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ISSN 1984-9354
EMPREENDEDOR: CARACTERÍSTICAS
E HABILIDADES
Resumo
O presente artigo, como objetivo, levar a uma análise das
características e habilidades dos indivíduos que se propõem a
empreender, abrindo o seu próprio negócio. Portanto, serão mostrados
conceitos sobre empreendedorismo, características ee habilidades. O
instrumento de coleta de dados utilizado foi a entrevista realizada com
vários indivíduos empreendedores do segmento de restaurantes, onde
foi observado que em sua grande maioria possuem as mesmas
características expressadas pelos autores utilizados no referencial
teórico, mas, as habilidades essenciais que garantiriam a
sustentabilidade do negócio apresentam-se de maneira quase nula,
onde, os indivíduos lançam-se no mundo dos negócios sem o devido
preparo ou planejamento anteriores.
1. INTRODUÇÃO
Dessa forma, indaga-se: quantos dos empreendedores que atuam no mercado tiveram
acesso a essas informações?
Para tanto, foram desenvolvidas entrevistas com empreendedores do segmento de
restaurantes na região do primeiro distrito do município de Duque de Caxias. Muitos abriram
seus negócios devido ao aumento de trabalhadores na região provocado pela instalação de
novas empresas na região.
O estudo, no tópico dois, apresentará uma revisão bibliográfica sobre o
empreendedorismo, enfatizando as características e habilidades necessárias do empreendedor.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
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constituídas no Brasil tem crescido regularmente, saltando de 7,6% em 2003 para 12,9% em
2006.
O Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2006), afirma que existem três elementos
básicos para que os empreendedores alcancem o sucesso, a saber: apoio financeiro, políticas
governamentais e educação, e treinamento. Devido às taxas serem muito altas, fica difícil para
o empreendedor obter financiamento das instituições financeiras. Também existem críticas às
políticas governamentais principalmente, pela burocracia imposta para a abertura de um
negócio. Em relação à educação e treinamento, uma pesquisa realizada pelo GEM avalia que
são consideradas as características regionais brasileiras e, suas especificidades, e, que o
sistema educacional não forma com eficiência o indivíduo para ser um empreendedor.
De acordo com um estudo publicado pelo GEM em 2006, o Brasil é considerado o
país que mais empreende no mundo e, o brasileiro um empreendedor nato.
A concorrência torna-se um empecilho cada vez maior para o sucesso de novos
empreendedores, que sem o conhecimento necessário não conseguem se desvencilhar de
problemas muitas vezes simples.
Em análise de qualquer empreendimento encontram-se dói s tipos de empreendedor: o
que empreende em relação à oportunidade e, aquele que empreende por necessidade
(DORNELLAS, 2005). Em uma pesquisa realizada pelo GEM em 2002, somente em três
países encontram-se empreendedores por necessidade: Argentina, Brasil e China. Esse
aspecto se deve às dificuldades do mercado tradicional de trabalho.
O Brasil, em 2005, estava entre os dez países com maior nível de atividade
empreendedora, dentre os trinta e cinco países participantes de uma pesquisa. Embora, a
mesma, deixa nítido que o tipo de empreendedorismo praticado no Brasil é o por necessidade
(AIDAR, 2007).
A taxa de 8,5% dos empreendedores por oportunidade em 2001 mostra um decréscimo
em 2002 para 5,8%, o que coincide com o aumento dos empreendedores por necessidade
(GEM, 2006). Estes números, neste período, apresentam-se devido a eleição presidencial,
onde o Risco-Brasil teve uma alta e o cenário político-econômico não se mostrava viável para
novos empreendimentos. Dessa forma, a classe mais favorecida no cenário político anterior
perde foco junto ao governo. Posteriormente a esse período, o cenário econômico começa a
equilibrar-se, favorecendo novos investimentos por parte dos empreendedores. O maior índice
de empreendedores por necessidade é visto, o que é demonstrado pela falta de oportunidades
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no mercado formal e, uma alta taxa de desemprego (11,7%), de acordo com Almeida (2006).
Na pesquisa GEM (2006):
A análise das constatações extraídas da pesquisa, mostra a disposição do
brasileiro para empreender, porém os que tentam por em execução essa disposição
encontram um ambiente econômico muito desfavorável e a grande maioria encerra
precocemente seus negócios.
De acordo com Brito & Wever (2004, p. 16), o empreendedor por necessidade,
importante ressaltar, não é necessariamente um indivíduo desempregado como, no geral,
muitos pensam. Destes, muitos aspiram criar seu próprio negócio.
O empreendedorismo por necessidade, segundo estudo realizado pelo GEM (2006),
mostra uma tendência a ser maior entre os países em desenvolvimento, em que as dificuldades
de inserção no mercado de trabalho impulsionam as pessoas a ir em busca de alternativas de
ocupação.
Como empreendedor por oportunidade, tem-se como exemplo, Salim Mattar, da
empresa Localiza Rent a Car, cuja percepção, há trinta anos atrás, vislumbrou o mercado de
locação de automóveis, sendo hoje, a maior locadora do país. Outro exemplo a ser citado é o
de Mariângela Bordon, da marca OX, conhecida no Brasil e exterior, conforme Britto &
Wever (2004, p. 17).
Quando se lê ou se ouve comentar sobre um empreendedor de sucesso em seu
negócio, muitas vezes dá-se a entender que se está mudando apenas os personagens mas, a
história é a mesma. Tais empreendedores apresentam algo em comum: suas habilidades no
que se refere aos seus negócios.
Dornelas (2005, p. 33-34), procura enumerar algumas características dos
empreendedores bem sucedidos, como: visionários, bons tomadores de decisões, dedicados,
líderes, assumem riscos e desafios, bons exploradores das oportunidades, determinados e
dinâmicos, criam boas relações, criam valores para a sociedade e são bons planejadores. Isso,
os leva construírem uma boa rede de contatos com clientes, fornecedores e entidades de
classe, gerarem oportunidades de emprego, a serem criativos e inovadores na busca por novas
soluções para a melhoria da qualidade de vida das pessoas.
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Porém, durante um bom tempo, as pessoas foram levadas a acreditarem que ser
empreendedor era apenas um “dom” ou “talento” para abertura de um negócio. Acredita-se,
hoje, que empreender pode ser ensinado e entendido por qualquer pessoa que esteja disposta a
ser um empreendedor. Ao se partir desse princípio, ao se formar um número significativo de
empreendedores poderia acarretar numa expansão da economia e, por conseqüência num
bem-estar social. Para Dornelas (2005, p. 40), certamente o ensino do empreendedorismo
ajudaria na formação de melhores empreendedores, melhores empresas e numa maior geração
de riqueza para o país. Porém, o mesmo autor, afirma que o bom empreendedor deve ter
habilidades técnicas e gerenciais para tocar o seu negócio.
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Para Pessoa (2005 apud DOLABELA, 1999), a essência da Teoria de Filion ajuda a
entender como uma idéia de empresa se forma e, quais são os fatores de sua sustentabilidade.
Com base na Teoria de Filion, Dolabela (1999) criou metodologias para a capacitação
empreendedora de alunos começando na educação infantil, conhecida como Pedagogia
Empreendedora, até o ensino superior, a Oficina do Empreendedor.
As bases das metodologias são: o estímulo ao educando na busca do desenvolvimento
de seu empreendimento através da identificação de oportunidades, no desenvolvimento da
criatividade e na realização de atividades que simulem a prática, contribuindo na formação de
empreendedores.
Existe, também, o EMPRETEC, um programa desenvolvido pelas Nações Unidas em
34 países desenvolvido, no Brasil, pelo SEBRAE desde 1997 objetivando para que
empresários e empreendedores tenham resultados mais significativos em seus negócios, além
da geração de novas oportunidades de investimentos(SEBRAE, 2008).
O programa foca a percepção e análise das características singulares de cada
empreendedor objetivando a uma auto-avaliação e detecção de pontos fortes e fracos de seus
comportamentos e gestões. Permitindo ao empreendedor seu conhecimento e identificação
com as CCEs (CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR), assim
como:
Busca de oportunidades e iniciativas;
Persistência;
Comprometimento;
Exigência de qualidade e eficiência;
Correr riscos calculados;
Estabelecimentos de metas e objetivos;
Busca de informação;
Planejamento e monitoramento de sistema, e;
Outras.
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Através de pesquisa realizada pelo GEM em 2006, o Brasil surge na 10ª colocação no
ranking mundial de países empreendedores, o que mostra, no geral, que o brasileiro tende a
ter vocação para empreender.
A grande maioria das novas empresas surge por necessidade, onde o fundador perde o
emprego e as opções de retorno ao mercado de trabalho são cada vez mais difíceis. Porém,
uma boa parte destes chegam ao sucesso porque enxergam as oportunidades. Abrir
restaurantes, lanchonetes, barracas de cachorro-quente ou a fabricação de doces e salgados, na
atualidade, são segmentos empreendedores de maior interesse no Brasil. Em média, 27% dos
empreendedores iniciantes (com até três anos e meio de atividade) e 20% dos negócios
estabelecidos, que apresentam um tempo de vida superior a três anos e meio, atuam no setor
de alimentação (GEM,2006, p. 44).
Um grande esforço é feito para os empreendimentos sobrevivam. Para o SEBRAE
(2008), 60% dos negócios encerram suas atividades até o quarto ano de vida. As mais
freqüentes justificativas para o fato são as altas taxas de juros, a grande carga tributária e a
falta de habilidade do empreendedor em lidar com finanças, embora nas empresas bem-
sucedidas são fruto das qualidades do empreendedor, que são fundamentais.
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3. METODOLOGIA
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Duque de Caxias (REDUC) e o Pólo Gás-Químico. Estas são de pequeno e médio portes, não
possuindo refeitórios em suas instalações.
Percebendo esse fato de que 27% de empreendedores iniciantes escolheram esse segmento
(GEM, 2006) no 2º Distrito, optou-se para que as entrevistas fossem realizadas.
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Incompleto
Superior Completo 3 15
Fonte: Própria 2011
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5. CONCLUSÃO
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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