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Notas Do Curso - EE
Notas Do Curso - EE
(UNINTER)
Resumo de 1
função do prazer e da dor XIX, caracterizado pela consolidação do modo de
Heteronomia (regra dos outros): fase de obediência produção capitalista industrial e do Estado secular e
em função de recompensas ou para evitar castigo burocrático
Socionomia (norma decorrente do convívio social): i.e. a tensão entre as éticas deontológicas e
fase em que os critérios morais vão se internalizando teleológicas em face da consequente objetificação do
em função do convívio social. Interiorização das homem e das diversas dimensões e símbolos
noções de responsabilidade, dever, respeito e justiça. culturais, materiais ou não
Busca aprovação ou não-censura. A importância do
outro (cf. noções de associação e dissociação da PNL) Leis
Autonomia (regra pela lei própria): consolidação da Conjunto de hábitos, costumes e comportamentos
internalização das normas morais, comportando-se considerados essenciais para a sobrevivência e bem-
conforme estas, que são legitimadas por acordos viver da comunidade tornados ou reconhecidos como
mútuos e que são, então, reconhecidas como próprias obrigatórios, conforme a anuência de seus membros, a
fim de garantir a justiça, direitos e a observância de
KANT 1724-1804 deveres
Relação entre a razão teórica e a razão moral em que a
autonomia vincula-se a si mesma A moral é sempre assumida pela consciência individual
Autonomia é a vontade própria, é governar-se a si (autônoma), enquanto a lei é sempre heterônoma
mesmo; é a escolha racional e emocional que não leva Cf. entre os aparatos legislativo e jurídico
em conta consequências externas, mas unicamente a
vontade legislativa interna, própria; é o pleno ética
reconhecimento do outro em si, com base em uma moral
validade universal (imperativo categórico) direito
The Universal Law of Reason: wilful self-transformation
Três fórmulas do imperativo categórico
Lei universal
Fim em si mesmo, não um meio O agir correto, conforme os valores codificados, material ou
Legislador universal formalmente, é regido por forças que levam diferentes
Oposição à Heteronomia nomes:
Razão prática e liberdade (autolegislação) Sacralidade, solidariedades mecânica e orgânica, Durkheim
Superego, Freud
Kant versus Piaget Respeito, Piaget
Kant & Piaget: a autonomia é o princípio que determina a Autonomia, Kant
obediência ou não às regras; é o reconhecimento delas que levam a valores sociais empregados em códigos de
como (também) suas que lhes dão legitimidade; é a diferentes naturezas, mas que indicam ou permitem
autolegislação reconhecer o certo e o errado, incorporados racional e/ou
Piaget: a construção da própria razão é essencial à emocionalmente, via educação ou formação social, e que
autonomia; é por meio da capacidade de abstração são orientadores de ações e decisões segundo a análise
reflexiva que nos tornamos capaz de questionar a racional, na forma de uma reflexão ética
fundamentação das normas antes de reconhecê-las
como também nossas Teste de Ética
1) é legal?
Ética religiosa 2) é imparcial, bom para todos?
Princípios normativos externos, enunciados a partir de 3) como me sinto eticamente a respeito?
critérios religiosos, fundamentados em imperativos
supremos divinos Aula Interativa
O ser humano como ser social se estabelece por meio da
Ética do dever moral e da ética
Kant
Procedimentos práticos reconhecidos e aceitos pela Educação ética
razão como portadores de uma aplicabilidade universal Ética pedagógica
(cf. as três fórmulas do imperativo categórico) Ética da comunidade de educadores
Ética finalista Agir ético
Os fins justificam os meios Construir ser ético
Utilitarismo de Jeremy Bentham e John Stuart Mill Vínculo ente ação e pensamento
“o máximo de satisfação ao maior número de pessoas”
Cálculo moral Prepotência do princípio político sobre o princípio social e
Não descarta a ética do dever ético
Supremacia do Estado e ameaça à autonomia e à
As éticas deontológicas (éticas do dever) podem ter liberdade
dificuldade de lidar com exceções e levar ao radicalismo e
fanatismo Existência ideológica
Relação inter-humana
As éticas teleológicas (finalistas e utilitaristas) podem
implicar em uma excessiva flexibilidade e relativização da Valores, Moral e Ética
legitimidade dos meios Valores: qualidades e características percebidas, eleitas
e compartilhadas por um grupo social que significam o
Max Weber que é importante, desejado, reverenciado e o que vale a
Aponta o dilema entre o imperativo moral kantiano e um pena
mundo crescentemente pós-metafísico do fim do século Moral: código de conduta que governa o comportamento
Resumo de 2
individual e coletivo, a partir de princípios e padrões
estabelecidos no tempo e no convívio social ÉTICA ARISTOTÉLICA
Ética: Ética do equilíbrio, do comedimento, da temperança, da
Aplicada versus Normativa parcimônia, da moderação, sem extremos
(externa ao indivíduo) Fim último do homem, da ação humana correta, virtuosa:
(e.g. ética profissional) “EUDAIMONIA”
Filosofia: o estudo ou reflexão sobre a moral Eudaimonia: felicidade ou plenitude alcançada pela
Reflexão sobre a conduta, sobre o que se deve, o que CONTEMPLAÇÃO DA VERDADE, guiada pela RAZÃO e
se pode e o que se quer pelo exercício das virtudes
Reflexão sobre o que é certo e errado, sobre a A ação virtuosa seria a expressão da liberdade e
justificativa e legitimidade da moral responsabilidade
Processo de reflexão Virtude: fazer a coisa certa, no tempo certo e da forma
O outro: certa; ser justo, corajoso e generoso; ser parcimonioso
Imperativo categórico A virtude se relaciona com o fim e os meios; é definida
Efeito sobre semelhantes por ambos, que devem ser igualmente virtuosos,
Extensão da ação equilibrados, oportunos e coerentes
“Virtue makes the goal right, practical wisdom the things
Doxa versus Episteme leading to it”
Doxa Episteme Dividiu as virtudes em:
Sabedoria comum Conhecimento Éticas: virtudes morais, desenvolvidas com o exercício
Opinião Ciência do hábito; e.g. justiça, temperança, honestidade,
Baseada no apelo à Baseada em princípios lealdade e fidelidade
autoridade Opinião verdadeira Dianoéticas: virtudes intelectuais, obtidas pelo
Verdade restrita Essência ensinamento; e.g. coragem, sapiência e prudência
Relativa Universal O homem virtuoso e ético é aquele capaz de refletir e
Práxis, matéria Ideias e formas decidir a conduta correta que contribua para o benefício
Sofistas Filósofos de si e de seus semelhantes, movido por uma
Sem comprovação SABEDORIA PRÁTICA na busca do bom convívio social,
Aparências do bem viver, fundamentado no equilíbrio, sem excessos
Juízo subjetivo ou deficiências
Preconceito,
superstição, suspeita PERÍODO HELÊNICO – ÉTICA ESTOICA
Virtude: viver conforme a natureza, Segundo a razão
(proppriedade natural do homem), sem distrações das
ÉTICA NA HISTÓRIA – UNIDADE II paixões, e segundo uma plano superior divino e
equânime que a tudo abrange (logos divino onipresente)
Resumo de 3
Autonomia: conhecimento + razão = progresso sua contraposição), sendo ambas eventualmente
Igualdade: natureza humana universal e comum a todos conciliadas em uma síntese (cf. Johann Fichte, a
os homens quem de fato se atribui essa tríade)
Secularismo e ascensão da economia (capitalismo com Ao mesmo tempo, Hegel expandiu sobre a origem de
seu modo de produção e a acumulação e multiplicação tais representações cognitivas, que para ele eram não
de capital) eram limitadas a considerações de uma mente
Política: governo popular, representação, pacto/contrato individual, mas de uma consciência coletiva (Geist, ora
social traduzida como espírito, ora como mente)
Liberdade: positiva e negativa; Estado x Cidadão Essa consciência coletiva, de natureza social, é
(libertarismo) representante de diferentes fontes de tratamento e
tradução da realidade, resultando em ideias que são
ÉTICA KANTIANA formadas pelos pensamentos de seu sujeito, de seus
Razão: predicado universal, legisladora das normas pares e do ambiente linguístico, cultural e religioso –
A norma moral é obedecida como um DEVER, que reflete consequentemente também por seu conjunto de
a liberdade e a autonomia de autolegislação: ética é uma valores e regras morais – em que se desenvolvem
escolha racional Essa consciência coletiva tem, assim, um aspecto
Imperativo Categórico, 3 fórmulas: inexoravelmente temporal e de continuidade,
Lei Universal: “age como se a máxima da tua ação descortinando uma dimensão histórica presente em si
devesse tornar-se, por meio da tua vontade, um lei e com papel fundamental na investigação do
universal” ou sua ação, reflexo da sua vontade, cabe fenômeno social e humano, representando uma razão
como uma lei universal (racionalidade) autônoma e universal que extrapassa o
Fim em si Mesmo: “age de forma que uses a homem e a coletividade, ao longo de sua história
humanidade, tanto na sua pessoa, como na pessoa de
qualquer outro, sempre e ao mesmo tempo como fim e KIERKEGAARD 1813-1855
nunca simplesmente como meio” ou você e o outro Para Kierkegaard a realidade é essencialmente o
são um fim, único e simultâneo, de sua ação, nunca indivíduo que a vive, interpreta e relata, tornando a
um meio verdade subjetiva
Legislador Universal: “suas máximas, reflexo de sua Para ele essa subjetividade é anterior e essencial à
autonomia, têm aplicabilidade universal e são um fim e concepção e reconhecimento de qualquer argumentação
não um meio” dialética com pretensão histórica e universal que possa,
Imperativo Categórico: a pessoa que obedece à norma de alguma forma, reduzir o valor do sujeito que a vive de
moral atende à LIBERDADE DA RAZÃO (AUTONOMIA) forma inconsciente
A sujeição à norma moral é o reconhecimento de sua A falha em reconhecer um papel destacado para a
legitimidade em conformidade com a razão e a subjetividade poderia ser compreendida como uma
autonomia confirmação da objetificação do próprio sujeito e uma
Só é ato moral se praticado: recusa em reconhecer o valor do finito, do indivíduo,
De forma autônoma frente a história, o coletivo e o infinito
Conscientemente Assim, há uma dimensão inconsciente no comportamento
Por dever humano que se opõe à autonomia em questões éticas e
Sempre que transgredimos um dever, descobrimos morais, objetando seu papel com sujeito de escolhas, de
que, de fato, não queremos que nossa máxima se sua liberdade – o campo de batalha entre a consciência
torne uma lei universal coletiva e sua própria
NIETZSCHE
ÉTICA CONTEMPORÂNEA O elemento repressor na moral racionalista que impede o
desenvolvimento da liberdade
Caracterizada pelo antropocentrismo Uma moral de escravos, marcada pela disciplina,
Recusa de uma fundamentação transcendental exterior moderação das paixões e das emoções fortes
para a moral Pecado, culpa e castigo forma criados para limitar o
Centra no homem, a partir de uma abordagem desenvolvimento da força vital
metodológica, cientifica e racional de sua existência e
natureza, a origem e os fundamentos dos valores e FREUD
normas morais Reconhece o aspecto repressivo da moral
Noção de inconsciente manifestado pela libido
HEGEL 1770-1831 Inconsciente (impulsos e desejos) versus Censura do
Um dos maiores representantes do idealismo alemão Consciente
Como Kant, acreditava que nossa interpretação do Necessidade de canalização dos impulsos e desejos
mundo dependia de um processo de síntese a partir reprimidos
de ideias (imagens, percepções, conceitos),
interpretações cognitivas de nossa realidade MARX
Entretanto, para Hegel, essa síntese não era Homem é um ser que se constitui e forma em suas
exatamente como um processo de construção do relações sociais
conhecimento a partir de elementos empíricos e Moral é um produto social e atende a necessidades
racionais, mas o resultado de um método dialético de sociais demandadas
investigação mental onde cada ideia representando
um argumento seria contraposta a outro VALORES MORAIS
Segundo essa dialética, o argumento inicial constituiria Valores: qualidades e características percebidas, eleitas
uma tese (uma proposição sobre o homem – o sujeito e compartilhadas por um grupo social que significam o
da investigação – sobre o mundo e a maneira como que é importante, desejado, reverenciado e o que vale a
eles se relacionam), contendo em si mesma uma pena
antítese (uma contradição ou defeito inerente a ele, Relativismo Moral versus Ética Objetiva
Resumo de 4
Ética profissional
Relativismo Ético Ética da ação educativa
Presume-se que há uma multiplicidade de valores e
códigos morais, que podem variar conforme o contexto ENSINO, APRENDIZAGEM & EDUCAÇÃO
histórico-social, o sujeito e objeto Ensino:
Não haveria uma base objetiva e universal que relativo ao fazer do professor; forma de orientar a
fundamenta-se um conjunto de valores único e válido aquisição de conhecimentos ou transmissão de um
para todos os sujeitos e grupos sociais conhecimento específico, que pode se revelar na
É dependente de nossa capacidade racional e emocional mudança de comportamento do ensinado
de apreensão, reflexão e julgamento de nossa realidade entretanto não há ensino sem aprendizagem, pois o
e das escolhas a ela relacionadas objeto do ensino é a própria aprendizagem, sem a
Pode conduzir a uma situação de exclusão de minorias qual ele não se concretiza; o ensino é a ação para
não reconhecidas ou à deslegitimação de ações como orientar a aprendizagem; ele existe para orientar,
desobediência civil, sob o risco de sua percepção como o dirigir e motivar a aprendizagem
descumprimento do contrato social porém pode haver ensino sem educação, pois
Analogamente pode implicar a dificuldade de legitimação podemos ensinar um conhecimento ou desenvolver
ético-moral das leis ou reduzi-las a um papel instrumental uma habilidade específicos sem que se aja sobre a
contextual – um contra-argumento possível seria de que formação da personalidade do aluno
a lei não seria sustentada por seu conteúdo positivado, Aprendizagem:
mas pela essencialidade de sua existência e fim: a relativo ao fazer do aluno, individual e coletivamente;
harmonização e regulação do bom convívio social atividade em que o aluno adquire conhecimentos
teóricos e práticos, que podem se revelar na mudança
Razão Iluminista versus Razão em Habermas de comportamento
A razão em Habermas tem uma natureza comunicativa, pode haver aprendizagem sem ensino ou educação,
processual e interpessoal; ela é construída no processo visto a possibilidade de autodidatismo, quando o
de argumentação democrática entre os diversos agentes próprio aluno é o agente de sua motivação e da
envolvidos em seu processo de entendimento mútuo orientação e direção de sua aprendizagem e não há
necessariamente um processo de formação de
Ética Objetiva personalidade
Pressupõe a existência de valores inatos, naturais; um Educação:
conjunto de qualidades, características e estados do ser, desenvolvimento de capacidades de forma integral (cf.
de seu grupo e ambiente que permeiam a existência com formação); qualidade de ensino em que o aluno
humana independente do tempo e do espaço, i.e. desenvolve qualidades de consciência, caráter de
objetivamente válidos independentemente de convicção, atitudes e comportamentos
considerações contextuais não há educação sem aprendizagem ou ensino, pois a
Pode conduzir a uma abordagem etnocêntrica de outros primeira é uma de seus objetivos e a segunda uma de
grupos fora da esfera em que se dá seu reconhecimento, suas vias de concretização (orientação e direção)
i.e. de dado conjunto de valores como universais
Não deve ser confundida com ABSOLUTISMO MORAL, Quatro momentos do processo de ensino-aprendizagem
segundo o qual há uma moral absoluta e inquestionável; 1) Introdução e Motivação
na ética objetiva se admite um conjunto de normas e 2) Mediação e Assimilação
regras objetivas, claras, universais, porém há a 3) Domínio e Consolidação
possibilidade de reflexão ética em caso de conflito entre 4) Controle e Avaliação
seus princípio, de forma que admita-se uma flexibilidade
e hierarquização dos mesmo em suas aplicações EDUCAÇÃO E REALIDADE EDUCACIONAL: TEORIAS DA
Quando seus princípios são violados pode pressupor-se APRENDIZAGEM
uma motivação fundamentada em vícios ou ausência de INATISMO
virtude e não em suas legitimidades Platão, Descartes e Rousseau (cf. a “bondade natural”)
As pessoas nascem com conhecimentos (ética) inatos,
Subjetivismo Moral adormecidos eu o professor necessita somente auxilia a
A moralidade, seus valores, seria gerada no indivíduo e despertar, alimentado informações
não no grupo, na produção social Pressupõe a prevalência de fatores endógenos e inatos
Tornaria a moral um conceito inútil e reduziria o convívio no processo de ensino-aprendizagem e a o
social a um jogo de poder conhecimento prévio do Sujeito sobre o Objeto
Pressupõe um mapa de desenvolvimento pré-
ÉTICA E ECONOMIA programado
O risco de excessiva subordinação de valores morais à AMBIENTALISMO
racionalidade econômica e utilitarista cf. Empirismo ou Teoria da Aprendizagem e
Behaviorismo (Skinner) e Aristóteles
ÉTICA E POLÍTICA As pessoas nascem com a capacidade de aprender,
O Estado moderno secular sendo o conhecimento adquirido mediante nossa
A burocratização do Estado exposição à realidade e seu processamento por nossos
A crise do sistema político democrático ocidental sentidos e razão
O Estado de exceção Admite a transmissão de conhecimento do Objeto para o
O avanço do privado sobre o público Sujeito
CONSTRUTIVISMO
Interativismo ou Interacionismo, Psicogenética e Piaget
A ÉTICA NA EDUCAÇÃO O conhecimento é adquirido na medida em que se
processa uma síntese entre a racionalidade e os
A ÉTICA E A EDUCAÇÃO sentidos, um processo de construção e desenvolvimento
Ética e sociedade da capacidade cognitiva
Resumo de 5
APLICAÇÕES PRÁTICAS
A ÉTICA NA ESCOLA
Na administração
Na socialização
No processo de avaliação
No comportamento em sala de aula
Na relação dos pais com a escola
Educação exige:
Comunicação
Intenções éticas
Consensualidade das partes e convergência
Resumo de 6