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Importação

Jorge Monteiro Junior


Julio Cesar Raymundo
Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios
A expansão do Ensino Técnico no Brasil, fator importante para melhoria
de nossos recursos humanos, é um dos pilares do desenvolvimento
do país. Esse objetivo, dos governos estaduais e federal, visa à melhoria da
competitividade de nossos produtos e serviços, vis-à-vis com os dos países
com os quais mantemos relações comerciais.

Em São Paulo, nos últimos anos, o governo estadual tem investido de forma
contínua na ampliação e melhoria da sua rede de escolas técnicas - Etecs
e Classes Descentralizadas (fruto de parcerias com a Secretaria Estadual
de Educação e com Prefeituras). Esse esforço fez com que, de agosto de
2008 a 2011, as matrículas do Ensino Técnico (concomitante, subsequente e
integrado, presencial e a distância) evoluíssem de 92.578 para 162.105.

A garantia da boa qualidade da educação profissional desses milhares de jovens


e de trabalhadores requer investimentos em reformas, instalações/laboratórios,
material didático e, principalmente, atualização técnica e pedagógica de
professores e gestores escolares.

A parceria do Governo Federal com o Estado de São Paulo, firmada por


intermédio do Programa Brasil Profissionalizado, é um apoio significativo
para que a oferta pública de ensino técnico em São Paulo cresça com a
qualidade atual e possa contribuir para o desenvolvimento econômico e
social do estado e, consequentemente do país.

Almério Melquíades de Araújo


Coordenador de Ensino Médio e Técnico
Introdução
O dinamismo do comércio internacional, o fenômeno da globalização e as
Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza
constantes mudanças nos dispositivos legais, nos mostraram ao longo de
Diretora Superintendente muitos anos de magistério a necessidade de trabalhar com os alunos com
Laura Laganá base na legislação atualizada, através dos links em nosso material de estudo.
 
Vice-Diretor Superintendente O presente trabalho está mais ajustado á situação dos e-books do que para
César Silva texto impresso. Este é o desafio que verifico que o magistrado tem enfren-
 
tado.
Chefe de Gabinete da Superintendência
Elenice Belmonte R de Castro
  Em importação e exportação trabalharemos com os links:
Coordenador do Ensino Médio e Técnico
Almério Melquíades de Araújo http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1377795120.pdf

REALIZAÇÃO doMinistério do Desenvolvimento, Indústria e Comécio Exterior;

Unidade de Ensino Médio e Técnico


Grupo de Capacitação Técnica, Pedagógica e de Gestão - Cetec Capacitações http://www.receita.fazenda.gov.br/aplicacoes/atbhe/tus/
default.aspx?/p/1/a/1
Responsável Cetec Capacitações
Sabrina Rodero Ferreira Gomes
Aduana e comécio exterior da Receita Federal do Brasil
Responsável Brasil Profissionalizado
Silvana Maria Brenha Ribeiro
http://www.bcb.gov.br/?cambio
Coordenador de Projetos
Davi Gutierrez Antonio Câmbio e capitais internacionais do Banco Central do Brasil

Parecer Técnico
Antônio Luiz dos Santos Trata-se de uma abordagem mais adequada desenvolvendo no aluno a bus-
ca de informação atualizada e segura em fontes fidedignas.
Revisão de Texto
Yara Denadai
Esperamos que a abordagem seja e de grande utilidade para os colegas e
Projeto Gráfico que as tarefas propostas ajudem a materializar uma nova proposta de con-
Diego Santos duzir sempre o aluno às fontes.
Fábio Gomes
Priscila Freire Prof. Dr. Jorge Monteiro Junior

Projeto de formação continuada de professores da educação profissional


do Programa Brasil Profissionalizado - Centro Paula Souza - Setec/MEC
Sumário nistrativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

Licença de Importação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 Importações Sujeitas a Controles Especiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46

Licença Simplificada de Importação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46


Capítulo 1 - Importação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Declaração de Importação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Normas gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Declaração Simplificada de Importação - DSI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Capítulo I - Registros e Habilitações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Comprovante de Importação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .53
Capítulo II - Tratamento administrativo das importações. . . . . . . . .11
Registro de Operações Financeiras - ROF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

Capítulo 2 - Tratamento Administrativo das Importações . . . . . . . . . . . . 17 Território Aduaneiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56

Sistema Administrativo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Recintos Alfandegados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57

Licenciamento Automático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Capítulo 3 - Tratamento Aduaneiro das Importações . . . . . . . . . . . . . . . . 59
Licenciamento Não Automático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Características Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23 Capítulo 4 - Tratamento Tributário nas Importações . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

Efetivação de Licenças de Importação (LI) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26


Capítulo 5 - Tratamento Cambial das Importações. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
Aspectos Comerciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27

Importações Sujeitas a Exame de Similaridade . . . . . . . . . . . . . . . . . 27 Capítulo 6 - Procedimentos administrativos na exportação

Importações de Material Usado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 - Como exportar. .71 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

Unidades Industriais,Linhas de Produção ou Células de Produção . . Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX). . . . . . . . . . . 72

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .36 Procedimentos de habilitação de exportadores para operação no

Automóveis de Propriedade de Portadores de Necessidades SISCOMEX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73

Especiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 SISCOMEX - Exportação Web (Novoex). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .76

Bens de Consumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38 Contrato de Câmbio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94

Importação Sujeita à Obtenção de Cota Tarifária . . . . . . . . . . . . . . . . 40 ???????

Importação de Produtos Sujeitos a Procedimentos Especiais . . . . . 41

Descontos na Importação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

Verificação e Controle de Origem Preferencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

Países com Peculiaridades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

Informações Complementares - IMPORTAÇÃO - Aspectos Admi-


Importação

Capítulo 1
A importação compreende a compra de produtos no exterior observadas as INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualida-
normas comerciais, cambiais e fiscais vigentes. de Industrial

MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento


O processo de importação se divide em três fases: administrativa, fiscal e
cambial. A administrativa está ligada aos procedimentos necessários para MCT - Ministério da Ciência e Tecnologia
efetuar a importação que variam de acordo com o tipo de operação e mer-
SUFRAMA - Superintendência da Zona Franca de Manaus
cadoria. A fiscal compreende o despacho aduaneiro que se completa com o
pagamento dos tributos e retirada física da mercadoria da Alfândega. Já a
cambial está voltada para a transferência de moeda estrangeira por meio de
A Tabela do Ministério indica os órgãos responsáveis pela anuência no li-
um banco autorizado a operar em câmbio.
cenciamento não automático, seus respectivos endereços, a legislação de
regência e a indicação da medida a ser aplicada pelo Órgão anuente, na
3.1.2. Normas gerais forma do artigo 5 do Acordo sobre Procedimentos para o Licenciamento de

As normas administrativas da importação estão contidas na Portaria SECEX Importações.

nº 23, de 14 de julho de 2011.


ÍNDICE DA PORTARIA SECEX Nº 23, DE 14 DE JULHO DE 2011.

Consolidação das Portarias (Secex) - Capítulo I

A Consolidação das Portarias Secex (Importação) tem por base o Capítulo I 3.2. Capítulo I
10
da Portaria Secex no.23, de 14/07/2011 que abrange os artigos 2 a 66, com
as alterações efetuadas por Portarias Secex posteriores.
- Registros e Habilitações 11
Seção I. Habilitação para Operar no SISCOMEX (Arts. 2º - 7º)
A Consolidação destina-se a facilitar a consulta dos interessados,
Importação e Exportação

Importação e Exportação
Seção II. Registro de Exportadores e Importadores (Arts. 8º - 11º)
As respectivas siglas constantes das relações são relativas aos Órgãos con-
forme abaixo:

ANCINE - Agência Nacional do Cinema 3.3. Capítulo II


ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica - Tratamento administrativo
ANP - Agência Nacional de Petróleo
das importações
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Seção I. Licenciamento das Importações (Arts. 12 - 29)
CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear
Seção II. Aspectos Comerciais (Art. 30)
COMEXE - Comando do Exército
Seção III. Importações Sujeitas a Exame de Similaridade (Arts. 31 - 40)
DECEX - Departamento de Operações de Comércio Exterior
Seção IV. Importações de Material Usado (Arts. 41 - 59)
DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral
Seção V. Importação Sujeita à Obtenção de Cota Tarifária (Arts. 60 - 62)
DPF - Departamento de Polícia Federal
Seção VI. Importação de Produtos Sujeitos a Procedimentos Especiais
ECT - Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Art. 63)
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Seção VII. Descontos na Importação (Art. 64)
Renováveis
Seção VIII. Verificação e Controle de Origem Preferencial (Art. 65) I – observar e manter, em toda a sua extensão, o sigilo das informações
acessadas; e
Seção IX. Países com Peculiaridades (Art. 66)
II – adotar as medidas de segurança adequadas, no âmbito das atividades
sob seu controle, para a manutenção do sigilo das informações.
3.3.1.1. Registros e Habilitações
As operações no Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX)
Para fins de alimentação no banco de dados do SISCOMEX, os órgãos
poderão ser efetuadas pelo importador ou exportador, por conta própria,
anuentes deverão informar ao Departamento de Normas e Competitivida-
mediante habilitação prévia, ou por intermédio de representantes creden-
de no Comércio Exterior (DENOC) os atos legais que irão produzir efeito
ciados, nos termos e condições estabelecidos pela Receita Federal do Brasil
no licenciamento das importações e no registro das exportações, indicando
(RFB).
a finalidade administrativa, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias
Os bancos autorizados a operar em câmbio e as sociedades corretoras que de sua eficácia, salvo em situações de caráter excepcional. Estes atos esta-
atuam na intermediação de operações cambiais poderão solicitar ao Depar- rão sujeitos aos procedimentos previstos nas Resoluções CAMEX nº 70 e
tamento de Operações de Comércio Exterior (DECEX) o credenciamento 16, de 11 de dezembro de 2007 e de 20 de março de 2008, respectivamente.
para efetuarem RE e RC por conta e ordem de exportadores, desde que se- Os atos administrativos expedidos pelos órgãos anuentes deverão conter a
jam por eles expressamente autorizados. classificação do produto na Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM),
sua descrição completa, e a modificação pretendida: inclusão, alteração ou
Os órgãos da administração direta e indireta que atuam como intervenien- exclusão de anuência na importação ou na exportação.
12 tes no comércio exterior serão credenciados nos módulos administrativos
SISCOMEX para se manifestarem acerca das operações relativas às suas áre- A inscrição no Registro de Exportadores e Importadores (REI) da Secretaria
as de competência, quando previsto em legislação específica. Consideram- de Comércio Exterior (SECEX) é automática, sendo realizada no ato da pri-
Importação e Exportação

-se módulos administrativos do SISCOMEX os módulos Importação, Expor- meira operação de exportação ou importação em qualquer ponto conectado
tação Web e Drawback Web, relativamente ao registro, acompanhamento e ao SISCOMEX.Os exportadores e importadores já inscritos no REI terão a
controle dos seguintes documentos gerados pelo Sistema: inscrição mantida, não sendo necessária qualquer providência adicional.A
inscrição no REI não gera qualquer número.O Departamento de Operações
I – Licenças de Importação; de Comércio Exterior (DECEX) não expedirá declaração de que a empresa
está registrada no REI, por força da qualidade automática descrita acima.
II – Registros de Exportação;
Ficam dispensadas da obrigatoriedade de inscrição do exportador no REI
III – Registros de Crédito; e as exportações via remessa postal, com ou sem expectativa de recebimento,
IV – Atos Concessórios de Drawback. exceto donativos, realizadas por pessoa física ou jurídica até o limite de US$
50.000,00 (cinquenta mil dólares dos Estados Unidos) ou o equivalente em
outra moeda, exceto quando se tratar de:
A habilitação dos servidores dos órgãos intervenientes nas operações de co-
mércio exterior para operar nos módulos administrativos do SISCOMEX I – produto com exportação proibida ou suspensa;
será promovida por meio da identificação, fornecimento de senhas e espe- II – exportação com margem não sacada de câmbio;
cificação do nível de acesso autorizado, conforme os procedimentos especi-
III – exportação vinculada a regimes aduaneiros especiais e atípicos; e
ficados no Anexo I.
IV – exportação sujeita a registro de operações de crédito.
Os servidores dos órgãos intervenientes nas operações de comércio exterior
que estejam habilitados para operar no SISCOMEX deverão:
A inscrição no REI poderá ser suspensa ou cancelada nos casos de punição
em decisão administrativa final, aplicada em conformidade com as normas
e procedimentos definidos na legislação específica.

A pessoa física somente poderá importar mercadorias em quantidades que


não revelem prática de comércio, desde que não se configure habitualidade.
Tratamento
Administrativo das
Importações

Capítulo 2
Seção I VII – doações, exceto de bens usados;

VIII – retorno de material remetido ao exterior para fins de testes, exames

2.1 Licenciamento e/ou pesquisas, com finalidade industrial ou científica;

IX – arrendamento mercantil financeiro (leasing), arrendamento mercan-


das Importações til operacional, arrendamento simples, aluguel ou afretamento;

2.1.1 Sistema Administrativo X – sob o regime de admissão temporária ou reimportação, quando usa-
dos, reutilizáveis e não destinados à comercialização, de recipientes,
O sistema administrativo das importações brasileiras compreende as se-
embalagens, envoltórios, carretéis, separadores, racks, clip locks, termó-
guintes modalidades:
grafos e outros bens retornáveis com finalidade semelhante destes, desti-
nados ao transporte, acondicionamento, preservação, manuseio ou regis-
I – importações dispensadas de Licenciamento;
tro de variações de temperatura de mercadoria importada, exportada, a
II – importações sujeitas a Licenciamento Automático; e importar ou a exportar; e

III – importações sujeitas a Licenciamento Não Automático. XI – nacionalização de máquinas e equipamentos que tenham ingressado
no País ao amparo do regime aduaneiro especial de admissão temporária
para utilização econômica, aprovado pela RFB, na condição de novas.
As importações brasileiras estão dispensadas de licenciamento, exceto nas
XII – importações de empresa autorizada a operar em ZPE, com exceção
hipóteses previstas nas duas outras modalidades, devendo os importado-
de exigência de licenciamento em virtude de controles de ordem sanitá-
18 res somente providenciar o registro da Declaração de Importação (DI) no 19
ria, de interesse da segurança nacional e de proteção do meio ambiente
SISCOMEX, com o objetivo de dar início aos procedimentos de Despacho
(Lei nº 11.508, de 12 de julho de 2007, art. 12, I). (Incluído pela Portaria
Aduaneiro junto à RFB.
Importação e Exportação

Importação e Exportação
SECEX nº 04, de 2013)
As condições descritas para as importações abaixo não acarretam licencia-
mento:
§ 2º Na hipótese de o tratamento administrativo do SISCOMEX previsto
I – sob os regimes de entrepostos aduaneiro e industrial, inclusive sob nos arts. 14 e 15 acarretar licenciamento para as importações definidas nos
controle aduaneiro informatizado; incisos I a II e IV a XI do § 1º deste artigo, o tratamento administrativo para
o produto ou operação prevalecerá.
II – sob o regime de admissão temporária, inclusive de bens amparados
pelo Regime Aduaneiro Especial de Exportação e Importação de Bens § 3º As importações de que trata o inciso XII deverão ser registradas no
Destinados às Atividades de Pesquisa e de Lavra das Jazidas de Petróleo módulo de Licenciamento de Importação do SISCOMEX antes do início do
e de Gás Natural (REPETRO); despacho aduaneiro, efetivando-se a dispensa de licenciamento mediante
III – sob os regimes aduaneiros especiais nas modalidades de loja franca, deferimento imediato do pedido pelo SISCOMEX. (Incluído pela Portaria
depósito afiançado, depósito franco e depósito especial; SECEX nº 04, de 2013)

IV – com redução da alíquota de imposto de importação decorrente da


aplicação de “ex-tarifário”;

V – mercadorias industrializadas, destinadas a consumo no recinto de


congressos, feiras e exposições internacionais e eventos assemelhados,
observado o contido no art. 70 da Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991;

VI – peças e acessórios abrangidos por contrato de garantia;


Subseção II Todos os documentos mencionados nos parágrafos anteriores deste artigo
ficarão retidos no Departamento de operações de Comércio Exterior (DE-

4.1.1. Licenciamento Automático CEX) ou na instituição bancária autorizada a operar.

Estão sujeitas a Licenciamento Automático as importações: Caso o produto, identificado pela NCM/TEC, possua destaque, e a mer-
cadoria a ser importada não se referir à situação descrita no destaque, o
I – de produtos relacionados no Tratamento Administrativo do SISCO- importador deverá apor o código 999, ficando a mercadoria dispensada da-
MEX; também disponíveis no endereço eletrônico do Ministério do De- quela anuência.
senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), para simples con-
sulta, prevalecendo o constante do aludido Tratamento Administrativo; e
4.1.2. Licenciamento Não Automático
II – as efetuadas ao amparo do regime aduaneiro especial de drawback.
Estão sujeitas a Licenciamento Não Automático as importações:
§ 1º Na hipótese do inciso I, mensagem de alerta no tratamento adminis-
trativoII – as efetuadas nas situações abaixo relacionadas: I – de produtos relacionados no Tratamento Administrativo do SISCO-
MEX e também disponíveis no endereço eletrônico do MDIC para sim-
a) sujeitas à obtenção de cotas tarifária e não tarifária;
ples consulta, prevalecendo o constante do aludido Tratamento Adminis-
b) ao amparo dos benefícios da Zona Franca de Manaus e das Áreas de trativo, onde estão indicados os órgãos responsáveis pelo exame prévio
Livre Comércio; do licenciamento não automático, por produto;

c) sujeitas à anuência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cien- II – efetuadas nas situações abaixo relacionadas:
20 tífico e Tecnológico - CNPq; 21
a) sujeitas à obtenção de cotas tarifária e não tarifária;
d) sujeitas ao exame de similaridade;
b) ao amparo dos benefícios da Zona Franca de Manaus e das Áreas de
Importação e Exportação

Importação e Exportação
e) de material usado, salvo as exceções estabelecidas no § 2º e no § 3º Livre Comércio;
do art. 37 desta Portaria;
c) sujeitas à anuência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cien-
f) originárias de países com restrições constantes de Resoluções da Or- tífico e Tecnológico (CNPq);
ganização das Nações Unidas (ONU);
d) sujeitas ao exame de similaridade;
g) substituição de mercadoria, nos termos da Portaria do Ministério da
e) de material usado, salvo as exceções estabelecidas nos §§ 2º e 3º do
Fazenda n.º 150, de 26 de julho de 1982;
art. 43 desta Portaria;
h) sujeitas a medidas de defesa comercial; e
f) originárias de países com restrições constantes de Resoluções da Or-
i) operações que contenham indícios de fraude. ganização das Nações Unidas (ONU);

g) substituição de mercadoria, nos termos da Portaria do Ministério da


Fazenda nº 150, de 26 de julho de 1982;
Na hipótese da alínea “h”, o licenciamento amparando a importação de mer-
cadorias originárias de países não gravados com direitos deverá ser instruído h) operações que contenham indícios de fraude; e
com Certificado de Origem emitido por Órgão Governamental ou por Entida-
i) sujeitas a medidas de defesa comercial e de bens idênticos aos su-
de por ele autorizada ou, na sua ausência, documento emitido por entidade
jeitos a medidas de defesa comercial, quando originários de países ou
de classe do país de origem atestando a produção da mercadoria no país,
produtores não gravados. (Redação dada pela Portaria SECEX nº 05,
sendo que este último documento deverá ser chancelado, no país de origem,
de 2012)
por uma câmara de comércio brasileira ou representação diplomática.
Caso o bem a ser importado esteja classificado em subitem da NCM que Nos casos em que a Declaração de Origem for solicitada após o deferimento
possua destaque para licenciamento de importação e esse destaque não cor- do pedido de licença de importação, a não apresentação do documento im-
responder ao bem a ser importado, o importador deverá apor o código 999, plicará a obrigatoriedade de apresentação prévia da Declaração de Origem,
ficando o bem dispensado da anuência de que trata o destaque. por um período de até 360 (trezentos e sessenta) dias, nos próximos pedidos
de licença.
Na hipótese prevista na alínea “i” acima, previamente ao licenciamento de
importação de bens idênticos aos sujeitos a medidas de defesa comercial, Para as importações originárias de países com os quais o Brasil tenha cele-
quando originários de países ou produtores não gravados com a medida, o brado acordo internacional concedendo preferência tarifária, a Declaração
importador deverá obter junto ao produtor ou exportador estrangeiro De- de Origem poderá ser dispensada, sendo o Certificado de Origem Prefe-
claração de Origem. rencial, emitido em conformidade com os critérios estabelecidos nos res-
pectivos acordos, documento suficiente para o atendimento dos requisitos
A Declaração de Origem deverá ser preenchida conforme o formulário con- estabelecidos.
tido no Anexo XXVI e assinada pelo produtor ou exportador do bem a ser
importado. A SECEX poderá, em caso de indícios de infrações ao regime de licencia-
mento de importação, sujeitar a licenciamento importações determinadas
Caso a Declaração de Origem seja preenchida e assinada pelo exportador, esse ou todas as importações a serem realizadas pela pessoa suspeita de ter co-
deverá fornecer na própria Declaração as informações relativas ao produtor. metido a infração. O regime de licenciamento de que trata o caput terá por
objetivo a verificação de elementos indiciários de infrações e será imposto
Cada Declaração de Origem deverá estar vinculada a um único pedido de
por prazo determinado de, no máximo, 180 (cento e oitenta) dias.A SECEX
licença de importação.
22 deverá notificar a imposição de regime de licenciamento à pessoa sujeita à 23
A SECEX poderá solicitar a Declaração de Origem ao importador em qual- medida, informando-a dos motivos respectivos.O regime de licenciamento
deverá cessar sempre que os indícios de que trata o caput se mostrarem
Importação e Exportação

Importação e Exportação
quer momento, devendo o importador apresentá-la em até 10 (dez) dias úteis
contados a partir da solicitação ou da exigência formulada no SISCOMEX. infundados.

A empresa importadora deverá manter guarda da Declaração de Origem A não apresentação da declaração de origem quando solicitada poderá ser
pelo prazo de 5 (cinco) anos contados a partir do registro de pedido de li- considerada como indício de infração para fins de aplicação do disposto
cença de importação no SISCOMEX. neste artigo.

Quando do pedido da licença de importação no SISCOMEX, o importador


deverá declarar no campo “Informações Complementares”: 4.1.3. Características Gerais
O licenciamento automático poderá ser efetuado após o embarque da merca-
I - que o produto é originário do país mencionado no pedido da licença,
doria no exterior, mas anteriormente ao despacho aduaneiro de importação.
conforme as regras de origem não preferenciais contidas nos arts. 31 e 32,
da Lei 12.546, de 14 de dezembro de 2011;
O licenciamento não automático deverá ser efetuado previamente ao em-
II - que tem a posse e se compromete a apresentar à SECEX, no prazo pre- barque da mercadoria no exterior.
visto no § 4º, quando solicitado, a Declaração de Origem ou, na hipótese
prevista no § 9º, o Certificado de Origem Preferencial. Nas situações abaixo indicadas, o licenciamento não automático poderá ser
efetuado após o embarque da mercadoria no exterior, mas anteriormente ao
despacho aduaneiro:
Nos casos em que a Declaração de Origem for solicitada na fase de licencia-
mento de importação, a não apresentação do documento no prazo previsto I – importações ao amparo dos benefícios da Zona Franca de Manaus e das
no parágrafo 4º implicará o indeferimento do pedido de licença. Áreas de Livre Comércio, exceto quando o produto estiver sujeito a Trata-
mento Administrativo no SISCOMEX que exija o cumprimento da condição pamentos importados, desde que observadas as seguintes condições:
prevista no caput;
I – as peças sobressalentes devem figurar na mesma licença de importa-
II – mercadoria ingressada em entreposto aduaneiro ou industrial na im- ção que cobre a trazida das máquinas ou equipamentos, inclusive com o
portação; mesmo código NCM, não podendo seu valor ultrapassar 10% (dez por
cento) do valor da máquina ou do equipamento; e
III – importações sujeitas à anuência do CNPq;
II – o valor das peças sobressalentes deve estar previsto na documentação
IV – importações de brinquedos; e
relativa à importação – contrato, projeto, fatura e outros.
V – importações de mercadorias sujeitas à anuência da Agência Nacio-
nal do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e da Agência Nacional Quando a importação pleiteada for objeto de redução tarifária prevista em
de Vigilância Sanitária (ANVISA), quando previsto na legislação espe- acordo internacional firmado com países da Associação Latino-Americana
cífica. de Integração (ALADI),será também necessária a indicação da classificação
VI – importações de mercadorias usadas unidades de carga, contêiner. e descrição da mercadoria na Nomenclatura Latino-Americana baseada no
Sistema Harmonizado (NALADI/SH).O campo “informações complemen-
tares” da licença de importação deverá ser utilizado para a prestação de
Na hipótese prevista no inciso V, se houver outro órgão anuente para a li- informações adicionais e esclarecimentos sobre o pedido de licenciamen-
cença, a anuência deste outro órgão deverá ser efetuada previamente ao to, sendo consideradas inválidas quaisquer informações preenchidas nesse
24 embarque da mercadoria no exterior. campo que venham a descaracterizar dados constantes dos demais cam-
25
pos da licença.O pedido de licença receberá numeração específica e ficará
Quando uma mercadoria tiver sido embarcada no exterior previamente à disponível para fins de análise pelos órgãos anuentes. Mediante consulta
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data de início da vigência de tratamento administrativo no SISCOMEX para ao SISCOMEX, o importador poderá obter, a qualquer tempo, informações
esta mercadoria, poderá ser admitido o deferimento da licença após o em- sobre o seu pedido de licença.
barque da mercadoria e anteriormente ao despacho aduaneiro, devendo-
-se comprovar o fato por meio do conhecimento de embarque.Para fins de Os órgãos anuentes poderão solicitar aos importadores os documentos e
aplicação do aqui disposto, a exigência de apresentação de conhecimento de informações considerados necessários para a efetivação do licenciamento.
embarque poderá ser dispensada na hipótese de a licença de importação ter
Quando forem verificados erros e/ou omissões no preenchimento do pedi-
sido registrada em até 30 (trinta) dias após a data do início da vigência do
do de licença oumesmo a inobservância dos procedimentos administrativos
tratamento administrativo.
previstos para a operação ou para o produto, os órgãos anuentes registra-
As anuências de competência do DECEX constantes em pedidos de Licen- rão, no próprio pedido, advertência ao importador, solicitando a correção
ça de Importação relativos a operações amparadas pela Lei nº 12.350, que de dados. Nesta hipótese, os pedidos de licença ficarão pendentes até a cor-
trata da Copa das Confederações Fifa 2013 e da Copa do Mundo Fifa 2014, reção dos dados, o que implicará, também, a suspensão do prazo para a
poderão ser efetuadas após o embarque das mercadorias no exterior, mas análise dos pedidos.
anteriormente ao despacho aduaneiro.
Os pedidos de licença não automática de importação sob status “para análi-
O pedido de licença deverá ser registrado no SISCOMEX pelo importador se” serão apostos “em exigência” no 59º (quinquagésimo nono) dia contado
ou por seu representante legal ou, ainda, por agentes credenciados pelo DE- da data de registro.
CEX e pela RFB.A descrição da mercadoria deverá conter todas as caracte-
O SISCOMEX cancelará automaticamente o pedido de licença em exigência
rísticas do produto e estar de acordo com a NCM.É dispensada a descrição
no caso do seu não cumprimento no prazo de 90 (noventa) dias.
detalhada das peças sobressalentes que acompanham as máquinas ou equi-
Não será autorizado licenciamento quando verificados erros significativos envolvida esteja sujeito, no momento da retificação, a licenciamento. A ma-
em relação à documentação que ampara a importação, indícios de fraude ou nifestação referida no caput somente será necessária quando envolver alte-
patente negligência. ração de país de origem, de redução do preço, de elevação da quantidade,
de classificação na NCM, de regime de tributação e de enquadramento de

4.1.4. Efetivação de Licenças de Importação (LI) material usado, ficando dispensada a manifestação do DECEX nos demais
casos. A solicitação deverá conter os números da LI e da DI correspondentes
O licenciamento automático será efetivado no prazo máximo de 10 (dez)
e os campos a serem alterados, na forma de “de” e “para”, bem como as
dias úteis, contados a partir da data de registro no SISCOMEX, caso os pedi-
justificativas pertinentes.
dos de licença tiverem sido apresentados de forma adequada e completa.No
licenciamento não automático, os pedidos terão tramitação de, no máximo, Quando o licenciamento não automático for concedido por força de decisão
60 (sessenta) dias contados a partir da data de registro no SISCOMEX. judicial, o Sistema indicará esta circunstância.

Parágrafo único. O prazo de 60 (sessenta) dias, estipulado neste artigo, po-


derá ser ultrapassado, quando impossível o seu cumprimento por razões 4.2. Aspectos Comerciais
que escapem ao controle do órgão anuente do Governo Brasileiro.
O DECEX efetuará o acompanhamento dos preços praticados nas impor-
Ambas as licenças terão prazo de validade de 90 (noventa) dias, contados a tações, utilizando-se, para tal, de diferentes meios para fins de aferição do
partir da data do deferimento, para fins de embarque da mercadoria no ex- nível praticado, entre eles, cotações de bolsas internacionais de mercado-
terior, exceto os casos previstos onde o licenciamento não automático pode rias; publicações especializadas; listas de preços de fabricante estrangeiros
ser efetuado após o embarque da mercadoria no exterior, mas anteriormente consularizadas no país de origem da mercadoria; contratos de bens de ca-
26 27
ao despacho aduaneiro.Pedidos de prorrogação de prazo deverão ser apre- pital fabricados sob encomenda; estatísticas oficiais nacionais e estrangei-
sentados, antes do vencimento da licença, com justificativa, diretamente aos ras e quaisqueroutras informações porventura necessárias, com tradução
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órgãos anuentes, na forma por eles determinada.Como regra geral, será ob- juramentada e devidamente consularizadas. O DECEX poderá, a qualquer
jeto de análise e decisão somente uma única prorrogação, com prazo máxi- época, solicitar ao importador informações ou documentação pertinente a
mo idêntico ao original. qualquer aspecto comercial da operação.

Caso não sejam vinculadas a uma DI, as LI deferidas serão canceladas au-
tomaticamente pelo SISCOMEX após 90 (noventa) dias contados a partir da 4.3. Importações Sujeitas
data final de sua validade, se deferida com restrição à data de embarque,
ou da data do deferimento, se a LI tiver sido deferida sem restrição à data
a Exame de Similaridade
de embarque.A empresa poderá solicitar a alteração do licenciamento, até o Estão sujeitas ao prévio exame de similaridade as importações sujeitas à
desembaraço da mercadoria, em qualquer modalidade, mediante a substi- isenção ou à redução do Imposto de Importação a que se refere o art. 118 do
tuição, no SISCOMEX, da licença anteriormente deferida.licenciamento ori- Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009, excetuadas as situações previstas
ginal. Não serão autorizadas substituições que descaracterizem a operação em legislação específica.
originalmente licenciada.
O exame de similaridade será realizado pelo DECEX, que observará os cri-
O licenciamento poderá ser retificado após o desembaraço da mercadoria, térios e procedimentos previstos nos arts. 190 a 209 do Decreto nº 6.759, de
mediante solicitação ao órgão anuente, que deverá se manifestar por meio 5 de fevereiro de 2009.
de documento específico.
Será considerado similar ao estrangeiro o produto nacional em condições de
Para fins de retificação de DI após o desembaraço aduaneiro, o DECEX so- substituir o importado, observados os seguintes parâmetros:
mente se manifestará nos casos em que houver vinculação com a LI origi-
nalmente deferida pelo Departamento e desde que o produto ou a situação
I – qualidade equivalente e especificações adequadas ao fim a que se des- caminhadas fora do prazo serão desconsideradas.Caso a indústria nacional
tine; entenda que as informações publicadas na consulta pública sejam insufi-
cientes para descrever o produto a importar, deverá se manifestar dentro
II – preço não superior ao custo de importação, em moeda nacional, da
de 15 (quinze) dias a contar da publicação da referida consulta, indicando
mercadoria estrangeira, calculado o custo com base no preço CIF (cost,
as especificações técnicas que devem ser informadas ou esclarecidas pelo
insurance and freight), acrescido dos tributos que incidem sobre a impor-
importador.Na hipótese de as informações serem consideradas indispen-
tação e outros encargos de efeito equivalente; e
sáveis, será realizada nova consulta pública para o bem em questão, com
III – prazo de entrega normal ou corrente para o mesmo tipo de merca- todas as características indicadas como necessárias à perfeita identificação
doria. da mercadoria.O resultado da análise de produção nacional para o exame
As importações sujeitas a exame de similaridade serão objeto de licencia- de similaridade terá validade de 180 (cento e oitenta) dias a partir da data
mento não automático previamente ao embarque dos bens no exterior. de sua emissão.

Caso seja indicada a existência de similar nacional, a interessada será in-

O instrumento legal no qual o importador pretende que a operação seja formada do indeferimento do pedido, diretamente via SISCOMEX, com o

enquadrada para fins de benefício fiscal deverá constar do registro de licen- esclarecimento de que o assunto poderá ser reexaminado, desde que apre-

ciamento. sentadas ao DECEX:

A interessada deverá encaminhar ao DECEX, na data do registro do licen- I – justificativas comprovando serem as especificações técnicas do produ-
ciamento e por intermédio de correio eletrônico, catálogo técnico do pro- to nacional inadequadas à finalidade pretendida; e/ou
28 duto a importar, sob pena de indeferimento. O catálogo técnico deverá ser 29
II – propostas dos eventuais fabricantes nacionais que indiquem não ter
enviado, preferencialmente, em arquivo de extensão “PDF” para o endereço o produto nacional preço competitivo ou que o prazo de entrega não é
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de correio eletrônico “catalogos@mdic.gov.br”. A mensagem enviada pela compatível com o do fornecimento externo.
interessada deverá ser intitulada com o código NCM/TEC e o número do li-
cenciamento de importação, devendo a interessada informar, ainda: o nome
da empresa importadora, o nome do responsável pelo envio da informação, O DECEX não realizará exame de similaridade ou de produção nacional
o endereço eletrônico e o telefone para contato; em se tratando de represen- para fim exclusivo de aproveitamento de benefícios fiscais relativos ao Im-
tação, deverá ser anexado o instrumento de procuração válido. posto sobre a Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) vin-
Para a realização da análise de similaridade, o DECEX tornará públicos pe-
culados à obrigatoriedade de inexistência de similar nacional ou para fim
riodicamente, por meio de Consulta Pública, os pedidos de importação na
exclusivo de aplicação de alíquota interestadual de ICMS de que trata o § 4º
página eletrônica do MDIC na Internet (www.mdic.gov.br), devendo a in-
da Resolução do Senado nº 13, de 25 de abril de 2012. Na hipótese de, con-
dústria nacional se manifestar no prazo de 30 (trinta) dias, contados a partir
forme a legislação pertinente ao ICMS, houver o aproveitamento de exame
da data da publicação da Consulta, para comprovar a fabricação no mer-
de produção nacional realizado pelo DECEX para fim de aplicação de bene-
cado interno.Na hipótese de existência de produção nacional, deverão ser
fício vinculado a esse tributo, o importador poderá, a critério da autoridade
fornecidos ao DECEX catálogos descritivos dos bens com as respectivas ca-
fazendária estadual, apontar no registro de licenciamento o Convênio ICMS
racterísticas técnicas, bem como informações referentes a percentuais rela-
pertinente.
tivos aos requisitos de origem do MERCOSUL e unidades já produzidas no
País.As indústrias nacionais deverão encaminhar ao DECEX a manifestação Estão sujeitas ao prévio exame de similaridade as importações de máquinas,
de que trata o caput por meio do protocolo da SECEX, sendo que a data do equipamentos e bens relacionados no Decreto nº 6.582, de 26 de setembro de
protocolo será considerada para fins do início da contagem do prazo de 30 2008, ao amparo da Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004, que institui o
(trinta) dias previsto no caput. As manifestações da indústria nacional en- Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação de estrutu-
ra Portuária (REPORTO).No exame e no preenchimento da LI, deverão ser As seguintes importações de bens usados poderão ser autorizadas com dis-
observados os seguintes procedimentos: pensa da exigência de inexistência de produção nacional:

I – o exame da LI não automática está centralizado no DECEX; e I – ao amparo de acordos internacionais firmados pelo País;

II – a Ficha de Negociação, no registro da LI não automática, deverá ser II – admitidas no regime de admissão temporária, exceto vagões ferrovi-
preenchida, nos campos descritos abaixo, da seguinte forma: ários compreendidos nas subposições 8605 e 8606 da Nomenclatura Co-
mum do MERCOSUL – NCM; a análise sob aspectos de inexistência de
a) regime de tributação/ código 5; e
produção nacional será realizada na hipótese de nacionalização.
b) regime de tributação/ fundamento legal: 79.
III – de bens havidos por herança, pertencentes ao de cujus na data do
óbito, desde que acompanhados de comprovação legal;

IV – de remessas postais, sem valor comercial, nos termos da legislação


2.4 Importações aplicável;

de Material Usado V – transferência para o Brasil de unidades industriais, linhas de produ-


ção e células de produção, quando estiver vinculada a projetos aprova-
4.3.1. Procedimentos Gerais dos pela SECEX;

Serão autorizadas importações de máquinas, equipamentos, aparelhos, ins- VI – de bens culturais; entende-se como bens culturais: I - as coleções e
trumentos, ferramentas, moldes e contêineres para utilização como unidade exemplares raros de zoologia, botânica, mineralogia e anatomia, e obje-
30 to de interesse paleontológico; II - os bens relacionados com a história, 31
de carga, na condição de usados, desde que não sejam produzidos no País,
ou não possam ser substituídos por outros, atualmente fabricados no terri- inclusive a história da ciência e da tecnologia, com a história militar e
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tório nacional, capazes de atender aos fins a que se destina o material a ser social, com a vida dos grandes estadistas, pensadores, cientistas e artistas
importado. Poderão ser autorizadas, ainda, importações de partes, peças e nacionais e com os acontecimentos de importância nacional; III - o produ-
acessórios recondicionados, para manutenção de máquinas e equipamen- to de escavações arqueológicas (tanto as autorizadas quanto às clandesti-
tos, desde que o processo de recondicionamento tenha sido efetuado pelo nas) ou de descobertas arqueológicas; IV - elementos procedentes do des-
próprio fabricante, ou por empresa por ele credenciada e os bens a importar membramento de monumentos artísticos ou históricos e de lugares de
contem com a mesma garantia de produto novo e não sejam produzidos em interesse arqueológico; V - antiguidade de mais de cem anos, tais como
território nacional, devendo-se adotar os seguintes procedimentos: inscrições, moedas e selos gravados; VI - objetos de interesse etnológico;
VII - os bens de interesse artístico, tais como: a) quadros, pinturas e de-
I – o importador deverá apresentar manifestação de entidade represen- senhos feitos inteiramente à mão sobre qualquer suporte e em qualquer
tativa da indústria, de âmbito nacional, que comprove a inexistência de material (com exclusão dos desenhos industriais e dos artigos manufa-
produção no País da mercadoria a importar; turados decorados a mão); b) produções originais de arte estatuária e de
escultura em qualquer material; c) gravuras, estampas e litografias origi-
II – deverá constar do licenciamento de importação, da fatura comer-
nais; e d) conjuntos e montagens artísticas em qualquer material;
cial e da embalagem da(s) mercadoria(s), que se trata de produto(s)
recondicionado(s); e VIII - manuscritos raros e incunábulos, livros, documentos e publicações
antigos de interesse especial (histórico, artístico, científico, literário, etc.),
III – deverá ser apresentada declaração do fabricante ou da empresa res-
isolados ou em coleções;
ponsável pelo recondicionamento das partes, peças e acessórios, referen-
tes à garantia e ao preço de mercadoria nova, idêntica à recondicionada IX - selos postais, fiscais ou análogos, isoladas ou em coleções;
pretendida, o que poderá constar da própria fatura comercial do aludido X - arquivos, inclusive os fonográficos, fotográficos e cinematográficos; e
material recondicionado.
XI - peças de mobília de mais de cem anos e instrumentos musicais antigos.
VII – de veículos antigos classificados nas posições 8703 e 8711 da NCM, turadas sob encomenda e para fim específico; e
com mais de 30 (trinta) anos de fabricação, para fins culturais e de cole-
XVI – automóveis de passageiros quando de propriedade de portadores
ção;
de necessidades especiais residentes no exterior há no mínimo 2 (dois)
VIII – de embarcações para transporte de carga e passageiros, aprovadas anos, desde que tenham sido por eles adquiridos há mais de 180 (cento e
pelo Departamento de Marinha Mercante do Ministério dos Transportes; oitenta) dias da data do registro da licença de importação, conforme cri-
térios definidos na subseção III desta seção. Os automóveis não poderão
IX – de embarcações de pesca, condicionadas à autorização prévia do
ser transferidos ou alienados, a qualquer título, nem depositados para
Ministério da Pesca e Aquicultura, adquiridas com recursos próprios ou
fins comerciais, expostos à venda ou vendidos, por um prazo mínimo de
ao amparo do Programa Nacional de Financiamento da Ampliação e Mo-
dois anos a contar da importação.
dernização da Frota Pesqueira Nacional – Profrota Pesqueira, a partir de
critérios estabelecidos em norma específica daquele Ministério, devendo-
-se observar o disposto na Lei nº 10.849, de 23 de março de 2004;
A importação de mercadorias usadas está sujeita a licenciamento não auto-
X – ressalvadas as competências das autoridades aeronáuticas, de aerona- mático, previamente ao embarque dos bens no exterior.Poderá ser solicitado
ves e outros aparelhos aéreos ou espaciais, turborreatores, turbopropul- o licenciamento não automático posteriormente ao embarque nos casos de
sores e outros motores, aparelhos, instrumentos, ferramentas e bancadas nacionalização de unidades de carga, código NCM 8609.00.00, seusequi-
de teste de uso aeronáutico, bem como suas partes, peças e acessórios; pamentos e acessórios, usados, desde que se trate de contêineres rígidos,
XI – de partes, peças e acessórios recondicionados, para a reposição ou padrão ISO/ABNT (International Organization for Standardization/Asso-
manutenção de produtos de informática e telecomunicações, desde que ciação Brasileira de Normas Técnicas), utilizados em tráfego internacional
32 o processo de recondicionamento tenha sido efetuado pelo próprio fabri- mediante a fixação com dispositivos que permitem transferência de um mo- 33
cante, ou por terceiros por ele credenciados; dal de transporte para outro, de comprimento nominal de 20, 40 ou 45 pés,
e seus equipamentos e acessórios.Excetua-se do disposto acima a admissão
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XII – de partes, peças e acessórios usados, de produto de informática e
temporária ou reimportação, de recipientes, embalagens, envoltórios, car-
telecomunicações, para reparo, conserto ou manutenção, no País, desde
retéis, separadores, racks, clip locks, termógrafos e outros bens retornáveis
que tais operações sejam realizadas pelo próprio fabricante do produto
com finalidade semelhante destes, destinados ao transporte, acondiciona-
final, ou por terceiros por ele credenciados;
mento, preservação, manuseio ou registro de variações de temperatura de
XIII – retorno ao País de máquinas, equipamentos, veículos, aparelhos e mercadoria importada, exportada, a importar ou a exportar, quando reuti-
instrumentos, bem como suas partes, peças, acessórios e componentes, lizáveis e não destinados à comercialização.As aeronaves e outros apare-
de fabricação nacional, que tenham sido exportadas para execução de lhos aéreos ou espaciais, turborreatores, turbopropulsores e outros motores,
obras contratadas no exterior nos termos do Decreto-Lei nº 1.418, de 3 de aparelhos, instrumentos, ferramentas e bancadas de teste de uso aeronáu-
setembro de 1975; tico, bem como suas partes, peças e acessórios, excetuados os pneus, ficam

XIV – de máquinas, equipamentos, aparelhos, instrumentos, ferramen- dispensados de licenciamento não automático no tratamento de material

tas, moldes e contêineres, bem como seus componentes, peças, acessórios usado, devendo ser observados os seguintes procedimentos:

e sobressalentes, importados sob o regime de drawback integrado sus-


I – para os produtos aeronáuticos contidos no capítulo 88 e nos subitens
pensão, exceto as operações especiais drawback para embarcação para
8407.10.00, 8411.11.00, 8411.12.00, 8411.21.00, 8411.22.00 e 8411.91.00 da
entrega no mercado interno (Lei nº 8.402, de 8 de janeiro de 1992) e dra-
NCM, a condição de usado deverá ser declarada em caixa própria do
wback para fornecimento no mercado interno (Lei nº 8.032, de 12 de abril
SISCOMEX; e
de 1990, art. 5º);
II – para os demais produtos aeronáuticos relacionados no § 3º, será dis-
XV – de moldes classificados na posição 8480 da NCM, desde que es-
pensada a anotação do destaque “material usado” no SISCOMEX, po-
tejam vinculadas a projeto para industrialização no País, e ferramentas
dendo, a critério da RFB, ser incluída a seguinte declaração no campo
classificadas na posição 8207 da NCM, desde que tenham sido manufa-
“Informações Complementares” ou similar da DI: “material de uso ae- produto novo e não sejam produzidos em território nacional, simultane-
ronáutico – operação dispensada de Licenciamento na forma da Portaria amente ao registro do licenciamento, a interessada deverá encaminhar ao
SECEX nº 23.As máquinas e equipamentos que tenham ingressado no DECEX declaração do fabricante ou da empresa responsável pelo recondi-
País ao amparo do regime aduaneiro especial de admissão temporária cionamento das partes, peças e acessórios, referentes à garantia e ao preço
para utilização econômica na condição de novas ficam dispensados de de mercadoria nova, idêntica à recondicionada pretendida, o que poderá
licenciamento não automático no tratamento de material usado, por oca- constar da própria fatura comercial do aludido material recondicionado.
sião da nacionalização ou de transferência de regime aduaneiro, devendo
ser observado o seguinte procedimento: Para a realização de análise de produção nacional, o DECEX tornará pú-
blicos periodicamente, por meio de Consulta Pública, os pedidos de im-
I – será dispensada a anotação do destaque “material usado” no SISCO-
portação na página eletrônicado MDIC na Internet (www.mdic.gov.br),
MEX, podendo, a critério da RFB, ser incluída a seguinte declaração no
devendo a indústria nacional manifestar-se no prazo de 30 (trinta) dias,
campo “Informações Complementares” ou similar da DI: “operação dis-
contados a partir da data da publicidade da aludida Consulta, para com-
pensada de Licenciamento na forma da Portaria SECEX nº 23”.
provar a fabricação no mercado interno.º As indústrias nacionais deverão
§ 5º Bens admitidos em regime aduaneiro especial de admissão tempo- encaminhar ao DECEX a manifestação de que trata o caput, por meio do
rária ao amparo do art. 4º da Lei nº 12.350, de 20 de dezembro de 2010, e protocolo da SECEX; sendo que a data do protocolo será considerada para
do art. 5º da Lei nº 12.780, de 9 de janeiro de 2013, ficam dispensados de fins do início da contagem do prazo de 30 (trinta) dias previsto no caput.
licenciamento não automático no tratamento de material usado, devendo A manifestação da indústria nacional deverá estar acompanhada de catá-
ser observado o seguinte procedimento: logos descritivos dos bens, contendo as respectivas características técnicas,
bem como informações referentes a percentuais relativos aos requisitos de
I – será dispensada a anotação do destaque “material usado” no SISCO-
34 origem do MERCOSUL e unidades já produzidas no País.As manifestações 35
MEX, podendo, a critério da RFB, ser incluída a seguinte declaração no
da indústria nacional encaminhadas fora do prazo serão desconsideradas.
campo “Informações Complementares” ou similar da DI: “operação dis-
Caso a indústria nacional entenda que as informações publicadas na consul-
Importação e Exportação

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pensada de Licenciamento Não Automático no tratamento material usa-
ta pública sejam insuficientes para descrever o produto a importar, deverá
do, na forma do §5º do art. 43 da Portaria SECEX nº 23, de 2011.
manifestar-se dentro de 15 (quinze) dias a contar da publicação da referida
consulta, indicando as especificações técnicas que devem ser informadas ou

A interessada deverá encaminhar ao DECEX, na data do registro do licen- esclarecidas pelo importador.Na hipótese de as informações serem conside-

ciamento e por intermédio de correio eletrônico, catálogo técnico ou memo- radas indispensáveis, será realizada nova consulta pública para o bem em

rial descritivo do produto a importar, sob pena de indeferimento.O catálogo questão, com todas as características indicadas como necessárias à perfeita

técnico ou memorial descritivo deverá ser enviado, preferencialmente, em identificação da mercadoria.O resultado da análise de produção nacional

arquivo de extensão “PDF” para o endereço de correio eletrônico “catalo- terá validade de 180 (cento e oitenta) dias a partir da data de sua emissão.O

gos@mdic.gov.br”. A mensagem enviada pela interessada deverá ser inti- procedimento poderá ser dispensado nas seguintes hipóteses:

tulada com o número de classificação do produto na NCM e o número do


I – bens com notória inexistência de produção nacional;
pedido de licença de importação, devendo a interessada informar, ainda: o
nome da empresa importadora, o nome do responsável pelo envio da in- II – pedidos de importação acompanhados de atestado de inexistência de
formação, o endereço eletrônico e o telefone para contato; em se tratando produção nacional emitido por entidade representativa da indústria, de
de representação, deverá ser anexado o instrumento de procuração válido. âmbito nacional; e

III – importações de bens usados idênticos a bens novos contemplados


Na importações de partes, peças e acessórios recondicionados, para manu-
com ex-tarifário estabelecido em conformidade com a Resolução CAMEX
tenção de máquinas e equipamentos, desde que o processo de recondicio-
nº 35, de 22 de novembro de 2006.O atestado de inexistência de produção
namento tenha sido efetuado pelo próprio fabricante, ou por empresa por
nacional a que se refere o inciso II deverá conter especificações técnicas
ele credenciada e os bens a importar contem com com a mesma garantia de
detalhadas do bem em questão, sendo válido por 180 (cento e oitenta) ou célula de produção.Quando aceitos os projetos, o DECEX encaminhará
dias a partir da data de sua emissão, bem como conter as informações a relação dos equipamentos, unidades e instalações usados que compõem a
que se refere o § 2º do art. 46.Para as licenças de importação amparadas linha de produção às entidades de classe de âmbito nacional representantes
por atestado de inexistência de produção nacional, deverá ser informado das indústrias produtoras dos bens constantes da unidade industrial, linha
no campo “Informações Complementares” da LI o número do atestado e de produção ou célula de produção para que identifique eventuais produto-
a entidade emissora do documento.Os atestados de inexistência de pro- res nacionais, a fim de que seja celebrado o acordo a que se refere o art. 49.O
dução nacional deverão ser encaminhados ao DECEX, na forma determi- DECEX deverá comunicar ao importador o resultado da análise do projeto,
nada pelo art. 257 da Portaria 23, em até 10 (dez) dias a partir da data do bem como, se for o caso, informá-lo do encaminhamento às entidades de
registro da LI.Caso o atestado de inexistência de produção nacional não classe representantes de produtores nacionais da relação a que se refere o
seja encaminhado no prazo a que se refere o § 3º, será adotado o procedi- § 3º.
mento previsto no art. 46.
As entidades de classe deverão encaminhar ao DECEX, na forma do art.
4.3.2. Unidades Industriais, 257, uma via do acordo celebrado entre importador e produtores nacionais
Linhas de Produção ou Células de Produção em até 10 (dez) dias após o encerramento do prazo final para a celebração
desse acordo, conforme definido pelo art. 54.O acordo a ser entregue ao
Para a importação de bens usados integrantes de unidades industriais, li-
DECEX, dentre outras informações, deverá conter relação dos bens a serem
nhas de produção, ou células de produção a que se refere o inciso V do art.
importados que contarem com produção nacional, e estar acompanhado de
42 a serem transferidas para o Brasil, o importador deverá, previamente ao
catálogos descritivos dos bens, contendo as respectivas características técni-
registro das licenças de importação, encaminhar ao DECEX projeto de trans-
cas, bem como informações referentes a percentuais relativos aos requisitos
36 ferência instruído conforme formulário constante do Anexo II desta Portaria
de origem do MERCOSUL e unidades já produzidas no País. 37
(Portaria DECEX nº 8, de 1991, art. 25, “f”).O projeto deverá estar acompa-
nhado de via original ou cópia autenticada de documento que identifique o
Caberá ao DECEX, em até 15 (quinze) dias após o seu recebimento, homolo-
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Importação e Exportação
signatário como representante legal da empresa junto ao DECEX, bem como
gar o acordo a que se refere o art. 49.O DECEX comunicará as partes acerca
cópia autenticada do Ato Constitutivo e alterações posteriores da empresa
da homologação do acordo.
interessada e deverá ser encaminhado na forma determinada pelo art. 257.
Para os efeitos do disposto nesta Portaria, é considerado como linha ou cé- O eventual descumprimento dos compromissos assumidos pelas partes no
lula de produção o conjunto de máquinas e/ou equipamentos que integram acordo deverá ser comunicado ao DECEX, que deverá apurar as alegações,
uma sequência lógica de transformação industrial. com vistas à aplicação das medidas cabíveis, de acordo com a legislação.Se,
após 60 (sessenta) dias, contados a partir do prazo final para cumprimento
A admissão de bens usados integrantes das unidades industriais e das li-
dos compromissos contidos no acordo, não houver manifestação das partes,
nhas ou células de produção que contarem com produção nacional poderá
o acordo será considerado como cumprido.
ser permitida mediante acordo entre o interessado na importação e os pro-
dutores nacionais.O acordo será apreciado por entidade de classe represen- Caso não se conclua o acordo em até 30 (trinta) dias, contados a partir do
tativa da indústria, de âmbito nacional, e homologado pela SECEX. recebimento, pela entidade de classe, da relação de que trata o § 3º do art.
50, caberá à SECEX analisar o projeto e decidir sobre a importação dos bens
Caberá ao DECEX analisar os projetos de transferência a que se refere o art.
a que se refere o art. 48 que contarem com produção nacional.O prazo de
48, no prazo de até 30 (trinta) dias contados a partir do seu recebimento.
30 (trinta) dias referido no caput poderá ser prorrogado por mais 30 (trinta)
Caso haja erros na instrução, o DECEX poderá solicitar que esses sejam cor-
dias, mediante solicitação formal de qualquer uma das partes, que deverá
rigidos pelo peticionário, situação em que o prazo estipulado nesse artigo fi-
ser apresentada ao DECEX em data anterior à do término do prazo inicial.O
cará suspenso até a regularização da pendência por parte da empresa.Serão
importador e as entidades de classe§ 4º A ausência de manifestação por
rejeitados projetos que contarem com erros essenciais ou cujos bens a serem
parte do importador no prazo estabelecido será considerada como desin-
importados não configurarem uma unidade industrial, linha de produção
teresse, acarretando o indeferimento do pleito.A ausência de manifestação
por parte das entidades de classe representantes dos produtores nacionais nológicas, e entidades beneficentes, reconhecidas como de utilidade pública
no prazo estabelecido implicará a presunção de inexistência de produção e sem fins lucrativos, para uso próprio e para atender às suas finalidades
nacional dos bens usados a serem importados.O DECEX poderá solicitar institucionais, sem caráter comercial (Portaria DECEX nº 8, de 1991, art. 27).
às interessadas quaisquer informações adicionais que considere necessárias
para a sua decisão.A fim de colher subsídios para a sua decisão, a SECEX Nas importações de artigos de vestuários usados, realizadas pelas entida-
poderá ouvir a Secretaria de Desenvolvimento da Produção (SDP) ou a Se- des a que se refere o § 1º do art. 57, o licenciamento será instruído com os
cretaria de Inovação (SI).O DECEX, no prazo de até 30 (trinta) dias após o seguintes documentos:
recebimento das manifestações mencionadas no § 2º, deverá comunicar à
interessada a decisão a que se refere o caput, permitindo no caso de decisão I – cópias autenticadas do Registro e do Certificado de Entidade Benefi-

favorável, que a interessada ingresse com as licenças de importação perti- cente de Assistência Social (CEAS) do importador, emitidos pelo Conse-

nentes ao pleito. lho Nacional de Assistência Social (CNAS), do Ministério do Desenvolvi-


mento Social e Combate à Fome (MDS);
Deverá ser informado no campo “Informações Complementares” da licença
II – carta de doação chancelada pela representação diplomática brasileira
de importação amparando a trazida de unidades industriais, linhas de pro-
do país de origem;
dução e células de produção o número do ato administrativo da SECEX que
homologou o acordo, conforme o art. 52, ou que decidiu acerca do assunto, III – cópia autenticada dos atos constitutivos, inclusive alterações, da en-

conforme o art. 54. tidade importadora;

IV – autorização, reconhecida em cartório, do importador para seu des-


4.3.3. Automóveis de Propriedade pachante ou representante legal promover a obtenção da licença de im-
38 portação; 39
de Portadores de Necessidades Especiais
Para a importação de automóveis de passageiros usados de propriedade de V – declaração da entidade indicando a atividade beneficente a que se
Importação e Exportação

Importação e Exportação
portadores de necessidades especiais residentes no exterior a que se refere o dedica e o número de pessoas atendidas; e
inciso XVI do art. 42, quando do registro de pedido de LI, o importador de- VI – declaração por parte da entidade de que as despesas de frete e se-
verá encaminhar ao DECEX, na forma do art. 257, os seguintes documentos: guro não são pagas pelo importador e de que os produtos importados
serão destinados exclusivamente à distribuição para uso dos benefici-
I - comprovante de que o automóvel tenha sido licenciado e usado no ários cadastrados pela entidade, sendo proibida sua comercialização,
país de origem pelo portador de necessidades especiais; inclusive em bazares beneficentes.A declaração de que trata o inciso
II - comprovante de que o automóvel pertence ao interessado há mais de VI deverá constar, também, no campo de informações complementares
180 (cento e oitenta) dias; e da LI no SISCOMEX.O deferimento da LI é condicionado à apresenta-
ção dos documentos relacionados e à observância dos requisitos legais
III- documento que comprove que o importador é portador de necessi-
pertinentes.O DECEX poderá autorizar casos excepcionais, devidamente
dades especiais.
justificados, no que se refere à ausência da documentação constante no
inciso I do caput deste artigo, quando a entidade importadora apresentar
certidão de pedido de renovação do Certificado CEAS, ou manifestação
4.3.4. Bens de Consumo favorável do Conselho Nacional de Assistência Social, quanto à regulari-
dade do registro da importadora e da importação em exame.
Não será autorizada a importação de bens de consumo usados.Excetuam-
-se do disposto neste artigo as importações de quaisquer bens, sem cober-
tura cambial, sob a forma de doação, diretamente realizadas pela União,
Não será autorizada a importação de pneumáticos recauchutados ou usa-
Estados, Distrito Federal, Territórios, Municípios, autarquias, entidades da
dos, seja como bem de consumo, seja como matéria-prima, classificados na
administração pública indireta, instituições educacionais, científicas e tec-
posição 4012 da NCM. O disposto no caput não se aplica à reimportação IV – os produtos, respectivas cotas e demais procedimentos estão indica-
de pneumáticos de uso aeronáutico classificados no subitem 4012.13.00 da dos no Anexo III desta Portaria.
NCM realizada com vistas à extinção de operação anterior de exportação
efetuada sob o regime aduaneiro especial de exportação temporária para
aperfeiçoamento passivo (Resolução nº 452 do Conselho Nacional de Meio Ficará a cargo do DECEX o estabelecimento de critérios para a distribuição
Ambiente (CONAMA), de 2 de julho de 2012, art. 6º, §3º). Para fins de com- das cotas a serem alocadas entre os importadores, segundo as disposições
provação da operação, a empresa deverá informar o número do RE aver- constantes do art. 3 do Acordo Sobre Procedimentos para o Licenciamento
bado referente à exportação temporária no campo “Informações Comple- de Importações da Organização Mundial do Comércio (OMC).
mentares” do pedido de LI, que deverá amparar a reimportação da mesma
quantidade de pneumáticos constante do RE.
4.5. Importação
4.4. Importação Sujeita à de Produtos Sujeitos a
Obtenção de Cota Tarifária Procedimentos Especiais
Os produtos sujeitos a condições ou procedimentos especiais no licencia-
As importações amparadas em Acordos no âmbito da ALADI sujeitas a
mento automático ou não automático são aqueles relacionados no Anexo IV
cotas tarifárias serão objeto de licenciamento não automático previamente
da Portaria 23.Em se tratando de mercadorias sujeitas a cotas, ficará a cargo
ao embarque da mercadoria no exterior.Simultaneamente ao registro do li-
do DECEX o estabelecimento de critérios para a distribuição das aludidas
cenciamento, o importador deverá apresentar, a qualquer dependência do
40 cotas a serem alocadas entre os importadores, segundo as disposições cons- 41
Banco do Brasil S.A. autorizada a conduzir operações de comércio exterior,
tantes do art. 3 do Acordo Sobre Procedimentos para o Licenciamento de
cópia do Certificado de Origem ou termo de responsabilidade e informa-
Importações da OMC.
Importação e Exportação

Importação e Exportação
ções que possibilitem sua vinculação ao respectivo licenciamento.

Nas importações de produtos com reduções tarifárias temporárias ao ampa-


ro das Resoluções da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), com base em 4.6. Descontos na Importação
Resolução do Grupo Mercado Comum (GMC) ou Decisão do Conselho do A manifestação do Departamento de Operações de Comércio Exterior rela-
Mercado Comum (CMC), do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) deve- cionada com descontos em operações de importação fica limitada aos casos
rão ser observados os seguintes procedimentos: que envolvam mercadorias ou situações sujeitas a licenciamento na impor-
tação, sob anuência do DECEX, no momento do pedido da interessada.Os
I – a importação do produto está sujeita a licenciamento não automático, interessados deverão encaminhar os pedidos instruídos com:
previamente ao embarque da mercadoria no exterior;

II – a ficha de negociação, no registro da LI não Automática, deverá ser I – detalhamento das razões que motivaram o pleito, com a indicação do

preenchida, nos campos abaixo, da seguinte forma: número da DI pertinente;

II – cópia da DI e da LI;
a) regime de tributação / código: 4; e
III – cópia da fatura comercial, do conhecimento de embarque, da cor-
b) regime de tributação / fundamento legal: 30;
respondência trocada com o exportador no exterior, do laudo técnico, se
III – caso seja constatado o esgotamento da cota, o DECEX não emitirá houver; e
novas licenças de importação para essa cota, ainda que registradas no
IV – outros documentos necessários à análise da solicitação.
SISCOMEX; e
4.7. Verificação e Controle de V – Somália: carvão vegetal - Decreto nº 7.754, de 14 de junho de 2012.
(Incluído pela Portaria SECEX nº 20, de 2012)
Origem Preferencial
Os importadores de mercadorias originárias do MERCOSUL e de outros
4.9. Informações
países com os quais o Brasil possui acordo de preferências tarifárias deverão
apresentar, sempre que solicitado pelo Departamento de Negociações Inter-
Complementares - IMPORTAÇÃO
nacionais (DEINT) da SECEX, cópias dos respectivos Certificados de Ori- - Aspectos Administrativos
gem, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, contado do recebimento da solicitação.
4.9.1. Registro da Empresa Importadora

4.8. Países com A empresa importadora deve ser cadastrada no Registro de Exportadores e
Importadores do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ex-
Peculiaridades terior. O registro é efetuado através do Sistema Integrado de Comércio Ex-
terior (Siscomex) de maneira automática na primeira operação de importa-
Para os países abaixo indicados, está proibida a importação dos seguintes
ção. Neste ato devem ser informados o CNPJ, constituição societária, capital
produtos:
social e demais dados cadastrais, além de todas as informações relativas à
operação comercial e da respectiva mercadoria a ser importada, permitindo,
I – República Islâmica do Irã: arma ou material relacionado – Decreto nº
assim, que sejam emitidos o Licenciamento de Importação (LI), Declaração
6.045, de 21 de fevereiro de 2007; Decreto nº 6.118, de 22 de maio de 2007;
de Importação (DI) e Registro de Operações Financeiras (ROF).
42 Decreto nº 6.448, de 7 de maio de 2008, Decreto nº 6.735, de 12 de janeiro 43
de 2009 e Decreto nº 7.259, de 10 de agosto de 2010;
Siscomex - Sistema Integrado de Comércio Exterior na Importação
Importação e Exportação

Importação e Exportação
II – República Democrática da Coréia: carros de combate, veículos blin-
dados de combate, sistemas de artilharia de grosso calibre, aeronaves de O Sistema Integrado de Comércio Exterior é um software que interliga os
combate, helicópteros de ataque, navios de guerra, mísseis ou sistemas de importadores ou agentes credenciados, exportadores, despachantes, trans-
mísseis; e itens, materiais, equipamentos, bens e tecnologia que possam portadores, agências bancárias, dentre outros, à Secex Secretaria de Comér-
contribuir para os programas da República Popular Democrática da Co- cio Exterior, Banco Central e à Receita Federal do Brasil - RFB. Permite pro-
réia relacionados a atividades nucleares, a mísseis balísticos ou a outras cessar os registros dos documentos eletrônicos das operações de importação
armas de destruição em massa, conforme determinados pelo Conselho e exportação. Foi instituído pela edição do Decreto nº 660, de 25/09/92 e
de Segurança das Nações Unidas ou pelo Comitê, em especial aqueles implantado em 1993, para agilizar e desburocratizar as operações de expor-
indicados nos seguintes documentos da ONU: S/2006/814 e S/2006/815 tação; em 1997 começou a operar também para as operações de importação.
S/2006/816, INFCIRC/254/Rev.9/Part1a e INFCIRC/254/Rev.7/Part 2
– Decreto nº 5.957, de 7 de novembro de 2006, Decreto nº 6.935, de 12 de A implantação do Siscomex propiciou a redução significativa do prazo para

agosto de 2009; Decreto nº 7.479, de 16 de maio de 2011; Decreto nº 8.007, desembaraço de mercadorias, redução drástica de burocracia e, por conse-

de 15 de maio de 2013 e Decreto nº 8.011, de 16 de maio de 2013; (Redação qüência, redução de custo e do trânsito físico dos documentos entre os di-

dada pela Portaria SECEX nº 29, de 2013) versos órgãos intervenientes no processo, além da diminuição significativa
da possibilidade de fraude.
III – Estado da Eritreia: armamento ou material conexo - Decreto nº 7.290,
de 1º de setembro de 2010; e No desenvolvimento e concepção desse mecanismo foram harmonizados

IV – Líbia: armamento e material conexo - Decreto nº 7.460, de 14 de abril conceitos, códigos e nomenclaturas, tomando possível a adoção de um fluxo

de 2011; único de informações, que permite a eliminação de diversos documentos


utilizados no processamento das operações de importação.
Apresentam-se a seguir os principais documentos de importação que po- Autoridade Certificadora do Sindicato dos Corretores de Seguros, Em-
dem ser efetuados através do Siscomex: presas Corretoras de Seguros, de Saúde, de Vida, de Capitalização e Pre-
vidência Privada no Estado de São Paulo (AC Sincor - RFB)
a) LI - Licenciamento não automático de Importação;
Autoridade Certificadora Notarial RFB (AC Notarial - RFB)
b) ROF - Registro de Operações Financeiras;
Autoridade Certificadora Brasileira de Registros RFB (AC BR - RFB)
c) DI - Declaração de Importação;

d) CI - Comprovante de Importação;
Note-se que o custo para operar no sistema após o advento da Certificação
e) CCO - Comunicado de Compra. Digital tornou-se mais acessível; porém, o contribuinte deve realizar uma
pesquisa de mercado junto às autoridades credenciadas, pois o custo varia
em função de quem presta o serviço.
4.9.1.1. Certificado Digital
A Secretaria da Receita Federal através da promulgação da Instrução Nor- 4.9.2. Licença de Importação
mativa nº 650 de 12/05/06, instituiu a certificação digital para as empresas Como regra geral, as importações brasileiras estão dispensadas de licencia-
que atuam no comércio exterior no País, as quais terão que obter um certi- mento, devendo os importadores tão-somente providenciar o registro da
ficado e-CPF ou e-CNPJ para acessar o Sistema de Comércio Exterior. No Declaração de Importação - DI no Siscomex, com o objetivo de dar início aos
entanto, estas transações eletrônicas necessitam da adoção de mecanismos procedimentos de despacho Aduaneiro junto à Unidade Local da Receita
44 de segurança capazes de garantir autenticidade, confidencialidade e inte- Federal do Brasil - RFB. 45
gridade às informações eletrônicas. A certificação digital é a tecnologia que
provê estes mecanismos. Para algumas mercadorias ou operações especiais, que estão sujeitas a con-
Importação e Exportação

Importação e Exportação
troles especiais, o licenciamento pode ser automático ou não automático e
Desse modo, o credenciamento do representante da empresa realizado por previamente ao embarque da mercadoria no exterior.
Autoridade Certificadora é indispensável para que tenha condições de efe-
tuar o registro das atividades relacionadas ao despacho aduaneiro no Sis- A Licença de Importação é um documento eletrônico processado pelo Siste-
comex. ma Integrado de Comércio Exterior, utilizado para licenciar as importações
de produtos cuja natureza ou tipo de operação está sujeita a controles de
Além da Autoridade Certificadora da Receita Federal do Brasil temos as órgãos governamentais.
Autoridades Certificadoras Habilitadas pela Receita Federal do Brasil
Para sua obtenção, o importador ou seu representante legal formula a Li-
Autoridade Certificadora do SERPRO-RFB (ACSERPRO-RFB)
cença de Importação no Siscomex e a transmite para a base central onde
Autoridade Certificadora da Certisign-RFB (ACCertisign-RFB) receberá numeração específica, que ficará à disposição do respectivo órgão
para aprovação ou autorização para embarque, este analisa e emite um pa-
Autoridade Certificadora da Serasa-RFB (ACSerasa-RFB)
recer sobre a importação.
Autoridade Certificadora da Imprensa Oficial do Estado - RFB (ACI-
mesp-RFB) A Licença de Importação abrange informações referentes ao importador,
país de procedência, fornecedor, mercadoria e informações adicionais.
Autoridade Certificadora da Companhia de Tecnologia da Informação
do Estado de Minas Gerais - RFB (ACPRODEMGE-RFB)
É conveniente lembrar que a Licença de Importação tem validade de 90
Autoridade Certificadora da Federação Nacional das Empresas de Servi- dias, contados da data do seu respectivo deferimento ou autorização para
ços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações embarque.
e Pesquisas (ACFENACONCertisign-RFB)
A relação das mercadorias, bem como o momento de conseguir tal licen- LSI serve para submeter a operação à análise do órgão/entidade governa-
ciamento, está relacionada no “Tratamento Administrativo do Siscomex”, mental, que responde pelo controle do produto.
tendo em vista suas condições gerais de comercialização, em que estão in-
dicados os órgãos responsáveis pelo exame prévio do licenciamento não O importador, ou seu representante legal, formula a LSI no SISCOMEX -
automático, por produto. Importação e a transmite para a Base Central na Rede SERPRO, onde re-
ceberá numeração específica e ficará à disposição do respectivo anuente/
licenciador.
4.9.3. Importações Sujeitas a Controles Especiais
Nas importações brasileiras de determinados tipos de produtos que, pelas O anuente/licenciador aloca, analisa e emite o parecer sobre a importação.
suas características peculiares, estão sujeitas a controles especiais dos ór-
Recolhe os tributos e taxas correspondentes e solicita o despacho aduaneiro
gãos licenciadores ou dos demais órgãos federais que atuam como anuen-
à Unidade da Receita Federal do Brasil, mediante a entrega dos documen-
tes, a importação estará sujeita a Licenciamento não-Automático antes do
tos exigidos (fatura comercial, conhecimento de embarque, extrato da DI e
embarque da mercadoria no exterior.
outros específicos da operação).
Chama-se a atenção para o fato de que, como regra geral, as operações su-
jeitas ao Licenciamento não-Automático antes do embarque da mercadoria, 4.9.5. Declaração de Importação
são:
É um documento de extrema importância, uma vez que é por meio dele que
é efetuada a nacionalização da mercadoria importada, licenciando-a para
a) sujeitas a cota tarifária e não tarifária;
consumo ou outra finalidade, de acordo com a natureza da operação. O
46 b) sujeitas a exame de similaridade; 47
importador nessa oportunidade obriga-se a fornecer à Receita Federal infor-
c) material usado; mações detalhadas sobre a operação, tais como:
Importação e Exportação

Importação e Exportação
d) importação com redução de alíquota de decorrente do “Ex-tarifário”.
i) especificação completa da mercadoria;

ii) forma de pagamento;


Note-se que a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, iii) meio de transporte;
do Comércio e do Turismo, ao exercer o controle de emissão do Licencia-
iv) classificação aduaneira;
mento não-Automático procura efetuar uma triagem das mercadorias su-
jeitas a controles de outros órgãos governamentais, alertando o importador v) eventuais benefícios fiscais, etc.
da necessidade de procedimentos especiais, inclusive com relação a preços
e mercados, como modo de proteger o comércio e a indústria local.
A Declaração de Importação, após o seu efetivo registro, será submetida à
análise fiscal e selecionada para um dos canais de conferência aduaneira,
4.9.4. Licença Simplificada de Importação
tais como:
LSI ou Licença Simplificada de Importação é um documento simplificado
criado para licenciar importações de até US$ 3.000,00 (três mil dólares), ou a) Canal verde: nesse mecanismo será dispensado o exame documental e
o equivalente em outra moeda, cujos produtos estejam sujeitos a controles a verificação da mercadoria, uma vez que o Siscomex registrará o desem-
prévios de órgãos ou entidades governamentais. baraço de forma automática.

A efetivação da LSI implica na utilização da Declaração Simplificada de Im- b) Canal amarelo: processo pelo qual será efetuado o exame documental
portação - DSI, para fins de Despacho Aduaneiro. e, não sendo constatada nenhuma irregularidade, será realizado o despa-
cho aduaneiro não necessitando a verificação da mercadoria.
c) Canal vermelho: será necessário o exame dos documentos bem como a 4.9.7. Despacho Aduaneiro de Importação
verificação da mercadoria antes do desembaraço. O despacho aduaneiro é um conjunto de atos praticados pelo fiscal da Re-
d) Canal cinza: nesse caso será feito, além do exame documental e a veri- ceita Federal o qual tem por finalidade o desembaraço aduaneiro, que nada
ficação da mercadoria, um procedimento especial de controle aduaneiro mais é do que a autorização de entrega da mercadoria procedente do ex-
com o objetivo de verificar possíveis fraudes. terior, em caráter definitivo ou não, ao importador mediante a conclusão
da conferência da mercadoria, o cumprimento da legislação tributária e a
identificação do importador. É através do despacho que a Receita Federal
Portanto, a Declaração de Importação consolida as informações cambiais, confere a exatidão das informações declaradas pelo importador em relação
tributárias, fiscais, comerciais e estatísticas da operação, representando o às mercadorias importadas e aos documentos apresentados.
início do Despacho Aduaneiro.
O início do despacho aduaneiro de importação é determinado pelo registro
Ressalta-se que, quando a importação está subordinada ao regime de Li- da Declaração de Importação no Sistema Integrado de Comércio Exterior,
cenciamento não-Automático e a Licença de Importação for exigível an- com exceção do despacho antecipado. Portanto, no momento deste regis-
teriormente ao embarque da mercadoria no exterior, os respectivos dados tro o importador deve efetuar o pagamento de todos os tributos federais
migrarão automaticamente para a Declaração de Importação, quando for in- exigidos, inclusive o Imposto de Importação. Dito pagamento será realiza-
formado o respectivo número por ocasião da formulação da DI no Siscomex. do mediante débito automático em conta corrente do importador junto à
agência bancária habilitada pela Receita Federal mediante preenchimento
É importante destacar que o registro da Declaração de Importação no Sis- do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF).
comex somente será concretizado se a situação cadastral do importador es-
48 tiver regular. O despacho aduaneiro de mercadorias na importação é o procedimento me- 49
diante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo importador
Nesse sentido, o pagamento dos impostos incidentes na importação será em relação às mercadorias importadas, aos documentos apresentados e à
Importação e Exportação

Importação e Exportação
realizado antes do registro da declaração, por meio de Documento de Ar- legislação específica, com vistas ao seu desembaraço aduaneiro.
recadação de Receitas Federais (DARF), em qualquer agência dos bancos
autorizados a arrecadar receitas federais, bem como o pagamento dos cré- Toda mercadoria procedente do exterior, importada a título definitivo ou
ditos tributários lançados pela autoridade aduaneira no curso do despacho não, sujeita ou não ao pagamento do imposto de importação, deve ser sub-
ou por ocasião de revisão da declaração e aqueles decorrentes de denúncia metida a despacho de importação, que é realizado com base em declaração
espontânea, após o desembaraço aduaneiro da mercadoria. apresentada à unidade aduaneira sob cujo controle estiver a mercadoria.

Em geral, o despacho de importação é processado por meio de Declaração


4.9.6. Declaração Simplificada de Importação - DSI de Importação (DI), registrada no Sistema Integrado de Comércio Exterior
É um documento, como o próprio nome sugere, de preenchimento simplifi- (Siscomex), nos termos da Instrução Normativa SRF nº 680/06, conforme
cado, utilizado nas importações com ou sem cobertura cambial, por Pessoa descrito abaixo. Entretanto, em algumas situações, o importador pode optar
Jurídica ou Pessoa Física; neste caso, desde que a quantidade e a freqüência pelo despacho aduaneiro simplificado, que pode se dar por meio do Sisco-
não sejam destinadas à comercialização, para valores que não ultrapassem mex ou por formulários, conforme o caso.
a US$ 3.000.00 ou o equivalente em outras moedas.
Assim, antes de iniciar a sua operação de importação, o interessado deve
verificar se a sua habilitação para utilizar o Siscomex será necessária e se ela
se encontra em vigor.

O despacho aduaneiro de importação é dividido, basicamente, em duas ca-


tegorias:
o despacho para consumo; e o despacho para admissão em regime aduanei- 4.9.7.2. Importação por Encomenda
ro especial ou aplicado em áreas especiais. Entende-se por operação de importação por encomenda aquela em que uma
pessoa jurídica promove, em seu nome, o despacho aduaneiro de importa-
O despacho para consumo ocorre quando as mercadorias ingressadas no
ção de mercadorias por ela adquiridas no exterior, para revenda a empresa
país forem destinadas ao uso, pelo aparelho produtivo nacional, como in-
encomendante predeterminada, em razão de contrato firmado entre elas.
sumos, matérias-primas, bens de produção e produtos intermediários, bem
como quando forem destinadas ao consumo próprio e à revenda. O despa- Não é considerada importação por encomenda a operação realizada com
cho para consumo visa, portanto, a nacionalização da mercadoria importa- recursos do encomendante, ainda que parcialmente.
da e a ele se aplica o regime comum de importação.
O controle aduaneiro relativo à atuação de pessoa jurídica importadora que
O despacho para admissão em regimes aduaneiros especiais ou aplicados opere por encomenda é exercido conforme o estabelecido na Instrução Nor-
em áreas especiais tem por objetivo o ingresso no País de mercadorias, pro- mativa SRF no 634/06.
dutos ou bens provenientes do exterior, que deverão permanecer no regime
por prazo certo e conforme a finalidade destinada, sem sofrerem a incidên- O registro da Declaração de Importação (DI) fica condicionado à prévia ha-
cia imediata de tributos, os quais permanecem suspensos até a extinção do bilitação no Siscomex, tanto do encomendante, quanto do importador por
regime. Entre outros, se aplica às mercadorias em trânsito aduaneiro (para encomenda, e à prévia vinculação entre eles realizada nesse sistema.
um outro ponto do território nacional ou com destino a um outro país) e
em admissão temporária, caso em que as mercadorias devem retornar ao
exterior, após cumprirem a sua finalidade. 4.9.7.3. Declaração de Importação - DI
50 51
O despacho aduaneiro de importação é processado com base em declara-
Antes de iniciar uma operação de importação, o interessado deve sempre
ção a ser apresentada à unidade aduaneira sob cujo controle estiver a sua
verificar se a mercadoria a ser importada está sujeita a controle administra-
Importação e Exportação

Importação e Exportação
mercadoria.
tivo, pois, em regra, este deve ser efetuado anteriormente ao embarque da
mercadoria no exterior, sob pena de pagamento de multa.
A DI deve conter, entre outras informações, a identificação do importador
e do adquirente ou encomendante, caso não sejam a mesma pessoa, assim
4.9.7.1. Importação por Conta e Ordem de Terceiro como a identificação, a classificação, o valor aduaneiro e a origem da mer-
Entende-se por operação de importação por conta e ordem de terceiro aque- cadoria.
la em que uma pessoa jurídica promove, em seu nome, o despacho aduanei-
A DI é formulada pelo importador ou seu representante legal no Sistema
ro de importação de mercadoria adquirida por outra, em razão de contrato
Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) e consiste na prestação das in-
previamente firmado, que pode compreender, ainda, a prestação de outros
formações constantes do Anexo Único da IN SRF nº 680/06, de acordo com
serviços relacionados com a transação comercial, como a realização de cota-
o tipo de declaração e a modalidade de despacho aduaneiro. Essas informa-
ção de preços e a intermediação comercial.
ções estão separadas em dois grupos:
O controle aduaneiro relativo à atuação de pessoa jurídica importadora que
- Gerais - correspondentes à operação de importação;
opere por conta e ordem de terceiros é exercido conforme o estabelecido na
Instrução Normativa SRF nº 225/02.
- Específicas (adição) - contendo dados de natureza comercial, fiscal e cam-
bial sobre cada tipo de mercadoria.
O registro da Declaração de Importação (DI) pelo contratado é condiciona-
do à sua prévia habilitação no Siscomex, para atuar como importador por
O tratamento aduaneiro a ser aplicado à mercadoria importada é determi-
conta e ordem do adquirente, pelo prazo previsto no contrato.
nante para a escolha do tipo de declaração a ser preenchida pelo importador.
4.9.7.4. Tributos incidentes na importação pelo prazo previsto na legislação, que pode variar conforme o caso, mas

Os tributos incidentes sobre uma determinada importação e os seus mon- nunca é inferior a 05 anos.

tantes dependem do tipo de mercadoria, seu valor, origem, natureza da ope-


ração, qualidade do importador, entre outros.
4.9.7.7. Parametrização
O próprio Siscomex contém as alíquotas dos tributos aplicáveis e, com base (canais verde, amarelo, vermelho e cinza)
nas informações fornecidas pelo importador, ele executa os cálculos neces-
Uma vez registrada a declaração de importação e iniciado o procedimento
sários e debita os valores devidos diretamente na conta corrente informada,
de despacho aduaneiro, a DI é submetida a análise fiscal e selecionada para
no momento do registro da DI.
um dos canais de conferência. Tal procedimento de seleção recebe o nome
de parametrização.

4.9.7.5. Início do Despacho Aduaneiro de Importação Os canais de conferência são quatro: verde, amarelo, vermelho e cinza.

O ato que determina o início do despacho aduaneiro de importação é o re-


A importação selecionada para o canal verde é desembaraçada automati-
gistro da DI no Siscomex, salvo nos casos de Despacho Antecipado. É no
camente sem qualquer verificação. O canal amarelo significa conferência
momento desse registro que ocorre o pagamento de todos os tributos fede-
dos documentos de instrução da DI e das informações constantes na decla-
rais devidos na importação.
ração. No caso de seleção para o canal vermelho, há, além da conferência

Se o despacho de importação, em uma de suas modalidades, não for inicia- documental, a conferência física da mercadoria. Finalmente, quando a DI é

do nos prazos estabelecidos na legislação, que variam entre 45 a 90 dias da selecionada para o canal cinza, é realizado o exame documental, a verifica-
52 53
chegada da mercadoria ao País, ela é considerada abandonada, o que acar- ção física da mercadoria e a aplicação de procedimento especial de controle

retará a aplicação da pena de perdimento e a destinação da mercadoria para aduaneiro, para verificação de elementos indiciários de fraude, inclusive no
Importação e Exportação

Importação e Exportação
um dos fins previstos na legislação. O mesmo acontece com a mercadoria que se refere ao preço declarado da mercadoria.

cujo despacho de importação tenha seu curso interrompido durante sessen-


ta dias, por ação ou por omissão do importador.
4.9.7.8. Desembaraço Aduaneiro
O desembaraço aduaneiro é o ato pelo qual é registrada a conclusão da
4.9.7.6. Documentos de Instrução da DI conferência aduaneira. É com o desembaraço aduaneiro que é autorizada a

Regra geral, os documentos que servem de base para as informações conti- efetiva entrega da mercadoria ao importador e é ele o último ato do proce-

das na DI são: dimento de despacho aduaneiro.

via original do conhecimento de carga ou documento equivalente; 4.9.8. Comprovante de Importação


via original da fatura comercial, assinada pelo exportador; O Comprovante de Importação é emitido pela Autoridade Fiscal da Secre-
taria da Receita Federal, após o registro do desembaraço das mercadorias
romaneio de carga (packinglist), quando aplicável; e
no Siscomex, o qual será entregue ao importador, constituindo-se em docu-
outros, exigidos em decorrência de Acordos Internacionais ou de legisla- mento comprobatório da nacionalização da mercadoria.
ção específica.

4.9.9. Registro de Operações Financeiras - ROF


Os documentos de instrução da DI devem ser entregues à fiscalização da É um sistema informatizado que permite aos interessados efetuar o regis-
SRF sempre que solicitados e, por essa razão, o importador deve mantê-los tro de operações diretamente no Sisbacen, desde que estejam devidamente
credenciados por este Órgão. Possui caráter declaratório e sujeita os respon- 1. Arrendamento simples, Aluguel de equipamentos e Afretamento de
sáveis pelas informações a todas as responsabilidades legais por sua vera- embarcações, com prazo superior a 360 dias, regulamentado pela Circu-
cidade e legalidade. lar 2.731, de 13.12.1996;

2. Aquisição de bens intangíveis com prazo de pagamento superior a


No Registro de Operação Financeira de cada operação deve ser providen-
360 dias, regulamentado pela Circular 2.816 e Carta-Circular 2.795, de
ciado com anterioridade à Declaração de Importação, mediante declaração
15.4.1998;
do importador ou arrendatário, por meio das transações do Sistema de In-
formações Banco Central Sisbacen, sendo necessário informar: 3. Arrendamento mercantil, com prazo superior a 360 dias, regulamenta-
do pela Circular 2.731, de 13.12.1996;
- Os participantes da operação (devedor, fornecedor, financiador, arren-
4. Crédito com vínculo a exportação (securitização de exportações), regu-
dador, garantidor e assemelhados);
lamentado pela Circular 3.027, de 22.02.2001;
- As condições financeiras e o prazo de pagamento, do principal, juros e
5. Empréstimo em moeda nacional ou estrangeira, captado de forma di-
encargos;
reta ou por meio da colocação de títulos, inclusive os conversíveis ou per-
-Dados da manifestação do credor ou do documento em que conste as mutáveis em ações ou em quotas, regulamentado pela Circulares 3.027,
condições da operação, além de manifestação do garantidor se houver; de 22.02.2001 e 3.250, de 30.7.2004;

- Demais dados requeridos nas telas de transação. 6. Financiamento a importação, com prazo superior a 360 dias, regula-
mentado pela Circular 2.731, de 13.12.1996;

54 7. Financiamento de Tecnologia regulamentado pela Circular 2.816 e Car- 55


As condições financeiras podem ser aprovadas de forma automática ou
ta-Circular 2.795, de 15.4.1998;
direcionadas para análise das Delegacias Regionais do Banco Central, que
8. Franquia, regulamentado pela Circular 2.816 e Carta-Circular 2.795, de
Importação e Exportação

Importação e Exportação
indicarão, via sistema, os ajustes necessários à aprovação. Não havendo ma-
nifestação no Sisbacen, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, as operações serão 15.04.1998;
aprovadas automaticamente, nas condições inicialmente informadas. As 9. Garantias prestadas por organismos internacionais, conforme Título 3,
operações envolvendo entidades do setor público federal, estadual e mu- Capítulo 3, do Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Interna-
nicipal, sujeitas ao prévio credenciamento de que trata o Decreto nº 93.872, cionais;
de 23/12/86, serão direcionadas, pelo sistema, para o Firce, responsável ao
10. Importação de bens sem cobertura cambial destinados à integraliza-
início de negociações para contratação das operações.
ção de capital em empresas receptoras de investimento externo direto,
As operações envolvendo organismos internacionais ou agências gover- regulamentado pela Circular 2.731, de 13.12.1996;
namentais como credores ou garantidores estão à prévia manifestações do 11. Licença de exploração ou cessão de patente, regulamentado pela Cir-
Firce, que incluirá no Registro de Operação Financeira o evento específico. cular 2.816 e Carta-Circular 2.795, de 15.04.1998;
O prazo da validade de cada Registro de Operação Financeira aprovado é
12. Licença de uso ou cessão de marca, regulamentados pela Circular
de 180 (cento e oitenta) dias, aos o qual, não havendo ingressado de bens,
2.816 e Carta-Circular 2.795, de 15.04.1998;
de recursos, ou a contratação de serviços, será cancelado automaticamente.
Quando se tratar de importações financiadas amparadas em linhas de crédi- 13. Pagamento antecipado de exportação, com prazo de pagamento su-
to ou de outra operação cuja efetivação venha a ocorrer em prazo superior, perior a 360 dias, regulamentado pela Circular 3.027, de 22.02.2001;
deve ser preenchido o Cronograma de Desembolsos.
14. Qualquer modalidade que vier a ser averbada pelo INPI, regulamen-
tado pela Circular 2.816 e Carta-Circular 2.795, de 15.04.1998;
São de registro obrigatório no módulo ROF as operações referentes a (em
ordem alfabética): 15. Serviços de assistência técnica, regulamentado pela Circular 2.816 e
Carta-Circular 2.795, de 15.04.1998;
16. Serviços técnicos complementares e/ou despesas vinculadas a ope- 4.9.10.2. Zona Secundária
rações averbadas pelo INPI, regulamentado pela Circular 2.816 e Carta- Entende-se como Zona Secundária a área que compreende o restante do ter-
-Circular 2.795, de 15.04.1998. ritório aduaneiro, sendo nela incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo.

Para o registro de um ROF, é necessário o prévio cadastramento das partes


4.9.11. Recintos Alfandegados
envolvidas no Cademp - Cadastro de Empresas da Área do Desig (consulte Os recintos alfandegados serão assim declarados pela autoridade aduaneira
o Manual do Usuário do Cademp no site do BACEN na Internet). competente, na zona primária ou na zona secundária, a fim de que neles
possam ocorrer, sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e
As instruções normativas da Secretaria da Receita Federal no 461/2004 e despacho aduaneiro de:
no 748/2007 determinam a inscrição no CPF ou CNPJ de não-residentes
que tenham contratado com residentes diversos tipos de operações, incluin- I - mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob
do aquelas registráveis no ROF, com exceção das de prestação de serviços regime aduaneiro especial;
e transferência de tecnologia. Para essa finalidade, a pessoa jurídica com
II - bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados; e
sede no exterior obtém CNPJ exclusivamente por intermédio de seu cadas-
tramento no Cademp, que, verificada a sua conformidade pelo BACEN, é III - remessas postais internacionais.
enviado à SRF que atribui um número de CNPJ ao seu titular e o retorna ao Poderão ainda ser alfandegados, em zona primária, recintos destinados à
BACEN, normalmente, no dia seguinte ao envio. Só então esse número de instalação de lojas francas.
Cademp pode ser utilizado no registro de um ROF que não seja de uma das
56 modalidades excetuadas acima. 57
4.9.11.1. Portos Secos
A inscrição das pessoas físicas estrangeiras no CPF é feita pela própria Se-
Importação e Exportação

Importação e Exportação
cretaria da Receita Federal, com a intermediação das representações diplo- Portos secos são recintos alfandegados de uso público nos quais são execu-

máticas brasileiras. tadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de


mercadorias e de bagagem, sob controle aduaneiro.

4.9.10. Território Aduaneiro - Os portos secos não poderão ser instalados na zona primária de portos
Segundo o que estabelece o Regulamento Aduaneiro, Decreto nº 6.759, de 5 e aeroportos alfandegados.
de fevereiro de 2009, Livro I, Título I, Capítulo I, artigos 2º e 3º, o território
- Os portos secos poderão ser autorizados a operar com carga de impor-
aduaneiro compreende todo o território nacional, sendo que a jurisdição
tação, de exportação ou ambas, tendo em vista as necessidades e condi-
dos serviços aduaneiros se estende por todo o território aduaneiro, abran-
ções locais.
gendo a zona primária e a zona secundária.
As operações de movimentação e armazenagem de mercadorias sob con-
trole aduaneiro, bem como a prestação de serviços conexos, em porto seco,
4.9.10.1. Zona Primária sujeitam-se ao regime de concessão ou de permissão (Lei no 9.074, de 7 de
I - a zona primária, constituída pelas seguintes áreas demarcadas pela julho de 1995, art. 1o, inciso VI). A execução das operações e a prestação dos
autoridade aduaneira local: serviços serão efetivadas mediante o regime de permissão, salvo quando os
serviços devam ser prestados em porto seco instalado em imóvel pertencen-
a) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos
te à União, caso em que será adotado o regime de concessão precedida da
alfandegados;
execução de obra pública
b) a área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e

c) a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados.


Tratamento
Aduaneiro das
Importações

Capítulo 3
Refere-se ao conjunto de normas e procedimentos relativos à fiscalização e O manual eletrônico constitui importante ferramenta para a orientação ao
ao controle aduaneiro das operações de importação. Cabe à Secretaria da importador, com conseqüente redução de erros e maior eficiência nos proce-
Receita Federal do Brasil o exercício da administração aduaneira em todo dimentos aduaneiros relacionados ao despacho de importação.
o Brasil.
A versao mais recente e a de 12 de abril de 2013.
O controle aduaneiro e o despacho de importação estao dispostos no do
Manual de Despacho de Importação oferecido pela Receita Federal. A integra do manual no link: http://www.receita.fazenda.gov.br/manu-
aisweb/importacao/default.htm
O Manual do Despacho Aduaneiro de Importação tem como objetivo orien-
tar os importadores nas atividades relativas ao despacho de importação.
Poderá ser útil aos transportadores, depositários e demais intervenientes.
Alerte-se que essa primeira publicação tratará da Declaração de Importação
do tipo “Consumo”, não abordando aspectos específicos dos demais tipos
de declaração (Admissão, Nacionalização etc).

É possível consultar assuntos relacionados ao Despacho de Importação por


tópicos, saber como se preenche uma DI, pesquisar a legislação aplicável
dentre outras opções.

60 61
Estrutura do manual:

Tópicos:Apresenta diversos conceitos relacionados ao despacho de impor-


Importação e Exportação

Importação e Exportação
tação e suas etapas.

Preenchimento:Indica como preencher um despacho de importação, realizar


uma retificação e contém informações relacionadas à fase de licenciamento.

Guia do Siscomex:Especifica as funções disponíveis no Sistema Siscomex,


módulo Importação, perfil Importador.

Legislação:Permite consultar todas as normas citadas no Manual, exceto as


Notícias Siscomex Importação que podem ser acessadas no próprio Sisco-
mex.

O conteúdo do manual tem caráter de orientação e não substitui os textos


legais.

O manual é atualizado periodicamente. Cabe ao usuário observar a existên-


cia ou alteração de legislação posterior à data da versão indicada no manual.
Tratamento
Tributário nas
Importações

Capítulo 4
Refere-se à tributação incidente sobre a entrada de mercadorias estrangeiras Para a base de cálculos dos impostos incidentes na importação, faz-se ne-
no território aduaneiro. Os tributos incidentes na importação são: cessário conhecer o valor aduaneiro da mercadoria estrangeira. De acordo
com o Regulamento Aduaneiro (Decreto No. 6.759, de 05 de fevereiro de
Imposto de Importação – II 2009), toda mercadoria submetida a despacho aduaneiro de importação está
sujeita ao controle do valor aduaneiro, de acordo com as regras estalecidas
http://www.comexbrasil.gov.br/conteudo/ver/chave/imposto-de-im-
no Acordo Sobre Valoração Aduaneira do GATT.
portacao---ii
http://www.comexbrasil.gov.br/conteudo/ver/chave/acordo-de-valora-
cao-aduaneira
Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

http://www.comexbrasil.gov.br/conteudo/ver/chave/imposto-sobre-
Simulador de Tratamento Tributário e Administrativo nas Importações - Re-
-produtos-industrializados
ceita Federal

http://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/
Contribuição para o PIS/PASEP E COFINS

http://www.comexbrasil.gov.br/conteudo/ver/chave/pis-pasep

Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante – AFRMM


64 65
http://www.comexbrasil.gov.br/conteudo/ver/chave/adicional-de-frete-
-para-a
Importação e Exportação

Importação e Exportação
CIDE-Combustíveis

http://www.comexbrasil.gov.br/conteudo/ver/chave/cide-combustiveis

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS

http://www.comexbrasil.gov.br/conteudo/ver/chave/imposto-sobre-cir-
culacao-de-mercadorias

Taxa de Utilização do Siscomex

http://www.comexbrasil.gov.br/conteudo/ver/chave/taxa-de-utilizacao-
-do-siscomex
Tratamento Cambial
das Importações

Capítulo 5
No Brasil não é permitido o livre curso da moeda estrangeira, isto é, as pes- O registro no ROF de cada operação deve ser providenciado anteriormente
soas físicas ou jurídicas só podem comprar ou vender moedas estrangeiras ao registro da DI ou DIs a que se refere, mediante declaração do importador
nos estabelecimentos legalmente autorizados pelo Banco Central do Brasil no Sisbacen, por meio da Internet ou pela rede Serpro. No sítio na Internet
(Bacen). do Bacen encontra-se o RDE-ROF Manual do Declarante , onde podem ser
encontradas todas as informações necessárias ao correto preenchimento do
Toda a regulamentação do controle cambial exercido pelo Bacen se encontra ROF.
no Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais ( RMCCI ).

O ingresso e a saída de moeda estrangeira correspondente ao recebimento


das exportações e ao pagamento das importações deve ser efetuado me-
diante a celebração e liquidação de contrato de câmbio em banco autorizado
a operar no mercado de câmbio.

O Contrato de Câmbio é o instrumento firmado entre o vendedor e o com-


prador de moedas estrangeiras, no qual se definem as características com-
pletas das operações de câmbio e as condições sob as quais se realizam,
cujos dados são registrados no Sistema de Informações do Banco Central do
Brasil (Sisbacen).

O contrato pode ser celebrado prévia ou posteriormente ao embarque das


68 69
mercadorias para o exterior ou a sua chegada no País.
Importação e Exportação

Importação e Exportação
Na importação, o pagamento deve ser processado em consonância com os
dados constantes na DI registrada no Siscomex ou na documentação da ope-
ração comercial, no caso de ainda não estar disponível a DI. O contravalor
em moeda nacional deve ser levado a débito de conta titulada pelo compra-
dor ou pago com cheque de sua emissão, nominativo ao agente autorizado
vendedor, cruzado e não endossável.

No caso de importações realizadas por meio de Declaração Simplificada de


Importação, registrada no Siscomex, o pagamento pode ser conduzido me-
diante utilização de cartão de crédito internacional emitido no País.

Adicionalmente, sujeitam-se a registro no Bacen, por meio do módulo Re-


gistro de Operação Financeira (ROF) do Sisbacen, todas as importações de
mercadorias (inclusive arrendamento mercantil externo (“leasing”), arren-
damento simples e aluguel de equipamentos), com prazo de pagamento
superior a 360 (trezentos e sessenta) dias e as importações de bens, sem
cobertura cambial, destinados à integralização de capital da empresa.
Procedimentos
administrativos na
exportação - Como
exportar

Capítulo 6
Uma vez definidos O QUE EXPORTAR e PARA ONDE EXPORTAR, a em- to, desde que disponham dos necessários equipamentos e de condições de
presa depara-se com as exigências legais e administrativas do processo de acesso. A empresa poderá utilizar, ainda, para processar suas exportações:
exportação. a) despachantes aduaneiros; b) rede de computadores colocada à disposição
dos usuários pela Receita Federal do Brasil (salas de contribuintes); c) corre-
Serão examinados, neste item, os principais procedimentos com relação a toras de câmbio; d) agências bancárias que realizem operações de câmbio; e
COMO EXPORTAR. e) outras entidades habilitadas. Dessa forma, as empresas exportadoras têm
a possibilidade de encaminhar e de receber comunicações dos órgãos inter-
venientes em comércio exterior encarregados de autorizações e de fiscali-
8.1 Sistema Integrado zação pertinentes ao processo de exportação. Para as empresas, o Sistema

de Comércio Exterior representa, entre outras, as seguintes vantagens: simplificação, agilidade,


redução de custos, desburocratização etc.
(SISCOMEX)
O SISCOMEX permite a órgãos de Governo intervenientes no comércio ex-
O Sistema Integrado de Comércio Exterior, criado pelo Decreto n° 660, de
terior acompanhar, controlar e, também, interferir no processo de saída (ex-
25 de setembro de 1992, é o sistema informatizado que integra as atividades
portações) e de entrada (importações) de produtos no país.
de registro, de acompanhamento e de controle de comércio exterior, reali-
zadas pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério do De-
senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), pela Receita Federal 8.1.2 Procedimentos de habilitação
do Brasil (RFB) e pelo Banco Central do Brasil (BACEN), órgãos “gestores” de exportadores para operação no SISCOMEX
72 do sistema. Participam ainda do SISCOMEX, como órgãos “anuentes”, o Para acesso ao SISCOMEX, será necessário registro no Sistema Ambiente 73
Comando do Exército (COMEXE), o Ministério da Agricultura, Pecuária e de Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros, na
Abastecimento (MAPA), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (An- Receita Federal do Brasil (RFB), de acordo com a Instrução Normativa RFB
Importação e Exportação

Importação e Exportação
visa), o Departamento da Polícia Federal (DPF) e o Instituto Brasileiro do nº 1.288, de 31 de agosto de 2012, que estabelece procedimentos de habilita-
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), entre outros. ção de importadores, de exportadores e de internadores da Zona Franca de
Manaus para operação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCO-
Por meio do SISCOMEX, as operações de exportação são registradas e, em
MEX) e credenciamento de seus representantes para a prática de atividades
seguida, analisadas on-line pelos órgãos gestores do sistema. O Anexo “N”
relacionadas ao despacho aduaneiro. As disposições da Instrução Normati-
da Portaria SECEX nº 23, de 14 de julho de 2011 (conforme atualizações até
va RFB nº 1.288, de 31 de agosto de 2012 aplicam-se também aos órgãos da
07/10/2013), trata das remessas ao exterior que estão dispensadas de Regis-
administração pública direta, autarquias, fundações públicas, órgãos públi-
tro de Exportação. Os produtos que necessitem de procedimentos especiais
cos autônomos, organismos internacionais, outras instituições extraterrito-
(normas específicas de padronização e de classificação), que estejam sujei-
riais e a pessoas físicas.
tos a imposto de exportação ou que tenham a exportação contingenciada
ou suspensa, em virtude de legislação ou em decorrência de compromissos
internacionais assumidos pelo Brasil, estão relacionados no Anexo “P” da Modalidades de habilitação
Portaria SECEX nº 23, de 14 de julho de 2011 (conforme atualizações até
07/10/2013). O Anexo “S” da referida Portaria SECEX relaciona os produ- O procedimento de habilitação de pessoa física e do responsável por pessoa
tos não passíveis de exportação em consignação. Os produtos sujeitos à ma- jurídica para a prática de atos no SISCOMEX será executado mediante re-
nifestação prévia dos órgãos do Governo na exportação estão indicados no querimento do interessado, para uma das seguintes modalidades:
Tratamento Administrativo do SISCOMEX.
a) ordinária: para pessoa jurídica que atue habitualmente em comércio
Para processar suas operações de exportação, as empresas exportadoras exterior;
podem acessar o SISCOMEX diretamente, de seu próprio estabelecimen-
b) simplificada:
I – para pessoa física, inclusive a qualificada como produtor rural, arte-
são, artista ou assemelhado;
9. Registro de Exportadores
II – para pessoa jurídica: i. constituída sob a forma de sociedade anônima e Importadores (REI)
de capital aberto, com ações negociadas em bolsa de valores ou no merca- De acordo com o disposto na Portaria SECEX nº 23, de 14 de julho de 2011
do de balcão, classificada no código de natureza jurídica 204-6 da tabela (conforme atualizações até 07/10/2013), a inscrição no Registro de Expor-
do Anexo V à Instrução Normativa RFB nº 1.183 de 19 de agosto de 2011, tadores e Importadores (REI), da SECEX, é automática, sendo realizada no
bem como suas subsidiárias integrais; ii. autorizada a utilizar o Despacho ato da primeira operação de exportação em qualquer ponto conectado ao
Aduaneiro Expresso (Linha Azul), nos termos da Instrução Normativa Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX).
SRF nº 476, de 13 de dezembro 2004; iii. que atue exclusivamente como
encomendante, nos termos do art. 11 da Lei nº 11.281, de 20 de fevereiro A inscrição no REI poderá ser negada, suspensa ou cancelada nos casos de
de 2006; iv. para importação de bens destinados à incorporação ao seu punição em decisão administrativa final aplicada em razão de infrações de
ativo permanente; e v. que atue em comércio exterior em valor de peque- natureza fiscal, cambial e de comércio exterior, ou de abuso de poder eco-
na monta, isto é, praticando valor máximo de exportação de US$ 300 mil nômico.
e de importação de US$ 150 mil.
Cabe, também, assinalar:
III – empresa pública ou sociedade de economia mista, classificada, res-
pectivamente, nos códigos de natureza jurídica 201-1 e 203-8 da tabela do a) os exportadores já inscritos no REI terão a inscrição mantida, não sen-
Anexo V à Instrução Normativa RFB nº 1.183 de 19 de agosto de 2011; e do necessária qualquer providência adicional;
IV – entidade sem fins lucrativos, classificada nos códigos de natureza ju-
74 b) a inscrição no REI não gera qualquer número; 75
rídica de 303-4 a 399-9 da tabela do Anexo V à Instrução Normativa RFB
nº 1.183 de 19 de agosto de 2011. c) o Departamento de Operações de Comércio Exterior (DECEX) não ex-
pedirá declaração de que a empresa está registrada no REI, tendo em
Importação e Exportação

Importação e Exportação
c) especial, para órgão da administração pública direta, autarquia e
vista seu caráter automático;
fundação pública, órgão público autônomo, organismo internacional e
outras instituições extraterritoriais, classificados nos códigos de natu- d) a pessoa física somente poderá exportar mercadorias em quantidades
reza jurídica de 101-5 a 118-0 e 500-2 da tabela do Anexo V à Instrução que não revelem prática de comércio e desde que não se configure habi-
Normativa RFB nº 1.183 de 19 de agosto de 2011; e tualidade;

d) restrita, para pessoa física ou jurídica que tenha operado anterior- e) excetuam-se das restrições previstas na letra “d ” os casos a seguir,

mente em comércio exterior, exclusivamente para a realização de con- desde que o interessado comprove, na SECEX ou em entidades por ela

sulta ou retificação de declaração. credenciadas, tratar-se de:

I – agricultor ou pecuarista cujo imóvel rural esteja cadastrado no Institu-


to Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA);
Informações adicionais podem ser obtidas nos seguintes sítios:
II – artesão, artista ou assemelhado, registrado como profissional autô-
nomo.
www.desenvolvimento.gov.br;

www.receita.fazenda.gov.br;

www.bcb.gov.br. A Portaria em questão dispensa da obrigatoriedade de inscrição no REI as


exportações via remessa postal, com ou sem cobertura cambial, exceto do-
nativos, realizadas por pessoa física ou jurídica até o limite de US$ 50 mil ou
seu equivalente em outras moedas, porém excetuando desta particularida-
de os seguintes casos:
a) produto com exportação proibida ou suspensa; Modernização
b) exportação com margem não sacada de câmbio;
O Novoex tem interface mais interativa para os usuários, maior agilidade
c) exportação vinculada a regimes aduaneiros especiais; e na elaboração de REs pelo exportador a partir de REs anteriores, maior vi-
sibilidade do processo pelo exportador e pelo anuente e permite ainda a
d) exportação sujeita a Registro de Operações de Crédito (RC).
simulação prévia do RE. Entre outras inovações do novo sistema podem ser
destacadas a totalização online dos valores e quantidades informados pelo
9.1 SISCOMEX - Exportação Web (Novoex) exportador com críticas para valores incompatíveis e ainda a possibilidade
de transmissão de registros em lotes.
NOVOEX entrou em funcionamento dia 17 de novembro de 2010. Usuários
podem acessar novo sistema de dados de exportações diretamente pela in- A portaria da Secex detalha como fazer o preenchimento das informações
ternet. A Portaria n° 24 da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Minis- nos campos específicos do sistema e explica a correspondência entre eles. É
tério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informa importante mencionar que os atuais usuários do sistema que foi substituído
sobre a implantação do novo módulo do Sistema Integrado de Comércio estão automaticamente habilitados a operar no Novoex, com o mesmo login
Exterior (SISCOMEX), denominado SISCOMEX Exportação Web (Novoex), e senha dos demais módulos do SISCOMEX.
ocorrida no dia 17 de novembro. O Novoex substituiu o módulo do SISCO-
MEX Exportação, lançado em 1993, e que representou um marco na utiliza- Para solicitar mais informações e tirar dúvidas sobre o Novoex, envie men-
ção das tecnologias da informação nas operações de comércio exterior. sagem para: novoex@mdic.gov.br.”

A modernização do sistema se fez necessária diante do expressivo aumen- Desde o dia 17 de novembro de 2010, o Novoex já está em funcionamento
76 77
to das exportações brasileiras nos últimos anos e do surgimento de novas de forma conjugada com o antigo sistema, que deixou de operar dia 10
tecnologias de comunicação e informação, além da defasagem tecnológica de janeiro de 2011, conforme definido na Portaria nº 29 da Secretaria de
Importação e Exportação

Importação e Exportação
do sistema atual. Com a mudança, o Novoex pode ser acessado diretamente Comércio Exterior.
na Internet, sem a necessidade de instalação de programas adicionais nos
computadores dos usuários. Além disto, o novo sistema migrou da platafor- O objetivo da operação conjunta é o de permitir que os usuários se adaptem

ma do Sistema de Informações do Banco Central do Brasil (Sisbacen) para a ao Novoex até que estejam habituados ao novo sistema, para que o antigo

plataforma do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). sistema seja definitivamente substituído. Os atuais usuários estão automa-
ticamente habilitados a operar no Novoex, com o mesmo logine senha dos
Pelo Novoex, os usuários podem gravar os Registros de Exportação (REs) demais módulos do SISCOMEX.
e os Registros de Crédito (RCs), estes últimos feitos para as exportações fi-
nanciadas com recursos tanto privados como públicos. Os operadores, que
já tenham feito o Registro de Crédito no sistema antigo, devem atualizar as 10. Nomenclatura –
informações no novo sistema para a utilização do saldo restante. É impor-
tante também informar que não é possível vincular os REs e os RCs criados
classificação de mercadorias
em sistemas diferentes. Ao preencher o Registro de Exportadores e Importadores (REI) no SISCO-
MEX, a empresa deverá classificar seus produtos de acordo com duas no-
Cabe lembrar ainda que, no novo sistema, são efetuadas apenas as opera- menclaturas:
ções comerciais (RE e RC), sendo que todas as operações aduaneiras con-
tinuam a ser realizadas da mesma forma nos sistemas da Receita Federal. A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) e a Nomenclatura Adu-
aneira da ALADI (NALADI/SH), criadas com base na Convenção Interna-
cional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de
Mercadorias (SH), firmada em Bruxelas, em 14 de junho de 1983. O SH pos-
sui seis dígitos, mas cada país pode acrescentar até quatro dígitos.
A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) foi criada em 1995, com 10.1 Nomenclatura Aduaneira da Associação Latino-
a entrada em vigor do MERCOSUL, e aprovada pelo Decreto nº 2.376, de -Americana de Integração (NALADI/SH)
13.11.1997, juntamente com as alíquotas do imposto de importação que com-
Possui estrutura semelhante à da NCM (para a qual serviu de base) e o
põem a Tarifa Externa Comum (TEC). Ao consultar a BrasilGlobalNet(www.
mesmo número de dígitos (oito), sendo os seis primeiros sempre idênticos.
brasilglobalnet.gov.br), o usuário terá acesso à NCM, nas versões em portu-
guês, em espanhol e em inglês. O SISCOMEX dispõe de tabelas que possibilitam a identificação dos códi-
gos tanto da NCM como da NALADI/SH, na plataforma TABELAS – ATU-
A NCM, que substituiu a Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM),
ALIZAÇÃO.
possui oito dígitos e a seguinte estrutura de classificação, que contém até
seis níveis de agregação: capítulo, posição, subposição simples, subposição Informações adicionais nos seguintes endereços eletrônicos:
composta, item e subitem:
www4.receita.fazenda.gov.br/simulador;
a) capítulo – a indicação do capítulo no código é representada pelos dois
www.brasilglobalnet.gov.br.
primeiros dígitos;

b) posição – a posição dentro do capítulo é identificada pelos quatro pri-


meiros dígitos;
10.2. Documentos exigidos para exportação
c) subposição simples – é representada pelo quinto dígito;
Relacionam-se, a seguir, os documentos exigidos nas operações de exportação.
d) subposição composta – é representada pelo sexto dígito;
78 79
e) item – é a subdivisão do SH, representado, no código, pelo sétimo dígito;

f) subitem – é a subdivisão do item, representado, no código, pelo oitavo


Importação e Exportação

Importação e Exportação
10.3. Documentos referentes ao exportador
dígito.
a) Inscrição no Registro de Exportadores e Importadores (REI) da SE-
Exemplo: NCM 8445.19.24 (máquinas abridoras de fibras de lã)
CEX/MDIC (processo automático no caso de se registrar a primeira ex-
84 – capítulo (reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instru- portação via SISCOMEX)
mentos
b) Documentos referentes ao Contrato de Exportação
mecânicos, e suas partes);
c) Fatura Pró-Forma
8445 – posição (máquinas para preparação de matérias têxteis; máquinas
d) Carta de Crédito
para fiação, dobagem ou torração de matérias têxteis e outras máquinas e
aparelhos para fabricação de fios têxteis; máquinas de bobinar – incluídas e) Letra de Câmbio
as bobinadeiras de trama – ou de dobar matérias têxteis e máquinas para
f) Contrato de Câmbio
preparação de fios têxteis para sua utilização nas máquinas das posições
8446 ou 8447);

8445.19 – subposição simples (máquinas para preparação de matérias


10.3.1. Documentos referentes
têxteis);
ao Contrato de Exportação
8445.19 – subposição composta (outras máquinas para preparação de
Os seguintes documentos acompanham todo o processo de traslado da mer-
matérias têxteis);
cadoria:
8445.19.24 – item (máquinas para a preparação de outras matérias têxteis);
a) Registro de Exportação no SISCOMEX
8445.19.24 – subitem (máquinas abridoras de fibras de lã).
b) Registro de Operação de Crédito (RC) b) quantidades mínimas e máximas por embarque;

c) Registro de Venda (RV) c) nome do exportador e do importador;

d) Solicitação de Despacho (SD) d) tipo de embalagem de apresentação e de transporte;

e) Nota Fiscal e) modalidade de pagamento;

f) Conhecimento de Embarque f) termos ou condições de venda ;

g) Fatura Comercial (CommercialInvoice) g) data e local de entrega;

h) local de embarque e de desembarque;


h) Romaneio (packinglist)
g) prazo de validade da proposta;

i) assinatura do exportador; e
Outros documentos: Certificado de Origem, Legalização Consular, Certifi-
cado ou Apólice de Seguro, Borderô ou Carta de Entrega. j) local para assinatura do importador, que, com ela, expressa sua concor-
dância com a proposta.
Há duas modalidades especiais de exportação que são objeto de regulamen-
tação específica. Nas exportações temporárias, as empresas poderão enviar
para o exterior mercadorias para exibição em exposições ou em feiras. O A fatura Pró-Forma pode ser substituída por cotação enviada por fax ou por
exportador é obrigado a comprovar o retorno da mercadoria no prazo má- carta que contenha as mesmas informações indicadas acima.
80 ximo de 180 dias, contados a partir da data de embarque ou, no caso de ven- 81
da, do ingresso da moeda estrangeira. Nas exportações em consignação, as
10.3.1.2. Carta de Crédito
empresas poderão realizar vendas com prazo máximo de 180 dias, a contar
Importação e Exportação

Importação e Exportação
da data do embarque, prorrogável por até 180 dias. Até o vencimento, as
Após o envio da fatura Pró-Forma ao importador, o exportador receberá do
empresas deverão providenciar a liquidação das cambiais. Caso não ocorra
importador, caso se confirme o interesse deste, pedido de compra ou carta
a venda, a empresa deverá comprovar o retorno da mercadoria, com prazo
de crédito, documentos que confirmam o interesse na aquisição da merca-
contado a partir do término do prazo estipulado.
doria. Por sua vez, o exportador deve conferir os dados contidos na carta
de crédito ou no pedido enviado pelo importador, confrontando-os com as

10.3.1.1. Fatura Pró-Forma informações contidas na fatura Pró-Forma ou na cotação do produto.

O ato de exportar sempre tem origem em contato preliminar entre o expor-


10.3.1.3. Letra de Câmbio
tador e o potencial importador de sua mercadoria no exterior, cuja identifi-
cação pode ser facilitada por consulta ao sítio Brasil Global Net. Após a ma-
A letra de câmbio, semelhante à duplicata emitida nas vendas internas, re-
nifestação de interesse por parte do importador, o exportador deverá enviar
presenta título de crédito emitido pelo exportador e sacado contra o im-
ao importador o documento fatura Pró-Forma, em que são estipuladas as
portador. O valor da letra de câmbio deve ser igual ao do total de divisas
condições de venda da mercadoria.
registradas na fatura comercial. Contém os seguintes elementos:

A fatura Pró-Forma, mais conhecida como Pro Forma Invoice, deve conter as
a) número, praça e datas de emissão e de vencimento;
seguintes informações:
b) beneficiário, nome e endereço do emitente e sua assinatura;
a) descrição da mercadoria, quantidade, peso bruto e líquido, preço uni-
c) instrumento que gerou o saque – carta de crédito, fatura comercial etc.
tário e valor;
10.3.1.4. Contrato de Câmbio Registro de Operação de Crédito (RC)

É um instrumento firmado para troca de moedas entre o exportador (vende- Devem constar do Registro de Crédito (RC) as informações de caráter cam-
dor de divisas) e um banco autorizado pelo Banco Central do Brasil a operar bial e financeiro referentes a exportações com prazo de pagamento supe-
com câmbio. rior a 360 dias (prazo que caracteriza as exportações financiadas), contado
a partir da data do embarque. Assim, o RC é o documento eletrônico que
contempla as condições definidas para as exportações financiadas. O preen-
10.3.2. Documentos referentes a mercadoria
chimento do RC e seu deferimento devem ser anteriores ao preenchimento
Relacionam-se, a seguir, os documentos referentes a mercadoria. do Registro de Exportação (RE).

Ao preenchimento do RC, segue-se o prazo para embarque das mercado-


rias. Nesse período, devem ser providenciados os respectivos RES e as so-
10.3.2.1. Registro de Exportação (RE)
licitações para o desembaraço aduaneiro das mercadorias. O exportador,
O Registro de Exportação (RE) no SISCOMEX é um conjunto de informa- diretamente ou por meio de seu representante legal, é responsável pela
ções de natureza comercial, financeira, cambial e fiscal, que caracteriza a prestação de todas as informações necessárias ao exame e ao processamento
operação de exportação de uma mercadoria e define seu enquadramen- do RC, que é feito por meio do SISCOMEX.
to. Entre outras informações, a empresa deverá fornecer a classificação de
Uma vez efetuado o preenchimento, a validação do RC é feita pelo Banco
seu produto segundo a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) e a
do Brasil S.A. – em caso de exportação financiada pelo Programa de Finan-
Nomenclatura Aduaneira da Associação Latino-Americana de Integração
82 ciamento às Exportações (PROEX) – ou pelo Departamento de Operações 83
(ALADI) – NALADI/SH.
de Comércio Exterior da SECEX (DECEX) –, em caso de operação realizada
A Portaria SECEX nº 23, de 14 de julho de 2011 (conforme atualizações até com recursos do próprio exportador. No caso de exportações amparadas
Importação e Exportação

Importação e Exportação
07/10/2013), dispõe, no seu Anexo “N”, sobre as remessas ao exterior que es- pelo PROEX com recursos previstos no Orçamento Geral da União, o Banco
tão dispensadas de Registro de Exportação. No caso de operações de exporta- do Brasil fará análise prévia, com base nas informações contidas no RC.
ção no valor de até US$ 50.000,00 (cinquenta mil dólares dos Estados Unidos), Caso o registro seja aceito pelo Banco, fica assegurado o apoio financeiro do
poderão ser utilizados, no lugar do RE, o Registro de Exportação Simplifica- Programa.
do (RES) ou a Declaração Simplificada de Exportação (DSE), de acordo com
O SISCOMEX fornece automaticamente ao operador (exportador ou repre-
as regulamentações específicas de cada uma dessas modalidades. Segundo o
sentante legal do exportador) um número referente a cada RC. Cabe assina-
disposto na Portaria SECEX nº 23, de 14 de julho de 2011 (conforme atualiza-
lar que os financiamentos às exportações também poderão ser concedidos
ções até 07/10/2013), poderão ser objeto de RES exportações que, por suas ca-
por outras instituições financeiras autorizadas a operar em câmbio, sem
racterísticas, sejam conceituadas como “exportação normal – Código 80.000”,
ônus para a União.
não se enquadrando em nenhum outro código da tabela de enquadramento
da operação, disponível no SISCOMEX ou no endereço eletrônico do Minis- Informações adicionais podem ser obtidas no sítio da Secretaria de Comércio
tério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Exterior (SECEX), pelo endereço eletrônico www.desenvolvimento.gov.br.

De acordo com a citada legislação, o RES não se aplica a operações vincula-


das ao regime automotivo, ao regime aduaneiro de drawback, sujeitas à inci-
dência do imposto de exportação ou, ainda, a procedimentos especiais ou à Registro de Venda (RV)
exportação contingenciada, em virtude da legislação ou em decorrência de
compromissos internacionais assumidos pelo Brasil. O Registro de Venda (RV) é o conjunto de informações que caracterizam a
operação de exportação de produtos negociados em bolsas internacionais
Exportação de mercadorias ou de commodities, por meio de enquadramen- A Declaração para Despacho de Exportação (DDE), também conhecida
to específico. como Solicitação de Despacho (SD), deverá ser apresentada à unidade da
Receita Federal competente. Ao fim do procedimento, a Receita Federal, por
O preenchimento do RV deve ser realizado previamente ao do Registro de meio do SISCOMEX, registra a “Averbação”, que consiste na confirmação
Exportação (RE) a que ele se vincula e, por consequência, anteriormente ao do embarque da mercadoria ou de sua transposição na fronteira.
embarque da mercadoria.

10.3.2.2. Nota Fiscal 10.3.3. Conhecimento ou Certificado


de Embarque (Bill ofLading)
Este documento deve acompanhar a mercadoria desde a saída do estabe-
A empresa de transporte emite, em língua inglesa, o Conhecimento ou Cer-
lecimento do exportador até o embarque para o exterior. A nota fiscal deve
tificado de Embarque, que comprova ter a mercadoria sido colocada a bordo
ser emitida em moeda nacional, com base na conversão do preço FOB em
do meio de transporte. Esse documento é aceito pelos bancos como garantia
reais (pelo valor de conversão da taxa do SISCOMEX do dia do registro da
de que a mercadoria foi embarcada para o exterior. O conhecimento de em-
Declaração de Importação (DI) pela taxa do dólar no fechamento de câmbio.
barque deve conter os seguintes elementos:
No caso de exportação direta, a nota fiscal deve ser emitida em nome da
empresa importadora. Na exportação indireta, a nota será emitida em nome
a) nome e endereço do exportador e do importador;
da empresa que efetuará a operação de exportação (trading companyetc.).
b) local de embarque e de desembarque;
84 85
c) quantidade, marca e espécie de volumes;

10.3.2.3. Despacho Aduaneiro de Exportação d) tipo de embalagem;


Importação e Exportação

Importação e Exportação
e) descrição da mercadoria e códigos (SH/NCM/NALADI);
Trata-se do procedimento fiscal de desembaraço da mercadoria destinada
ao exterior, com base nas informações contidas no Registro de Exportação f) peso bruto e líquido;
(RE), na Nota Fiscal (primeira via) e nos dados sobre a disponibilidade da
g) valor da mercadoria;
mercadoria para verificação das autoridades aduaneiras. O Despacho de
exportação é o procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos h) dimensão e cubagem dos volumes;

dados declarados pelo exportador em relação à mercadoria, aos documen- i) valor do frete.
tos apresentados e à legislação específica, com vistas a seu desembaraço
aduaneiro e à sua saída para o exterior.
Além disso, deve conter a forma de pagamento do frete: freightprepaid (frete
pago) ou freightcollect (frete a pagar). Por último, devem constar do conhe-
O Despacho Aduaneiro de Exportação é processado por meio do SISCO-
cimento de embarque as condições em que a mercadoria foi embarcada: cle-
MEX.
an onboard (embarque sem restrições ou ressalvas à mercadoria) ou received
No caso de exportações terrestres, lacustres ou fluviais, além da primeira in apparentgoodorderand conditions (mercadoria recebida aparentemente em
via da Nota Fiscal, é necessária a apresentação do Conhecimento de Em- boas condições).
barque e do Manifesto Internacional de Carga. O Despacho Aduaneiro de
Essa declaração implica que o transportador deverá entregar a mercadoria
Exportação tem por base declaração formulada pelo exportador ou por seu
nas mesmas condições em que foi recebida do exportador.
mandatário (despachante aduaneiro ou empregado especificamente desig-
nado) também por meio do SISCOMEX.
O Conhecimento de Embarque é emitido geralmente em três vias originais,
com um número variado de cópias, conforme a necessidade do importador.
O documento corresponde ao título de propriedade da mercadoria e pode montante e a natureza das reduções e dos descontos concedidos;
ser consignado ao importador, sendo, neste caso, inegociável. Pode, tam-
l) custo de transporte e demais despesas relativas às mercadorias especi-
bém, ser consignado ao portador, sendo, neste caso, negociável.
ficadas na fatura;

m) condições e moeda de pagamento; e

n) termo da condição de venda (Incoterm).


Fatura Comercial (Commercial Invoice)

Este documento, necessário para o desembaraço da mercadoria pelo im-


portador, contém todos os elementos relacionados com a operação de ex- As emendas, ressalvas ou entrelinhas feitas na fatura deverão ser autentica-
portação. Por isso, é considerado um dos documentos mais importantes no das pelo exportador. Os volumes cobertos por uma mesma fatura terão uma
comércio internacional de mercadorias. Deve ser emitido pelo exportador só marca e serão numerados, vedada a repetição de números. É admitido o
no idioma do importador ou em inglês, segundo a praxe internacional. A emprego de algarismos, a título de marca, desde que sejam apostos dentro
fatura comercial deverá conter as seguintes indicações: de uma figura geométrica, respeitada a norma prescrita sobre a numeração
de volumes. O número em cada volume será aposto ao lado da marca ou da
a) nome e endereço completos do exportador; figura geométrica que a encerre.

b) nome e endereço completos do importador e, se for o caso, do adqui- É dispensável a numeração:


rente ou do encomendante predeterminado;

c) especificação das mercadorias em português ou em idioma oficial do a) quando se tratar de mercadoria normalmente importada a granel, em-
86 barcada solta ou em amarrados, desde que não traga embalagem; e 87
Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio, ou, se em outro idioma, acompa-
nhada de tradução em língua portuguesa, a critério da autoridade adua- b) no caso de partidas de uma mesma mercadoria, de cinquenta ou mais
Importação e Exportação

Importação e Exportação
neira, com as denominações próprias e comerciais e com a indicação dos volumes, desde que toda a partida se constitua de volumes uniformes,
elementos indispensáveis à sua perfeita identificação; com o mesmo peso e medida.
d) marca, numeração e, se houver, número de referência dos volumes;

e) quantidade e espécie dos volumes;


A primeira via da fatura comercial será sempre a original, podendo ser emi-
f) peso bruto dos volumes, entendendo-se, como tal, o da mercadoria tida, assim como as demais vias, por qualquer processo. Será aceita como
com todos os seus recipientes, embalagens e demais envoltórios; primeira via da fatura comercial, quando emitida por processo eletrônico,
aquela da qual conste expressamente tal indicação. Equipara-se à fatura co-
g) peso líquido, assim considerado o da mercadoria livre de todo e qual-
mercial, para todos os efeitos, o conhecimento de carga aéreo, desde que
quer envoltório;
nele constem as indicações de quantidade, de espécie e de valor das merca-
h) país de origem, como tal entendido aquele onde houver sido produ- dorias que lhe correspondam (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 46, § 1o, com a
zida a mercadoria ou onde tiver ocorrido a última transformação subs- redação dada pelo Decreto-Lei no 2.472, de 1988, art. 2o). Poderá ser estabe-
tancial; lecida, por ato normativo da Receita Federal do Brasil, à vista de solicitação
i) país de aquisição, assim considerado aquele do qual a mercadoria foi da Câmara de Comércio Exterior, a exigência de visto consular em fatura
adquirida para ser exportada para o Brasil, independentemente do país comercial (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 46, § 2o, com a redação dada pelo
de origem da mercadoria ou de seus insumos; Decreto-Lei no 2.472, de 1988, art. 2o).

j) país de procedência, assim considerado aquele onde se encontrava a


mercadoria no momento de sua aquisição;

k) preço unitário e total de cada espécie de mercadoria e, se houver, o


Romaneio (Packing List) II – Certificado de Origem ALADI – emitido por federações estaduais de
indústria e federações estaduais de comércio;
Este documento, preenchido pelo exportador em inglês, é utilizado tanto no
III – Certificado de Origem Sistema Geral de Preferências (SGP) – nas ex-
embarque como no desembarque da mercadoria e tem por objetivo facilitar
portações realizadas no âmbito do Sistema Geral de Preferências (SGP), o
a fiscalização aduaneira. Trata-se de relação dos volumes a serem exporta-
certificado é emitido pelas agências do Banco do Brasil que operam com
dos e de seu conteúdo.
comércio exterior. O documento é denominado Form A e constitui requi-
O romaneio deve conter os seguintes elementos: sito para a concessão de reduções tarifárias por países industrializados a
países em desenvolvimento;
a) número do documento; IV – Certificado de Origem Sistema Global de Preferências Comerciais
b) nome e endereço do exportador e do importador; (SGPC) – este documento é emitido por federações estaduais de indústria.

c) data de emissão; b) Legalização Consular – a legalização consular não é exigida por todos
os países importadores. Nos contatos com os importadores estrangeiros,
d) descrição da mercadoria, quantidade, unidade, peso bruto e líquido;
o exportador deve confirmar a necessidade dessa providência (reconhe-
e) local de embarque e desembarque; cimento de firma por parte da autoridade consular, em geral cobrada);

f) nome da transportadora e data de embarque; c) Certificado ou Apólice de Seguro – documento exigido quando o ex-

g) número de volumes, identificação dos volumes por ordem numérica, portador é responsável pela contratação do seguro com uma empresa

tipo de embalagem, peso bruto e líquido por volume e dimensões em seguradora. Deve ser providenciado antes do embarque da mercadoria;
88 metros cúbicos. 89
d) Borderô ou Carta de Entrega – formulário fornecido pelo banco ao
cliente exportador, com a relação dos documentos por ele exigidos para
Importação e Exportação

Importação e Exportação
a realização de operação de exportação. Cabe ao exportador o preenchi-
Outros doc umentos mento do formulário e a preparação dos documentos solicitados pelo
banco;
a) Certificado de Origem – o objetivo desse documento é o de atestar que
e) Outros certificados – para determinados produtos exportados, o im-
o produto é efetivamente originário do país exportador. Sua emissão é es-
portador poderá solicitar, ainda, certificados fitossanitários ou específi-
sencial nas exportações para países que concedem preferências tarifárias.
cos, como o que atesta “fumigação”, certificados de inspeção prévia etc.
Os certificados de origem são fornecidos por entidades credenciadas,
mediante a apresentação da fatura comercial. As informações requeridas
são:
Registro de Exportação Simplificado (RES) – Simplex
I – valor dos insumos nacionais em dólares – CIF ou FOB – e sua partici-
pação no preço FOB; O Registro de Exportação Simplificado (RES), disponível no SISCO-
MEX, é aplicável a operações de exportação, com cobertura cambial e
II – valor dos insumos importados em dólares – CIF ou FOB – e sua par-
para embarque imediato para o exterior, até o limite de US$ 50.000,00 ou
ticipação no preço FOB;
equivalente em outras moedas.
III – descrição do processo produtivo; e
Poderão ser objeto de RES exportações que, por suas características, sejam
IV – regime ou regras de origem – percentual do preço FOB.
conceituadas como “exportação normal – código 80.0000”, não se enqua-
Dependendo do país de destino, são os seguintes os Certificados de Origem: drando em nenhum outro código da tabela de enquadramento da operação,
I – Certificado de Origem MERCOSUL – emitido por federações, confe- disponível no endereço eletrônico do Ministério do Desenvolvimento, In-
derações ou centros da indústria, do comércio ou da agricultura; dústria e Comércio Exterior e no SISCOMEX.
O Registro de Exportação Simplificado (RES), que tem validade de cinco d) exportação em consignação;
dias, deverá ser providenciado antes do embarque do produto. Não é pos-
e) exportação de produtos beneficiados pelo Sistema Geral de Preferên-
sível utilizar simultaneamente o RES e o contrato de câmbio do sistema
cias;
convencional. Aplica-se à exportação efetuada no quadro do RES o mesmo
tratamento tributário referente à exportação pelo sistema convencional. f) exportação com financiamento do PROEX;

g) exportação de produtos sujeitos a pagamento do Imposto de Expor-


A negociação da moeda estrangeira deve ser formalizada mediante assina-
tação;
tura do boleto de compra e venda pelo exportador – nos moldes do Anexo
11 do Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMC- h) exportação sujeita a procedimentos especiais, em virtude da legislação

CI), do Banco Central do Brasil – com instituição integrante do Sistema Fi- ou de compromissos internacionais assumidos pelo Brasil;

nanceiro Nacional autorizada a operar no mercado de câmbio. i) exportação contingenciada;

Algumas características do registro simplificado: j) exportação sujeita a controles por órgãos governamentais.

a) as exportações por meio do RES podem ser pagas por meio de cartão A operação de câmbio simplificado é normatizada pelo Regulamento do
de crédito internacional; Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI), que está disponível

b) o Boleto de Compra e Venda de Moeda Estrangeira pode ser negociado no endereço eletrônico www.bcb.br.

no prazo de até noventa dias, antes ou depois do embarque, e a empresa


exportadora poderá utilizar várias formas de pagamento (antecipado, co-
90 brança e carta de crédito). O prazo mencionado é improrrogável; 91
Declaração Simplificada de Exportação (DSE)
c) deve ser emitido um RES para cada produto, caso a operação de ex-
Importação e Exportação

Importação e Exportação
Também com a finalidade de simplificar e facilitar o processamento de ope-
portação compreenda mercadorias diferenciadas. A soma dos valores
rações de até US$ 50.000,00, foi regulamentada, pela Instrução Normativa
dos produtos não poderá, de todo modo, ultrapassar o montante de US$
da Secretaria da Receita Federal nº 1.611/2006, alterada pela IN/RFB 846, a
50.000,00;
Declaração Simplificada de Exportação (DSE). Esta deverá ser preenchida
d) o boleto de câmbio simplificado é negociado com o banco credenciado, pelo exportador por meio de computador conectado ao SISCOMEX. Todas
ao qual o exportador deverá fornecer os dados para preenchimento do as exportações feitas por DSE podem ser pagas por meio de cartão de crédi-
Boleto de Compra e Venda. A negociação cambial deverá ser realizada to internacional ou de Vale Postal Internacional.
após o pagamento da exportação;
Trata-se de documento alternativo à Declaração para Despacho de Expor-
e) o câmbio simplificado, o exportador deverá guardar os respectivos do-
tação (DDE). Seu uso dispensa o RE. Na DSE, deverão ser fornecidos, entre
cumentos por cinco anos, para eventual verificação pelo Banco Central;
outros, os seguintes dados:
f) aplica-se à exportação efetuada no quadro do RES o mesmo tratamento
tributário referente à exportação pelo sistema convencional. a) identificação do exportador (número de inscrição do exportador no
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ ou no Cadastro de Pessoas
Físicas – CPF);
Não podem beneficiar-se do RES operações como:
b) tipo de exportador (se pessoa física ou jurídica);

a) exportação proibida ou suspensa; c) via de transporte (marítima, rodoviária etc.);

b) exportação para consumo a bordo; d) identificação do veículo transportador;

c) exportação de material usado; e) peso bruto das mercadorias;


f) peso líquido da mercadoria;
10.4. Registro da DSE
g) valor total das mercadorias, em reais;
A DSE será registrada por solicitação do exportador, mediante numeração
h) classificação do produto na Nomenclatura Comum do MERCOSUL automática única, sequencial e nacional (reiniciada a cada ano) pelo SISCO-
(NCM); MEX.

i) valor de acordo com condição de venda, na moeda negociada (Incoter-


Será admitido o registro de DSE pelo correio ou por empresa de transporte
ms);
internacional expresso, quando se tratar de remessa postal internacional até
j) descrição complementar da mercadoria exportada. o limite de US$ 50.000,00 ou o equivalente em outra moeda, e de encomenda
aérea, igualmente até o limite de US$ 50.000,00 ou o equivalente em outra
moeda.
De acordo com a IN/RFB 611/2006, a DSE será utilizada no despacho adu-
aneiro de bens: A exportação conduzida pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
(ECT) ou por courier (empresa de transporte expresso internacional) dispen-
a) exportados por pessoa física ou jurídica, com ou sem cobertura cam- sa o exportador da habilitação e do credenciamento previsto na Instrução
bial, até o limite de US$ 50.000,00 ou o equivalente em outra moeda; Normativa RFB nº 1.183 de 19 de agosto de 2011. Quando se tratar de ex-
portação eventual realizada por pessoa física, a DSE poderá ser elaborada
b) exportados sob o regime de exportação temporária, para posterior re-
por servidor da Secretaria da Receita Federal lotado na unidade onde será
torno ao Brasil nas mesmas condições, ou após conserto, reparo ou res-
processado o despacho aduaneiro.
tauração;
92 93
b) reexportados de acordo com a Instrução Normativa SRF nº 285, de 14
de janeiro de 2003, da Secretaria da Receita Federal (SRF), que dispõe 10.5. Documentos
Importação e Exportação

Importação e Exportação
sobre o regime de admissão temporária de bens procedentes do exterior;

c) que devam ser devolvidos ao exterior por:


necessários para a DSE
Serão necessários os seguintes documentos, que deverão ser mantidos pelo
I – erro manifesto ou comprovado de expedição, reconhecido pela auto-
exportador por cinco anos, para eventual apresentação à fiscalização adu-
ridade aduaneira;
aneira:
II – indeferimento de pedido para concessão de regime aduaneiro espe-
cial; a) primeira via da Nota Fiscal, quando for o caso;

III – não atendimento à exigência de controle sanitário, ambiental ou de b) via original do Conhecimento de Carga ou documento equivalente nas
segurança exercido pelo órgão competente; exportações por via terrestre, fluvial ou lacustre;

IV – qualquer outro motivo, observado o disposto na Portaria MF nº 306, c) outros documentos, indicados em legislação específica.
de 21 de dezembro de 1995.

d) contidos em remessa postal internacional, até o limite de US$ 50.000,00


A DSE será submetida ao módulo de seleção parametrizada do SISCOMEX,
ou o equivalente em outra moeda;
e a seleção para conferência seguirá os critérios estabelecidos pela Coorde-
e) contidos em encomenda aérea internacional, até o limite de US$ nação-Geral do Sistema Aduaneiro (COANA) e pela unidade local da SRF.
50.000,00 ou o equivalente em outra moeda, transportada por empresa
de transporte internacional expresso porta a porta; A mercadoria cuja DSE registrada no SISCOMEX tenha sido selecionada
para o canal verde de conferência aduaneira será desembaraçada mediante
f) integrantes de bagagem desacompanhada.
procedimento automático do SISCOMEX. A mercadoria cuja declaração te-
nha sido selecionada para o canal vermelho será conferida e registrada no c) a corretora de câmbio, caso seja requerida pelo vendedor da moeda
SISCOMEX por Auditor Fiscal da Receita Federal (AFRF). estrangeira.

Relativamente à Averbação do Embarque, o sistema averbará automatica-


A intermediação de corretora de câmbio é facultativa, e sua participação
mente os despachos aduaneiros. No caso de eventuais divergências de in-
pode implicar custos adicionais para o exportador.
formações, a averbação será realizada por AFRF, após as devidas correções.
O Comprovante de Exportação será emitido pelo SISCOMEX quando soli- O contrato de câmbio deve conter os seguintes dados:
citado pelo exportador.
a) nome do banco autorizado a contratar o câmbio, endereço e CNPJ;

11. Procedimentos b) nome do exportador, com endereço e CNPJ;

Cambiais na Exportação c) valor da operação;

d) valor em moeda nacional;


As vendas ao exterior são usualmente cotadas em dólares. Outras moedas
conversíveis, como o euro, o iene e a libra esterlina, também podem ser e) taxa de câmbio negociada;
utilizadas. f) prazo para liquidação;

O exportador recebe, porém, o pagamento em reais. Câmbio é, portanto, a g) nome do corretor de câmbio, se houver;
compra e a venda de moedas estrangeiras. É uma troca. Tendo em vista as h) comissão do corretor de câmbio;
94 oscilações na taxa de câmbio, o exportador, em suas transações com o exte- 95
i) nome do importador;
rior, depara-se, portanto, com a possibilidade de que essa mudança cambial
venha a afetar a quantia a ser recebida em reais. j) dados bancários do exportador;
Importação e Exportação

Importação e Exportação
k) condições de financiamento etc.

11.1 Contrato de Câmbio


As vendas ao exterior são efetuadas por meio de contrato de câmbio entre Contrato de câmbio é o instrumento específico firmado entre o vendedor e
o exportador – vendedor da moeda estrangeira – e um banco autorizado o comprador de moeda estrangeira, no qual são estabelecidas as caracterís-
a operar com câmbio – comprador da moeda estrangeira. Assim, juridica- ticas e as condições sob as quais se realiza a operação de câmbio. As opera-
mente, o contrato de câmbio apresenta um comprador e um vendedor que ções de câmbio são registradas no Sisbacen.
têm obrigações recíprocas. Cabe ao vendedor disponibilizar a moeda es-
trangeira vendida e ao comprador, pagar o contravalor em moeda nacional. Com referência à assinatura dos contratos de câmbio, segundo o Regula-
mento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI):
O contrato possui, ainda, as seguintes características: é consensual, pois de-
pende da vontade das partes; é oneroso, tendo em vista que dele resultam a) o Banco Central do Brasil somente reconhece como válida a assinatura
obrigações patrimoniais para as duas partes; e é cumulativo, pois considera digital dos contratos de câmbio por meio de utilização de certificados
que cada uma partes recebe uma contraprestação mais ou menos equivalen- digitais emitidos no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasi-
te. A operação cambial envolve os seguintes agentes: leira (ICP-Brasil), devendo os certificados ser utilizados somente após a
numeração da operação pelo Sisbacen, sendo responsabilidade do agente
a) o exportador, que vende a moeda estrangeira; interveniente a verificação da utilização adequada da certificação digital

b) o banco autorizado pelo Banco Central a realizar operações de câmbio; e por parte do cliente na operação, incluindo-se a alçada dos demais signa-
tários e a validade dos certificados digitais envolvidos;
b) no caso de assinatura manual, esta é aposta após a impressão do con- O fechamento do câmbio na exportação pode ser efetuado antes ou depois
trato de câmbio, efetuada depois de numerada a operação pelo Sisbacen, do embarque da mercadoria.
em pelo menos duas vias originais, destinadas ao comprador e ao vende-
dor da moeda estrangeira. A definição do momento mais apropriado para o fechamento do câmbio
depende da necessidade de recursos financeiros para a elaboração do pro-
A assinatura manual pelas partes intervenientes no contrato de câmbio,
duto a ser exportado, da taxa de juros nominal vigente e da expectativa de
quando requerida, constitui requisito indispensável na via destinada ao
alterações na taxa de câmbio, entre a data escolhida para a contratação e a
agente autorizado a operar no mercado de câmbio, devendo ser mantida
data da liquidação do contrato de câmbio.
em arquivo do referido agente uma via original dos contratos de câmbio,
pelo prazo de cinco anos, contado do término do exercício em que ocorra Informações adicionais estão disponíveis no sítio: www.bcb.gov.br/Rex/
a contratação ou, se houver, a liquidação, o cancelamento ou a baixa. RMCCI/Ftp/RMCCI-1-11.pdf.

Segundo o RMCCI, capítulo 11, seção 2: O contrato de câmbio de exportação


Na celebração de operações de câmbio, as partes intervenientes declaram pode ser celebrado para liquidação pronta ou futura, prévia ou posterior-
ter pleno conhecimento das normas cambiais vigentes, notadamente da Lei mente ao embarque da mercadoria ou da prestação do serviço, observado
n° 4.131, de 3.9.1962. o prazo máximo de 750 dias entre a contratação e a liquidação, bem como
o seguinte:
Quanto aos tipos de contratos de câmbio, o contrato de câmbio na exporta-
ção enquadra-se no TIPO 1. a) no caso de contratação prévia, o prazo máximo entre a contratação de

96 câmbio e o embarque da mercadoria ou da prestação do serviço é de 360


97
dias;
11.2. Contratação b) o prazo máximo para liquidação do contrato de câmbio é o último dia
Importação e Exportação

Importação e Exportação
de câmbio na exportação útil do 12º mês subsequente ao do embarque da mercadoria ou da pres-
tação do serviço.
O fechamento do câmbio com um banco autorizado e escolhido pelo expor-
tador é formalizado com o preenchimento do formulário BACEN – TIPO 01
(Exportação).
O prazo para o embarque de mercadorias ou para a prestação de serviços,
O formulário deve ser preenchido e registrado no Sistema de Informações com entrega de documentos pactuada em contrato de câmbio de exporta-
do Banco Central do Brasil (Sisbacen), que monitora as operações cambiais. ção celebrado até 18.12.2009, pode ser prorrogado até 30.12.2010, mediante
consenso entre o banco comprador da moeda estrangeira e o exportador,
O fechamento do câmbio implica os seguintes compromissos por parte do permanecendo o último dia útil do 12º mês subsequente ao do embarque da
exportador: mercadoria ou da prestação do serviço como o prazo máximo para a liqui-
dação do referido contrato de câmbio.
a) negociar as divisas obtidas com a instituição financeira escolhida, a
uma determinada taxa de câmbio; As operações de câmbio referentes à exportação sujeitas a Registro de Cré-
dito (RC) devem ser celebradas em conformidade com o disposto na seção
b) entregar, em data fixada, os documentos comprobatórios da exporta-
10 – Exportações Financiadas do RMCCI.
ção e outros comprovantes, estes se solicitados pelo importador;

c) efetuar a liquidação do câmbio em determinada data, que é marcada Os contratos de câmbio de exportação em consignação devem ser classifi-
pela entrada efetiva da moeda estrangeira. cados sob o código de natureza de operação “10124 – EXPORTAÇÃO – Ex-
portação em Consignação”, sendo vedada alteração de natureza do referido
código. É facultado o desconto de cambiais de exportação no exterior.
Nas exportações ao amparo do Convênio de Pagamentos e de Créditos Re-
cíprocos (CCR), e desde que os respectivos títulos de crédito estejam cor-
11.3 Liquidação de Câmbio
retamente formalizados para reembolso automático por meio do referido A última obrigação do exportador relacionada à operação de câmbio é a
Convênio, a negociação no exterior deve ser efetuada com regresso sobre a entrega da moeda estrangeira ao banco, que, por sua vez, efetuará o paga-
instituição financeira residente ou domiciliada no Brasil, de modo a permi- mento do valor equivalente em moeda nacional à taxa de câmbio acertada
tir os respectivos reembolsos, observadas as seguintes condições: na data da contratação do câmbio. Esse procedimento é conhecido como Li-
quidação do Câmbio. A liquidação de contrato de câmbio ocorre quando da
a) celebração, pelo valor total da exportação, de contrato de câmbio tipo 1; entrega de ambas as moedas, nacional e estrangeira, objeto da contratação
ou de títulos que as representem.
b) celebração de contrato de câmbio tipo 4, sob natureza “35532 – REN-
DAS DE CAPITAIS – Juros de Financiamento à Exportação de Bens e Ser- A liquidação pronta é obrigatória nos seguintes casos:
viços – outros – descon tos de cambiais”, referente ao valor do desconto,
indicando-se em “Registro de contratos de câmbio vinculados” o número a) operações de câmbio simplificado de exportação ou de importação;
do respectivo contrato de câmbio de exportação a que se refere a alínea
b) compras ou vendas de moeda estrangeira em espécie ou em cheques
anterior;
de viagem;
c) os contratos indicados nas alíneas anteriores devem ser liquidados
c) compra ou venda de ouro – instrumento cambial.
na mesma data, até 5 (cinco) dias úteis após a efetivação do desconto,
podendo a movimentação da moeda estrangeira ser efetuada pelo valor As operações de câmbio contratadas para liquidação pronta devem ser
líquido. liquidadas:
98 99
a) no mesmo dia, quando se tratar:

As instituições financeiras e as demais instituições autorizadas a funcionar I – de compras e de vendas de moeda estrangeira em espécie ou em che-
Importação e Exportação

Importação e Exportação
pelo Banco Central do Brasil (autorizadas a operar no mercado de câmbio) ques de viagem; ou
que firmarem contratos de câmbio de exportação devem, até o dia 15 do II – de operações ao amparo da sistemática de câmbio simplificado de
mês subsequente ao das correspondentes liquidações, fornecer, por meio de exportação.
mecanismo eletrônico regulado pelo Banco Central do Brasil, para acesso
b) em até dois dias úteis da data da contratação, nos demais casos, exclu-
exclusivo da Secretaria da Receita Federal do Brasil, os seguintes dados:
ídos os dias não úteis nas praças das moedas envolvidas (dias não úteis
na praça de uma moeda e/ou na praça da outra moeda).
a) nome empresarial e número de inscrição no Cadastro Nacional da Pes-
soa Jurídica (CNPJ) do vendedor da moeda estrangeira, se pessoa jurídi-
ca, ou nome e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), A contratação de câmbio de exportação e de importação deve observar os
se pessoa física; prazos estabelecidos nos capítulos 11 e 12 do Título 1 (Mercado de Câmbio)
do RMCCI.
b) montante das liquidações, consolidado mensalmente por tipo de moe-
da estrangeira e por natureza da operação; As operações de câmbio abaixo indicadas podem ser contratadas para liqui-
c) montante do contravalor em reais das liquidações referidas na alínea dação futura, devendo a liquidação ocorrer em até:
“b” anterior, consolidado mensalmente; e
a) 1.500 dias, no caso de operações interbancárias e de arbitragem, bem
d) nome e número de inscrição no CNPJ da instituição autorizada a ope-
como nas operações de natureza financeira em que o cliente seja a Secre-
rar no mercado de câmbio, compradora da moeda estrangeira.
taria do Tesouro Nacional;

b) 360 dias, no caso de operações de câmbio de importação e de natureza


financeira, com ou sem registro no Banco Central do Brasil;
11.5 Cancelamento ou Baixa
c) 3 dias úteis, no caso de operações de câmbio relativas a aplicações de
Segundo o RMCCI, o cancelamento de contrato de câmbio ocorre mediante
títulos de renda variável que estejam sujeitas a registro no Banco Central
consenso das partes e é formalizado por meio de novo contrato, no qual as
do Brasil. (NR)
partes declaram o desfazimento da relação jurídica anterior, com a obser-
vância aos princípios de ordem legal e regulamentar aplicáveis.

É admitida liquidação em data anterior à data originalmente pactuada no Nos casos em que não houver consenso para o cancelamento, podem os
contrato de câmbio para as operações de natureza financeira de compra e bancos autorizados a operar em câmbio proceder à baixa do contrato de
para as operações de natureza financeira de venda referentes a obrigações câmbio de sua posição cambial, observadas as exigências e os procedimen-
previstas na Resolução n° 3.844, de 23.3.2010. tos regulamentares aplicáveis a cada tipo de operação.

A baixa na posição de câmbio representa operação contábil bancária e não


11.4 Alterações implica rescisão unilateral do contrato nem alteração da relação contratual

no Contrato de Câmbio existente entre as partes.

O contrato de câmbio pode ser modificado, desde que as alterações sejam O contravalor em moeda nacional das baixas de contratos de câmbio é calcu-
acordadas por ambas as partes, mediante, em alguns casos, concordância lado com base na mesma taxa de câmbio aplicada ao contrato que se baixa.
por parte do Banco Central. No entanto, existem informações nos contratos
São livremente canceladas por acordo entre as partes ou baixadas da posição
100 de câmbio que não podem ser alteradas, como o comprador, o vendedor, o
cambial das instituições as operações de câmbio, à exceção das operações de
101
valor em moeda estrangeira, o valor em moeda nacional, o código da moeda
câmbio de exportação, as quais estão sujeitas aos procedimentos constantes
estrangeira e a taxa de câmbio.
Importação e Exportação

Importação e Exportação
no capítulo 11 do Título 1 (Contratos de Câmbio) do RMCCI.
Entre as alterações admitidas nos contratos de câmbio, devem ser necessa-
Informações detalhadas encontram-se no Regulamento do Mercado de
riamente registradas no Sisbacen e formalizadas nos termos do capítulo 3
Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI), disponível no sítio do Banco
da seção 2 do RMCCI aquelas relativas aos seguintes elementos:
Central do Brasil, na página eletrônica www.bcb.gov.br/rex/rmcci/port/

a) prazo para liquidação do contrato de câmbio; rmcci.asp.

b) cláusulas e declarações obrigatórias;

c) forma de entrega da moeda estrangeira; 11.6 Procedimentos


d) natureza da operação; Tributarios na Exportação
e) pagador/recebedor no exterior. Em geral, os governos evitam onerar com encargos tributários os produtos
exportados, para manter sua competitividade nos mercados externos. Por
Para as demais cláusulas pactuadas nos contratos de câmbio, passíveis de essa razão, costuma-se isentar os produtos exportados dos impostos indi-
alteração, admite-se o acolhimento, pelos bancos, de comunicação formal retos, incluindo os incidentes nos insumos (matérias-primas, embalagem,
dos clientes confirmando as modificações ajustadas, a qual deve constituir partes e peças) que são incorporados aos produtos finais. Segundo as nor-
parte integrante do respectivo contrato de câmbio. mas da Organização Mundial de Comércio (OMC), esse procedimento não
caracteriza subsídio à exportação.
11.6.1.Isenção do Imposto sobre Produtos Industria-
lizados (IPI) e não incidência do Imposto sobre Circu-
11.10 Programa de
lação de Mercadorias e Serviços (ICMS) Integração Social (PIS)
O Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) é um tributo federal inci- As exportações de produtos manufaturados, semielaborados e primários
dente sobre o valor adicionado. Ao adquirir os insumos, o fabricante anota estão isentas de pagamento do Programa de Integração Social (PIS), cuja
como crédito, no seu registro fiscal, o valor do IPI indicado nas notas fiscais. alíquota de 1,65% incide, nas operações internas, sobre a receita operacional
Ao efetuar a venda do produto elaborado, deve contabilizar o valor do IPI bruta. Essa isenção aplica-se às vendas do fabricante às trading companies.
como débito, no registro fiscal. Assim, o montante de IPI que o fabricante Não se aplica, porém, às vendas para comerciais exportadoras, cooperati-
deverá recolher é dado pelo saldo no registro fiscal. vas, consórcios ou entidades semelhantes.

O ICMS é um tributo estadual com alíquota uniforme, salvo algumas exce-


ções, e também incidente sobre o valor adicionado. O procedimento fiscal é
equivalente ao do IPI. 4. Regime de drawback

O mecanismo de drawback tem por objetivo propiciar ao exportador a pos-

11.7 Exportação direta sibilidade de adquirir, a preços internacionais e desonerados de impostos,


os insumos (matérias-primas, partes, peças e componentes) incorporados
Nesta modalidade, o produto exportado é isento do IPI e não ocorre a in-
ou utilizados na fabricação do produto exportável. Assim, o regime de dra-
cidência do ICMS. É permitida também a manutenção dos créditos fiscais
wback permite a importação de insumos sem o pagamento do Imposto de
102 incidentes sobre os insumos utilizados no processo produtivo. No caso 103
Importação, do IPI e do ICMS.
do ICMS, é recomendável consultar as autoridades fazendárias estaduais,
quando houver créditos a receber ou insumos adquiridos em outros Esta- Em geral, podem ser importados sob o regime de drawback:
Importação e Exportação

Importação e Exportação
dos.
a) matérias-primas, produtos semielaborados ou acabados utilizados na
fabricação do produto de exportação;
11.8 Exportação indireta b) partes, peças e dispositivos que são incorporados ao produto de ex-
A exportação indireta, ou seja, quando realizada por meio de trading com- portação; e
pany – empresa comercial exportadora e consórcios de exportação – é equi-
c) materiais destinados à embalagem de produtos destinados ao mercado
valente à exportação direta, para efeito de isenção do IPI e do ICMS.
externo.

11.9 Contribuição para o As principais modalidades de drawback são:


Financiamento da Seguridade
a) Drawback suspensão
Social (COFINS) Esta modalidade é a mais utilizada. Contempla a suspensão dos tributos
As exportações de produtos manufaturados, semielaborados, primários e incidentes na importação de insumos a serem utilizados na fabricação do
de serviços estão isentas do pagamento da Contribuição para o Financia- produto a ser exportado. O prazo para efetuar a exportação é de um ano,
mento da Seguridade Social (COFINS), cuja alíquota de 7,6% incide interna- prorrogável por mais um ano. O prazo de validade, no caso de prorro-
mente sobre o faturamento das empresas. Essa isenção aplica-se também às gação, será contado a partir da data de registro da primeira Declaração
exportações indiretas. de Importação vinculada ao ato concessório de drawback. No caso de
importação de insumo destinado à fabricação de bens de capital de longo O prazo previsto é de um ano, prorrogável por mais um ano. Nesta modali-
ciclo de produção, o prazo de validade do ato concessório de drawback dade, não ocorre a isenção do ICMS.
poderá ser prorrogado até cinco anos. A concessão é feita pela Secretaria
de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Co- A legislação pertinente ao regime de drawback está relacionada no Novo

mércio Exterior (SECEX/MDIC). Regulamento Aduaneiro (Decreto nº 6.759, de 5 de fevereiro de 2009, que
regulamenta a administração das atividades aduaneiras e a fiscalização, o
b) Drawback isenção
controle e a tributação das operações de comércio exterior), bem como na
Após concluir a operação de exportação, o fabricante importa os insu- Portaria SECEX nº 23, de 14 de julho de 2011 (conforme atualizações até
mos, sem encargos tributários, para recompor seus estoques. A empresa 07/10/2013), capítulo II (Consolidação das Normas de Comércio Exterior).
tem o prazo de um ano, prorrogável por mais um ano, para solicitar este
benefício. Também neste caso a concessão é feita pela Secretaria de Co- Transcrevem-se, a seguir, as condições que permitem o uso do regime dra-

mércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio wback, segundo o Decreto nº 6.759/2009:

Exterior (SECEX/MDIC).
Art. 383. O regime de drawback é considerado incentivo à exportação, e
c) Drawback restituição pode ser aplicado nas seguintes modalidades (Decreto-Lei no 37, de 1966,

O exportador solicita a restituição dos encargos tributários pagos com art. 78, caput; e Lei no 8.402, de 1992, art. 1o, inciso I):

relação aos insumos utilizados na fabricação de produto cuja exportação


I – suspensão do pagamento dos tributos exigíveis na importação de mer-
já foi efetivada.
cadoria a ser exportada após beneficiamento ou destinada à fabricação,
A devolução é feita sob a forma de crédito fiscal, concedido pela Receita complementação ou acondicionamento de outra a ser exportada;
104 105
Federal do Brasil (RFB). A restituição é válida apenas para o Imposto de
II – isenção dos tributos exigíveis na importação de mercadoria, em quan-
Importação e para o IPI.
tidade e qualidade equivalentes à utilizada no beneficiamento, fabrica-
Importação e Exportação

Importação e Exportação
d) Drawback interno ou “verde-amarelo” ção, complementação ou acondicionamento de produto exportado; e

III – restituição, total ou parcial, dos tributos pagos na importação de

As empresas exportadoras poderão adquirir os insumos no mercado inter- mercadoria exportada após beneficiamento, ou utilizada na fabricação,

no, com suspensão do IPI. Para obter esse benefício, as empresas deverão complementação ou acondicionamento de outra exportada.

elaborar um Plano de Exportação, que constará de requerimento a ser diri-


gido à Delegacia da Receita Federal com jurisdição em sua área. Este deve
Art. 384. O regime de drawback poderá ser concedido a:
conter as seguintes informações:

I – mercadoria importada para beneficiamento no País e posterior expor-


a) identificação completa do exportador e do fornecedor dos insumos;
tação;
b) relação dos produtos a serem exportados e dos insumos a serem uti-
II – matéria-prima, produto semi-elaborado ou acabado, utilizados na fa-
lizados, em ambos os casos com a indicação dos respectivos valores e
bricação de mercadoria exportada, ou a exportar;
quantidades e com os respectivos códigos da Tabela de Incidência do IPI
(TIPI), classificação do IPI; III – peça, parte, aparelho e máquina complementar de aparelho, de má-
quina, de veículo ou de equipamento exportado ou a exportar;
c) prazo previsto para a exportação; e
IV – mercadoria destinada a embalagem, acondicionamento ou apresen-
d) declaração em que o exportador assume o compromisso de recolher o
tação de produto exportado ou a exportar, desde que propicie comprova-
IPI, em caso de não cumprimento da meta de exportação.
damente uma agregação de valor ao produto final; ou
V – animais destinados ao abate e posterior exportação.

§ 1o O regime poderá ainda ser concedido:

I – para matéria-prima e outros produtos que, embora não integrando o


produto exportado, sejam utilizados na sua fabricação em condições que
justifiquem a concessão; ou

II – para matéria-prima e outros produtos utilizados no cultivo de pro-


dutos agrícolas ou na criação ou captura de animais a serem exportados,
definidos pela Câmara de Comércio Exterior. (Redação dada pelo Decre-
to nº 7.213, de 15 de junho de 2010).

Informações adicionais nos seguintes sítios:

www.receita.fazenda.gov.br;

www.desenvolvimento.gov.br.

106 107
Importação e Exportação

Importação e Exportação
Folha de exercício 01 Folha de exercício 02
Você atua em uma Trading Company e precisa conhecer os procedimen-
Pesquise no site do Sistema ALICEWEB2: tos para exportar para Cingapura, dois produtos de seu portfólio: goma de
e faça cada exercício mascar e fogos de artifício. Como você procederia?
1. Exportações brasileiras para a Alemanha, saindo do aeroporto de Gua-
No Canadá qual é a forma mais comum de promoção utilizada pelos expor-
rulhos, nos anos 2009 a 2012.
tadores especialmente para produtos que já exportamos como alimentos,
2. Exportações brasileiras para a Suécia, saindo do porto de Paranaguá, eletrodomésticos e artigos de vestuário?
nos anos 2007 a 2012.
Caso haja uma disputa entre um importador canadense e um exportador
3. Exportações brasileiras da NCM 3101.00.00 (produzida/extraída em
brasileiro, relacionada à qualidade da mercadoria e aos termos de pagamen-
São Paulo), para a comunidade andina, nos anos 2010 a 2012.
to, qual é o procedimento mais frequente do importador canadense?
4. Exportações brasileiras da ncm 88 (produzida em São Paulo), para o
nafta, nos períodos janeiro-junho de 2010, 2011, 2012. Sua empresa está interessada em participar de uma feira nos Estados Uni-
dos e deverá providenciar a admissão temporária dos produtos. Qual o
5. Importações brasileiras de todos os países, no ano 2012 (ordenando por
tempo máximo de permanência? Há isenção de tributos de importação?
ordem decrescente de valor).

6. Importações brasileiras por capítulos do sistema harmonizado no ano Quais os três principais produtos peruanos exportados para o Brasil?
2012 (ordenando por ordem decrescente de valor).
108 Faça uma análise do mercado da Suíça (triênio 2009-2011) especialmente 109
7. Importações brasileiras por portos no ano 2012 (ordenando por ordem
quanto ao posicionamento da economia no mundo, o percentual das ex-
decrescente de valor).
portações do Brasil no total importado pela Suíça, os principais parceiros
Importação e Exportação

Importação e Exportação
8. Importações brasileiras por unidades da federação no ano 2012 (orde- comerciais nas importações suíças.
nando por ordem decrescente de valor).
Faça uma análise do mercado da Noruega (triênio 2008-2010) especialmente
9. Na questão a seguir há a utilização de dois “detalhamentos do filtro”.
quanto ao posicionamento da economia no mundo, o percentual das expor-
10. Importações brasileiras oriundas dos estados unidos, detalhadas tações do Brasil no total importado pela Noruega, os principais parceiros
por mercadorias e UF importadoras, em 2013 (janeiro a setembro). Orde- comerciais nas importações norueguesas.
nado por ordem decrescente de valor.
Faça uma análise do mercado da Rússia (triênio 2009-2011) especialmente
11. Monte uma planilha com a Balança Comercial do Brasil (Total Ge-
quanto aos setores prioritários com potencial importador a ser explorado, e
ral) de 2005 até 2013. Faça em gráfico para demonstrar a evolução ano a
principais produtos prioritários agropecuários brasileiros dinâmicos e com
ano e percentual.
performance crescente no mercado russo.
12. Monte a Balança Comercial de cada Estado Brasileiro de 2010 até
2013 e faça um gráfico com todos. Faça em gráfico para demonstrar a Faça uma análise do mercado da Índia (triênio 2008-2010) especialmente
evolução ano a ano e percentual. quanto ao posicionamento da economia no mundo, os principais produtos
exportados pelo Brasil para a Índia em 2010, os principais parceiros comer-
ciais da Índia em 2010, através da corrente de comércio.
Folha de exercício 03 4.PARTES SUPERIORES DE CALÇADOS/SEUS COMP., VALOR ADU-
ANEIRO US$ 110.000,00.
http://www.receita.fazenda.gov.br/Aplicacoes/ATRJO/SimuladorImpor-
Pesquise no Sistema Alice a origem (países) dos calçados, neste ano de
tacao/default.htm
2013 e estabeleça uma relação com o antidumping.

Simulador do Tratamento Tributário e Administrativo das Importações

Conceitos a serem trabalhados:

CODIGO NCM

VALORACAO ADUANEIRA

SALVAGUARDAS

ANTI DUMPING

MEDIDAS COMPENSATORIAS

TRATAMENTO ADMINISTRATIVO DAS IMPORTAÇÕES

110 111

Com o uso do simulador, calcule o preço após importação de:


Importação e Exportação

Importação e Exportação
1.FEIJÃO COMUM PARA SEMEADURA, SEC., GRÃO, VALOR ADUA-
NEIRO US$ 150.000,00.

Comente os resultados obtidos.

2.ÓLEOS BRUTOS DE PETRÓLEO, VALOR ADUANEIRO US$


580.000,00.

Pesquise no Sistema Alice a origem (países) dos óleos brutos de petróleo,


neste ano de 2013.

3. CHOCOLATE RECHEADO TABLETE, BARRAS E PAUS, VALOR


ADUANEIRO US$ 110.000,00.

Pesquise no Sistema Alice a origem (países) dos chocolates, neste ano de


2013.
Minicurriculo
Jorge Monteiro Junior
CV: http://lattes.cnpq.br/0036753397101373

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Faculdade de Ciências Eco-


nômicas e Comerciais - Universidade Católica de Santos (1967), mestrado
em Gestão de Negócios pela Universidade Católica de Santos - UNISAN-
TOS (2006) e é Doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Pau-
lista UNIP. Exerceu as funções de Diretor de Faculdades, coordenador de
cursos e de pesquisas. Na carreira acadêmica, iniciada em 01/06/1968, ocu-
pou inúmeras funções em colegiados, gestão e coordenação. Lecionou disci-
plinas na área de administração, comércio exterior, economia, e engenharia
de produção e atua como docente e pesquisador. Fez carreira na Secretaria
de Educação de São Paulo exercendo os cargos de Diretor de Escola, Su-
pervisor de Ensino, Diretor Regional e Coordenador do Ensino do Interior,
atuando no Ensino Profissional com as Escolas Técnicas Industriais e Agrí-
colas. Atua principalmente nos seguintes temas: Logística Internacional,
112 Administração da produção, Gestão portuária, Comércio Exterior, Regimes
aduaneiros, Educação Profissional, Enfoque Ciência, Tecnologia, Sociedade
no Ensino Profissional e de Engenharia e Indicadores econômicos e sociais.
Importação e Exportação

Julio Cesar Raymundo

Possui graduação em Administração de Empresas UNISANTA - e cursos de


pós graduação em Logística – ITA – Gestão Empresarial USP – Educação à
distância PUC-SP e UNIP mestrado em Engenharia de Produção. É profes-
sor do Centro Paula Souza possui 15 anos de experiência no segmento aéreo
e comércio exterior. Atualmente é o responsável pela criação e coordenação
curso de Gestão Portuária na Fatec Santos.
Esta publicação foi impressa em papel offset 90g/m2 (miolo) e
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Fontes utilizadas: Colaborate título 25pt, subtítulo 14pt, Pala-


tino texto 10pt, Helvetica neue (quarta capa) 8pt.
Jorge Monteiro Junior
Possui graduação em Ciências Econômicas pela Faculdade
de Ciências Econômicas e Comerciais - Universidade Católica
de Santos (1967), mestrado em Gestão de Negócios pela
Universidade Católica de Santos - UNISANTOS (2006) e é Doutor
em Engenharia de Produção pela Universidade Paulista UNIP.
Exerceu as funções de Diretor de Faculdades, coordenador
de cursos e de pesquisas. Na carreira acadêmica, iniciada em
01/06/1968, ocupou inúmeras funções em colegiados, gestão
e coordenação. Lecionou disciplinas na área de administração,
comércio exterior, economia, e engenharia de produção e
atua como docente e pesquisador. Fez carreira na Secretaria
de Educação de São Paulo exercendo os cargos de Diretor de
Escola, Supervisor de Ensino, Diretor Regional e Coordenador
do Ensino do Interior, atuando no Ensino Profissional com as
Escolas Técnicas Industriais e Agrícolas. Atua principalmente
nos seguintes temas: Logística Internacional, Administração
da produção, Gestão portuária, Comércio Exterior, Regimes
aduaneiros, Educação Profissional, Enfoque Ciência,
Tecnologia, Sociedade no Ensino Profissional e de Engenharia
e Indicadores econômicos e sociais.

Julio Cesar Raymundo


Possui graduação em Administração de Empresas UNISANTA
- e cursos de pós graduação em Logística – ITA – Gestão
Empresarial USP – Educação à distância PUC-SP e UNIP
mestrado em Engenharia de Produção. É professor do Centro
Paula Souza possui 15 anos de experiência no segmento aéreo
e comércio exterior. Atualmente é o responsável pela criação e
coordenação curso de Gestão Portuária na Fatec Santos.

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