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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,

CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA


CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
MODALIDADE – SUPERIOR

EMERSON DOS REIS SILVA

EXPERIMENTO VISCOSIDADE DOS FLUIDOS

Simões Filho
2018
EMERSON DOS REIS SILVA

EXPERIMENTO VISCOSIDADE DOS FLUIDOS

Experimento apresentado à disciplina Mecânica dos Fluidos


como requisito para a aprovação no curso de Engenharia
Mecânica, do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia da Bahia.

Professora: Elba Leal

Simões Filho
2018
OBJETIVOS

Medimos neste experimento a temperatura e viscosidade e os parâmetros


dos fluidos mostrados no laboratório: Viscosidade aparente, viscosidade plástica e
limites de escoamento. Cada medição foi feita com determinada rotação no
viscosímetro. Anotamos os valores de ângulos obtidos para cada fluido na
temperatura ambiente e outro valor de temperatura acima.

INTRODUÇÃO

Todo fluido tem uma resistência quando tenta se movimentar em algum


recipiente ou tubulação. Essa resistência é chamada de viscosidade e depende
principalmente das propriedades dos fluidos, ou seja, quanto mais viscoso o fluido
maior será a sua viscosidade e maior será a resistência ao movimento. Além das
propriedades esse valor de viscosidade pode mudar quando as moléculas se
encontra mais livres ao movimento, que ocorre muitas vezes quando aumentamos
a temperatura do fluido em questão.

No viscosímetro medimos os ângulos de cada fluido apresentado pela


professora em diferentes temperaturas, afim de se obter dados para criamos uma
tabela e a partir desta gerarmos gráficos com o objetivo de distinguir o
comportamento reológico de cada item.

EQUIPAMENTOS e MATERIAIS UTILIZADOS

Viscosímetro

Termômetro

Fluidos desconhecidos
MÉTODO EXPERIMENTAL

 Enchemos o copo do medidor até a sua marca com o fluido.


 Medimos a temperatura do fluido A em temperatura ambiente até estabilizar
e anotamos.
 Ligamos o equipamento com velocidade inicial de 3 Rpm. Esperamos
estabilizar a leitura e anotamos o valor e começamos a montar a tabela.
 Ligamos o equipamento com velocidade de 6 Rpm. Esperamos estabilizar a
leitura e anotamos
 Ligamos o equipamento com velocidade de 100 Rpm. Esperamos estabilizar
a leitura e anotamos
 Ligamos o equipamento com velocidade inicial de 300 Rpm. Esperamos
estabilizar a leitura e anotamos
 Ligamos o equipamento com velocidade inicial de 3 Rpm. Esperamos
estabilizar a leitura e anotamos
 Repetimos o mesmo procedimento com os fluidos B, C, D e água tanto na
temperatura ambiente como em 61°C,70°C,62°C respectivamente.

RESULTADOS E DISCURSÃO

Criamos duas tabelas: uma afim de obtermos valores de tensão de


cisalhamento (𝜏) e outra com o cálculo para taxa de deformação (𝛾). Usamos para
criar o gráfico e exemplificar o comportamento de cada fluido estudado no
experimento e outra com os cálculos de viscosidade aparente (Cp) a taxa de
deformação (600 Rpm), viscosidade plástica, limite de escoamento, índice de fluxo
e índice de inconsistência.
Experimento Viscosímetro
Substância Velocidade Ângulo Tensão de Cisalhamento Taxa de Deformação
3 4 0,0354 4,978
6 5 0,0442 9,957
100 2 0,0177 165,950
Fluido A Temperatura Ambiente
200 3 0,0265 331,899
300 3 0,0265 497,849
600 6 0,0530 995,697

3 3 0,0265 4,978
6 5 0,0442 9,957
100 2 0,0177 165,950
Fluido A Temperatura 50°C
200 2 0,0177 331,899
300 3 0,0265 497,849
600 5 0,0442 995,697

3 2 0,0177 4,978
6 1 0,0088 9,957
100 13 0,1149 165,950
Fluido B Temperatura Ambiente
200 20 0,1768 331,899
300 26 0,2298 497,849
600 41 0,3624 995,697

3 4 0,0354 4,978
6 3 0,0265 9,957
100 13 0,1149 165,950
Fluido B Temperatura 61°C
200 19 0,1680 331,899
300 24 0,2122 497,849
600 35 0,3094 995,697

3 4 0,03536 4,978
6 4 0,03536 9,957
100 9 0,07956 165,950
Fluido C Temperatura Ambiente
200 11 0,09724 331,899
300 12 0,10608 497,849
600 16 0,14144 995,697

3 4 0,03536 4,978
6 5 0,0442 9,957
100 8 0,07072 165,950
Fluido C temperatura 70°C
200 10 0,0884 331,899
300 11 0,09724 497,849
600 14 0,12376 995,697

3 2 0,01768 4,978
6 3 0,02652 9,957
100 43 0,38012 165,950
Fluido D Temperatura Ambiente
200 86 0,76024 331,899
300 128 1,13152 497,849
600 247 2,18348 995,697

3 2 0,01768 4,978
6 3 0,02652 9,957
100 27 0,23868 165,950
Fluido D Temperatura 62°C
200 49 0,43316 331,899
300 64 0,56576 497,849
600 114 1,00776 995,697

3 2 0,01768 4,978
6 2 0,01768 9,957
100 2 0,01768 165,950
Agua Temperatura Ambiente
200 2 0,01768 331,899
300 2 0,01768 497,849
600 2 0,01768 995,697

Tabela -1 Resultados obtidos por analise de fluidos no viscosímetro


Fluido A Temperatura Ambiente
50°C
Tensão de Cisalhamento
0.0600
0.0500
0.0400
0.0300
0.0200
0.0100
0.0000
0.000 200.000 400.000 600.000 800.000 1000.000 1200.000
Taxa de Deformação

Gráfico 1 - Resultados obtidos pela tabela 1 do fluido A Fonte: Própria

Fluido B Temperatura Ambiente


61°C
0.4000
0.3500
Tensão de Cisalhamento

0.3000
0.2500
0.2000
0.1500
0.1000
0.0500
0.0000
0.000 200.000 400.000 600.000 800.000 1000.000 1200.000
Taxa de Deformação

Gráfico 2 - Resultados obtidos pela tabela 1 do fluido B

Fluido C Temperatura Ambiente


70°C
0.16
0.14
Taxa de Cisalhamento

0.12
0.1
0.08
0.06
0.04
0.02
0
0.000 200.000 400.000 600.000 800.000 1000.000 1200.000
Taxa de Deformação

Gráfico 3 - Resultados obtidos pela tabela 1 do fluido C


Fluido D Temperatura Ambiente
62°C
Tensão de Cisalhamento
2.5
2
1.5
1
0.5
0
0.000 200.000 400.000 600.000 800.000 1000.000 1200.000
Taxa de Deformação

Gráfico 4 - Resultados obtidos pela tabela 1 do fluido D

Água em temperatura Ambiente


0.02
Taxa de Cisalhamento

0.015

0.01

0.005

0
0.000 200.000 400.000 600.000 800.000 1000.000 1200.000
Taxa de Deformação

Gráfico 4 - Resultados obtidos pela tabela 1 do fluido D

Fluido A
0.5

0.4

0.3
1/RT

0.2 37°C

0.1 50°C

0
-6.000 -5.000 -4.000 -3.000 -2.000 -1.000 0.000
Ln K

Gráfico 5 – Influência da temperatura na inclinação da reta (energia de ativação) do fluido A


Fluido B
0.5

0.4

0.3
1/RT

0.2 30°C

0.1 61°C

0
-0.900 -0.800 -0.700 -0.600 -0.500 -0.400 -0.300 -0.200 -0.100 0.000
Ln K

Gráfico 6 – Influência da temperatura na inclinação da reta (energia de ativação) do fluido B

Fluido C
0.5
0.4
1/RT

0.3
0.2 28°C
0.1 70°C
0
-0.100 -0.050 0.000 0.050 0.100 0.150 0.200 0.250 0.300 0.350
Ln K

Gráfico 7 – Influência da temperatura na inclinação da reta (energia de ativação) do fluido C

Fluido D
0.5
0.4
1/RT

0.3
0.2 29°C
0.1 62°C
0
-1.200 -1.000 -0.800 -0.600 -0.400 -0.200 0.000
Ln k

Gráfico 8 – Influência da temperatura na inclinação da reta (energia de ativação) do fluido C


Água em temperatura ambiente
0.45
0.4
0.35
0.3
1/RT

0.25
0.2
0.15
0.1
0.05
0
0.000 0.100 0.200 0.300 0.400 0.500 0.600 0.700 0.800
Ln K

Gráfico 9 – Influência da temperatura na inclinação da reta (energia de ativação) do fluido C

Tipo de Fluido Viscosidade Aparente Viscosidade Plástica Limite de Escoamento Índice de Fluxo Índice de Consistência
Fluido A 37°C 3 3 0 1 0,00626
Fluido A 50°C 2,5 2 1 0,737 0,0322
Fluido B 30°C 20,5 15 11 0,657 0,461
Fluido B 61°C 17,5 11 13 0,544 0,86
Fluido C 28°C 8 4 8 0,415 0,962
Fluido C 70°C 7 3 8 0,347 1,348
Fluido D 29°C 123,5 119 9 0,948 0,369
Fluido D 62°C 57 50 14 0,832 0,381
Água 1 0 2 0 2,13

Tabela 2 – Resultado dos cálculos de viscosidade aparente, plástica, limite de escoamento,


índice de fluxo e índice de consistência

CONCLUSÃO

Observamos que cada fluido, naturalmente, apresenta uma viscosidade


diferente na temperatura ambiente. Essas viscosidades mudam quando
aumentamos a temperatura. Com esses dados foi possível verificar qual fluido eram.
Fluidos:

 Fluido A = Plástico de Bingham


 Fluido B = Pseudoplástico
 Fluido C = Herschel Bulklev
 Fluido D = Fluido Newtoniano
 Água = Fluido Newtoniano

Foi feita análise de acordo com a inclinação dos gráficos (Lnk x 1/RT)
apresentados que determinam o grau de energia de ativação. Isso na verdade
acontece devido a mudança de viscosidade quando mudamos a temperatura.
Quando elevamos a temperatura os fluidos tornam-se menos viscosos, exceto pelo
fluido C que teve uma elevação da sua viscosidade quando foi aquecido.

APLICAÇÕES NA ATUALIDADE

Na área de petróleo e gás o estudo das propriedades reológicas dos fluidos


é de fundamental importância. Na escolha de um fluido de perfuração por exemplo,
o estudo da viscosidade é muito importante. Além disso é importante esse estudo
para saber como tal fluido irá se comportar nas mudanças de temperatura em
equipamentos industriais, os lubrificantes são o exemplo mais prático. Isso pode
influenciar até mesmo no projeto dos equipamentos aplicados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SCHRAMM, Gebhard. Reologia e Reometria: Fundamentos Teóricos e Práticos.


São Paulo: Artliber, 2006. 240 p.

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