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Sem guerra não há paz

Era uma vez, há muito, muito tempo, num reino longínquo, onde vivia um povo de admiráveis
conquistadores.
O Rei e o seu filho Príncipe, viviam num castelo imponente, defendido por bravos soldados.
Afonso era o nome do Rei e Rafael o sucessor ao trono. O Príncipe, já estava crescido, educado
para herdar o reino e perpetuar o legado dos seus pais e avós, não sabia como se vivia nas suas
próprias terras, onde a pobreza e a miséria imperavam. Certo dia passeava o Príncipe pelas
ruas, próximo do povo quando avistou uma bela jovem. Ordenou à sua comitiva que a ela se
dirigisse e prontamente a interpelou. – Qual o seu nome menina? Ao que a jovem respondeu.
– Leonor é o meu nome. Encantado com a beleza da jovem, o Príncipe regressa ao seu castelo,
onde o seu pai e os seus generais se reuniam.
Um dos generais do Rei comunicava que um dos reinos vizinhos planeava um ataque e
pretendiam assassinar o Rei. De imediato foram tomadas medidas de defesa do castelo.
Com o cair da noite o inimigo iniciava as hostilidades, uma emissária do inimigo apresentava-
se no castelo dizendo que foi enviada pelo Rei vizinho para iniciar um acordo de paz. As tropas
do rei entregaram a emissária ao general e este após um breve interrogatório levou-a à
presença do Rei. Frente a frente com o Rei, a emissária num golpe de espadachim muito
rápido, ataca mortalmente o inimigo e tenta fugir. Na sua fuga a emissária passa ao lado do
Príncipe, que surpreendido com a sua ação cai, mas na sua queda faz com que o chapéu que a
emissária usava para que não a identificassem, caísse pelo chão dos corredores do castelo. E
num olhar de segundos o Príncipe vê a face da jovem Leonor que tinha conhecido horas antes.
Leonor consegue escapar e o Príncipe segue para junto de seu pai que estava prestes a morrer.
O Rei morrera e o Príncipe subia ao trono. Apesar da desgraça de ter perdido o seu pai, iniciou
de imediato uma viagem pelo seu reino, falando com as pessoas e prometia que agora a vida
do povo ia melhorar. Mas os reinos vizinhos insistiam nas hostilidades, e o novo Rei tinha que
defender o seu reino. Os ataques constantes dos seus inimigos tornaram o reino ainda mais
pobre. Não havia comida, os soldados desanimavam e a derrota parecia inevitável.
O Rei pensava e reunia com os seus generais, mas muitos deles já não acreditavam e
desertavam. Não havia outra forma! O Rei planeava uma operação solitária. Reuniu os seus
mais fieis súbditos e o plano estava pronto. Procurou o apoio de reinos amigos vizinhos e
liderando a aliança iniciou a primeira fase da sua guerra. O Rei e os seus seis soldados fieis
saiam do seu castelo disfarçados de gente do povo, seguiam em três carroças que
transportavam produtos agrícolas para serem vendidos no mercado do reino vizinho. Já no
destino e ao cair da noite entravam no castelo inimigo e lutando com bravura aproximavam-se
do inimigo que assassinara o seu pai. Alguns dos seus fieis súbditos não resistiam e feridos
acabavam por morrer como grandes heróis. Finalmente o cerco final à sola do trono. O Rei e
três dos seus soldados que heroicamente sobreviveram nas terríveis lutas com os soldados
inimigos tinham agora o inimigo à mercê.
Misericórdia pedia o rei inimigo, vingança exigia o Rei pensando no seu pai que tinha morrido
nos seus braços depois do traiçoeiro plano que levara Leonor disfarçada de emissária pela paz.
Sem piedade a espada do Rei vingou o seu pai. Mas a batalha não ficara por aqui. Aparece na
sala Leonor que se diz princesa e que via ela também o seu pai morto. Leonor não resistiu ao
ódio e ordenou que todas as suas tropas atacassem o inimigo. O Rei e os seus três fiéis
súbditos iniciam a fuga e já fora do castelo seguem em direção ao seu Reino. Atrás de si os
soldados inimigos correm e prometem a morte aos vizinhos.
Finalmente chegam ao seu reino, e o Rei fica surpreendido com o que vê. O seu pedido de
ajuda aos reinos amigos tinha resultado, um grande número de soldados estava agora na
fronteira entre os dois reinos, pronto para defender sua Alteza Real, o Rei Rafael.
Quando os soldados inimigos chegam ao campo de batalha de imediato se rendem e a Rainha
derrotada Leonor é feita prisioneira.
E, se a vontade do Rei era maltratar a Rainha inimiga, rápido mudou de ideias rendido à sua
beleza, os dois acordaram a paz e os seus reinos viveram durante décadas unidos e os seus
povos viviam finalmente com boas condições de vida.

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