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Medição Da Condutividade em Uma Amostra de Alumínio PDF
Medição Da Condutividade em Uma Amostra de Alumínio PDF
ESCOLA DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA
ENERGIA E FENÔMENOS DE TRANSPORTE
pss@mecanica.ufrgs.br
fernando@mecanica.ufrgs.br
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 5
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .......................................................................................................... 5
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................................... 6
3.1. Condução de Calor ............................................................................................................. 6
3.2. Lei de Fourier ..................................................................................................................... 6
3.3. Condutividade Térmica ..................................................................................................... 8
4. TÉCNICAS EXPERIMENTAIS ....................................................................................................... 8
4.1. Medição das dimensões ................................................................................................... 8
4.2. Montagem da bancada de medição ................................................................................. 9
4.2.1. Isolamento em torno do alumínio ............................................................................. 9
4.2.2. Posicionamento dos termopares ............................................................................... 9
4.3. Cálculo da potência do resistor (fonte de calor) ............................................................ 10
4.4. Cálculo da condutividade ................................................................................................ 10
4.5. Montagem do circuito ..................................................................................................... 10
5. RESULTADOS E VALIDAÇÃO DO EXPERIMENTO .................................................................... 11
5.1. Validação dos dados obtidos .......................................................................................... 11
5.2. Dados obtidos .................................................................................................................. 11
5.3. Cálculo das incertezas ..................................................................................................... 12
6. CONCLUSÕES .......................................................................................................................... 13
7. REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 14
THOMAZONI, A. L. R.; TORRES, R. G.; SANTOS R. Medição da Condutividade em uma amostra
de alumínio. 2010. 14f. Trabalho Final de Medições Térmicas – Departamento de Engenharia
Mecânica, Universidade Federal do Rio Grande Do Sul, Porto Alegre, 2010
RESUMO
ABSTRACT
This work aims to create a practical method for measuring thermal conductivity of a
sample of aluminum through a simple, low cost and with acceptable error. As in many
engineering processes is the need for practical action for the evaluation of materials
engineering, this project comes according to their convenience, because of its small size and
the scope to substitute other projects of greater complexity than requires a very high accuracy.
The test bench was fitted with two specimens of aluminum with a heater between transversal
sections of the bars. For measuring the temperature of the samples were used two J-type
thermocouple and a digital multimeter to measure the potential difference generated. The
results calculated are: for thermal conductivity 160W/m*K and the measurement uncertainly
700W/m*K.
Para este trabalho e para efetuar as medições, foi construída uma bancada simples
considerando o método da placa quente guardada e a norma ASTM E1225 com algumas
alterações buscando minimizar as restrições e simplificar a montagem.
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
5
estrutura constituída de PVC. Esse método foi realizado por (Park et al, 1995), e apresentou
resultados considerados satisfatórios pelos autores, uma vez que comparados com as normas
(ASTM E1225, 1987), tiveram diferenças de aproximadamente 20% para o arroz e 10% para o
trigo.
Um terceiro trabalho visto teve como objetivo o desenvolvimento e a avaliação de
uma caixa quente protegida, por (Güths, 1990), onde foram ensaiados materiais não-
homogêneos de grandes dimensões em regime transiente, pois se tratava de um ensaio para
materiais de construção civil e contava com um bom isolamento para os materiais, mesmo eles
possuindo condutividade térmica baixa.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A lei da condução térmica, conhecida como lei de Fourier, estabelece que a taxa no
tempo da transferência de calor através de um material é proporcional ao gradiente negativo
na temperatura e na área transversal ao gradiente através do qual o calor está fluindo. Pode-
se determinar o fluxo de calor transportado por condução pela Lei de Fourier:
(1)
(2)
Onde:
6
Figura 1 - Lei de Fourier
Pela 1ª Lei da Termodinâmica verifica-se que o fluxo de calor que entra no sistema tem
a mesma magnitude do fluxo de calor que sai do sistema, considerando um sistema
unidimensional.
7
parede, e a partir da equação de Fourier, obtemos a condutividade térmica, representada pela
equação (3):
(3)
4. TÉCNICAS EXPERIMENTAIS
Cada dimensão foi mensurada três vezes para diminuição da incerteza da medição.
Para o cálculo da incerteza total da medição das dimensões é preciso levar em conta a
incerteza do paquímetro utilizado e a incerteza da medição que é função do número de
amostras segundo (Holman, 1994). Para o cálculo da incerteza total foi utilizada a equação
abaixo:
(( ) ( ) ) (4)
8
Figura 3 - Vista da seção transversal da montagem
(5)
Onde :
Considerando o efeito Joule como a fonte de calor fornecida para placa se tem:
(6)
9
4.4. Cálculo da condutividade
* + (7)
Onde:
Onde em °C ou K.
Onde:
1 Dimer
2Resistência Dissipadora
3Placa de Sinal
Para a obtenção dos valores através das equações expostas no trabalho a primeira
condição é a de que se atinja a condição de regime estacionário. Esta condição pode ser
observada no software que mostra a evolução da temperatura dos termopares X tempo.
10
Figura 5 – Gráfico Temperatura termopar X tempo
11
Outro cálculo que se pode observar é a razão entre o calor dissipado pelo resistor e o
calor quem realmente cruza a barra unidirecionalmente.
Então temos:
(8)
Esse valor não é 100% devido a perdas que ainda ocorrem pela manta isolante,
contatos do termopar-amostra além de os termopares não estarem devidamente calibrados, e
também existe a falta de contato perfeito entre as superfícies da fonte de calor e das
amostras, porém faz sentido já que foi mensurado um ΔT na ordem de 0,6 °C em média.
Os valores até então obtidos são valores médios das variáveis observadas. O que irá
determinar a confiabilidade do experimento são as incertezas calculadas devido aos
componentes pertencentes ao sistema.
Incertezas barra A
Incerteza parcela q1 550,31443
Incerteza parcela A 361118,98
Incerteza parcela L1 0,1157384
Incerteza parcela Tq 117671,38
Incerteza parcela Tf 117671,38
Então temos, conseqüentemente, mais duas tabelas só que dessa vez para a incerteza
na segunda amostra (barra B).
Tabela 4 – Incertezas dos instrumentos e valores obtidos para barra B
12
Tabela 5 – Incerteza total no cálculo da condutividade térmica da barra B
Incertezas barra B
Incerteza parcela q 184,94714
Incerteza parcela A 361124,46
Incerteza parcela L 0,1162189
Incerteza parcela Tq 39710,643
Incerteza parcela Tf 39710,643
6. CONCLUSÕES
Constatou-se que o objetivo principal do procedimento adotado foi atingido, uma vez
que a construção da bancada para a medição da condutividade térmica de uma amostra
qualquer foi desenvolvida e apresentou resultados de acordo com o esperado. O resultado da
condutividade térmica, da amostra de alumínio testado, apresentado pela metodologia do
experimento foi de encontro com os dados relacionados na literatura ou em tabelas com as
propriedades térmicas do material. Como problemas a serem corrigidos para futuras medições
pode-se comentar o fato de não termos nenhuma informação a respeito da especificação da
liga de alumínio testada, tornando o erro associado ao experimento um pouco maior, pode-se
melhorar o isolamento e as superfícies de contato entre placa aquecedora-amostras e
termopares-amostra, também o fato da inexperiência dos operadores envolvidos.
Para o cálculo das incertezas envolvidas durante as medições verificou-se um valor
muito acima do esperado e conseqüentemente um valor equivocado. Devido ao fato do valor
da incerteza de medição das temperaturas ser alto, também observou-se que a incerteza em
relação a área tem um valor excessivamente alto já que a medida da área é muito pequena, o
que tornou esse resultado fora de contexto e deve ser corrigido de uma melhor forma.
Para um novo experimento é necessário controlar melhor as incertezas das variáveis
atuantes sobre o sistema, efetuando um isolamento mais eficiente e também considerando a
hipótese de fluxo de calor unidimensional com uma área transversal menor ou com um
comprimento muito maior que a área, relação essa que não fica tão favorável neste
experimento.
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7. REFERÊNCIAS
ASTM E1225, A. S. (1987). ASTM E1225: Standart Test Method for Thermal
Conductivity of Solids by Means of the Guarded-Comparative-Longitudinal Heat Flow
Tecnique.
Holman, J. (1994). Experimental Methodos for Engineers. New York: Mc GRaw Hill.
Niencheski, & Müller. (2008). Heat transfer study in a rig of thermal conductivity
measurement based on ASTM E1225 Standart.
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