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Os caixotões da igreja de Campanhã: A sua origem em Portugal

A implantação da pintura em caixotão inicia-se no período maneirista, contudo o seu auge é alcançado
no Barroco , e isto deve-se economicamente : uma vez que, denotava-se a prosperidade económica em
Portugal assim como artisticamente, uma vez, que é uma altura, em que a mobilidade artística é uma
pratica corrente, e como tal, a presença de artistas estrangeiros, de uma forma direta ou não , acabaram
por influenciar o ciclo artístico.
Desde o primeiro quartel do séc. XVII que se introduziram a decoração de tetos em sistema de
caixotões, cujo o seu auge deu-se na arquitetura religiosa, sendo um total fenómeno levando a sua
propagação de Norte a Sul de Portugal, até ao início do séc. XIX.

Estruturação dos caixotões em campanha .

A entrada principal é feita por uma porta transversal, na qual temos acesso apenas há nave única, na
qual podemos contemplar o teto apainelado formado por um conjunto de vinte e quatro painéis.
Até aos dias de hoje, o autor permanece desconhecido, apenas se estabelece uma baliza cronológica
entre 1714 – 1758, relativamente há elaboração dos painéis, mas meramente hipotética.
Tecnicamente, o suporte utilizado nas pinturas que se encontram ao longo do teto são madeira de
castanho sendo compostos horizontalmente por 5 e por quatro verticalmente e as medidas das tábuas
são absolutas, ou seja, cada pintura mede cerca de 80x128 cm (alt. x larg.).
Para o painel estar completo, a pintura encontra-se emoldurada , por vários elementos de forma
ascendente, ou seja, a que está mais contigua há pintor, é de cor dourada e a mais fina de todas e as
três seguintes moldura apresentam-se com decorações com marmoreados policromado rematado por
um florão dourado.
Além do papel decorativo que desempenhavam, estas imagens que quase sempre estavam organizadas
em sequencias, assentavam em ciclos iconográficos relacionadas com programas catequéticos, uma vez
que era essencial para a transmissão da evangelização.
Uma vez que, a pintura, foi o veiculo utilizado para a divulgação da imagética da igreja, isto influenciou
plástica das composições, na qual evidencia-se a falta de cuidado na hora da representação das
paisagens, repara-se que são fundos muito dispersos assim como a paleta cromática assim como nas
figuras, que se apresentam alongadas e sem qualquer tipo de proporcionalidade. A nível pictórico,
apesar de ser observar, uma paleta cromática variada, surge uma tendência para as cores ácidas, as
tonalidades frias para como amarelos, ocres, azuis-claros, uma vez, que o que importava era o pathos
ser manifestado.

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