C6 o Estado Campo Grande - MS | Quinta-feira, 11 de junho de 2015

Mato Grosso do Sul

Dourados Curta-metragem

Lendas regionais
Espaço
oferece aula
experimental
de oficinas
Assessoria/Divulgação

Luana Ayala

Para o público de Dou-

Filme lançado
rados interessado em varie-
dade artística, o Espaço Ca-
no YouTube
sulo, inaugurado em maio
deste ano, está oferecendo
conta histórias
diversas oficinas culturais.
Para que todos tenham a
de tesouros
oportunidade de conhecer,
o espaço realizará aulas
perdidos na
experimentais, que aconte-
cerão de 15 a 20 de junho,
fronteira de MS
em horários distintos.
Segundo Arami Arguello, Juliana Barros
uma das idealizadoras do

projeto, a iniciativa surgiu
como uma forte opção para
os douradenses. “Como
temos poucas alternativas
por aqui, a proposta é
oferecer cultura e arte de
qualidade, com ótimos pro-
fissionais aqui da cidade.
Temos muita coisa boa”,
analisa.
As inscrições para as
aulas experimentais se
encontram abertas e são
de teatro para crianças,
dança criativa, violão po-
pular, violão clássico, circo
e palhaçaria. “São diversas
oficinas, porque assim todo
mundo pode participar”,
pontua.
Depois de realizar as
aulas experimentais, as ofi-
cinas seguem de maneira
contínua e o investimento
custa em média R$ 150.
Arami explica que além de
vários colaboradores, o ob-
jetivo do espaço Casulo é
também produzir espetá-
culos e fomentar a cultura.
“Tem essa questão de for-
mação artística que é muito
importante, mas as escolas
convencionais não investem
nisso”, relata.
Serviço – O Espaço Casulo
O
curta-metragem “En-
terros”, que foi inspi-
rado no imaginário das
lendas sobre tesouros para-
guaios enterrados na fron-
teira de sul-mato-grossense,
estreou no site YouTube esta
semana. O filme retrata a
busca de dois amigos por um
lendário tesouro escondido. No
decorrer da procura, os com-
panheiros passam a suspeitar
um do outro, e o esperado final
feliz parece cada vez mais
distante.
O diretor conta que foi por
meio do seu trabalho de con-
clusão do curso de Jornalismo
que surgiu a ideia de fazer o
roteiro do curta. “Minha pes-
quisa foi sobre mitos e lendas
do Estado. Em uma revista, vi
uma entrevista de paraguaios
que eram caçadores profis-
sionais de tesouros e isso me
chamou a atenção. Pesquisei
mais e vi que essas histórias
são muito comuns, e encon-
trei várias versões e registros
desses tesouros”, conta An-
driolli Costa.
“Enterros” é estrelado por
Edson Galvão e Márcio Higo.
Projeto
Os atores e todos os envolvidos foram participantes do projeto 'Mídias Contemporâneas, Narrativas Populares', realizado pelo Pontão de Cultura Guaicuru
Os atores e todos os envol-
vidos na produção foram par-
ticipantes do projeto “Mídias
Contemporâneas, Narrativas
Populares”, realizado pelo
Pontão de Cultura Guaicuru,
em 2010. Após o fim das ofi-
cinas, o grupo se desagregou,
e o projeto ficou guardado até
agora.
Foram quase quatro anos
após o término das filmagens
para que o diretor decidisse fi-
nalizá-lo. O ânimo veio quando
o jornalista começou a fazer
outra oficina de cinema, desta
vez no Rio Grande do Sul. “Eu
quis passar em algum edital
público pra ver se eu pagava
alguém para editar o filme ou
lançar em DVD. Como não con-
segui, fiquei frustrado e acabei
deixando de lado. Depois que
ingressei no curso percebi que
valeria a pena finalizá-lo”, de-
clara.
Gravar o filme foi complicado pela
falta de experiência dos envolvidos
Segundo Andriolli, a gra-
vação do curta foi bem com-
plicada pela inexperiência dos
participantes do projeto. “Por
mais auxílio que tivemos du-
rante o trabalho, encaramos
um projeto que hoje eu parti-
cularmente não faria. Filmar
à noite foi uma grande dificul-
dade. O roteiro era composto
por muitas cenas noturnas e
isso foi ruim. Filmar com carro
em movimento foi muito difícil
também. São decisões que a
inexperiência nos induziu”,
explica.
O filme conta com mais de
100 visualizações em menos de
uma semana. “Achei esse nú-
mero grande por ser um filme
independente. Estamos tendo
uma recepção boa. Sempre
que o público tem contato
com essa história, conta suas
experiências ou as de parentes
próximos. Isso envolve as pes-
soas”, pontua.
O diretor diz que o lança-
mento do filme não era es-
perado por quem ajudou na
produção, inclusive os atores.
“Todos ficaram muito felizes e
o filme foi dedicado ao nosso
câmera, que era indígena
da etnia Guarani Kaiowá e
acabou morrendo em um con-
fronto da tribo. Isso foi muito
chocante. Ele foi muito parti-
cipativo no projeto”.
O próximo trabalho de An-
driolli é o curta-metragem “O
Colecionador de Sacis”, que
deve ser rodado em julho. “A
história é um drama em que
um senhor de meia idade mora
sozinho. Além dele, tem uma
estante de garrafas vazias em
sua casa que, segundo seu
imaginário, contém um saci
em cada. Um dia, ele derruba
uma das garrafas e pensa que
tem um saci solto na casa”,
enfatiza.
SERVIÇO – O curta-metragem
“Enterros”, de Andriolli Costa,
pode ser visto no site http://bit.ly/
Enterros.

Arce Correia lança campanha para

se localiza na rua rua Reinaldo
Bianchi, 398, Dourados. Mais
informações sobre programação
e oficinas pelo telefone (67)

rodar seu novo longa-metragem

9870-0269.

Decisão

Ministros
decidem pela
liberação de
biografias
Folhapress
A maioria dos ministros
do STF (Supremo Tribunal
Federal) votou ontem (10)
pela liberação de biografias
não autorizadas.
Os ministros conside-
raram inconstitucional a
aplicação para livros bio-
gráficos de dois artigos
do Código Civil segundo
os quais sem autorização
prévia do retratado ou de
seus familiares, no caso de
mortos, escritos sobre pes-
soas com fins comerciais
podem ser proibidos.
Para a maioria dos in-
tegrantes do Supremo, a
exigência representaria
uma censura, que é incom-
patível com a Constituição,
que garante a liberdade de
expressão.
Os ministros entendem
que eventuais distorções
podem ser discutidas na
Justiça à posteriori, uma
vez que a legislação já ga-
rante medidas reparadoras
como indenizações e direito
de resposta.
A polêmica sobre a pu-
blicação de biografias não
autorizadas se estende há
anos e encontra resistência
em setores das classes ar-
tística e política, que re-
sistem em ter suas histórias
expostas sem autorização
prévia.
Assessoria/Divulgação
O ator sul-mato-grossense
Arce Correia está em um
novo projeto cinematográfico
e lançou uma campanha em
busca de apoio para rodar o
longa-metragem “13 Andares”,
o primeiro filme da Escola de
Arte Dramática da USP (Uni-
versidade de São Paulo), onde
é aluno. A instituição é voltada
para a formação no teatro há
67 anos, e essa é a primeira
vez que os alunos fazem um
semestre de aulas de cinema
e interpretação diante das câ-
meras.
“Esse é meu último se-
mestre, e o processo final da
disciplina é produzir um filme.
Somos 13 atores envolvidos e
muitas pessoas do audiovisual
da USP. Esse é o primeiro
projeto de filme dentro da
universidade. Temos equipe,
atores, câmera-man, produção
artística, e todo o material hu-
mano e de logística. Estamos
com pouca verba para andar
de verdade, não tem como
bancar a produção”, explica
Arce.
No filme, o ator irá inter-
pretar um advogado da alta
sociedade, religioso, ligado
às causas comunitárias, mas
que esconde sua verdadeira
conduta. Arce escolheu uma Na produção, Arce Correia irá interpretar um advogado da alta sociedade, religioso, ligado às causas comunitárias, mas que esconde sua verdadeira conduta
forma de discutir sobre a vio-
lência existente no interior das
pessoas, nas coisas pequenas. conseguir esse dinheiro em 12 seus nomes nos créditos finais, personagem Maria Quitéria”, pagamento, que é feito com
Toda a história foi pensada em dias, já temos 10 mil em arre- terão acesso exclusivo ao filme conta. boleto ou cartão de crédito.
conjunto pelos integrantes do cadações. O objetivo é encon- on-line, poderão participar O filme será rodado em
projeto. trar empresas grandes como como figurantes, dar nomes Filme será rodado em São Paulo e São Paulo e a arrecadação vai
As gravações estão progra- apoiadores”, declara. aos personagens e até parti- a arrecadação vai até 20 de junho até dia 20 de junho. “Iremos
madas para começar em julho, cipar de um workshop de ci- lançá-lo a partir de agosto ou
e para começarem a rodar as Preço para as doações varia para nema com a diretora do filme, No site, o colaborador sele- setembro. Queremos viabilizar
cenas, os atores estão com que qualquer pessoa possa ajudar Eliana Fonseca. “Estamos ten- ciona o valor e a recompensa algum projeto para o filme
a campanha no catarse “13 tando apoio do país inteiro. que deseja, depois clica em chegar a Campo Grande”.
Andares”, para levantar R$ As doações vão de R$ 10 Uma outra recompensa é a “revisar e realizar pagamento”
30 mil, que serão voltados à a R$ 5 mil, e em troca os co- doação que eu estou fazendo e será redirecionado a uma SERVIÇO – O site para doação é
produção. “A gente precisa laboradores poderão colocar de alguns shows da minha nova página até concluir o www.catarse.me/13andares.