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Noções de Segurança Pública

Segurança Pública – DF

Professor Fidel Ribeiro

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Noções de Segurança Pública

LEI Nº 12.681, DE 4 DE JULHO DE 2012

Institui o Sistema Nacional de Informações de cas de que trata o art. 1º; (Revogado pela
Segurança Pública, Prisionais e sobre Drogas – Lei nº 13.675, de 2018) (Vigência))
SINESP; altera as Leis nos 10.201, de 14 de fe-
vereiro de 2001, e 11.530, de 24 de outubro de II – disponibilizar estudos, estatísticas, indi-
2007, a Lei Complementar no 79, de 7 de janei- cadores e outras informações para auxiliar
ro de 1994, e o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de na formulação, implementação, execução,
outubro de 1941 – Código de Processo Penal; e monitoramento e avaliação de políticas
revoga dispositivo da Lei nº 10.201, de 14 de fe- públicas; (Revogado pela Lei nº 13.675, de
vereiro de 2001. 2018) (Vigência))

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que III – promover a integração das redes e sis-
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a temas de dados e informações de segurança
seguinte Lei: pública, criminais, do sistema prisional e so-
bre drogas; e (Revogado pela Lei nº 13.675,
Art. 1º É instituído o Sistema Nacional de Infor- de 2018) (Vigência))
mações de Segurança Pública, Prisionais e sobre
Drogas – SINESP, com a finalidade de armazenar, IV – garantir a interoperabilidade dos siste-
tratar e integrar dados e informações para au- mas de dados e informações, conforme os
xiliar na formulação, implementação, execução, padrões definidos pelo Conselho Gestor.
acompanhamento e avaliação das políticas rela- (Revogado pela Lei nº 13.675, de 2018) (Vi-
cionadas com: (Revogado pela Lei nº 13.675, de gência))
2018) (Vigência)) Parágrafo único. O Sinesp adotará os pa-
I – segurança pública; (Revogado pela Lei nº drões de integridade, disponibilidade, con-
13.675, de 2018) (Vigência)) fidencialidade, confiabilidade e tempes-
tividade estabelecidos para os sistemas
II – sistema prisional e execução penal; e informatizados do Governo Federal. (Revo-
(Revogado pela Lei nº 13.675, de 2018) (Vi- gado pela Lei nº 13.675, de 2018) (Vigên-
gência)) cia))
III – enfrentamento do tráfico de crack e Art. 3º Integram o Sinesp os Poderes Executivos
outras drogas ilícitas. (Revogado pela Lei nº da União, dos Estados e do Distrito Federal. (Re-
13.675, de 2018) (Vigência)) vogado pela Lei nº 13.675, de 2018) (Vigência))
Art. 2º O Sinesp tem por objetivos: (Revogado § 1º Os dados e informações de que trata
pela Lei nº 13.675, de 2018) (Vigência)) esta Lei serão fornecidos e atualizados pelos
integrantes do Sinesp, na forma disciplinada
I – proceder à coleta, análise, atualização, pelo Conselho Gestor.
sistematização, integração e interpretação
de dados e informações relativos às políti- § 1º Os dados e informações de que trata
esta Lei deverão ser padronizados e catego-

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rizados e serão fornecidos e atualizados pe- Art. 6º Constarão do Sinesp, sem prejuízo de
los integrantes do Sinesp, na forma discipli- outros a serem definidos pelo Conselho Gestor,
nada pelo Conselho Gestor. (Redação dada dados e informações relativos a: (Revogado pela
pela Lei nº 13.604, de 2018) (Revogado pela Lei nº 13.675, de 2018) (Vigência))
Lei nº 13.675, de 2018) (Vigência))
I – ocorrências criminais registradas e res-
§ 2º O integrante que deixar de fornecer ou pectivas comunicações legais; (Revogado
atualizar seus dados e informações no Si- pela Lei nº 13.675, de 2018) (Vigência))
nesp não poderá receber recursos nem ce-
lebrar parcerias com a União para financia- II – registro de armas de fogo; (Revogado
mento de programas, projetos ou ações de pela Lei nº 13.675, de 2018) (Vigência))
segurança pública e do sistema prisional, na III – entrada e saída de estrangeiros; (Revo-
forma do regulamento. (Revogado pela Lei gado pela Lei nº 13.675, de 2018) (Vigên-
nº 13.675, de 2018) (Vigência)) cia))
Art. 4º Os Municípios, o Poder Judiciário, a De- IV – pessoas desaparecidas; (Revogado pela
fensoria Pública e o Ministério Público poderão Lei nº 13.675, de 2018) (Vigência))
participar do Sinesp mediante adesão, na forma
estabelecida pelo Conselho Gestor. (Revogado V – execução penal e sistema prisional; (Re-
pela Lei nº 13.675, de 2018) (Vigência)) vogado pela Lei nº 13.675, de 2018) (Vigên-
cia))
Art. 5º O Sinesp contará com um Conselho Ges-
tor, responsável pela administração, coordena- VI – recursos humanos e materiais dos ór-
ção e formulação de diretrizes do Sistema. (Re- gãos e entidades de segurança pública; (Re-
vogado pela Lei nº 13.675, de 2018) (Vigência)) vogado pela Lei nº 13.675, de 2018) (Vigên-
cia))
§ 1º A composição, a organização, o funcio-
namento e as competências do Conselho VII – condenações, penas, mandados de pri-
Gestor serão definidos em regulamento. são e contramandados de prisão; e (Revoga-
(Revogado pela Lei nº 13.675, de 2018) (Vi- do pela Lei nº 13.675, de 2018) (Vigência))
gência))
VIII – repressão à produção, fabricação e
§ 2º Na composição do Conselho Gestor, tráfico de crack e outras drogas ilícitas e a
será assegurada a representação dos inte- crimes conexos, bem como apreensão de
grantes do Sinesp. (Revogado pela Lei nº drogas ilícitas. (Revogado pela Lei nº 13.675,
13.675, de 2018) (Vigência)) de 2018) (Vigência))

§ 3º O Conselho Gestor definirá os parâme- IX – taxas de elucidação de crimes. (Incluído


tros de acesso aos dados e informações do pela Lei nº 13.604, de 2018) (Revogado pela
Sinesp, observadas as regras de sigilo pre- Lei nº 13.675, de 2018) (Vigência))
vistas na legislação específica. (Revogado
§ 1º Na divulgação dos dados e informa-
pela Lei nº 13.675, de 2018) (Vigência))
ções, deverá ser preservada a identificação
§ 4º O Conselho Gestor publicará, no míni- pessoal dos envolvidos. (Revogado pela Lei
mo 1 (uma) vez por ano, relatório de âmbito nº 13.675, de 2018) (Vigência))
nacional que contemple estatísticas, indi-
§ 2º Os dados e informações referentes à
cadores e outras informações produzidas
prevenção, tratamento e reinserção social
no âmbito do Sinesp. (Revogado pela Lei nº
de usuários e dependentes de crack e ou-
13.675, de 2018) (Vigência))
tras drogas ilícitas serão fornecidos, arma-
zenados e tratados de forma agregada, de
modo a preservar o sigilo, a confidencialida-

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de e a identidade de usuários e dependen- Art. 8º A União poderá apoiar os Estados


tes, observada a natureza multidisciplinar e e o Distrito Federal na implementação do
intersetorial prevista na legislação. (Revoga- Sinesp. (Revogado pela Lei nº 13.675, de 2018)
do pela Lei nº 13.675, de 2018) (Vigência)) (Vigência))
§ 3º Os integrantes do Sinesp deverão re- Parágrafo único. O apoio da União poderá
passar compulsoriamente os dados sobre se estender aos participantes de que trata
o
homicídios reportados e taxas de elucida- o art. 4 , quando estes não dispuserem de
ção de crimes. (Incluído pela Lei nº 13.604, condições técnicas e operacionais necessá-
de 2018) (Revogado pela Lei nº 13.675, de rias à implementação do Sinesp. (Revogado
2018) (Vigência)) pela Lei nº 13.675, de 2018) (Vigência))
o
§ 4º Os dados e informações de que trata Art. 9 A Lei nº 10.201, de 14 de fevereiro
este artigo deverão ser disponibilizados na de 2001, passa a vigorar com as seguintes
rede mundial de computadores, com ampla alterações:
transparência. (Incluído pela Lei nº 13.604,
de 2018) (Revogado pela Lei nº 13.675, de “Art. 3º ..........………………............................
2018) (Vigência)) II - .....................……......................................
Art. 7º Caberá ao Ministério da Justiça: (Revoga- d) (revogada);
do pela Lei nº 13.675, de 2018) (Vigência))
e) Secretaria de Direitos Humanos da
I – disponibilizar sistema padronizado, Presidência da República.
informatizado e seguro que permita o
intercâmbio de informações entre os .......................................................... ” (NR)
integrantes do Sinesp, observado o disposto
“Art. 4º ........................……………...................
no § 2º do art. 6º (Revogado pela Lei nº
13.675, de 2018) (Vigência)) § 3º..............................................................
II – auditar periodicamente a infraestrutu- I – o ente federado que tenha instituído, em
ra tecnológica e a segurança dos processos, seu âmbito, plano de segurança pública;
redes e sistemas; e (Revogado pela Lei nº
13.675, de 2018) (Vigência)) II – os integrantes do Sistema Nacional
de Informações de Segurança Pública,
III – estabelecer cronograma para adequação Prisionais e sobre Drogas – SINESP que
dos integrantes do Sinesp às normas e proce- cumprirem os prazos estabelecidos pelo
dimentos de funcionamento do Sistema. (Re- órgão competente para o fornecimento de
vogado pela Lei nº 13.675, de 2018) (Vigência)) dados e informações ao Sistema; e
Parágrafo único. O integrante que fornecer III – o Município que mantenha guarda
dados e informações atualizados no Sinesp municipal ou realize ações de policiamento
antes do término dos prazos do cronograma comunitário ou, ainda, institua Conselho de
previsto no inciso III do caput e de acordo Segurança Pública, visando à obtenção dos
com os parâmetros estabelecidos pelo Con- resultados a que se refere o § 2º.
selho Gestor poderá ter preferência no re-
cebimento dos recursos e na celebração de .....................................................................
parcerias com a União relacionados com os § 6º Não se aplica o disposto no inciso I
programas, projetos ou ações de seguran- do § 3º ao Estado, ou Distrito Federal, que
ça pública e prisionais, na forma do regu- deixar de fornecer ou atualizar seus dados e
lamento. (Revogado pela Lei nº 13.675, de informações no Sinesp.
2018) (Vigência))

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§ 7º Os gastos anuais com projetos que não § 4º Os entes federados integrantes do Sis-
se enquadrem especificamente nos incisos tema Nacional de Informações de Seguran-
I a V do caput ficam limitados a 10% (dez ça Pública, Prisionais e sobre Drogas – SI-
por cento) do total de recursos despendidos NESP que deixarem de fornecer ou atualizar
com os projetos atendidos com fundamento seus dados no Sistema não poderão receber
nesses incisos. recursos do Funpen.” (NR)
§ 8º Os gastos anuais com construção, Art. 12. O parágrafo único do art. 20 do Decre-
aquisição, reforma e adaptação de imóveis to-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Có-
de propriedade da União, dos Estados, digo de Processo Penal, passa a vigorar com a
do Distrito Federal e dos Municípios são seguinte redação:
limitados a 10% (dez por cento) do montante
de recursos alocados no exercício para “Art. 20. ........................................................
atendimento dos projetos enquadrados nos Parágrafo único. Nos atestados de antece-
incisos I a V do caput.” (NR) dentes que lhe forem solicitados, a autori-
“Art. 6º ........................................................ dade policial não poderá mencionar quais-
quer anotações referentes a instauração de
Parágrafo único. O descumprimento do inquérito contra os requerentes.” (NR)
disposto no inciso II do § 3º do art. 4º
pelos entes federados integrantes do Art. 13. Revoga-se a alínea d do inciso II do ca-
Sinesp implicará vedação da transferência put do art. 3º da Lei nº 10.201, de 14 de feverei-
voluntária de recursos da União previstos ro de 2001.
no caput deste artigo.” (NR) Art. 14. Esta Lei entra em vigor na data de sua
Art. 10. O art. 9º da Lei nº 11.530, de 24 de publicação.
outubro de 2007, passa a vigorar com as Brasília, 4 de julho de 2012; 191º da Independência
seguintes alterações: e 124º da República.

“Art. 9º ......................................................... DILMA ROUSSEFF


§ 1º Observadas as dotações orçamentá- Márcia Pelegrini Maria do Rosário Nunes
rias, o Poder Executivo federal deverá, pro-
gressivamente, até o ano de 2012, estender Este texto não substitui o publicado no DOU
os projetos referidos no art. 8º-A para as de 29.6.2012
regiões metropolitanas de todos os Estados.
§ 2º Os entes federados integrantes do
Sistema Nacional de Informações de Segu-
rança Pública, Prisionais e sobre Drogas –
SINESP que deixarem de fornecer ou atua-
lizar seus dados e informações no Sistema
não poderão receber recursos do Pronasci.”
(NR)
Art. 11. O art. 3 da Lei Complementar no 79, de
7 de janeiro de 1994, passa a vigorar acrescido
do seguinte § 4º:
“Art. 3º.........................................................

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LEI Nº 13.675, DE 11 DE JUNHO DE 2018

Disciplina a organização e o funcionamento dos CAPÍTULO II


órgãos responsáveis pela segurança pública, nos DA POLÍTICA NACIONAL DE
termos do § 7º do art. 144 da Constituição Fe-
deral; cria a Política Nacional de Segurança Pú- SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA
blica e Defesa Social (PNSPDS); institui o Sistema SOCIAL (PNSPDS)
Único de Segurança Pública (Susp); altera a Lei
Complementar nº 79, de 7 de janeiro de 1994, a Seção I
Lei nº 10.201, de 14 de fevereiro de 2001, e a Lei DA COMPETÊNCIA PARA
nº 11.530, de 24 de outubro de 2007; e revoga ESTABELECIMENTO DAS POLÍTICAS
dispositivos da Lei nº 12.681, de 4 de julho de
2012.
DE SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA
SOCIAL
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que
o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a Art. 3º Compete à União estabelecer a Política
seguinte Lei: Nacional de Segurança Pública e Defesa Social
(PNSPDS) e aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios estabelecer suas respectivas
políticas, observadas as diretrizes da política
CAPÍTULO I nacional, especialmente para análise e enfren-
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES tamento dos riscos à harmonia da convivência
social, com destaque às situações de emergên-
Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Único de cia e aos crimes interestaduais e transnacionais.
Segurança Pública (Susp) e cria a Política
Nacional de Segurança Pública e Defesa Social Seção II
(PNSPDS), com a finalidade de preservação da DOS PRINCÍPIOS
ordem pública e da incolumidade das pessoas e
do patrimônio, por meio de atuação conjunta, Art. 4º São princípios da PNSPDS:
coordenada, sistêmica e integrada dos órgãos de
I – respeito ao ordenamento jurídico e aos
segurança pública e defesa social da União, dos
direitos e garantias individuais e coletivos;
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
em articulação com a sociedade. II – proteção, valorização e reconhecimento
dos profissionais de segurança pública;
Art. 2º A segurança pública é dever do Estado
e responsabilidade de todos, compreendendo III – proteção dos direitos humanos, respeito
a União, os Estados, o Distrito Federal e os aos direitos fundamentais e promoção da ci-
Munícipios, no âmbito das competências e dadania e da dignidade da pessoa humana;
atribuições legais de cada um.
IV – eficiência na prevenção e no controle
das infrações penais;
V – eficiência na repressão e na apuração
das infrações penais;
VI – eficiência na prevenção e na redução
de riscos em situações de emergência e de-

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sastres que afetam a vida, o patrimônio e o pública nas fases de planejamento, execu-
meio ambiente; ção, monitoramento e avaliação das ações,
respeitando-se as respectivas atribuições
VII – participação e controle social; legais e promovendo-se a racionalização de
VIII – resolução pacífica de conflitos; meios com base nas melhores práticas;

IX – uso comedido e proporcional da força; VI – formação e capacitação continuada e


qualificada dos profissionais de segurança
X – proteção da vida, do patrimônio e do pública, em consonância com a matriz cur-
meio ambiente; ricular nacional;
XI – publicidade das informações não sigilo- VII – fortalecimento das instituições de se-
sas; gurança pública por meio de investimentos
e do desenvolvimento de projetos estrutu-
XII – promoção da produção de conheci-
rantes e de inovação tecnológica;
mento sobre segurança pública;
VIII – sistematização e compartilhamento
XIII – otimização dos recursos materiais, hu-
das informações de segurança pública, pri-
manos e financeiros das instituições;
sionais e sobre drogas, em âmbito nacional;
XIV – simplicidade, informalidade, econo-
IX – atuação com base em pesquisas, estu-
mia procedimental e celeridade no serviço
dos e diagnósticos em áreas de interesse da
prestado à sociedade;
segurança pública;
XV – relação harmônica e colaborativa en-
X – atendimento prioritário, qualificado e
tre os Poderes;
humanizado às pessoas em situação de vul-
XVI – transparência, responsabilização e nerabilidade;
prestação de contas.
XI – padronização de estruturas, de capaci-
Seção III tação, de tecnologia e de equipamentos de
interesse da segurança pública;
DAS DIRETRIZES
XII – ênfase nas ações de policiamento de
Art. 5º São diretrizes da PNSPDS: proximidade, com foco na resolução de pro-
I – atendimento imediato ao cidadão; blemas;

II – planejamento estratégico e sistêmico; XIII – modernização do sistema e da legisla-


ção de acordo com a evolução social;
III – fortalecimento das ações de prevenção
e resolução pacífica de conflitos, priorizan- XIV – participação social nas questões de
do políticas de redução da letalidade violen- segurança pública;
ta, com ênfase para os grupos vulneráveis; XV – integração entre os Poderes Legislati-
IV – atuação integrada entre a União, os vo, Executivo e Judiciário no aprimoramen-
Estados, o Distrito Federal e os Municípios to e na aplicação da legislação penal;
em ações de segurança pública e políticas XVI – colaboração do Poder Judiciário, do
transversais para a preservação da vida, do Ministério Público e da Defensoria Pública
meio ambiente e da dignidade da pessoa na elaboração de estratégias e metas para
humana; alcançar os objetivos desta Política;
V – coordenação, cooperação e colabora-
ção dos órgãos e instituições de segurança

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XVII – fomento de políticas públicas volta- pessoas, do patrimônio, do meio ambiente


das à reinserção social dos egressos do sis- e de bens e direitos;
tema prisional;
III – incentivar medidas para a moderniza-
XVIII – (VETADO); ção de equipamentos, da investigação e da
perícia e para a padronização de tecnologia
XIX – incentivo ao desenvolvimento de pro- dos órgãos e das instituições de segurança
gramas e projetos com foco na promoção pública;
da cultura de paz, na segurança comunitária
e na integração das políticas de segurança IV – estimular e apoiar a realização de ações
com as políticas sociais existentes em ou- de prevenção à violência e à criminalidade,
tros órgãos e entidades não pertencentes com prioridade para aquelas relacionadas
ao sistema de segurança pública; à letalidade da população jovem negra, das
mulheres e de outros grupos vulneráveis;
XX – distribuição do efetivo de acordo com
critérios técnicos; V – promover a participação social nos Con-
selhos de segurança pública;
XXI – deontologia policial e de bombeiro
militar comuns, respeitados os regimes ju- VI – estimular a produção e a publicação de
rídicos e as peculiaridades de cada institui- estudos e diagnósticos para a formulação e
ção; a avaliação de políticas públicas;
XXII – unidade de registro de ocorrência po- VII – promover a interoperabilidade dos sis-
licial; temas de segurança pública;
XXIII – uso de sistema integrado de infor- VIII – incentivar e ampliar as ações de pre-
mações e dados eletrônicos; venção, controle e fiscalização para a re-
pressão aos crimes transfronteiriços;
XXIV – (VETADO);
IX – estimular o intercâmbio de informa-
XXV – incentivo à designação de servidores ções de inteligência de segurança pública
da carreira para os cargos de chefia, levan- com instituições estrangeiras congêneres;
do em consideração a graduação, a capaci-
tação, o mérito e a experiência do servidor X – integrar e compartilhar as informações
na atividade policial específica; de segurança pública, prisionais e sobre
drogas;
XXVI – celebração de termo de parceria e
protocolos com agências de vigilância priva- XI – estimular a padronização da formação,
da, respeitada a lei de licitações. da capacitação e da qualificação dos profis-
sionais de segurança pública, respeitadas as
Seção IV especificidades e as diversidades regionais,
DOS OBJETIVOS em consonância com esta Política, nos âm-
bitos federal, estadual, distrital e municipal;
Art. 6º São objetivos da PNSPDS:
XII – fomentar o aperfeiçoamento da apli-
I – fomentar a integração em ações cação e do cumprimento de medidas res-
estratégicas e operacionais, em atividades tritivas de direito e de penas alternativas à
de inteligência de segurança pública e em prisão;
gerenciamento de crises e incidentes;
XIII – fomentar o aperfeiçoamento dos regi-
II – apoiar as ações de manutenção da mes de cumprimento de pena restritiva de
ordem pública e da incolumidade das liberdade em relação à gravidade dos cri-
mes cometidos;

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XIV – (VETADO); XXVI – fortalecer as ações de prevenção e
repressão aos crimes cibernéticos.
XV – racionalizar e humanizar o sistema pe-
nitenciário e outros ambientes de encarce- Parágrafo único. Os objetivos estabelecidos
ramento; direcionarão a formulação do Plano Nacio-
nal de Segurança Pública e Defesa Social,
XVI – fomentar estudos, pesquisas e publi- documento que estabelecerá as estratégias,
cações sobre a política de enfrentamento às as metas, os indicadores e as ações para o
drogas e de redução de danos relacionados alcance desses objetivos.
aos seus usuários e aos grupos sociais com
os quais convivem; Seção V
XVII – fomentar ações permanentes para o DAS ESTRATÉGIAS
combate ao crime organizado e à corrup-
ção; Art. 7º A PNSPDS será implementada por estra-
tégias que garantam integração, coordenação e
XVIII – estabelecer mecanismos de moni- cooperação federativa, interoperabilidade, lide-
toramento e de avaliação das ações imple- rança situacional, modernização da gestão das
mentadas; instituições de segurança pública, valorização e
proteção dos profissionais, complementarida-
XIX – promover uma relação colaborati- de, dotação de recursos humanos, diagnóstico
va entre os órgãos de segurança pública e dos problemas a serem enfrentados, excelência
os integrantes do sistema judiciário para a técnica, avaliação continuada dos resultados
construção das estratégias e o desenvolvi- e garantia da regularidade orçamentária para
mento das ações necessárias ao alcance das execução de planos e programas de segurança
metas estabelecidas; pública.
XX – estimular a concessão de medidas pro-
tetivas em favor de pessoas em situação de Seção VI
vulnerabilidade; DOS MEIOS E INSTRUMENTOS
XXI – estimular a criação de mecanismos Art. 8º São meios e instrumentos para a imple-
de proteção dos agentes públicos que com- mentação da PNSPDS:
põem o sistema nacional de segurança pú-
blica e de seus familiares; I – os planos de segurança pública e defesa
social;
XXII – estimular e incentivar a elaboração, a
execução e o monitoramento de ações nas II – o Sistema Nacional de Informações e de
áreas de valorização profissional, de saúde, Gestão de Segurança Pública e Defesa So-
de qualidade de vida e de segurança dos cial, que inclui:
servidores que compõem o sistema nacio- a) o Sistema Nacional de Acompanhamento
nal de segurança pública; e Avaliação das Políticas de Segurança Pú-
XXIII – priorizar políticas de redução da leta- blica e Defesa Social (Sinaped);
lidade violenta; b) o Sistema Nacional de Informações de
XXIV – fortalecer os mecanismos de investi- Segurança Pública, Prisionais e de Rastrea-
gação de crimes hediondos e de homicídios; bilidade de Armas e Munições, e sobre Ma-
terial Genético, Digitais e Drogas (Sinesp);
XXV – fortalecer as ações de fiscalização de
armas de fogo e munições, com vistas à re- c) o Sistema Integrado de Educação e Valori-
dução da violência armada; zação Profissional (Sievap);

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d) a Rede Nacional de Altos Estudos em III – (VETADO);


Segurança Pública (Renaesp);
IV – polícias civis;
e) o Programa Nacional de Qualidade de
Vida para Profissionais de Segurança Pública V – polícias militares;
(Pró-Vida); VI – corpos de bombeiros militares;
III – (VETADO); VII – guardas municipais;
IV – o Plano Nacional de Enfrentamento de VIII – órgãos do sistema penitenciário;
Homicídios de Jovens;
IX – (VETADO);
V – os mecanismos formados por órgãos de
prevenção e controle de atos ilícitos contra X – institutos oficiais de criminalística, me-
a Administração Pública e referentes a ocul- dicina legal e identificação;
tação ou dissimulação de bens, direitos e
XI – Secretaria Nacional de Segurança Públi-
valores.
ca (Senasp);
XII – secretarias estaduais de segurança pú-
blica ou congêneres;
CAPÍTULO III
DO SISTEMA ÚNICO DE XIII – Secretaria Nacional de Proteção e De-
fesa Civil (Sedec);
SEGURANÇA PÚBLICA
XIV – Secretaria Nacional de Política Sobre
Seção I Drogas (Senad);
DA COMPOSIÇÃO DO SISTEMA XV – agentes de trânsito;
Art. 9º É instituído o Sistema Único de Segurança XVI – guarda portuária.
Pública (Susp), que tem como órgão central o
Ministério Extraordinário da Segurança Pública § 3º (VETADO).
e é integrado pelos órgãos de que trata o art. § 4º Os sistemas estaduais, distrital e muni-
144 da Constituição Federal, pelos agentes cipais serão responsáveis pela implementa-
penitenciários, pelas guardas municipais e pelos ção dos respectivos programas, ações e pro-
demais integrantes estratégicos e operacionais, jetos de segurança pública, com liberdade
que atuarão nos limites de suas competências, de organização e funcionamento, respeita-
de forma cooperativa, sistêmica e harmônica. do o disposto nesta Lei.
§ 1º São integrantes estratégicos do Susp:
Seção II
I – a União, os Estados, o Distrito Federal e DO FUNCIONAMENTO
os Municípios, por intermédio dos respecti-
vos Poderes Executivos; Art. 10. A integração e a coordenação dos
órgãos integrantes do Susp dar-se-ão nos limites
II – os Conselhos de Segurança Pública e De- das respectivas competências, por meio de:
fesa Social dos três entes federados.
I – operações com planejamento e execução
§ 2º São integrantes operacionais do Susp: integrados;
I – polícia federal; II – estratégias comuns para atuação na pre-
II – polícia rodoviária federal; venção e no controle qualificado de infra-
ções penais;

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III – aceitação mútua de registro de ocor- Art. 11. O Ministério Extraordinário da Segurança
rência policial; Pública fixará, anualmente, metas de excelência
no âmbito das respectivas competências,
IV – compartilhamento de informações, in- visando à prevenção e à repressão das infrações
clusive com o Sistema Brasileiro de Inteli- penais e administrativas e à prevenção dos
gência (Sisbin); desastres, e utilizará indicadores públicos que
V – intercâmbio de conhecimentos técnicos demonstrem de forma objetiva os resultados
e científicos; pretendidos.

VI – integração das informações e dos dados Art. 12. A aferição anual de metas deverá
de segurança pública por meio do Sinesp. observar os seguintes parâmetros:

§ 1º O Susp será coordenado pelo Ministério I – as atividades de polícia judiciária e de


Extraordinário da Segurança Pública. apuração das infrações penais serão aferi-
das, entre outros fatores, pelos índices de
§ 2º As operações combinadas, planejadas elucidação dos delitos, a partir dos registros
e desencadeadas em equipe poderão ser de ocorrências policiais, especialmente os
ostensivas, investigativas, de inteligência de crimes dolosos com resultado em mor-
ou mistas, e contar com a participação de te e de roubo, pela identificação, prisão dos
órgãos integrantes do Susp e, nos limites autores e cumprimento de mandados de
de suas competências, com o Sisbin prisão de condenados a crimes com penas
e outros órgãos dos sistemas federal, de reclusão, e pela recuperação do produto
estadual, distrital ou municipal, não de crime em determinada circunscrição;
necessariamente vinculados diretamente
aos órgãos de segurança pública e defesa II – as atividades periciais serão aferidas
social, especialmente quando se tratar de mediante critérios técnicos emitidos pelo
enfrentamento a organizações criminosas. órgão responsável pela coordenação das
perícias oficiais, considerando os laudos pe-
§ 3º O planejamento e a coordenação das riciais e o resultado na produção qualificada
operações referidas no § 2º deste artigo das provas relevantes à instrução criminal;
serão exercidos conjuntamente pelos
participantes. III – as atividades de polícia ostensiva e de
preservação da ordem pública serão aferi-
§ 4º O compartilhamento de informações das, entre outros fatores, pela maior ou me-
será feito preferencialmente por meio nor incidência de infrações penais e admi-
eletrônico, com acesso recíproco aos nistrativas em determinada área, seguindo
bancos de dados, nos termos estabelecidos os parâmetros do Sinesp;
pelo Ministério Extraordinário da Segurança
Pública. IV – as atividades dos corpos de bombeiros
militares serão aferidas, entre outros fato-
§ 5º O intercâmbio de conhecimentos res, pelas ações de prevenção, preparação
técnicos e científicos para qualificação dos para emergências e desastres, índices de
profissionais de segurança pública e defesa tempo de resposta aos desastres e de recu-
social dar-se-á, entre outras formas, pela peração de locais atingidos, considerando-
reciprocidade na abertura de vagas nos -se áreas determinadas;
cursos de especialização, aperfeiçoamento
e estudos estratégicos, respeitadas as V – a eficiência do sistema prisional será
peculiaridades e o regime jurídico de aferida com base nos seguintes fatores, en-
cada instituição, e observada, sempre que tre outros:
possível, a matriz curricular nacional. a) o número de vagas ofertadas no sistema;

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b) a relação existente entre o número de VI – realizar estudos e pesquisas nacionais e


presos e a quantidade de vagas ofertadas; consolidar dados e informações estatísticas
sobre criminalidade e vitimização;
c) o índice de reiteração criminal dos egressos;
VII – coordenar as atividades de inteligência
d) a quantidade de presos condenados da segurança pública e defesa social inte-
atendidos de acordo com os parâmetros es- gradas ao Sisbin;
tabelecidos pelos incisos do caput deste ar-
tigo, com observância de critérios objetivos VIII – desenvolver a doutrina de inteligência
e transparentes. policial.
§ 1º A aferição considerará aspectos relati- Art. 14. É de responsabilidade do Ministério Ex-
vos à estrutura de trabalho físico e de equi- traordinário da Segurança Pública:
pamentos, bem como de efetivo.
I – disponibilizar sistema padronizado, inf­
§ 2º A aferição de que trata o inciso I do ormatizado e seguro que permita o intercâm-
caput deste artigo deverá distinguir as au- bio de informações entre os integrantes do
torias definidas em razão de prisão em fla- Susp;
grante das autorias resultantes de diligên-
cias investigatórias. II – apoiar e avaliar periodicamente a in-
fraestrutura tecnológica e a segurança dos
Art. 13. O Ministério Extraordinário da Segu- processos, das redes e dos sistemas;
rança Pública, responsável pela gestão do Susp,
deverá orientar e acompanhar as atividades dos III – estabelecer cronograma para adequação
órgãos integrados ao Sistema, além de promo- dos integrantes do Susp às normas e aos pro-
ver as seguintes ações: cedimentos de funcionamento do Sistema.

I – apoiar os programas de aparelhamento e Art. 15. A União poderá apoiar os Estados, o


modernização dos órgãos de segurança pú- Distrito Federal e os Municípios, quando não
blica e defesa social do País; dispuserem de condições técnicas e operacio-
nais necessárias à implementação do Susp.
II – implementar, manter e expandir, obser-
vadas as restrições previstas em lei quanto a Art. 16. Os órgãos integrantes do Susp poderão
sigilo, o Sistema Nacional de Informações e de atuar em vias urbanas, rodovias, terminais rodo-
Gestão de Segurança Pública e Defesa Social; viários, ferrovias e hidrovias federais, estaduais,
distrital ou municipais, portos e aeroportos, no
III – efetivar o intercâmbio de experiências âmbito das respectivas competências, em efeti-
técnicas e operacionais entre os órgãos po- va integração com o órgão cujo local de atuação
liciais federais, estaduais, distrital e as guar- esteja sob sua circunscrição, ressalvado o sigilo
das municipais; das investigações policiais.
IV – valorizar a autonomia técnica, científi- Art. 17. Regulamento disciplinará os critérios
ca e funcional dos institutos oficiais de cri- de aplicação de recursos do Fundo Nacional de
minalística, medicina legal e identificação, Segurança Pública (FNSP) e do Fundo Peniten-
garantindo-lhes condições plenas para o ciário Nacional (Funpen), respeitando-se a atri-
exercício de suas funções; buição constitucional dos órgãos que integram
o Susp, os aspectos geográficos, populacionais
V – promover a qualificação profissional dos e socioeconômicos dos entes federados, bem
integrantes da segurança pública e defesa como o estabelecimento de metas e resultados
social, especialmente nas dimensões opera- a serem alcançados.
cional, ética e técnico-científica;

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Art. 18. As aquisições de bens e serviços para os 9º desta Lei e poderão recomendar provi-
órgãos integrantes do Susp terão por objetivo dências legais às autoridades competentes.
a eficácia de suas atividades e obedecerão a
critérios técnicos de qualidade, modernidade, § 4º O acompanhamento de que trata o §
eficiência e resistência, observadas as normas 3º deste artigo considerará, entre outros, os
de licitação e contratos. seguintes aspectos:

Parágrafo único. (VETADO). I – as condições de trabalho, a valorização


e o respeito pela integridade física e moral
dos seus integrantes;
II – o atingimento das metas previstas nesta
CAPÍTULO IV Lei;
DOS CONSELHOS DE SEGURANÇA
III – o resultado célere na apuração das de-
PÚBLICA E DEFESA SOCIAL
núncias em tramitação nas respectivas cor-
regedorias;
Seção I
DA COMPOSIÇÃO IV – o grau de confiabilidade e aceitabilida-
de do órgão pela população por ele atendi-
Art. 19. A estrutura formal do Susp dar-se-á pela da.
formação de Conselhos permanentes a serem
criados na forma do art. 21 desta Lei. § 5º Caberá aos Conselhos propor diretrizes
para as políticas públicas de segurança pú-
Art. 20. Serão criados Conselhos de Segurança blica e defesa social, com vistas à prevenção
Pública e Defesa Social, no âmbito da União, dos e à repressão da violência e da criminalida-
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de.
mediante proposta dos chefes dos Poderes Exe-
cutivos, encaminhadas aos respectivos Poderes § 6º A organização, o funcionamento e as
Legislativos. demais competências dos Conselhos serão
regulamentados por ato do Poder Executi-
§ 1º O Conselho Nacional de Segurança Pú- vo, nos limites estabelecidos por esta Lei.
blica e Defesa Social, com atribuições, fun-
cionamento e composição estabelecidos § 7º Os Conselhos Estaduais, Distrital e Mu-
em regulamento, terá a participação de re- nicipais de Segurança Pública e Defesa So-
presentantes da União, dos Estados, do Dis- cial, que contarão também com represen-
trito Federal e dos Municípios. tantes da sociedade civil organizada e de
representantes dos trabalhadores, poderão
§ 2º Os Conselhos de Segurança Pública e ser descentralizados ou congregados por
Defesa Social congregarão representantes região para melhor atuação e intercâmbio
com poder de decisão dentro de suas es- comunitário.
truturas governamentais e terão natureza
de colegiado, com competência consultiva, Seção II
sugestiva e de acompanhamento social das DOS CONSELHEIROS
atividades de segurança pública e defesa
social, respeitadas as instâncias decisórias e Art. 21. Os Conselhos serão compostos por:
as normas de organização da Administração
I – representantes de cada órgão ou entida-
Pública.
de integrante do Susp;
§ 3º Os Conselhos de Segurança Pública e
II – representante do Poder Judiciário;
Defesa Social exercerão o acompanhamen-
to das instituições referidas no § 2º do art. III – representante do Ministério Público;

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IV – representante da Ordem dos Advoga- I – promover a melhora da qualidade da


dos do Brasil (OAB); gestão das políticas sobre segurança pública
e defesa social;
V – representante da Defensoria Pública;
II – contribuir para a organização dos Con-
VI – representantes de entidades e organi- selhos de Segurança Pública e Defesa Social;
zações da sociedade cuja finalidade esteja
relacionada com políticas de segurança pú- III – assegurar a produção de conhecimento
blica e defesa social; no tema, a definição de metas e a avaliação
dos resultados das políticas de segurança
VII – representantes de entidades de profis- pública e defesa social;
sionais de segurança pública.
IV – priorizar ações preventivas e fiscalizató-
§ 1º Os representantes das entidades e or- rias de segurança interna nas divisas, fron-
ganizações referidas nos incisos VI e VII do teiras, portos e aeroportos.
caput deste artigo serão eleitos por meio de
processo aberto a todas as entidades e or- § 1º As políticas públicas de segurança não
ganizações cuja finalidade seja relacionada se restringem aos integrantes do Susp, pois
com as políticas de segurança pública, con- devem considerar um contexto social am-
forme convocação pública e critérios objeti- plo, com abrangência de outras áreas do
vos previamente definidos pelos Conselhos. serviço público, como educação, saúde, la-
zer e cultura, respeitadas as atribuições e as
§ 2º Cada conselheiro terá 1 (um) suplente, finalidades de cada área do serviço público.
que substituirá o titular em sua ausência.
§ 2º O Plano de que trata o caput deste arti-
§ 3º Os mandatos eletivos dos membros go terá duração de 10 (dez) anos a contar de
referidos nos incisos VI e VII do caput deste sua publicação.
artigo e a designação dos demais membros
terão a duração de 2 (dois) anos, permitida § 3º As ações de prevenção à criminalidade
apenas uma recondução ou reeleição. devem ser consideradas prioritárias na ela-
boração do Plano de que trata o caput deste
§ 4º Na ausência de representantes dos ór- artigo.
gãos ou entidades referidos no caput deste
artigo, aplica-se o disposto no § 7º do art. § 4º A União, por intermédio do Ministério
20 desta Lei. Extraordinário da Segurança Pública, deverá
elaborar os objetivos, as ações estratégicas,
as metas, as prioridades, os indicadores e as
formas de financiamento e gestão das Polí-
CAPÍTULO V ticas de Segurança Pública e Defesa Social.
DA FORMULAÇÃO DOS PLANOS
§ 5º Os Estados, o Distrito Federal e os Mu-
DE SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA nicípios deverão, com base no Plano Nacio-
SOCIAL nal de Segurança Pública e Defesa Social,
elaborar e implantar seus planos correspon-
Seção I dentes em até 2 (dois) anos a partir da pu-
DOS PLANOS blicação do documento nacional, sob pena
de não poderem receber recursos da União
Art. 22. A União instituirá Plano Nacional de para a execução de programas ou ações de
Segurança Pública e Defesa Social, destinado a segurança pública e defesa social.
articular as ações do poder público, com a fina-
lidade de:

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§ 6º O poder público deverá dar ampla di- a família para a prevenção da criminalidade
vulgação ao conteúdo das Políticas e dos e a prevenção de desastres;
Planos de segurança pública e defesa social.
V – incentivar a inclusão das disciplinas de
Art. 23. A União, em articulação com os Estados, prevenção da violência e de prevenção de
o Distrito Federal e os Municípios, realizará ava- desastres nos conteúdos curriculares dos
liações anuais sobre a implementação do Plano diversos níveis de ensino;
Nacional de Segurança Pública e Defesa Social,
com o objetivo de verificar o cumprimento das VI – ampliar as alternativas de inserção eco-
metas estabelecidas e elaborar recomendações nômica e social dos egressos do sistema
aos gestores e operadores das políticas públi- prisional, promovendo programas que prio-
cas. rizem a melhoria de sua escolarização e a
qualificação profissional;
Parágrafo único. A primeira avaliação do
Plano Nacional de Segurança Pública e De- VII – garantir a efetividade dos programas,
fesa Social realizar-se-á no segundo ano de ações, atividades e projetos das políticas de
vigência desta Lei, cabendo ao Poder Legis- segurança pública e defesa social;
lativo Federal acompanhá-la. VIII – promover o monitoramento e a ava-
liação das políticas de segurança pública e
Seção II defesa social;
DAS DIRETRIZES GERAIS
IX – fomentar a criação de grupos de es-
Art. 24. Os agentes públicos deverão observar tudos formados por agentes públicos dos
as seguintes diretrizes na elaboração e na órgãos integrantes do Susp, professores e
execução dos planos: pesquisadores, para produção de conheci-
mento e reflexão sobre o fenômeno da cri-
I – adotar estratégias de articulação entre minalidade, com o apoio e a coordenação
órgãos públicos, entidades privadas, dos órgãos públicos de cada unidade da Fe-
corporações policiais e organismos deração;
internacionais, a fim de implantar parcerias
para a execução de políticas de segurança X – fomentar a harmonização e o trabalho
pública e defesa social; conjunto dos integrantes do Susp;
II – realizar a integração de programas, XI – garantir o planejamento e a execução
ações, atividades e projetos dos órgãos e de políticas de segurança pública e defesa
entidades públicas e privadas nas áreas de social;
saúde, planejamento familiar, educação,
trabalho, assistência social, previdência so- XII – fomentar estudos de planejamento
cial, cultura, desporto e lazer, visando à pre- urbano para que medidas de prevenção da
venção da criminalidade e à prevenção de criminalidade façam parte do plano diretor
desastres; das cidades, de forma a estimular, entre ou-
tras ações, o reforço na iluminação pública
III – viabilizar ampla participação social na e a verificação de pessoas e de famílias em
formulação, na implementação e na avalia- situação de risco social e criminal.
ção das políticas de segurança pública e de-
fesa social;
IV – desenvolver programas, ações, ativida-
des e projetos articulados com os estabele-
cimentos de ensino, com a sociedade e com

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Seção III e dos respectivos diagnósticos, planos de


DAS METAS PARA ação, resultados e avaliações;
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO II – assegurar o conhecimento sobre os pro-
DAS POLÍTICAS DE SEGURANÇA gramas, ações e atividades e promover a
PÚBLICA E DEFESA SOCIAL melhora da qualidade da gestão dos progra-
mas, ações, atividades e projetos de segu-
Art. 25. Os integrantes do Susp fixarão, anual- rança pública e defesa social;
mente, metas de excelência no âmbito das res- III – garantir que as políticas de segurança
pectivas competências, visando à prevenção e à pública e defesa social abranjam, no míni-
repressão de infrações penais e administrativas mo, o adequado diagnóstico, a gestão e os
e à prevenção de desastres, que tenham como resultados das políticas e dos programas de
finalidade: prevenção e de controle da violência, com o
I – planejar, pactuar, implementar, coorde- objetivo de verificar:
nar e supervisionar as atividades de edu- a) a compatibilidade da forma de processa-
cação gerencial, técnica e operacional, em mento do planejamento orçamentário e de
cooperação com as unidades da Federação; sua execução com as necessidades do res-
II – apoiar e promover educação qualifica- pectivo sistema de segurança pública e de-
da, continuada e integrada; fesa social;

III – identificar e propor novas metodologias b) a eficácia da utilização dos recursos pú-
e técnicas de educação voltadas ao aprimo- blicos;
ramento de suas atividades; c) a manutenção do fluxo financeiro, consi-
IV – identificar e propor mecanismos de va- deradas as necessidades operacionais dos
lorização profissional; programas, as normas de referência e as
condições previstas nos instrumentos jurí-
V – apoiar e promover o sistema de saúde dicos celebrados entre os entes federados,
para os profissionais de segurança pública e os órgãos gestores e os integrantes do Susp;
defesa social;
d) a implementação dos demais compro-
VI – apoiar e promover o sistema habitacio- missos assumidos por ocasião da celebra-
nal para os profissionais de segurança públi- ção dos instrumentos jurídicos relativos à
ca e defesa social. efetivação das políticas de segurança públi-
ca e defesa social;
Seção IV
DA COOPERAÇÃO, DA INTEGRAÇÃO E e) a articulação interinstitucional e interse-
torial das políticas.
DO FUNCIONAMENTO HARMÔNICO
DOS MEMBROS DO SUSP Art. 27. Ao final da avaliação do Plano Nacional
de Segurança Pública e Defesa Social, será ela-
Art. 26. É instituído, no âmbito do Susp, o Siste- borado relatório com o histórico e a caracteriza-
ma Nacional de Acompanhamento e Avaliação ção do trabalho, as recomendações e os prazos
das Políticas de Segurança Pública e Defesa So- para que elas sejam cumpridas, além de outros
cial (Sinaped), com os seguintes objetivos: elementos a serem definidos em regulamento.
I – contribuir para organização e integração § 1º Os resultados da avaliação das políticas
dos membros do Susp, dos projetos das po- serão utilizados para:
líticas de segurança pública e defesa social

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I – planejar as metas e eleger as prioridades compromisso social, atividades e finalida-
para execução e financiamento; des das corporações;
II – reestruturar ou ampliar os programas III – a análise global e integrada dos diag-
de prevenção e controle; nósticos, estruturas, compromissos, finali-
dades e resultados das políticas de seguran-
III – adequar os objetivos e a natureza dos ça pública e defesa social;
programas, ações e projetos;
IV – o caráter público de todos os procedi-
IV – celebrar instrumentos de cooperação mentos, dados e resultados dos processos
com vistas à correção de problemas consta- de avaliação.
tados na avaliação;
Art. 32. A avaliação dos objetivos e das metas
V – aumentar o financiamento para fortale- do Plano Nacional de Segurança Pública e Defe-
cer o sistema de segurança pública e defesa sa Social será coordenada por comissão perma-
social; nente e realizada por comissões temporárias,
VI – melhorar e ampliar a capacitação dos essas compostas, no mínimo, por 3 (três) mem-
operadores do Susp. bros, na forma do regulamento próprio.

§ 2º O relatório da avaliação deverá ser en- Parágrafo único. É vedado à comissão per-
caminhado aos respectivos Conselhos de manente designar avaliadores que sejam
Segurança Pública e Defesa Social. titulares ou servidores dos órgãos gestores
avaliados, caso:
Art. 28. As autoridades, os gestores, as enti-
dades e os órgãos envolvidos com a segurança I – tenham relação de parentesco até tercei-
pública e defesa social têm o dever de colabo- ro grau com titulares ou servidores dos ór-
rar com o processo de avaliação, facilitando o gãos gestores avaliados;
acesso às suas instalações, à documentação e a II – estejam respondendo a processo
todos os elementos necessários ao seu efetivo criminal ou administrativo.
cumprimento.
Art. 29. O processo de avaliação das políticas de
segurança pública e defesa social deverá con-
tar com a participação de representantes dos CAPÍTULO VI
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, do DO CONTROLE E DA TRANSPARÊNCIA
Ministério Público, da Defensoria Pública e dos
Conselhos de Segurança Pública e Defesa Social, Seção I
observados os parâmetros estabelecidos nesta DO CONTROLE INTERNO
Lei.
Art. 33. Aos órgãos de correição, dotados de
Art. 30. Cabe ao Poder Legislativo acompanhar autonomia no exercício de suas competências,
as avaliações do respectivo ente federado. caberá o gerenciamento e a realização dos pro-
Art. 31. O Sinaped assegurará, na metodologia a cessos e procedimentos de apuração de respon-
ser empregada: sabilidade funcional, por meio de sindicância e
processo administrativo disciplinar, e a propo-
I – a realização da autoavaliação dos gesto- sição de subsídios para o aperfeiçoamento das
res e das corporações; atividades dos órgãos de segurança pública e
defesa social.
II – a avaliação institucional externa, con-
templando a análise global e integrada das
instalações físicas, relações institucionais,

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Seção II II – disponibilizar estudos, estatísticas, indi-


DO ACOMPANHAMENTO PÚBLICO cadores e outras informações para auxiliar
na formulação, implementação, execução,
DA ATIVIDADE POLICIAL monitoramento e avaliação de políticas pú-
Art. 34. A União, os Estados, o Distrito Federal blicas;
e os Municípios deverão instituir órgãos de ou- III – promover a integração das redes e sis-
vidoria dotados de autonomia e independência temas de dados e informações de seguran-
no exercício de suas atribuições. ça pública e defesa social, criminais, do sis-
Parágrafo único. À ouvidoria competirá o tema prisional e sobre drogas;
recebimento e tratamento de representa- IV – garantir a interoperabilidade dos siste-
ções, elogios e sugestões de qualquer pes- mas de dados e informações, conforme os
soa sobre as ações e atividades dos profis- padrões definidos pelo conselho gestor.
sionais e membros integrantes do Susp,
devendo encaminhá-los ao órgão com atri- Parágrafo único. O Sinesp adotará os pa-
buição para as providências legais e a res- drões de integridade, disponibilidade, con-
posta ao requerente. fidencialidade, confiabilidade e tempes-
tividade dos sistemas informatizados do
Seção III governo federal.
DA TRANSPARÊNCIA E DA Art. 37. Integram o Sinesp todos os entes fede-
INTEGRAÇÃO DE DADOS E rados, por intermédio de órgãos criados ou de-
INFORMAÇÕES signados para esse fim.

Art. 35. É instituído o Sistema Nacional de Infor- § 1º Os dados e as informações de que trata
mações de Segurança Pública, Prisionais, de Ras- esta Lei deverão ser padronizados e catego-
treabilidade de Armas e Munições, de Material rizados e serão fornecidos e atualizados pe-
Genético, de Digitais e de Drogas (Sinesp), com los integrantes do Sinesp.
a finalidade de armazenar, tratar e integrar da- § 2º O integrante que deixar de fornecer ou
dos e informações para auxiliar na formulação, atualizar seus dados e informações no Si-
implementação, execução, acompanhamento e nesp poderá não receber recursos nem ce-
avaliação das políticas relacionadas com: lebrar parcerias com a União para financia-
I – segurança pública e defesa social; mento de programas, projetos ou ações de
segurança pública e defesa social e do siste-
II – sistema prisional e execução penal; ma prisional, na forma do regulamento.
III – rastreabilidade de armas e munições; § 3º O Ministério Extraordinário da Segu-
rança Pública é autorizado a celebrar con-
IV – banco de dados de perfil genético e di-
vênios com órgãos do Poder Executivo que
gitais;
não integrem o Susp, com o Poder Judiciá-
V – enfrentamento do tráfico de drogas ilí- rio e com o Ministério Público, para compa-
citas. tibilização de sistemas de informação e in-
tegração de dados, ressalvadas as vedações
Art. 36. O Sinesp tem por objetivos: constitucionais de sigilo e desde que o obje-
I – proceder à coleta, análise, atualização, to fundamental dos acordos seja a preven-
sistematização, integração e interpretação ção e a repressão da violência.
de dados e informações relativos às políti-
cas de segurança pública e defesa social;

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§ 4º A omissão no fornecimento das conforme política definida pelo Ministério
informações legais implica responsabilidade Extraordinário da Segurança Pública.
administrativa do agente público.
Art. 39. A matriz curricular nacional constitui-se
em referencial teórico, metodológico e avaliati-
vo para as ações de educação aos profissionais
CAPÍTULO VII de segurança pública e defesa social e deverá
ser observada nas atividades formativas de in-
DA CAPACITAÇÃO E DA VALORIZAÇÃO
gresso, aperfeiçoamento, atualização, capacita-
DO PROFISSIONAL EM SEGURANÇA ção e especialização na área de segurança públi-
PÚBLICA E DEFESA SOCIAL ca e defesa social, nas modalidades presencial
e a distância, respeitados o regime jurídico e as
Seção I peculiaridades de cada instituição.
DO SISTEMA INTEGRADO DE § 1º A matriz curricular é pautada nos direi-
EDUCAÇÃO E VALORIZAÇÃO tos humanos, nos princípios da andragogia
PROFISSIONAL (SIEVAP) e nas teorias que enfocam o processo de
construção do conhecimento.
Art. 38. É instituído o Sistema Integrado de
Educação e Valorização Profissional (Sievap), § 2º Os programas de educação deverão
com a finalidade de: estar em consonância com os princípios da
matriz curricular nacional.
I – planejar, pactuar, implementar, coorde-
nar e supervisionar as atividades de edu- Art. 40. A Renaesp, integrada por instituições de
cação gerencial, técnica e operacional, em ensino superior, observadas as normas de licita-
cooperação com as unidades da Federação; ção e contratos, tem como objetivo:

II – identificar e propor novas metodologias I – promover cursos de graduação, extensão


e técnicas de educação voltadas ao aprimo- e pós-graduação em segurança pública e
ramento de suas atividades; defesa social;

III – apoiar e promover educação qualifica- II – fomentar a integração entre as ações


da, continuada e integrada; dos profissionais, em conformidade com as
políticas nacionais de segurança pública e
IV – identificar e propor mecanismos de va- defesa social;
lorização profissional.
III – promover a compreensão do fenômeno
§ 1º O Sievap é constituído, entre outros, da violência;
pelos seguintes programas:
IV – difundir a cidadania, os direitos huma-
I – matriz curricular nacional; nos e a educação para a paz;
II – Rede Nacional de Altos Estudos em Se- V – articular o conhecimento prático dos
gurança Pública (Renaesp); profissionais de segurança pública e defesa
III – Rede Nacional de Educação a Distância social com os conhecimentos acadêmicos;
em Segurança Pública (Rede EaD-Senasp); VI – difundir e reforçar a construção de cul-
IV – programa nacional de qualidade de tura de segurança pública e defesa social
vida para segurança pública e defesa social. fundada nos paradigmas da contempora-
neidade, da inteligência, da informação e
§ 2º Os órgãos integrantes do Susp terão do exercício de atribuições estratégicas, téc-
acesso às ações de educação do Sievap, nicas e científicas;

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VII – incentivar produção técnico-científica Art. 46. O art. 3º da Lei Complementar nº 79,
que contribua para as atividades desenvol- de 7 de janeiro de 1994, passa a vigorar com as
vidas pelo Susp. seguintes alterações:
Art. 41. A Rede EaD-Senasp é escola virtual des- “Art. 3º .......................................................
tinada aos profissionais de segurança pública e
defesa social e tem como objetivo viabilizar o § 1º (VETADO).
acesso aos processos de aprendizagem, inde- § 4º Os entes federados integrantes do Sis-
pendentemente das limitações geográficas e tema Nacional de Informações de Seguran-
sociais existentes, com o propósito de democra- ça Pública, Prisionais, de Rastreabilidade de
tizar a educação em segurança pública e defesa Armas e Munições, de Material Genético,
social. de Digitais e de Drogas (Sinesp) que deixa-
rem de fornecer ou atualizar seus dados no
Seção II Sistema não poderão receber recursos do
DO PROGRAMA NACIONAL Funpen.
DE QUALIDADE DE VIDA PARA
...........................................................” (NR)
PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA
PÚBLICA (PRÓ-VIDA) Art. 47. O inciso II do § 3º e o § 5º do art. 4º da
Lei nº 10.201, de 14 de fevereiro de 2001, pas-
Art. 42. O Programa Nacional de Qualidade de sam a vigorar com a seguinte redação:
Vida para Profissionais de Segurança Pública
“Art. 4º ........................................................
(Pró-Vida) tem por objetivo elaborar, implemen-
tar, apoiar, monitorar e avaliar, entre outros, os § 3º ..............................................................
projetos de programas de atenção psicossocial
e de saúde no trabalho dos profissionais de se- II – os integrantes do Sistema Nacional de
gurança pública e defesa social, bem como a in- Informações de Segurança Pública, Prisio-
tegração sistêmica das unidades de saúde dos nais, de Rastreabilidade de Armas e Muni-
órgãos que compõem o Susp. ções, de Material Genético, de Digitais e de
Drogas (Sinesp) que cumprirem os prazos
estabelecidos pelo órgão competente para
o fornecimento de dados e informações ao
CAPÍTULO VIII Sistema;
DISPOSIÇÕES FINAIS § 5º (VETADO)
Art. 43. Os documentos de identificação funcio- ........................................................” (NR)
nal dos profissionais da área de segurança públi-
ca e defesa social serão padronizados mediante Art. 48. O § 2º do art. 9º da Lei nº 11.530, de
ato do Ministro de Estado Extraordinário da Se- 24 de outubro de 2007, passa a vigorar com a
gurança Pública e terão fé pública e validade em seguinte redação:
todo o território nacional. “Art. 9º ........................................................
Art. 44. (VETADO). § 2º Os entes federados integrantes do Sis-
Art. 45. Deverão ser realizadas conferências a tema Nacional de Informações de Seguran-
cada 5 (cinco) anos para debater as diretrizes ça Pública, Prisionais, de Rastreabilidade de
dos planos nacional, estaduais e municipais de Armas e Munições, de Material Genético,
segurança pública e defesa social. de Digitais e de Drogas (Sinesp) que deixa-
rem de fornecer ou de atualizar seus dados

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e informações no Sistema não poderão re-
ceber recursos do Pronasci.” (NR)
Art. 49. Revogam-se os arts. 1º a 8º da Lei nº
12.681, de 4 de julho de 2012.
Art. 50. Esta Lei entra em vigor após decorridos
30 (trinta) dias de sua publicação oficial.
Brasília, 11 de junho de 2018; 197o da
Independência e 130º da República.

MICHEL TEMER
Torquato Jardim
Joaquim Silva e Luna
Eduardo Refinetti Guardia
Esteves Pedro Colnago Junior
Gustavo do Vale Rocha
Raul Jungmann
Grace Maria Fernandes Mendonça

Este texto não substitui o publicado no


DOU de 12.6.2018

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