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Sumário

Lei do
Lei do Direito
Direito Autoral
Autoral nº
nº 9.610,
9.610, de
de 19
19 de
de Fevereiro
Fevereiro de
de 1998:
1998: Proíbe
Proíbe aa reprodução
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DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO


EFICAZ
Desistência voluntária
Prevista no art. 15 do Código Penal, configura-se quando o agente, por sua vontade, desiste de
continuar na execução do delito, impedindo sua consumação. É o contrário da forma tentada.
Ex.: Imaginemos que um indivíduo, com o intuito de matar, atira contra certa pessoa. Ele dá apenas
um tiro, contudo, sua arma ainda está carregada e a pessoa ainda não morreu. Todavia, o agente
decide desistir de matar a pessoa, mesmo após o primeiro tiro. Ocorreu, nessa caso, a desistência
voluntária.
A pessoa resolve desistir. O próprio agente resolve parar a execução. Ele impede a consumação
do crime.
ATENÇÃO! E se o agente desiste, mas, mesmo assim, o resultado ocorre? Retomando o exemplo
citado acima, se a vítima, mesmo com um só tiro, tivesse morrido, mesmo o agente tendo se
arrependido, ele será responsabilizado pelo homicídio consumado. Conclui-se, então, se a
desistência não serve de nada para evitar a consumação, não haverá desistência voluntária.
Efeitos da Desistência Voluntária
Não haverá responsabilidade penal pelo crime na forma tentada. A desistência impede que o
agente seja responsabilizado penalmente pelo crime na forma tentada. Entretanto, ele pode ser
responsabilizado pelos atos anteriormente praticados.
Ex.: "A", com o intuito de matar, sequestra "B" e o leva para um sítio. No local, quando "A" já
está com a arma apontada para a cabeça de "B", aquele desiste de matá-lo. Com isso, não houve
tentativa de homicídio. "A" será apenas responsabilizado pelo crime de sequestro.
Não responderá pela forma tentada, e sim somente pelos atos anteriormente praticados.
Ex.: querendo matar a vítima, o agente inicia a execução desferindo-lhe uma facada na perna,
ocasião em que, mesmo podendo continuar na execução, desiste da mesma. Nesse caso, o agente
não responderá pelo crime de homicídio na forma tentada, mas tão somente pelo crime de lesões
corporais.
ATENÇÃO! Desistência voluntária é aquela sem coação, na qual o agente escolhe parar. Ele
desiste por causa da sua vontade. Se o criminoso for convencido a não continuar na execução do
crime, será desistência voluntária, pois ele não foi coagido e fez uma escolha por livre e espontânea
vontade.
Arrependimento Eficaz
Ocorre quando o agente se arrepende, depois de encerrados todos os atos executórios, impedindo
o resultado. Obrigatoriamente, o arrependimento precisa ser eficaz. Após o agente desenvolver
todos os atos executórios, no momento entre o encerramento deles e a consumação, ele se
arrepende e reverte o possível resultado.

Lei do
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Direito Autoral
Autoral nº
nº 9.610,
9.610, de
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19 de
de Fevereiro
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Ex.: Lucas coloca veneno na comida de Carlos, com o intuito de matá-lo. Porém, depois de Carlos
ingerir o veneno, Lucas se arrepende e da um antídoto para Carlos. Desse modo, Carlos não morre.
Se, após aplicar o antídoto, Carlos morresse de qualquer jeito, o crime de homicídio estaria
consumado e não poderia haver arrependimento eficaz.
Efeitos do Arrenpendimento Eficaz
É o mesmo da desistência voluntária. O agente não responderá pelo crime na forma tentada. Não
responderá pela forma tentada, mas somente pelos atos anteriormente praticados. Ex.: O agente
empurra uma pessoa que não sabe nadar dentro de um açude, objetivando matá-la. Logo depois,
arrependendo-se de sua conduta, resolve retirá-la de dentro do açude, impedindo a sua morte.
ATENÇÃO! Um indivíduo está dentro de uma residência furtando vários objetos e, durante a
ação, escuta uma sirene da polícia e, com isso, foge com medo de ser pegue. Na situação descrita,
há desistência voluntária ou arrenpendimento eficaz? Não, pois não foi escolha sua o
interrompimento dos atos executórios.
Para analisar o caso concreto sempre deve-se perguntar: se o agente quisesse, ele teria continuado
a praticar o crime?
Obs.: Qual a diferença entre desistência voluntária e arrependimento eficaz? Na desistência
voluntária, o agente não continua na execução do crime; no arrependimento eficaz, o agente,
depois de ter encerrado todos os atos executórios, impede a ocorrência do resultado delitivo. Note
que ao contrário da desistência voluntária, o arrependimento eficaz pressupõe que todos os atos
executórios tenham sido realizados.

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
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