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Competência para julgamento do habeas corpus

A doutrina aponta três regras interpretativas:

1) Via de regra, a competência para julgar o habeas corpus é


definida em razão da autoridade coatora. Contra ato de Promotor
de Justiça e de delegado de polícia, será o Juiz de Direito de
primeira instância, contra ato Juiz de Direito, a competência é do
Tribunal de Justiça respectivo. Contra ato de juiz federal, a
competência será do Tribunal Regional Federal, Contra TJ ou
TRF, a competência será do Superior Tribunal de Justiça. Contra
ato de membro de tribunal superior, a competência será do
Supremo Tribunal Federal. Contra ato de juiz do Juizado
Especial, a competência será da respectiva turma recursal. Com
o cancelamento da Súmula 690 do STF, há de reconhecer que
sendo a autoridade coatora a turma Recursal de Juizado
Especial, o habeas corpus não será mais julgado no STF, e sim
no TJ ou TRF, conforme a matéria.

2) Para identificar a competência do STF para julgamento


do habeas corpus, adotar-se-à os seguintes critérios:

a) Se o paciente está submetido à jurisdição do STF (prerrogativa


de função), competirá a ele mesmo o julgamento do habeas corpus, nos
termos do artigo 102, I, “d”, da CRFB (como exceção ao princípio do
duplo grau de jurisdição);

b) Se o coator se submete a jurisdição do pretório excelso, o habeas


corpus deverá ser julgado pelo STF, ainda que o coator não integre a
estrutura do Poder Judiciário (102, I, “i”, da CRFB).

3) Pela terceira regra interpretativa, a competência do STJ para


julgar habeas corpus tem como referência os seguintes
parâmetros:

a) Paciente submetido a sua jurisdição, assim diz o artigo 105, I,


“d”, da CRFB: “os conflitos de competência entre quaisquer tribunais,
ressalvado o disposto no art. 102, I, “o”, bem como entre tribunal e
juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais
diversos”.;

b) Quando o coator estiver submetido à jurisdição do STJ, cabe a


ele julgar o habeas corpus, mesmo quando o coator não integrar a
estrutura do Judiciário. (artigo 105, I, “d”, CRFB).
CABIMENTO do habeas data;
- quando não houver justa causa;

II - quando alguém estiver preso por mais tempo que a lei determina;

III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;

Excluída a hipótese de flagrante delito, a prisão só pode ser determinada por despacho fundamentado
da autoridade judiciária competente. Assim, v.g., toda e qualquer prisão determinada pela autoridade
policial, fora das hipóteses de flagrante delito, implica constrangimento ilegal, porque lhe falta a
competência para determiná-la.

IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;

V - quando não for alguém admitido a prestar fiança nos casos em que a lei a autoriza;

VI - quando o processo for manifestamente nulo;

VII - quando extinta a punibilidade;

X – COMPETÊNCIA

Para seu perfeito estabelecimento, existem regras expressas no capítulo destinado a esse writ no Código
de Processo Penal e, também, na própria Constituição Federal.

A competência segue os critérios de territorialidade e hierarquia, ou seja: deve o habeas corpus ser
pleiteado na comarca ou circunscrição judiciária de competência da autoridade – juiz ou tribunal (art.
649, CPP), do local onde está por ocorrer, ou já está ocorrendo, a constrição da liberdade ambulatória
do paciente; e, da mesma forma, a impetração deve ocorrer frente à autoridade diretamente superior
àquela de onde provém a constrição, ou ameaça de constrição ao jus ambulabi do paciente (art. 650, §
1.o, CPP), respectivamente.

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