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Finanças (do francês finance) é a ciência da gestão do dinheiro. [1] Este último Finanças
conceito apresentase bastante estreito nos dias atuais, no qual podese
compreender Finanças (em sua forma derivada do latim clássico), como a ciência Mercado Financeiro
da estruturação dos arranjos econômicos necessários à consecução de um Ações
conjunto de objetivos quanto à intendência dos ativos indispensáveis à essa ETFs
realização. [2] Seu campo de estudo são as instituições financeiras, os mercados Títulos e Obrigações
financeiros e o funcionamento dos sistemas financeiros, quer dentro de uma Corretoras de Valores
nação, quer no mercado internacional. Quanto ao verbo, "financiar" significa Forex
fornecer fundos para negócios e projetos. Derivativos
Commodity
Na sua acepção moderna, o conceito de "finanças" nasceu nos anos 1960 e sua Debênture
abordagem característica é normativa, isto é, um decisor, seja um investidor Direitos de subscrição
individual ou gerente empresarial, busca maximizar uma funçãoobjetivo, seja em Certificado de depósito bancário
utilidade ou em retorno esperado, ou agregar valor para o acionista, para um Comissão de Valores Mobiliários
dado preço de título obtido no mercado. Classificação de crédito
No nível microeconômico, as finanças são o estudo do gasto financeiros, da gestao
Imóveis
de estoque e da captação de fundos por fundações e instituições. O termo
"finanças" pode, assim, incorporar o estudo do planejamento do dinheiro e outros
Sistema Bancário
ativos na própria área; o gerenciamento e controle desses ativos ou recursos; e a
Banco Central do Brasil
análise e gerenciamento de riscos de projetos.
Lista de bancos do Brasil
Depósito
Empréstimo
Índice
Contributos das finanças modernas
Teoria do portfólio
O modelo CAPM
Hipótese da eficiência de mercado
Proposição de Modigliani e Miller
Precificação derivativos e opções
Teoria Financeira
Economia financeira
Matemática financeira
Finanças experimentais
Finanças comportamentais
Ver também
Bolsa de Valores de São Paulo: uma modalidade de aplicação
Referências
financeira
Ligações externas
Contributos das finanças modernas
Teoria do portfólio
O artigo de Harry Markowitz de 1952, Portfolio Selection[3]
fundou a teoria da seleção de carteira, tendo sido um dos
precursores da teoria moderna de finanças. [4][5] Pela
primeira vez os conceitos de risco e retorno são apresentados
de forma precisa. A descrição do retorno e risco através de
indicadores de média e variância, atualmente tão usada por
profissionais de finanças, não era tão óbvia naqueles dias.
Esta façanha de Markowitz tornou possível a utilização da
poderosa álgebra de matemática estatística nos estudos de
seleção de carteiras.
Problema clássico de finanças
O modelo CAPM
Em 1964, William Sharpe desenvolve um modelo imaginando um mundo onde todos os investidores utilizam a teoria
da seleção de carteiras de Markowitz através tomando decisões usando a avaliação das médias e variâncias dos
ativos. [6] Sharpe supõe que os investidores compartilham dos mesmos retornos esperados, variâncias e covariâncias.
Mas ele não assume que os investidores tenham todos o mesmo grau de aversão ao risco. Eles podem reduzir o grau de
exposição ao risco tomando parcelas maiores de ativos de menor risco, ou construindo carteiras combinando muitos
ativos de risco.
O modelo de precificação de ativos financeiros (CAPM, capital asset princing model em inglês) descreve a relação
entre o risco de mercado e as taxas de retorno exigidas.
Tem, como pressupostos, que:
existe a possibilidade de se efetuar investimento em ativos sem risco;
os investidores são maximizadores da utilidade esperada e escolhem os seus investimentos entre carteiras
alternativas com base no seu retorno esperado e respetivo desvio padrão;
os investidores podem endividarse a uma taxa de juro igual à que podem emprestar num montante ilimitado a uma
dada taxa de juro isenta de risco (no entanto as taxas de endividamento, em princípio, são maiores que as taxas
de empréstimo);
todos os investidores têm expectativas homogéneas, quer quanto ao retorno esperado, à variância e covariância do
retorno dos ativos;
todos os ativos são perfeitamente divisíveis e líquidos, não existindo custos de transação;
não há impostos;
o cálculo de betas "futuros" parte do pressuposto que os dados históricos irão se repetir (o que sabemos que há
incerteza neste princípio);
A linha de mercado de capitais, LMC (capital market line em inglês) descreve a relação risco/retorno para carteiras
eficientes; isto é, para carteiras que consistem numa carteira de mercado mais um activo isento de risco.
A linha de mercado de títulos (security market line) descreve a relação risco/retorno para títulos considerados
isoladamente. A taxa de retorno exigida para um dado título é igual á taxa de retorno isenta de risco adicionada
de um prémio de risco de mercado , multiplicado pelo coeficiente beta do título :
O prémio de risco esperado é o prémio de risco de mercado multiplicado pelo beta:
A linha de mercado de títulos pode não ser estável no tempo, pois quer a inflação quer a aversão ao risco podem
alterarse. Se a inflação aumentar, irá com certeza aumentar a taxa de retorno isenta de risco, pois a inflação
acrescenta um prémio à taxa de retorno isenta de risco e de inflação e faz deslocar a SML para cima. Se a aversão ao
risco aumentar a inclinação da reta representativa da SML vai inclinarse mais.
O coeficiente beta do título é a medida do seu risco de mercado. O Beta mede a volatilidade dos retornos de um título
relativamente ao retorno do mercado, isto é, de uma carteira constituída por todos os títulos do mercado
(devidamente diversificada). O coeficiente Beta é medido pela inclinação da linha característica do título, que é
determinada pela reta da regressão entre os retornos históricos do título face aos retornos históricos do mercado (da
carteira diversificada). Um título com um Beta elevado (>1) é mais volátil de que um título de risco médio, enquanto
que um título com Beta <1 é menos volátil do que a média. Um título de risco igual ao do mercado tem um Beta = 1,
por definição. O Beta de uma carteira é a média ponderada dos Betas dos títulos que constituem essa carteira. Embora
a taxa de retorno esperada de um título seja, em geral, igual à taxa de retorno exigida, várias coisas podem acontecer
para provocar a alteração das taxas de retorno exigidas, como, por exemplo:
a taxa de retorno isenta de risco pode alterarse em consequência de alteração da inflação antecipada;
o coeficiente Beta do título pode alterarse;
a aversão ao risco dos investidores também pode alterarse.
Embora o CAPM seja uma ferramenta conveniente no estudo da relação entre risco e retorno, não pode ser provado
empiricamente e os seus parâmetros são difíceis de estimar, pelo que deve ser utilizado com cautela. O modelo CAPM
tem algumas limitações:
Principal problema empírico: Identificação da carteira de mercado relevante.
Eventual instabilidade dos Betas (pressuposto de que os retornos expost serão idênticos às expectativas exante
dos investidores.
Principal problema teórico: será que os investidores diferenciam o risco sistemático do risco não sistemático (risco
específico), ou será que os investidores se preocupam é com o risco total.
O CAPM pode ser utilizado:
1. Para a determinação do custo do capital de uma empresa, na parte que diz respeito ao capital próprio), o que é
relevante, para avaliação de empresas e determinação da estrutura óptima de capitais.
2. Para a determinação do custo do capital próprio de uma divisão de actividades de uma empresa com múltiplos
negócios, sendo que cada negócio tem o seu próprio nível de risco e Beta).
3. Para a determinação, na análise da viabilidade de projectos, da remuneração a exigir para o capital próprio a utilizar
no seu financiamento. O Beta da sociedade como um todo só será válido para um projecto isolado se este tiver um
nível de risco equivalente ao da empresa.
As deficiências do CAPM motivaram o aparecimento de outras teorias para análise de modelos de equilíbrio entre risco
e retorno.
Hipótese da eficiência de mercado
Eugene Fama propõe uma teoria, intimamente ligada ao modelo CAPM, se refere à hipótese do mercado eficiente.
Afirma que não há uma simples regra, baseada nos dados e informações publicamente disponíveis, que possa gerar
ganhos extraordinários aos investidores;[7][8] e que os preços das ações se comportam aleatoriamente. A chave desse
desenvolvimento foi o modelo de passeio aleatório dos preços de ações que, segundo Fama, "diz que o caminho futuro
do nível de preço de um título não é mais previsível do que o caminho de uma série acumulada de números aleatórios
(...) isto insinua que a série de mudanças de preço não tem memória, (...) o passado não pode ser usado para predizer
o futuro de modo significativo". [9]
Proposição de Modigliani e Miller
Outro dos pilares sobre os quais as teorias modernas de finanças se baseiam são as proposições de Modigliani e Miller
(M&M)[10] sobre a estrutura de capital, com a publicação do seu primeiro artigo sobre custo do capital, finanças
corporativas e teoria de investimentos. Para alguns autores esta proposta de M&M de 1958 terá provocado uma
mudança de paradigma no campo acadêmico de Finanças, [5] porque o processo de "simplificação, matematização e o
esquema da arbitragem nas suas provas, teve um profundo impacto no modo como os economistas financeiros têm
procedido desde então". [4] Tanto as proposições de M&M como o CAPM e a hipótese de eficiência de mercado tratam
do equilíbrio no mercado de capitais e de quais forças atuam quando este equilíbrio é perturbado.
Precificação derivativos e opções
O trabalho sobre precificação de derivativos e opções foi pioneirista de Merton e Scholes, seguidos de perto por Fischer
Black. Um derivativo é um contrato cujo valor deriva do valor de uma taxa de referência, do valor de um título, de uma
mercadoria (commodity) ou de um índice. A opção, por sua vez, é um instrumento que dá a seu comprador um direito
futuro sobre algo, mas não uma obrigação, e ao seu vendedor uma obrigação futura, caso a opção seja exercida pelo
comprador. A fórmula de BlackScholesMerton diz que o preço de uma opção é função do valor corrente de mercado
do título, do preço futuro, do período até o vencimento e da taxa livre de risco, além da variância dos retornos deste
título. [11] Black, Scholes e Merton mostraram que se os retornos do ativo subjacente seguissem um passeio aleatório de
tempo contínuo, então o padrão de retornos de uma opção poderia ser reproduzido exatamente por um portfólio
continuamente ajustado do ativo e o título do governo ou em dinheiro. Em um mercado eficiente, então, o preço de
uma opção teria que ser o custo da replicação do portfólio. Se seus preços divergissem, existiria uma oportunidade de
arbitragem, em outras palavras, haveria um lucro sem risco que pode ser feito comprando o mais barato e vendendo o
mais valorizado dos dois. Como os arbitradores fazem isto, suas compras aumentariam o preço mais baixo e suas
vendas abaixariam o preço mais alto, eliminando qualquer diferença entre o preço de uma opção e o custo de
replicação do portfólio. [5]
Teoria Financeira
Economia financeira
Economia financeira é a área do estudo económico que avalia a relação entre as variáveis financeiras, como o preço,
taxas de juro, ações sobre as componentes econômicas, como bens e serviços. A economia financeira focase na
influência das variáveis econômicas sobre as variáveis financeiras, contrastando com a finança pura. Centrandose na
gestão do risco no contexto dos mercados financeiros e nos consequentes modelos econômicos ou financeiros. Em
suma, explora como investidores racionais consideram o risco e o retorno numa estratégia de investimento. Assim
sendo, os conceitos de racionalidade e eficiência de mercado conjugados geram a teoria do portfólio (CAPM) e na teoria
de BlackScholes relativa à avaliação das escolhas possíveis.
Economia financeira, pelo menos teoricamente, considera os investimentos segundos os princípios da "incerteza"
(Teorema da separação de Fisher, Teoria do Valor do Investimento de Modigliani–Miller) e por isso contribui para a
teoria das finanças empresariais. Econometria financeira é o ramo das finanças econômicas que utiliza técnicas e
parâmetros econométricos para caracterizar e estabelecer as relações acima sugeridas.
Embora intimamente ligados, o estudo econômico e financeiro são bastante distintos. A "economia" é uma instituição
social que organiza a sociedade através de produção, distribuição e consumo de bens ou serviços, todas estes processos
precisam de ser financiados.
Matemática financeira
A matemática financeira é um campo das matemáticas aplicadas que se foca nos mercados financeiros. A disciplina
tem uma relação muito próxima com o ramo da economia financeira. Geralmente a matemática financeira pretende
estender ou criar os modelos matemáticos ou numéricos sugeridos pela economia financeira. Na prática, a matemática
financeira também está presente no ramo das finanças computacionais (também conhecido como engenharia
financeira). A matemática financeira focase na criação de derivadas, embora também diga respeito a outros subtemas
como a matemática associada à previsão do risco e em problemas relacionados com portfólios financeiros.
Finanças experimentais
As finanças experimentais procuram estabelecer condições de mercado e de ambiente experimentais para que estes
possam ser observados de forma crítica, proporcionando uma visão que pode ser analisada cientificamente através de
variáveis como o comportamento dos agentes, fluxo de negócio, difusão ou agregação de informação, mecanismos de
estabelecimento de preço e processos de retorno. Investigadores na área das finanças experimentais conseguem
estudar a medida em que as atuais teorias de economia financeira fazem previsões válidas e consequentemente prová
las. Tentam ainda descobrir novos princípios através dos quais as teorias atuais podem ser melhoradas e aplicadas a
futuras decisões financeiras. Esta pesquisa pode ser realizada através de simulações de negócio ou através do estudo
do comportamento dos agentes financeiros em situações de mercado concorrencial artificiais.
Finanças comportamentais
As finanças comportamentais têm como principal objetivo identificar e compreender as ilusões cognitivas que fazem
com que pessoas cometam erros sistemáticos de avaliação de valores, probabilidades e riscos. Consideram que os
indivíduos nem sempre agem racionalmente, pois estão propensos aos efeitos das ilusões cognitivas. A principal
temática de pesquisa deste ramo das finanças consiste na investigação de possíveis interferências de fatores
comportamentais e psicológicos nos movimentos dos investidores e, consequentemente, do mercado. [12] Segundo
Rogers, Ribeiro e Securato (2007)[carece de fontes?], seria possível que erros no processo de tomada de decisão fossem
eliminados se os indivíduos pudessem aprender com os erros e, assim, excluílos de todas as decisões em condições de
risco. As finanças comportamentais identificaram que existem características do comportamento humano que
limitam o processo de aprendizagem, tais como a dissonância cognitiva, o excesso de confiança, as discrepâncias entre
atitude e comportamento, o conservadorismo, o arrependimento, a falácia do apostador e a ilusão do conhecimento.
Ver também
Administração financeira
Matemática financeira
Securitização
Investimentos
Instituições financeiras
Teoria do portfólio
Educação financeira
Planejamento financeiro
Referências
ndthegoodsocietyrobertjshillerprincetonuniversity
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Ligações externas
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