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Entre 1965 - ano em que foi ao ar a primeira temporada de Perdidos no Espaço - e 2018, ano

do remake/reboot, aconteceram muitas coisas no universo (da ficção científica). Aliens, Star
Wars, Star Trek e muitos outros eventos. E isso não passou batido para os roteiristas Matt
Sazama e Burk Sahrpless e o produtor Zack Estrin. A refilmagem da série bebe nessas fontes e
presta homenagem ou toma inspiração em vários momentos. Como por exemplo no nono
episódio quando Penny está na caverna com os demais catando o combustível fóssil e a
criatura que lá habita aproxima a boca do rosto dela tal qual Ripley e o monstro alien. Ou o
cenário da estação Resolut que lembra os cenário de Star Wars, além de Don West não fugir a
uma comparação com Hans Solo.

A série dá um upgrade na versão original, afastando aquilo que foi mais criticado,
principalmente a partir da segunda temporada – ela teve três temporadas, terminou em 1968 -
que foi o tom de comédia. Não que ficasse sisuda, ao contrário, tem humor, mas bem mais sutil
e bem dosado. Aliás a série tem de tudo: aventura, conflitos familiares, dilemas éticos,
mistérios. Os filmes e séries americanos tem, a meu ver, uma espécie de padrão. São sempre
os mesmos elementos dentro de uma certa estrutura. Mocinhos, vilões, conflitos, vitória do
bem, sofrimento do herói, lágrimas que são compensadas no final. Diferente do europeu que é
mais criativo, livre, inovador. Vide Les Revenants, série francesa maravilhosa, ou o cinema de
Béla Tarr e/ou Michael Haneke. O fator de sucesso então se torna a a habilidade do roteirista
em manipular esses elementos. Em Perdidos no Espaço não tem nada que já não tenha sido
visto em muitas outras produções. Tá tudo lá. Não há nada que não seja previsível, a reviravolta
do robô entre obedecer a Will Robinson ou a Dra Smith, John Robinson e Don sobreviver a
explosão da Jupiter 2, o romance entre Penny e

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