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ÉTICA E EDUCAÇÃO

(UNINTER)

ÉTICA – UNIDADE 1  Kant´s rationality


 Theoretical reason
 “Ser-no-mundo”  Practical reason (cf. strategy, re. Jesús Mosterín)
 Expressão que denota que a realização de nossa
existência é alcançada na medida de nossa convivência  A moral decorre de valores e de práticas sócias e culturais
com o outro  Quanto mais estratifica a sociedade, mais diferentes
 Dimensão do homem como ser social morais serão possíveis
 Nossas ações e decisões afetam o diretamente o outro
 Necessidade de regras, leis e normas para regular o  Pierre Bourdieu:
convívio social em todas suas dimensões  Ethos – valores em estado prático, não consciente, que
regem a moral cotididiana
 Ética Versus
 Reflexão para compreender a origem, a fundamentação e  Ética – forma teoria, argumentada e codificada da moral
os efeitos dos valores, sua aplicabilidade, legitimidade e
justificativa  A ética de relaciona à cultura na medida em que pode ser
considerada, como poria Bourdieu, em certa medida uma
 Sócrates expressão internalizada de critérios de comportamento
 Perguntava: “como devemos viver nossa vida” reconhecidos, aceitos e constituintes de dada cultura

 Anima racional  É correto afirmar que todas as pessoas possuem um senso


Homo sapiens ético
Homo faber: transforma o meio por intermédio do trabalho
 Uso articulado da palavra e da inteligência  Sócrates
 Capacidade de inovar infinitamente por meio de um  Um dos pioneiros da ética, ao questionar os valores, suas
corpus inicial de forma flexível e abstrata origens e seus efeitos sobre o homem ateniense

 Ser humano  Moral


 Racional  Costumes e normas de comportamento internalizados e
 Psíquico aceitos em uma comunidade (cultura)
 Material (biológico)
 Estético  Ética das virtudes
 Social  Decorre do autoconhecimento
 Transcendente  Localiza o centro irradiador da ação correta naquele que
age: o agente é o centro da decisão e da ação ética
 Uso da razão  Qual a qualidade positiva e a correspondente conduta
 Capacidade de reflexão daquele que age em benefício de si e do outro
 Capacidade de elaboração de conceitos  Origina-se no pensamento de Sócrates, Platão e
 Capacidade de análise Aristóteles
 Capacidade de emissão de juízo  Para Sócrates a virtude decorreria do autoconhecimento,
que levaria à percepção da virtude e à sua escolha
 Da capacidade do homem de associação em comunidade  Para Platão, virtude seria inata e não poderia ser
 Nasce o ser social ensinada
 Decorre sua vida social e política  Para Aristóteles, a virtude poderia ser ensinada, sendo o
 Decorre também a necessidade de afeto, bem do homem uma atividade da ALMA em
compreensão, reconhecimento, aceitação e respeito conformidade com a virtude
 Natureza: Psíquica; Estética; e Racional
 Platão: virtude é inata
 De seu nascimento e vida em comunidade também surge a Versus
cultura Aristóteles: virtude é ensinada ou aprendida
 Cultura: complexo de manifestações, conhecimentos,
valores, crenças, comportamentos e características  Virtudes aristotélicas
comuns que identificam e agregam um grupo  Prudência; Coragem; Justiça; e Temperança
 Modo de viver e pensar comum ao grupo (Moderação)
 Cultivados, civilizados, polidos e perenes
 Produtos e meios, materiais ou formais, simbólicos do  Aristóteles:
grupo  O homem virtuosos é ético; capaz de refletir e escolher o
 Formas de interpretação e de interação com o meio que é mais adequado para si e para os outros, a fim de
ambiente haver uma boa convivência social e o equilíbrio (ausência
de excesso ou escassez), por meio de uma sabedoria
 Cada cultura está inserida, é construída e é resultado de prática (conhecimento via empirismo)
uma racionalidade específica a si  Incorporação de hábitos sociais salutares
 Virtudes
 Weber´s theory of rationality:  Éticas (morais): hábito
 Instrumental (environment)  Dianoéticas (não morais, intelectuais): ensinadas
 Belief-oriented
 Affectual  Piaget
 Traditional (habit)  Quatro etapas da formação da consciência moral
 Anomia (sem regra): fase regida pelo instinto em

Resumo de 1
função do prazer e da dor XIX, caracterizado pela consolidação do modo de
 Heteronomia (regra dos outros): fase de obediência produção capitalista industrial e do Estado secular e
em função de recompensas ou para evitar castigo burocrático
 Socionomia (norma decorrente do convívio social):  i.e. a tensão entre as éticas deontológicas e
fase em que os critérios morais vão se internalizando teleológicas em face da consequente objetificação do
em função do convívio social. Interiorização das homem e das diversas dimensões e símbolos
noções de responsabilidade, dever, respeito e justiça. culturais, materiais ou não
Busca aprovação ou não-censura. A importância do
outro (cf. noções de associação e dissociação da PNL)  Leis
 Autonomia (regra pela lei própria): consolidação da  Conjunto de hábitos, costumes e comportamentos
internalização das normas morais, comportando-se considerados essenciais para a sobrevivência e bem-
conforme estas, que são legitimadas por acordos viver da comunidade tornados ou reconhecidos como
mútuos e que são, então, reconhecidas como próprias obrigatórios, conforme a anuência de seus membros, a
fim de garantir a justiça, direitos e a observância de
 KANT 1724-1804 deveres
 Relação entre a razão teórica e a razão moral em que a
autonomia vincula-se a si mesma  A moral é sempre assumida pela consciência individual
 Autonomia é a vontade própria, é governar-se a si (autônoma), enquanto a lei é sempre heterônoma
mesmo; é a escolha racional e emocional que não leva  Cf. entre os aparatos legislativo e jurídico
em conta consequências externas, mas unicamente a
vontade legislativa interna, própria; é o pleno ética
reconhecimento do outro em si, com base em uma moral
validade universal (imperativo categórico) direito
 The Universal Law of Reason: wilful self-transformation
 Três fórmulas do imperativo categórico
 Lei universal
 Fim em si mesmo, não um meio  O agir correto, conforme os valores codificados, material ou
 Legislador universal formalmente, é regido por forças que levam diferentes
 Oposição à Heteronomia nomes:
 Razão prática e liberdade (autolegislação)  Sacralidade, solidariedades mecânica e orgânica, Durkheim
 Superego, Freud
 Kant versus Piaget  Respeito, Piaget
 Kant & Piaget: a autonomia é o princípio que determina a  Autonomia, Kant
obediência ou não às regras; é o reconhecimento delas que levam a valores sociais empregados em códigos de
como (também) suas que lhes dão legitimidade; é a diferentes naturezas, mas que indicam ou permitem
autolegislação reconhecer o certo e o errado, incorporados racional e/ou
 Piaget: a construção da própria razão é essencial à emocionalmente, via educação ou formação social, e que
autonomia; é por meio da capacidade de abstração são orientadores de ações e decisões segundo a análise
reflexiva que nos tornamos capaz de questionar a racional, na forma de uma reflexão ética
fundamentação das normas antes de reconhecê-las
como também nossas  Teste de Ética
 1) é legal?
 Ética religiosa  2) é imparcial, bom para todos?
 Princípios normativos externos, enunciados a partir de  3) como me sinto eticamente a respeito?
critérios religiosos, fundamentados em imperativos
supremos divinos Aula Interativa
 O ser humano como ser social se estabelece por meio da
 Ética do dever moral e da ética
 Kant
 Procedimentos práticos reconhecidos e aceitos pela  Educação ética
razão como portadores de uma aplicabilidade universal  Ética pedagógica
(cf. as três fórmulas do imperativo categórico)  Ética da comunidade de educadores
 Ética finalista  Agir ético
 Os fins justificam os meios  Construir ser ético
 Utilitarismo de Jeremy Bentham e John Stuart Mill  Vínculo ente ação e pensamento
 “o máximo de satisfação ao maior número de pessoas”
 Cálculo moral  Prepotência do princípio político sobre o princípio social e
 Não descarta a ética do dever ético
 Supremacia do Estado e ameaça à autonomia e à
 As éticas deontológicas (éticas do dever) podem ter liberdade
dificuldade de lidar com exceções e levar ao radicalismo e
fanatismo  Existência ideológica
 Relação inter-humana
 As éticas teleológicas (finalistas e utilitaristas) podem
implicar em uma excessiva flexibilidade e relativização da  Valores, Moral e Ética
legitimidade dos meios  Valores: qualidades e características percebidas, eleitas
e compartilhadas por um grupo social que significam o
 Max Weber que é importante, desejado, reverenciado e o que vale a
 Aponta o dilema entre o imperativo moral kantiano e um pena
mundo crescentemente pós-metafísico do fim do século  Moral: código de conduta que governa o comportamento

Resumo de 2
individual e coletivo, a partir de princípios e padrões
estabelecidos no tempo e no convívio social  ÉTICA ARISTOTÉLICA
 Ética:  Ética do equilíbrio, do comedimento, da temperança, da
 Aplicada versus Normativa parcimônia, da moderação, sem extremos
(externa ao indivíduo)  Fim último do homem, da ação humana correta, virtuosa:
(e.g. ética profissional) “EUDAIMONIA”
 Filosofia: o estudo ou reflexão sobre a moral  Eudaimonia: felicidade ou plenitude alcançada pela
 Reflexão sobre a conduta, sobre o que se deve, o que CONTEMPLAÇÃO DA VERDADE, guiada pela RAZÃO e
se pode e o que se quer pelo exercício das virtudes
 Reflexão sobre o que é certo e errado, sobre a  A ação virtuosa seria a expressão da liberdade e
justificativa e legitimidade da moral responsabilidade
 Processo de reflexão  Virtude: fazer a coisa certa, no tempo certo e da forma
 O outro: certa; ser justo, corajoso e generoso; ser parcimonioso
 Imperativo categórico  A virtude se relaciona com o fim e os meios; é definida
 Efeito sobre semelhantes por ambos, que devem ser igualmente virtuosos,
 Extensão da ação equilibrados, oportunos e coerentes
 “Virtue makes the goal right, practical wisdom the things
 Doxa versus Episteme leading to it”
Doxa Episteme  Dividiu as virtudes em:
Sabedoria comum Conhecimento  Éticas: virtudes morais, desenvolvidas com o exercício
Opinião Ciência do hábito; e.g. justiça, temperança, honestidade,
Baseada no apelo à Baseada em princípios lealdade e fidelidade
autoridade Opinião verdadeira  Dianoéticas: virtudes intelectuais, obtidas pelo
Verdade restrita Essência ensinamento; e.g. coragem, sapiência e prudência
Relativa Universal  O homem virtuoso e ético é aquele capaz de refletir e
Práxis, matéria Ideias e formas decidir a conduta correta que contribua para o benefício
Sofistas Filósofos de si e de seus semelhantes, movido por uma
Sem comprovação SABEDORIA PRÁTICA na busca do bom convívio social,
Aparências do bem viver, fundamentado no equilíbrio, sem excessos
Juízo subjetivo ou deficiências
Preconceito,
superstição, suspeita  PERÍODO HELÊNICO – ÉTICA ESTOICA
 Virtude: viver conforme a natureza, Segundo a razão
(proppriedade natural do homem), sem distrações das
ÉTICA NA HISTÓRIA – UNIDADE II paixões, e segundo uma plano superior divino e
equânime que a tudo abrange (logos divino onipresente)

 PERÍODO CLÁSSICO  PERÍODO HELÊNICO – ÉTICA EPICURISTA


 Ruptura do mito para abordagens filosóficas, racionais  “Arataxia”: desvio da dor e busca do prazer espiritual e
 Inicialmente o enfoque é no aspecto físico ou químico, a sensorial
gênese e as causas do mundo  Felicidade: condição íntima de serenidade
 No entendimento e explicação da natureza e de seus  Domínio de si
fenômenos
 Depois há um movimento na direção do pensar sobre a  ÉTICA MEDIEVAL
pólis, sobre a sociedade, sobre a ética e a política  Ética cristã, teocêntrica, foco na relação de cada pessoa
 HOMEM ↔ MUNDO com Deus
↓  A Herança Grega: ST. AGOSTINHO e S. TOMÁS DE
ATRIBUIÇÃO DE SENTIDO AQUINO
ÀS COISAS  Apesar do papel central da fé e sua supremacia sobre
↓ ↓ a razão, St. Agostinho e S. Tomás de Aquino
PENSAMENTO LINGUAGEM procedem uma significativa cristianização de ideias
platônicas e aristotélicas
 ÉTICA SOCRÁTICA  Como a perpetuação por S. Tomás da ideia de
 Conhece-te a ti mesmo separação entre direito natural e direito positivo de
 Bem: Felicidade (plenitude da alma) Aristóteles e sua aceitação de uma via natural da
Virtude: Conhecimento razão para o conhecimento ou verdade, além da via
Vício: Ignorância divina, e a importância da realidade sensorial
 É possível transmitir virtude e vício  Semelhança: St. Agostinho e Platão: idealismo, a
 O homem que conhece o bem agirá bem teoria das ideias e dois mundos, com a supremacia do
 Ao conhecer o bem não deixará de querê-lo e praticá-lo mundo das ideias sobre as coisas (do mundo divino
 A ação do home é voltada para sua plenitude (felicidade), cristão sobre a realidade concreta temporal)
a ação sábia voltada para o bem, a sabedoria superior  Diferença: S. Tomás de Aquino e Aristóteles, aquele
se inspirou na metodologia deste, mas para S. Tomás
 ÉTICA PLATÔNICA há a busca da verdade divina em detrimento do
 A pólis é o campo da vida moral racionalismo, com a ascensão da subjetividade
 Moral: virtude, areté, excelência
 Ética é a reflexão voltada para a organização politica  ÉTICA MODERNA
 O homem bom é o bom cidadão  Retomada do humanismo: ética centrada na autonomia
 Mundos das Coisas humana; cf. Iluminismo e a liberdade de escolha
Versus  Iluminismo: a moral fundamentada na compreensão da
Mundo das Formas e Ideias natureza humana e não em preceitos religiosos

Resumo de 3
 Autonomia: conhecimento + razão = progresso sua contraposição), sendo ambas eventualmente
 Igualdade: natureza humana universal e comum a todos conciliadas em uma síntese (cf. Johann Fichte, a
os homens quem de fato se atribui essa tríade)
 Secularismo e ascensão da economia (capitalismo com  Ao mesmo tempo, Hegel expandiu sobre a origem de
seu modo de produção e a acumulação e multiplicação tais representações cognitivas, que para ele eram não
de capital) eram limitadas a considerações de uma mente
 Política: governo popular, representação, pacto/contrato individual, mas de uma consciência coletiva (Geist, ora
social traduzida como espírito, ora como mente)
 Liberdade: positiva e negativa; Estado x Cidadão  Essa consciência coletiva, de natureza social, é
(libertarismo) representante de diferentes fontes de tratamento e
tradução da realidade, resultando em ideias que são
 ÉTICA KANTIANA formadas pelos pensamentos de seu sujeito, de seus
 Razão: predicado universal, legisladora das normas pares e do ambiente linguístico, cultural e religioso –
 A norma moral é obedecida como um DEVER, que reflete consequentemente também por seu conjunto de
a liberdade e a autonomia de autolegislação: ética é uma valores e regras morais – em que se desenvolvem
escolha racional  Essa consciência coletiva tem, assim, um aspecto
 Imperativo Categórico, 3 fórmulas: inexoravelmente temporal e de continuidade,
 Lei Universal: “age como se a máxima da tua ação descortinando uma dimensão histórica presente em si
devesse tornar-se, por meio da tua vontade, um lei e com papel fundamental na investigação do
universal” ou sua ação, reflexo da sua vontade, cabe fenômeno social e humano, representando uma razão
como uma lei universal (racionalidade) autônoma e universal que extrapassa o
 Fim em si Mesmo: “age de forma que uses a homem e a coletividade, ao longo de sua história
humanidade, tanto na sua pessoa, como na pessoa de
qualquer outro, sempre e ao mesmo tempo como fim e  KIERKEGAARD 1813-1855
nunca simplesmente como meio” ou você e o outro  Para Kierkegaard a realidade é essencialmente o
são um fim, único e simultâneo, de sua ação, nunca indivíduo que a vive, interpreta e relata, tornando a
um meio verdade subjetiva
 Legislador Universal: “suas máximas, reflexo de sua  Para ele essa subjetividade é anterior e essencial à
autonomia, têm aplicabilidade universal e são um fim e concepção e reconhecimento de qualquer argumentação
não um meio” dialética com pretensão histórica e universal que possa,
 Imperativo Categórico: a pessoa que obedece à norma de alguma forma, reduzir o valor do sujeito que a vive de
moral atende à LIBERDADE DA RAZÃO (AUTONOMIA) forma inconsciente
 A sujeição à norma moral é o reconhecimento de sua  A falha em reconhecer um papel destacado para a
legitimidade em conformidade com a razão e a subjetividade poderia ser compreendida como uma
autonomia confirmação da objetificação do próprio sujeito e uma
 Só é ato moral se praticado: recusa em reconhecer o valor do finito, do indivíduo,
 De forma autônoma frente a história, o coletivo e o infinito
 Conscientemente  Assim, há uma dimensão inconsciente no comportamento
 Por dever humano que se opõe à autonomia em questões éticas e
 Sempre que transgredimos um dever, descobrimos morais, objetando seu papel com sujeito de escolhas, de
que, de fato, não queremos que nossa máxima se sua liberdade – o campo de batalha entre a consciência
torne uma lei universal coletiva e sua própria

 NIETZSCHE
ÉTICA CONTEMPORÂNEA  O elemento repressor na moral racionalista que impede o
desenvolvimento da liberdade
 Caracterizada pelo antropocentrismo  Uma moral de escravos, marcada pela disciplina,
 Recusa de uma fundamentação transcendental exterior moderação das paixões e das emoções fortes
para a moral  Pecado, culpa e castigo forma criados para limitar o
 Centra no homem, a partir de uma abordagem desenvolvimento da força vital
metodológica, cientifica e racional de sua existência e
natureza, a origem e os fundamentos dos valores e  FREUD
normas morais  Reconhece o aspecto repressivo da moral
 Noção de inconsciente manifestado pela libido
 HEGEL 1770-1831  Inconsciente (impulsos e desejos) versus Censura do
 Um dos maiores representantes do idealismo alemão Consciente
 Como Kant, acreditava que nossa interpretação do  Necessidade de canalização dos impulsos e desejos
mundo dependia de um processo de síntese a partir reprimidos
de ideias (imagens, percepções, conceitos),
interpretações cognitivas de nossa realidade  MARX
 Entretanto, para Hegel, essa síntese não era  Homem é um ser que se constitui e forma em suas
exatamente como um processo de construção do relações sociais
conhecimento a partir de elementos empíricos e  Moral é um produto social e atende a necessidades
racionais, mas o resultado de um método dialético de sociais demandadas
investigação mental onde cada ideia representando
um argumento seria contraposta a outro  VALORES MORAIS
 Segundo essa dialética, o argumento inicial constituiria  Valores: qualidades e características percebidas, eleitas
uma tese (uma proposição sobre o homem – o sujeito e compartilhadas por um grupo social que significam o
da investigação – sobre o mundo e a maneira como que é importante, desejado, reverenciado e o que vale a
eles se relacionam), contendo em si mesma uma pena
antítese (uma contradição ou defeito inerente a ele,  Relativismo Moral versus Ética Objetiva

Resumo de 4
 Ética profissional
 Relativismo Ético  Ética da ação educativa
 Presume-se que há uma multiplicidade de valores e
códigos morais, que podem variar conforme o contexto  ENSINO, APRENDIZAGEM & EDUCAÇÃO
histórico-social, o sujeito e objeto  Ensino:
 Não haveria uma base objetiva e universal que  relativo ao fazer do professor; forma de orientar a
fundamenta-se um conjunto de valores único e válido aquisição de conhecimentos ou transmissão de um
para todos os sujeitos e grupos sociais conhecimento específico, que pode se revelar na
 É dependente de nossa capacidade racional e emocional mudança de comportamento do ensinado
de apreensão, reflexão e julgamento de nossa realidade  entretanto não há ensino sem aprendizagem, pois o
e das escolhas a ela relacionadas objeto do ensino é a própria aprendizagem, sem a
 Pode conduzir a uma situação de exclusão de minorias qual ele não se concretiza; o ensino é a ação para
não reconhecidas ou à deslegitimação de ações como orientar a aprendizagem; ele existe para orientar,
desobediência civil, sob o risco de sua percepção como o dirigir e motivar a aprendizagem
descumprimento do contrato social  porém pode haver ensino sem educação, pois
 Analogamente pode implicar a dificuldade de legitimação podemos ensinar um conhecimento ou desenvolver
ético-moral das leis ou reduzi-las a um papel instrumental uma habilidade específicos sem que se aja sobre a
contextual – um contra-argumento possível seria de que formação da personalidade do aluno
a lei não seria sustentada por seu conteúdo positivado,  Aprendizagem:
mas pela essencialidade de sua existência e fim: a  relativo ao fazer do aluno, individual e coletivamente;
harmonização e regulação do bom convívio social atividade em que o aluno adquire conhecimentos
teóricos e práticos, que podem se revelar na mudança
 Razão Iluminista versus Razão em Habermas de comportamento
 A razão em Habermas tem uma natureza comunicativa,  pode haver aprendizagem sem ensino ou educação,
processual e interpessoal; ela é construída no processo visto a possibilidade de autodidatismo, quando o
de argumentação democrática entre os diversos agentes próprio aluno é o agente de sua motivação e da
envolvidos em seu processo de entendimento mútuo orientação e direção de sua aprendizagem e não há
necessariamente um processo de formação de
 Ética Objetiva personalidade
 Pressupõe a existência de valores inatos, naturais; um  Educação:
conjunto de qualidades, características e estados do ser,  desenvolvimento de capacidades de forma integral (cf.
de seu grupo e ambiente que permeiam a existência com formação); qualidade de ensino em que o aluno
humana independente do tempo e do espaço, i.e. desenvolve qualidades de consciência, caráter de
objetivamente válidos independentemente de convicção, atitudes e comportamentos
considerações contextuais  não há educação sem aprendizagem ou ensino, pois a
 Pode conduzir a uma abordagem etnocêntrica de outros primeira é uma de seus objetivos e a segunda uma de
grupos fora da esfera em que se dá seu reconhecimento, suas vias de concretização (orientação e direção)
i.e. de dado conjunto de valores como universais
 Não deve ser confundida com ABSOLUTISMO MORAL,  Quatro momentos do processo de ensino-aprendizagem
segundo o qual há uma moral absoluta e inquestionável;  1) Introdução e Motivação
na ética objetiva se admite um conjunto de normas e  2) Mediação e Assimilação
regras objetivas, claras, universais, porém há a  3) Domínio e Consolidação
possibilidade de reflexão ética em caso de conflito entre  4) Controle e Avaliação
seus princípio, de forma que admita-se uma flexibilidade
e hierarquização dos mesmo em suas aplicações EDUCAÇÃO E REALIDADE EDUCACIONAL: TEORIAS DA
 Quando seus princípios são violados pode pressupor-se APRENDIZAGEM
uma motivação fundamentada em vícios ou ausência de  INATISMO
virtude e não em suas legitimidades  Platão, Descartes e Rousseau (cf. a “bondade natural”)
 As pessoas nascem com conhecimentos (ética) inatos,
 Subjetivismo Moral adormecidos eu o professor necessita somente auxilia a
 A moralidade, seus valores, seria gerada no indivíduo e despertar, alimentado informações
não no grupo, na produção social  Pressupõe a prevalência de fatores endógenos e inatos
 Tornaria a moral um conceito inútil e reduziria o convívio no processo de ensino-aprendizagem e a o
social a um jogo de poder conhecimento prévio do Sujeito sobre o Objeto
 Pressupõe um mapa de desenvolvimento pré-
 ÉTICA E ECONOMIA programado
 O risco de excessiva subordinação de valores morais à  AMBIENTALISMO
racionalidade econômica e utilitarista  cf. Empirismo ou Teoria da Aprendizagem e
Behaviorismo (Skinner) e Aristóteles
 ÉTICA E POLÍTICA  As pessoas nascem com a capacidade de aprender,
 O Estado moderno secular sendo o conhecimento adquirido mediante nossa
 A burocratização do Estado exposição à realidade e seu processamento por nossos
 A crise do sistema político democrático ocidental sentidos e razão
 O Estado de exceção  Admite a transmissão de conhecimento do Objeto para o
 O avanço do privado sobre o público Sujeito
 CONSTRUTIVISMO
 Interativismo ou Interacionismo, Psicogenética e Piaget
A ÉTICA NA EDUCAÇÃO  O conhecimento é adquirido na medida em que se
processa uma síntese entre a racionalidade e os
 A ÉTICA E A EDUCAÇÃO sentidos, um processo de construção e desenvolvimento
 Ética e sociedade da capacidade cognitiva

Resumo de 5
 APLICAÇÕES PRÁTICAS
 A ÉTICA NA ESCOLA
 Na administração
 Na socialização
 No processo de avaliação
 No comportamento em sala de aula
 Na relação dos pais com a escola

 Educação exige:
 Comunicação
 Intenções éticas
 Consensualidade das partes e convergência

 Transformações da modernidade e pós-modernidade


 Novas tecnologias (TICs)
 Novas relações de produção e trabalho
 Novas formas de comunicação
 Novas formas de produção, circulação e consumo
cultural
 Colapso da divisão entre realidade, imagem, arte e vida
 Redimensionamento e surgimento de novas forças
políticas
 Objetificação do sujeito: colapso da distinção entre
sujeito e objeto
 Construção social do conhecimento
 Pressão do relativismo
 Relatividade da ciência
 Caráter instável do conhecimento
 Conhecimento, sociedade e cultura como produção do
sujeito social
 Detrimento do conhecimento objetivo em favor de
agendas próprias do indivíduo ou grupo
 Falência de valores de sentido universal
 Confusão entre publico e privado
 Privatização do público
 Prevalência dos interesses privados sobre os públicos
 Expressões de potência da linguagem
 Rejeição de conceitos filosóficos clássicos:
 Natureza humana essencial (ascensão do relativismo)
 Destino humano coletivo (privatização do público)
 Ideia de totalidade social (fragmentação)
 Relatividade da ciência

Resumo de 6

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