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Em São Paulo, nos últimos anos, o governo estadual tem investido de forma
contínua na ampliação e melhoria da sua rede de escolas técnicas - Etecs
e Classes Descentralizadas (fruto de parcerias com a Secretaria Estadual
de Educação e com Prefeituras). Esse esforço fez com que, de agosto de
2008 a 2011, as matrículas do Ensino Técnico (concomitante, subsequente e
integrado, presencial e a distância) evoluíssem de 92.578 para 162.105.
Parecer Técnico
Antônio Luiz dos Santos Trata-se de uma abordagem mais adequada desenvolvendo no aluno a bus-
ca de informação atualizada e segura em fontes fidedignas.
Revisão de Texto
Yara Denadai
Esperamos que a abordagem seja e de grande utilidade para os colegas e
Projeto Gráfico que as tarefas propostas ajudem a materializar uma nova proposta de con-
Diego Santos duzir sempre o aluno às fontes.
Fábio Gomes
Priscila Freire Prof. Dr. Jorge Monteiro Junior
Licença de Importação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Licenciamento Automático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Capítulo 3 - Tratamento Aduaneiro das Importações . . . . . . . . . . . . . . . . 59
Licenciamento Não Automático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Unidades Industriais,Linhas de Produção ou Células de Produção . . Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX). . . . . . . . . . . 72
Descontos na Importação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Capítulo 1
A importação compreende a compra de produtos no exterior observadas as INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualida-
normas comerciais, cambiais e fiscais vigentes. de Industrial
A Consolidação das Portarias Secex (Importação) tem por base o Capítulo I 3.2. Capítulo I
10
da Portaria Secex no.23, de 14/07/2011 que abrange os artigos 2 a 66, com
as alterações efetuadas por Portarias Secex posteriores.
- Registros e Habilitações 11
Seção I. Habilitação para Operar no SISCOMEX (Arts. 2º - 7º)
A Consolidação destina-se a facilitar a consulta dos interessados,
Importação e Exportação
Importação e Exportação
Seção II. Registro de Exportadores e Importadores (Arts. 8º - 11º)
As respectivas siglas constantes das relações são relativas aos Órgãos con-
forme abaixo:
-se módulos administrativos do SISCOMEX os módulos Importação, Expor- meira operação de exportação ou importação em qualquer ponto conectado
tação Web e Drawback Web, relativamente ao registro, acompanhamento e ao SISCOMEX.Os exportadores e importadores já inscritos no REI terão a
controle dos seguintes documentos gerados pelo Sistema: inscrição mantida, não sendo necessária qualquer providência adicional.A
inscrição no REI não gera qualquer número.O Departamento de Operações
I – Licenças de Importação; de Comércio Exterior (DECEX) não expedirá declaração de que a empresa
está registrada no REI, por força da qualidade automática descrita acima.
II – Registros de Exportação;
Ficam dispensadas da obrigatoriedade de inscrição do exportador no REI
III – Registros de Crédito; e as exportações via remessa postal, com ou sem expectativa de recebimento,
IV – Atos Concessórios de Drawback. exceto donativos, realizadas por pessoa física ou jurídica até o limite de US$
50.000,00 (cinquenta mil dólares dos Estados Unidos) ou o equivalente em
outra moeda, exceto quando se tratar de:
A habilitação dos servidores dos órgãos intervenientes nas operações de co-
mércio exterior para operar nos módulos administrativos do SISCOMEX I – produto com exportação proibida ou suspensa;
será promovida por meio da identificação, fornecimento de senhas e espe- II – exportação com margem não sacada de câmbio;
cificação do nível de acesso autorizado, conforme os procedimentos especi-
III – exportação vinculada a regimes aduaneiros especiais e atípicos; e
ficados no Anexo I.
IV – exportação sujeita a registro de operações de crédito.
Os servidores dos órgãos intervenientes nas operações de comércio exterior
que estejam habilitados para operar no SISCOMEX deverão:
A inscrição no REI poderá ser suspensa ou cancelada nos casos de punição
em decisão administrativa final, aplicada em conformidade com as normas
e procedimentos definidos na legislação específica.
Capítulo 2
Seção I VII – doações, exceto de bens usados;
2.1.1 Sistema Administrativo X – sob o regime de admissão temporária ou reimportação, quando usa-
dos, reutilizáveis e não destinados à comercialização, de recipientes,
O sistema administrativo das importações brasileiras compreende as se-
embalagens, envoltórios, carretéis, separadores, racks, clip locks, termó-
guintes modalidades:
grafos e outros bens retornáveis com finalidade semelhante destes, desti-
nados ao transporte, acondicionamento, preservação, manuseio ou regis-
I – importações dispensadas de Licenciamento;
tro de variações de temperatura de mercadoria importada, exportada, a
II – importações sujeitas a Licenciamento Automático; e importar ou a exportar; e
III – importações sujeitas a Licenciamento Não Automático. XI – nacionalização de máquinas e equipamentos que tenham ingressado
no País ao amparo do regime aduaneiro especial de admissão temporária
para utilização econômica, aprovado pela RFB, na condição de novas.
As importações brasileiras estão dispensadas de licenciamento, exceto nas
XII – importações de empresa autorizada a operar em ZPE, com exceção
hipóteses previstas nas duas outras modalidades, devendo os importado-
de exigência de licenciamento em virtude de controles de ordem sanitá-
18 res somente providenciar o registro da Declaração de Importação (DI) no 19
ria, de interesse da segurança nacional e de proteção do meio ambiente
SISCOMEX, com o objetivo de dar início aos procedimentos de Despacho
(Lei nº 11.508, de 12 de julho de 2007, art. 12, I). (Incluído pela Portaria
Aduaneiro junto à RFB.
Importação e Exportação
Importação e Exportação
SECEX nº 04, de 2013)
As condições descritas para as importações abaixo não acarretam licencia-
mento:
§ 2º Na hipótese de o tratamento administrativo do SISCOMEX previsto
I – sob os regimes de entrepostos aduaneiro e industrial, inclusive sob nos arts. 14 e 15 acarretar licenciamento para as importações definidas nos
controle aduaneiro informatizado; incisos I a II e IV a XI do § 1º deste artigo, o tratamento administrativo para
o produto ou operação prevalecerá.
II – sob o regime de admissão temporária, inclusive de bens amparados
pelo Regime Aduaneiro Especial de Exportação e Importação de Bens § 3º As importações de que trata o inciso XII deverão ser registradas no
Destinados às Atividades de Pesquisa e de Lavra das Jazidas de Petróleo módulo de Licenciamento de Importação do SISCOMEX antes do início do
e de Gás Natural (REPETRO); despacho aduaneiro, efetivando-se a dispensa de licenciamento mediante
III – sob os regimes aduaneiros especiais nas modalidades de loja franca, deferimento imediato do pedido pelo SISCOMEX. (Incluído pela Portaria
depósito afiançado, depósito franco e depósito especial; SECEX nº 04, de 2013)
Estão sujeitas a Licenciamento Automático as importações: Caso o produto, identificado pela NCM/TEC, possua destaque, e a mer-
cadoria a ser importada não se referir à situação descrita no destaque, o
I – de produtos relacionados no Tratamento Administrativo do SISCO- importador deverá apor o código 999, ficando a mercadoria dispensada da-
MEX; também disponíveis no endereço eletrônico do Ministério do De- quela anuência.
senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), para simples con-
sulta, prevalecendo o constante do aludido Tratamento Administrativo; e
4.1.2. Licenciamento Não Automático
II – as efetuadas ao amparo do regime aduaneiro especial de drawback.
Estão sujeitas a Licenciamento Não Automático as importações:
§ 1º Na hipótese do inciso I, mensagem de alerta no tratamento adminis-
trativoII – as efetuadas nas situações abaixo relacionadas: I – de produtos relacionados no Tratamento Administrativo do SISCO-
MEX e também disponíveis no endereço eletrônico do MDIC para sim-
a) sujeitas à obtenção de cotas tarifária e não tarifária;
ples consulta, prevalecendo o constante do aludido Tratamento Adminis-
b) ao amparo dos benefícios da Zona Franca de Manaus e das Áreas de trativo, onde estão indicados os órgãos responsáveis pelo exame prévio
Livre Comércio; do licenciamento não automático, por produto;
c) sujeitas à anuência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cien- II – efetuadas nas situações abaixo relacionadas:
20 tífico e Tecnológico - CNPq; 21
a) sujeitas à obtenção de cotas tarifária e não tarifária;
d) sujeitas ao exame de similaridade;
b) ao amparo dos benefícios da Zona Franca de Manaus e das Áreas de
Importação e Exportação
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e) de material usado, salvo as exceções estabelecidas no § 2º e no § 3º Livre Comércio;
do art. 37 desta Portaria;
c) sujeitas à anuência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cien-
f) originárias de países com restrições constantes de Resoluções da Or- tífico e Tecnológico (CNPq);
ganização das Nações Unidas (ONU);
d) sujeitas ao exame de similaridade;
g) substituição de mercadoria, nos termos da Portaria do Ministério da
e) de material usado, salvo as exceções estabelecidas nos §§ 2º e 3º do
Fazenda n.º 150, de 26 de julho de 1982;
art. 43 desta Portaria;
h) sujeitas a medidas de defesa comercial; e
f) originárias de países com restrições constantes de Resoluções da Or-
i) operações que contenham indícios de fraude. ganização das Nações Unidas (ONU);
Importação e Exportação
quer momento, devendo o importador apresentá-la em até 10 (dez) dias úteis
contados a partir da solicitação ou da exigência formulada no SISCOMEX. infundados.
A empresa importadora deverá manter guarda da Declaração de Origem A não apresentação da declaração de origem quando solicitada poderá ser
pelo prazo de 5 (cinco) anos contados a partir do registro de pedido de li- considerada como indício de infração para fins de aplicação do disposto
cença de importação no SISCOMEX. neste artigo.
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data de início da vigência de tratamento administrativo no SISCOMEX para ao SISCOMEX, o importador poderá obter, a qualquer tempo, informações
esta mercadoria, poderá ser admitido o deferimento da licença após o em- sobre o seu pedido de licença.
barque da mercadoria e anteriormente ao despacho aduaneiro, devendo-
-se comprovar o fato por meio do conhecimento de embarque.Para fins de Os órgãos anuentes poderão solicitar aos importadores os documentos e
aplicação do aqui disposto, a exigência de apresentação de conhecimento de informações considerados necessários para a efetivação do licenciamento.
embarque poderá ser dispensada na hipótese de a licença de importação ter
Quando forem verificados erros e/ou omissões no preenchimento do pedi-
sido registrada em até 30 (trinta) dias após a data do início da vigência do
do de licença oumesmo a inobservância dos procedimentos administrativos
tratamento administrativo.
previstos para a operação ou para o produto, os órgãos anuentes registra-
As anuências de competência do DECEX constantes em pedidos de Licen- rão, no próprio pedido, advertência ao importador, solicitando a correção
ça de Importação relativos a operações amparadas pela Lei nº 12.350, que de dados. Nesta hipótese, os pedidos de licença ficarão pendentes até a cor-
trata da Copa das Confederações Fifa 2013 e da Copa do Mundo Fifa 2014, reção dos dados, o que implicará, também, a suspensão do prazo para a
poderão ser efetuadas após o embarque das mercadorias no exterior, mas análise dos pedidos.
anteriormente ao despacho aduaneiro.
Os pedidos de licença não automática de importação sob status “para análi-
O pedido de licença deverá ser registrado no SISCOMEX pelo importador se” serão apostos “em exigência” no 59º (quinquagésimo nono) dia contado
ou por seu representante legal ou, ainda, por agentes credenciados pelo DE- da data de registro.
CEX e pela RFB.A descrição da mercadoria deverá conter todas as caracte-
O SISCOMEX cancelará automaticamente o pedido de licença em exigência
rísticas do produto e estar de acordo com a NCM.É dispensada a descrição
no caso do seu não cumprimento no prazo de 90 (noventa) dias.
detalhada das peças sobressalentes que acompanham as máquinas ou equi-
Não será autorizado licenciamento quando verificados erros significativos envolvida esteja sujeito, no momento da retificação, a licenciamento. A ma-
em relação à documentação que ampara a importação, indícios de fraude ou nifestação referida no caput somente será necessária quando envolver alte-
patente negligência. ração de país de origem, de redução do preço, de elevação da quantidade,
de classificação na NCM, de regime de tributação e de enquadramento de
4.1.4. Efetivação de Licenças de Importação (LI) material usado, ficando dispensada a manifestação do DECEX nos demais
casos. A solicitação deverá conter os números da LI e da DI correspondentes
O licenciamento automático será efetivado no prazo máximo de 10 (dez)
e os campos a serem alterados, na forma de “de” e “para”, bem como as
dias úteis, contados a partir da data de registro no SISCOMEX, caso os pedi-
justificativas pertinentes.
dos de licença tiverem sido apresentados de forma adequada e completa.No
licenciamento não automático, os pedidos terão tramitação de, no máximo, Quando o licenciamento não automático for concedido por força de decisão
60 (sessenta) dias contados a partir da data de registro no SISCOMEX. judicial, o Sistema indicará esta circunstância.
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órgãos anuentes, na forma por eles determinada.Como regra geral, será ob- juramentada e devidamente consularizadas. O DECEX poderá, a qualquer
jeto de análise e decisão somente uma única prorrogação, com prazo máxi- época, solicitar ao importador informações ou documentação pertinente a
mo idêntico ao original. qualquer aspecto comercial da operação.
Caso não sejam vinculadas a uma DI, as LI deferidas serão canceladas au-
tomaticamente pelo SISCOMEX após 90 (noventa) dias contados a partir da 4.3. Importações Sujeitas
data final de sua validade, se deferida com restrição à data de embarque,
ou da data do deferimento, se a LI tiver sido deferida sem restrição à data
a Exame de Similaridade
de embarque.A empresa poderá solicitar a alteração do licenciamento, até o Estão sujeitas ao prévio exame de similaridade as importações sujeitas à
desembaraço da mercadoria, em qualquer modalidade, mediante a substi- isenção ou à redução do Imposto de Importação a que se refere o art. 118 do
tuição, no SISCOMEX, da licença anteriormente deferida.licenciamento ori- Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009, excetuadas as situações previstas
ginal. Não serão autorizadas substituições que descaracterizem a operação em legislação específica.
originalmente licenciada.
O exame de similaridade será realizado pelo DECEX, que observará os cri-
O licenciamento poderá ser retificado após o desembaraço da mercadoria, térios e procedimentos previstos nos arts. 190 a 209 do Decreto nº 6.759, de
mediante solicitação ao órgão anuente, que deverá se manifestar por meio 5 de fevereiro de 2009.
de documento específico.
Será considerado similar ao estrangeiro o produto nacional em condições de
Para fins de retificação de DI após o desembaraço aduaneiro, o DECEX so- substituir o importado, observados os seguintes parâmetros:
mente se manifestará nos casos em que houver vinculação com a LI origi-
nalmente deferida pelo Departamento e desde que o produto ou a situação
I – qualidade equivalente e especificações adequadas ao fim a que se des- caminhadas fora do prazo serão desconsideradas.Caso a indústria nacional
tine; entenda que as informações publicadas na consulta pública sejam insufi-
cientes para descrever o produto a importar, deverá se manifestar dentro
II – preço não superior ao custo de importação, em moeda nacional, da
de 15 (quinze) dias a contar da publicação da referida consulta, indicando
mercadoria estrangeira, calculado o custo com base no preço CIF (cost,
as especificações técnicas que devem ser informadas ou esclarecidas pelo
insurance and freight), acrescido dos tributos que incidem sobre a impor-
importador.Na hipótese de as informações serem consideradas indispen-
tação e outros encargos de efeito equivalente; e
sáveis, será realizada nova consulta pública para o bem em questão, com
III – prazo de entrega normal ou corrente para o mesmo tipo de merca- todas as características indicadas como necessárias à perfeita identificação
doria. da mercadoria.O resultado da análise de produção nacional para o exame
As importações sujeitas a exame de similaridade serão objeto de licencia- de similaridade terá validade de 180 (cento e oitenta) dias a partir da data
mento não automático previamente ao embarque dos bens no exterior. de sua emissão.
O instrumento legal no qual o importador pretende que a operação seja formada do indeferimento do pedido, diretamente via SISCOMEX, com o
enquadrada para fins de benefício fiscal deverá constar do registro de licen- esclarecimento de que o assunto poderá ser reexaminado, desde que apre-
A interessada deverá encaminhar ao DECEX, na data do registro do licen- I – justificativas comprovando serem as especificações técnicas do produ-
ciamento e por intermédio de correio eletrônico, catálogo técnico do pro- to nacional inadequadas à finalidade pretendida; e/ou
28 duto a importar, sob pena de indeferimento. O catálogo técnico deverá ser 29
II – propostas dos eventuais fabricantes nacionais que indiquem não ter
enviado, preferencialmente, em arquivo de extensão “PDF” para o endereço o produto nacional preço competitivo ou que o prazo de entrega não é
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de correio eletrônico “catalogos@mdic.gov.br”. A mensagem enviada pela compatível com o do fornecimento externo.
interessada deverá ser intitulada com o código NCM/TEC e o número do li-
cenciamento de importação, devendo a interessada informar, ainda: o nome
da empresa importadora, o nome do responsável pelo envio da informação, O DECEX não realizará exame de similaridade ou de produção nacional
o endereço eletrônico e o telefone para contato; em se tratando de represen- para fim exclusivo de aproveitamento de benefícios fiscais relativos ao Im-
tação, deverá ser anexado o instrumento de procuração válido. posto sobre a Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) vin-
Para a realização da análise de similaridade, o DECEX tornará públicos pe-
culados à obrigatoriedade de inexistência de similar nacional ou para fim
riodicamente, por meio de Consulta Pública, os pedidos de importação na
exclusivo de aplicação de alíquota interestadual de ICMS de que trata o § 4º
página eletrônica do MDIC na Internet (www.mdic.gov.br), devendo a in-
da Resolução do Senado nº 13, de 25 de abril de 2012. Na hipótese de, con-
dústria nacional se manifestar no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir
forme a legislação pertinente ao ICMS, houver o aproveitamento de exame
da data da publicação da Consulta, para comprovar a fabricação no mer-
de produção nacional realizado pelo DECEX para fim de aplicação de bene-
cado interno.Na hipótese de existência de produção nacional, deverão ser
fício vinculado a esse tributo, o importador poderá, a critério da autoridade
fornecidos ao DECEX catálogos descritivos dos bens com as respectivas ca-
fazendária estadual, apontar no registro de licenciamento o Convênio ICMS
racterísticas técnicas, bem como informações referentes a percentuais rela-
pertinente.
tivos aos requisitos de origem do MERCOSUL e unidades já produzidas no
País.As indústrias nacionais deverão encaminhar ao DECEX a manifestação Estão sujeitas ao prévio exame de similaridade as importações de máquinas,
de que trata o caput por meio do protocolo da SECEX, sendo que a data do equipamentos e bens relacionados no Decreto nº 6.582, de 26 de setembro de
protocolo será considerada para fins do início da contagem do prazo de 30 2008, ao amparo da Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004, que institui o
(trinta) dias previsto no caput. As manifestações da indústria nacional en- Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação de estrutu-
ra Portuária (REPORTO).No exame e no preenchimento da LI, deverão ser As seguintes importações de bens usados poderão ser autorizadas com dis-
observados os seguintes procedimentos: pensa da exigência de inexistência de produção nacional:
I – o exame da LI não automática está centralizado no DECEX; e I – ao amparo de acordos internacionais firmados pelo País;
II – a Ficha de Negociação, no registro da LI não automática, deverá ser II – admitidas no regime de admissão temporária, exceto vagões ferrovi-
preenchida, nos campos descritos abaixo, da seguinte forma: ários compreendidos nas subposições 8605 e 8606 da Nomenclatura Co-
mum do MERCOSUL – NCM; a análise sob aspectos de inexistência de
a) regime de tributação/ código 5; e
produção nacional será realizada na hipótese de nacionalização.
b) regime de tributação/ fundamento legal: 79.
III – de bens havidos por herança, pertencentes ao de cujus na data do
óbito, desde que acompanhados de comprovação legal;
Serão autorizadas importações de máquinas, equipamentos, aparelhos, ins- VI – de bens culturais; entende-se como bens culturais: I - as coleções e
trumentos, ferramentas, moldes e contêineres para utilização como unidade exemplares raros de zoologia, botânica, mineralogia e anatomia, e obje-
30 to de interesse paleontológico; II - os bens relacionados com a história, 31
de carga, na condição de usados, desde que não sejam produzidos no País,
ou não possam ser substituídos por outros, atualmente fabricados no terri- inclusive a história da ciência e da tecnologia, com a história militar e
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tório nacional, capazes de atender aos fins a que se destina o material a ser social, com a vida dos grandes estadistas, pensadores, cientistas e artistas
importado. Poderão ser autorizadas, ainda, importações de partes, peças e nacionais e com os acontecimentos de importância nacional; III - o produ-
acessórios recondicionados, para manutenção de máquinas e equipamen- to de escavações arqueológicas (tanto as autorizadas quanto às clandesti-
tos, desde que o processo de recondicionamento tenha sido efetuado pelo nas) ou de descobertas arqueológicas; IV - elementos procedentes do des-
próprio fabricante, ou por empresa por ele credenciada e os bens a importar membramento de monumentos artísticos ou históricos e de lugares de
contem com a mesma garantia de produto novo e não sejam produzidos em interesse arqueológico; V - antiguidade de mais de cem anos, tais como
território nacional, devendo-se adotar os seguintes procedimentos: inscrições, moedas e selos gravados; VI - objetos de interesse etnológico;
VII - os bens de interesse artístico, tais como: a) quadros, pinturas e de-
I – o importador deverá apresentar manifestação de entidade represen- senhos feitos inteiramente à mão sobre qualquer suporte e em qualquer
tativa da indústria, de âmbito nacional, que comprove a inexistência de material (com exclusão dos desenhos industriais e dos artigos manufa-
produção no País da mercadoria a importar; turados decorados a mão); b) produções originais de arte estatuária e de
escultura em qualquer material; c) gravuras, estampas e litografias origi-
II – deverá constar do licenciamento de importação, da fatura comer-
nais; e d) conjuntos e montagens artísticas em qualquer material;
cial e da embalagem da(s) mercadoria(s), que se trata de produto(s)
recondicionado(s); e VIII - manuscritos raros e incunábulos, livros, documentos e publicações
antigos de interesse especial (histórico, artístico, científico, literário, etc.),
III – deverá ser apresentada declaração do fabricante ou da empresa res-
isolados ou em coleções;
ponsável pelo recondicionamento das partes, peças e acessórios, referen-
tes à garantia e ao preço de mercadoria nova, idêntica à recondicionada IX - selos postais, fiscais ou análogos, isoladas ou em coleções;
pretendida, o que poderá constar da própria fatura comercial do aludido X - arquivos, inclusive os fonográficos, fotográficos e cinematográficos; e
material recondicionado.
XI - peças de mobília de mais de cem anos e instrumentos musicais antigos.
VII – de veículos antigos classificados nas posições 8703 e 8711 da NCM, turadas sob encomenda e para fim específico; e
com mais de 30 (trinta) anos de fabricação, para fins culturais e de cole-
XVI – automóveis de passageiros quando de propriedade de portadores
ção;
de necessidades especiais residentes no exterior há no mínimo 2 (dois)
VIII – de embarcações para transporte de carga e passageiros, aprovadas anos, desde que tenham sido por eles adquiridos há mais de 180 (cento e
pelo Departamento de Marinha Mercante do Ministério dos Transportes; oitenta) dias da data do registro da licença de importação, conforme cri-
térios definidos na subseção III desta seção. Os automóveis não poderão
IX – de embarcações de pesca, condicionadas à autorização prévia do
ser transferidos ou alienados, a qualquer título, nem depositados para
Ministério da Pesca e Aquicultura, adquiridas com recursos próprios ou
fins comerciais, expostos à venda ou vendidos, por um prazo mínimo de
ao amparo do Programa Nacional de Financiamento da Ampliação e Mo-
dois anos a contar da importação.
dernização da Frota Pesqueira Nacional – Profrota Pesqueira, a partir de
critérios estabelecidos em norma específica daquele Ministério, devendo-
-se observar o disposto na Lei nº 10.849, de 23 de março de 2004;
A importação de mercadorias usadas está sujeita a licenciamento não auto-
X – ressalvadas as competências das autoridades aeronáuticas, de aerona- mático, previamente ao embarque dos bens no exterior.Poderá ser solicitado
ves e outros aparelhos aéreos ou espaciais, turborreatores, turbopropul- o licenciamento não automático posteriormente ao embarque nos casos de
sores e outros motores, aparelhos, instrumentos, ferramentas e bancadas nacionalização de unidades de carga, código NCM 8609.00.00, seusequi-
de teste de uso aeronáutico, bem como suas partes, peças e acessórios; pamentos e acessórios, usados, desde que se trate de contêineres rígidos,
XI – de partes, peças e acessórios recondicionados, para a reposição ou padrão ISO/ABNT (International Organization for Standardization/Asso-
manutenção de produtos de informática e telecomunicações, desde que ciação Brasileira de Normas Técnicas), utilizados em tráfego internacional
32 o processo de recondicionamento tenha sido efetuado pelo próprio fabri- mediante a fixação com dispositivos que permitem transferência de um mo- 33
cante, ou por terceiros por ele credenciados; dal de transporte para outro, de comprimento nominal de 20, 40 ou 45 pés,
e seus equipamentos e acessórios.Excetua-se do disposto acima a admissão
Importação e Exportação
Importação e Exportação
XII – de partes, peças e acessórios usados, de produto de informática e
temporária ou reimportação, de recipientes, embalagens, envoltórios, car-
telecomunicações, para reparo, conserto ou manutenção, no País, desde
retéis, separadores, racks, clip locks, termógrafos e outros bens retornáveis
que tais operações sejam realizadas pelo próprio fabricante do produto
com finalidade semelhante destes, destinados ao transporte, acondiciona-
final, ou por terceiros por ele credenciados;
mento, preservação, manuseio ou registro de variações de temperatura de
XIII – retorno ao País de máquinas, equipamentos, veículos, aparelhos e mercadoria importada, exportada, a importar ou a exportar, quando reuti-
instrumentos, bem como suas partes, peças, acessórios e componentes, lizáveis e não destinados à comercialização.As aeronaves e outros apare-
de fabricação nacional, que tenham sido exportadas para execução de lhos aéreos ou espaciais, turborreatores, turbopropulsores e outros motores,
obras contratadas no exterior nos termos do Decreto-Lei nº 1.418, de 3 de aparelhos, instrumentos, ferramentas e bancadas de teste de uso aeronáu-
setembro de 1975; tico, bem como suas partes, peças e acessórios, excetuados os pneus, ficam
XIV – de máquinas, equipamentos, aparelhos, instrumentos, ferramen- dispensados de licenciamento não automático no tratamento de material
tas, moldes e contêineres, bem como seus componentes, peças, acessórios usado, devendo ser observados os seguintes procedimentos:
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pensada de Licenciamento Não Automático no tratamento material usa-
ta pública sejam insuficientes para descrever o produto a importar, deverá
do, na forma do §5º do art. 43 da Portaria SECEX nº 23, de 2011.
manifestar-se dentro de 15 (quinze) dias a contar da publicação da referida
consulta, indicando as especificações técnicas que devem ser informadas ou
A interessada deverá encaminhar ao DECEX, na data do registro do licen- esclarecidas pelo importador.Na hipótese de as informações serem conside-
ciamento e por intermédio de correio eletrônico, catálogo técnico ou memo- radas indispensáveis, será realizada nova consulta pública para o bem em
rial descritivo do produto a importar, sob pena de indeferimento.O catálogo questão, com todas as características indicadas como necessárias à perfeita
técnico ou memorial descritivo deverá ser enviado, preferencialmente, em identificação da mercadoria.O resultado da análise de produção nacional
arquivo de extensão “PDF” para o endereço de correio eletrônico “catalo- terá validade de 180 (cento e oitenta) dias a partir da data de sua emissão.O
gos@mdic.gov.br”. A mensagem enviada pela interessada deverá ser inti- procedimento poderá ser dispensado nas seguintes hipóteses:
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signatário como representante legal da empresa junto ao DECEX, bem como
gar o acordo a que se refere o art. 49.O DECEX comunicará as partes acerca
cópia autenticada do Ato Constitutivo e alterações posteriores da empresa
da homologação do acordo.
interessada e deverá ser encaminhado na forma determinada pelo art. 257.
Para os efeitos do disposto nesta Portaria, é considerado como linha ou cé- O eventual descumprimento dos compromissos assumidos pelas partes no
lula de produção o conjunto de máquinas e/ou equipamentos que integram acordo deverá ser comunicado ao DECEX, que deverá apurar as alegações,
uma sequência lógica de transformação industrial. com vistas à aplicação das medidas cabíveis, de acordo com a legislação.Se,
após 60 (sessenta) dias, contados a partir do prazo final para cumprimento
A admissão de bens usados integrantes das unidades industriais e das li-
dos compromissos contidos no acordo, não houver manifestação das partes,
nhas ou células de produção que contarem com produção nacional poderá
o acordo será considerado como cumprido.
ser permitida mediante acordo entre o interessado na importação e os pro-
dutores nacionais.O acordo será apreciado por entidade de classe represen- Caso não se conclua o acordo em até 30 (trinta) dias, contados a partir do
tativa da indústria, de âmbito nacional, e homologado pela SECEX. recebimento, pela entidade de classe, da relação de que trata o § 3º do art.
50, caberá à SECEX analisar o projeto e decidir sobre a importação dos bens
Caberá ao DECEX analisar os projetos de transferência a que se refere o art.
a que se refere o art. 48 que contarem com produção nacional.O prazo de
48, no prazo de até 30 (trinta) dias contados a partir do seu recebimento.
30 (trinta) dias referido no caput poderá ser prorrogado por mais 30 (trinta)
Caso haja erros na instrução, o DECEX poderá solicitar que esses sejam cor-
dias, mediante solicitação formal de qualquer uma das partes, que deverá
rigidos pelo peticionário, situação em que o prazo estipulado nesse artigo fi-
ser apresentada ao DECEX em data anterior à do término do prazo inicial.O
cará suspenso até a regularização da pendência por parte da empresa.Serão
importador e as entidades de classe§ 4º A ausência de manifestação por
rejeitados projetos que contarem com erros essenciais ou cujos bens a serem
parte do importador no prazo estabelecido será considerada como desin-
importados não configurarem uma unidade industrial, linha de produção
teresse, acarretando o indeferimento do pleito.A ausência de manifestação
por parte das entidades de classe representantes dos produtores nacionais nológicas, e entidades beneficentes, reconhecidas como de utilidade pública
no prazo estabelecido implicará a presunção de inexistência de produção e sem fins lucrativos, para uso próprio e para atender às suas finalidades
nacional dos bens usados a serem importados.O DECEX poderá solicitar institucionais, sem caráter comercial (Portaria DECEX nº 8, de 1991, art. 27).
às interessadas quaisquer informações adicionais que considere necessárias
para a sua decisão.A fim de colher subsídios para a sua decisão, a SECEX Nas importações de artigos de vestuários usados, realizadas pelas entida-
poderá ouvir a Secretaria de Desenvolvimento da Produção (SDP) ou a Se- des a que se refere o § 1º do art. 57, o licenciamento será instruído com os
cretaria de Inovação (SI).O DECEX, no prazo de até 30 (trinta) dias após o seguintes documentos:
recebimento das manifestações mencionadas no § 2º, deverá comunicar à
interessada a decisão a que se refere o caput, permitindo no caso de decisão I – cópias autenticadas do Registro e do Certificado de Entidade Benefi-
favorável, que a interessada ingresse com as licenças de importação perti- cente de Assistência Social (CEAS) do importador, emitidos pelo Conse-
Importação e Exportação
portadores de necessidades especiais residentes no exterior a que se refere o dedica e o número de pessoas atendidas; e
inciso XVI do art. 42, quando do registro de pedido de LI, o importador de- VI – declaração por parte da entidade de que as despesas de frete e se-
verá encaminhar ao DECEX, na forma do art. 257, os seguintes documentos: guro não são pagas pelo importador e de que os produtos importados
serão destinados exclusivamente à distribuição para uso dos benefici-
I - comprovante de que o automóvel tenha sido licenciado e usado no ários cadastrados pela entidade, sendo proibida sua comercialização,
país de origem pelo portador de necessidades especiais; inclusive em bazares beneficentes.A declaração de que trata o inciso
II - comprovante de que o automóvel pertence ao interessado há mais de VI deverá constar, também, no campo de informações complementares
180 (cento e oitenta) dias; e da LI no SISCOMEX.O deferimento da LI é condicionado à apresenta-
ção dos documentos relacionados e à observância dos requisitos legais
III- documento que comprove que o importador é portador de necessi-
pertinentes.O DECEX poderá autorizar casos excepcionais, devidamente
dades especiais.
justificados, no que se refere à ausência da documentação constante no
inciso I do caput deste artigo, quando a entidade importadora apresentar
certidão de pedido de renovação do Certificado CEAS, ou manifestação
4.3.4. Bens de Consumo favorável do Conselho Nacional de Assistência Social, quanto à regulari-
dade do registro da importadora e da importação em exame.
Não será autorizada a importação de bens de consumo usados.Excetuam-
-se do disposto neste artigo as importações de quaisquer bens, sem cober-
tura cambial, sob a forma de doação, diretamente realizadas pela União,
Não será autorizada a importação de pneumáticos recauchutados ou usa-
Estados, Distrito Federal, Territórios, Municípios, autarquias, entidades da
dos, seja como bem de consumo, seja como matéria-prima, classificados na
administração pública indireta, instituições educacionais, científicas e tec-
posição 4012 da NCM. O disposto no caput não se aplica à reimportação IV – os produtos, respectivas cotas e demais procedimentos estão indica-
de pneumáticos de uso aeronáutico classificados no subitem 4012.13.00 da dos no Anexo III desta Portaria.
NCM realizada com vistas à extinção de operação anterior de exportação
efetuada sob o regime aduaneiro especial de exportação temporária para
aperfeiçoamento passivo (Resolução nº 452 do Conselho Nacional de Meio Ficará a cargo do DECEX o estabelecimento de critérios para a distribuição
Ambiente (CONAMA), de 2 de julho de 2012, art. 6º, §3º). Para fins de com- das cotas a serem alocadas entre os importadores, segundo as disposições
provação da operação, a empresa deverá informar o número do RE aver- constantes do art. 3 do Acordo Sobre Procedimentos para o Licenciamento
bado referente à exportação temporária no campo “Informações Comple- de Importações da Organização Mundial do Comércio (OMC).
mentares” do pedido de LI, que deverá amparar a reimportação da mesma
quantidade de pneumáticos constante do RE.
4.5. Importação
4.4. Importação Sujeita à de Produtos Sujeitos a
Obtenção de Cota Tarifária Procedimentos Especiais
Os produtos sujeitos a condições ou procedimentos especiais no licencia-
As importações amparadas em Acordos no âmbito da ALADI sujeitas a
mento automático ou não automático são aqueles relacionados no Anexo IV
cotas tarifárias serão objeto de licenciamento não automático previamente
da Portaria 23.Em se tratando de mercadorias sujeitas a cotas, ficará a cargo
ao embarque da mercadoria no exterior.Simultaneamente ao registro do li-
do DECEX o estabelecimento de critérios para a distribuição das aludidas
cenciamento, o importador deverá apresentar, a qualquer dependência do
40 cotas a serem alocadas entre os importadores, segundo as disposições cons- 41
Banco do Brasil S.A. autorizada a conduzir operações de comércio exterior,
tantes do art. 3 do Acordo Sobre Procedimentos para o Licenciamento de
cópia do Certificado de Origem ou termo de responsabilidade e informa-
Importações da OMC.
Importação e Exportação
Importação e Exportação
ções que possibilitem sua vinculação ao respectivo licenciamento.
II – a ficha de negociação, no registro da LI não Automática, deverá ser I – detalhamento das razões que motivaram o pleito, com a indicação do
II – cópia da DI e da LI;
a) regime de tributação / código: 4; e
III – cópia da fatura comercial, do conhecimento de embarque, da cor-
b) regime de tributação / fundamento legal: 30;
respondência trocada com o exportador no exterior, do laudo técnico, se
III – caso seja constatado o esgotamento da cota, o DECEX não emitirá houver; e
novas licenças de importação para essa cota, ainda que registradas no
IV – outros documentos necessários à análise da solicitação.
SISCOMEX; e
4.7. Verificação e Controle de V – Somália: carvão vegetal - Decreto nº 7.754, de 14 de junho de 2012.
(Incluído pela Portaria SECEX nº 20, de 2012)
Origem Preferencial
Os importadores de mercadorias originárias do MERCOSUL e de outros
4.9. Informações
países com os quais o Brasil possui acordo de preferências tarifárias deverão
apresentar, sempre que solicitado pelo Departamento de Negociações Inter-
Complementares - IMPORTAÇÃO
nacionais (DEINT) da SECEX, cópias dos respectivos Certificados de Ori- - Aspectos Administrativos
gem, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado do recebimento da solicitação.
4.9.1. Registro da Empresa Importadora
4.8. Países com A empresa importadora deve ser cadastrada no Registro de Exportadores e
Importadores do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ex-
Peculiaridades terior. O registro é efetuado através do Sistema Integrado de Comércio Ex-
terior (Siscomex) de maneira automática na primeira operação de importa-
Para os países abaixo indicados, está proibida a importação dos seguintes
ção. Neste ato devem ser informados o CNPJ, constituição societária, capital
produtos:
social e demais dados cadastrais, além de todas as informações relativas à
operação comercial e da respectiva mercadoria a ser importada, permitindo,
I – República Islâmica do Irã: arma ou material relacionado – Decreto nº
assim, que sejam emitidos o Licenciamento de Importação (LI), Declaração
6.045, de 21 de fevereiro de 2007; Decreto nº 6.118, de 22 de maio de 2007;
de Importação (DI) e Registro de Operações Financeiras (ROF).
42 Decreto nº 6.448, de 7 de maio de 2008, Decreto nº 6.735, de 12 de janeiro 43
de 2009 e Decreto nº 7.259, de 10 de agosto de 2010;
Siscomex - Sistema Integrado de Comércio Exterior na Importação
Importação e Exportação
Importação e Exportação
II – República Democrática da Coréia: carros de combate, veículos blin-
dados de combate, sistemas de artilharia de grosso calibre, aeronaves de O Sistema Integrado de Comércio Exterior é um software que interliga os
combate, helicópteros de ataque, navios de guerra, mísseis ou sistemas de importadores ou agentes credenciados, exportadores, despachantes, trans-
mísseis; e itens, materiais, equipamentos, bens e tecnologia que possam portadores, agências bancárias, dentre outros, à Secex Secretaria de Comér-
contribuir para os programas da República Popular Democrática da Co- cio Exterior, Banco Central e à Receita Federal do Brasil - RFB. Permite pro-
réia relacionados a atividades nucleares, a mísseis balísticos ou a outras cessar os registros dos documentos eletrônicos das operações de importação
armas de destruição em massa, conforme determinados pelo Conselho e exportação. Foi instituído pela edição do Decreto nº 660, de 25/09/92 e
de Segurança das Nações Unidas ou pelo Comitê, em especial aqueles implantado em 1993, para agilizar e desburocratizar as operações de expor-
indicados nos seguintes documentos da ONU: S/2006/814 e S/2006/815 tação; em 1997 começou a operar também para as operações de importação.
S/2006/816, INFCIRC/254/Rev.9/Part1a e INFCIRC/254/Rev.7/Part 2
– Decreto nº 5.957, de 7 de novembro de 2006, Decreto nº 6.935, de 12 de A implantação do Siscomex propiciou a redução significativa do prazo para
agosto de 2009; Decreto nº 7.479, de 16 de maio de 2011; Decreto nº 8.007, desembaraço de mercadorias, redução drástica de burocracia e, por conse-
de 15 de maio de 2013 e Decreto nº 8.011, de 16 de maio de 2013; (Redação qüência, redução de custo e do trânsito físico dos documentos entre os di-
dada pela Portaria SECEX nº 29, de 2013) versos órgãos intervenientes no processo, além da diminuição significativa
da possibilidade de fraude.
III – Estado da Eritreia: armamento ou material conexo - Decreto nº 7.290,
de 1º de setembro de 2010; e No desenvolvimento e concepção desse mecanismo foram harmonizados
IV – Líbia: armamento e material conexo - Decreto nº 7.460, de 14 de abril conceitos, códigos e nomenclaturas, tomando possível a adoção de um fluxo
d) CI - Comprovante de Importação;
Note-se que o custo para operar no sistema após o advento da Certificação
e) CCO - Comunicado de Compra. Digital tornou-se mais acessível; porém, o contribuinte deve realizar uma
pesquisa de mercado junto às autoridades credenciadas, pois o custo varia
em função de quem presta o serviço.
4.9.1.1. Certificado Digital
A Secretaria da Receita Federal através da promulgação da Instrução Nor- 4.9.2. Licença de Importação
mativa nº 650 de 12/05/06, instituiu a certificação digital para as empresas Como regra geral, as importações brasileiras estão dispensadas de licencia-
que atuam no comércio exterior no País, as quais terão que obter um certi- mento, devendo os importadores tão-somente providenciar o registro da
ficado e-CPF ou e-CNPJ para acessar o Sistema de Comércio Exterior. No Declaração de Importação - DI no Siscomex, com o objetivo de dar início aos
entanto, estas transações eletrônicas necessitam da adoção de mecanismos procedimentos de despacho Aduaneiro junto à Unidade Local da Receita
44 de segurança capazes de garantir autenticidade, confidencialidade e inte- Federal do Brasil - RFB. 45
gridade às informações eletrônicas. A certificação digital é a tecnologia que
provê estes mecanismos. Para algumas mercadorias ou operações especiais, que estão sujeitas a con-
Importação e Exportação
Importação e Exportação
troles especiais, o licenciamento pode ser automático ou não automático e
Desse modo, o credenciamento do representante da empresa realizado por previamente ao embarque da mercadoria no exterior.
Autoridade Certificadora é indispensável para que tenha condições de efe-
tuar o registro das atividades relacionadas ao despacho aduaneiro no Sis- A Licença de Importação é um documento eletrônico processado pelo Siste-
comex. ma Integrado de Comércio Exterior, utilizado para licenciar as importações
de produtos cuja natureza ou tipo de operação está sujeita a controles de
Além da Autoridade Certificadora da Receita Federal do Brasil temos as órgãos governamentais.
Autoridades Certificadoras Habilitadas pela Receita Federal do Brasil
Para sua obtenção, o importador ou seu representante legal formula a Li-
Autoridade Certificadora do SERPRO-RFB (ACSERPRO-RFB)
cença de Importação no Siscomex e a transmite para a base central onde
Autoridade Certificadora da Certisign-RFB (ACCertisign-RFB) receberá numeração específica, que ficará à disposição do respectivo órgão
para aprovação ou autorização para embarque, este analisa e emite um pa-
Autoridade Certificadora da Serasa-RFB (ACSerasa-RFB)
recer sobre a importação.
Autoridade Certificadora da Imprensa Oficial do Estado - RFB (ACI-
mesp-RFB) A Licença de Importação abrange informações referentes ao importador,
país de procedência, fornecedor, mercadoria e informações adicionais.
Autoridade Certificadora da Companhia de Tecnologia da Informação
do Estado de Minas Gerais - RFB (ACPRODEMGE-RFB)
É conveniente lembrar que a Licença de Importação tem validade de 90
Autoridade Certificadora da Federação Nacional das Empresas de Servi- dias, contados da data do seu respectivo deferimento ou autorização para
ços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações embarque.
e Pesquisas (ACFENACONCertisign-RFB)
A relação das mercadorias, bem como o momento de conseguir tal licen- LSI serve para submeter a operação à análise do órgão/entidade governa-
ciamento, está relacionada no “Tratamento Administrativo do Siscomex”, mental, que responde pelo controle do produto.
tendo em vista suas condições gerais de comercialização, em que estão in-
dicados os órgãos responsáveis pelo exame prévio do licenciamento não O importador, ou seu representante legal, formula a LSI no SISCOMEX -
automático, por produto. Importação e a transmite para a Base Central na Rede SERPRO, onde re-
ceberá numeração específica e ficará à disposição do respectivo anuente/
licenciador.
4.9.3. Importações Sujeitas a Controles Especiais
Nas importações brasileiras de determinados tipos de produtos que, pelas O anuente/licenciador aloca, analisa e emite o parecer sobre a importação.
suas características peculiares, estão sujeitas a controles especiais dos ór-
Recolhe os tributos e taxas correspondentes e solicita o despacho aduaneiro
gãos licenciadores ou dos demais órgãos federais que atuam como anuen-
à Unidade da Receita Federal do Brasil, mediante a entrega dos documen-
tes, a importação estará sujeita a Licenciamento não-Automático antes do
tos exigidos (fatura comercial, conhecimento de embarque, extrato da DI e
embarque da mercadoria no exterior.
outros específicos da operação).
Chama-se a atenção para o fato de que, como regra geral, as operações su-
jeitas ao Licenciamento não-Automático antes do embarque da mercadoria, 4.9.5. Declaração de Importação
são:
É um documento de extrema importância, uma vez que é por meio dele que
é efetuada a nacionalização da mercadoria importada, licenciando-a para
a) sujeitas a cota tarifária e não tarifária;
consumo ou outra finalidade, de acordo com a natureza da operação. O
46 b) sujeitas a exame de similaridade; 47
importador nessa oportunidade obriga-se a fornecer à Receita Federal infor-
c) material usado; mações detalhadas sobre a operação, tais como:
Importação e Exportação
Importação e Exportação
d) importação com redução de alíquota de decorrente do “Ex-tarifário”.
i) especificação completa da mercadoria;
A efetivação da LSI implica na utilização da Declaração Simplificada de Im- b) Canal amarelo: processo pelo qual será efetuado o exame documental
portação - DSI, para fins de Despacho Aduaneiro. e, não sendo constatada nenhuma irregularidade, será realizado o despa-
cho aduaneiro não necessitando a verificação da mercadoria.
c) Canal vermelho: será necessário o exame dos documentos bem como a 4.9.7. Despacho Aduaneiro de Importação
verificação da mercadoria antes do desembaraço. O despacho aduaneiro é um conjunto de atos praticados pelo fiscal da Re-
d) Canal cinza: nesse caso será feito, além do exame documental e a veri- ceita Federal o qual tem por finalidade o desembaraço aduaneiro, que nada
ficação da mercadoria, um procedimento especial de controle aduaneiro mais é do que a autorização de entrega da mercadoria procedente do ex-
com o objetivo de verificar possíveis fraudes. terior, em caráter definitivo ou não, ao importador mediante a conclusão
da conferência da mercadoria, o cumprimento da legislação tributária e a
identificação do importador. É através do despacho que a Receita Federal
Portanto, a Declaração de Importação consolida as informações cambiais, confere a exatidão das informações declaradas pelo importador em relação
tributárias, fiscais, comerciais e estatísticas da operação, representando o às mercadorias importadas e aos documentos apresentados.
início do Despacho Aduaneiro.
O início do despacho aduaneiro de importação é determinado pelo registro
Ressalta-se que, quando a importação está subordinada ao regime de Li- da Declaração de Importação no Sistema Integrado de Comércio Exterior,
cenciamento não-Automático e a Licença de Importação for exigível an- com exceção do despacho antecipado. Portanto, no momento deste regis-
teriormente ao embarque da mercadoria no exterior, os respectivos dados tro o importador deve efetuar o pagamento de todos os tributos federais
migrarão automaticamente para a Declaração de Importação, quando for in- exigidos, inclusive o Imposto de Importação. Dito pagamento será realiza-
formado o respectivo número por ocasião da formulação da DI no Siscomex. do mediante débito automático em conta corrente do importador junto à
agência bancária habilitada pela Receita Federal mediante preenchimento
É importante destacar que o registro da Declaração de Importação no Sis- do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF).
comex somente será concretizado se a situação cadastral do importador es-
48 tiver regular. O despacho aduaneiro de mercadorias na importação é o procedimento me- 49
diante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo importador
Nesse sentido, o pagamento dos impostos incidentes na importação será em relação às mercadorias importadas, aos documentos apresentados e à
Importação e Exportação
Importação e Exportação
realizado antes do registro da declaração, por meio de Documento de Ar- legislação específica, com vistas ao seu desembaraço aduaneiro.
recadação de Receitas Federais (DARF), em qualquer agência dos bancos
autorizados a arrecadar receitas federais, bem como o pagamento dos cré- Toda mercadoria procedente do exterior, importada a título definitivo ou
ditos tributários lançados pela autoridade aduaneira no curso do despacho não, sujeita ou não ao pagamento do imposto de importação, deve ser sub-
ou por ocasião de revisão da declaração e aqueles decorrentes de denúncia metida a despacho de importação, que é realizado com base em declaração
espontânea, após o desembaraço aduaneiro da mercadoria. apresentada à unidade aduaneira sob cujo controle estiver a mercadoria.
Importação e Exportação
mercadoria.
tivo, pois, em regra, este deve ser efetuado anteriormente ao embarque da
mercadoria no exterior, sob pena de pagamento de multa.
A DI deve conter, entre outras informações, a identificação do importador
e do adquirente ou encomendante, caso não sejam a mesma pessoa, assim
4.9.7.1. Importação por Conta e Ordem de Terceiro como a identificação, a classificação, o valor aduaneiro e a origem da mer-
Entende-se por operação de importação por conta e ordem de terceiro aque- cadoria.
la em que uma pessoa jurídica promove, em seu nome, o despacho aduanei-
A DI é formulada pelo importador ou seu representante legal no Sistema
ro de importação de mercadoria adquirida por outra, em razão de contrato
Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) e consiste na prestação das in-
previamente firmado, que pode compreender, ainda, a prestação de outros
formações constantes do Anexo Único da IN SRF nº 680/06, de acordo com
serviços relacionados com a transação comercial, como a realização de cota-
o tipo de declaração e a modalidade de despacho aduaneiro. Essas informa-
ção de preços e a intermediação comercial.
ções estão separadas em dois grupos:
O controle aduaneiro relativo à atuação de pessoa jurídica importadora que
- Gerais - correspondentes à operação de importação;
opere por conta e ordem de terceiros é exercido conforme o estabelecido na
Instrução Normativa SRF nº 225/02.
- Específicas (adição) - contendo dados de natureza comercial, fiscal e cam-
bial sobre cada tipo de mercadoria.
O registro da Declaração de Importação (DI) pelo contratado é condiciona-
do à sua prévia habilitação no Siscomex, para atuar como importador por
O tratamento aduaneiro a ser aplicado à mercadoria importada é determi-
conta e ordem do adquirente, pelo prazo previsto no contrato.
nante para a escolha do tipo de declaração a ser preenchida pelo importador.
4.9.7.4. Tributos incidentes na importação pelo prazo previsto na legislação, que pode variar conforme o caso, mas
Os tributos incidentes sobre uma determinada importação e os seus mon- nunca é inferior a 05 anos.
4.9.7.5. Início do Despacho Aduaneiro de Importação Os canais de conferência são quatro: verde, amarelo, vermelho e cinza.
Se o despacho de importação, em uma de suas modalidades, não for inicia- documental, a conferência física da mercadoria. Finalmente, quando a DI é
do nos prazos estabelecidos na legislação, que variam entre 45 a 90 dias da selecionada para o canal cinza, é realizado o exame documental, a verifica-
52 53
chegada da mercadoria ao País, ela é considerada abandonada, o que acar- ção física da mercadoria e a aplicação de procedimento especial de controle
retará a aplicação da pena de perdimento e a destinação da mercadoria para aduaneiro, para verificação de elementos indiciários de fraude, inclusive no
Importação e Exportação
Importação e Exportação
um dos fins previstos na legislação. O mesmo acontece com a mercadoria que se refere ao preço declarado da mercadoria.
Regra geral, os documentos que servem de base para as informações conti- efetiva entrega da mercadoria ao importador e é ele o último ato do proce-
- Demais dados requeridos nas telas de transação. 6. Financiamento a importação, com prazo superior a 360 dias, regula-
mentado pela Circular 2.731, de 13.12.1996;
Importação e Exportação
indicarão, via sistema, os ajustes necessários à aprovação. Não havendo ma-
nifestação no Sisbacen, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, as operações serão 15.04.1998;
aprovadas automaticamente, nas condições inicialmente informadas. As 9. Garantias prestadas por organismos internacionais, conforme Título 3,
operações envolvendo entidades do setor público federal, estadual e mu- Capítulo 3, do Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Interna-
nicipal, sujeitas ao prévio credenciamento de que trata o Decreto nº 93.872, cionais;
de 23/12/86, serão direcionadas, pelo sistema, para o Firce, responsável ao
10. Importação de bens sem cobertura cambial destinados à integraliza-
início de negociações para contratação das operações.
ção de capital em empresas receptoras de investimento externo direto,
As operações envolvendo organismos internacionais ou agências gover- regulamentado pela Circular 2.731, de 13.12.1996;
namentais como credores ou garantidores estão à prévia manifestações do 11. Licença de exploração ou cessão de patente, regulamentado pela Cir-
Firce, que incluirá no Registro de Operação Financeira o evento específico. cular 2.816 e Carta-Circular 2.795, de 15.04.1998;
O prazo da validade de cada Registro de Operação Financeira aprovado é
12. Licença de uso ou cessão de marca, regulamentados pela Circular
de 180 (cento e oitenta) dias, aos o qual, não havendo ingressado de bens,
2.816 e Carta-Circular 2.795, de 15.04.1998;
de recursos, ou a contratação de serviços, será cancelado automaticamente.
Quando se tratar de importações financiadas amparadas em linhas de crédi- 13. Pagamento antecipado de exportação, com prazo de pagamento su-
to ou de outra operação cuja efetivação venha a ocorrer em prazo superior, perior a 360 dias, regulamentado pela Circular 3.027, de 22.02.2001;
deve ser preenchido o Cronograma de Desembolsos.
14. Qualquer modalidade que vier a ser averbada pelo INPI, regulamen-
tado pela Circular 2.816 e Carta-Circular 2.795, de 15.04.1998;
São de registro obrigatório no módulo ROF as operações referentes a (em
ordem alfabética): 15. Serviços de assistência técnica, regulamentado pela Circular 2.816 e
Carta-Circular 2.795, de 15.04.1998;
16. Serviços técnicos complementares e/ou despesas vinculadas a ope- 4.9.10.2. Zona Secundária
rações averbadas pelo INPI, regulamentado pela Circular 2.816 e Carta- Entende-se como Zona Secundária a área que compreende o restante do ter-
-Circular 2.795, de 15.04.1998. ritório aduaneiro, sendo nela incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo.
Importação e Exportação
cretaria da Receita Federal, com a intermediação das representações diplo- Portos secos são recintos alfandegados de uso público nos quais são execu-
4.9.10. Território Aduaneiro - Os portos secos não poderão ser instalados na zona primária de portos
Segundo o que estabelece o Regulamento Aduaneiro, Decreto nº 6.759, de 5 e aeroportos alfandegados.
de fevereiro de 2009, Livro I, Título I, Capítulo I, artigos 2º e 3º, o território
- Os portos secos poderão ser autorizados a operar com carga de impor-
aduaneiro compreende todo o território nacional, sendo que a jurisdição
tação, de exportação ou ambas, tendo em vista as necessidades e condi-
dos serviços aduaneiros se estende por todo o território aduaneiro, abran-
ções locais.
gendo a zona primária e a zona secundária.
As operações de movimentação e armazenagem de mercadorias sob con-
trole aduaneiro, bem como a prestação de serviços conexos, em porto seco,
4.9.10.1. Zona Primária sujeitam-se ao regime de concessão ou de permissão (Lei no 9.074, de 7 de
I - a zona primária, constituída pelas seguintes áreas demarcadas pela julho de 1995, art. 1o, inciso VI). A execução das operações e a prestação dos
autoridade aduaneira local: serviços serão efetivadas mediante o regime de permissão, salvo quando os
serviços devam ser prestados em porto seco instalado em imóvel pertencen-
a) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos
te à União, caso em que será adotado o regime de concessão precedida da
alfandegados;
execução de obra pública
b) a área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e
Capítulo 3
Refere-se ao conjunto de normas e procedimentos relativos à fiscalização e O manual eletrônico constitui importante ferramenta para a orientação ao
ao controle aduaneiro das operações de importação. Cabe à Secretaria da importador, com conseqüente redução de erros e maior eficiência nos proce-
Receita Federal do Brasil o exercício da administração aduaneira em todo dimentos aduaneiros relacionados ao despacho de importação.
o Brasil.
A versao mais recente e a de 12 de abril de 2013.
O controle aduaneiro e o despacho de importação estao dispostos no do
Manual de Despacho de Importação oferecido pela Receita Federal. A integra do manual no link: http://www.receita.fazenda.gov.br/manu-
aisweb/importacao/default.htm
O Manual do Despacho Aduaneiro de Importação tem como objetivo orien-
tar os importadores nas atividades relativas ao despacho de importação.
Poderá ser útil aos transportadores, depositários e demais intervenientes.
Alerte-se que essa primeira publicação tratará da Declaração de Importação
do tipo “Consumo”, não abordando aspectos específicos dos demais tipos
de declaração (Admissão, Nacionalização etc).
60 61
Estrutura do manual:
Importação e Exportação
tação e suas etapas.
Capítulo 4
Refere-se à tributação incidente sobre a entrada de mercadorias estrangeiras Para a base de cálculos dos impostos incidentes na importação, faz-se ne-
no território aduaneiro. Os tributos incidentes na importação são: cessário conhecer o valor aduaneiro da mercadoria estrangeira. De acordo
com o Regulamento Aduaneiro (Decreto No. 6.759, de 05 de fevereiro de
Imposto de Importação – II 2009), toda mercadoria submetida a despacho aduaneiro de importação está
sujeita ao controle do valor aduaneiro, de acordo com as regras estalecidas
http://www.comexbrasil.gov.br/conteudo/ver/chave/imposto-de-im-
no Acordo Sobre Valoração Aduaneira do GATT.
portacao---ii
http://www.comexbrasil.gov.br/conteudo/ver/chave/acordo-de-valora-
cao-aduaneira
Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI
http://www.comexbrasil.gov.br/conteudo/ver/chave/imposto-sobre-
Simulador de Tratamento Tributário e Administrativo nas Importações - Re-
-produtos-industrializados
ceita Federal
http://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/
Contribuição para o PIS/PASEP E COFINS
http://www.comexbrasil.gov.br/conteudo/ver/chave/pis-pasep
Importação e Exportação
CIDE-Combustíveis
http://www.comexbrasil.gov.br/conteudo/ver/chave/cide-combustiveis
http://www.comexbrasil.gov.br/conteudo/ver/chave/imposto-sobre-cir-
culacao-de-mercadorias
http://www.comexbrasil.gov.br/conteudo/ver/chave/taxa-de-utilizacao-
-do-siscomex
Tratamento Cambial
das Importações
Capítulo 5
No Brasil não é permitido o livre curso da moeda estrangeira, isto é, as pes- O registro no ROF de cada operação deve ser providenciado anteriormente
soas físicas ou jurídicas só podem comprar ou vender moedas estrangeiras ao registro da DI ou DIs a que se refere, mediante declaração do importador
nos estabelecimentos legalmente autorizados pelo Banco Central do Brasil no Sisbacen, por meio da Internet ou pela rede Serpro. No sítio na Internet
(Bacen). do Bacen encontra-se o RDE-ROF Manual do Declarante , onde podem ser
encontradas todas as informações necessárias ao correto preenchimento do
Toda a regulamentação do controle cambial exercido pelo Bacen se encontra ROF.
no Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais ( RMCCI ).
Importação e Exportação
Na importação, o pagamento deve ser processado em consonância com os
dados constantes na DI registrada no Siscomex ou na documentação da ope-
ração comercial, no caso de ainda não estar disponível a DI. O contravalor
em moeda nacional deve ser levado a débito de conta titulada pelo compra-
dor ou pago com cheque de sua emissão, nominativo ao agente autorizado
vendedor, cruzado e não endossável.
Capítulo 6
Uma vez definidos O QUE EXPORTAR e PARA ONDE EXPORTAR, a em- to, desde que disponham dos necessários equipamentos e de condições de
presa depara-se com as exigências legais e administrativas do processo de acesso. A empresa poderá utilizar, ainda, para processar suas exportações:
exportação. a) despachantes aduaneiros; b) rede de computadores colocada à disposição
dos usuários pela Receita Federal do Brasil (salas de contribuintes); c) corre-
Serão examinados, neste item, os principais procedimentos com relação a toras de câmbio; d) agências bancárias que realizem operações de câmbio; e
COMO EXPORTAR. e) outras entidades habilitadas. Dessa forma, as empresas exportadoras têm
a possibilidade de encaminhar e de receber comunicações dos órgãos inter-
venientes em comércio exterior encarregados de autorizações e de fiscali-
8.1 Sistema Integrado zação pertinentes ao processo de exportação. Para as empresas, o Sistema
Importação e Exportação
visa), o Departamento da Polícia Federal (DPF) e o Instituto Brasileiro do nº 1.288, de 31 de agosto de 2012, que estabelece procedimentos de habilita-
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), entre outros. ção de importadores, de exportadores e de internadores da Zona Franca de
Manaus para operação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCO-
Por meio do SISCOMEX, as operações de exportação são registradas e, em
MEX) e credenciamento de seus representantes para a prática de atividades
seguida, analisadas on-line pelos órgãos gestores do sistema. O Anexo “N”
relacionadas ao despacho aduaneiro. As disposições da Instrução Normati-
da Portaria SECEX nº 23, de 14 de julho de 2011 (conforme atualizações até
va RFB nº 1.288, de 31 de agosto de 2012 aplicam-se também aos órgãos da
07/10/2013), trata das remessas ao exterior que estão dispensadas de Regis-
administração pública direta, autarquias, fundações públicas, órgãos públi-
tro de Exportação. Os produtos que necessitem de procedimentos especiais
cos autônomos, organismos internacionais, outras instituições extraterrito-
(normas específicas de padronização e de classificação), que estejam sujei-
riais e a pessoas físicas.
tos a imposto de exportação ou que tenham a exportação contingenciada
ou suspensa, em virtude de legislação ou em decorrência de compromissos
internacionais assumidos pelo Brasil, estão relacionados no Anexo “P” da Modalidades de habilitação
Portaria SECEX nº 23, de 14 de julho de 2011 (conforme atualizações até
07/10/2013). O Anexo “S” da referida Portaria SECEX relaciona os produ- O procedimento de habilitação de pessoa física e do responsável por pessoa
tos não passíveis de exportação em consignação. Os produtos sujeitos à ma- jurídica para a prática de atos no SISCOMEX será executado mediante re-
nifestação prévia dos órgãos do Governo na exportação estão indicados no querimento do interessado, para uma das seguintes modalidades:
Tratamento Administrativo do SISCOMEX.
a) ordinária: para pessoa jurídica que atue habitualmente em comércio
Para processar suas operações de exportação, as empresas exportadoras exterior;
podem acessar o SISCOMEX diretamente, de seu próprio estabelecimen-
b) simplificada:
I – para pessoa física, inclusive a qualificada como produtor rural, arte-
são, artista ou assemelhado;
9. Registro de Exportadores
II – para pessoa jurídica: i. constituída sob a forma de sociedade anônima e Importadores (REI)
de capital aberto, com ações negociadas em bolsa de valores ou no merca- De acordo com o disposto na Portaria SECEX nº 23, de 14 de julho de 2011
do de balcão, classificada no código de natureza jurídica 204-6 da tabela (conforme atualizações até 07/10/2013), a inscrição no Registro de Expor-
do Anexo V à Instrução Normativa RFB nº 1.183 de 19 de agosto de 2011, tadores e Importadores (REI), da SECEX, é automática, sendo realizada no
bem como suas subsidiárias integrais; ii. autorizada a utilizar o Despacho ato da primeira operação de exportação em qualquer ponto conectado ao
Aduaneiro Expresso (Linha Azul), nos termos da Instrução Normativa Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX).
SRF nº 476, de 13 de dezembro 2004; iii. que atue exclusivamente como
encomendante, nos termos do art. 11 da Lei nº 11.281, de 20 de fevereiro A inscrição no REI poderá ser negada, suspensa ou cancelada nos casos de
de 2006; iv. para importação de bens destinados à incorporação ao seu punição em decisão administrativa final aplicada em razão de infrações de
ativo permanente; e v. que atue em comércio exterior em valor de peque- natureza fiscal, cambial e de comércio exterior, ou de abuso de poder eco-
na monta, isto é, praticando valor máximo de exportação de US$ 300 mil nômico.
e de importação de US$ 150 mil.
Cabe, também, assinalar:
III – empresa pública ou sociedade de economia mista, classificada, res-
pectivamente, nos códigos de natureza jurídica 201-1 e 203-8 da tabela do a) os exportadores já inscritos no REI terão a inscrição mantida, não sen-
Anexo V à Instrução Normativa RFB nº 1.183 de 19 de agosto de 2011; e do necessária qualquer providência adicional;
IV – entidade sem fins lucrativos, classificada nos códigos de natureza ju-
74 b) a inscrição no REI não gera qualquer número; 75
rídica de 303-4 a 399-9 da tabela do Anexo V à Instrução Normativa RFB
nº 1.183 de 19 de agosto de 2011. c) o Departamento de Operações de Comércio Exterior (DECEX) não ex-
pedirá declaração de que a empresa está registrada no REI, tendo em
Importação e Exportação
Importação e Exportação
c) especial, para órgão da administração pública direta, autarquia e
vista seu caráter automático;
fundação pública, órgão público autônomo, organismo internacional e
outras instituições extraterritoriais, classificados nos códigos de natu- d) a pessoa física somente poderá exportar mercadorias em quantidades
reza jurídica de 101-5 a 118-0 e 500-2 da tabela do Anexo V à Instrução que não revelem prática de comércio e desde que não se configure habi-
Normativa RFB nº 1.183 de 19 de agosto de 2011; e tualidade;
d) restrita, para pessoa física ou jurídica que tenha operado anterior- e) excetuam-se das restrições previstas na letra “d ” os casos a seguir,
mente em comércio exterior, exclusivamente para a realização de con- desde que o interessado comprove, na SECEX ou em entidades por ela
www.receita.fazenda.gov.br;
A modernização do sistema se fez necessária diante do expressivo aumen- Desde o dia 17 de novembro de 2010, o Novoex já está em funcionamento
76 77
to das exportações brasileiras nos últimos anos e do surgimento de novas de forma conjugada com o antigo sistema, que deixou de operar dia 10
tecnologias de comunicação e informação, além da defasagem tecnológica de janeiro de 2011, conforme definido na Portaria nº 29 da Secretaria de
Importação e Exportação
Importação e Exportação
do sistema atual. Com a mudança, o Novoex pode ser acessado diretamente Comércio Exterior.
na Internet, sem a necessidade de instalação de programas adicionais nos
computadores dos usuários. Além disto, o novo sistema migrou da platafor- O objetivo da operação conjunta é o de permitir que os usuários se adaptem
ma do Sistema de Informações do Banco Central do Brasil (Sisbacen) para a ao Novoex até que estejam habituados ao novo sistema, para que o antigo
plataforma do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). sistema seja definitivamente substituído. Os atuais usuários estão automa-
ticamente habilitados a operar no Novoex, com o mesmo logine senha dos
Pelo Novoex, os usuários podem gravar os Registros de Exportação (REs) demais módulos do SISCOMEX.
e os Registros de Crédito (RCs), estes últimos feitos para as exportações fi-
nanciadas com recursos tanto privados como públicos. Os operadores, que
já tenham feito o Registro de Crédito no sistema antigo, devem atualizar as 10. Nomenclatura –
informações no novo sistema para a utilização do saldo restante. É impor-
tante também informar que não é possível vincular os REs e os RCs criados
classificação de mercadorias
em sistemas diferentes. Ao preencher o Registro de Exportadores e Importadores (REI) no SISCO-
MEX, a empresa deverá classificar seus produtos de acordo com duas no-
Cabe lembrar ainda que, no novo sistema, são efetuadas apenas as opera- menclaturas:
ções comerciais (RE e RC), sendo que todas as operações aduaneiras con-
tinuam a ser realizadas da mesma forma nos sistemas da Receita Federal. A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) e a Nomenclatura Adu-
aneira da ALADI (NALADI/SH), criadas com base na Convenção Interna-
cional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de
Mercadorias (SH), firmada em Bruxelas, em 14 de junho de 1983. O SH pos-
sui seis dígitos, mas cada país pode acrescentar até quatro dígitos.
A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) foi criada em 1995, com 10.1 Nomenclatura Aduaneira da Associação Latino-
a entrada em vigor do MERCOSUL, e aprovada pelo Decreto nº 2.376, de -Americana de Integração (NALADI/SH)
13.11.1997, juntamente com as alíquotas do imposto de importação que com-
Possui estrutura semelhante à da NCM (para a qual serviu de base) e o
põem a Tarifa Externa Comum (TEC). Ao consultar a BrasilGlobalNet(www.
mesmo número de dígitos (oito), sendo os seis primeiros sempre idênticos.
brasilglobalnet.gov.br), o usuário terá acesso à NCM, nas versões em portu-
guês, em espanhol e em inglês. O SISCOMEX dispõe de tabelas que possibilitam a identificação dos códi-
gos tanto da NCM como da NALADI/SH, na plataforma TABELAS – ATU-
A NCM, que substituiu a Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM),
ALIZAÇÃO.
possui oito dígitos e a seguinte estrutura de classificação, que contém até
seis níveis de agregação: capítulo, posição, subposição simples, subposição Informações adicionais nos seguintes endereços eletrônicos:
composta, item e subitem:
www4.receita.fazenda.gov.br/simulador;
a) capítulo – a indicação do capítulo no código é representada pelos dois
www.brasilglobalnet.gov.br.
primeiros dígitos;
Importação e Exportação
10.3. Documentos referentes ao exportador
dígito.
a) Inscrição no Registro de Exportadores e Importadores (REI) da SE-
Exemplo: NCM 8445.19.24 (máquinas abridoras de fibras de lã)
CEX/MDIC (processo automático no caso de se registrar a primeira ex-
84 – capítulo (reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instru- portação via SISCOMEX)
mentos
b) Documentos referentes ao Contrato de Exportação
mecânicos, e suas partes);
c) Fatura Pró-Forma
8445 – posição (máquinas para preparação de matérias têxteis; máquinas
d) Carta de Crédito
para fiação, dobagem ou torração de matérias têxteis e outras máquinas e
aparelhos para fabricação de fios têxteis; máquinas de bobinar – incluídas e) Letra de Câmbio
as bobinadeiras de trama – ou de dobar matérias têxteis e máquinas para
f) Contrato de Câmbio
preparação de fios têxteis para sua utilização nas máquinas das posições
8446 ou 8447);
i) assinatura do exportador; e
Outros documentos: Certificado de Origem, Legalização Consular, Certifi-
cado ou Apólice de Seguro, Borderô ou Carta de Entrega. j) local para assinatura do importador, que, com ela, expressa sua concor-
dância com a proposta.
Há duas modalidades especiais de exportação que são objeto de regulamen-
tação específica. Nas exportações temporárias, as empresas poderão enviar
para o exterior mercadorias para exibição em exposições ou em feiras. O A fatura Pró-Forma pode ser substituída por cotação enviada por fax ou por
exportador é obrigado a comprovar o retorno da mercadoria no prazo má- carta que contenha as mesmas informações indicadas acima.
80 ximo de 180 dias, contados a partir da data de embarque ou, no caso de ven- 81
da, do ingresso da moeda estrangeira. Nas exportações em consignação, as
10.3.1.2. Carta de Crédito
empresas poderão realizar vendas com prazo máximo de 180 dias, a contar
Importação e Exportação
Importação e Exportação
da data do embarque, prorrogável por até 180 dias. Até o vencimento, as
Após o envio da fatura Pró-Forma ao importador, o exportador receberá do
empresas deverão providenciar a liquidação das cambiais. Caso não ocorra
importador, caso se confirme o interesse deste, pedido de compra ou carta
a venda, a empresa deverá comprovar o retorno da mercadoria, com prazo
de crédito, documentos que confirmam o interesse na aquisição da merca-
contado a partir do término do prazo estipulado.
doria. Por sua vez, o exportador deve conferir os dados contidos na carta
de crédito ou no pedido enviado pelo importador, confrontando-os com as
A fatura Pró-Forma, mais conhecida como Pro Forma Invoice, deve conter as
a) número, praça e datas de emissão e de vencimento;
seguintes informações:
b) beneficiário, nome e endereço do emitente e sua assinatura;
a) descrição da mercadoria, quantidade, peso bruto e líquido, preço uni-
c) instrumento que gerou o saque – carta de crédito, fatura comercial etc.
tário e valor;
10.3.1.4. Contrato de Câmbio Registro de Operação de Crédito (RC)
É um instrumento firmado para troca de moedas entre o exportador (vende- Devem constar do Registro de Crédito (RC) as informações de caráter cam-
dor de divisas) e um banco autorizado pelo Banco Central do Brasil a operar bial e financeiro referentes a exportações com prazo de pagamento supe-
com câmbio. rior a 360 dias (prazo que caracteriza as exportações financiadas), contado
a partir da data do embarque. Assim, o RC é o documento eletrônico que
contempla as condições definidas para as exportações financiadas. O preen-
10.3.2. Documentos referentes a mercadoria
chimento do RC e seu deferimento devem ser anteriores ao preenchimento
Relacionam-se, a seguir, os documentos referentes a mercadoria. do Registro de Exportação (RE).
Importação e Exportação
07/10/2013), dispõe, no seu Anexo “N”, sobre as remessas ao exterior que es- pelo PROEX com recursos previstos no Orçamento Geral da União, o Banco
tão dispensadas de Registro de Exportação. No caso de operações de exporta- do Brasil fará análise prévia, com base nas informações contidas no RC.
ção no valor de até US$ 50.000,00 (cinquenta mil dólares dos Estados Unidos), Caso o registro seja aceito pelo Banco, fica assegurado o apoio financeiro do
poderão ser utilizados, no lugar do RE, o Registro de Exportação Simplifica- Programa.
do (RES) ou a Declaração Simplificada de Exportação (DSE), de acordo com
O SISCOMEX fornece automaticamente ao operador (exportador ou repre-
as regulamentações específicas de cada uma dessas modalidades. Segundo o
sentante legal do exportador) um número referente a cada RC. Cabe assina-
disposto na Portaria SECEX nº 23, de 14 de julho de 2011 (conforme atualiza-
lar que os financiamentos às exportações também poderão ser concedidos
ções até 07/10/2013), poderão ser objeto de RES exportações que, por suas ca-
por outras instituições financeiras autorizadas a operar em câmbio, sem
racterísticas, sejam conceituadas como “exportação normal – Código 80.000”,
ônus para a União.
não se enquadrando em nenhum outro código da tabela de enquadramento
da operação, disponível no SISCOMEX ou no endereço eletrônico do Minis- Informações adicionais podem ser obtidas no sítio da Secretaria de Comércio
tério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Exterior (SECEX), pelo endereço eletrônico www.desenvolvimento.gov.br.
Importação e Exportação
e) descrição da mercadoria e códigos (SH/NCM/NALADI);
Trata-se do procedimento fiscal de desembaraço da mercadoria destinada
ao exterior, com base nas informações contidas no Registro de Exportação f) peso bruto e líquido;
(RE), na Nota Fiscal (primeira via) e nos dados sobre a disponibilidade da
g) valor da mercadoria;
mercadoria para verificação das autoridades aduaneiras. O Despacho de
exportação é o procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos h) dimensão e cubagem dos volumes;
dados declarados pelo exportador em relação à mercadoria, aos documen- i) valor do frete.
tos apresentados e à legislação específica, com vistas a seu desembaraço
aduaneiro e à sua saída para o exterior.
Além disso, deve conter a forma de pagamento do frete: freightprepaid (frete
pago) ou freightcollect (frete a pagar). Por último, devem constar do conhe-
O Despacho Aduaneiro de Exportação é processado por meio do SISCO-
cimento de embarque as condições em que a mercadoria foi embarcada: cle-
MEX.
an onboard (embarque sem restrições ou ressalvas à mercadoria) ou received
No caso de exportações terrestres, lacustres ou fluviais, além da primeira in apparentgoodorderand conditions (mercadoria recebida aparentemente em
via da Nota Fiscal, é necessária a apresentação do Conhecimento de Em- boas condições).
barque e do Manifesto Internacional de Carga. O Despacho Aduaneiro de
Essa declaração implica que o transportador deverá entregar a mercadoria
Exportação tem por base declaração formulada pelo exportador ou por seu
nas mesmas condições em que foi recebida do exportador.
mandatário (despachante aduaneiro ou empregado especificamente desig-
nado) também por meio do SISCOMEX.
O Conhecimento de Embarque é emitido geralmente em três vias originais,
com um número variado de cópias, conforme a necessidade do importador.
O documento corresponde ao título de propriedade da mercadoria e pode montante e a natureza das reduções e dos descontos concedidos;
ser consignado ao importador, sendo, neste caso, inegociável. Pode, tam-
l) custo de transporte e demais despesas relativas às mercadorias especi-
bém, ser consignado ao portador, sendo, neste caso, negociável.
ficadas na fatura;
c) especificação das mercadorias em português ou em idioma oficial do a) quando se tratar de mercadoria normalmente importada a granel, em-
86 barcada solta ou em amarrados, desde que não traga embalagem; e 87
Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio, ou, se em outro idioma, acompa-
nhada de tradução em língua portuguesa, a critério da autoridade adua- b) no caso de partidas de uma mesma mercadoria, de cinquenta ou mais
Importação e Exportação
Importação e Exportação
neira, com as denominações próprias e comerciais e com a indicação dos volumes, desde que toda a partida se constitua de volumes uniformes,
elementos indispensáveis à sua perfeita identificação; com o mesmo peso e medida.
d) marca, numeração e, se houver, número de referência dos volumes;
c) data de emissão; b) Legalização Consular – a legalização consular não é exigida por todos
os países importadores. Nos contatos com os importadores estrangeiros,
d) descrição da mercadoria, quantidade, unidade, peso bruto e líquido;
o exportador deve confirmar a necessidade dessa providência (reconhe-
e) local de embarque e desembarque; cimento de firma por parte da autoridade consular, em geral cobrada);
f) nome da transportadora e data de embarque; c) Certificado ou Apólice de Seguro – documento exigido quando o ex-
g) número de volumes, identificação dos volumes por ordem numérica, portador é responsável pela contratação do seguro com uma empresa
tipo de embalagem, peso bruto e líquido por volume e dimensões em seguradora. Deve ser providenciado antes do embarque da mercadoria;
88 metros cúbicos. 89
d) Borderô ou Carta de Entrega – formulário fornecido pelo banco ao
cliente exportador, com a relação dos documentos por ele exigidos para
Importação e Exportação
Importação e Exportação
a realização de operação de exportação. Cabe ao exportador o preenchi-
Outros doc umentos mento do formulário e a preparação dos documentos solicitados pelo
banco;
a) Certificado de Origem – o objetivo desse documento é o de atestar que
e) Outros certificados – para determinados produtos exportados, o im-
o produto é efetivamente originário do país exportador. Sua emissão é es-
portador poderá solicitar, ainda, certificados fitossanitários ou específi-
sencial nas exportações para países que concedem preferências tarifárias.
cos, como o que atesta “fumigação”, certificados de inspeção prévia etc.
Os certificados de origem são fornecidos por entidades credenciadas,
mediante a apresentação da fatura comercial. As informações requeridas
são:
Registro de Exportação Simplificado (RES) – Simplex
I – valor dos insumos nacionais em dólares – CIF ou FOB – e sua partici-
pação no preço FOB; O Registro de Exportação Simplificado (RES), disponível no SISCO-
MEX, é aplicável a operações de exportação, com cobertura cambial e
II – valor dos insumos importados em dólares – CIF ou FOB – e sua par-
para embarque imediato para o exterior, até o limite de US$ 50.000,00 ou
ticipação no preço FOB;
equivalente em outras moedas.
III – descrição do processo produtivo; e
Poderão ser objeto de RES exportações que, por suas características, sejam
IV – regime ou regras de origem – percentual do preço FOB.
conceituadas como “exportação normal – código 80.0000”, não se enqua-
Dependendo do país de destino, são os seguintes os Certificados de Origem: drando em nenhum outro código da tabela de enquadramento da operação,
I – Certificado de Origem MERCOSUL – emitido por federações, confe- disponível no endereço eletrônico do Ministério do Desenvolvimento, In-
derações ou centros da indústria, do comércio ou da agricultura; dústria e Comércio Exterior e no SISCOMEX.
O Registro de Exportação Simplificado (RES), que tem validade de cinco d) exportação em consignação;
dias, deverá ser providenciado antes do embarque do produto. Não é pos-
e) exportação de produtos beneficiados pelo Sistema Geral de Preferên-
sível utilizar simultaneamente o RES e o contrato de câmbio do sistema
cias;
convencional. Aplica-se à exportação efetuada no quadro do RES o mesmo
tratamento tributário referente à exportação pelo sistema convencional. f) exportação com financiamento do PROEX;
CI), do Banco Central do Brasil – com instituição integrante do Sistema Fi- ou de compromissos internacionais assumidos pelo Brasil;
Algumas características do registro simplificado: j) exportação sujeita a controles por órgãos governamentais.
a) as exportações por meio do RES podem ser pagas por meio de cartão A operação de câmbio simplificado é normatizada pelo Regulamento do
de crédito internacional; Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI), que está disponível
b) o Boleto de Compra e Venda de Moeda Estrangeira pode ser negociado no endereço eletrônico www.bcb.br.
Importação e Exportação
Também com a finalidade de simplificar e facilitar o processamento de ope-
portação compreenda mercadorias diferenciadas. A soma dos valores
rações de até US$ 50.000,00, foi regulamentada, pela Instrução Normativa
dos produtos não poderá, de todo modo, ultrapassar o montante de US$
da Secretaria da Receita Federal nº 1.611/2006, alterada pela IN/RFB 846, a
50.000,00;
Declaração Simplificada de Exportação (DSE). Esta deverá ser preenchida
d) o boleto de câmbio simplificado é negociado com o banco credenciado, pelo exportador por meio de computador conectado ao SISCOMEX. Todas
ao qual o exportador deverá fornecer os dados para preenchimento do as exportações feitas por DSE podem ser pagas por meio de cartão de crédi-
Boleto de Compra e Venda. A negociação cambial deverá ser realizada to internacional ou de Vale Postal Internacional.
após o pagamento da exportação;
Trata-se de documento alternativo à Declaração para Despacho de Expor-
e) o câmbio simplificado, o exportador deverá guardar os respectivos do-
tação (DDE). Seu uso dispensa o RE. Na DSE, deverão ser fornecidos, entre
cumentos por cinco anos, para eventual verificação pelo Banco Central;
outros, os seguintes dados:
f) aplica-se à exportação efetuada no quadro do RES o mesmo tratamento
tributário referente à exportação pelo sistema convencional. a) identificação do exportador (número de inscrição do exportador no
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ ou no Cadastro de Pessoas
Físicas – CPF);
Não podem beneficiar-se do RES operações como:
b) tipo de exportador (se pessoa física ou jurídica);
Importação e Exportação
sobre o regime de admissão temporária de bens procedentes do exterior;
III – não atendimento à exigência de controle sanitário, ambiental ou de b) via original do Conhecimento de Carga ou documento equivalente nas
segurança exercido pelo órgão competente; exportações por via terrestre, fluvial ou lacustre;
IV – qualquer outro motivo, observado o disposto na Portaria MF nº 306, c) outros documentos, indicados em legislação específica.
de 21 de dezembro de 1995.
O exportador recebe, porém, o pagamento em reais. Câmbio é, portanto, a g) nome do corretor de câmbio, se houver;
compra e a venda de moedas estrangeiras. É uma troca. Tendo em vista as h) comissão do corretor de câmbio;
94 oscilações na taxa de câmbio, o exportador, em suas transações com o exte- 95
i) nome do importador;
rior, depara-se, portanto, com a possibilidade de que essa mudança cambial
venha a afetar a quantia a ser recebida em reais. j) dados bancários do exportador;
Importação e Exportação
Importação e Exportação
k) condições de financiamento etc.
b) o banco autorizado pelo Banco Central a realizar operações de câmbio; e por parte do cliente na operação, incluindo-se a alçada dos demais signa-
tários e a validade dos certificados digitais envolvidos;
b) no caso de assinatura manual, esta é aposta após a impressão do con- O fechamento do câmbio na exportação pode ser efetuado antes ou depois
trato de câmbio, efetuada depois de numerada a operação pelo Sisbacen, do embarque da mercadoria.
em pelo menos duas vias originais, destinadas ao comprador e ao vende-
dor da moeda estrangeira. A definição do momento mais apropriado para o fechamento do câmbio
depende da necessidade de recursos financeiros para a elaboração do pro-
A assinatura manual pelas partes intervenientes no contrato de câmbio,
duto a ser exportado, da taxa de juros nominal vigente e da expectativa de
quando requerida, constitui requisito indispensável na via destinada ao
alterações na taxa de câmbio, entre a data escolhida para a contratação e a
agente autorizado a operar no mercado de câmbio, devendo ser mantida
data da liquidação do contrato de câmbio.
em arquivo do referido agente uma via original dos contratos de câmbio,
pelo prazo de cinco anos, contado do término do exercício em que ocorra Informações adicionais estão disponíveis no sítio: www.bcb.gov.br/Rex/
a contratação ou, se houver, a liquidação, o cancelamento ou a baixa. RMCCI/Ftp/RMCCI-1-11.pdf.
Importação e Exportação
de câmbio na exportação útil do 12º mês subsequente ao do embarque da mercadoria ou da pres-
tação do serviço.
O fechamento do câmbio com um banco autorizado e escolhido pelo expor-
tador é formalizado com o preenchimento do formulário BACEN – TIPO 01
(Exportação).
O prazo para o embarque de mercadorias ou para a prestação de serviços,
O formulário deve ser preenchido e registrado no Sistema de Informações com entrega de documentos pactuada em contrato de câmbio de exporta-
do Banco Central do Brasil (Sisbacen), que monitora as operações cambiais. ção celebrado até 18.12.2009, pode ser prorrogado até 30.12.2010, mediante
consenso entre o banco comprador da moeda estrangeira e o exportador,
O fechamento do câmbio implica os seguintes compromissos por parte do permanecendo o último dia útil do 12º mês subsequente ao do embarque da
exportador: mercadoria ou da prestação do serviço como o prazo máximo para a liqui-
dação do referido contrato de câmbio.
a) negociar as divisas obtidas com a instituição financeira escolhida, a
uma determinada taxa de câmbio; As operações de câmbio referentes à exportação sujeitas a Registro de Cré-
dito (RC) devem ser celebradas em conformidade com o disposto na seção
b) entregar, em data fixada, os documentos comprobatórios da exporta-
10 – Exportações Financiadas do RMCCI.
ção e outros comprovantes, estes se solicitados pelo importador;
c) efetuar a liquidação do câmbio em determinada data, que é marcada Os contratos de câmbio de exportação em consignação devem ser classifi-
pela entrada efetiva da moeda estrangeira. cados sob o código de natureza de operação “10124 – EXPORTAÇÃO – Ex-
portação em Consignação”, sendo vedada alteração de natureza do referido
código. É facultado o desconto de cambiais de exportação no exterior.
Nas exportações ao amparo do Convênio de Pagamentos e de Créditos Re-
cíprocos (CCR), e desde que os respectivos títulos de crédito estejam cor-
11.3 Liquidação de Câmbio
retamente formalizados para reembolso automático por meio do referido A última obrigação do exportador relacionada à operação de câmbio é a
Convênio, a negociação no exterior deve ser efetuada com regresso sobre a entrega da moeda estrangeira ao banco, que, por sua vez, efetuará o paga-
instituição financeira residente ou domiciliada no Brasil, de modo a permi- mento do valor equivalente em moeda nacional à taxa de câmbio acertada
tir os respectivos reembolsos, observadas as seguintes condições: na data da contratação do câmbio. Esse procedimento é conhecido como Li-
quidação do Câmbio. A liquidação de contrato de câmbio ocorre quando da
a) celebração, pelo valor total da exportação, de contrato de câmbio tipo 1; entrega de ambas as moedas, nacional e estrangeira, objeto da contratação
ou de títulos que as representem.
b) celebração de contrato de câmbio tipo 4, sob natureza “35532 – REN-
DAS DE CAPITAIS – Juros de Financiamento à Exportação de Bens e Ser- A liquidação pronta é obrigatória nos seguintes casos:
viços – outros – descon tos de cambiais”, referente ao valor do desconto,
indicando-se em “Registro de contratos de câmbio vinculados” o número a) operações de câmbio simplificado de exportação ou de importação;
do respectivo contrato de câmbio de exportação a que se refere a alínea
b) compras ou vendas de moeda estrangeira em espécie ou em cheques
anterior;
de viagem;
c) os contratos indicados nas alíneas anteriores devem ser liquidados
c) compra ou venda de ouro – instrumento cambial.
na mesma data, até 5 (cinco) dias úteis após a efetivação do desconto,
podendo a movimentação da moeda estrangeira ser efetuada pelo valor As operações de câmbio contratadas para liquidação pronta devem ser
líquido. liquidadas:
98 99
a) no mesmo dia, quando se tratar:
As instituições financeiras e as demais instituições autorizadas a funcionar I – de compras e de vendas de moeda estrangeira em espécie ou em che-
Importação e Exportação
Importação e Exportação
pelo Banco Central do Brasil (autorizadas a operar no mercado de câmbio) ques de viagem; ou
que firmarem contratos de câmbio de exportação devem, até o dia 15 do II – de operações ao amparo da sistemática de câmbio simplificado de
mês subsequente ao das correspondentes liquidações, fornecer, por meio de exportação.
mecanismo eletrônico regulado pelo Banco Central do Brasil, para acesso
b) em até dois dias úteis da data da contratação, nos demais casos, exclu-
exclusivo da Secretaria da Receita Federal do Brasil, os seguintes dados:
ídos os dias não úteis nas praças das moedas envolvidas (dias não úteis
na praça de uma moeda e/ou na praça da outra moeda).
a) nome empresarial e número de inscrição no Cadastro Nacional da Pes-
soa Jurídica (CNPJ) do vendedor da moeda estrangeira, se pessoa jurídi-
ca, ou nome e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), A contratação de câmbio de exportação e de importação deve observar os
se pessoa física; prazos estabelecidos nos capítulos 11 e 12 do Título 1 (Mercado de Câmbio)
do RMCCI.
b) montante das liquidações, consolidado mensalmente por tipo de moe-
da estrangeira e por natureza da operação; As operações de câmbio abaixo indicadas podem ser contratadas para liqui-
c) montante do contravalor em reais das liquidações referidas na alínea dação futura, devendo a liquidação ocorrer em até:
“b” anterior, consolidado mensalmente; e
a) 1.500 dias, no caso de operações interbancárias e de arbitragem, bem
d) nome e número de inscrição no CNPJ da instituição autorizada a ope-
como nas operações de natureza financeira em que o cliente seja a Secre-
rar no mercado de câmbio, compradora da moeda estrangeira.
taria do Tesouro Nacional;
É admitida liquidação em data anterior à data originalmente pactuada no Nos casos em que não houver consenso para o cancelamento, podem os
contrato de câmbio para as operações de natureza financeira de compra e bancos autorizados a operar em câmbio proceder à baixa do contrato de
para as operações de natureza financeira de venda referentes a obrigações câmbio de sua posição cambial, observadas as exigências e os procedimen-
previstas na Resolução n° 3.844, de 23.3.2010. tos regulamentares aplicáveis a cada tipo de operação.
O contrato de câmbio pode ser modificado, desde que as alterações sejam O contravalor em moeda nacional das baixas de contratos de câmbio é calcu-
acordadas por ambas as partes, mediante, em alguns casos, concordância lado com base na mesma taxa de câmbio aplicada ao contrato que se baixa.
por parte do Banco Central. No entanto, existem informações nos contratos
São livremente canceladas por acordo entre as partes ou baixadas da posição
100 de câmbio que não podem ser alteradas, como o comprador, o vendedor, o
cambial das instituições as operações de câmbio, à exceção das operações de
101
valor em moeda estrangeira, o valor em moeda nacional, o código da moeda
câmbio de exportação, as quais estão sujeitas aos procedimentos constantes
estrangeira e a taxa de câmbio.
Importação e Exportação
Importação e Exportação
no capítulo 11 do Título 1 (Contratos de Câmbio) do RMCCI.
Entre as alterações admitidas nos contratos de câmbio, devem ser necessa-
Informações detalhadas encontram-se no Regulamento do Mercado de
riamente registradas no Sisbacen e formalizadas nos termos do capítulo 3
Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI), disponível no sítio do Banco
da seção 2 do RMCCI aquelas relativas aos seguintes elementos:
Central do Brasil, na página eletrônica www.bcb.gov.br/rex/rmcci/port/
Importação e Exportação
dos.
a) matérias-primas, produtos semielaborados ou acabados utilizados na
fabricação do produto de exportação;
11.8 Exportação indireta b) partes, peças e dispositivos que são incorporados ao produto de ex-
A exportação indireta, ou seja, quando realizada por meio de trading com- portação; e
pany – empresa comercial exportadora e consórcios de exportação – é equi-
c) materiais destinados à embalagem de produtos destinados ao mercado
valente à exportação direta, para efeito de isenção do IPI e do ICMS.
externo.
mércio Exterior (SECEX/MDIC). Regulamento Aduaneiro (Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009, que
regulamenta a administração das atividades aduaneiras e a fiscalização, o
b) Drawback isenção
controle e a tributação das operações de comércio exterior), bem como na
Após concluir a operação de exportação, o fabricante importa os insu- Portaria SECEX nº 23, de 14 de julho de 2011 (conforme atualizações até
mos, sem encargos tributários, para recompor seus estoques. A empresa 07/10/2013), capítulo II (Consolidação das Normas de Comércio Exterior).
tem o prazo de um ano, prorrogável por mais um ano, para solicitar este
benefício. Também neste caso a concessão é feita pela Secretaria de Co- Transcrevem-se, a seguir, as condições que permitem o uso do regime dra-
mércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio wback, segundo o Decreto nº 6.759/2009:
Exterior (SECEX/MDIC).
Art. 383. O regime de drawback é considerado incentivo à exportação, e
c) Drawback restituição pode ser aplicado nas seguintes modalidades (Decreto-Lei no 37, de 1966,
O exportador solicita a restituição dos encargos tributários pagos com art. 78, caput; e Lei no 8.402, de 1992, art. 1o, inciso I):
Importação e Exportação
d) Drawback interno ou “verde-amarelo” ção, complementação ou acondicionamento de produto exportado; e
As empresas exportadoras poderão adquirir os insumos no mercado inter- mercadoria exportada após beneficiamento, ou utilizada na fabricação,
no, com suspensão do IPI. Para obter esse benefício, as empresas deverão complementação ou acondicionamento de outra exportada.
www.receita.fazenda.gov.br;
www.desenvolvimento.gov.br.
106 107
Importação e Exportação
Importação e Exportação
Folha de exercício 01 Folha de exercício 02
Você atua em uma Trading Company e precisa conhecer os procedimen-
Pesquise no site do Sistema ALICEWEB2: tos para exportar para Cingapura, dois produtos de seu portfólio: goma de
e faça cada exercício mascar e fogos de artifício. Como você procederia?
1. Exportações brasileiras para a Alemanha, saindo do aeroporto de Gua-
No Canadá qual é a forma mais comum de promoção utilizada pelos expor-
rulhos, nos anos 2009 a 2012.
tadores especialmente para produtos que já exportamos como alimentos,
2. Exportações brasileiras para a Suécia, saindo do porto de Paranaguá, eletrodomésticos e artigos de vestuário?
nos anos 2007 a 2012.
Caso haja uma disputa entre um importador canadense e um exportador
3. Exportações brasileiras da NCM 3101.00.00 (produzida/extraída em
brasileiro, relacionada à qualidade da mercadoria e aos termos de pagamen-
São Paulo), para a comunidade andina, nos anos 2010 a 2012.
to, qual é o procedimento mais frequente do importador canadense?
4. Exportações brasileiras da ncm 88 (produzida em São Paulo), para o
nafta, nos períodos janeiro-junho de 2010, 2011, 2012. Sua empresa está interessada em participar de uma feira nos Estados Uni-
dos e deverá providenciar a admissão temporária dos produtos. Qual o
5. Importações brasileiras de todos os países, no ano 2012 (ordenando por
tempo máximo de permanência? Há isenção de tributos de importação?
ordem decrescente de valor).
6. Importações brasileiras por capítulos do sistema harmonizado no ano Quais os três principais produtos peruanos exportados para o Brasil?
2012 (ordenando por ordem decrescente de valor).
108 Faça uma análise do mercado da Suíça (triênio 2009-2011) especialmente 109
7. Importações brasileiras por portos no ano 2012 (ordenando por ordem
quanto ao posicionamento da economia no mundo, o percentual das ex-
decrescente de valor).
portações do Brasil no total importado pela Suíça, os principais parceiros
Importação e Exportação
Importação e Exportação
8. Importações brasileiras por unidades da federação no ano 2012 (orde- comerciais nas importações suíças.
nando por ordem decrescente de valor).
Faça uma análise do mercado da Noruega (triênio 2008-2010) especialmente
9. Na questão a seguir há a utilização de dois “detalhamentos do filtro”.
quanto ao posicionamento da economia no mundo, o percentual das expor-
10. Importações brasileiras oriundas dos estados unidos, detalhadas tações do Brasil no total importado pela Noruega, os principais parceiros
por mercadorias e UF importadoras, em 2013 (janeiro a setembro). Orde- comerciais nas importações norueguesas.
nado por ordem decrescente de valor.
Faça uma análise do mercado da Rússia (triênio 2009-2011) especialmente
11. Monte uma planilha com a Balança Comercial do Brasil (Total Ge-
quanto aos setores prioritários com potencial importador a ser explorado, e
ral) de 2005 até 2013. Faça em gráfico para demonstrar a evolução ano a
principais produtos prioritários agropecuários brasileiros dinâmicos e com
ano e percentual.
performance crescente no mercado russo.
12. Monte a Balança Comercial de cada Estado Brasileiro de 2010 até
2013 e faça um gráfico com todos. Faça em gráfico para demonstrar a Faça uma análise do mercado da Índia (triênio 2008-2010) especialmente
evolução ano a ano e percentual. quanto ao posicionamento da economia no mundo, os principais produtos
exportados pelo Brasil para a Índia em 2010, os principais parceiros comer-
ciais da Índia em 2010, através da corrente de comércio.
Folha de exercício 03 4.PARTES SUPERIORES DE CALÇADOS/SEUS COMP., VALOR ADU-
ANEIRO US$ 110.000,00.
http://www.receita.fazenda.gov.br/Aplicacoes/ATRJO/SimuladorImpor-
Pesquise no Sistema Alice a origem (países) dos calçados, neste ano de
tacao/default.htm
2013 e estabeleça uma relação com o antidumping.
CODIGO NCM
VALORACAO ADUANEIRA
SALVAGUARDAS
ANTI DUMPING
MEDIDAS COMPENSATORIAS
110 111
Importação e Exportação
1.FEIJÃO COMUM PARA SEMEADURA, SEC., GRÃO, VALOR ADUA-
NEIRO US$ 150.000,00.