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Problema para se

pensar o Estado.

Logo, a escola serve


como instrumento ao
Estado para nos impor
categorias de
pensamento que irão "
doutrinar" nossos
pensamentos sobre as
coisas do mundo,
inclusive o próprio
Estado.
Função "
uniformizadora" da
escola.

metodologia
Ou seja, o Estado faz parecer
natural aquilo que é um "arbítrio
cultural", isto é, imposto.

Ou seja, a norma culta não é natural, é socialmente Coisas que foram utilizadas para pensar o
construída. Quando se denuncia uma reforma como Estado, na verdade, participam da própria
arbitrária contra uma norma "naturalmente" instituída, construção/legitimação do mesmo. Eu que
não se vê que aquilo tomado como natural é, na quero pensar o Estado, me torno construtor
verdade, também arbitrariamente (= imposto) do próprio Estado.
construído.
A demanda social, de uma forma ou de outra, nos coloca
um "cutelo" no pescoço ("estude isso dessa forma"). O
mundo nos oferece demandas o tempo todo. Para ele, é
importante que sujeito, objeto e (alguma coisa aaaa) são de
naturezas diferentes. Corremos o risco de nos tornamos
nosso próprio objeto.
O mundo nos pressiona e o Estado é uma possibilidade de
"fugirmos" a essas pressões (ex. de escrever a história da
Motorola). Podemos utilizar a própria liberdade (relativa)
para desnaturalizar os mecanismos desse próprio Estado.
Você corre o risco de responder o que o Estado quer, mas
possui liberdade também para pensar outras questões.
Estas duas partes são precauções necessárias para
pensarmos nosso objeto de pesquisa.

Definição de Estado
Estudar a gênese. Ler o para Bourdieu.
nascimento do hospital,
do Foucault.
A forma como as "coisas", incluindo o Estado, existem não é a "única
possível", mas resultado de conflitos e de uma possibilidade "vitoriosa".

Capital estatal é, então, um capital oriundo da


Para estudar o governo, é preciso estudar a concentração de diferentes tipos de capital que
teoria (política), a prática e os personagens. permite exercer o poder sobre os mesmos e na
O que definiu o que estamos estudando é o troca entre os seus detentores.
nosso objeto. Por quais terrenos teu objeto **Seria, então, uma estrutura estrutural
vai caminhar? estruturante?**
Duas coisas são importantes: 1. a existência do Estado leva à existência de um espaço onde os
detentores de capital lutam pela obtenção do capital estatal, pois é este o capital que assegura o
poder sobre os outros; o nome dado a este espaço é "campo de poder"; 2. é a escola que garante o
poder do capital estatal e sua reprodução, ao meu entender até aqui, pela forma como ele naturaliza
os ações arbitrárias e uniformiza os sujeitos para que assim as vejam.

Os diferentes tipos de capital (concentração de)


existem interdependentemente.
O Estado seria, então, fruto da imposição da vontade e domínio ("
poder") de um grupo ("instituições representativas") a outros
grupos, apresentando como elementos de coesão território e
soberana (algum nível de "reconhecimento" interno e externo).
Por isso a escola é tão importante para Bourdieu, é nela que se dissemina a cultura,
que é unificadora, e se homogeiniza as estruturas mentais. Em outras palavras, é
nela que se constrói a identidade nacional (ou caráter nacional) fundamental para o
Estado-nação. A cultura é fundamental para o Estado-Nação.

Poder é relação para


Weber, mas não para
Foucault.

A dominação é a capacidade que alguém tem de ver suas ordens e mandatos serem
cumpridos. O capital simbólico, para ser tal, é necessário ter reconhecimento. Mais uma vez, o
poder é uma relação, como em Becker. Todos uma ideia de Weber do poder como
reconhecimento. O que há em comum para os poderes de Weber, é o reconhecimento de uma
propriedade qualquer.
Entre objetivismo e subjetivismo, devemos escolher os dois e superar
a dicotomia que os separa nas ciências sociais. Isso é um programa.

Muito bom isso.

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