio.
As testemunhas apresentaram os fatos como descritos no Laudo de Exame
Pericial.
No Relatório, fls. 103 a 108, o Encarregado do IAFN, depois de resumir os
depoimentos e o Laudo de Exame Pericial, considerou que o fator humano contribuiu,
visto que o passageiro sofreu um infarto agudo do miocárdio, tratando-se de causa natural.
Após autuados os autos foram encaminhados à D. Procuradoria Especial da
Marinha que, depois de resumir as conclusões do Encarregado e outros pontos apurados
no IAFN, fls. 116 a 118, requereu o seu arquivamento, por entender que o falecimento do
passageiro Caros Esteban Ghilardi decorreu de causa natural, não se vislumbrando fato ou
acidente da navegação tipificado nos artigos 14 e 15, da Lei nº 2.180/54.
Foi publicada Nota para Arquivamento, tendo decorrido o prazo legal sem que
possíveis interessados se manifestassem.
Por todo o exposto, deve-se concordar com a manifestação da Douta
Procuradoria Especial da Marinha no sentido de mandar arquivar os presentes autos, tendo
em vista as circunstâncias apresentadas nos autos não se vislumbrando fato ou acidente da
navegação.
Assim,
ACORDAM os Juízes do Tribunal Marítimo, por unanimidade: a) quanto à
natureza e extensão do acidente/fato da navegação: x x x; b) quanto à causa determinante:
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(Continuação do Acórdão referente ao Processo n° 31.557/2017.............................................)
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x x x; e c) decisão: julgar o fato apurado, óbito do passageiro Carlos Esteban Ghilardi, por
infarto agudo do miocárdio, causa natural, depois de desembarcar, tendo passado mal a
bordo da escuna “BARBA NEGRA”, como não tipificado como fato ou acidente da
navegação, nos artigos 14 e 15, da Lei nº 2.180/54, mandando arquivar os presentes autos,
conforme promoção da Douta Procuradoria Especial da Marinha, de fls. 116 a 118.
Publique-se. Comunique-se. Registre-se.
Rio de Janeiro, RJ, em 27 de setembro de 2018.
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Assinado de forma digital por COMANDO DA MARINHA
DN: c=BR, st=RJ, l=RIO DE JANEIRO, o=ICP-Brasil, ou=Pessoa Juridica A3, ou=ARSERPRO, ou=Autoridade Certificadora SERPROACF, cn=COMANDO DA
MARINHA
Dados: 2018.12.10 14:09:16 -02'00'