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Técnico Legislativo
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todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores@maxieduca.com.br
TÍTULO I 1
DO MUNICÍPIO
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º O Município de Serrana, em união indissolúvel com o Estado de São Paulo e a República
Federativa do Brasil, com personalidade jurídica de direito público interno e autonomia política,
administrativa e financeira, exerce as competências que não lhe são vedadas pelas Constituições Federal
e Estadual.
§ 1º Todo Poder do Município emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos nos
termos da Constituição Federal e desta Lei Orgânica.
§ 2º A ação municipal desenvolve-se em todo seu território, sem privilégio de distritos ou de bairros,
reduzindo as desigualdades regionais e sociais, promovendo o bem-estar de todos, sem preconceitos de
origem raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Art. 2º São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o Executivo.
Art. 3º Nos procedimentos administrativos, qualquer que seja o objeto, fica garantida a igualdade entre
os administrados e o devido processo legal, especialmente quanto à exigência da publicidade, do
contraditório, da ampla defesa e do despacho ou decisão.
Art. 4º O Município buscará a integração econômica, política, social e cultural com os municípios da
região, visando a um desenvolvimento harmônico e sadio que garanta a preservação dos valores culturais
e naturais e a existência de um ambiente ecologicamente equilibrado.
CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
Seção I
Do Município
Art. 6º O Município de Serrana, unidade territorial do Estado de São Paulo, é organizado e regido pela
presente Lei Orgânica, na forma das Constituições Federal e Estadual.
§ 1º Os limites territoriais do Município somente poderão ser alterados na forma estabelecida na
Constituição Estadual e sua legislação complementar;
§ 2º A criação, organização e supressão de distritos depende de lei municipal, garantida a participação
popular.
1
Disponível em https://www.camaraserrana.sp.gov.br/temp/26112018102725lei_organica_do_municipio.pdf acesso em 26.11.2018
Art. 7º São bens do Município todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações que, a qualquer título,
lhe pertençam, bem como os rendimentos provenientes dos seus bens, execução de obras e prestação
de serviços.
§ 1º O Município tem o direito à participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de
recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais de seu território.
§ 2º Os bens imóveis doados pela administração pública, com a cláusula de destinação específica,
retornarão ao seu patrimônio se houver descumprimento do encargo previsto no instrumento de
alienação.
Art. 9º A qualquer forma de alienação de bens imóveis preferirá a concessão de direito real de uso nos
termos da legislação federal vigente.
Art. 10. O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão, permissão ou
autorização, conforme o caso e quando houver interesse público, devidamente justificado.
§ 1º A concessão administrativa dos bens públicos de uso especial, dominial e de uso comum
dependerá de lei.
§ 2º A permissão que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita a título precário, por decreto.
§ 3º A autorização, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita por decreto para
atividades ou usos específicos e transitórios, pelo prazo máximo de 90 (noventa dias), salvo quando para
fim de formar canteiro de obra pública, a caso em que o prazo corresponderá ao de duração da obra.
Art. 12. O Município tem como competência comum com a União e o Estado, entre outras, as seguintes
atribuições:
I - zelar pela guarda das Constituições Federal e Estadual, das leis e das instituições democráticas e
conservar o patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência públicas, da proteção e garantia das pessoas com deficiência;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de bens de valor histórico,
artístico e cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX - promover programas de construção de moradias e melhorias das condições habitacionais e de
saneamento básico;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social
dos setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos
hídricos e minerais em seu território;
XII - estabelecer e implantar política educacional para segurança no trânsito;
XIII - dispensar às microempresas e empresas de pequeno porte, tratamento fiscal diferenciado;
XIV - fiscalizar nos locais de venda, pesos, medidas e condições sanitárias dos gêneros alimentícios;
XV - realizar atividades de defesa civil, inclusive a de combate a incêndios e prevenção de acidentes
naturais.
Seção III
Das Vedações
TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES MUNICIPAIS
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
Seção I
Da Câmara Municipal
Art. 14. O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, composta de vereadores eleitos através
do sistema proporcional, dentre cidadãos maiores de 18 (dezoito) anos, no pleno exercício dos direitos
políticos, pelo voto direto e secreto.
§ 1º A Câmara compõe-se de 13 (treze) vereadores eleitos na forma da lei.
§ 2º O mandato dos vereadores é de 4 (quatro) anos.
Seção II
Das Deliberações
Art. 15. A discussão e a votação da matéria constante da ordem do dia só poderão ser efetuadas com
a presença da maioria absoluta dos membros da Câmara.
§ 1º A aprovação da matéria colocada em discussão dependerá do voto favorável da maioria dos
vereadores presentes à sessão, ressalvados os casos previstos nesta Lei.
§ 2º O vereador que tiver interesse pessoal na deliberação não poderá votar, sob pena de nulidade,
se o seu voto for decisivo.
§ 3º O voto será sempre público nas deliberações da Câmara.
Seção III
Das Atribuições
Art. 16. Cabe à Câmara, com a sanção do Prefeito, deliberar sobre todas as matérias de competência
do Município, especialmente:
I - legislar sobre assuntos de interesse local, inclusive suplementando a legislação Federal e Estadual;
II - legislar sobre os tributos municipais, arrecadação e distribuição de suas rendas, bem como autorizar
isenções, anistias fiscais e remissão de dívidas;
III - legislar sobre política tarifária;
IV - votar o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o Orçamento Anual, bem como
autorizar a abertura de créditos suplementares e especiais;
V - deliberar sobre obtenção e concessão de empréstimo e operações de créditos e arrendamentos
mercantis, bem como a forma e os meios de pagamento, salvo com suas entidades descentralizadas;
VI - deliberar sobre a concessão de auxílios, subvenções e contribuições em geral;
VII - deliberar sobre a concessão de serviços públicos;
VIII - autorizar quanto aos bens municipais imóveis:
a) o seu uso, mediante a concessão administrativa ou de direito real;
b) a sua alienação;
IX - autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem encargo;
X - dispor sobre a criação, organização, supressão ou fusão de distritos, mediante prévia consulta
plebiscitária às populações interessadas;
XI - dispor sobre a criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções na administração
direta, autarquias e fundações públicas, fixando suas respectivas remunerações;
XII - dispor sobre a estrutura administrativa do Município;
XIII - deliberar sobre o Plano Diretor;
XIV - dispor sobre normas urbanísticas, particularmente as relativas a zoneamento, loteamento, uso e
ocupação do solo;
XV - autorizar consórcios com outros municípios;
Art. 18. No primeiro ano de cada legislatura, no dia 1º de janeiro, às 10 horas, em Sessão Solene de
instalação, independentemente de número, os vereadores, sob a presidência do mais votado dentre os
presentes, prestarão compromisso e tomarão posse.
§ 1º A Sessão Solene de instalação poderá ocorrer em local diverso da sede da Câmara.
§ 2º O vereador que não tomar posse na sessão prevista neste artigo deverá fazê-lo no prazo de 15
(quinze) dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara.
§ 3º No ato da posse, os vereadores deverão desincompatibilizar-se. Na mesma ocasião, e ao término
do mandato, os vereadores deverão fazer declaração de seus bens, a qual será transcrita em livro próprio,
constando da ata o seu resumo.
§ 4º A declaração de que trata o parágrafo anterior deverá ser anualmente atualizada.
Subseção II
Do Subsídio
Art. 19. O subsídio do vereador será fixado pela Câmara em cada legislatura para a subsequente,
observados os limites máximos fixados no inciso VI do artigo 29 da Constituição Federal, atendidos os
critérios estabelecidos nesta Lei.
§ 1º A fixação do subsídio de que trata o caput dar-se-á até a data do pleito. Na inobservância desse
prazo, prevalecerá o subsídio fixado na legislatura anterior.
§ 2º Os vereadores serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado
o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, assegurada a revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção dos índices
aplicados aos vencimentos dos servidores municipais.
Subseção III
Da Licença
Subseção IV
Das Prerrogativas
Art. 21. Os vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no exercício do
mandato e na circunscrição do Município.
Art. 22. Os vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas
em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam
informações.
Subseção VI
Da Perda do Mandato
Art. 25. Não perderá o mandato o vereador licenciado nos termos do artigo 20 desta Lei.
§ 1º O suplente será convocado no caso de vaga, investidura do titular na função de Secretário ou de
licença do titular por período igual ou superior a 30 (trinta) dias.
§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, o Presidente comunicará o fato dentro de 48 (quarenta
e oito) horas diretamente ao Tribunal Regional Eleitoral.
Art. 26. Nos casos previstos no parágrafo 1º do artigo anterior, o Presidente convocará imediatamente
o suplente.
Parágrafo único. O suplente convocado deverá tomar posse no prazo de 15 (quinze) dias, salvo motivo
justo aceito pela Câmara.
Seção V
Da Mesa da Câmara
Subseção I
Da Composição e Eleição
Art. 28. No primeiro dia da legislatura, imediatamente após a Sessão Solene de posse, os vereadores
reunir-se-ão na sede da Câmara, sob a presidência do mais votado dentre os presentes, e havendo
maioria absoluta dos seus membros, elegerão os componentes da Mesa, que ficarão automaticamente
empossados.
Parágrafo único. Não havendo número legal, o vereador mais votado dentre os presentes permanecerá
na Presidência e convocará sessões diárias, até que seja eleita a Mesa.
Art. 29. A eleição para renovação da Mesa realizar-se-á na última sessão ordinária do mês de
dezembro que anteceder a posse, considerando-se automaticamente empossados os eleitos em 1º de
janeiro do ano seguinte.
Subseção II
Da Vaga, Destituição e Renúncia de Membro
Art. 30. Ocorrendo vaga de qualquer dos cargos da Mesa será realizada eleição para o seu
preenchimento na primeira sessão seguinte à verificação da vaga.
Parágrafo único. Em caso de renúncia do Presidente da Câmara assumirá o Vice-Presidente, até a
realização de nova eleição para completar o mandato.
Art. 31. Qualquer componente da Mesa poderá ser destituído pelo voto de no mínimo 2/3 (dois terços)
dos membros da Câmara quando faltoso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas atribuições
regimentais, assegurada ampla defesa, elegendo-se outro vereador para completar o mandato.
Parágrafo único. O Regimento Interno da Câmara disporá sobre o processo de destituição.
Subseção III
Das Atribuições
Subseção IV
Do Presidente
Seção VI
Das Reuniões
Subseção I
Disposições Gerais
Art. 35. A Câmara reunir-se-á em sessões ordinárias, extraordinárias ou solenes, conforme dispuser o
seu Regimento Interno.
Art. 37. As sessões da Câmara, excetuadas as de caráter solene, só poderão ser abertas com a
presença de, no mínimo, 1/3 (um terço) de seus membros e suas deliberações atenderão ao disposto no
artigo 15 desta Lei.
Subseção II
Das Sessões Ordinárias
Subseção III
Das Sessões Extraordinárias
Art. 39. A convocação extraordinária da Câmara far-se-á sempre por seu Presidente para apreciar
matéria urgente, de relevante interesse público e nos seguintes casos:
I – por solicitação do Prefeito;
II – por solicitação da maioria absoluta dos membros da Câmara;
III – pela comissão a que se refere o artigo 41 desta Lei.
Seção VII
Das Comissões
Art. 41. A Câmara terá comissões permanentes e temporárias, na forma e com as atribuições previstas
no Regimento Interno ou no ato de que resultar a sua criação.
§ 1º Em cada comissão será assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos
partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Câmara.
§ 2º Às Comissões, em razão da matéria de sua competência, definida no Regimento Interno, caberá:
I - convocar para prestarem, pessoalmente, informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições:
a) os Secretários e Diretores Municipais;
b) os dirigentes de autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações
instituídas ou mantidas pelo Município;
II - acompanhar a execução orçamentária;
III - realizar audiências públicas dentro ou fora da sede do Legislativo;
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou
omissões de autoridade ou entidade pública;
V - zelar pela completa adequação dos atos do Executivo que regulamentem dispositivos legais;
VI - tomar depoimento de autoridades e solicitar o de cidadãos;
VII - emitir parecer sobre matéria de sua competência.
Art. 42. As Comissões Parlamentares de Inquérito, com poderes e atribuições definidos no Regimento
Interno, serão criadas mediante requerimento de 1/3 (um terço) dos membros da Câmara, para apurar
fato determinado em prazo certo, sendo suas conclusões, conforme o caso, encaminhadas aos órgãos
competentes do Município, do Estado ou da União para que seja promovida a responsabilidade de quem
de direito.
Seção VIII
Do Processo Legislativo Subseção I
Disposições Gerais
Art. 44. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou comissão da
Câmara, ao Prefeito e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Lei.
§ 1º Compete privativamente ao Prefeito a iniciativa de projetos de lei que disponham, dentre outras
matérias, sobre:
I - criação e extinção de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta ou indireta,
bem como a fixação e aumento da respectiva remuneração;
II - criação, estruturação e atribuições das Secretarias Municipais e órgãos da administração direta e
indireta;
III - organização administrativa, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da
administração pública.
Art. 46. Nenhuma lei que crie ou aumente despesa pública será sancionada sem que dela conste a
indicação dos recursos disponíveis, bem como que observe o disposto na legislação vigente, para atender
aos novos encargos.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica a créditos extraordinários.
Art. 47. O Prefeito poderá solicitar que os projetos de sua iniciativa considerados relevantes, salvo os
de codificação, encaminhados à Câmara, tramitem em regime de urgência, dentro do prazo de 45
(quarenta e cinco) dias.
§ 1º Se a Câmara não deliberar no prazo estabelecido no caput do presente artigo, o projeto será
obrigatoriamente incluído na Ordem do Dia, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos,
até que se ultime sua votação, com exceção de projetos de Decreto Legislativo e de Resolução;
§ 2º Não ficará sobrestado também o exame do veto cujo prazo de deliberação tenha se esgotado,
nem tampouco a apreciação de decreto de emergência ou calamidade pública;
§ 3º O prazo estabelecido no caput deste artigo não corre nos períodos de recesso da Câmara.
Art. 48. O projeto aprovado em 2 (dois) turnos de votação será, no prazo de 10 (dez) dias úteis, enviado
pelo Presidente da Câmara ao Prefeito que, concordando, o sancionará e promulgará, no prazo de 15
(quinze) dias úteis.
Parágrafo único. Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias úteis, o silêncio do Prefeito importará em
sanção.
Art. 49. O Prefeito, entendendo ser o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao
interesse público, vetá-lo-á, total ou parcialmente, dentro do prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados da
data do recebimento, comunicando, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, ao Presidente da Câmara, os
motivos do veto.
§ 1º O veto deverá ser justificado e, quando parcial, abrangerá o texto integral de artigo, parágrafo,
inciso ou alínea.
§ 2º A Câmara deliberará sobre a matéria vetada, em um único turno de discussão e votação, dentro
do prazo de 30 (trinta) dias de seu recebimento, considerando-se aprovada quando obtiver o voto
favorável da maioria absoluta dos seus membros.
§ 3º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no parágrafo anterior, o veto será incluído na
Ordem do Dia da sessão imediata, sobrestadas as demais disposições, até sua votação final, observado
o disposto no parágrafo 2º do artigo 47 desta Lei.
§ 4º Rejeitado o veto, o projeto será enviado ao Prefeito em 48 (quarenta e oito) horas para a
promulgação.
§ 5º Não sendo promulgado o projeto pelo Prefeito em 48 (quarenta e oito) horas, nos casos de sanção
tácita ou rejeição do veto, deverá o Presidente da Câmara promulgá-lo e, se este não o fizer, em igual
Art. 50. Os prazos para discussão e votação dos projetos de lei, assim como para o exame de veto e
solicitação de urgência prevista no artigo 47 desta Lei Orgânica, não correm no período do recesso.
Art. 51. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto
na mesma sessão legislativa mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara.
§ 1º Considera-se rejeitado projeto de lei, para os efeitos desse artigo, quando, embora aprovado pela
Câmara, tiver sido o veto, total ou parcial, por ela acolhido.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos projetos de lei de iniciativa do Prefeito, que serão
submetidos à deliberação da Câmara em qualquer hipótese.
Art. 52. O projeto de lei que receber, quanto ao mérito, parecer contrário de todas as comissões a que
estiver afeto será tido como rejeitado.
Subseção II
Das Emendas à Lei Orgânica
Art. 53. A Lei Orgânica do Município poderá ser emendada mediante proposta:
I - de 1/3 (um terço), no mínimo, dos membros da Câmara;
II - do Prefeito;
III - de cidadãos, por meio de iniciativa popular assinada com nome, qualificação, endereço e número
do título de eleitor, no mínimo, por 5% (cinco por cento) dos eleitores registrados no Município.
§ 1º A proposta de emenda à Lei Orgânica será discutida e votada em 2 (dois) turnos, com interstício
mínimo de 10 (dez) dias entre eles, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambas as votações, o
voto favorável de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara.
§ 2º A emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara, com o respectivo número de
ordem.
§ 3º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada não poderá ser objeto de nova proposta na
mesma Sessão Legislativa.
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a contrariar os princípios
estabelecidos nas Constituições Federal e Estadual.
§ 5º A Lei Orgânica do Município não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de
estado de defesa ou de estado de sítio.
Subseção III
Das Leis Complementares
Art. 54. As leis complementares serão aprovadas pela maioria absoluta dos membros da Câmara, em
2 (dois) turnos de votação, observados os demais termos da votação das leis ordinárias.
Parágrafo Único. São leis complementares as que disponham sobre:
I - Código Tributário;
II - Código de Obras;
III - Código de Posturas Municipais;
IV - Código Ambiental e de Saneamento do Município;
V - Estatuto dos Servidores e respectivos planos de carreira;
VI - criação de cargos e aumento de vencimento dos servidores;
VII - estrutura administrativa e quadro de pessoal;
VIII - Plano Diretor;
IX - zoneamento, uso e ocupação do solo urbano;
X - concessão e permissão de serviços públicos;
XI - concessão de direito real de uso;
Subseção IV
Das Leis Ordinárias
Art. 55. As leis ordinárias exigem, para sua aprovação, o voto favorável da maioria dos vereadores
presentes.
Subseção V
Dos Decretos Legislativos e Das Resoluções
Art. 57. O Regimento Interno da Câmara disciplinará os casos de decreto legislativo e de resolução,
cuja elaboração, redação, alteração e consolidação serão feitas com observância das normas técnicas
relativas às leis ordinárias.
Seção IX
Da Procuradoria da Câmara Municipal
Seção X
Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária
Art. 60. Os Poderes Legislativo e Executivo manterão, de forma integrada, sistema único de controle
interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a execução dos programas de
governo e dos orçamentos do Município;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à eficácia e eficiência da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração direta e indireta, bem
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III - exercer controle sobre o deferimento de vantagens e a forma de calcular qualquer parcela
integrante do subsídio, vencimento ou salário de seus membros ou servidores;
IV - exercer o controle das aplicações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres
do Município;
V - apoiar o controle externo, no exercício de sua missão institucional.
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade,
ilegalidade ou ofensa aos princípios do artigo 37 da Constituição Federal, delas darão ciência ao Tribunal
de Contas do Estado de São Paulo, ao Prefeito e à Câmara, sob pena de responsabilidade solidária.
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei,
denunciar irregularidades perante o Tribunal de Contas do Estado, o Prefeito ou a Câmara.
§ 3º Os Poderes Legislativo e Executivo indicarão, cada um deles, 2 (dois) representantes
responsáveis pelo sistema único de controle interno, para compor a comissão encarregada de promover
a integração prevista nesse artigo.
Art. 61. Será publicado diariamente o movimento de caixa do dia anterior mediante edital a ser afixado
no edifício da Prefeitura e da Câmara.
Art. 62. O balancete relativo à receita e despesa do mês anterior será encaminhado à Câmara e
publicado mensalmente, até o dia 20 (vinte), mediante edital a ser afixado no edifício da Prefeitura e da
Câmara, conforme o caso. De igual forma, será dada publicidade pelo órgão oficial do Município ou pelo
órgão de imprensa local ou regional.
CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
Do Prefeito e do Vice-Prefeito
Subseção I
Da Eleição e da Posse
Art. 63. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, eleito para um mandato de 4 (quatro) anos,
podendo ser reeleito para um único período subsequente, na forma estabelecida pela Constituição
Federal.
Art. 64. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse perante a Câmara, prestando compromisso de
cumprir e fazer cumprir as Constituições Federal e Estadual, a Lei Orgânica do Município e as demais
leis.
§ 1º Se, decorridos 10 (dez) dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou Vice-Prefeito não tiver
assumido o cargo, este será declarado vago, salvo motivo de força maior devidamente comprovado.
§ 2º O Prefeito e o Vice-Prefeito deverão fazer declaração pública de bens no ato da posse, sendo
impedidos de assumir se não cumprirem a exigência.
Subseção II
Das Proibições e Incompatibilidades
Art. 65. O Prefeito e o Vice-Prefeito não poderão, desde a posse, sob pena de perda do mandato:
I - firmar ou manter contratos com o Município, suas autarquias, empresas públicas, sociedades de
economia mista ou empresas concessionárias de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a
cláusulas uniformes;
II - aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja demissível ad
Subseção III
Da Substituição e da Sucessão
Art. 66. Em caso de impedimento ou licença do Prefeito, ou vacância do respectivo cargo, serão
sucessivamente chamados para substituí-lo ou sucedê-lo o Vice-Prefeito e o Presidente da Câmara.
§ 1º O Vice-Prefeito auxiliará na direção da administração pública municipal, conforme lhe for
determinado pelo Prefeito ou nos termos da lei.
§ 2º Por nomeação do Prefeito, o Vice-Prefeito poderá ocupar cargo de provimento em comissão na
administração direta ou cargo, emprego ou função na administração descentralizada, observando-se o
disposto no artigo 65 desta Lei.
§ 3º O Vice-Prefeito não poderá recusar-se a substituir ou a suceder o Prefeito, sob pena de extinção
do mandato.
§ 4º Enquanto o substituto legal não assumir o cargo, responderá pelo expediente da Prefeitura o
Procurador Geral do Município.
Art. 67. Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, nos primeiros 03 (três) anos de período
governamental, far-se-á eleição indireta para ambos os cargos pela Câmara 90 (noventa) dias depois de
aberta a última vaga, na forma como disposto no Regimento Interno.
§ 1º Ocorrendo a vacância no último ano do período governamental, assumirá o Presidente da Câmara.
§ 2º Em qualquer dos casos, os sucessores deverão completar o período de governo restante.
Subseção IV
Da Licença
Art. 68. O Prefeito e o Vice-Prefeito não poderão, sem licença da Câmara, ausentar-se do Município
ou afastar-se do cargo, por período superior a 15 (quinze) dias, sob pena de perda do mandato.
Subseção V
Dos Subsídios
Art. 70. O subsídio do Prefeito, Vice-Prefeito e Secretários será fixado mediante lei de iniciativa da
Câmara, no final de cada legislatura para a subsequente, observados os parâmetros da Constituição
Federal constantes nos artigos 37, XI, 39, parágrafo 4º, 150, II, 153, III e parágrafo 2º, I.
Subseção VI
Do Local de Residência
Art. 72. Anualmente o Prefeito e o Vice-Prefeito deverão apresentar declaração pública de bens,
inclusive quando do término do mandato.
Parágrafo único. Não fará jus ao subsídio o Prefeito e o Vice-Prefeito que, até 90 (noventa) dias antes
do término do mandato, não apresentar ao Presidente da Câmara sua declaração de bens atualizada,
nos termos da legislação vigente.
Seção II
Das Atribuições do Prefeito
Art. 73. Compete privativamente ao Prefeito, além de outras atribuições previstas nesta Lei:
I - representar o Município nas suas relações jurídicas, políticas e administrativas;
II - exercer, com auxílio dos Secretários e Diretores, a direção da administração pública;
III - sancionar, promulgar e fazer publicar leis aprovadas pela Câmara, bem como expedir decretos
para sua fiel execução;
IV - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
V - prover e extinguir os cargos, empregos e funções públicas municipais, na forma da lei, e expedir
os demais atos referentes à situação funcional dos servidores;
VI - decretar desapropriações e instituir servidões administrativas;
VII - expedir decretos, portarias e outros atos administrativos;
VIII - prestar contas da administração municipal à Câmara no prazo de 15 (quinze) dias após a
solicitação na forma regimental, bem como encaminhar cópias de documentos, quando solicitadas;
IX - apresentar à Câmara, na sua sessão inaugural, mensagem sobre a situação do Município,
solicitando medidas de interesse público;
X - iniciar o processo legislativo na forma e nos casos previstos nesta Lei;
XI - celebrar convênios ou acordos;
XII - permitir ou autorizar o uso de bens municipais por terceiros, nos termos desta Lei Orgânica e
mediante autorização legislativa, quando for o caso;
XIII - realizar operações de crédito autorizadas pela Câmara;
XIV - dispor sobre a organização e o funcionamento da administração municipal, na forma da lei;
XV - subscrever ou adquirir ações, desde que haja recursos hábeis, mediante autorização da Câmara;
XVI - dispor, a qualquer título, no todo ou em parte, de ações ou capital que tenha subscrito, adquirido,
realizado ou aumentado, mediante autorização da Câmara;
XVII - delegar, por decreto, à autoridade do Executivo e aos seus auxiliares diretos, funções
administrativas que não sejam de sua exclusiva competência;
XVIII - enviar à Câmara projetos de lei relativos ao Plano Plurianual, às Diretrizes Orçamentárias e ao
Orçamento Anual;
XIX - enviar à Câmara projeto de lei sobre o regime de concessão ou permissão de serviços públicos;
XX - encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado, até 31 (trinta e um) de março de cada ano, a
prestação de contas do Município, bem como os balanços do exercício findo;
XXI - fazer publicar os atos oficiais;
XXII - comunicar ao Cartório de Registro de Imóveis as denominações e alterações de vias e
logradouros;
XXIII - aprovar projetos de edificação, planos de loteamento, arruamento e zoneamento urbano ou
para fins urbanos, além do desdobro de lotes;
XXIV - apresentar à Câmara projeto relativo ao Plano Diretor;
XXV - decretar estado de calamidade pública para atender as despesas imprevisíveis e urgentes que
devam ser suportadas por créditos extraordinários;
XXVI - solicitar o auxílio da polícia estadual para garantia de cumprimento de seus atos, bem como
fazer uso da Guarda Municipal, no que couber;
XXVII - propor ação direta de inconstitucionalidade;
XXVIII - oficializar, obedecidas as normas urbanísticas aplicáveis, os logradouros públicos;
XXIX - superintender a arrecadação dos tributos e rendas, bem como a guarda e aplicação da receita,
autorizando as despesas e pagamentos dentro das possibilidades orçamentárias ou dos créditos
autorizados pela Câmara;
XXX - colocar à disposição da Câmara os recursos correspondentes às suas dotações orçamentárias,
compreendidos os créditos suplementares e especiais, até o dia 20 (vinte) de cada mês;
Seção III
Dos Auxiliares Diretos do Prefeito
Art. 74. São auxiliares diretos do Prefeito os Secretários e o Procurador Geral do Município.
Parágrafo único. Os auxiliares diretos do Prefeito, ocupantes de cargo de livre nomeação e
exoneração, pertencem ao primeiro escalão da administração municipal e deverão fazer declaração
pública de bens no ato da posse e ao término do exercício do cargo, e terão os mesmos impedimentos
previstos para os vereadores, enquanto nele permanecerem.
Art. 75. Lei municipal estabelecerá as atribuições dos auxiliares diretos do Prefeito, definido-lhes a
competência, deveres e responsabilidades.
Art. 76. O Prefeito, nas infrações político-administrativas, definidas em lei federal, será julgado pela
Câmara.
Parágrafo único. As infrações político-administrativas previstas no caput serão apuradas por Comissão
Processante, segundo o procedimento e os termos da legislação federal e do Regimento Interno da
Câmara.
Subseção II
Da Responsabilidade Criminal
Art. 77. São crimes de responsabilidade do Prefeito, sujeitos ao julgamento do Poder Judiciário,
independentemente de pronunciamento da Câmara, os previstos na legislação federal, dando-se a sua
apuração na forma como nela estabelecida.
Art. 78. A extinção ou cassação do mandato do Prefeito e do Vice-Prefeito ocorrerá nas hipóteses
definidas pela Constituição Federal e pela legislação federal pertinente.
Art. 79. O Prefeito, nas infrações penais comuns, será processado e julgado originariamente pelo
Tribunal de Justiça, nos termos do artigo 74, I, da Constituição do Estado de São Paulo.
Art. 80. O Prefeito e o Vice-Prefeito, na vigência de seus respectivos mandatos, não poderão ser
responsabilizados por atos estranhos ao exercício de suas funções.
Seção V
Da Procuradoria Geral do Município
Art. 82. A Procuradoria Geral do Município reger-se-á por lei própria, atendendo-se, com relação aos
seus integrantes, o disposto nos artigos 37, XII, parágrafo 1º e 135, da Constituição Federal.
Art. 83. O ingresso na classe inicial da carreira de Procurador do Município dar-se-á mediante concurso
público de provas e títulos.
Parágrafo único. A Procuradoria Geral do Município tem por chefe o Procurador Geral do Município,
de livre nomeação e exoneração pelo Prefeito, dentre profissionais de reconhecido saber jurídico,
reputação ilibada e preferencialmente com experiência em áreas diversas da administração municipal.
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
CAPÍTULO I
DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL
Seção I
Disposições Gerais
Subseção I
Dos Princípios
Art. 84. A administração pública direta, indireta e fundacional, de qualquer dos poderes do Município,
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade,
finalidade, motivação, interesse público e eficiência.
Subseção II
Do Planejamento Municipal
Art. 85. O Município deverá organizar a sua administração, exercer suas atividades e promover sua
Subseção III
Da Prestação de Contas
Art. 87. Os órgãos e pessoas que recebam dinheiro ou valores públicos ficam obrigados à prestação
de contas de sua aplicação ou utilização, nos prazos e nas formas que a lei estabelecer.
Subseção IV
Do Fornecimento de Certidão
Art. 88. A administração é obrigada a fornecer a qualquer cidadão, para defesa de direitos e
esclarecimentos de interesse pessoal, coletivo, público ou difuso, certidão de atos, contratos, decisões
ou pareceres, na forma da lei federal que dispõe sobre a matéria.
Subseção V
Dos Agentes Fiscais
Art. 89. A administração fazendária e seus agentes fiscais, titulares de cargos públicos, aos quais
compete exercer, privativamente, a fiscalização de tributos municipais, terão, dentro de suas áreas de
competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei.
Seção II
Das Obras e dos Serviços Públicos
Subseção I
Disposição Geral
Art. 90. Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, aquisições e alienação
serão contratadas mediante processo licitatório que:
I - assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei;
II - permita somente as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações.
Parágrafo único. O Município deverá observar as normas gerais de licitação e contratação editadas
pela União, e as específicas constantes da legislação municipal.
Subseção II
Das Obras e dos Serviços Públicos
Art. 91. A realização de obras públicas municipais deverá estar adequada às diretrizes do Plano
Diretor.
Art. 92. Os empreendimentos de obra e serviços do Município somente poderão ter início com prévia
elaboração do plano respectivo, no qual, obrigatoriamente, conste:
I - a viabilidade do empreendimento, sua conveniência e oportunidade para o interesse comum;
II - os pormenores para a sua execução;
III - os recursos para o atendimento das respectivas despesas;
Art. 93. O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum mediante:
I - convênio com o Estado, a União ou entidades particulares;
II - consórcio com outros municípios.
Parágrafo único. Os consórcios a serem ajustados com outros municípios deverão atender as normas
gerais dispostas na lei federal que disciplina a formação de consórcios.
Art. 94. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre mediante processo licitatório, a prestação de serviços públicos, atendidos os termos
desta lei e da lei federal específica.
§ 1º A permissão de serviço público a título precário será outorgada por Decreto do Prefeito, após
edital de chamamento de interessados para escolha do melhor pretendente.
§ 2º A concessão só será feita com autorização legislativa, mediante contrato, precedido de
concorrência pública.
§ 3º Serão nulas de pleno direito as permissões, as concessões, bem como quaisquer outros ajustes
feitos em desacordo com o estabelecido na legislação federal e nesta Lei.
Art. 96. Ao usuário dos serviços públicos fica garantida sua prestação compatível com a dignidade
humana e com regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia e
modicidade de tarifas.
Art. 97. As reclamações relativas à prestação de serviços públicos serão disciplinadas em lei de
iniciativa do Prefeito.
Art. 98. A tarifa dos serviços públicos será fixada por Decreto do Prefeito, na forma que a lei
estabelecer.
CAPÍTULO II
DOS SERVIDORES MUNICIPAIS
Seção I
Do Regime Jurídico Único
Art. 99. Lei municipal de iniciativa do Prefeito disporá sobre o regime jurídico e previdenciário dos
servidores municipais, especialmente sobre a criação e extinção de cargos, empregos e funções públicas,
sua forma de provimento, plano de carreira, aposentadoria, sistema remuneratório e concessão de
vantagens e benefícios, observado o disposto nas Constituições Federal e Estadual.
TÍTULO IV
DA TRIBUTAÇÃO, DAS FINANÇAS E DO ORÇAMENTO
CAPÍTULO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL
Seção I
Dos Princípios Gerais
Art. 100. A receita pública será constituída por tributos, tarifas, preços e outros ingressos.
Parágrafo único. Os preços e tarifas públicas serão fixados pelo Executivo, observadas as normas
gerais de Direito Financeiro e as leis atinentes à espécie.
Art. 102. As controvérsias entre a Fazenda Pública e o contribuinte são dirimidas no âmbito
administrativo pela Junta de Recursos Fiscais do Município.
Art. 103. O Município orientará os contribuintes para a correta observância da legislação tributária.
Seção II
Das Limitações do Poder de Tributar
Art. 104. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, ao Município é vedado:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por ele exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído
ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
IV - utilizar tributos com efeito de confisco;
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributo;
VI - instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços:
a) da União, Estados e dos outros Municípios, de suas autarquias e fundações;
b) dos templos de qualquer culto;
c) dos partidos políticos e sua fundações, das entidades sindicais de trabalhadores, das instituições
de educação e de assistência social sem fins lucrativos, atendidos os requisitos de lei;
d) sobre livros, jornais, periódicos e papel destinado à sua impressão;
VII - as vedações expressas no inciso VI, alíneas “b” e “c” compreendem somente o patrimônio, a
renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
§ 1º A vedação do inciso VI, “a”, não se aplica ao patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com
exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou
em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário.
§ 2º A contribuição de que trata o artigo 133, IV, só poderá ser exigida após decorridos noventa dias
da publicação da lei que a houver instituído ou modificado, não se lhe aplicando o disposto no inciso III,
“b”, deste artigo.
§ 3º Qualquer anistia ou remissão que envolva matéria tributária ou previdenciária só poderá ser
concedida através de lei específica.
Art. 105. É vedado ao Município estabelecer diferenças tributárias entre bens e serviços de qualquer
natureza, em razão de sua procedência ou destino.
Seção III
Dos Impostos do Município
Seção IV
Da Participação do Município nas Receitas Tributárias
Art. 108. O Município receberá da União, em virtude do produto da arrecadação dos impostos sobre
renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados:
I - 22,5% (vinte e dois inteiros e cinco décimos) ao Fundo de Participação dos Municípios;
II - 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro
decêndio do mês de dezembro de cada ano.
Art. 109. O Município receberá da União 70% (setenta por cento) do montante arrecadado relativo ao
imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativo a títulos ou valores mobiliários que
venham a incidir sobre ouro originário do Município.
Art. 110. O Município receberá do Estado vinte e cinco por cento dos recursos que receber da União,
a título de participação no Imposto sobre Produtos Industrializados, observados os critérios estabelecidos
no artigo 158, parágrafo único, I e II, da Constituição Federal.
Art. 111. O Município divulgará, até o último dia do mês subsequente ao da arrecadação, os montantes
de cada um dos tributos arrecadados, dos recursos recebidos, os valores de origem tributária entregues
e a entregar, e a expressão numérica dos critérios de rateio.
Art. 112. O Município organizará a sua contabilidade de modo a evidenciar os fatos ligados à sua
administração financeira, orçamentária, patrimonial e industrial.
Art. 113. A despesa pública atenderá aos princípios estabelecidos na Constituição Federal e na
Legislação que dispõe sobre normas gerais do direito financeiro.
Art. 114. Nenhuma despesa será ordenada ou realizada sem que existam recursos orçamentários ou
crédito votado pela Câmara.
Art. 115. A despesa de pessoal ativo ou inativo ficará sujeita aos limites estabelecidos na lei
complementar que se refere ao artigo 169 da Constituição Federal.
Art. 117. Imediatamente após a promulgação da Lei Orçamentária Anual, o Poder Executivo elaborará
a programação financeira, levando em conta os recursos orçamentários e extraorçamentários, para
utilização dos respectivos créditos pelas unidades administrativas.
Parágrafo único. O disposto nesse artigo aplica-se ao Executivo e ao Legislativo, seus fundos, órgãos
e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público Municipal.
CAPÍTULO III
DO ORÇAMENTO
Art. 121. Lei de iniciativa do Poder Executivo estabelecerá, com observância dos preceitos
correspondentes da Constituição Federal:
I - o Plano Plurianual;
II - as Diretrizes Orçamentárias; e
III - o Orçamento Anual.
§ 1º A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá, de forma setorizada, as diretrizes, objetivos e
metas da administração para as despesas de capital e de outras delas decorrentes, bem como as relativas
aos programas de duração continuada.
§ 2º A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração,
incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da Lei
Orçamentária Anual e disporá sobre as alterações na legislação tributária, devendo ser aprovada pela
Câmara até o final do primeiro semestre de cada ano.
§ 3º O Poder Executivo publicará, em órgão oficial do Município, até 30 (trinta) dias após o
encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
§ 4º Os planos e programas setoriais serão elaborados em consonância com o Plano Plurianual e
Art. 122. Os projetos de lei relativos ao Plano Plurianual, às Diretrizes Orçamentárias, ao Orçamento
Anual e aos créditos adicionais, bem como suas emendas, serão apreciados pela Câmara, na forma do
Regimento Interno.
§ 1º As emendas ao projeto de Lei do Orçamento Anual ou aos projetos que o modifiquem serão
admitidas desde que:
I - sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesas,
excluídos os que incidirem sobre:
a) dotação para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida.
III - relacionadas com:
a) correção de erros ou omissões;
b) dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 2º O Poder Executivo poderá enviar mensagem à Câmara para propor modificações nos projetos a
que se refere esse artigo, enquanto não iniciada na Comissão competente a votação da parte cuja
alteração é proposta.
§ 3º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o artigo 165, parágrafo 9º, I e II da
Constituição Federal, será obedecido as seguintes normas:
I - o projeto do Plano Plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato
do atual Prefeito subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro
exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa;
II - o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias será encaminhado até oito meses e meio antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da
sessão legislativa;
III - o projeto de Lei Orçamentária do Município será encaminhado até quatro meses antes do
encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
§ 4º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição total ou parcial do projeto de Lei
Orçamentária Anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados, conforme o caso,
mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
TÍTULO V
DA ORDEM ECONÔMICA
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA
Art. 124. O Município promoverá o seu desenvolvimento econômico, agindo de modo que as atividades
econômicas realizadas em seu território contribuam para elevar o nível de vida e o bem-estar da
população local, bem como para valorizar o trabalho humano e garantir a função social da propriedade.
Parágrafo único. Para a consecução do objetivo mencionado neste artigo, o Município atuará de forma
isolada ou em articulação com a União ou com o Estado.
Art. 125. Na promoção do desenvolvimento econômico, o Município agirá, sem prejuízo de outras
iniciativas, no sentido de:
I - fomentar a livre iniciativa;
II - privilegiar a geração de empregos;
III - utilizar tecnologias de uso intensivo de mão de obra;
IV - racionalizar a utilização de recursos naturais;
V - proteger o meio ambiente;
VI - proteger os direitos dos usuários dos serviços públicos e dos consumidores;
VII - dar tratamento diferenciado à pequena produção artesanal ou mercantil e às microempresas,
considerando sua contribuição para a democratização de oportunidades econômicas, inclusive para os
grupos sociais mais carentes;
VIII - eliminar entraves burocráticos que possam limitar o exercício da atividade econômica;
IX - desenvolver ação direta ou reivindicativa junto a outras esferas de Governo, de modo a que sejam,
entre outros, efetivados:
a) assistência técnica;
b) crédito especializado ou subsidiado;
c) estímulos fiscais e financeiros;
d) serviços de suporte informativo ou de mercado.
Art. 126. O Município poderá consorciar-se com outras municipalidades com vista ao desenvolvimento
de atividades econômicas de interesse comum, bem como se integrar em programas de desenvolvimento
regional a cargo de outras esferas de governo.
Art. 127. O Município dispensará às microempresas, às empresas de pequeno porte, aos micro e
pequenos produtores rurais, assim definidos em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-
los pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias e creditícias, ou pela eliminação ou
redução destas, por meio de lei, obedecido o disposto em lei complementar federal.
Art. 129. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público Municipal, conforme
diretrizes gerais, fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o plano de desenvolvimento das funções sociais
da cidade, assegurando:
I - o bem-estar de seus habitantes;
II - a participação das respectivas entidades comunitárias no estudo, encaminhamento e solução dos
problemas, planos, programas e projetos que lhe sejam concernentes;
III - a preservação, proteção e recuperação do meio ambiente urbano e cultural;
IV - a criação e manutenção de áreas de especial interesse histórico, urbanístico, ambiental, turístico
e de utilização pública;
V - o respeito aos direitos de eventuais proprietários ou possuidores, com observância das normas
urbanísticas, de segurança, higiene e qualidade de vida, sem prejuízo do cumprimento das obrigações
legais dos responsáveis pelos danos causados aos adquirentes de lotes, ao Poder Público Municipal ou
ao meio ambiente;
VI - a restrição à utilização de áreas de riscos geológicos;
VII - as áreas definidas em projeto de loteamento como áreas verdes ou institucionais não poderão,
em qualquer hipótese, ter sua destinação, fins e objetivos originalmente estabelecidos, alterados;
VIII - a preservação das matas naturais ainda existentes;
IX - a preservação das várzeas e das áreas de solos próprios à agricultura;
X - assegurar às pessoas com deficiência o livre acesso a edifícios ou logradouros públicos, ou
particulares abertos ao público e ao transporte coletivo.
Art. 131. Incumbe ao Município, mediante lei específica para área incluída no Plano Diretor, exigir, nos
termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que
promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até 10 (dez) anos, em parcelas anuais, iguais e
sucessivas, assegurado o valor real da indenização e os juros legais.
Art. 132. As desapropriações de imóveis urbanos pelo Município serão feitas mediante prévia e justa
indenização em dinheiro.
Art. 133. A política habitacional do Município será executada em conformidade com o Plano Municipal
de Habitação, instituído por lei de iniciativa do Prefeito, segundo diretrizes estabelecidas em lei federal,
que objetivará diminuir o custo e agilizar a construção de casas populares.
Art. 135. Compete ao Município, de acordo com as diretrizes de desenvolvimento urbano, a criação e
CAPÍTULO III
DO SISTEMA VIÁRIO E DOS TRANSPORTES
Art. 136. O transporte é direito do cidadão, sendo de responsabilidade do Poder Público Municipal o
planejamento, o gerenciamento e a operação dos transportes municipais.
Parágrafo único. O Prefeito definirá, segundo os critérios do Plano Diretor, o percurso, a frequência e
a tarifa de transporte coletivo local, competindo-lhe:
I - organizar e gerir o tráfego local;
II - administrar terminais rodoviários e organizar e gerir o transporte coletivo de passageiros por ônibus;
III - planejar o sistema viário e localização dos polos geradores de tráfego e transporte;
IV - fiscalizar o cumprimento de horário do transporte coletivo urbano e rural executado pelas empresas
concessionárias ou permissionárias;
V - organizar e gerir os fundos referentes à venda de passes e de aquisição de vale-transporte;
VI - organizar e gerir os serviços de táxi e de lotação;
VII - definir e cobrar tarifa para embarque de passageiros através de Decreto;
VIII - regulamentar e fiscalizar os serviços de transporte escolar, fretamento e transportes especiais de
passageiros;
IX - implantar sinalização, obstáculos, parada de ônibus e áreas de estacionamento;
X - manter as vias públicas em perfeito estado de conservação e uso.
Art. 137. O Município, na prestação de serviços de transporte público, atenderá aos seguintes
princípios básicos:
I - segurança e conforto dos passageiros, garantindo, em especial, acesso às pessoas com deficiências
físicas;
II - prioridades a pedestres e usuários dos serviços;
III - tarifa social, assegurada a gratuidade aos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos;
IV - proteção ambiental contra a poluição atmosférica e sonora;
V - integração entre sistemas e meios de transporte e racionalização de itinerários;
VI - participação das entidades representativas da comunidade e dos usuários no planejamento e na
fiscalização dos serviços.
Art. 138. O Município assegurará a participação popular no planejamento e operação dos transportes,
bem como no acesso às informações sobre o sistema de transportes.
Art. 139. É dever do Poder Público Municipal fornecer transporte com tarifa condizente com o poder
aquisitivo da população, bem como assegurar a qualidade dos serviços.
Art. 140. O livre acesso e circulação de pessoas com deficiência deverá ser garantido na renovação
da frota de ônibus do serviço de transporte coletivo intermunicipal, que deverá contar com veículo
adaptado.
CAPÍTULO IV
DA POLÍTICA AGRÍCOLA
Art. 141. A atuação do Município na zona rural terá como principais objetivos:
I - oferecer meios para assegurar ao pequeno produtor e trabalhador rural condições de trabalho e de
mercado para os produtos, a rentabilidade dos empreendimentos e a melhoria do padrão de vida da
família rural;
II - garantir o escoamento da produção, sobretudo o abastecimento alimentar;
III - garantir a utilização racional dos recursos naturais;
IV - instalar estação municipal de fomento agropecuário, para modernizar e diversificar a produção
agrícola e pecuária locais, nas hipóteses a serem estabelecidas em lei municipal.
Parágrafo único. Como principais instrumentos para o fomento da produção na zona rural, o Município
utilizará:
I - a assistência técnica, a extensão rural, o armazenamento, o transporte, a divulgação das
oportunidades de crédito e de incentivos fiscais;
Art. 143. O Município, na forma da lei, organizará o abastecimento alimentar, assegurando condições
para a produção e distribuição de alimentos básicos.
Art. 144. O Município, na forma da lei, organizará o abastecimento alimentar, assegurando condições
para a produção e distribuição de alimentos básicos provenientes, preferencialmente, das pequenas
propriedades rurais.
CAPÍTULO V
DO MEIO AMBIENTE, DOS RECURSOS NATURAIS E DO SANEAMENTO
Art. 145. O Município deverá atuar visando assegurar a todos os cidadãos o direito ao meio ambiente
ecologicamente saudável e equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à qualidade de vida.
Parágrafo único. Para assegurar efetividade a esse direito, o Município deverá articular-se com os
órgãos estaduais, regionais e federais competentes e ainda, quando for o caso, com outros municípios,
objetivando a solução de problemas comuns relativos à proteção ambiental.
Art. 146. O Município deverá atuar mediante planejamento, controle e fiscalização das atividades,
públicas ou privadas, causadoras efetivas ou potenciais de alterações significativas no meio ambiente.
Art. 147. A qualidade ambiental desejada inclui o ambiente urbano, industrial, rural e de bacias
hidrográficas, além do ambiente de trabalho.
Art. 148. O uso e ocupação do solo, subsolo e recursos hídricos devem seguir critérios estabelecidos
no Plano Municipal de Meio Ambiente, que visem à preservação da qualidade ambiental.
Art. 150. Deverá o Município estabelecer critérios de segurança para o meio ambiente e a saúde
pública, durante os processos de produção, estocagem e transporte de substâncias que representem
riscos, através de lei complementar.
Art. 151. Fica assegurado a todos o acesso à informação sobre fontes e causas de poluição e
degradação ambiental, níveis de poluição do ar, da água e dos alimentos.
Art. 152. Lei municipal de iniciativa do Prefeito disporá sobre a instituição, composição, atribuições e
funcionamento do Conselho Municipal de Meio Ambiente.
Art. 153. O Município poderá estabelecer consórcio com outros municípios objetivando a solução de
problemas comuns relativos à proteção ambiental, em particular quanto à preservação dos recursos
hídricos e ao uso equilibrado dos recursos naturais.
Seção I
Dos Recursos Naturais
Subseção I
Dos Recursos Hídricos
Art. 154. O Município participará do sistema integrado de recursos hídricos previsto no artigo 205 da
Constituição Estadual, isoladamente ou em consórcio com outros municípios da mesma bacia ou região
hidrográfica.
Art. 155. Compete ao Município, com o apoio do Estado, no campo dos recursos hídricos:
I - instituir programas permanentes de racionalização do uso das águas destinadas ao abastecimento
público e industrial e à irrigação, assim como de combate às inundações e à erosão urbana e rural, e de
conservação do solo e da água;
II - estabelecer medidas para proteção e conservação das águas, superficiais e subterrâneas, e para
sua utilização racional, especialmente daquelas destinadas a abastecimento público;
III - celebrar convênio com o Estado, para gestão das águas de interesse exclusivamente local;
IV - proceder ao zoneamento das áreas sujeitas a riscos de inundações, erosão e escorregamento do
solo, estabelecendo restrições e proibições ao uso, parcelamento e à edificação, nas impróprias ou
críticas, de forma a preservar a segurança e a saúde públicas;
V - ouvir a defesa civil a respeito da existência, em seu território, de habitações em áreas de risco,
sujeitas a desmoronamentos, contaminações ou explosões, providenciando a remoção de seus
ocupantes, compulsória se for o caso;
VI - implantar sistema de alerta e de defesa civil, para garantir a saúde e segurança públicas, quando
de ventos hidrológicos indesejáveis;
VII - proibir o lançamento de detritos de qualquer natureza dentro da malha hídrica do Município, sob
qualquer pretexto, cabendo ao Poder Público promover gestões junto aos municípios vizinhos com o
objetivo de eliminar a poluição dos cursos de água limítrofes;
VIII - complementar, no que couber e de acordo com as peculiaridades municipais, as normas federais
e estaduais sobre produção, armazenamento, utilização e transporte de substâncias tóxicas, perigosas e
poluidoras, e fiscalizar a sua aplicação;
IX - prover a adequada disposição de resíduos sólidos, de modo a evitar o comprometimento dos
recursos hídricos, em termos de quantidade e qualidade;
X - disciplinar os movimentos de terra e a retirada da cobertura vegetal, para prevenir a erosão do solo,
o assoreamento e a poluição dos corpos de água;
XI - condicionar os atos de outorga de direitos que possam influir na qualidade ou quantidade das
águas superficiais e subterrâneas, em especial a extração de areia, à aprovação prévia dos organismos
estaduais de controle ambiental e de gestão de recursos hídricos, fiscalizando e controlando as atividades
decorrentes;
XII - exigir, quando da aprovação dos loteamentos, completa infraestrutura urbana, correta drenagem
das águas pluviais, proteção do solo superficial e reserva de áreas destinadas ao escoamento de águas
pluviais e às canalizações de esgotos públicos, em especial nos fundos de vales;
Art. 156. O Município prestará orientação e assistência sanitária às localidades desprovidas de sistema
público de saneamento básico, e à população rural, incentivando e disciplinando a construção de poços
e fossas tecnicamente apropriados e instituindo programas de saneamento.
Parágrafo único. Nas áreas rurais haverá assistência e auxílio à população, para serviços e às obras
coletivas de abastecimento doméstico, animal e de irrigação, tais como perfuração de poços profundos,
construção de açudes, adutoras e redes de distribuição de água,sempre que possível com o rateio dos
custos entre os beneficiados e cobrança de tarifas ou taxas, apara manutenção e operação do sistema.
Art. 157. O Município cuidará para que haja cooperação de associações representativas e participação
de entidades comunitárias no estudo, encaminhamento e na solução dos problemas, planos e programas
municipais sobre recursos hídricos, que lhe sejam concorrentes.
Parágrafo único. Será incentivada a formação de associações e consórcios de usuários de recursos
hídricos, com o fim de assegurar a sua distribuição equitativa e para a execução de serviços e obras de
interesse comum.
Art. 158. No estabelecimento das diretrizes e normas sobre desenvolvimento urbano, e na elaboração
e reformulação do Plano Diretor, serão asseguradas:
I - a compatibilização do desenvolvimento urbano e das atividades econômicas e sociais com as
características, potencialidades e vulnerabilidade do meio físico, em especial de recursos hídricos,
superficiais e subterrâneos;
II - a coerência das normas, dos planos e programas municipais, com os planos e programas estaduais
da bacia ou região hidrográfica, de cuja elaboração participar o Município;
III - a utilização racional e a preservação dos recursos hídricos, sendo a cobrança pelo uso da água
utilizada como instrumento de adequação do desenvolvimento urbano e municipal aos recursos hídricos
disponíveis;
IV - a instituição de áreas de preservação das águas utilizáveis para abastecimento das populações e
a implantação, conservação e recuperação das matas ciliares:
V - a proteção da quantidade e da qualidade das águas, como uma das diretrizes do Plano Diretor, do
zoneamento municipal e das normas sobre uso e ocupação do solo;
VI - a atualização e o controle do Plano Diretor e de suas diretrizes de forma periódica e sistemática,
de modo compatível com os planos da bacia ou região hidrográfica.
Art. 159. A exploração dos recursos minerais existentes no Município, atendida a legislação federal e
estadual pertinente, poderá contar com o apoio técnico do Estado na aplicação do conhecimento
geológico.
Parágrafo único. Aquele que explorar recursos naturais dentro dos limites do Município, fica obrigado
a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com a solução técnica exigida pelo órgão público
competente, na forma da lei.
Subseção III
Do Saneamento
Art. 161. O Município indicará a área fora do perímetro urbano para depósito dos resíduos não
elencados no artigo anterior.
Art. 162. Deverá o Município prestar orientação e assistência sanitária às localidades desprovidas de
sistema público de saneamento básico e à população rural, incentivando e disciplinando a construção de
poços e fossas tecnicamente apropriados e instituindo programas de saneamento.
Art. 163. Para o desenvolvimento dos serviços de saneamento básico, o Município contará com a
assistência técnica e financeira do Estado.
TÍTULO VI
DA ORDEM SOCIAL
CAPÍTULO I
DA SEGURIDADE SOCIAL
Seção I
Disposição Geral
Art. 164. O Município deverá contribuir para a seguridade social, atendendo ao disposto nos artigos
194 e 195 da Constituição Federal, visando a assegurar os direitos relativos à saúde e assistência social.
Seção II
Da Saúde
Art. 165. A saúde é direito de todos os munícipes e dever do Poder Público Municipal, assegurada
mediante políticas sociais e econômicas que visem à eliminação do risco de doenças e outros agravos e
o acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, prevenção, proteção e
recuperação, de acordo com os seguintes princípios:
I - formação de consciência sanitária individual nas primeiras idades, através do ensino pré-escolar e
da educação básica;
II - serviços hospitalares e dispensários, cooperando com a União e o Estado, bem como com as
iniciativas privada e filantrópicas;
III - combate às moléstias específicas, contagiosas e infecto-contagiosas;
IV - combate ao uso de tóxicos;
V - serviços de assistência à maternidade e à infância;
VI - execução de programas específicos voltados à prevenção de doenças ou condições que levem à
deficiência.
Art. 166. São atribuições do Município, em conjunto com o Estado e a União, no âmbito do Sistema
Único de Saúde - SUS:
Art. 168. Compete ao Município suplementar, se necessário, a legislação federal e a estadual que
disponha sobre a regulamentação, fiscalização e controle das ações e serviços de saúde que constituem
um sistema único.
Art. 170. As ações e serviços de saúde são de relevância pública, cabendo ao Município dispor, nos
termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle.
§ 1º As ações e os serviços de preservação da saúde abrangem o ambiente natural, os locais públicos
e de trabalho.
§ 2º As ações e serviços de saúde serão realizados, preferencialmente, de forma direta, pelo Município
ou através de terceiros, e pela iniciativa privada.
§ 3º A participação do setor privado no Sistema Único de Saúde efetivar-se-á segundo suas diretrizes,
mediante convênio ou contrato de direito público, preferencialmente com entidades filantrópicas e sem
fins lucrativos.
§ 4º As pessoas físicas e as pessoas jurídicas de direito privado, quando participarem do Sistema
Único de Saúde, ficam sujeitas às suas diretrizes e às normas administrativas incidentes sobre o objeto
de convênio ou de contrato.
§ 5º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílio ou subvenções às instituições particulares
com fins lucrativos.
Art. 171. Cabe ao Município assegurar a prestação de orientação e informação sobre a sexualidade
humana e conceitos básicos da instituição da família preservando a livre determinação de número de
filhos.
Art. 172. Lei de iniciativa do Prefeito disporá sobre a instituição, composição, atribuições e
funcionamento do Conselho Municipal de Saúde, atendida a legislação federal.
Art. 173. As ações e os serviços de saúde realizados no Município integram uma rede regionalizada e
hierarquizada, constituindo o SUS no âmbito municipal, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única;
II - integralidade na prestação das ações de saúde à população urbana e rural;
III - gratuidade dos serviços prestados, vedada a cobrança de despesas e taxas, sob qualquer título;
Art. 174. Até que seja editada a lei complementar a que se refere o parágrafo 3º do artigo 198 da
Constituição Federal, o Município aplicará, anualmente, 15% (quinze por cento), no mínimo, da receita
resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, em ações e serviços públicos de
saúde.
Seção III
Da Assistência Social
Art. 175. O Município, com a colaboração do Estado e da União, prestará assistência social a quem
dela necessitar, independentemente de contribuição, e terá por objetivos:
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III - a promoção de integração ao mercado de trabalho;
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida
comunitária;
V - a integração das comunidades carentes.
Art. 176. O Município contribuirá através de subvenções, com programas desenvolvidos pelas
entidades filantrópicas e sem fins lucrativos, reconhecidas como de utilidade pública municipal, dando
especial atenção às que se dediquem às pessoas com deficiência.
Art. 177. Os programas de assistência social serão formulados e desenvolvidos com base nos
seguintes princípios:
I - participação da comunidade;
II - descentralização administrativa, respeitada a legislação federal, considerado o Município e as
comunidades como instâncias básicas para o atendimento e realização de programas;
III - integração das ações dos órgãos e entidades da administração em geral, compatibilizando
programas e recursos e evitando a duplicidade de atendimento entre as esferas estadual e municipal.
Parágrafo único. O Município subvencionará os programas desenvolvidos pelas entidades
assistenciais filantrópicas e sem fins lucrativos, com especial atenção às que se dedicam à assistência
aos portadores de deficiência.
Art. 178. Lei municipal de iniciativa do Prefeito disporá sobre a instituição, composição, atribuições e
funcionamento do Conselho Municipal de Assistência Social.
CAPÍTULO II
DA GUARDA MUNICIPAL E DA DEFESA CIVIL
Art. 179. O Município poderá constituir sua Guarda Municipal destinada à proteção de seus bens,
serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
CAPÍTULO III
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA, DOS ESPORTES E LAZER
Seção I
Da Educação
Art. 181. A educação, direito de todos os munícipes e dever do Estado, será promovida e incentivada
com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 183. O Município atuará prioritariamente no ensino fundamental, inclusive para os que a ele não
tiveram acesso na idade própria, e infantil, só podendo atuar nos níveis mais elevados quando a demanda
naqueles níveis estiver plena e satisfatoriamente atendida, do ponto de vista qualitativo e quantitativo.
Parágrafo único. Cabe ao Município, suplementarmente, promover:
I - o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede
regular de ensino;
II - a oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
III - atendimento ao educando em todas as etapas da educação básica, através de programas
suplementares de material didático-escolar, alimentação, transporte e assistência à saúde;
Art. 184. O Município aplicará, anualmente, 25% (vinte e cinco por cento), no mínimo, da receita
resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimento do ensino.
Art. 185. O Município publicará, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada trimestre, informações
completas sobre receitas arrecadadas e transferência de recursos destinados à educação, nesse período
e discriminadas por nível de ensino.
Art. 187. O Município promoverá a valorização dos profissionais da educação escolar, garantido, na
forma da lei, o estabelecimento de plano de carreira próprio.
Art. 188. Compete ao Município recensear os educandos do ensino fundamental, fazer-lhes a chamada
e zelar juntamente com os pais e responsáveis, pela frequência à escola.
Art. 189. Lei municipal de iniciativa do Prefeito disporá sobre a instituição, composição, atribuições e
funcionamento do Conselho Municipal de Educação, atendida a legislação federal e estadual pertinente.
Seção II
Da Cultura
Art. 190. O Município promoverá o desenvolvimento cultural local, nos termos da Constituição Federal
e com a participação da comunidade, especialmente mediante:
I - criação e manutenção de núcleos culturais e abertura de espaços públicos devidamente equipados
e capazes de garantir a produção, divulgação e apresentação das manifestações culturais e artísticas;
II - desenvolvimento e intercâmbio cultural e artístico com outros municípios e o Estado;
III - celebração de convênios de intercâmbio e cooperação financeira, visando à instalação e
funcionamento da Casa da Cultura;
IV - criação e manutenção de bibliotecas públicas nos bairros da cidade, mesmo que itinerantes,
garantindo-se o acesso aos acervos das bibliotecas, museus, arquivos e congêneres;
V - promoção do aperfeiçoamento e valorização dos profissionais da cultura;
VI - incentivo à promoção e divulgação da história, dos valores humanos e das tradições locais;
VII - cumprimento de uma política cultural não intervencionista, visando à participação de todos;
Art. 191. Lei municipal de iniciativa do Prefeito disporá sobre a composição, atribuições e
funcionamento do Conselho Municipal de Cultura.
Seção III
Do Esporte, do Lazer e do Turismo
Art. 192. O Município apoiará e incentivará as práticas esportivas, formais e não formais, como direito
de todos, mediante:
I - destinação de recursos públicos para promoção prioritária do desporto educacional, especialmente
na rede municipal de ensino, do esporte comunitário e do esporte de alto rendimento;
II - construção e manutenção de espaços devidamente equipados, para as práticas esportivas e o
lazer;
III - promoção do aperfeiçoamento e a valorização dos profissionais da área de esporte;
IV - desenvolvimento de intercâmbio esportivo com outros municípios;
V - elaboração do Plano Diretor do esporte.
Art. 193. As ações do Poder Público e a destinação de recursos orçamentários aos desportos
obedecerão as seguintes prioridades:
I - o esporte educacional e comunitário;
II - o lazer e a recreação populares;
III - a construção e manutenção de espaços devidamente equipados para as práticas esportivas, o
lazer e a recreação;
IV - a adequação dos locais já existentes e previsão de medidas necessárias quanto à construção de
novos espaços que atendam e permitam as atividades esportivo-recreativas de idosos, de gestantes e de
pessoas com deficiência, de forma a integrá-los às manifestações desportivas e de lazer da comunidade.
Art. 194. Os atletas e as equipes que representem o Município em competições oficiais poderão ser
dispensados do pagamento dos preços públicos pela utilização dos próprios municipais, quando
autorizados por Decreto do Poder Executivo.
Art. 196. Os serviços municipais de esporte e recreação articular-se-ão, entre si e com as entidades
culturais do Município, visando à implantação e o desenvolvimento do turismo.
Art. 197. O Município apoiará e incentivará o lazer como forma de integração social.
Art. 198. O Município incentivará e propiciará a reserva de espaços verdes e planos, em forma de
parques, bosques ou assemelhados, com bases físicas de recreação urbana, como forma de promoção
social, de modo a:
I - permitir a construção de parques infantis, piscinas públicas, centros de juventude, de idosos e áreas
de convivência social;
II - aproveitar as margens dos rios, valores e reservas naturais, como locais de passeio e recreação.
CAPÍTULO IV
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
Art. 199. A ação do Município, no campo da comunicação, fundar-se-á nos seguintes princípios:
I - democratização do acesso às informações;
II - pluralismo e multiplicidade das fontes de informação;
III - visão pedagógica da comunicação dos órgãos e entidades públicas.
CAPÍTULO V
DA DEFESA DO COSUMIDOR
Art. 200. O Município promoverá a defesa do consumidor mediante medidas de orientação e
fiscalização, definidos em lei.
CAPÍTULO VI
DA PROTEÇÃO ESPECIAL
Art. 202. Cabe ao Município, bem como à família, assegurar à criança, ao adolescente, ao idoso e às
pessoas portadoras de deficiência, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e agressão.
Art. 203. É assegurado, na forma da lei, às pessoas com deficiências e aos idosos, acesso adequado
aos logradouros e edifícios de uso público, bem como aos veículos de transporte coletivo urbano.
Art. 204. O Município promoverá programas especiais, admitida a participação de entidades não-
governamentais, tendo como propósito:
I - concessão de incentivos às empresas que adequem seus equipamentos, instalações e rotinas de
trabalho às pessoas com deficiência;
II - garantia às pessoas idosas de condições de vida apropriada, frequência e participação em todos
os equipamentos, serviços e programas culturais, educacionais, esportivos, recreativos e de lazer,
defendendo sua dignidade e visando sua integração à sociedade;
III - integração social das pessoas com deficiência, mediante treinamento para o trabalho, convivência
e facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos;
IV - prestação de orientação e de informação sobre a sexualidade humana e conceitos básicos da
instituição da família, sempre que possível, de forma integrada aos conteúdos curriculares do ensino
fundamental e médio;
V - incentivo aos serviços e programas de prevenção e orientação contra entorpecentes, álcool e
drogas afins, bem como de encaminhamento de denúncias e atendimento especializado, referentes à
criança, ao adolescente, ao adulto e ao idoso dependente.
Art. 205. O Município obriga-se a implantar e a manter órgão específico, para tratar das questões
relativas à mulher, garantida a participação de mulheres representantes da comunidade.
Art. 206. O Município buscará garantir à pessoa com deficiência, sua inserção na vida social e
econômica, através de programas que visem ao desenvolvimento de suas potencialidades, em especial:
I - a assistência, desde o nascimento, através da estimulação precoce da educação gratuita e
especializada, inclusive profissionalizante, sem limite de idade;
II - o acesso a equipamentos, serviços e programas culturais, educacionais, esportivos e recreativos;
III - a assistência médica especializada, bem como o direito à prevenção, habilitação e reabilitação
através de métodos e equipamentos necessários;
IV - a formação de recursos humanos e especializados no tratamento e assistência aos portadores de
deficiência;
V - o direito à informação e comunicação, considerando as adaptações necessárias.
Art. 207. O Município assegurará condições de prevenção às deficiências, com prioridade para a
assistência pré-natal e infantil, assegurado, na forma da lei, às pessoas com deficiência e aos idosos, o
acesso a logradouros e a edifícios públicos e particulares de frequência aberta ao público, com a
eliminação de barreiras arquitetônicas, garantindo-lhes a livre circulação bem como a adoção de medidas
semelhantes, quando da aprovação de novas plantas de construção e a adaptação ou eliminação dessas
barreiras em veículos coletivos.
Art. 208. O Município poderá conceder, na forma da lei, incentivos a empresas que adaptarem seus
equipamentos para trabalhadores com deficiência.
Art. 209. O Município estimulará, apoiará e, no que couber, fiscalizará as entidades e associações
Art. 210. O Município deverá assegurar o atendimento à criança e ao adolescente, por meio de
programas que atendam suas necessidades de desenvolvimento e crescimento, atendidos os direitos que
lhes são garantidos pelo artigo 227 da Constituição Federal.
Art. 211. Lei municipal de iniciativa do Prefeito disporá sobre a criação, composição, atribuições e
funcionamento do Conselho Municipal de Assistência às Pessoas com Deficiência, do Conselho Municipal
de Assistência ao Idoso, do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e do Conselho
Municipal da Condição Feminina.
TÍTULO VII
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 213. O Município poderá cobrar os serviços de limpeza que realizar em terrenos baldios e
abandonados, de acordo com os preços estabelecidos em Decreto do Poder Executivo.
Esta Lei, aprovada pela Câmara, será promulgada pela Mesa e entrará em vigor na data de sua
publicação, revogadas as disposições em contrário.
Sala das Sessões, janeiro de 2012. VEREADOR VALMIR ROSA - Presidente VEREADOR ADRIANO
NETTO SOARES VEREADOR ANTONIO FERREIRA VEREADOR DENIS DONIZETI DA SILVA
VEREADOR DEWILSON BRAGA DOS REIS VEREADOR JOÃO EVANGELISTA MUNIZ
VEREADORA LÚCIA ROSA DA SILVA POIARES VEREADOR LUÍZ CLÁUDIO PATURI RODRIGUES
Questões
01. São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, Judiciário e o
Executivo.
( ) Certo ( ) Errado
02. A concessão administrativa dos bens públicos de uso especial, dominial e de uso comum será feita
a título precário, por decreto. Já a permissão que poderá incidir sobre qualquer bem público, dependerá
de lei.
( ) Certo ( ) Errado
04. A Lei Orgânica do Município poderá ser emendada mediante propostas de 1/3 (um terço), no
mínimo, dos membros da Câmara, do Prefeito e de cidadãos, por meio de iniciativa popular assinada com
nome, qualificação, endereço e número do título de eleitor, no mínimo, por 5% (cinco por cento) dos
05. O Município promoverá o seu desenvolvimento econômico, agindo de modo que as atividades
econômicas realizadas em seu território contribuam para elevar o nível de vida e o bem-estar da
população local, bem como para valorizar o trabalho humano e garantir a função social da propriedade.
( ) Certo ( ) Errado
Gabarito
01. Errado / 02. Errado / 03. Certo / 04. Certo / 05. Certo
Comentários
FAÇO SABER QUE A CÃMARA MUNICIPAL DE SERRANA E EU, SEU PRESIDENTE, PRO- MULGO
A SEGUINTE RESOLUÇÃO:
https://www.camaraserrana.sp.gov.br/index1.php?pag=T1RNPU9EZz1PR0U9T0dVPU9UST1PR009T1RVPU9XUT1PVGc9T0dFPU9UUT1PV0k9WVRFPU9UUT1Z
VEU9T1dZPVlUQT0=. Acesso em 11h32min.
Art. 1° - A Câmara Municipal de Serrana está sediada na Avenida Deolinda Rosa, no 1048, na cidade
de Serrana, Estado de São Paulo.
§ 1° Ressalvadas as hipóteses previstas no parágrafo 2° deste artigo, reputam-se nulas as sessões
da Câmara realizadas fora de sua sede, à exceção das sessões solenes ou comemorativas.
§ 2°. Havendo motivo relevante ou de força maior, a Câmara poderá, por deliberação da Mesa, ad
referendum da maioria absoluta dos Vereadores, reunir- se em outro edifício ou em localização diversa
na cidade de Serrana.
§ 3°. Na sede da Câmara não se realizarão atos estranhos à sua função, sem prévia autorização da
Mesa.
CAPÍTULO II
DA INSTALAÇÃO
Art. 3° - A Câmara Municipal de Serrana instalar-se-á, no primeiro ano de cada legislatura, no dia 1°
de janeiro, às 10 (dez) horas, em sessão solene, independentemente de número, sob a presidência do
Vereador mais votado dentre os presentes.
§ 1°. Os Vereadores presentes, regularmente diplomados, serão empossados pelo Presidente dos
trabalhos, após a leitura do “Compromisso de Posse”, nos seguintes termos: ”PROMETO EXERCER
COM DEDICAÇÃO E LEALDADE O MANDATO QUE ME FOI CONFIADO, CUMPRINDO E FAZENDO
CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, A CONSTITUIÇÃO ESTADUAL, A LEI ORGÂNICA DO
MUNICÍPIO E A LEGISLAÇÃO EM VIGOR, DEFENDENDO A JUSTIÇA SOCIAL, A PAZ E A IGUALDADE
DE TRATAMENTO A TODOS OS CIDADÃOS, SEMPRE VISANDO AO PROGRESSO DO MUNICÍPIO”.
§ 2°. Ato contínuo, os demais Vereadores presentes dirão, em pé: “ASSIM O PROMETO”.
Art. 4° - Ainda com o Vereador mais votado na direção dos trabalhos e havendo maioria absoluta dos
membros, observando-se o disposto no art. 14, passar-se-á à eleição da Mesa que regerá os trabalhos
da Câmara durante a primeira sessão legislativa, iniciando-se pela do Presidente.
§ 1°. Não havendo número legal, o Vereador mais votado dentre os presentes permanecerá na
presidência e convocará sessões diárias, até que seja eleita a Mesa. § 2°. Declarado eleito e empossado
o Presidente, este assumirá a direção dos trabalhos, passando-se à eleição dos demais membros da
Mesa.
Art. 5° - Não ocorrendo a posse na data prevista no art. 3°, deverá ocorrer dentro de 15(quinze) dias,
a contar da referida data, salvo motivo justo aceito pela Câmara Municipal.
Parágrafo único. A posse fora da sessão solene de instalação, nos casos supervenientes de
convocação de suplentes, poderá ocorrer em qualquer dia e hora, respeitando o prazo que alude o caput
deste artigo.
Art. 7° - O Vereador que se encontrar em situação incompatível com o exercício do mandato não
poderá empossar-se sem prévia comprovação da desincompatibilização, o que deverá ocorrer,
impreterivelmente, no prazo previsto no caput do artigo 5°.
Art. 8° - A Mesa, eleita para um mandato de 02 (dois) anos, compor-se-á do Presidente, do Vice-Presi-
dente e dos 1° e 2° Secretários.
Art.9° -O exercício dos mandatos dos membros da Mesa, suas atribuições e competências, bem como
a vaga, destituição e renúncia de membro, dar-se-ão na forma prevista na Lei Orgânica do Município.
Art. 10 - Se, à hora regimental para o início das sessões, sejam ordinárias ou extraordinárias, não
estiverem presentes os membros da Mesa e os respectivos suplentes, assumirá a Presidência o Vice -
Presidente e, na sua ausência, o Vereador mais votado dentre os presentes, que escolherá, entre seus
pares,01(um) Secretário.
§ 1° Ausentes em Plenário os Secretários, o Presidente convidará qualquer Vereador para a
substituição, em caráter eventual.
§ 2° A Mesa, composta na forma deste artigo, dirigirá os trabalhos até o comparecimento de algum
membro titular ou de seus substitutos legais.
§ 3°. Ao Vice-Presidente compete, ainda, substituir o Presidente fora do Plenário, em suas faltas,
ausências, impedimentos ou licenças.
§ 4°. A Mesa reunir-se-á, independentemente do Plenário, para a apreciação prévia de assuntos que
serão objeto de deliberação da Edilidade que, por sua especial relevância, demandam intenso
acompanhamento e fiscalização ou ingerência do Poder Legislativo.
SEÇÃO II
DA ELEIÇÃO
Art. 12 - A eleição para renovação da Mesa realizar-se-á na forma como previsto nos artigos28 e 29
da Lei Orgânica do Município.
§ 1°. É vedada a recondução de membros da Mesa para o mesmo cargo, na mesma legislatura.
§ 2°. Não se considera recondução a eleição para o mesmo cargo em legislaturas diferentes, ainda
que sucessivas.
Art. 13 - A eleição da Mesa será feita em primeiro escrutínio, por maioria simples de votos, cargo por
cargo, obedecendo-se à ordem constante do artigo 8°, assegurando-se o direito de voto inclusive aos
candidatos a cargos na Mesa.
§ 1°. A eleição far-se-á mediante votação aberta, nominal, cabendo ao Presidente em exercício a
contagem dos votos e proclamação dos eleitos.
§ 2°. Se ocorrer empate, será considerado eleito o mais idoso dos concorrentes, e, se persistir o empa-
te, o concorrente mais votado nas eleições municipais será proclamado vencedor.
§ 3°. Não sendo possível, por qualquer motivo, efetivar-se ou completar-se a eleição da Mesa na
primeira sessão para esse fim convocada, o Presidente convocará sessão para o dia seguinte e, se
necessário, para os dias subsequentes, até plena consecução desse objetivo.
Art. 16 – O suplente de Vereador convocado somente poderá ser eleito para o cargo da Mesa quando
não for possível preenchê-lo de outro modo.
SEÇÃO III
DA RENÚNCIA, DA DESTITUIÇÃO E DA SUBSTITUIÇÃO DA MESA
Art. 17– A renúncia do Presidente, do Vice-Presidente ou dos Secretários, dar-se-á mediante ofício a
ela dirigido e se efetivará, independentemente de deliberação do Plenário, a partir do momento em que
for lido em Sessão.
Parágrafo único. Em caso de renúncia de todos os membros da Mesa, o ofício respectivo será levado
ao conhecimento do Plenário pelo Vereador mais votado, exercendo o mesmo as funções de Presidente.
Art. 18– Os membros da Mesa, isoladamente ou em conjunto, quando no exercício de seus cargos,
poderão ser destituídos, mediante deliberação do Plenário em 2/3 (dois terços), no mínimo, dos membros
da Câmara, assegurado o direito de ampla defesa.
§ 1°. É passível de destituição o membro da Mesa quando comprovadamente faltoso, omisso ou
ineficiente no desempenho de suas atribuições regimentais.
§ 2°. Caso exercido o direito de ampla defesa pelo membro destituído e confirmada a sua destituição,
será eleito na mesma sessão que comunicar o resultado outro Vereador para completar o mandato.
Art.19– O processo de destituição terá início mediante representação subscrita, necessariamente, por
um dos membros da Câmara, lida em Plenário pelo seu autor, em qualquer fase da Sessão, com ampla
e circunstanciada fundamentação sobre as irregularidades imputadas.
§ 1°. Oferecida a representação, nos termos do presente artigo, e recebida pelo Plenário, a mesma
será transformada em projeto de Resolução, pela Comissão de Legislação, Justiça e Redação, entrando
para a Ordem do Dia da Sessão Ordinária subsequente àquela em que foi apresentada, dispondo sobre
a constituição da Comissão de Investigação e Processante.
§ 2°. Aprovado por maioria simples o projeto a que alude o parágrafo anterior, serão sorteados 03
(três) Vereadores, entre os desimpedidos, para comporem a Comissão de Investigação e Processante,
que se reunirá dentro das 48 (quarenta e oito) horas seguintes, sob a Presidência do entre os escolhidos
por seus membros.
§ 3°. Da Comissão não poderá fazer parte o acusado e o denunciante.
§ 4°. Instalada a Comissão, o acusado será notificado, dentro de 03 (três) dias, abrindo-se-lhe o prazo
de 10 (dez) dias para apresentação, por escrito, de defesa prévia.
§ 5°. Findo o prazo estabelecido no parágrafo anterior, a Comissão, de posse ou não da defesa prévia,
procederá às diligências que entender necessárias, emitindo ao final, seu parecer.
§ 6°. O acusado poderá acompanhar todos os atos e diligências da Comissão.
§ 7°. A Comissão terá o prazo máximo e improrrogável de 30 (trinta) dias, para emitir e dar à publicação
o parecer a que alude o § 5° deste artigo, o qual deverá concluir pela improcedência das acusações, se
julgá-las infundadas, ou, em caso contrário, por Projeto de Resolução, propondo a destituição do acusado
ou dos acusados.
§ 8°. O parecer da Comissão, quando concluir pela improcedência das acusações, será apreciado, em
discussão e votação únicas, na fase da Ordem do Dia da primeira Sessão Ordinária subsequente à
publicação.
§ 9°. Se por qualquer motivo, não se concluir, na fase da Ordem do Dia da primeira Sessão Ordinária,
a apreciação do parecer, as Sessões Ordinárias subsequentes, ou as Sessões Extraordinárias para esse
fim convocadas, serão integral e exclusivamente destinadas ao prosseguimento do exame da matéria,
Art. 20 – O membro da Mesa envolvido nas acusações não poderá presidir, nem secretariar os
trabalhos enquanto estiver sendo apreciado o parecer ou o projeto de Resolução da Comissão de
Investigação e Processante ou da Comissão de Legislação, Justiça e Redação, conforme o caso,
estando, igualmente, impedido de participar de sua votação.
§ 1°. O denunciante é impedido de votar sobre a denúncia.
§ 2°. Para discutir o parecer ou o Projeto de Resolução da Comissão de Investigação e Processante
ou da Comissão de Legislação, Justiça e Redação, conforme o caso, cada Vereador disporá de 30 (trinta)
minutos, exceto o relator e o acusado ou os acusados, cada um dos quais poderá falar durante 02(duas)
horas, sendo vedada a cessão de tempo, com apartes.
§ 3°. Terão preferência, na ordem de inscrição, respectivamente, o relator do parecer e o acusado.
SEÇÃO IV
DAS ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS DA MESA
Art. 22 – À Mesa compete, dentre outras atribuições estabelecidas na Lei Orgânica do Município e
neste Regimento ou deles implicitamente resultantes, a direção dos trabalhos legislativos e dos serviços
administrativos da Câmara, especialmente:
I - No setor legislativo:
a) propor privativamente à Câmara:
1. projetos que disponham sobre criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções
de seus serviços e fixação da respectiva remuneração;
2. projetos de lei que disponham sobre abertura de créditos suplementares ou especiais, através de
anulação parcial ou total de dotação da Câmara;
3. projeto de decreto legislativo sobre a remuneração do Prefeito e Vice- Prefeito;
4. projeto de resolução que disponha sobre a remuneração dos Vereadores.
b) tomar as providências necessárias à regularidade dos trabalhos legislativos; II - No setor
administrativo:
a) superintender os serviços administrativos da Câmara e elaborar seu regulamento, interpretando
conclusivamente, em grau de recurso, os seus dispositivos;
b) suplementar, mediante ato, as dotações do orçamento da Câmara, observado o limite da
autorização constante da lei orçamentária, desde que sejam provenientes de anulação total ou parcial de
suas dotações orçamentárias;
c) devolver à Tesouraria da Prefeitura o saldo de caixa existente na Câmara no final do exercício;
d) nomear, promover, comissionar, conceder gratificações e licenças, pôr em disponibilidade,
exonerar, demitir, aposentar e punir servidores da Câmara Municipal, nos termos da lei;
e) determinar abertura de sindicâncias e procedimentos administrativos.
SEÇÃO V
DO PRESIDENTE
Art. 23 – O Presidente da Câmara é a mais alta autoridade da Mesa, que a dirige, bem como o Plenário,
em conformidade com as atribuições conferidas pela Lei Orgânica do Município e por este Regimento
Interno.
Art. 26 – Para ausentar-se do Município por mais de 15 (quinze) dias, o Presidente deverá,
necessariamente, licenciar-se, na forma regimental. Parágrafo único. Nos períodos de recesso da Câmara
Municipal, a licença do Presidente se efetivará mediante comunicação escrita ao seu substituto legal.
Art. 27 – Para tomar parte em qualquer discussão, o Presidente dos trabalhos deverá afastar-se da
presidência.
Art. 28 – Nenhum membro da Mesa ou Vereador poderá presidir a sessão durante a discussão e
votação de matéria de sua autoria. Parágrafo único. A proibição contida no caput deste artigo não se
estende às proposições de autoria da Mesa ou de Comissões da Câmara Municipal.
Art. 29 – Será sempre computada, para efeito de quorum, a presença do Presidente dos trabalhos.
Art. 30 – Quando o Presidente estiver com a palavra, no exercício de suas funções, durante as sessões
plenárias, não poderá ser interrompido nem aparteado.
SEÇÃO VI
DO VICE-PRESIDENTE
Art. 31 – Sempre que o Presidente não se achar no recinto, à hora regimental do início das Sessões,
o Vice-Presidente o substituirá no desempenho de suas funções, cedendo-lhe, porém, o lugar, assim que
ele for presente.
§ 1°. O mesmo faz os Secretários, em relação ao Vice-Presidente, pela ordem de sucessão.
§ 2°. Quando o Presidente deixar a Presidência, durante a Sessão, a substituição processa-se da
mesma forma.
SESSÃO VII
DOS SECRETÁRIOS
SESSÃO VIII
DAS CONTAS DA MESA
Art. 36 – Os balancetes mensais, assinados pelo Presidente, e o balanço anual, assinado pela Mesa,
serão publicados no órgão oficial de imprensa do Município e afixados no saguão da Câmara Municipal,
para conhecimento geral.
CAPÍTULO II
DO PLENÁRIO
Art. 37 – Plenário é o órgão soberano e deliberativo da Câmara Municipal, constituído pela reunião dos
Vereadores em exercício, em local, forma e quórum estabelecidos neste Regimento Interno. Parágrafo
único. Especificamente em relação ao caput, entende-se como:
I – local: recinto da sede da Câmara Municipal, somente podendo ser realizada a reunião do Plenário
em local diverso se houver decisão própria do órgão;
II – forma legal para deliberar: sessão realizada em conformidade com este Regimento Interno;
III – quórum: número determinado na Lei Orgânica do Município para a realização das sessões e para
as deliberações.
Art. 40. O Plenário deliberará sobre todas as matérias de competência da Câmara Municipal, assim
definidas pelo art. 16 da Lei Orgânica Municipal. Parágrafo único. A aprovação da matéria colocada em
discussão dependerá do voto favorável da maioria dos Vereadores presentes à sessão, ressalvados os
casos previstos na Lei Orgânica do Município.
Art. 42– São atribuições do Plenário, além das previstas no art. 16 da Lei Orgânica do Município:
I – elegera Mesa e destituir qualquer de seus membros, na forma regimental;
II – alterar, reformar ou substituir o Regimento Interno;
III – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos
cargos, empregos e funções de seus serviços e fixação da respectiva remuneração, observados os
parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
IV – fixar, para viger na legislatura subsequente, a remuneração dos Vereadores, bem como a do
Prefeito e a do Vice-Prefeito;
V– autorizar o Prefeito a ausentar-se do Município por mais de 15 (quinze) dias consecutivos;
VI – criar Comissões Parlamentares de Inquérito;
VII– convocar Secretários Municipais ou responsáveis pela administração direta e indireta para prestar
informações sobre matéria de sua competência;
VIII– solicitar informações ao Prefeito sobre assuntos referentes à administração;
IX– autorizar a convocação de referendo e plebiscito, exceto os casos previstos na Lei Orgânica do
Município;
X – tomar e julgar as contas do Prefeito;
XI – zelar pela preservação de sua competência legislativa, sustando os atos normativos do Executivo
que exorbitem do poder regulamentar; XII– julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores nos casos
previsto sem lei;
CAPÍTULO III
DAS COMISSÕES
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 43 –As Comissões são órgãos técnicos compostos de 03 (três) Vereadores cada, com a finalidade
de examinar matéria em tramitação na Câmara e emitir parecer sobre a mesma ou de proceder a estudos
sobre assuntos de natureza essencial ou, ainda, de investigar fatos determinados de interesse da
administração.
SEÇÃO II
DAS COMISSÕES PERMANENTES
Art. 47– Dentro da mesma legislatura, os mandatos dos membros de Comissão Permanente ficam
automaticamente prorrogados até que se proceda a sua recomposição.
§ 1°. No ato da composição das Comissões Permanentes, figurará sempre o nome do Vereador efetivo,
ainda que licenciado.
§ 2° Da organização das Comissões Permanentes não poderá participar o Presidente, admitido
integrá-los os suplentes em exercício na data de sua constituição, os quais terão os seus mandatos
adstritos ao período em que perdurar a respectiva suplência, respeitado o limite do biênio, admitida, ainda,
a recomposição a que se refere o caput deste artigo.
Art. 49– Constituídas as Comissões Permanentes, cada uma delas se reunirá para proceder à escolha
dos respectivos Presidentes e Relatores. Parágrafo único. Após a comunicação do resultado em Plenário,
o Presidente enviará à publicação a composição nominal de cada Comissão.
Art. 50– Os membros das Comissões Permanentes serão destituídos caso não compareçam a 03 (três)
reuniões ordinárias consecutivas ou a 05 (cinco) intercaladas, durante o período legislativo, sem motivo
justificado.
§ 1°. A destituição dar-se-á por simples petição do Presidente da Comissão ou de qualquer Vereador
dirigida ao Presidente da Câmara que, após comprovar a veracidade das faltas, declarará vago o cargo
na Comissão.
§ 2°. Não se aplicará o disposto neste artigo ao Vereador que comunicar ao Presidente da Comissão
as razões de sua ausência para posterior justificação das faltas perante o Presidente da Câmara, desde
que deferido o pedido de justificação.
§ 3°. Do ato do Presidente da Câmara, previsto no parágrafo primeiro deste artigo, caberá recurso ao
Plenário, no prazo de 03 (três) dias, com efeito suspensivo.
§ 4°. O Vereador destituído nos termos do presente artigo não poderá ser designado para integrar
nenhuma outra Comissão Permanente até o final da sessão legislativa.
Art. 51– No caso de vaga, renúncia, destituição, licença, impedimento, extinção ou perda de manda-
to de Vereador de qualquer membro das Comissões Permanentes, caberá ao Presidente da Câmara a
designação de substituto, que poderá ser qualquer Vereador, de sua livre designação, devendo recair,
preferencialmente, em Vereador pertencente à mesma bancada partidária do titular da vacância.
Parágrafo único. Nos casos de licença ou impedimento, a substituição perdurará enquanto persistir
tais situações.
Art. 54– Se, por qualquer razão, o Presidente deixar de fazer parte da Comissão, ou renunciar à
presidência, proceder-se-á a nova eleição, observado o disposto neste Capítulo.
SEÇÃO III
DAS COMISSÕESTEMPORÁRIAS
Art. 56 – As Comissões Parlamentares de Inquérito são as que se destinam à apuração de fato deter-
minado ou denúncia, em matéria de interesse do Município, sempre que essa apuração exigir, além dos
poderes das Comissões Permanentes e que a elas são igualmente atribuídos, poderes de investigação
próprios das autoridades judiciais.
Art. 57 – As Comissões Parlamentares de Inquérito serão criadas mediante requerimento de 1/3 (um
terço) dos membros da Câmara, para apuração de fato determinado e que consubstancie irregularidade
Art. 64 – A designação dos membros das Comissões Parlamentares de Inquérito caberá ao Presidente
da Câmara, assegurando-se, tanto quanto possível, a representação proporcional partidária, além de pelo
menos 01 (um) membro de cada Comissão Permanente competente.
Parágrafo único. O Presidente da Comissão será sempre o primeiro signatário do requerimento que a
propôs.
Art. 67 – Se a Comissão deixar de concluir seus trabalhos dentro do prazo estabelecido, ficará
automaticamente extinta, salvo se o Plenário houver aprovado, em tempo hábil, prorrogação de seu prazo
de funcionamento, a requerimento de membro da Comissão.
Parágrafo único. Só será admitido um pedido de prorrogação na forma do presente artigo, não podendo
o prazo ser superior àquele fixado originariamente para seu funcionamento.
Art. 68 – As Comissões de Representação têm por finalidade representar a Câmara em atos externos,
Art. 69 – A Comissão de Estudos será constituída, mediante aprovação da maioria absoluta, para
apreciação de problemas municipais cuja matéria exija que, pelo menos, duas Comissões Permanentes
pronunciem-se sobre o mérito.
§ 1°. Os Presidentes das Comissões Permanentes definirão o número de componentes, designando,
para integrá-la, pelo menos 01 (um) membro titular de sua Comissão.
§ 2°. A Comissão de Estudos poderá elaborar relatório sobre a matéria, votando-o e enviando-o à
publicação, no prazo máximo de 15 (quinze) dias após a conclusão de seus trabalhos, respeitados os §§
3° e 4° deste artigo.
§ 3°. O prazo de seu funcionamento será de 60 (sessenta) dias.
§ 4°. Até o término do prazo de 15 (quinze) dias para apresentação do relatório poderá a Comissão
prorrogar seu prazo de funcionamento, uma única vez, por até 60 (sessenta) dias.
Art. 70 – Só será admitida a formação de Comissões Especiais nos casos expressamente previstos
neste Regimento. Parágrafo único. Aplicam-se às Comissões Temporárias, no que couber, as disposições
regimentais relativas às Comissões Permanentes.
SEÇÃO V
DAS REUNIÕES
Art. 72– As Comissões Permanentes devem reunir-se nas salas destinadas a esse fim e com a
presença da maioria de seus membros.
§ 1°. Quando, por qualquer motivo, a reunião tiver de realizar-se em outro local, é indispensável a
comunicação, por escrito, e com antecedência de 24 (vinte e quatro) horas a todos os membros da
Comissão.
§ 2°. Na ausência do Presidente da Comissão, assumirá o Vice-Presidente e, na ausência deste, o
terceiro membro da Comissão.
Art. 74– Poderão, ainda, participar das reuniões das Comissões Permanentes, como convidados,
técnicos de reconhecida competência ou representantes de entidades idôneas, em condições de propiciar
esclarecimentos sobre o assunto submetido à apreciação das mesmas.
Parágrafo único. Esse convite será formulado pelo Presidente da Comissão, por iniciativa própria, ou
a requerimento de qualquer Vereador.
Art. 75– Das reuniões das Comissões serão lavradas atas, assinadas por todos os seus membros
presentes, com o sumário do que nelas houver ocorrido, assinadas pelos membros presentes.
Art. 76– As deliberações das Comissões serão tomadas por maioria dos votos.
§ 1°. Os projetos e demais proposições distribuídos às Comissões serão examinados por relator
designado ou, quando for o caso, por Subcomissão, que emitirá parecer no tocante à matéria de sua
competência regimental.
§ 2°. O projeto de lei somente poderá ser discutido e votado depois de tramitar pelas Comissões Per-
manentes a que foi distribuído.
§ 3°. O parecer da Comissão deverá ser assinado por todos os seus membros, sem prejuízo da
apresentação do voto vencido em separado, quando o requeira o seu autor ao Presidente da Comissão
e este deferir o requerimento.
Art. 77 – Para emitir parecer sobre qualquer matéria, cada Comissão terá o prazo de 15 (quinze) dias.
§ 1°. O prazo previsto neste artigo começa a correr a partir do primeiro dia útil subsequente ao que o
processo der entrada na Comissão.
§ 2°. O Presidente da Comissão, dentro do prazo máximo de 07 (sete)dias, designará os respectivos
relatores ou Subcomissão, se não se reservar a emissão do parecer.
§ 3°. O relator ou a Subcomissão terá o prazo de 08 (oito) dias para manifestar-se por escrito, a partir
da data da distribuição.
§ 4°. Se houver pedido de vista, este será concedido pelo prazo máximo e improrrogável de 02 (dois)
dias, nunca, porém, com transgressão do limite dos prazos estabelecidos no caput deste artigo.
§ 5°. Só se concederá vista do processo depois de estar o mesmo devidamente relatado.
§ 6°. Nos projetos em que for solicitada urgência pelo Prefeito, os prazos a que se refere o caput ficam
reduzidos a 05 (cinco) dias para cada Comissão, vedada a prorrogação, bem como nos casos de
emendas e subemendas apresentadas à Mesa e aprovadas pelo Plenário.
§ 7°. O prazo a que se refere o caput deste artigo será automaticamente duplicado em se tratando de
proposta orçamentária, diretrizes orçamentárias, plano plurianual, do processo de prestação de contas
do Município e triplicado quando tratar-se de projeto de codificação.
§ 8°. As Comissões Permanentes, às quais tenha sido distribuída determinada matéria, reunir-se-ão
conjuntamente para proferir parecer único no caso de proposição colocada em regime de urgência de
tramitação e sempre quando o decidam os respectivos membros, por maioria, nas hipóteses previstas
nos Artigos 86 e 46, parágrafo 4°, inciso I, ambos deste Regimento Interno.
§ 9°. Na hipótese do parágrafo anterior, o Presidente da Comissão de Legislação, Justiça e Redação
presidirá as Comissões reunidas, substituindo-o, quando necessário, o Presidente de outra Comissão por
ele indicado.
Art. 78– Decorridos os prazos previstos no artigo anterior, deverá o processo ser devolvido à Secreta-
ria, com ou sem parecer, sendo que, na falta deste, o Presidente da Câmara designará relator especial
para produzi-lo, no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 1°. Escoado o prazo do relator especial sem que tenha sido proferido o parecer, a matéria, ainda
assim, será incluída na mesma Ordem do Dia da proposição a que se refira, para que o Plenário se
manifeste sobre eventual dispensa do parecer.
§ 2°. Somente serão dispensados os pareceres das Comissões por deliberação do Plenário, mediante
requerimento de Vereador ou solicitação do Presidente da Câmara, quando se tratar de proposição
colocada em regime de urgência, na forma deste Regimento.
§ 3°. Quando for recusada a dispensa de parecer o Presidente, em seguida, sorteará relator para
proferi -la oralmente perante o Plenário antes de iniciar-se a discussão e votação da matéria.
Art. 79– Dependendo o parecer de exame de qualquer outro processo ainda não chegado à Comissão,
deverá seu Presidente requisitá-lo ao Presidente da Câmara, sendo que, neste caso, os prazos
estabelecidos no art. 65 ficarão sem fluência, por 05 (cinco) dias úteis, no máximo, a partir da data da
requisição.
Parágrafo único. A entrada, na Comissão, do processo requisitado, mesmo antes de decorridos os 05
(cinco) dias, dará continuidade à fluência do prazo interrompido.
Art. 80– Decorridos os prazos de todas as Comissões a que tenham sido enviados, poderão os
processos ser incluídos na Ordem do Dia da sessão subsequente, com ou sem parecer, pelo Presidente
da Câmara, de ofício, ou a requerimento de qualquer Vereador, independentemente do pronunciamento
Art. 81– As Comissões Permanentes deverão solicitar do Executivo, por intermédio do Presidente da
Câmara, todas as informações julgadas necessárias, desde que se refiram a proposições sob sua
apreciação.
§ 1°. O pedido de informações dirigido ao Executivo suspende os prazos previstos no art. 65,
prorrogando-o automaticamente por tantos dias quanto restarem para o seu esgotamento, devendo o
ofício ser encaminhado, no máximo, em 02 (dois) dias úteis.
§ 2°. A suspensão mencionada no parágrafo anterior cessará ao cabo de30 (trinta) dias corridos,
contados da data em que for expedido o respectivo ofício, se o Executivo, dentro desse prazo, não tiver
prestado as informações requisitadas.
§ 3°. A remessa das informações, antes de decorridos os 30 (trinta) dias, dará continuidade à fluência
do prazo suspenso.
§ 4°. Além das informações prestadas, somente serão incluídos no processo sob exame da Comissão
Permanente o parecer desta emanado, os votos em separado e as transcrições das audiências públicas
realizadas.
§ 4°. O disposto neste artigo aplica-se aos casos em que as Comissões, atendendo à natureza do
assunto, solicita assessoramento externo de qualquer tipo, inclusive a instituição oficial ou não oficial.
Art. 82– O recesso da Câmara Municipal sobresta todos os prazos consignados na presente Seção.
Art. 83 – Quando qualquer processo for distribuído a mais de uma Comissão, cada qual dará seu
parecer separadamente, obedecida a ordem estabelecida no art. 44 deste Regimento Interno.
Parágrafo único. No caso deste artigo, os expedientes serão encaminhados de uma Comissão para a
outra pelo respectivo Presidente.
Art. 84– Mediante comum acordo de seus Presidentes, em caso de urgência justificada, poderão as
Comissões Permanentes realizar reuniões conjuntas para exame de proposições ou qualquer matéria a
elas submetidas, facultando-se, neste caso, a apresentação de parecer conjunto.
Parágrafo único. Ocorrendo a hipótese prevista neste artigo, a presidência dos trabalhos caberá ao
mais idoso dos Presidentes das Comissões reunidas.
Art. 85– A manifestação de uma Comissão sobre determinada matéria não exclui a possibilidade de
nova manifestação, mesmo em proposição de sua autoria, se o Plenário assim deliberar.
Art. 86 – Qualquer Vereador ou Comissão poderão requerer, por escrito e devidamente fundamentada,
ao Plenário, a audiência da Comissão à qual a proposição não tenha sido previamente distribuída.
Parágrafo único. Caso o Plenário acolha o requerimento, a proposição será enviada à Comissão, que
se manifestará nos mesmos prazos a que se referem os Artigos 77 e 81 deste Regimento Interno.
Art. 87 – Sempre que determinada proposição tenha tramitado de uma para outra Comissão, ou
somente por determinada Comissão, sem que haja sido oferecido, no prazo, o parecer respectivo, o
Presidente da Câmara designará relator especial para produzi-lo, no prazo de 05 (cinco) dias.
Art. 88– As disposições e prazos estabelecidos na presente Seção não se aplicam às proposituras de
iniciativa dos cidadãos, definida no Título VIII deste Regimento.
SEÇÃO VII
DOS PARECERES
Art. 89– Parecer é o pronunciamento oficial da Comissão sobre qualquer matéria sujeita ao seu estudo.
Parágrafo único. Salvo nos casos expressamente previstos neste Regimento Interno, o parecer será
escrito e constará de 03 (três) partes:
I – exposição da matéria em exame;
II – conclusão do relator, tanto quanto possível sintética, com sua opinião sobre a conveniência da
aprovação ou rejeição total ou parcial da matéria e, quando for o caso, oferecendo-lhe substitutivo ou
emenda;
Art. 90– Os membros das Comissões poderão emitir seu juízo sobre a manifestação do relator, no
máximo durante 05 (cinco) minutos, permitida a cessão de tempo.
§ 1°. O relatório somente será transformado em parecer, se aprovado pela maioria dos membros da
Comissão.
§ 2°. A simples aposição da assinatura, sem qualquer outra observação, implicará na concordância
total do signatário à manifestação do relator.
§ 3°. O parecer deverá ser publicado em até 03 (três) dias úteis após sua deliberação.
Art. 91– Para efeito de contagem de votos emitidos, serão ainda considerados:
I – favoráveis, os que tragam ao lado da assinatura do votante a indicação” com restrições” ou “pelas
conclusões”;
II – contrários, os que tragam ao lado da assinatura do votante a indicação “contrário”.
Art. 92– Poderá o membro da Comissão exarar “voto em separado”, devidamente fundamentado:
I – “pelas conclusões”, quando, embora favorável às conclusões do relator, lhes dê outra e diversa
fundamentação;
II – “aditivo”, quando, embora favorável às conclusões do relator, acrescente novos argumentos a sua
fundamentação;
III – “contrário”, quando se oponha frontalmente às conclusões do relator.
§ 1°. O voto do relator não acolhido pela maioria dos presentes constituirá “voto vencido”.
§ 2°. O “voto em separado”, divergente ou não das conclusões do relator, desde que acolhido pela
maioria dos presentes, passará a constituir seu parecer.
§ 3°. Caso o voto do relator seja vencido e não havendo voto em separado, o Presidente designará
um dos membros da Comissão que tenha votado contrariamente ao relator para que redija, em 48
(quarenta e oito) horas, o voto vencedor.
Art. 93– Para emitir parecer verbal, nos casos expressamente previstos neste Regimento Interno, o
relator ao fazê-lo indicará sempre os nomes dos membros da Comissão ouvidos e declarará quais os que
se manifestaram favoráveis e quais os contrários à proposição.
Art. 95– O projeto de lei que receber parecer contrário, quanto ao mérito, de todas as Comissões, será
tido como rejeitado.
SEÇÃO VIII
DAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS
Art. 96– As Comissões Permanentes, isoladamente ou em conjunto, deverão convocar audiências
públicas sobre:
I – projetos de lei previstos no art. 121 da Lei Orgânica;
II – assunto de interesse público, especialmente para ouvir representantes de entidades legalmente
constituídas e munícipes, sempre que estes o requererem;
Art. 97–No caso de audiências requeridas por entidades ou munícipes, serão obedecidas as seguintes
normas:
I – o requerimento dos munícipes deverá conter o nome legível, e a assinatura ou impressão digital,
se analfabeto;
II – as entidades legalmente constituídas e em funcionamento há pelo menos um ano deverão instruir
o requerimento com cópia autenticada de seus estatutos sociais registrados em cartório, ou do Cadastro
Geral de Contribuintes (CGC), bem como cópia da ata da reunião ou assembleia que decidiu solicitar a
audiência.
TÍTULO III
DOS VEREADORES
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 99 – Os vereadores são agentes políticos investidos de mandato legislativo municipal que abrange
04 (quatro) anos, eleitos pelo sistema partidário e de representação proporcional, por voto secreto e direto.
Art. 103–Na hipótese de qualquer Vereador cometer, dentro do recinto da Câmara, excesso que deva
ser reprimido, o Presidente conhecerá do fato e tomará as seguintes providências, conforme sua
gravidade:
I – advertência pessoal;
II – advertência em Plenário;
III – cassação da palavra;
IV – determinação para retirar-se do Plenário;
V – proposta de cassação do mandato, se o procedimento é incompatível com a dignidade da Câmara.
CAPÍTULO II
DAS VAGAS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 104 – As vagas na Câmara Municipal dão-se por extinção ou cassação do mandato, bem como
nos casos de interrupção ou suspensão do mandato.
Parágrafo único. A extinção do mandato se torna efetiva pela declaração do ato ou fato extintivo pelo
Presidente da Câmara, que a fará constar da ata da sessão plenária; a parda do mandato se torna efetiva
a partir da resolução promulgada pelo Presidente da Câmara, devidamente publicada.
Art. 105 – Extingue-se o mandato do Vereador e assim é declarado pelo Presidente da Câmara,
quando:
I – ocorrer falecimento, renúncia por escrito, cassação dos direitos políticos ou condenação por crime
funcional ou eleitoral;
II – deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela Câmara Municipal, dentro do prazo
estabelecido em lei;
III – deixar de comparecer, em cada sessão legislativa anual, à terça parte das sessões ordinárias,
salvo por motivo de doença comprovada, licença ou missão autorizada pela Câmara, ou, ainda, deixar de
comparecer a 05 (cinco) sessões extraordinárias convocadas pelo Prefeito, por escrito e mediante recibo
de recebimento, para apreciação de matéria urgente, assegurada ampla defesa em ambos os casos;
IV – incidir nos impedimentos para exercício do mandato, estabelecidos em lei e não se
desincompatibilizar até a posse e, nos casos supervenientes, no prazo fixado em lei ou pela Câmara;
V – tiver cassado o diploma ou o mandato por decisão da justiça eleitoral.
§ 1°. Ocorrido e comprovado o ato ou fato extintivo, o Presidente da Câmara, na primeira sessão
comunica ao Plenário e faz constar da ata a declaração da extinção do mandato e convoca imediata-
mente o respectivo suplente.
§ 2°. Se o Presidente da Câmara Municipal se omitir nas providências mencionadas no parágrafo
anterior, o suplente do Vereador ou o Prefeito Municipal pode requerer a declaração de extinção do
mandato, por via judicial.
§ 3°. Se a decisão judicial, no caso do § 2° deste artigo, é julgada procedente, o Presidente é
automaticamente destituído do cargo da Mesa e fica impedido para nova investidura durante toda a
legislatura.
§ 4°. O disposto no inciso III, deste artigo, não se aplica às sessões extraordinárias que são convoca-
das pelo Prefeito durante o recesso da Câmara Municipal.
Art. 107 –O suplente convocado tem prazo de quinze (15) dias para tomar posse no cargo, sob pena
de perda do mandato, observando-se as disposições do art. 18 da Lei Orgânica do Município.
Art. 109– Se não houver suplentes para convocar, o Presidente da Câmara fará a devida comunicação
ao Juiz Eleitoral, para os fins de direito.
SEÇÃO II
DO FALECIMENTO
Art. 110– A vaga, por motivo de falecimento de Vereador, será declarada à vista da respectiva certidão
de óbito, providenciada pela Mesa, de ofício, ou apresentada por qualquer pessoa.
§ 1°. A certidão de óbito a que se refere o caput deste artigo deverá estar revestida das formalidades
legais.
§ 2°. É dispensada a exigência de que trata este artigo quando o fato de falecimento é público e notório.
SEÇÃO III
DA RENÚNCIA
Art. 111– A renúncia do Vereador faz-se por ofício, com firma reconhecida, dirigido à Câmara
Municipal.
§ 1°. A renúncia independe de aceitação, bastando, para produzir seus efeitos, que seja lido o ofício
em qualquer fase da sessão.
§ 2°. A Mesa não receberá renúncia condicionada.
§ 3°. A renúncia é irrevogável e irretratável, uma vez procedida a leitura do ofício.
SEÇÃO IV
DA SUSPENSÃO
CAPÍTULO III
DA LIDERANÇA PARTIDÁRIA
Art. 113 – Os Vereadores serão agrupados por representações partidárias ou Blocos Parlamentares.
§ 1°. São considerados líderes os Vereadores escolhidos pelas representações partidárias para, em
seu nome, expressarem em Plenário pontos de vista sobre assuntos em debate.
§ 2°. Cada líder, que contará com infraestrutura humana e material suficiente ao exercício de suas
funções, poderá indicar vice-líderes, na proporção de 01 (um) para cada 03 (três) Vereadores que
constituam sua representação.
§ 3°. A escolha do líder será comunicada à Mesa, no início de cada legislatura, ou após a criação do
Bloco Parlamentar, em documento subscrito pela maioria absoluta dos integrantes da representação.
§ 4°. Na falta de indicação, considerar-se-ão líder e vice-líder, respectivamente, o primeiro e o segundo
Vereador mais votados de cada bancada.
§ 5°. Os líderes permanecerão no exercício de suas funções até que nova indicação venha a ser feita
pela respectiva representação, sendo substituídos em suas faltas, licenças ou impedimentos pelos vice-
líderes.
§ 6°. As lideranças dos Partidos que se coligarem em Bloco Parlamentar perdem suas atribuições e
prerrogativas regimentais.
§ 7°. As lideranças dos Partidos não impedem que qualquer vereador se dirija ao Plenário
Art. 114– O líder, além de outras atribuições regimentais, tem as seguintes prerrogativas:
I – falar pela ordem, dirigir à Mesa comunicações relativas à sua Bancada, Partido ou Bloco
Parlamentar quando, pela sua relevância e urgência interesse ao conhecimento da Câmara, ou, ainda,
para indicar, nos impedimentos de membros de Comissões pertencentes à Bancada, os respectivos
substitutos;
II – encaminhar a votação de qualquer proposição sujeita à deliberação do Plenário, para orientar sua
Bancada, por tempo não superior a 01 (um) minuto;
III– registrar os candidatos do Partido ou Bloco Parlamentar para concorrer aos cargos da Mesa; IV –
indicar à Mesa os membros da Bancada para comporem as Comissões e, a qualquer tempo, substituí-
los.
CAPÍTULO IV
DAS INCOMPATIBILIDADES E DAS PROIBIÇÕES.
CAPÍTULO V
DA REMUNERAÇÃO
Art. 116 – A remuneração dos Vereadores será fixada pela Câmara Municipal em parcela única, no
último ano da legislatura, até a data do pleito, vigorando para a legislatura seguinte, observado o disposto
na Constituição Federal e no art. 19 da Lei Orgânica do Município, determinando-se o valor em moeda
corrente no País, vedada qualquer vinculação, assegurando-se a revisão geral anual, por ato próprio,
sempre na mesma data e sem distinção de índices aplicados aos vencimentos dos servidores públicos
municipais.
Art. 117 – Na remuneração dos Vereadores é vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adiciona,
abono, prêmio ou verba de representação ou outra espécie remuneratória.
Art. 118 – Ao Vereador em viagem a serviço da Câmara Municipal para fora do Município é assegurado
o ressarcimento dos gastos com locomoção, hospedagem e alimentação, exigida sempre a respectiva
comprovação das despesas, na forma da lei.
TÍTULO IV
DAS PROPOSIÇÕES
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 121 – As proposições consistentes em emenda à Lei Orgânica do Município, projetos de lei
complementar, lei ordinária, decreto legislativo, resolução ou projeto substitutivo deverão ser oferecidas
articuladamente, acompanhadas de justificativa por escrito e acompanhadas do texto de lei ou outro ato
normativo a que digam respeito. Parágrafo único. Nenhuma proposição poderá incluir matéria estranha
ao seu objeto.
SEÇÃO I
DAS INDICAÇÕES
Art. 122 – Indicação é a proposição em que o Vereador sugere aos poderes competentes medidas de
interesse público.
SEÇÃO II
DOS REQUERIMENTOS
SUBSEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 123 – Requerimento é todo pedido dirigido por Vereador ou Comissão ao Presidente ou à Mesa,
sobre matéria de competência da Câmara.
Art. 124 – Os requerimentos serão em regra escritos e serão apresentados em Plenário para
deliberação.
SUBSEÇÃO II
DOS REQUERIMENTOS VERBAIS SUJEITOS A DESPACHO DE PLANO PELO PRESIDENTE E
DELIBERAÇÃO PELO PLENÁRIO
Art. 126– Será despachado de plano pelo Presidente o requerimento verbal que solicitar:
I –a palavra ou desistência dela;
II – a permissão para falar sentado;
III – a leitura de qualquer matéria para conhecimento do Plenário;
IV – a observância de disposição regimental;
V – retirada, pelo autor, de requerimento ou proposição verbais ou escritos, desde que ainda não
submetidas à deliberação pelo Plenário;
VI–retificação de ata;
VII– verificação de presença;
VIII– verificação nominal de votação;
IX– requisição de documento ou publicação existente na Câmara, para subsídio de proposição em
discussão;
X – justificativa de voto e sua transcrição em ata.
Art. 127 – Será igualmente verbal e sujeito à Deliberação do Plenário o requerimento que solicitar:
I – prorrogação da sessão ou dilação da própria prorrogação;
II – dispensa da leitura da matéria para votação;
III – destaque de matéria para votação;
IV – votação a descoberto;
V– encerramento de discussão;
VI –manifestação do Plenário sobre aspectos relacionados com a matéria em debate; VII – voto de
louvor, congratulações, pesar ou repúdio;
Art. 128–Os requerimentos serão indeferidos quando impertinentes, repetitivos ou manifestados con-
tra expressa disposição regimental, sendo irrecorrível a decisão.
Art. 129– Os requerimentos de informação versarão sobre fato relacionado com matéria legislativa em
trâmite ou sobre fato sujeito à fiscalização da Câmara. SUBSEÇÃO III DOS REQUERIMENTOS
ESCRITOS SUJEITOS À DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO
SUBSEÇÃO IV
DAS MOÇÕES
Art. 131– Moção é a proposição em que é sugerida a manifestação da Câmara Municipal sobre deter-
minado assunto, reivindicando providências, hipotecando solidariedade, protestando ou repudiando.
Art. 133– Cada Vereador disporá de 03 (três) minutos para discussão de moções, não se admitindo
encaminhamento de votação nem declaração de voto.
SUBSEÇÃO V
DOS PROJETOS
Art. 134– A Câmara exerce sua função legislativa por meio de:
I – projetos de emenda à Lei Orgânica;
II – projetos de lei complementar;
III – projetos de lei;
IV– projetos de decreto legislativo;
V – projetos de resolução.
Art. 135– O projeto de emenda à Lei Orgânica é a proposição que objetiva alterá-la, modificando,
incluindo ou suprimindo os seus dispositivos, competindo à Mesa da Câmara sua promulgação.
§ 1°. Será necessário a subscrição de, no mínimo, 1/3 (um terço) dos membros da Câmara Municipal,
quando se tratar de iniciativa de Vereador, da Mesa da Câmara ou de Comissão.
§ 2°. Tratando-se de iniciativa de cidadãos, deverá ser obedecido o disposto no art. 53, inciso III, da
Lei Orgânica do Município e demais disposições deste Regimento.
§ 3°. Caso seja iniciativa do Prefeito, seguirá a tramitação normal.
Art. 136– Projeto de lei e projeto de lei complementar são proposições que têm por fim regular toda
matéria legislativa principal e complementar, de competência da Câmara Municipal e sujeita à sanção do
Prefeito.
Parágrafo único. A iniciativa dos projetos de lei e dos projetos de lei complementar, inclusive a iniciativa
popular, serão exercidas na forma como previsto no Art. 44 da Lei Orgânica do Município, ressalvados os
casos de iniciativa exclusiva do Poder Executivo.
Art. 142– Todos os projetos serão impressos em avulsos e entregues aos Vereadores no início da
sessão em cuja Ordem do Dia tenham sido incluídos.
Art. 143– Nenhum projeto será dado por definitivamente aprovado antes de passar por discussão e
votação em plenário, além da redação final, quando for o caso. § 1°. Nenhuma alteração, reforma ou
substituição do Regimento Interno será dada por definitivamente aprovada sem que seja discutida em
02(dois) turnos, com intervalo mínimo de 24 (vinte e quatro) horas entre eles.
Art. 144– Os projetos serão discutidos em bloco, juntamente com os substitutivos e emendas
eventualmente apresentadas.
Art. 146– O Prefeito poderá solicitar que os projetos de sua iniciativa tramitem em regime de urgência.
§ 1°. Se a Câmara Municipal não deliberar em até 30 (trinta) dias sobre projeto de iniciativa do Poder
Executivo, o projeto será incluído na Ordem do Dia, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais
assuntos, até que se ultime a votação.
§ 2°. O prazo previsto no parágrafo anterior não corre nos períodos de recesso, nem se aplica aos
projetos de Código.
Art. 147– Aprovado ou rejeitado o projeto de autoria do Executivo, no regime de urgência, o Presi-
dente da Câmara, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, fará a devida comunicação ao Prefeito.
Art. 148– A aprovação de projeto de lei que crie cargos na Secretaria da Câmara depende do voto
favorável da maioria absoluta dos Vereadores. Parágrafo único. O projeto de lei a que se refere o caput
será votado em 02(dois) turnos, com intervalo mínimo de 48 (quarenta e oito) horas entre eles.
Art. 149 – Instruído o projeto com os pareceres de todas as Comissões a que for despachado, será
considerado em condições de pauta.
Art. 150– Para discutir o projeto em fase de primeira discussão, cada Vereador disporá de 30 (trinta)
minutos.
Art. 152– Se houver substitutivos, estes serão votados com antecedência sobre o projeto original,
observando-se o disposto no art. 171; Parágrafo único. Na hipótese de rejeição do substitutivo, passar-
se-á à votação do projeto original.
Art. 153– Aprovado o projeto inicial ou o substitutivo, passar-se-á, se for o caso, à votação das
emendas:
§ 1°. As emendas serão lidas e votadas, uma a uma, e respeitada a preferência para as emendas de
autoria de Comissão, na ordem direta de sua apresentação.
§ 2°. Não se admite pedido de preferência para votação das emendas. § 3°. A requerimento de
qualquer Vereador ou mediante proposta do Presidente, com aprovação do Plenário, as emendas
poderão ser votadas em bloco ou em grupos devidamente especificados.
Art. 154– Aprovado o projeto inicial ou o substitutivo com emendas, será o processo despachado à
Comissão de mérito para redigir conforme o vencido, que terá o prazo máximo improrrogável de 05 (cinco)
dias para redigi-lo em primeira discussão.
Art. 155– O tempo para discutir projeto em fase de segunda discussão será de 30 (trinta) minutos para
cada Vereador.
Art. 156– Encerrada a discussão, passar-se-á à votação, que se fará em bloco. Parágrafo único. Os
Art. 157– Aprovado o projeto ou o substitutivo, passar-se-á à votação das emendas, na conformidade
do art. 153 e parágrafos.
Art. 158– Se o projeto ou o substitutivo for aprovado sem emendas, será desde logo enviado à sanção
do Prefeito ou à promulgação do Presidente da Câmara.
Art. 159– Aprovado o projeto ou o substitutivo com emendas, será o processo despachado à Comissão
de mérito, para ser redigido conforme o vencido, dentro do prazo de 05 (cinco) dias.
Art. 160– A redação final, observadas as exceções regimentais, será proposta em parecer da
Comissão de mérito ou da Comissão de Legislação, Justiça e Redação, que concluirá pelo texto definitivo
do projeto, com as alterações decorrentes das emendas aprovadas.
Parágrafo único. Quando, na elaboração da redação final, for constatada incorreção ou impropriedade
de linguagem ou outro erro existente na matéria aprovada, poderá a Comissão corrigi-lo, desde que a
correção não implique em deturpação da vontade legislativa, devendo, nesta hipótese, mencionar
expressamente, em seu parecer, a alteração feita, com ampla justificação.
Art. 161– Se, todavia, existir qualquer dúvida quanto à vontade legislativa, em decorrência de
incoerência notória, contradição evidente ou manifesto absurdo, deverá a Comissão eximir-se de oferecer
redação final, propondo, em seu parecer, a reabertura da discussão e concluindo pela apresentação das
necessárias emendas corretivas, quando for o caso.
Art. 162– O parecer propondo redação final permanecerá sobre a Mesa durante a sessão ordinária
subsequente à publicação, para receber emendas de redação.
§ 1°. Não havendo emendas, será considerada aprovada a redação final proposta, sendo a matéria
remetida à sanção do Prefeito ou à promulgação do Presidente.
§ 2°. Apresentadas emendas de redação, voltará o projeto à Comissão para parecer.
Art. 163– O parecer previsto pelo parágrafo segundo do artigo anterior, bem como o parecer propondo
reabertura da discussão, serão incluídos na Ordem do Dia para discussão e votação únicas.
Art. 164– Cada Vereador disporá de 05 (cinco) minutos para discutir o parecer de redação final ou de
reabertura da discussão.
Art. 165– Se o parecer que concluir pela reabertura da discussão for rejeitado, a matéria voltará à
Comissão, para redigir o vencido na forma do já deliberado pelo Plenário.
Art. 166– Aprovado o parecer que propõe a reabertura da discussão, esta versará exclusivamente
sobre o aspecto do engano ou erro, considerando-se todos os dispositivos não impugnados como
aprovados em segunda discussão.
Parágrafo único. Cada Vereador disporá de 05 (cinco) minutos para discutir o aspecto da matéria cuja
discussão foi reaberta.
Art. 167– Faculta-se a apresentação de emendas, desde que estritamente relativas ao aspecto da
matéria cuja discussão foi reaberta e subscritas por 1/3 (um terço), no mínimo, dos Vereadores.
§ 1°. Encerrada a discussão, passar-se-á à votação das emendas.
§ 2°. A matéria, com emenda aprovada, retornará à Comissão para elaboração de redação final.
Art. 168– Só será admitida a apresentação de emendas a parecer propondo redação final, na fase
estabelecida pelo Art.171.
Art. 169– Aprovado o parecer com redação final do projeto, será este enviado à sanção do Prefeito ou
à promulgação do Presidente.
Art. 170– Substitutivo é a proposição apresentada por Vereadores, por Comissão Permanente ou pela
Mesa, para substituir outra já existente sobre o mesmo assunto.
§ 1°. Os substitutivos só serão admitidos quando constantes de parecer de Comissão Permanente ou
quando apresentados em Plenário, durante a discussão, desde que subscritos por 1/3 (um terço) dos
Vereadores, ou quando de projeto de autoria da Mesa, subscrito pela maioria de seus membros.
§ 2°. Não será permitido ao Vereador, à Comissão ou à Mesa apresentar substitutivo parcial ou mais
de um substitutivo à mesma proposição, sem prévia retirada do anteriormente apresentado.
Art. 172– Emenda é a proposição apresentada por Vereadores, por Comissão Permanente ou pela
Mesa, e visa a alterar parte do projeto a que se refere, de forma acessória.
Parágrafo único. As emendas só serão admitidas quando constantes do corpo do parecer de Comissão
Permanente ou, em Plenário, durante a discussão da matéria, desde que subscritas por 1/3 (um terço)
dos membros da Câmara ou, em projetos de autoria da Mesa, pela maioria de seus membros.
Art. 174–As emendas, depois de aprovado o projeto ou o substitutivo, serão votadas, uma a uma, na
ordem direta de sua apresentação, exceto quanto às que possam ser votadas em conjunto ou de forma
prioritária, nos termos deste Regimento.
§ 1°. A requerimento de qualquer Vereador ou mediante proposta do Presidente, com aprovação do
Plenário, as emendas poderão ser votadas por grupos devidamente especificados ou em bloco.
§ 2°. Não se admite pedido de preferência para votação de emendas e, caso englobadas ou agrupadas
para votação, não será facultado o pedido de destaque.
§ 3°. As emendas rejeitadas não poderão ser reapresentadas.
Art. 175– Não serão aceitos, por impertinentes, substitutivos ou emendas que não tenham relação
direta ou imediata com a matéria contida na proposição a que se refiram.
Parágrafo único. O recebimento de substitutivo ou emenda impertinente não implica na obrigatoriedade
de sua votação, podendo o Presidente considerá-los prejudicados antes de submetê-los a votos ou
destacá-los para constituírem projetos independentes.
Art. 176 – Parecer é o pronunciamento por escrito da Comissão Permanente sobre matéria que lhe
tenha sido regularmente distribuída.
Parágrafo único. O parecer poderá ser acompanhado de projeto substitutivo ao projeto de lei, projeto
legislativo ou resolução que suscitaram a manifestação da Comissão.
SUBSEÇÃO IX
DOS RELATÓRIOS DAS COMISSÕES TEMPORÁRIAS
Art. 177 – Relatório de Comissão Temporária é o pronunciamento escrito e por esta elaborado, que
encerra as suas conclusões sobre o assunto que motivou a sua constituição.
Parágrafo único. Quando as conclusões de Comissões Especiais indicarem a tomada de medidas
legislativas, o relatório poderá ser acompanhado de projeto de lei, decreto legislativo ou resolução.
SUBSEÇÃO X
DAS REPRESENTAÇÕES
SUBSEÇÃO XI
DOS VETOS
Art. 180 – Veto – parcial ou total – é a manifestação por escrito do Prefeito Municipal, opondo-se a
projetos de lei aprovados pela Câmara Municipal, como tal exercido na forma e condições previstas na
Lei Orgânica do Município.
Art. 181 – Sempre que o Prefeito Municipal vetar, no todo ou em parte, determinada proposição
aprovada pela Câmara, comunicado o veto a esta, a matéria será encaminhada à Comissão de Legis-
lação, Justiça e Redação, no prazo máximo de 05 (cinco) dias, que poderá solicitar audiência de outra
Comissão, se for o caso.
CAPÍTULO II
DA APRESENTAÇÃO, TRAMITAÇÃO, RETIRADA E ARQUIVAMENTO DE PROPOSIÇÕES
Art. 182–As proposições serão apresentadas na Secretaria da Câmara Municipal, que as carimbará
com designação da data e as numerará, fichando-as em seguida e, após, encaminhando-as ao
Presidente.
Art. 183 – Os projetos substitutivos das Comissões, os vetos, os pareceres, bem como os Relatórios
das Comissões Temporárias serão apresentados nos próprios processos com encaminhamento ao
Presidente da Câmara.
Art. 184 – As emendas e subemendas serão apresentadas à Mesa no prazo de até 72 (setenta e duas)
horas após o conhecimento do respectivo projeto no Plenário, para fins de sua apreciação pelas
Comissões Permanentes e publicação; se tratar de projeto em regime de urgência ou quando estejam
elas assinadas pela maioria absoluta dos Vereadores, poderão ser oferecidas por ocasião dos debates
em Plenário.
§ 1°. As emendas à proposta orçamentária, à lei de diretrizes orçamentárias e ao plano plurianual
serão oferecidas no prazo de 10 (dez) dias a partir da inserção da matéria no expediente da sessão
Art. 185 – O Presidente ou a Mesa, conforme o caso, não aceitarão as proposições, restituindo-as ao
autor:
I – quando forem manifestamente antirregimentais, ilegais ou inconstitucionais;
II – quando, em se tratando de substitutivo ou emenda, não guardem direta relação com a proposição
a que se referem;
III – quando, apresentadas antes do prazo regimental e sem a exigência dele constante,
consubstanciem matéria anteriormente rejeitada ou vetada e com veto mantido;
IV – quando contiver o mesmo teor de outra já apresentada na mesma sessão legislativa e as que
disponham no mesmo sentido de lei existente, sem alterá-la, verificado pela seção competente, salvo
recurso ao Plenário;
V – que vise delegar a outro Poder atribuições primitivas do Legislativo;
VI – que seja apresentada por Vereador licenciado ou afastado;
VII – que tenha sido rejeitada na mesma sessão legislativa, salvo se tiver sido subscrita pela maioria
absoluta da Câmara Municipal;
VIII – que seja formalmente inadequada, por não observar os requisitos formais constantes deste
Regimento Interno;
IX – quando a emenda ou subemenda for apresentada fora do prazo, não observar restrição
constitucional ao poder de emendar ou não tiver relação com a matéria da proposição principal;
X – quando a indicação ou o requerimento versar matéria que, em conformidade com este Regimento
Interno, deva ser objeto de requerimento ou indicação, respectivamente;
XI – quando a apresentação não se encontrar devidamente documentada ou arguir fatos irrelevantes
ou impertinentes.
§ 1°. As razões da devolução ao autor de qualquer proposição, nos termos do presente artigo, deverão
ser devidamente fundamentadas pelo Presidente da Câmara, por escrito.
§ 2°. Não se conformando o autor com a decisão do Presidente em devolvê-la, poderá recorrer do ato
ao Plenário.
Art. 186– Proposições subscritas pela Comissão de Legislação, Justiça e Redação não poderão deixar
de ser recebidas sob alegação de ilegalidade ou inconstitucionalidade.
Art. 187– Considera-se autor da proposição seu signatário, que deverá fundamentá-la por escrito.
Art. 189–Recebida qualquer proposição escrita, será encaminhada ao Presidente da Câmara, que
determinará de imediato a extração e entrega de cópia aos Vereadores e a sua tramitação no prazo
máximo de 15 (quinze) dias, observado o disposto neste capítulo.
Art. 190 – Os projetos de lei de iniciativa da Câmara, quando rejeitados, só poderão ser renovados em
outra sessão legislativa, salvo se reapresentados, no mínimo, pela maioria absoluta dos Vereadores.
Art. 192 – As indicações, após lidas no expediente, serão encaminhadas por ofício pelo Secretário da
Câmara ou a quem de direito, independentemente de deliberação do Plenário. Parágrafo único.
Entendendo o Presidente que a indicação não deve ser encaminhada, dará conheci- mento da decisão
ao seu autor e solicitará o pronunciamento da Comissão competente, cujo parecer será incluído na ordem
do dia, independentemente de sua prévia figuração no expediente.
Art. 193–Os requerimentos a que se referem os artigos 126 e 129 deste Regimento Interno serão
apresentados em qualquer fase da sessão e postos imediatamente em tramitação, independentemente
de sua inclusão no expediente.
§ 1°. Qualquer Vereador poderá manifestar a intenção de discutir os requerimentos a que se refere o
art. 126, com exceção dos incisos III, IV, V, VI e VII, os quais, caso indicados à discussão, serão remetidos
ao expediente da sessão seguinte.
§ 2°. Havendo solicitação de urgência para o requerimento cuja discussão pretende o Vereador, a
própria solicitação entrará em tramitação na sessão em que for apresentada e, se aprovada, o requeri-
mento a que se refere será objeto de deliberação em seguida.
§ 3°. Os requerimentos previamente incluídos na pauta da Ordem do Dia serão votados em bloco,
sendo aplicável n aos demais requerimentos arguidos no decorrer da sessão legislativa o quanto disposto
no presente artigo, ressalvado o disposto no §2° do art. 120 deste Regimento.
Art. 194 – Durante os debates, na ordem do dia, poderão ser apresentados requerimentos que se
refiram estritamente ao assunto discutido, os quais serão objeto de deliberação do Plenário, sem prévia
discussão, admitindo-se, entretanto, encaminhamento de votação pelo proponente e pelos líderes
partidários.
Art. 195 – A concessão de urgência especial dependerá de assentimento do Plenário, mediante provo-
cação por escrito da Mesa ou de Comissão quando autora de proposição em assunto de sua competência
privativa ou especialidade, ou, ainda, por proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara.
§ 1°. O Plenário somente concederá urgência especial quando a proposição, por sua própria finalidade,
exigir pronta apreciação, sem o que perderá a oportunidade ou a eficácia.
§ 2°. Concedida a urgência especial para projeto ainda sem parecer, será feito o levantamento da
sessão para que se pronunciem imediata e conjuntamente as Comissões competentes, para que,
sucessivamente, seja o projeto colocado na ordem do dia da própria sessão.
§ 3°. Caso não seja possível obter-se de imediato o parecer conjunto das Comissões competentes, o
projeto passará a tramitar no regime de urgência.
Art. 196 – O regime de urgência será concedido pelo Plenário por requerimento de qualquer Vereador,
quando se tratar de matéria de relevante interesse público ou de requerimento escrito que exigir, por sua
natureza, a pronta deliberação do Plenário.
Parágrafo único. Serão incluídos no regime de urgência, independentemente da manifestação do
Plenário, as seguintes matérias:
I – a proposta orçamentária, diretrizes orçamentárias, plano plurianual, a partir do escoamento de
metade do prazo de que dispõe a Câmara para apreciá-la;
II – os projetos de lei do Poder Executivo sujeitos a apreciação em tempo certo, a partir dos 15 (quinze)
dias últimos no interstício daquele;
III – o veto, quando escoadas 2/3 (duas terças) partes do prazo para sua apreciação.
Art. 198 – Quando, por extravio ou retenção indevida, não for possível o andamento de qualquer pro-
cesso, já estando vencidos os prazos regimentais, o Presidente fará reconstruir o respectivo processo.
Art. 200– A proposição de autoria de Vereador licenciado, renunciante ou com mandato cassado,
entregue à Mesa antes de efetivada a licença, a renúncia ou perda do mandato, mesmo que ainda não
lida ou apreciada, terá tramitação regimental.
Art. 201– As proposições deverão ser encaminhadas à Mesa no momento próprio, datilografadas e
acompanhadas do necessário número de cópias.
Art. 203– No início de cada legislatura, serão arquivados os processos relativos a proposições que,
até a data de encerramento da legislatura anterior, não tenham sido aprovadas em, pelo menos, uma
discussão.
§ 1°. O disposto neste artigo não se aplica:
I – às proposições de iniciativa do Executivo;
II – às proposições sujeitas à deliberação em prazo certo.
§ 2°. A proposição arquivada nos termos do presente artigo poderá voltar à tramitação regimental,
desde que assim o requeira qualquer Vereador.
§ 3°. Em proposição de autoria da Mesa ou das Comissões Permanentes, a volta à tramitação se dará
por requerimento subscrito pela maioria de seus respectivos membros.
§ 4°. Não poderão ser desarquivadas as proposições inquinadas de inconstitucionalidade ou
ilegalidade, ou as que tenham parecer contrário das Comissões de mérito.
TÍTULO V
DAS SESSÕES
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
SEÇÃO I
DAS ESPÉCIES DE SESSÃO E DE SUA ABERTURA
Art. 205 – As sessões da Câmara serão realizadas no recinto destinado ao seu funcionamento,
considerando-se inexistentes as que se realizarem em outro local, salvo motivo de força maior
devidamente reconhecido pelo Plenário.
Art. 206– Se, à hora regimental, não estiverem presentes os membros da Mesa e os respectivos
Suplentes, assumirá a presidência e abrirá a sessão o Vereador mais idoso entre os presentes.
Art. 207– As sessões ordinárias e extraordinárias serão abertas após a constatação de verificação da
presença de ao menos 1/3 (um terço) dos membros da Câmara e terão a duração de até 04 (quatro)
horas, ressalvados os acréscimos regimentais.
§ 1°. À hora do início dos trabalhos, feita a chamada dos vereadores pelo Secretário, o Presidente,
havendo número legal, declarará aberta a sessão.
§ 2°. Não havendo número legal para o início da sessão, o Presidente aguardará durante 15 (quinze)
minutos que aquele se complete e, caso assim não ocorra, fará lavrar ata sintética pelo Secretário efetivo
ou ad hoc, com registro dos nomes dos Vereadores presentes, declarando, em seguida, prejudicada a
realização da sessão.
Art. 208– Em sessão plenária, cuja abertura e prosseguimento dependam de quórum, este poderá ser
constatado através de verificação de presença feita de ofício pelo Presidente ou a requerimento de
qualquer Vereador, atendido de imediato, considerando-se como presente o requerente.
Parágrafo único. Ressalvada a verificação de presença determinada de ofício pelo Presidente, uma
nova verificação só será deferida depois de decorridos30 (trinta) minutos do término da verificação
anterior.
Art. 209– Concluída a primeira chamada a que se referem os Artigos 207 e208, e caso não tenha sido
alcançado o quórum regimental, proceder-se-á, ato contínuo, a mais uma e única chamada dos
Vereadores cuja ausência tenha sido verificada antes de ser proclamado o número dos presentes.
Art. 210– Declarada aberta a sessão, o Presidente proferirá as seguintes palavras: “Sob a proteção de
Deus, declaro aberta a presente sessão”.
Art. 211– Durante as sessões, somente os Vereadores poderão permanecer na parte do recinto do
Plenário que lhes é reservada.
§ 1°. A convite da Presidência ou por sugestão de qualquer Vereador, poderão se localizar na parte
mencionada no caput as autoridades públicas federais, estaduais ou municipais presentes ou
personalidades que estejam sendo homenageadas.
§ 2°. Os visitantes recebidos em Plenário em dias de sessão poderão usar da palavra para agradecer
à saudação que lhes seja feita pela Câmara.
§ 3°. No recinto do Plenário poderão permanecer os servidores do Poder Legislativo, a serviço e me-
diante convocação expressa da Mesa ou do Presidente.
Art. 212 – A Câmara observará o recesso legislativo determinado no artigo 38 da Lei Orgânica do
Município.
§1°. Nos períodos de recesso legislativo, a Câmara poderá reunir-se em sessão legislativa
extraordinária quando regularmente convocada pelo Prefeito, pelo Presidente ou por solicitação da
maioria absoluta dos membros da Câmara, para apreciar matéria de interesse público relevante e urgente.
§ 2°. Na sessão legislativa extraordinária prevista no parágrafo anterior, a Câmara somente deliberará
sobre a matéria para a qual foi convocada.
SEÇÃO III
DA SUSPENSÃO E DO ENCERRAMENTO DA SESSÃO
Art. 216– A sessão será encerrada antes da hora regimental nos seguintes casos:
I – por falta de quórum regimental para o prosseguimento dos trabalhos;
II – em caráter excepcional, por motivo de luto nacional, pelo falecimento de autoridade ou alta
personalidade, ou por grande calamidade pública, em qualquer fase dos trabalhos, a requerimento de
qualquer Vereador, mediante deliberação do Plenário;
III – tumulto grave.
SEÇÃO IV
DA PRORROGAÇÃO DAS SESSÕES
Art. 217– As sessões cuja abertura exija prévia constatação de quorum, a solicitação do Presidente ou
requerimento de qualquer Vereador e mediante deliberação do Plenário, poderão ser prorrogadas por
tempo determinado, não inferior a 15(quinze)minutos e pelo tempo estritamente necessário.
Art. 218– Os requerimentos de prorrogação serão verbais e votados pelo processo nominal, não se
admitindo discussão ou encaminhamento de votação.
§ 1°. Os requerimentos de prorrogação deverão ser apresentados à Mesa até 10 (dez) minutos antes
do término da sessão e deverão conter o tempo de prorrogação previamente estipulado.
§ 2°. O Presidente, ao receber o requerimento, dele dará conhecimento imediato ao Plenário e o
colocará em votação dentro dos 05 (cinco) últimos minutos da sessão, interrompendo, se for o caso, o
orador que estiver na tribuna.
§ 3°. O orador interrompido por força do disposto no parágrafo anterior, mesmo que ausente à votação
do requerimento de prorrogação, não perderá sua vez de falar, desde que presente quando chamado a
continuar seu discurso.
§ 4°. O requerimento de prorrogação não será considerado prejudicado pela ausência de seu autor
que, para esse efeito, será considerado presente.
§ 5°. Se forem apresentados 02 (dois) ou mais requerimentos de prorrogação da sessão, serão os
mesmos votados na ordem cronológica de apresentação, sendo que, aprovado qualquer deles, serão
considerados prejudicados os demais.
§ 6°. Quando, dentro dos prazos estabelecidos nos parágrafos 1° e 2° do presente artigo, o autor do
requerimento de prorrogação solicitar sua retirada, poderá qualquer outro Vereador, falando pela ordem,
manter o pedido de prorrogação, assumindo, então, a autoria e dando-lhe plena validade regimental.
Art. 219– Nenhuma sessão plenária poderá ir além das 24 (vinte e quatro) horas do dia em que foi
iniciada, ressalvada a sessão solene.
SEÇÃO V
DA ATA
Art. 220–De cada sessão da Câmara lavrar-se-á ata dos trabalhos contendo sucintamente os assuntos
tratados, a qual ficará à disposição dos Vereadores na Secretaria pelo prazo de 24 (vinte e quatro) horas,
para fins de impugnação.
§ 1°. As proposições e os documentos apresentados em sessão serão indicados na ata somente com
a menção do objeto a que se referirem, salvo requerimento de transcrição integral aprovado pelo Plenário.
§ 2°. A ata da última sessão de cada legislatura será redigida na própria sessão, com qualquer número,
antes de seu encerramento, para conhecimento dos Vereadores, que poderão, inclusive, impugná-la na
forma regimental.
Art. 221– A ata será considerada aprovada independentemente de consulta ao Plenário, devendo ser
assinada pelo Presidente e pelo 1° Secretário, salvo se houver impugnação ou pedido de retificação.
§ 1°. Os Vereadores só poderão falar sobre a ata para pedir sua retificação ou para impugná-la no
todo ou em parte, logo após a abertura da primeira sessão ordinária subsequente à sua elaboração.
§ 2°. Se o pedido de retificação não for contestado, a ata será considerada aprovada com a retificação;
caso contrário, caberá ao Plenário deliberar a respeito.
§ 3°. A discussão em torno da retificação ou impugnação de ata em hipótese alguma poderá exceder
o tempo destinado ao Expediente que, neste caso, ficarão prejudicados, depois do que se efetivará,
necessariamente, a votação.
§ 4° Se não houver quórum para deliberação, os trabalhos terão prosseguimento e a votação se fará
em qualquer fase da sessão, à primeira constatação de existência de número regimental para
deliberação.
§ 5° Se o Plenário, por falta de quórum, não deliberar sobre a ata até o encerramento da sessão, a
votação se transferirá para o início da sessão ordinária seguinte.
§ 6°. Cada Vereador poderá falar sobre a ata apenas uma vez, por tempo nunca superior a 05 (cinco)
minutos, não se permitindo apartes.
§ 7°. Se a impugnação submetida ao Plenário for por este aceita, o Presidente determinará as
necessárias retificações e fará dar a devida publicidade. § 8°. Não poderá impugnar a ata Vereador
ausente à sessão que a mesma se refira.
CAPÍTULO II
DAS SESSÕES ORDINÁRIAS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 223– As sessões ordinárias serão realizadas na primeira e na terceira terça-feira de cada mês,
com duração de até 04 (quatro) horas, a partir das 20h00, com intervalo de até 15 (quinze) minutos entre
o término do expediente e o início da ordem do dia.
Parágrafo único. Quando a data em que seria realizada a sessão ordinária coincidir com dia não útil,
esta fica prorrogada automaticamente para o dia útil imediatamente subsequente.
SEÇÃO II
DO PEQUENO EXPEDIENTE
Art. 225 – Havendo número legal, a sessão se iniciará com o Pequeno Expediente, que terá duração
máxima de 01 (uma) hora, vedada a prorrogação, e será destinado à leitura de documentos de quais-
quer origens e proposições em geral. § 1°. Nas sessões em que esteja incluído na ordem do dia o debate
da proposta orçamentária e do plano plurianual, o Pequeno Expediente durará 15 (quinze) minutos. §2°.
A leitura da matéria do Pequeno Expediente obedecerá a seguinte ordem: I – expedientes oriundos do
Prefeito; II – expedientes oriundos das demais fontes previstas neste Regimento Interno e na Lei Orgânica
do Município, à exceção dos apresentados pelos Vereadores; III – expedientes apresentados pelos
Vereadores.
SEÇÃO III
DO GRANDE EXPEDIENTE
Art. 226 – Terminada a leitura dos expedientes, iniciar-se-á o Grande Expediente, que terá a duração
de 01 (uma) hora e será destinado a discussão de requerimentos, pareceres e relatórios, na forma
regimental, bem como ao uso da palavra, em temas livres, pelos Vereadores devidamente inscritos em
livro próprio.
§ 1°. Nas sessões em que esteja incluído na ordem do dia o debate da proposta orçamentária e do
plano plurianual, o Grande Expediente durará 15 (quinze) minutos.
§ 2°. O Presidente dará a palavra aos Vereadores inscritos na forma como prevê o caput, durante 05
(cinco) minutos improrrogáveis a cada orador, a fim de exporem assunto de livre escolha, não se
permitindo apartes.
§ 3°. A ordem de chamada dos oradores será a constante do registro realizado em livro próprio.
§ 4°. Nenhum Vereador será chamado a falar mais de uma vez na mesma sessão.
§ 5°. Os Suplentes em exercício ocuparão, na lista de chamada para o Pequeno Expediente, o lugar
do Vereador efetivo.
§ 6°. Não se admite cessão de tempo no Pequeno Expediente.
§ 7°. Quando não houver número legal para deliberações no expediente, as matérias a que se refere
o caput deste artigo ficarão, automaticamente, transferidas para o expediente da sessão seguinte.
Art. 227 – Terminada a leitura e discussão da matéria em pauta, o Presidente destinará o tempo
restante do Expediente a breves comunicações ou comentários, individualmente, jamais por tempo
superior a 05 (cinco) minutos, para que o Vereador deverá se inscrever previamente em livro próprio.
§ 1°. Quando o orador inscrito para falar no expediente deixar de fazê-lo por falta de tempo, sua
inscrição automaticamente será transferida para a sessão seguinte.
§ 2°. O Vereador que, inscrito para falar, não se achar presente na hora que lhe for dada a palavra,
perderá a vez e só poderá ser de novo inscrito em último lugar.
SEÇÃO IV
DA ORDEM DO DIA
Art. 228 – Finda a hora do Grande Expediente, por ter se esgotado o tempo ou por falta de oradores,
e, decorrido o intervalo regimental, passar-se-á à matéria constante da Ordem do Dia.
§ 1°. Para a Ordem do Dia, far-se-á verificação de presença e a sessão somente prosseguirá caso
presente a maioria absoluta dos Vereadores.
§ 2°. Não havendo o quórum regimental, o Presidente aguardará por 05 (cinco) minutos, como
tolerância, antes de declarar encerrada a sessão.
Art. 229 – Nenhuma proposição poderá ser colocada em discussão sem prévia inclusão na Ordem do
Dia regularmente publicada, com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas de início da sessão,
salvo disposição em contrário da Lei Orgânica do Município.
Parágrafo único. Nas sessões em que se devam ser apreciados a proposta orçamentária, as diretrizes
orçamentárias e o plano plurianual, nenhuma outra matéria figurará na Ordem do Dia.
Art. 230 – A organização da pauta da Ordem do Dia obedecerá aos seguintes critérios preferenciais:
I – matérias com prazo de deliberação vencido;
II – matérias em regime de urgência especial;
III – matérias em regime de urgência;
IV – matérias em redação final;
V – matérias em discussão única;
VI – matérias em segunda discussão;
VII – matérias em primeira discussão;
VIII – recursos;
IX – demais proposições.
Parágrafo único. As matérias, pela ordem de preferência prevista no presente artigo, figurarão na pauta
observada a ordem cronológica de sua apresentação entre aquelas de mesma classificação.
Art. 231 – O 1° Secretário procederá à leitura do expediente indicado à discussão e votação, a qual
poderá ser dispensada a requerimento verbal de qualquer Vereador, com aprovação do Plenário.
Art. 232 – A Ordem do Dia, estabelecida nos termos do artigo anterior, só poderá ser interrompida ou
alterada:
I – para comunicação de licença de Vereador;
II – para posse de Vereador ou Suplente;
III – em caso de inclusão de projeto na pauta em regime de urgência;
IV – em caso de inversão de pauta;
V – em caso de retirada de proposição da pauta;
Art. 233 – Os projetos cuja urgência tenha sido concedida pelo Plenário figurarão na pauta da Ordem
do Dia, na sessão ordinária subsequente, como itens preferenciais, pela ordem de votação dos
respectivos requerimentos.
§ 1°. Se o projeto para o qual tenha sido concedida urgência não se encontrar no momento a ser
apreciado, o Presidente determinará a imediata reconstituição do processo.
§ 2°. A urgência só prevalecerá para a sessão ordinária subsequente àquela em que tenha sido
concedida, salvo se a sessão for encerrada com o projeto ainda em debate, caso em que o mesmo
figurará como primeiro item da Ordem do Dia da sessão ordinária seguinte, após os vetos que
eventualmente sejam incluídos, ficando prejudicadas as demais inclusões.
§ 3°. Se o projeto incluído na pauta em regime de urgência depender de pareceres das Comissões,
estes poderão ser verbais, admitindo-se, ainda, sejam as manifestações emitidas em um único
instrumento escrito.
§ 4°. Não se admitem a discussão e a votação de projetos sem prévia manifestação das Comissões.
§ 5°. Aprovada a urgência, as Comissões deverão, obrigatoriamente, manifestar-se até a sessão
ordinária subsequente.
Art. 235 – As proposições constantes da Ordem do Dia poderão ser objeto de:
I – preferência para votação;
II – adiamento;
III – retirada da pauta.
Parágrafo único. O requerimento de preferência será votado sem discussão, não se admitindo
encaminhamento de votação.
Art. 237 – A retirada de proposição constante na Ordem do Dia dar-se-á na forma como previsto no
Art. 202 deste Regimento Interno.
Art. 238 – Esgotada a pauta da Ordem do Dia e se nenhum Vereador solicitar a palavra para explicação
pessoal, ou findo o tempo destinado à sessão, o Presidente dará por encerrados os trabalhos.
SEÇÃO V
DA EXPLICAÇÃO PESSOAL
Art. 239 – Esgotada a pauta da Ordem do Dia, desde que presente 1/3 (um terço), no mínimo, dos
Vereadores, passar-se-á à Explicação Pessoal, pelo tempo restante da sessão aos que tenham solicitado,
ao Secretário, durante a sessão, observados a precedência da inscrição e o prazo regimental.
Art. 240 – A Explicação Pessoal é destinada à manifestação de Vereadores sobre atitudes pessoais
assumidas durante a sessão ou no exercício do mandato.
Parágrafo único. Cada Vereador disporá de 05 (cinco) minutos para falar em explicação pessoal, não
se permitindo apartes.
Art. 242 – As sessões ordinárias não serão prorrogadas para a Explicação Pessoal.
Art. 243 – Não havendo mais oradores para falar em Explicação Pessoal ou, se quando ainda os hou-
ver, já tenha se esgotado o tempo regimental, o Presidente declarará encerrada a sessão.
CAPÍTULO III
DAS SESSÕES EXTRAORDINÁRIAS
Art. 244– As sessões extraordinárias serão convocadas na forma como previsto no Art. 39 da Lei
Orgânica do Município mediante comunicação escrita aos Vereadores, com antecedência de 24 (vinte e
quatro) horas e afixação de edital, no átrio do edifício da Câmara, que poderá ser reproduzido pela
imprensa local.
§ 1°. Somente se realizarão sessões extraordinárias quando se tratar de matérias relevantes e
urgentes e a sua convocação dar-se-á na forma como estabelecido no § 2° do Art. 212 deste Regimento
Interno.
§ 2°. As sessões extraordinárias, que terão a mesma duração das ordinárias, poderão ser diurnas ou
noturnas, antes ou depois das ordinárias nos próprios dias destas, ou em qualquer outro dia, inclusive
domingos, feriados e dias de ponto facultativo.
§ 3°. Se, eventualmente, a sessão extraordinária iniciada antes da sessão ordinária prolongar-se até
a hora da abertura desta última, poderá a convocação da sessão ordinária ser considerada Sem efeito,
mediante requerimento subscrito, no mínimo, pela maioria absoluta dos Vereadores, deferido de plano
pelo Presidente, dando-se prosseguimento à sessão extraordinária em curso.
§ 4°. O requerimento a que alude o parágrafo anterior deverá ser entregue à Mesa até 15 (quinze)
minutos antes da hora prevista para a abertura da sessão ordinária. § 5°. A convocação de sessão
extraordinária deverá especificar o dia, a hora e a Ordem do Dia.
Art. 246– Havendo número apenas para discussão, no decorrer das sessões extraordinárias, as
matérias constantes da Ordem do Dia poderão ser debatidas, procedendo-se, porém, necessariamente,
a uma verificação de presença antes da votação.
§ 1°. Constatada, na verificação de presença a que alude o presente artigo, a existência de número
regimental para deliberação, as matérias com discussão encerrada serão votadas rigorosamente pela
ordem do encerramento da discussão, passando-se, em seguida, à discussão e votação dos demais itens.
§ 2°. Se se constatar, através da verificação de presença, que persiste a falta de quórum para
deliberação, o Presidente encerrará a sessão.
Art. 247– Nas sessões extraordinárias, a Ordem do Dia só poderá ser alterada ou interrompida:
I – para comunicação de licença de Vereador;
II – para posse de Vereador ou Suplente;
III – em caso de inversão de pauta;
IV – em caso de retirada de proposição de pauta.
CAPÍTULO IV
DAS SESSÕES SOLENES
Art. 249– As sessões solenes destinam-se à realização de solenidade e outras atividades decorrentes
de decretos legislativos, resoluções e requerimentos.
Art. 251 – Nas sessões solenes não haverá Pequeno Expediente, Grade Expediente ou Ordem do Dia
formal, dispensando-se, ademais, a verificação de presença.
§ 1°. As sessões solenes realizar-se-ão a qualquer dia e hora, para esse fim específico, não havendo
tempo predeterminado para a duração e encerramento da sessão solene.
§ 2°. As sessões solenes poderão realizar-se em qualquer local seguro e acessível, a critério da Mesa.
§ 3°. Nas sessões solenes, somente poderão usar da palavra, além do Presidente da Câmara, o líder
partidário ou o Vereador pelo mesmo designado, o Vereador que propôs a sessão como orador oficial da
cerimônia e as pessoas homenageadas.
TÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES E DAS DELIBERAÇÕES
CAPÍTULO I
DAS DISCUSSÕES
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 252 – Discussão é a fase dos trabalhos destinada aos debates da Ordem do Dia em Plenário, a
qual precede as deliberações sobre as respectivas proposições.
Art. 253– A discussão de proposição em Ordem do Dia exigirá inscrição pelo orador, em Plenário,
perante o Presidente, a partir do início da sessão, na respectiva lista de inscrição.
§ 1°. Não se admite troca de inscrição, facultando-se porém, entre os Vereadores inscritos para discutir
a mesma proposição, a cessão total de tempo, na conformidade do disposto nos parágrafos seguintes.
§ 2°. A cessão de tempo será feita mediante comunicação, obrigatoriamente verbal, pelo Vereador
cedente, no momento em que seja chamado para discutir a matéria.
§ 3°. É vedada, na mesma fase de discussão, nova inscrição ao Vereador que tenha cedido a outro o
seu tempo.
Art. 254– Respeitada sempre a alternância, a palavra será dada, entre os inscritos, na seguinte ordem:
I – ao autor da proposição;
II – aos relatores, respeitada a ordem de pronunciamento das respectivas Comissões;
III – ao autor de voto vencido, originariamente designado relator, respeitada a ordem estabelecida no
inciso anterior;
IV – ao primeiro signatário de substitutivo, respeitada a ordem inversa da sua apresentação.
Art. 255– O autor e os relatores dos projetos, além do tempo regimental que lhes é assegurado,
poderão voltar à tribuna durante 15 (quinze) minutos para explicação, desde que 1/3 (um terço) dos
membros da Câmara assim o requeira por escrito.
§ 1° Em projeto de autoria da Mesa ou de Comissão, serão considerados autores, para efeitos deste
artigo, os respectivos Presidentes.
§ 2°. Em projetos de autoria do Executivo, será considerado autor, para os efeitos do presente artigo,
o Vereador que nos termos regimentais gozar de prerrogativa de Líder do Prefeito, como intérprete do
pensamento do Executivo junto à Câmara.
Art. 256– O Vereador que estiver ausente ao ser chamado para falar poderá reinscrever-se. Parágrafo
único. O Vereador que estiver na tribuna, ao término da sessão e ausente quando chamado a concluir
seu discurso em sessão posterior, perderá a parcela de tempo de que ainda dispunha para discutir.
Art. 257– O Presidente dos trabalhos não interromperá o orador que estiver discutindo qualquer
matéria, seja por iniciativa própria ou a requerimento de qualquer Vereador, salvo:
I – para dar conhecimento ao Plenário de requerimento escrito de prorrogação da sessão e para
coloca-lo a votos;
II – para fazer comunicação importante, urgente e inadiável à Câmara;
Art. 258 – Não estão sujeitos à discussão as indicações, salvo o disposto no parágrafo único do Art.
192.
Art. 260 – A discussão da matéria constante da Ordem do Dia só poderá realizar-se com a presença
da maioria absoluta dos membros da Câmara.
Art. 261 – Terão única discussão as seguintes matérias, sem prejuízo do disposto na Lei Orgânica do
Município:
I – as que tenham sido colocadas em regime de urgência especial;
II – as que se encontrem em regime de urgência;
III – os projetos de lei oriundos do Poder Executivo, com solicitação de prazo;
IV – o veto, parcial ou total;
V – os projetos de decreto legislativo ou de resolução de qualquer natureza;
VI – os requerimentos sujeitos a debates.
Art. 262 – Terão duas discussões todas as matérias não discriminadas no artigo anterior, ressalvado
o disposto na Lei Orgânica do Município.
Parágrafo único. A critério exclusivo da Presidência, poderão ser colocadas as 02 (duas) discussões
e votações descritas no caput deste artigo, em única sessão, quando o Presidente em exercício assim
entender.
Art. 263 – Na primeira discussão debater-se-á, separadamente, artigo por artigo do projeto; na segunda
e única discussão, debater-se-á o projeto em bloco.
§ 1°. Por deliberação do Plenário, a requerimento de Vereador, a primeira discussão poderá consistir
de apreciação global do projeto.
§ 2°. Quando se tratar de codificação, na primeira discussão o projeto será debatido por capítulos,
salvo requerimento de destaque aprovado pelo Plenário.
§ 3°. Quando se tratar de proposta orçamentária, diretrizes orçamentárias e plano plurianual, as
emendas possíveis serão debatidas antes do projeto, em primeira discussão.
Art. 264 – Para discussão única e primeira discussão, serão admitidos substitutivos, emendas e
subemendas; em segunda discussão, somente serão admitidas emendas e subemendas.
Art. 265 – Ressalvada a hipótese de regime de urgência e urgência especial, em nenhuma outra
hipótese a segunda discussão ocorrerá na mesma sessão em que tenha ocorrido a primeira discussão.
Art. 266 – Sempre que a pauta dos trabalhos incluir mais de uma proposição sobre o mesmo assunto,
a discussão obedecerá à ordem cronológica de apresentação. Parágrafo único. O disposto neste artigo
não se aplica a projeto substitutivo do mesmo autor da proposição originária, o qual preferirá esta.
SEÇÃO II
DOS APARTES
Art. 268– Aparte é a interrupção consentida, breve e oportuna do orador, para indagação, esclareci-
mento, contestação ou comentário relativamente à matéria em debate.
§ 1°. O aparte deverá ser expresso em termos corteses e não poderá exceder a 03 (três) minutos.
§ 2°. O aparteador permanecerá preferencialmente em pé quando aparteia e enquanto ouve a resposta
do aparteado.
SEÇÃO III
DO ENCERRAMENTO DA DISCUSSÃO
Art. 271– A discussão de qualquer matéria não será encerrada, quando houver requerimento de adia-
mento pendente de votação por falta de quórum.
Art. 272– Se o requerimento de encerramento de discussão for rejeitado, só poderá ser reformulado
depois de terem falado, no mínimo mais 02 (dois) Vereadores.
CAPÍTULO II
DOS DEBATES
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 273–Os debates deverão realizar-se com dignidade e ordem, cumprindo ao Vereador atender às
seguintes determinações regimentais:
I – falar preferencialmente em pé, exceto se tratar do Presidente;
SEÇÃO II
DO TEMPO DE USO DA PALAVRA
Art. 274– O tempo de que dispõe o Vereador, sempre que ocupar a tribuna, será controlado pelo
Secretário, para conhecimento do Presidente, e começará a fluir no instante em que lhe for dada a
palavra.
Parágrafo único. Quando o orador for interrompido em seu discurso, por qualquer motivo previsto neste
Regimento Interno, exceto por aparte concedido, o prazo de interrupção não será computado no tempo
que lhe cabe.
Art. 275– Salvo disposição expressa em contrário, o tempo de que dispõe o Vereador para falar é
assim fixado:
I – para pedir retificação ou para impugnar a ata: 03 (três) minutos, sem apartes;
II – no Pequeno Expediente: 05 (cinco) minutos, sem apartes;
III – no Grande Expediente: 15 (quinze) minutos, com apartes;
IV – em apartes e justificação de requerimento de urgência: 03 (três) minutos;
V – na discussão de:
a) veto: 10 (dez) minutos, com apartes;
b) parecer de redação final ou de reabertura da discussão: 05 (cinco) minutos, sem apartes;
c) matéria com discussão reaberta: 10 (dez) minutos, sem apartes;
d) projeto: 30 (trinta) minutos, com apartes, exceto o de concessão de título honorífico que será de 15
(quinze) minutos;
e) parecer pela inconstitucionalidade ou pela ilegalidade do projeto: 15 (quinze) minutos, com apartes;
f) pareceres do Tribunal de Contas sobre contas do Executivo: 15 (quinze) minutos, com apartes;
g) processo de destituição da Mesa ou de membros da Mesa: 15 (quinze) minutos para cada Vereador
e 120 (cento e vinte) minutos para o relator e o denunciado ou denunciados, com apartes;
h) processo de cassação de mandato de Vereador: 15 (quinze) minutos para cada Vereador e 120
(cento e vinte) minutos para o relator e o denunciado ou para seu procurador, com apartes;
i) moções: 05 (cinco) minutos, sem apartes; j) requerimentos, indicações, redação final e artigo isolado
de proposição: 10 (dez) minutos, sem apartes;
l) recursos: 15 (quinze) minutos, com apartes. VI – em explicação pessoal: 05 (cinco) minutos, sem
apartes;
VII – em explicação de autor ou relatores de projetos, quando requerida: 15 (quinze) minutos, com
apartes;
VIII – para encaminhamento de votação, justificação de voto ou emenda: 05 (cinco) minutos, sem
apartes;
IX – para declaração de voto: 05 (cinco) minutos, sem apartes;
X – pela ordem: 05 (cinco) minutos, sem apartes;
XI – para solicitar esclarecimentos ao Prefeito e a Secretários Municipais, quando estes comparece-
rem à Câmara, convocados ou não: 05 (cinco) minutos, sem apartes.
Parágrafo único. Será permitida a cessa de tempo de um para outro orador na discussão de requeri-
mentos, pareceres e matérias constantes da Ordem do Dia.
Art. 276 – O Vereador a que for dada a palavra deverá inicialmente declarar a que título se pronuncia
e não poderá:
I – usar de palavra com finalidade diferente do motivo alegado para a solicitar;
II – desviar-se da matéria em debate;
III – falar sobre a matéria vencida;
IV – ultrapassar o prazo que lhe competir;
V – deixar de atender às advertências do Presidente.
Art. 278 – Quando mais de um Vereador solicitar a palavra simultaneamente, o Presidente concedê-la
-á na seguinte ordem:
I – ao autor da proposição em debate;
II – ao relator do parecer em apreciação;
III – ao autor da emenda;
IV – alternadamente, a quem seja a favor ou contra a matéria em debate.
SEÇÃO IV
DAS QUESTÕES DE ORDEM
Art. 279–Questão de ordem é toda dúvida levantada em Plenário quanto à interpretação e aplicação
deste Regimento.
§ 1°. As questões de ordem devem ser formuladas com clareza e com a indicação precisa das
disposições regimentais que se pretende elucidas, sob pena de o Presidente as repelir sumariamente.
§ 2°. Para falar pela ordem, cada Vereador disporá de 05 (cinco) minutos, não sendo permitidos a
partes.
§ 3°. Se a questão de ordem comportar resposta, esta deverá ser dada imediatamente, se possível,
ou, caso contrário, em fase posterior da mesma sessão, ou na sessão ordinária seguinte.
Art. 280 – Pela ordem, o Vereador só poderá falar, declarando o motivo, para:
I – reclamar contra preterição de formalidades regimentais;
II – suscitar dúvidas sobre a interpretação do Regimento ou, quando este for omisso, para propor o
melhor método para o andamento dos trabalhos;
III – na qualidade de Líder, para dirigir comunicação à Mesa;
IV – solicitar a prorrogação do prazo de funcionamento de Comissão Temporária ou comunicar a
conclusão de seus trabalhos;
V – solicitar a retificação de voto;
VI – solicitar a censura do Presidente a qualquer pronunciamento de outro Vereador que contenha
expressão, frase ou conceito que considerar injuriosos;
VII – solicitar do Presidente esclarecimentos sobre assuntos de interesse da Câmara.
§ 1°. A questão de ordem formulada nos termos do inciso VI do caput só será publicada caso o
Presidente não promova a censura solicitada.
§ 2°. Não se admitirão questões de ordem:
I – quando, na direção dos trabalhos, o Presidente estiver com a palavra;
II – na fase do Pequeno Expediente;
III – na fase do Prolongamento do Expediente, exceto quando formulada nos termos do inciso I do
presente artigo;
IV – quando houver orador na tribuna.
V – quando se estiver procedendo a qualquer votação.
Art. 281 – Cabe ao Presidente resolver as questões de ordem, não sendo lícito a qualquer Vereador
opor-se à decisão, sem prejuízo do recurso ao Plenário.
§ 1°. O recurso previsto no caput do presente artigo observará ao quanto disposto no Título VII deste
Regimento Interno;
§ 2°. O recurso será encaminhado à Comissão de Legislação, Justiça e Redação, para parecer.
§ 3°. O Plenário, em face do parecer, decidirá o caso concreto, considerando-se a deliberação como
prejulgado.
Art. 282– Votação é o ato complementar da discussão, através do qual o Plenário manifesta sua
vontade deliberativa.
§ 1°. Considera-se qualquer matéria em fase de votação a partir do momento em que o Presidente
declara encerrada a discussão.
§ 2°. Quando, no curso de uma coleta de votos, esgotar-se o tempo destinado à sessão, esta será
dada por prorrogada até que se conclua, por inteiro, a votação da matéria, ressalvada a hipótese da falta
de número para deliberação, caso em que a sessão será encerrada imediatamente.
§ 3°. Na votação dos projetos que não atingir o quórum regimental, os mesmos serão considerados
pendentes de votação e constarão da Ordem do Dia da próxima sessão.
§ 4°. As deliberações do Plenário serão tomadas por maioria simples, sempre que não se exija a maio-
ria absoluta ou a maioria de 2/3 (dois terços), conforme as determinações constitucionais, legais ou
regimentais aplicáveis em cada caso.
Art. 283– O Vereador presente à sessão poderá votar a favor, contra ou abster-se, devendo, porém,
declarar-se impedido nas hipóteses regimentais.
Parágrafo único. O Vereador que se considerar impedido de votar, nos termos do presente artigo, fará
a devida comunicação ao Presidente, computando- se, todavia, sua presença para efeito de quórum.
Art. 284– O Presidente da Câmara terá voto na eleição da Mesa, quando a matéria exigir quorum
superior à maioria simples e quando ocorrer empate.
Parágrafo único. As normas constantes do presente artigo serão aplicadas ao Vereador que substituir
o Presidente na direção dos trabalhos.
SEÇÃO II
DO ENCAMINHAMENTO DA VOTAÇÃO
Art. 286– A partir do instante em que o Presidente declarar a matéria já debatida e com discussão
encerrada, poderá ser solicitada a palavra para encaminhamento da votação, ressalvados os impedi-
mentos regimentais.
Parágrafo único. No encaminhamento da votação, será assegurado a cada Bancada partidária, por um
de seus membros, falar apenas uma vez por 05 (cinco) minutos, para propor a seus pares a orientação
quanto ao mérito da matéria a ser votada, sendo vedados apartes.
Art. 287– Ainda que haja, no processo, substitutivos e emendas, haverá apenas um encaminhamento
de votação, que versará sobre todas as peças do processo.
Art. 288 – Não haverá encaminhamento de votação quando se tratar de proposta orçamentária, das
diretrizes orçamentárias, do plano plurianual, de julgamento das Contas do Município, de processo de
cassação de mandato ou de requerimento.
SEÇÃO III
DO PROCESSO DE VOTAÇÃO
Art. 289–O processo de votação do Plenário da Câmara Municipal será em regra nominal.
Art. 290– O processo nominal de votação consiste na contagem dos votos favoráveis e contrários, pela
ordem de chamada, com a consignação expressa do nome e do voto de cada Vereador, salvo quando se
tratar de votação através de cédulas em que essa manifestação não será extensiva.
Art. 291– Ao submeter qualquer matéria à votação nominal, o Presidente convidará os Vereadores a
responderem “a favor” ou “contra”, conforme sejam favoráveis ou contrários.
§ 1°. O Secretário, ao proceder à chamada, anotará as respostas na respectiva lista.
Art. 292 – Qualquer Vereador poderá requerer ao Plenário que aprecie isoladamente partes do texto
da proposição, votando-as em destaque para rejeitá-las ou aprová-las, preliminarmente. Parágrafo único.
Não haverá destaque quando se tratar de:
I – proposta orçamentária;
II – diretrizes orçamentárias;
III – plano plurianual;
IV – julgamento das contas do Município;
V – quaisquer casos em que a providência se revele impraticável.
Art. 293 – Terão preferência para votação as emendas supressivas e as emendas e substitutivos
oriundos das Comissões. Parágrafo único. Apresentadas 02 (duas) ou mais emendas sobre o mesmo
artigo ou parágrafo, será admissível requerimento de preferência para a votação da emenda que melhor
se adaptar ao projeto, sendo o requerimento apreciado pelo Plenário, independentemente de discussão.
Art. 294 – Sempre que o parecer da Comissão for pela rejeição do projeto, deverá o Plenário deliberar
primeiro sobre o parecer, antes de entrar na consideração do projeto.
Art. 295– As dúvidas quanto ao resultado proclamado só poderão ser suscitadas e esclarecidas antes
de anunciada a discussão ou a votação de nova matéria, ou, se for o caso, antes de se passar à nova
fase da sessão ou de encerrar-se a Ordem do Dia.
SEÇÃO IV
DA VERIFICAÇÃO NOMINAL DE VOTAÇÃO
Art. 296– A verificação de votação mediante processo nominal será efetuada sempre que ocorrer o
disposto no art. 290 deste Regimento Interno.
§ 1°. Nenhuma votação admitirá mais de uma verificação nominal.
§ 2°. Ficará prejudicado o requerimento de verificação nominal de votação, caso não se encontre
presente, no momento em que for chamado pela primeira vez, o Vereador que a requereu.
§ 3°. Prejudicado o requerimento de verificação nominal de votação pela ausência de seu autor, ou
por pedido de retirada, faculta-se a qualquer outro Vereador reformulá-lo.
SEÇÃO V
DA DECLARAÇÃO DE VOTO
Art. 297– Declaração de voto é o pronunciamento do Vereador sobre os motivos que o levaram a se
manifestar contrária ou favoravelmente ao mérito da matéria votada.
Art. 298– A declaração de voto a qualquer matéria se fará de uma só vez, depois de concluída, por
inteiro, a votação de todas as peças do processo.
Art. 299– Em declaração de voto, cada Vereador disporá de 05 (cinco)minutos, sendo vedados apar-
tes.
Art. 300 – Enquanto o Presidente não haja proclamado o resultado da votação, o Vereador que já
tenha votado poderá retificar seu voto.
Art. 301– Proclamado o resultado da votação, poderá o Vereador impugná-lo perante o Plenário,
quando daquela tenha participado Vereador impedido. Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, acolhida
a impugnação, repetir-se-á a votação sem considerar-se o voto que motivou o incidente.
Art. 302– Concluída a votação do projeto de lei, com ou sem emendas aprovadas, ou o projeto de lei
substitutivo, será a matéria encaminhada à Comissão de Legislação, Justiça e Redação, para adequar o
texto à correção gramatical.
Parágrafo único. Caberá à Mesa a redação final dos projetos de decreto legislativo e de resolução.
Art. 303 – A redação final será discutida e votada depois de sua publicação, salvo se o Plenário a
dispensar a requerimento de Vereador.
§ 1°. Admitir-se-á emenda à redação final somente quando seja para despojá-la de obscuridade,
contradição ou impropriedade linguística.
§ 2°. Aprovada a emenda, voltará a matéria à Comissão, para nova redação final.
§ 3°. Se a nova redação final foi rejeitada, será o projeto mais uma vez encaminhado à Comissão, que
a reelaborará, considerando-se aprovada se contra ela não votar a maioria absoluta dos componentes da
Câmara.
Art. 304–Aprovado pela Câmara projeto de lei, este será enviado ao Prefeito, para sanção e
promulgação ou veto, uma vez expedidas as respectivas assinaturas.
Parágrafo único. Os originais dos projetos de lei aprovados serão, antes da remessa ao Executivo,
registrados em livro próprio e arquivados na Secretaria da Câmara.
CAPÍTULO IV
DO RECURSO ÀS DECISÕES DO PRESIDENTE
Art. 306– O recurso formulado por escrito deverá ser proposto, obrigatoriamente, dentro do prazo
improrrogável de 02 (dois) dias úteis da decisão do Presidente.
§ 1°. Apresentado o recurso, o Presidente deverá, dentro do prazo improrrogável de 02 (dois) dias
úteis, dar-lhe provimento, ou, caso contrário, informá-lo e, em seguida, encaminhá-lo à Comissão de
Legislação, Justiça e Redação.
§ 2°. A Comissão de Legislação, Justiça e Redação terá o prazo improrrogável de 02 (dois) dias úteis
para emitir parecer sobre o recurso.
§ 3°. Emitido o parecer da Comissão de Legislação, Justiça e Redação e, independentemente de sua
publicação, o recurso será, obrigatoriamente, incluído na pauta da Ordem do Dia da sessão ordinária
seguinte, para deliberação do Plenário.
§ 4°. Aprovado o recurso, o Presidente deverá observar a decisão soberana do Plenário e cumpri-la,
fielmente, sob pena de sujeitar-se a processo de destituição.
§ 5°. Rejeitado o recurso, a decisão do Presidente será integralmente mantida.
CAPÍTULO V
DOS PRECEDENTES REGIMENTAIS
Art. 307–Os casos não previstos neste Regimento serão decididos pelo Presidente, passando as
respectivas decisões a constituir precedentes regimentais, que orientarão a solução de casos análogos.
§ 1°. Também constituirão precedentes regimentais as interpretações do Regimento feitas pelo
Presidente da Câmara, em assuntos controversos, desde que assim o declare perante o Plenário, de
ofício ou a requerimento de Vereador.
§ 2°. Os precedentes regimentais serão condensados, para a leitura a ser feita pelo Presidente, até o
término da sessão ordinária seguinte, e posterior publicação à parte, na Imprensa Oficial.
Art. 308– Ao final de cada sessão legislativa, a Mesa fará, através de Ato, a consolidação de todos os
precedentes regimentais firmados para aplicação em casos análogos, publicando-os em avulso para
distribuição aos Vereadores.
TÍTULO VII
DA TRAMITAÇÃO ESPECIAL DE PROPOSITURAS DE INICIATIVA DOS CIDADÃOS
Art. 309 – Será assegurada tramitação especial e urgente às proposituras de iniciativa popular
previstas no § 2° do Art. 44 da Lei Orgânica do Município.
Art. 310 – Ressalvadas as competências privativas previstas na Lei Orgânica do Município, o direito
de iniciativa popular poderá ser exercido em qualquer matéria de interesse específico do Município, da
cidade ou de bairros, incluindo: I – matéria não regulada por lei; II – matéria regulada por lei que se
pretenda modificar ou revogar; III – emendas à Lei Orgânica do Município; IV – realização de consulta
plebiscitária à população; V – submissão a referendo popular de leis aprovadas.
Art. 313 – Decorrido o prazo previsto no § 1° do artigo anterior e verificado que a documentação se
encontra em ordem, será o projeto de iniciativa popular lido no Prolongamento do Expediente e,
sucessivamente, será despachada pelo Presidente às Comissões competentes para parecer conjunto.
§ 1°. Cada Comissão competente, no mesmo dia designará um relator, escolhido por sorteio entre
Art. 314– Para defesa oral da propositura, será convocada, em 07 (sete) dias após a apresentação
dos relatórios previstos no parágrafo 2° do art.313, audiência pública, presidida pelo Presidente da
Comissão de Legislação, Justiça e Redação e aberta com pelo menos a metade dos membros de cada
Comissão designada para emitir parecer conjunto.
§ 1°. Pelo menos 03 (três) dias antes da audiência pública, com fim exclusivo de apreciar relatórios
sobre propositura de iniciativa popular em discussão, a Mesa se obrigará a dar publicidade da mesma e
afixar, em local público na Câmara, cópia da propositura e dos relatórios, bem como fornecer cópias dos
mesmos aos proponentes.
§ 2°. Na audiência pública, abertos os trabalhos, será observada a seguinte ordem:
I – leitura da propositura, sua justificativa e relatórios das Comissões competentes, bem como
declaração do número de eleitores que a subscrevem;
II – defesa oral da propositura pelo prazo de 15 (quinze) minutos, prorrogáveis por mais 15 (quinze)
minutos;
III – debate sobre a constitucionalidade da propositura;
IV – debate sobre os demais aspectos da propositura.
Art. 315– As Comissões designadas para emitir parecer conjunto, deliberarão sobre a propositura, em
até 07 (sete) dias após a audiência pública prevista no art. 314, improrrogáveis inclusive por pedido de
vista, elaborando o respectivo parecer.
Art. 316 – O projeto e o parecer, mesmo quando contrário, serão encaminhados ao Plenário, com indi-
cação dos votos recebidos nas Comissões, incluindo-se na Ordem do Dia da primeira sessão ordinária a
ser realizada.
§ 1°. Durante a apreciação do projeto como objeto de deliberação, será facultado aos subscritores
indicar, através dos responsáveis, até 03 (três) representantes para encaminhar a votação pelo prazo
concedido aos Vereadores pelo Regimento Interno, para a mesma finalidade.
§ 2°. Considerado objeto de deliberação, o projeto de lei de iniciativa popular tramitará em regime
comum aos demais projetos.
§ 3°. Os subscritores poderão indicar, através dos responsáveis, até 03 (três) representantes para
participar, com direito a voz, das reuniões das Comissões Permanentes durante as quais serão discutidos
e votados os pareceres referentes aos projetos.
§ 4°. Esgotados os prazos regimentais, sem parecer da Comissão Permanente à qual tenha sido
distribuído o projeto, os responsáveis pelo mesmo poderão requerer ao Presidente da Câmara a aplicação
do disposto na alínea “e” do inciso III do Art. 24 deste Regimento Interno.
§ 5°. Decorridos os prazos regimentais sem que as Comissões Permanentes ou o relator especial
tenham emitido parecer, o projeto, independentemente de parecer, será automaticamente incluído na
Ordem do Dia da sessão ordinária subsequente.
Art. 317– Instruída a propositura, seu parecer será dado a conhecimento em 02 (dois) dias úteis aos
representantes nomeados como cidadãos responsáveis pela mesma.
§ 1°. Fica facultado a esses representantes encaminhar à Mesa suas considerações sobre o parecer
emitido.
§ 2°. O parecer da Comissão de Legislação, Justiça e Redação que concluir pela inconstitucionalidade,
será objeto de deliberação inicial, sendo considerado rejeitado o projeto, se aprovado o parecer pelo
Plenário.
§ 3°. No caso previsto no parágrafo 1°, o Presidente procederá a sua leitura, antes da deliberação em
Plenário.
Art. 318– Durante a tramitação do projeto de lei de iniciativa popular, os responsáveis por ele poderão
ter acesso ao respectivo processo, sendo-lhes facultado requerer cópias dos pareceres e outros
documentos anexados, devendo ser-lhes informado com antecedência, pela Secretaria da Câmara,
quanto à audiência pública, às reuniões e sessões durante as quais o projeto e seus pareceres serão
debatidos e votados.
Parágrafo único. Do resultado da deliberação em Plenário também será dado conhecimento às
entidades e/ou aos cidadãos responsáveis pela propositura.
Art. 320– A convocação será feita por escrito, com a indicação da matéria a ser apreciada e a relação
das proposições já em tramitação ou a serem apresentadas.
Art. 321– Recebido o ofício, o Presidente ou o seu substituto regimental dará à Câmara conhecimento
da convocação, em sessão plenária se possível, diligenciando para que todos os Vereadores sejam dela
certificados.
§ 1°. O início das sessões extraordinárias dar-se-á, no mínimo, dentro de 02 (dois) dias do recebimento
do ofício.
§ 2°. Será enviado à publicação o ofício de convocação bem como o texto integral das proposições
nele relacionadas e que não tiverem ainda sido publicadas.
Art. 322– Durante a convocação, a Câmara se reunirá em sessões extraordinárias. Parágrafo único. A
Câmara somente deliberará sobre a matéria para a qual houver sido convocada, vedadas quaisquer
proposições a ela estranhas.
Art. 323– Aplicam-se, nos períodos extraordinários, as disposições regimentais não colidentes com as
normas estabelecidas neste Título.
TÍTULO IX
DA ELABORAÇÃO LEGISLATIVA ESPECIAL
CAPÍTULO I
DOS ORÇAMENTOS
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 324– Os projetos de leis orçamentárias de iniciativa do Poder Executivo, previstos no art. 121 da
Lei Orgânica do Município, deverão ser enviados à Câmara nos seguintes prazos:
I – diretrizes orçamentárias: 1° de abril;
II – plano plurianual e orçamento anual: 30 de setembro.
Art. 325– Recebidos do Executivo até as datas citadas, o Presidente da Câmara determinará que os
projetos de leis orçamentárias sejam numerados, independentemente de leitura, e desde logo enviados
à Comissão de Finanças e Orçamento nos 10 (dez) dias subsequentes, providenciando-se, ainda, sua
publicação e distribuição em avulsos aos Vereadores, não sendo permitidas emendas nessa fase.
Art. 326– Os projetos de lei do Executivo relativos a créditos adicionais também serão numerados,
independentemente de leitura, e enviados à Comissão de Finanças e Orçamento no prazo previsto no
art. 325.
Art. 327– O Prefeito poderá enviar mensagem propondo modificações nos projetos a que se refere
este Capítulo, enquanto não iniciada a votação na Comissão de Finanças e Orçamento, da parte cuja
alteração é proposta.
Art. 328– Se o projeto de lei orçamentária for incluído na pauta de sessão ordinária, esta comportará
apenas duas fases:
I – Pequeno Expediente;
II – Ordem do Dia, em que figurarão como itens iniciais os projetos orçamentários, seguidos, na ordem
regimental, por vetos e projetos de lei em regime de urgência.
Art. 329 – Em nenhuma fase da tramitação desses projetos de lei conceder-se-á vista do processo a
qualquer Vereador.
Art. 330– A Comissão de Finanças e Orçamento pronunciar-se-á em 20 (vinte) dias, quando será
publicado o seu parecer e, posteriormente, dentro do prazo máximo de 02 (dois) dias úteis, incluído como
item único na Ordem do Dia da primeira sessão desimpedida para primeira discussão, vedando- se, nesta
fase, apresentação de substitutivos e emendas.
§ 1°. Para apreciação dos projetos de leis orçamentárias, a Comissão de Finanças e Orçamento
observará as mesmas normas que disciplinam os trabalhos das Comissões Permanentes.
§ 2°. O parecer deverá apreciar o aspecto formal e o mérito do projeto.
Art. 331–Aprovado em primeira discussão, permanecerá o projeto sobre a Mesa durante as duas
sessões ordinárias seguintes, para o recebimento de emendas, que deverão ser subscritas por 1/3 (um
terço), no mínimo, dos membros da Câmara e encaminhadas à Comissão de Finanças e Orçamento para
apreciação.
§ 1°. Se não houver emendas, o projeto será incluído na Ordem do Dia, dentro de prazo máximo de
02 (dois) dias úteis, para segunda discussão, sendo vedada a apresentação de emendas e substitutivos
em Plenário.
§ 2°. Não serão recebidas pelo Presidente emendas em desacordo com as normas gerais de direito
financeiro para elaboração e controle dos orçamentos.
Art. 332– Para elaborar o parecer sobre as emendas, a Comissão de Finanças e Orçamento terá os
mesmos prazos previstos no Art. 77 deste Regimento Interno.
Parágrafo único. Em seu parecer, deverão ser observadas as seguintes normas:
I – as emendas de mesma natureza ou objetivo serão obrigatoriamente reunidas, pela ordem numérica
de sua apresentação, em três grupos, conforme a Comissão recomende a sua aprovação, rejeição ou
cuja apreciação transfira ao Plenário;
II – a Comissão poderá oferecer novas emendas de caráter técnico, retificativo ou que visem a
restabelecer o equilíbrio financeiro;
III – tratando-se do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, será observado o disposto no inciso II do
parágrafo 3° do art. 122 da Lei Orgânica do Município IV – tratando-se do projeto de lei do orçamento
anual, deverão ser seguidas as disposições do inciso III do parágrafo 3° do art. 122 da Lei Orgânica do
Município.
Art. 333– Publicado o parecer sobre as emendas, o projeto será incluído na Ordem do Dia dentro do
prazo máximo de 02 (dois) dias úteis, para segunda discussão, sendo vedada a apresentação de novas
emendas em Plenário.
Art. 334– Aprovado o projeto, a votação das emendas será feita em grupos, conforme dispuser o
parecer da Comissão de Finanças e Orçamento. Parágrafo único. Dentro de cada um dos grupos
constantes do parecer, admite-se o destaque de emenda, ou de grupo de emendas, para votação em
separado, sendo o pedido de destaque formulado por escrito e votado sem discussão, encaminhamento
de votação ou declaração de voto.
Art. 335– Se aprovado, em fase de segunda discussão, sem emendas, o projeto será enviado à sanção
do Prefeito; caso contrário, o processo retornará à Comissão de Finanças e Orçamento para, dentro do
prazo máximo e improrrogável de 05 (cinco) dias, elaborar redação final.
§ 1°. Sempre que se fizer necessário, a Comissão, no parecer de redação final, poderá adaptar os
termos da emenda que reestabelece o equilíbrio financeiro ao que foi deliberado em Plenário sobre as
demais emendas, devendo, nesta hipótese, mencionar expressamente, no preâmbulo do parecer, a
adaptação feita.
§ 2°. No caso da apreciação conjunta de projetos relativos ao plano plurianual e ao orçamento anual,
na redação final, a Comissão de Finanças e Orçamento procederá à sua compatibilização em função do
que foi deliberado em Plenário.
Art. 336– Publicado o parecer, o projeto em fase de redação final será incluído na Ordem do Dia dentro
do prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas.
Art. 337– Aprovada a redação final, será o projeto encaminhado à sanção do Prefeito.
Art. 339 – Respeitadas as disposições expressas neste Capítulo para discussão e votação de projetos
de leis orçamentárias, serão aplicadas, no que couber, as normas estabelecidas no Regimento Interno
para os demais projetos de lei.
CAPÍTULO II
DAS CODIFICAÇÕES
Art. 340 – Código é a reunião de disposições legais sobre a mesma matéria, de modo orgânico e
sistemático, visando estabelecer os princípios gerais do sistema e prover completamente a matéria
tratada.
Art. 341 – Os projetos de codificação, depois de apresentados em Plenário, serão distribuídos, por
cópia, aos Vereadores e encaminhados à Comissão de Legislação, Justiça e Redação, observando-se,
para tanto, o prazo de 10 (dez) dias.
§ 1°. Nos 15 (quinze) dias subsequentes, poderão os Vereadores encaminhar à Comissão emendas e
sugestões a respeito.
§ 2°. À critério da Comissão de Legislação, Justiça e Redação, poderá ser solicitada assessoria de
órgão de assistência técnica ou parecer de especialista na matéria, desde que haja recursos para atender
à despesa específica, ficando, nessa hipótese, suspensa a tramitação da matéria, até a conclusão dos
trabalhos contratados.
§ 3°. A comissão terá 20 (vinte) dias para exarar parecer, incorporando as emendas apresentadas que
julgar convenientes ou produzindo outras, em conformidade com as sugestões recebidas.
§ 4°. Exarado o parecer ou, na falta deste, observado o disposto nos Artigos 77 e 78 no que couber, o
processo será incluído na pauta da Ordem do Dia mais próxima possível.
CAPÍTULO III
DAS EMENDAS À LEI ORGÂNICA
Art. 343 – A proposta de emenda à Lei Orgânica do Município poderá ser apresentada:
I – por 1/3 (um terço), no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;
II – pelo Prefeito.
§ 1°. A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de intervenção estadual, de estado de
defesa ou estado de sítio a que aludem, respectivamente, os Artigos 35, 136 e 137 da Constituição
Federal.
§ 2°. A proposta de emenda à Lei Orgânica será discutida e votada em 02 (dois) turnos, com interstício
mínimo de 10 (dez) dias, considerando-se aprovada quando obtiver, em ambos, o voto favorável de 2/3
(dois terços) dos membros da Câmara Municipal.
§ 3°. A emenda à Lei Orgânica, aprovada nos termos deste artigo, será promulgada pela Mesa da
Câmara Municipal, com o respectivo número de ordem.
§ 4°. A matéria constante de proposta da emenda à Lei Orgânica rejeitada não poderá ser objeto de
nova proposta na mesma sessão legislativa.
Art. 344 – A proposta será lida no Expediente e, dentro de 02 (dois) dias, publicada no órgão oficial,
sendo, a seguir, incluída em pauta por 03 (três) sessões ordinárias.
§ 1°. A redação das emendas deve ser feita de forma que permita a sua incorporação à proposta,
aplicando-lhes a exigência de números e subscritores estabelecida no art. 343 e seus incisos.
§ 2°. Só se admitirão emendas na fase de pauta.
§ 3°. Expirado o prazo de pauta, a Mesa transmitirá a proposta, com as emendas, dentro do prazo de
02 (dois) dias, às Comissões Permanentes, que terão, cada qual, o prazo de 10 (dez) dias para emiti-
Art. 345 – Na Ordem do Dia em que figurar a proposta de emenda à Lei Orgânica, não constará
nenhuma outra matéria, a não ser as proposições com prazo de apreciação, que figurarão logo a seguir.
Art. 346 – A discussão em Plenário e o seu encerramento submeter-se-ão às regras deste Regimento
Interno aplicáveis às demais proposições.
Art. 347 – Se da votação resultar qualquer modificação no texto da proposta, esta voltará à Comissão
de Legislação, Justiça e Redação no prazo de 05 (cinco) dias para redigir o vencido.
Art. 348 – Aprovada definitivamente a proposta, a Mesa da Câmara promulgará e fará publicar a
emenda, com o respectivo número de ordem.
CAPÍTULO IV
DA CONCESSÃO DE TÍTULOS HONORÍFICOS
Art. 349– Por via de projeto de decreto legislativo, aprovado em discussão e votação únicas, no mínimo
por 2/3 (dois terços) de seus membros, a Câmara poderá conceder título de cidadão honorário ou
qualquer outra honraria ou homenagem a personalidades nacionais ou estrangeiras radicadas no País,
comprovadamente dignas da honraria.
§ 1°. É vedada a concessão de títulos honoríficos a pessoas no exercício de cargos ou funções
executivas, eletivas ou por nomeação.
§ 2°. Os títulos referidos no presente artigo poderão ser conferidos a personalidades estrangeiras,
mundialmente consagradas pelos serviços prestados à humanidade, não se aplicando, nesta hipótese, o
disposto no parágrafo anterior, nem a exigência da radicação no País, constantes do caput deste artigo.
Art. 350– O projeto de concessão de título honorífico deverá ser subscrito por 2/3 (dois terços) dos
membros da Câmara e, observadas as demais formalidades regimentais, vir acompanhado, como
requisito essencial, de circunstanciada biografia da pessoa que se deseja homenagear.
Parágrafo único. A instrução do projeto deverá conter, obrigatoriamente, como condição de recebi-
mento pela Mesa, a anuência por escrito do homenageado, exceto quanto às personalidades
estrangeiras.
Art. 351– Os signatários serão considerados fiadores das qualidades da pessoa que se deseja
homenagear e da relevância dos serviços que tenha prestado e não poderão retirar suas assinaturas
depois de recebida a propositura pela Mesa.
Parágrafo único. Cada Vereador poderá figurar, no máximo, por 02 (duas) vezes, como o primeiro
signatário de projeto de concessão de honraria, em cada sessão legislativa.
Art. 352– Para discutir projeto de concessão de título honorífico, cada Vereador disporá de 15 (quinze)
minutos.
Parágrafo único. Tão logo seja aprovada a concessão do título honorífico, será expedido o respectivo
diploma com a imediata assinatura do autor da propositura.
Art. 353– A entrega dos títulos será feita em sessão solene para este fim convocada.
§ 1°. Na sessão solene de entrega do título honorífico, o Presidente da Casa referendará publicamente,
com sua assinatura, a honraria outorgada.
§ 2°. Nas sessões a que alude o presente artigo, para falar em nome da Câmara, só será permitida a
palavra do Vereador autor da propositura como orador.
Art. 354– O projeto aprovado pela Câmara será enviado, dentro de 10 (dez) dias úteis contados da
data de sua aprovação, ao Prefeito que, aquiescendo, o sancionará e o promulgará. Parágrafo único.
Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias úteis do recebimento, o silêncio do Prefeito importará em sanção.
Art. 355– Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse
público, o vetará total ou parcialmente no prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados da data do recebi-
mento.
Parágrafo único. Sendo negada a sanção, as razões do veto serão comunicadas, dentro de 48
(quarenta e oito) horas, ao Presidente da Câmara Municipal e publicadas.
Art. 356– A Câmara Municipal deliberará sobre o veto no prazo de 30 (trinta) dias de seu recebimento
e, quando em recesso, deverá ser obrigatoriamente lido na primeira sessão ordinária após o mesmo.
§ 1°. Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido, o veto será incluído na Ordem do Dia da sessão
imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
§ 2°. A entrada da Câmara em recesso interromperá o prazo para apreciação de veto anteriormente
recebido.
Art. 358– Se as razões do veto tiverem implicação concomitante com aspectos de constitucionalidade
ou legalidade, interesse público ou de ordem financeira, as Comissões competentes terão prazo
improrrogável de 15 (quinze) dias para emitirem parecer conjunto.
Art. 359– Esgotado o prazo das Comissões, o veto será incluído na pauta da primeira sessão ordinária
que se realizar, com ou sem parecer.
Art. 360– Incluído na Ordem do Dia, o veto será submetido à discussão e votação únicas.
Parágrafo único. Na discussão de veto, cada Vereador disporá de 15 (quinze) minutos.
Art. 361– No veto parcial ou total, a votação será necessariamente em bloco, quando se tratar de
matéria correlata ou idêntica.
Parágrafo único. Não ocorrendo a condição prevista no caput, será possível a votação em separado
de cada uma das disposições autônomas atingidas pelo veto parcial ou total, desde que assim o requeira
1/3 (um terço), no mínimo, dos Vereadores, com aprovação do Plenário, não se admitindo para tais
requerimentos discussão, encaminhamento de votação ou declaração de voto.
Art. 362– A rejeição do veto dependerá do voto favorável da maioria absoluta dos membros da Câmara.
§ 1°. Rejeitado o veto, no todo ou em parte, o Presidente da Câmara enviará, em 05 (cinco) dias úteis,
o projeto ao Prefeito para, em 48 (quarenta e oito) horas, promulgá-lo.
§ 2°. Na publicação de lei originária de veto parcial rejeitado, será feita menção expressa ao diploma
legal correspondente.
§ 3°. Mantido o veto, o Presidente da Câmara remeterá o projeto ao arquivo.
Art. 363– Se a lei não for promulgada pelo Prefeito, nos casos do parágrafo único do Art.354 e 1° do
Art.362, o Presidente da Câmara Municipal a promulgará e, se este não o fizer em igual prazo, caberá
aos demais membros da Mesa, nas mesmas condições, fazê-lo, observada a precedência dos cargos.
Art. 364– Serão promulgados e enviados à publicação, dentro do prazo máximo e improrrogável de 10
Art. 365– Os originais de Emendas à Lei Orgânica, de Leis, de Decretos Legislativos e de Resoluções
serão registrados em livros próprios, rubricados pelo Presidente da Câmara e arquivados na Secretaria
da Câmara, enviando-se ao Prefeito, para os fins legais, cópia autêntica dos autógrafos e, quando for o
caso, dos Decretos Legislativos devidamente assinados pelo Presidente.
TÍTULO XI
DOS PROCEDIMENTOS DE CONTROLE
CAPÍTULO I
DO JULGAMENTO DAS CONTAS
Art. 366 – As contas do Executivo correspondentes a cada exercício financeiro, serão julgadas pela
Câmara Municipal, através do parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado.
Art. 367 – Recebido o parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado sobre as contas, independen-
temente da leitura em Plenário, o Presidente o despachará imediatamente à Comissão de Finanças e
Orçamento para apreciação, e determinará a sua publicação e a impressão de avulsos para distribuição
aos Vereadores, que também receberão cópia do balanço anual.
§ 1°. A Comissão de Finanças e Orçamentos terá o prazo de 20 (vinte) dias para apresentar ao Plenário
seu pronunciamento, acompanhado do projeto de decreto legislativo, pela aprovação ou rejeição.
§ 2°. Até 10 (dez) dias depois do recebimento do processo, a Comissão de Finanças e Orçamento
receberá os pedidos escritos dos Vereadores, solicitando informações sobre itens discriminados na
prestação de contas.
§ 3°. Para responder aos pedidos de informação, a Comissão poderá realizar quaisquer diligências e
vistorias externas, bem como, mediante entendimento prévio com o Prefeito, examinar quaisquer
documentos existentes na Prefeitura e órgãos da administração direta e funcional.
Art. 368 – O projeto de decreto legislativo sobre as contas do Executivo apresentados pela Comissão
de Finanças e Orçamento, será submetido a uma única discussão e votação, assegurado aos Vereado-
res debater as matérias.
§ 1°. Para discutir o parecer, cada Vereador disporá de 15 (quinze) minutos.
§ 2°. Não se admitirão emendas ao projeto de decreto legislativo.
§ 3°. Somente por deliberação de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara deixará de ser aprovado
o parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas do Estado.
Art. 369 – Se a deliberação da Câmara for contrária ao parecer prévio do Tribunal de Contas do Esta-
do, o projeto de decreto legislativo conterá os motivos da discordância.
Parágrafo único. A Mesa comunicará o resultado da votação ao Tribunal de Contas do Estado.
Art. 370 – Para apreciação das contas, a Câmara terá o prazo de 60 (sessenta) dias, contados de seu
recebimento, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos, até que se ultime a votação.
Parágrafo Único –Será garantido ao responsável pelas contas, antes do encaminhamento para
julgamento, exercer o direito de defesa, no prazo 10 (dez) dias após intimação, respeitando-se nesse
interregno o lapso temporal previsto no caput.
Art. 371– As contas do Município ficarão, anualmente, durante 60 (sessenta) dias, após sua chegada
à Câmara, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhe
a legitimidade, nos termos da lei.
TÍTULO XII
DA SECRETARIA DA CÂMARA
Art. 372– Os serviços administrativos da Câmara serão feitos através de sua Secretaria, segundo as
determinações da Mesa, observadas as disposições deste Regimento. Parágrafo único. Caberá à Mesa
superintender os referidos serviços.
Art. 374 – A Secretaria fornecerá aos interessados, no prazo fixado pela Lei Orgânica do Município, as
certidões que tenham requerido ao Presidente, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de
interesse pessoal, bem como preparará os expedientes de atendimento às requisições judiciais,
independentemente de despacho, no prazo fixado pela autoridade judicial.
Art. 375 – A Secretaria manterá os registros necessários aos servidores da Câmara. § 1°. São
obrigatórios os seguintes livros:
I – livro de atas das sessões;
II – livro de atas das reuniões das Comissões Permanentes;
III – livro de registro de leis;
IV –livro de registro de decretos legislativos;
V – livro de registro de resoluções;
VI – livro de atos da Mesa e atos da Presidência;
VII – livro de termos de posse de servidores;
VIII – livro de termos de contratos;
IX – livro de precedentes regimentais.
§ 2°. Os livros serão abertos, rubricados e encerrados pelo Presidente da Câmara.
§ 3°. Os livros a que alude o § 1° deste artigo poderão ser substituídos por fichas, folhas avulsas e
registros outros, convenientemente rubricados pelo Presidente, inclusive com a adoção dos sistemas de
microfilmagem e de Informática.
Art. 376 – Os papéis da Câmara serão confeccionados no tamanho oficial e timbrados com o símbolo
identificador do Município.
Art. 377 – As despesas da Câmara, dentro dos limites das disponibilidades orçamentárias consignadas
no orçamento do Município e dos créditos adicionais, serão ordenadas pelo Presidente da Câmara.
Art. 378 – A movimentação financeira dos recursos orçamentários da Câmara será efetuada em
instituições financeiras oficiais, cabendo à Presidência e ao ocupante do cargo de Contador, e, na falta
deste, ao Diretor da Secretaria, movimentar os recursos que lhes forem liberados.
Art. 379 – As despesas de menor valor e de pronto pagamento, definidas em lei específica, poderão
ser pagas mediante a adoção do regime de adiamento.
Art. 380 – A contabilidade da Câmara encaminhará as suas demonstrações anuais até 30 (trinta) dias
anteriores à data de remessa das contas do Município, pelo Prefeito, ao Tribunal de Contas para fins de
incorporação à contabilidade central da Prefeitura.
Art. 381– Qualquer interpelação de Vereador sobre os serviços da Secretaria ou situação do respectivo
pessoal será dirigida à Mesa, através do Presidente, devendo ser formulada obrigatoriamente por escrito.
Parágrafo único. Depois de devidamente informada por escrito, a interpelação será encaminhada ao
Vereador interessado para conhecimento.
TÍTULO XIII
DA POLÍCIA INTERNA
Art. 383– O corpo de policiamento cuidará, também, para que as tribunas reservadas para convidados
especiais, bem como da imprensa credenciados pela Mesa para o exercício de sua profissão junto à
Câmara, não sejam ocupados por outras pessoas.
Art. 385– No edifício da Câmara é proibido o porte de armas por qualquer pessoa, inclusive por
Vereadores, exceto pelos elementos do corpo de policiamento.
Art. 386– É vedado aos espectadores manifestarem-se sobre o que se passar em Plenário.
§ 1°. Pela infração ao disposto no presente artigo, deverá o Presidente determinar ao corpo de
policiamento a retirada do infrator ou infratores do edifício da Câmara.
§ 2°. Não sendo suficientes as medidas previstas no parágrafo anterior, poderá o Presidente suspender
ou encerrar a sessão.
TÍTULO XIV
DO PREFEITO E DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS
CAPÍTULO I
DO COMPARECIMENTO DO PREFEITO À CÂMARA
Art. 387– Poderá o Prefeito comparecer à Câmara, em dia e hora previamente estabelecidos, para
prestar esclarecimentos sobre qualquer matéria, quando julgar oportuno fazê-lo. Parágrafo único. Na
sessão extraordinária para esse fim convocada, o Prefeito fará uma exposição inicial sobre os motivos
que o levaram a comparecer à Câmara, respondendo, a seguir, às interpelações a ele pertinentes, que
eventualmente lhe sejam dirigidas pelos Vereadores.
Art. 388– Sempre que comparecer à Câmara, o Prefeito terá assento à Mesa, à direita do Presidente.
Art. 389– A Câmara poderá solicitar informações ao Prefeito por escrito, caso em que o ofício do
Presidente da Câmara será redigido contendo os quesitos necessários à elucidação dos fatos. Parágrafo
único. O Presidente deverá responder às informações observando o prazo indicado na Lei Orgânica do
Município, sob pena de responsabilidade político-administrativa, regularmente apurada pela Câmara.
CAPÍTULO II
DA CONVOCAÇÃO DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS
Art. 390– Os Secretários Municipais ou ocupantes de cargos da mesma natureza poderão ser convoca-
dos, a requerimento de qualquer Vereador, para prestar informações que lhes forem solicitadas sobre o
assunto de sua competência administrativa, sempre que a medida se faça necessária para assegurar a
fiscalização apta do Legislativo sobre o Executivo. § 1°. O requerimento deverá ser por escrito, indicar
explicitamente o motivo da convocação e especifi- car os quesitos que serão propostos ao Secretário
Municipal, devendo ser discutido em Plenário. § 2°. Aprovado o requerimento de convocação, o
Presidente da Câmara expedirá o respectivo ofício ao Prefeito para que sejam estabelecidos o dia e a
hora do comparecimento do Secretário Municipal, dando ao convocado ciência do motivo de sua
convocação.
Art. 391– O Secretário Municipal deverá atender à convocação da Câmara dentro do prazo
improrrogável de 05 (cinco) dias, contados da data do recebimento do ofício.
Art. 392– A Câmara se reunirá em sessão extraordinária, em dia e hora previamente estabelecidos,
com o fim específico de ouvir o Secretário Municipal sobre os motivos da convocação.
§ 1°. Aberta a sessão, o Presidente da Câmara exporá ao Secretário Municipal, que se assentará a
sua direita, os motivos da convocação e, em seguida, concederá a palavra aos oradores inscritos com a
antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas para as indagações que desejam formular,
assegurada a preferência ao Vereador proponente da convocação ou ao Presidente da Comissão que a
solicitou.
§ 2° Para o uso da palavra previsto no parágrafo anterior, os Vereadores disporão de 05 (cinco)
minutos, sem apartes, na ordem estabelecida em folha de inscrição.
§ 3°. Para responder às interpelações que lhe forem dirigidas, o Secretário Municipal disporá de 10
(dez) minutos, não sendo permitidos apartes.
§ 4°. O convocado poderá incumbir assessores, que o acompanhem na ocasião, para responderem
às indagações.
Art. 393– Não havendo mais Vereadores inscritos para indagações relativas aos quesitos do instru-
mento de convocação ou quando escoado o tempo regimental, o Secretário convocado, obedecidos os
mesmos critérios, será interpelado sobre outros assuntos relevantes que, por dever de ofício, seja
obrigado a conhecer.
Art. 394 – Posteriormente ao previsto no Artigo anterior, o Presidente encerrará a sessão, agradecendo
ao Secretário Municipal ou ao convocado, em nome da Câmara, o comparecimento.
CAPÍTULO III
DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO E VEREADORES
Art. 395– Nos crimes comuns e nos de responsabilidade, o Prefeito será processado e julgado pelo
Tribunal de Justiça do Estado, nos termos da legislação federal aplicável.
Art. 396– O Prefeito e o Vice-Prefeito serão processados e julgados pela Câmara Municipal nas
infrações político-administrativas definidas na Lei Orgânica do Município e no Decreto Lei n. 201/67,
assegurados, dentre outros requisitos de validade, o contraditório, a publicidade, ampla defesa, com os
meios e recursos a ela inerentes, e a decisão motivada, que se limitará a decretar a cassação do mandato
do Prefeito.
§ 1° O procedimento previsto no “caput” será o definido no Decreto Lei n. 201/67.
Art. 397– O Prefeito perderá o mandato, por extinção declarada pela Mesa da Câmara Municipal, nos
casos previstos na Lei Orgânica do Município.
Art. 398 – A Câmara processará o Vereador pela prática de infração político-administrativa definida no
Decreto Lei n. 201/67, observadas as normas adjetivas, inclusive quórum, estabelecidas nessa mesma
legislação.
§ 1°. Assegurar-se-á, nos casos previstos no caput deste artigo, o contraditório e a ampla defesa.
§ 2°. O julgamento far-se-á em sessão ou sessões extraordinárias para esse efeito convocadas.
§ 3°. Quando a deliberação for o sentido de culpabilidade do acusado, expedir-se-á decreto legislativo
ou de resolução, conforme o caso, de perda de mandato, do qual se dará notícia à Justiça Eleitoral.
TÍTULO XV
DO REGIMENTO INTERNO
Art. 399 – A Secretaria da Câmara fará reproduzir periodicamente este Regimento, enviando cópias
ao Prefeito Municipal, a cada um dos Vereadores e às instituições interessadas em assuntos municipais.
Art. 400 – Ao fim de cada ano legislativo, a Secretaria da Câmara, sob orientação da Comissão de
Legislação, Justiça e Redação, elaborará e publicará separata a este Regimento, contendo as
deliberações regimentais tomadas pelo Plenário, com eliminação dos dispositivos revogados e os
precedentes regimentais firmados.
Art. 401– O Regimento Interno da Câmara somente poderá ser alterado, reformado ou substituído
através de Resolução, pelo voto da maioria absoluta dos membros da Câmara e mediante proposta:
I – de 1/3 (um terço), no mínimo, dos Vereadores;
II – da Mesa;
III – de uma das Comissões da Câmara.
Parágrafo único. O projeto de resolução a que se refere o presente artigo será discutido e votado em
dois turnos e só será dado por aprovado se contar com o voto mínimo e favorável da maioria absoluta
dos Vereadores, observado o parágrafo 1° do Art.143.
Art. 402– Sempre que se proceder à reforma ou substituição do Regimento Interno, a Mesa da Câmara,
se necessário, promulgará, simultaneamente, o respectivo Ato das Disposições Transitórias.
Art. 403–A publicação dos expedientes da Câmara observará o disposto em ato normativo a ser
baixado pela Mesa.
Art. 404 – Não haverá expediente do Legislativo e nem sessões ordinárias da Câmara Municipal nos
feriados e em ponto facultativo decretado pelo Município. Parágrafo único. Havendo coincidência da
sessão ordinária com dia de feriado ou ponto facultativo, será ela transferida para o primeiro dia útil
subsequente.
Art. 405 – Os prazos previstos neste Regimento Interno são contínuos e preclusivos, devendo ser
contados de acordo com as regras aplicáveis na legislação processual civil e somente se suspenderão
por motivo de recesso legislativo.
Art. 406 – À data de vigência deste Regimento Interno, ficarão prejudicados quaisquer projetos de
resolução em matéria regimental e revogados todos os precedentes firmados sob o império do Regi-
mento anterior.
Art. 407– Este Regimento entrará em vigor na data dessa publicação, ficando revogadas as
disposições em contrário.
Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos Municipais de Serrana do Poder Executivo,
Legislativo, Autarquias e Fundações, e dá outras providências.
TÍTULO I
Das disposições preliminares
Art. 1º. Esta lei institui o novo estatuto dos servidores públicos Municipais do Poder Executivo, Poder
Legislativo, Autarquias e Fundações, exceto no que colidirem com a legislação especial prevista em
estatutos ou regimentos próprios dos entes da administração municipal indireta.
Art. 2º. Para os efeitos deste Estatuto, servidor municipal é a pessoa legalmente investida em cargos
públicos de provimento efetivo ou em comissão.
Parágrafo Único. O servidor estável abrangido pelo artigo 19 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, tem seus direitos disciplinados pela presente lei, mediante opção expressa, salvo se já tiver
manifestado tal opção quando da promulgação da Lei Complementar Municipal nº 73/98, ficando, assim,
recepcionados neste estatuto.
Art. 3º. Para os fins desta lei complementar, considera-se cargo público aquele criado por lei, com
denominação própria, em número certo e pago pelo Poder Executivo, Poder Legislativo, Autarquias ou
Fundações, que os tenha criado, competindo ao seu titular um conjunto de atribuições e
responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.
3
Disponível em: http://www.serrana.sp.gov.br/leis/busca-lei/?t=complementar&n=&a=&p=estatuto – acesso em 26.11.2018.
Art. 7º. Carreira é a série de classes, escalonadas, segundo o grau de responsabilidade e o nível de
complexidade das atribuições.
Art. 8º. Quadro permanente e quadro suplementar ou temporário é o conjunto de carreira e cargos
isolados por lei e constantes da Administração Pública Direta, das Autarquias, Fundações Públicas
Municipais e Câmara Municipal.
Parágrafo Único. O quadro permanente da Administração Pública Municipal Direta, das Autarquias,
Fundações Públicas e Câmara Municipal, poderá ser dividido de acordo com seus grupos ocupacionais.
Art. 9º. Haverá equivalência entre as diversas carreiras, quanto às suas atribuições funcionais e
remuneratórias.
Título II
Do Provimento, Do concurso Público, da Posse, da Nomeação e do Exercício, do Estágio
Probatório, da Estabilidade e da Contratação Temporária por excepcional interesse público.
Capítulo I
Do Provimento
Seção I
Disposições preliminares
Art. 10. Os cargos públicos serão providos mediante ato da autoridade competente de cada Poder, do
dirigente superior de Autarquia, Fundação Pública e Câmara Municipal.
Seção II
Da forma de nomeação
Capítulo II
Do Concurso
Art. 13. A nomeação para cargo público de provimento efetivo ou temporário será precedida de
concurso público de provas ou de provas e títulos.
Parágrafo Único. A realização dos concursos será centralizada num só órgão de cada ente contratante.
Art. 14. As normas gerais para a realização dos concursos e para a convocação e indicação dos
candidatos para o provimento dos cargos serão estabelecidas em ato administrativo competente.
§ 1º. Os concursos serão regidos por instruções especiais, expedidas pelo órgão competente.
I.As instruções especiais determinarão, em função da natureza do cargo:
a. se o concurso será:
1.de provas ou de provas e títulos; e
Art. 15. Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com
prazo de validade não expirado.
Art. 16. O concurso deverá estar homologado pelo Prefeito, pelos Secretários Municipais ou pelos
Diretores Presidentes de Autarquias ou Fundações, ou, ainda, pelo Presidente da Câmara, dentro de
noventa dias, a contar do encerramento das inscrições.
Seção I
Da Nomeação
Art. 17. A nomeação para cargo de carreira, isolado de provimento efetivo ou temporário, depende de
prévia habilitação em concurso público de provas, ou de provas e títulos, observada a ordem de
classificação e o prazo de sua validade.
Parágrafo único.Para a nomeação do servidor para cargo em comissão será observado os requisitos
estabelecidos em lei.
Seção II
Da posse
Art. 20. São também competentes para dar posse os Secretários Municipais aos diretores gerais, aos
diretores ou chefes das repartições e aos servidores que lhes são diretamente subordinado.
Art. 21. A posse verificar-se-á mediante a assinatura de termo em que o servidor comprometa-se a
cumprir fielmente os deveres do cargo.
Parágrafo Único. O termo será registrado em livro próprio e assinado pela autoridade que der posse.
Art.22. A posse poderá ser tomada por procuração quando se tratar de servidor ausente do Município
em casos especiais, a critério da autoridade competente.
Art.23. A autoridade que der posse deverá verificar, sob pena de responsabilidade, se foram satisfeitas
as condições estabelecidas, em lei ou regulamento, para a investidura no cargo.
Art.24. A posse deverá verificar-se no prazo de trinta dias, contados da data da publicação do ato de
provimento do cargo.
§ 1º. O prazo fixado neste artigo poderá ser prorrogado por mais trinta dias, a requerimento do
Art. 25. A contagem do prazo a que se refere o artigo anterior poderá ser suspensa até o máximo de
cento e vinte dias, a partir da data em que o servidor apresentar guia ao órgão médico encarregado da
inspeção, até a data da expedição do certificado de sanidade e capacidade física, sempre que a inspeção
médica exigir essa providência.
Parágrafo Único. O prazo a que se refere este artigo recomeçará a correr sempre que o candidato,
sem motivo justificado, deixe de submeter-se aos exames médicos julgados necessários.
Art. 26. O prazo a que se refere o art. 24 para aquele que, antes de tomar posse, for incorporado às
Forças Armadas, será contado a partir da data da desincorporação.
Art. 27. A posse em cargo público dependerá de exame médico, a ser realizado por médico do trabalho
oficial do ente público contratante.
§ 1º. Só poderá ser empossado aquele que for julgado apto física e psicologicamente para o exercício
do cargo.
§ 2º. A deficiência da capacidade física, comprovadamente estacionária, não será considerada
impedimento para a caracterização da capacidade psíquica e somática a que se refere o parágrafo
anterior, desde que tal deficiência não impeça o desempenho normal das funções inerentes ao cargo de
cujo provimento se trata.
Seção III
Do exercício
Art. 29. O servidor transferido, removido, redistribuído, requisitado ou cedido, que deva ter exercício
em outra localidade, terá trinta dias de prazo para entrar em exercício, incluindo nesse prazo o tempo
necessário ao deslocamento para a nova sede.
Parágrafo Único. Na hipótese de o servidor encontrar-se afastado legalmente, o prazo a que se refere
este artigo será contado a partir do término do afastamento.
Art. 30. O ocupante do cargo de provimento efetivo ou temporário fica sujeito à jornada máxima
semanal de quarenta horas de trabalho, salvo quando a lei estabelecer duração diversa.
§ 1º. Além do cumprimento do estabelecido no caput deste artigo, o exercício do cargo em comissão,
de função gratificada e de função de encarregado exigirá de seu ocupante dedicação integral ao serviço,
podendo o servidor ser convocado sempre que houver interesse da administração, sem direito a qualquer
vantagem, salvo as estipuladas em lei.
§ 2º. O registro do ponto e seu controle é obrigatório para os servidores públicos municipais, que
deverão proceder a sua marcação, no horário de entrada e saída, inclusive no intervalo intrajornada.
§ 3º. O servidor recentemente empossado utilizará o cartão provisório cedido pela Divisão de Recursos
Humanos, ou outro meio de controle de registro de ponto instituído pela Administração.
Seção IV
Do estágio probatório
Art. 31. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a
estágio probatório por período de três anos, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de
avaliação para o desempenho do cargo.
§ 1º. Será homologado ex officio o estágio probatório do servidor que, ultrapassado os três anos de
exercício não for reprovado em processo administrativo.
§ 2º. O servidor não aprovado em qualquer das avaliações a que for submetido durante o estágio
Seção V
Da estabilidade
Art. 32. O servidor habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo
adquirirá estabilidade no serviço público ao completar três anos de efetivo exercício.
Capítulo III
Da Contratação Temporária de Excepcional Interesse Público
Art. 34. Para atender as necessidades temporárias de excepcional interesse público, poderão ser
efetuadas contratações de pessoal por tempo determinado, mediante contrato de trabalho.
Art. 36. Nas contratações por tempo determinado, serão observados os padrões de vencimentos dos
planos de carreira do órgão ou entidade contratante, exceto quanto as hipóteses dos incisos V, do art.
35, quando serão observados os valores do mercado de trabalho e do inciso VII do art. 35, quando serão
observados os valores consignados no instrumento de convênio ou nos projetos em caso de parceria.
Parágrafo Único. É vedado o desvio de função ou remuneração de pessoa contratada na forma deste
título, sob pena de nulidade do contrato e responsabilidade administrativa e civil da autoridade
contratante.
Art. 37. Nenhum servidor poderá ter exercício em função ou repartição diferente daquela em que
estiver lotado, salvo nos casos previstos nesta lei, ou mediante autorização da autoridade competente.
Art. 38. Entende-se por lotação o conjunto e os cargos de carreira isolados de cada órgão, setor,
serviço, departamento ou secretaria.
Art. 39. Relotação é a transferência do cargo de carreira ou isolado de uma repartição para outra.
Parágrafo Único. A relotação será sempre precedida de autorização legal específica.
Capítulo II
Da Transferência
Art. 40. Transferência é a passagem do servidor estável de cargo efetivo para outro de igual
denominação, pertencente a quadro de pessoal diverso dentro do mesmo Poder ou dentro do mesmo
ente da administração direta ou indireta.
§1º. A transferência ocorrerá de ofício ou a pedido do servidor, atendido o interesse do serviço,
mediante o preenchimento de vaga.
§ 2º. A transferência para cargo de carreira não poderá exceder à um terço de cada classe.
Capítulo III
Da Remoção
Art. 42. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro e
da mesma classe.
Art. 43. A remoção, que se processará a pedido do servidor ou de ofício, só poderá ser feita:
I.de uma para outra repartição, da mesma Secretaria; e
II.de um para outro órgão da mesma repartição.
Parágrafo Único. A remoção só poderá ser feita respeitada a lotação de cada repartição.
Art. 44. A remoção por permuta será processada a requerimento de ambos os interessados, com
anuência dos respectivos superiores hierárquicos e de acordo com o prescrito neste Capítulo.
Art. 45 . O servidor não poderá ser removido ou transferido de ofício no período de seis meses antes
e até três meses após a data das eleições.
Parágrafo Único. Essa proibição vigorará no caso de eleições federais, estaduais ou municipais,
isolada ou simultaneamente realizadas.
Capítulo IV
Da redistribuição
Art. 46. Redistribuição é o deslocamento do servidor, com o respectivo cargo, para quadro de pessoal
de outro órgão ou entidade do mesmo Poder, ou dentro de outro órgão do mesmo ente da administração
direta ou indireta, cujos planos de cargos e vencimentos sejam idênticos, observado sempre o interesse
da administração.
§ 1º. A redistribuição dar-se-á exclusivamente para ajustamento dos quadros de pessoal à
necessidade dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou
entidade.
§ 2º. Nos casos de extinção de órgão ou entidade, os servidores estáveis que não puderam ser
redistribuídos, na forma deste artigo, serão colocados em disponibilidade, até seu aproveitamento na
forma da lei.
Art. 47. Haverá substituição no impedimento legal e temporário do ocupante de cargo de chefia,
supervisão ou direção.
Parágrafo Único. Ocorrendo a vacância, o substituto passará a responder pelo expediente da unidade
ou órgão correspondente até o provimento do cargo.
Art. 48. A substituição dependerá do ato da autoridade competente, conforme dispõe o Plano de
Carreira, Cargos e Salários dos Servidores da Administração Pública Municipal Direta, da Câmara
Municipal, Autarquias e Fundações Públicas.
§ 1º. O substituto exercerá o cargo enquanto durar o impedimento do respectivo ocupante.
§ 2º. O substituto, durante todo o tempo em que exercer a substituição, terá direito a perceber as
vantagens pessoais a que fizer jus e a diferença entre sua remuneração e o valor do padrão, acrescido
de vantagens pecuniárias inerentes ao cargo do substituído.
§ 3º. Quando se tratar de substituição de cargos em comissão o substituto fará jus à diferença entre
os vencimentos de seu cargo e do substituído.
Art. 49. Exclusivamente para atender a necessidade de serviço, os servidores que tenham valores sob
sua guarda, em caso de impedimento ou afastamento temporário, excluindo-se os afastamentos ou
impedimentos ensejados por processo administrativo disciplinar, serão substituídos por servidores de sua
confiança, que indicarem, respondendo solidariamente pela gestão do substituto.
Parágrafo Único. Feita a indicação, por escrito, a autoridade competente, este proporá a expedição do
ato de designação, aplicando-se ao substituto, a partir da data em que assumir as funções do cargo, o
disposto nesta lei quanto a nomeação, posse e exercício.
Art. 50. Em caso excepcional, atendida a conveniência da Administração Pública, o titular do cargo de
direção, supervisão ou chefia poderá ser nomeado ou designado, cumulativamente, como substituto para
outro cargo da natureza, até que se verifique a nomeação ou designação do titular, ocasião em que
perceberá somente um dos respectivos vencimentos, preferencialmente o maior, ressalvado seu
direito de opção.
Título IV
Da disponibilidade e aproveitamento, da readaptação e reintegração.
Capítulo I
Da disponibilidade
Art. 51. Disponibilidade é a colocação do servidor estável em inatividade remunerada, a qual poderá
ocorrer quando:
I.o cargo venha a ser extinto ou declarado desnecessário;
II.por inexistência de cargo de origem para regresso, no caso de reintegração de servidor ao cargo
então ocupado.
Parágrafo Único. O servidor ficará em disponibilidade até o seu obrigatório aproveitamento em cargo
equivalente.
Art. 52. Os proventos percebidos pelo servidor em disponibilidade serão proporcionais ao tempo de
serviço.
Art. 53. Qualquer alteração do vencimento ou remuneração e vantagens percebidas pelo servidor em
virtude de medida geral, será extensiva ao provento do disponível, na mesma proporção.
Capítulo II
Do aproveitamento
Art. 54. Aproveitamento é o reingresso no serviço público do servidor em disponibilidade.
Parágrafo único. O aproveitamento dar-se-á em cargo de natureza e padrão de vencimentos
correspondentes ao que ocupava
Art. 57. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade do servidor que,
aproveitado, não tomar posse e não entrar em exercício dentro do prazo legal, configurando, neste caso,
abandono de cargo, a ser apurado em processo administrativo disciplinar.
Art. 58. Será aposentado no cargo anteriormente ocupado, o servidor em disponibilidade que for
julgado incapaz para o serviço público em inspeção médica.
Art. 59. Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o de maior tempo de
disponibilidade e, no caso de empate, o de maior tempo no serviço público.
Capítulo III
Da reversão
Art. 60. Reversão é o ato pelo qual o aposentado reingressa no serviço público a pedido ou de ofício.
§ 1º. A reversão de ofício será feita quando, por laudo médico do ente contratante ou do Instituto de
Previdência a que estiver vinculado, forem declarados insubsistentes os motivos da aposentadoria por
invalidez.
§ 2º. Não poderá reverter à atividade o aposentado que contar mais de setenta anos de idade.
§ 3º. A reversão só poderá efetivar-se quando, em inspeção médica, ficar comprovada a capacidade
para o exercício do cargo.
§ 4º. Se o laudo médico não for favorável, poderá ser procedida nova inspeção de saúde, para o
mesmo fim, decorridos pelo menos noventa dias.
§ 5º. Será tornada sem efeito a reversão de ofício e cassada a aposentadoria do servidor que reverter
e não tomar posse ou não entrar em exercício dentro do prazo legal, configurando, neste caso, abandono
de cargo, a ser apurado em processo administrativo disciplinar.
Art. 62. A reversão de ofício não poderá ser feita em cargo de remuneração inferior a percebida pelo
aposentado.
Art. 63. Ocorrendo a reversão, contar-se-á para tempo de serviço o período em que o servidor esteve
aposentado.
Art. 64. O servidor revertido a pedido não poderá ser novamente aposentado com maior remuneração,
antes de decorridos cinco anos da reversão, salvo de sobrevier moléstia que o incapacite para o serviço
público, não decorrente de doença que tenha ensejado a aposentadoria por invalidez.
Capítulo IV
Da readaptação
Art. 65. A readaptação do servidor estável será efetivada no mesmo cargo em que ocupa, conferindo-
lhe as atribuições e responsabilidades compatíveis
com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, verificada em perícia médica
realizada por médico oficial do ente contratante ou do nstituto de Previdência a que estiver vinculado.
Art. 66. Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado por invalidez.
Art. 67. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado quando
invalidada a demissão ou exoneração, por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas
as vantagens, inclusive para fins de cômputo de tempo de serviço.
Parágrafo único. Se o cargo houver sido extinto o reintegrado poderá ficar em disponibilidade no cargo
que exercia ou ser reaproveitado, a critério da Administração, observado o interesse público.
Art. 68. A reintegração por determinação judicial far-se-á pela expedição de ato administrativo
temporâneo, sob pena de responsabilidade da autoridade competente.
Título VI
Da vacância e da Exoneração
Capítulo I
Da vacância
Capítulo II
Da exoneração e da destituição
Art. 71. A exoneração de servidor estável ou não estável ocupante de cargo efetivo dar-se-á mediante
pedido do próprio servidor ou de ofício, por ato da autoridade competente.
§ 1º. A exoneração a pedido não depende de declinação de motivos.
§ 2º. A exoneração de ofício de servidor efetivo não estável dar-se-á:
I.quando não satisfeitas as condições do estágio probatório, assegurando-se ao servidor o direito a
ampla defesa;
II.quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em exercício no prazo estabelecido, excetuando-
se a hipótese do servidor se encontrar afastado por motivo legal ou em licença, excluindo-se a licença
para tratar de assuntos particulares;
Art. 72. A exoneração de cargo em comissão ou a destituição de servidor efetivo de função gratificada
ou de encarregado dar-se-á a juízo da autoridade competente.
Art. 73. A exoneração do servidor efetivo estável dar-se-á, em virtude de sentença judicial transitada
em julgado;
Art. 74. A demissão será aplicada como penalidade nos casos previstos nesta lei, por decisão proferida
em processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.
Capítulo III
Da promoção
Art. 75. Promoção é o mecanismo de progressão funcional com a passagem do integrante de cargo
ou função para a retribuição superior à classe a que pertence, mediante avaliação de indicadores de
crescimento da sua capacidade profissional.
Parágrafo Único. Fica assegurada a evolução funcional pela via acadêmica e não acadêmica,
denominada de promoção por titulação, por enquadramento automático em níveis retribuitórios superiores
da respectiva classe, com enquadramento no padrão salarial imediatamente posterior, dispensados
quaisquer interstícios.
Art. 77. Os diplomas e certificados referidos neste artigo somente serão considerados para fins de
progressão funcional quando obtidos na área de atuação do profissional respectivo.
Art. 78. Os direitos e vantagens que decorrerem da promoção serão contados a partir da publicação
do ato.
Parágrafo Único. Ao servidor que não estiver em efetivo exercício só se abonarão às vantagens da
promoção a partir da data da reassunção.
Art. 79. Excetuam-se da promoção os servidores que se encontrarem em exercício de mandato eletivo
federal, estadual ou municipal.
Título VII
Do tempo de serviço
Capítulo I
Das disposições preliminares
Art. 80. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos,
considerando o ano como trezentos e sessenta e cinco dias.
Parágrafo Único. Feita a conversão, os dias restantes, até cento e oitenta e dois, não serão
computados, arredondando-se para um ano quando excederem este número, para efeito de
aposentadoria.
Capítulo II
Do cômputo de tempo para efeitos de efetivo exercício
Art. 81. Além das ausências ao serviço previstas neste estatuto, são considerados como efetivo
exercício os afastamentos em virtude de:
I.férias;
II.exercício de cargo em comissão ou equivalente em órgão ou entidade federal, estadual e municipal;
III.participação em programa de treinamento instituído ou autorizado pelo respectivo órgão, entidade
ou repartição municipal;
IV.desempenho de mandato eletivo, federal, estadual ou municipal; (Redação dada pela LC nº.
331/2013)
V.júri e outros serviços obrigatórios por lei; (Redação dada pela LC nº. 331/2013)
VI.licença para tratamento de saúde, exceto para promoção por merecimento e percepção de férias
quando por mais de seis meses, embora descontínuos; (Redação dada pela LC nº. 331/2013)
VII.licença à gestante, à adotante e à paternidade; (Redação dada pela LC nº. 331/2013)
VIII.licença por acidente em serviço, exceto para progressão e promoção por merecimento e percepção
de férias; (Redação dada pela LC nº. 331/2013)
IX.licença por motivo de doença em pessoa da família no prazo estipulado nesta lei; (Redação dada
pela LC nº. 331/2013)
X.licença prêmio assiduidade; (Redação dada pela LC nº. 331/2013)
XI.licença para o serviço militar; (Redação dada pela LC nº. 331/2013)
XII.licença para a atividade política; (Redação dada pela LC nº. 331/2013)
Parágrafo Único. É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente
em mais de um cargo ou função, de órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Municípios e na
atividade privada.
Capítulo III
Do cômputo de tempo para efeitos da aposentadoria
Título VIII
Dos direitos e das vantagens de ordem pecuniárias, Da função gratificada e Da função de
Encarregado
Capítulo I
Do vencimento e da remuneração
Seção I
Disposições Gerais
Art. 83. Vencimento é a retribuição paga ao servidor pelo efetivo exercício do cargo, correspondente
ao valor do respectivo padrão fixado em lei.
Parágrafo Único. Nenhum servidor receberá, a título de vencimento, assim entendido o valor
efetivamente percebido pelo servidor, importância inferior ao piso salarial do município, estabelecido em
lei complementar, ou se este estiver fixado em valores inferiores ao salário mínimo oficial do Governo
Federal, permanecerá este último.
Art. 84. Remuneração é o vencimento do cargo, acrescido das vantagens pecuniárias permanentes ou
incorporáveis estabelecidas nesta lei.
§ 1º. O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível.
§ 2º. É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do
mesmo Poder, ou entre servidores dos Poderes Legislativo e Executivo, ressalvadas as vantagens de
caráter individual e as relativas à natureza, grau de responsabilidade, disponibilidadede horário,
complexidade e importância dos trabalhos ou ao local de prestação dos serviços.
Art. 85. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância
superior à do subsídio fixado legalmente para o Prefeito Municipal.
Parágrafo Único. Excluem-se do teto de remuneração acima mencionado as vantagens consignadas
sob o título de gratificação natalina, gratificação de aniversário, benefícios de caráter temporal e os
benefícios de gozo convertidos em pecúnia.
Art. 87. Salvo por imposição legal ou mandado judicial, nenhum desconto incidirá sobre a remuneração
ou provento.
Parágrafo Único. Mediante autorização do servidor, poderá haver consignação em folha de pagamento
a favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida em
instrumento próprio.
Art. 88. As reposições e indenizações ao erário serão descontadas em parcelas mensais não
excedentes à décima parte da remuneração ou provento, em valores atualizados.
Art. 89. O servidor em débito com o erário que for demitido, exonerado, ou que tiver a sua
Art. 90. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora.
Art. 91. Só será admitida procuração para efeito de recebimento de quaisquer importâncias dos cofres
municipais, decorrentes do exercício do cargo, quando o servidor se encontrar fora da sede, com motivo
justificado, a critério da autoridade competente, ou comprovadamente impossibilitado de locomover-se.
Seção II
Da Função Gratificada e Da Função de Encarregado
Subseção I
Da Função Gratificada
Art. 92. É função gratificada aquela criada por lei, para a qual será empossado servidor público efetivo.
Parágrafo único. A designação ou empossamento para a função gratificada será feita por ato do
Prefeito, do Presidente da Câmara ou de dirigentes de autarquias e fundações.
Subseção II
Da Função de Encarregado
Art. 94. Função de encarregado é aquela criada por lei, a ser ocupada exclusivamente por servidor
efetivo.
Parágrafo único. A designação para a função de encarregado dar-se-á por ato do Prefeito, do
Presidente da Câmara ou de dirigentes de autarquias e fundações.
Subseção III
Da Procuradoria Municipal
Art. 95. O cargo de Procurador Municipal é de provimento efetivo e integra o Quadro Permanente de
Pessoal da Prefeitura Municipal de Serrana não se equiparando a ele qualquer outro, pertencente em
outro órgão municipal, para o qual se exija formação em ciência jurídica ou que seja privativo de
Advogado.
Art. 98. O Procurador Municipal progredirá na carreira mediante promoção por merecimento e por
antiguidade.
I– promoção por Merecimento: é a elevação funcional do Procurador Municipal, dentro do respectivo
cargo, por merecimento, através da avaliação de desempenho, mediante a passagem de uma categoria
para a imediatamente seguinte;
II– promoção por Antigüidade: é a alteração de nível dentro do mesmo cargo, pelo critério de
antiguidade para a classe imediatamente seguinte à ocupada.
Art. 99. A promoção por merecimento será concedida por ato do Prefeito Municipal, observados os
critérios específicos de merecimento, desdobrados em escala hierárquica própria que determina o padrão
salarial por antiguidade ou merecimento.
Art. 101. A promoção por merecimento será efetivada mediante avaliação das competências e
habilidades, e pelo desempenho das funções do cargo de Procurador Municipal.
Parágrafo único. Entende-se por merecimento a demonstração por parte do Procurador Municipal do
fiel cumprimento de seus deveres e da eficiência no exercício do cargo, bem como da contínua
atualização e aperfeiçoamento para o desempenho de suas atividades, avaliados mediante um conjunto
de critérios e instrumentos específicos.
Art. 102.Para efeito de promoção por merecimento, deverão ser observados os seguintes critérios:
I- assiduidade;
II- pontualidade;
III– cumprimento de seus deveres funcionais.
Art. 103.A promoção por merecimento será concedida, observando-se o interstício mínimo de um ano
e meio de efetivo exercício na categoria e o resultado satisfatório de, no mínimo, 60% (sessenta por cento)
quando da avaliação de desempenho.
§ 1º. A avaliação de desempenho do servidor ocupante do cargo de Procurador Municipal será
monitorada sistematicamente por seus pares, através de instrumentos próprios.
§ 2º. Na elevação de uma categoria para outra imediatamente posterior será aplicado o percentual de
3,5% (três e meio por cento) sobre o vencimento da categoria imediatamente anterior.
Art. 104. A carreira de Procurador Municipal, composta pelo cargo efetivo de Procurador Municipal,
integra as seguintes categorias:
I – Procurador Nível I
II – Procurador Nível II
III – Procurador Nível III
IV – Procurador Nível IV
V – Procurador Nível V
VI - Procurador Nível VI
VII– Procurador Nível VII
VIII– Procurador de Nível Especial (PNE);
Art. 107. Os honorários de sucumbência pertencem ao Município de Serrana ( Redação dada pela LC
nº. 380/2015)
Parágrafo único. Revogado pela LC nº. 380/2015
Capítulo III
Das vantagens de ordem pecuniária
Seção I
Disposições Gerais
Art. 109. Além do valor do padrão do cargo, o servidor poderá receber as seguintes vantagens
pecuniárias:
I.adicionais;
II.gratificações;
III.abonos;
IV.prêmios;
V.incentivos; IV-indenizações;
V-auxílio alimentação; VI-auxílio bolsa estudo; VII-auxílio natalidade; VIII- auxílio família;
IX-auxílio reclusão; X-auxílio funeral; XI-auxílio doença;
XII-salário maternidade.
§ 1º. Excetuados os casos expressamente previstos neste artigo, o servidor não poderá receber, a
qualquer título, seja qual for o motivo ou forma de pagamento, nenhuma outra vantagem pecuniária dos
órgãos do serviço público, das entidades autárquicas, fundacionais ou outras organizações públicas, em
razão de seu cargo ou função nos quais tenha sido mandado servir.
§ 2º. O não cumprimento do que preceitua este artigo importará na exoneração do servidor, por
procedimento irregular, e na imediata reposição, pela autoridade ordenadora do pagamento, da
importância indevidamente paga.
§ 3º. Nenhuma importância relativa às vantagens constantes deste artigo será paga ou devida ao
servidor, seja qual for o seu fundamento, se não houver crédito próprio, orçamentário ou adicional.
Seção II
Dos adicionais
Art. 110. O servidor que adimplir com os requisitos fará jus aos seguintes adicionais:
I.adicional por tempo de serviço;
II.adicional de insalubridade;
III.adicional de periculosidade;
IV.adicional por serviço extraordinário;
V.adicional noturno;
VI.adicional de férias;
VII.adicional por serviços especiais;
VIII.adicional por dedicação exclusiva;
IX.adicional por produtividade.
Subseção I
Do adicional por tempo de serviço
Art. 111. O servidor terá direito, após cada período de cinco anos de serviço público municipal
contínuos, à percepção de adicional por tempo de serviço, calculados à razão de cinco por cento sobre
o seu vencimento, ao qual se incorpora para todos os efeitos.
Parágrafo Único. O servidor que completar quatro qüinqüênios de serviço público municipal, fará jus à
percepção da sexta-parte do seu vencimento, ao qual se incorpora.
Subseção II
Do adicional de insalubridade e periculosidade
Art. 112. Os servidores que trabalham com habitualidade em locais insalubres ou em contato
permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco acentuado, fazem jus ao pagamento de
um adicional, a ser definido de conformidade com o disposto na legislação própria, fixado por Decreto da
Chefia do Executivo.
§ 1º. O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e periculosidade deverá optar por um
deles;
Art. 113. Haverá permanente controle da atividade de servidores em operações ou locais considerados
penosos, insalubres ou perigosos.
Art. 114. A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a gestão e a lactação, das
operações e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não
penoso e não perigoso.
Art. 115. Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raio X ou substâncias radioativas
serão mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultrapassem
o nível máximo previsto em legislação própria.
Parágrafo Único. Os servidores a que se refere este artigo serão submetidos a exames médicos a
cada seis meses.
Art. 116. São consideradas insalubres as atividades ou operações que, por sua natureza, condições
ou método de trabalho, exponham os servidores a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de
tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e tempo de exposição aos seus
efeitos.
Parágrafo Único. O quadro das atividades e operações insalubres, bem como o critério de
caracterização e limites de tolerância aos agentes agressivos, meio de proteção e o tempo máximo de
exposição do servidor a esses agentes estarão disciplinados em laudo próprio, constante do PCMSO.
Art. 117. O exercício de atividade ou função em condições insalubres, acima dos limites de tolerância
estabelecidos no PCMSO, assegura a percepção de adicional respectivamente de quarenta, vinte e dez
por cento do piso salarial do Município de Serrana, segundo se classifique nos graus, máximo, médio e
mínimo.
Art. 118. São consideradas atividades ou operações perigosas àquelas que, por sua natureza, método
ou função inerente ao cargo, impliquem no contato permanente com inflamáveis ou explosivos, ou
àquelas desenvolvidas em condições de risco acentuado
I.Aos servidores que desenvolverem suas funções em contato permanente com inflamáveis ou
explosivos será devido um adicional de trinta por cento sobre seus vencimentos;
II.Será devido aos servidores que desenvolverem suas funções em condições de risco acentuado um
adicional de vinte por cento sobre seus vencimentos.
Parágrafo Único. Para efeitos de cálculos do adicional de periculosidade não serão consideradas
quaisquer vantagens de ordem pecuniária, ou decorrentes de gratificações, indenizações e abonos.
Subseção III
Do adicional de serviço extraordinário e adicional noturno
Art. 119. Considera-se extraordinária a hora de trabalho prestada além da jornada máxima atribuída
ao cargo do servidor.
§ 1º. Somente será permitido o serviço extraordinário para atender a situações excepcionais e
temporárias, respeitando o limite máximo de duas horas por jornada.
§ 2º. As situações excepcionais e temporárias devem ser justificadas em ato expedido pela autoridade
competente, limitando a prestação à no máximo três meses consecutivos, improrrogáveis.
I.comprovada a ausência de justificativa para a prestação de serviços extraordinários e, em sendo
paga as horas extraordinárias, a autoridade competente que autorizou o ato ficará responsável pela
devolução dos valores ao erário público;
II.prestada a hora extraordinária pelo servidor sem a devida autorização de autoridade competente,
estas não serão remuneradas, salvo se executadas para atendimento de situação emergencial ou
calamitosa, que coloquem em risco a vida de pessoas ou a integridade do patrimônio.
§ 3º. Não será autorizada nova prestação de serviços extraordinários em lapso temporal inferior a seis
meses, contados do término da última autorização.
§ 4º. Não se aplica o disposto nos §§ 2º e 3º do presente artigo no caso de estado de emergência ou
calamidade pública.
Art. 120. As horas extraordinárias prestadas serão remuneradas com adicional de cinqüenta por cento,
a serem calculadas sobre os vencimentos do servidor, excetuando-se expressamente qualquer vantagem
de ordem pecuniária.
Art. 121. No caso de serviço extraordinário prestado aos domingos e feriados, o adicional a ser aplicado
será de cem por cento, a ser calculado sobre os vencimentos do servidor, excetuando-se expressamente
qualquer vantagem de ordem pecuniária.
Art. 122. Para cálculo do adicional a ser pago, será observada a jornada de trabalho mensal
estabelecida para o cargo, a qual será considerada como divisor.
Parágrafo Único. Os adicionais de horas extraordinárias disciplinados nos artigos 120 e 121 serão
computados para efeitos de reflexos no descanso semanal remunerado, assim considerado um dia por
semana.
Subseção IV
Do adicional noturno
Art. 123. O serviço noturno prestado entre as vinte e duas horas de um dia, até as cinco horas do dia
seguinte, será remunerado com adicional de vinte e cinco por cento, a ser calculado na forma disposta
na subseção anterior.
§ 1º. A hora noturna será considerada como de cinqüenta e dois minutos e trinta segundos.
§ 2º. Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que trata este artigo será pago
concomitantemente com o adicional previsto nos arts. 107 e 108, conforme o caso.
Subseção V
Do adicional de férias
Art. 124. Independentemente de solicitação será pago ao servidor, por ocasião das férias, um adicional
correspondente à terça parte de sua remuneração do período das férias.
Subseção VI
Do adicional por serviços especiais
Art. 125. Ao servidor de provimento efetivo ou em comissão poderá ser atribuído um adicional por
serviços especiais, de até 50% sobre a remuneração, quando ao servidor for designada funções ou
atribuições além daquelas descritas no cargo que ocupa.
§ 1º. O adicional de que trata o caput deste artigo será fixada por ato administrativo competente.
§ 2º. Não serão cumuladas as gratificações e o adicional previsto no caput deste artigo caso o servidor
venha cumular funções de direção, supervisão, chefia ou função gratificada de dois ou mais setores,
departamentos ou secretarias.
Art. 126. O adicional previsto neste artigo incorpora-se à remuneração do servidor e integra o provento
da aposentadoria, na proporção de um quinto por ano, enquanto estiver desenvolvendo as atividades
especiais, até o limite de cinco quintos.
Art. 127. Os servidores públicos que perceberem o adicional estabelecido no artigo anterior, não farão
jus
ao pagamento e adicionais de horas extraordinárias diurnas ou noturnas.
Subseção VII
Do adicional de dedicação exclusiva
Art. 128. Considera-se dedicação exclusiva o servidor, que, havendo possibilidade de compatibilidade
de funções, horário ou acumulação lícita por outro trabalho, emprego ou cargo, optar, a critério da
Administração, por exercer suas atividades somente para a Administração Pública Municipal.
Subseção VIII
Do adicional de produtividade
Art. 129. Aos servidores que exercem cargo ou função referente a arrecadação de tributos ou taxas
municipais, de forma direta ou indireta, será devida uma gratificação por produtividade.
§ 1º. A gratificação por produtividade será calculada mediante a atuação do servidor na majoração da
arrecadação, por procedimento administrativo ou judicial, e será paga após apuração ao final do exercício
fiscal.
I.são considerados procedimentos administrativos todos os atos relativos a composição dos autos de
infração e que efetivamente forem adimplidos pelo contribuinte autuado.
II.são considerados procedimentos judiciais os recebimentos de arrecadação municipal que
dependerem de sentença judicial transitada em julgado.
Art. 130. O valor da gratificação será no importe de 5% sobre o valor efetivamente arrecadado, por
atuação direta ou indireta do servidor.
Parágrafo único. O valor de 5% será rateado entre todos os servidores lotados no departamento ou
unidade administrativa que logrou o recebimento do tributo ou taxa.
I.Os servidores que atuarem de forma direta no recebimento do tributo ou taxa, em processo
administrativo ou judicial receberão a importância equivalente a 3% do valor total arrecadado.
II.Os servidores que atuarem de forma indireta no recebimento do tributo ou taxa, em processo
administrativo ou judicial receberão a importância equivalente a 2% do valor total arrecadado.
a.considera-se atuação de forma direta aquela que, em suas atribuições, promove o início do
procedimento administrativo ou judicial, mantendo-se responsável até a sua conclusão.
b.considera-se atuação de forma indireta os procedimentos de meio realizados nos procedimentos
administrativos ou judiciais.
1.são procedimentos de meio nos processos administrativos ou judiciais, a autuação, a notificação, a
emissão de guias, os cálculos e a formalização do documento de pagamento, ou atribuições correlatas.
Seção II
Das Gratificações
Art. 131. Aos servidores que adimplirem com os requisitos estabelecidos nesta lei serão deferidas as
seguintes gratificações:
I.gratificação pelo exercício de cargo de direção, supervisão e chefia e de função gratificada;
II.gratificaçãoporparticipaçãoemórgãosoucomissões colegiadas e deliberativas com poder de decisão.
III.gratificação natalina;
IV.gratificação de aniversário;
V.gratificação por especialidade
Subseção I
Da gratificação pelo exercício de cargo de direção, supervisão, chefia e função gratificada
Art. 132. Ao servidor de provimento efetivo ou em comissão poderá ser atribuída uma gratificação de
conformidade com o grau de responsabilidade, disponibilidade de horário, complexidade e importância
dos trabalhos ou ao local de prestação dos serviços.
I.Aos servidores ocupantes de cargo de direção, supervisão e chefia poderá ser paga uma gratificação
de até cinqüenta por cento sobre a remuneração;
II.Aos servidores designados para exercer função gratificada será devida uma gratificação de até
cinqüenta por cento sobre a remuneração.
§ 1º. A gratificação de que trata o caput deste artigo será fixada por ato administrativo competente.
§ 2º. Não serão cumuladas as gratificações previstas no caput deste artigo caso o servidor venha
cumular funções de direção, supervisão, chefia ou função gratificada de dois ou mais setores,
departamentos ou secretarias.
§ 3º. A gratificação prevista neste artigo incorpora-se à remuneração do servidor e integra o provento
da aposentadoria, na proporção de um quinto por ano de exercício no cargo de direção, chefia ou função
gratificada, até o limite de cinco quintos.
§ 4º. Quando mais de uma função ou cargo houver sido desempenhado no período de um ano, a
Art. 133. Os servidores públicos que perceberem as gratificações estabelecidas no artigo anterior, não
farão jus ao pagamento e adicionais de horas extraordinárias diurnas ou noturnas.
Subseção II
Da gratificação por participação em órgãos, conselhos ou comissões deliberativas com poder
de decisão
Art. 134. Os servidores nomeados ou designados pela autoridade competente para comporem órgãos,
conselhos ou comissões deliberativas com poder de decisão, poderão receber gratificação pelo
desenvolvimento dos trabalhos.
Parágrafo Único. A gratificação prevista no artigo anterior é considerada como parcela remuneratória.
Art. 135. Não receberão a gratificação de que trata o artigo anterior os servidores que estiverem
percebendo adicional por exercício de cargo ou função de direção ou chefia.
Art. 136. A gratificação por participação em órgão, conselho ou comissão deliberativa será
regulamentada por ato administrativo do Prefeito Municipal, do Presidente da Câmara Municipal ou
dirigentes de autarquias e fundações, a quem competirá disciplinar a forma de pagamento e demais
requisitos a serem adimplidos pelo servidor.
Parágrafo Único. O valor total da gratificação a ser percebida pelo servidor não excederá a quarenta
por cento do piso salarial dos servidores públicos municipais.
Art. 137. A gratificação por participação em órgão, conselho ou comissão deliberativa não incorpora
aos vencimentos ou proventos do servidor, computando-se apenas para efeitos de cálculos dos proventos
de aposentadoria.
Subseção III
Da gratificação natalina
Art. 138. A gratificação natalina corresponde a um doze avos da remuneração do servidor, por mês de
exercício no respectivo ano.
§ 1º. A fração igual ou superior a quinze dias será considerada como
mês integral.
§ 2º. A gratificação natalina poderá ser paga em duas parcelas, sendo a
primeira até o dia trinta do mês de novembro e a segunda até o dia vinte do mês de dezembro de cada
ano.
§ 3º. O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina proporcionalmente aos meses de
exercício, calculada sobre a remuneração do mês da exoneração.
Art. 139. A gratificação natalina será paga também aos aposentados e pensionistas do município, em
valor equivalente ao respectivo provento ou pensão.
Art. 140. A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer vantagem pecuniária.
Subseção IV
Da gratificação de aniversário
Art. 141. Todo servidor terá direito a gratificação de aniversário correspondente à remuneração a que
fizer jus no mês de seu aniversário, no exercício de cada ano, observado o seguinte:
§ 1º. A gratificação correspondente a um doze avos da remuneração a que o servidor fizer jus no mês
de seu aniversário, por mês de exercício no respectivo ano.
§ 2º. A fração igual ou superior a quinze dias será considerada como
mês integral.
§3º. Serão descontadas do servidor as faltas injustificadas, no curso de
um ano, na sua proporcionalidade, quando do pagamento da gratificação de aniversário.
Art. 143. O servidor demitido não terá direito a sua gratificação de aniversário em hipótese alguma.
Parágrafo único. O servidor exonerado, de ofício ou a pedido, receberá a gratificação de aniversário
na proporção de 1/12 avos por mês trabalhado.
Art. 144. A gratificação de aniversário não será paga aos aposentados e pensionistas do município.
Art. 145. A gratificação de aniversário não será considerada para cálculo de qualquer vantagem
pecuniária.
Subseção V
Art. 146. Ao servidor que atue na área médica poderá ser paga uma gratificação por especialidade no
importe de 20% sobre a remuneração.
Subseção VI
Do abono
Art. 148. Considera-se abono a vantagem pecuniária concedida pelo Chefe do Executivo, pelo
Presidente da Câmara Municipal e pelos dirigentes de autarquias e fundações aos servidores públicos
municipais.
§ 1º. O ato administrativo da autoridade competente que conceder o abono deverá mencionar a
especificação, motivação, requisitos, valores e forma de pagamento.
§ 2º. Para o cálculo do abono será observado o padrão e a referência salarial do servidor, assim
considerado o valor da remuneração, acrescidas dos adicionais, gratificações e vantagens, não podendo
ultrapassar a importância máxima equivalente a duas vezes o piso salarial do Município.
§ 3º. O pagamento do abono estará vinculado à dotação e correspondente previsão orçamentária do
Executivo, Legislativo, Autarquias e Fundações.
§ 4º. Não serão incorporados à remuneração do servidor os abonos concedidos.
Seção IV
Das indenizações
Subseção I
Disposições gerais
Art. 150. O servidor que adimplir com os requisitos receberá as seguintes indenizações:
I.diárias;
II.ajuda de custo;
III.por missão.
Parágrafo Único. Podem ser cumuladas as indenizações, desde que adimplidos os requisitos para o
deferimento de cada uma.
Subseção I
Das diárias
Art. 151. Serão concedidas as diárias ao servidor que, por determinação de autoridade competente,
se deslocar temporariamente do Município, no desempenho de suas atribuições.
§ 1º. O valor a ser pago a título de diária compõe-se das despesas de alimentação, transporte e estadia.
Subseção II
Da ajuda de custo
Art. 152. A ajuda de custo destina-se a cobrir as despesas de viagem e instalação do servidor que
passar a exercer suas funções fora da sede do Município.
§ 1º. A concessão de ajuda de custo ficará a critério da autoridade competente, considerando os
aspectos relacionados com a distância percorrida e o número de pessoas que acompanharão o servidor
em tempo de viagem.
§ 2º. A ajuda de custo não poderá exceder a metade dos vencimentos do servidor.
Subseção III
Da missão
Art. 153. A indenização por missão será concedida ao servidor que, para atendimento das
necessidades da Administração precisar desenvolver suas atividades fora da sede do Município por
período superior a três meses, considerando-se a distância e a impossibilidade de retorno esporádico
antes de completada a tarefa que lhe foi designada.
Parágrafo Único. O pagamento da indenização por missão será correspondente a trinta por cento do
valor da remuneração do servidor.
Seção V
Dos auxílios
Subseção I
Disposições Gerais
Art. 154. São auxílios, as importâncias pagas ao servidor que adimplirem com os requisitos previstos
nesta lei.
Parágrafo Único. Os auxílios não se incorporam aos vencimentos do servidor, não servindo como base
de cálculo ou composição de remuneração para nenhum efeito.
Subseção II
Do auxílio alimentação
Art. 155. Ao servidor municipa ativo, de provimento efetivo ou em comissão e aos contratados por
prazo determinado para atender as necessidades temporárias de excepcional interesse público, sob
regime jurídico celetista ou estatutário, independentemente da duração da jornada de trabalho, será
concedido auxílio alimentação. (Redação dada pela LC nº. 383/2015)
§ 1º. O auxílio alimentação poderá ser concedido unicamente na forma de vale alimentação, e será
equivanete a até dois terços do salário mínimo oficial do Governo Federal, à época da concessão.
(Redação dada pela LC nº. 383/2015).
§ 2º. O vale alimentação terá forma e denominação estabelecida por empresa especializada licitada
para a administração deste benefício. (Redação dada pela LC nº. 383/2015)
Art. 156. O vale alimentação será fornecido aos servidores e empregados públicos mencionados no
presente artigo até o dia vinte de cada mês. (Redação dada pela LC nº. 383/2015)
Art. 157. Não será concedido o benefício ao servidor empregado público que estiver sob as seguintes
condições: (Redação dada pela LC nº. 383/2015)
I – Transferido, removido, redistribuido, requisitado ou cedido que deva ter exercício em outra
localidade;
II – Que se encontrar em licença para serviço militar, com opção pela remuneração e vantagens do
serviço militar;
III – Que se encontrar em licença para atividade política excetuando os afastamentos vinculados à
atividade de representação classista e os afastamentos previstos no artigo 106, da Lei nº. 1146/2006.
IV – Em licença para tratar de interesses particulares;
V – Em licença por motivo de afastamento do cônjuge;
Art. 158. Não será concedido o vale alimentação ao servidor ou empregado público que faltar ao
trabalho, de forma injustificada no respectivo mês. (Redação dada pela LC nº. 383/2015)
Art. 159. O vale alimentação será pago na forma proporcional aos dias trabalhados no mês. (Redação
dada pela LC nº. 383/2015)
Subseção III
Do auxílio estudo
Art. 160. O servidor poderá, a critério da autoridade competente, receber valor equivalente a até
metade das despesas de mensalidade com curso técnico, profissionalizante, de nível superior ou
especializações, devidamente reconhecido por órgão da secretaria municipal de educação.
§ 1º. A importância paga a título de auxílio estudo não poderá exceder à cinqüenta por cento do valor
do piso salarial constante no quadro dos servidores.
§ 2º. O pagamento do auxílio estudo fica condicionado a existência de interesse da administração,
devidamente fundamentada e motivada no ato administrativo para sua concessão.
§ 3º. Comprovando-se injustificada a motivação, a autoridade competente que concedeu o pagamento
do auxílio estudo ressarcirá ao erário a importância paga ao servidor, respondendo ainda processo
administrativo disciplinar para aplicação da penalidade de demissão.
§ 4º. No caso de freqüência ou aproveitamento insuficiente será cancelado o pagamento do auxílio
estudo.
§ 5º. Ao servidor que, com fraude, dolo ou má-fé simular os requisitos para percebimento do auxílio
estudo será aplicada a penalidade de demissão, a ser apurada em processo administrativo disciplinar.
Art. 161. O auxílio estudo não se incorpora aos vencimentos do servidor, não servindo como base de
cálculo ou composição de remuneração para nenhum efeito.
Subseção IV
Do Auxílio-Doença
Art. 162. O auxílio-doença será devido ao servidor que ficar incapacitado para o trabalho e consistirá
no valor de sua última remuneração.
§ 1º. O auxílio-doença será precedido de inspeção médica.
§ 2º. Findo o prazo do benefício, o servidor será submetido a nova inspeção médica, que concluirá
pelo retorno ao serviço, pela prorrogação do auxílio-doença, pela readaptação ou pela aposentadoria por
invalidez.
I.O lapso temporal entre a inspeção médica avaliatória e o laudo de avaliação não poderá ser superior
a cinco dias, contados do final do prazo do benefício.
§ 3º. O servidor em gozo de auxílio-doença, insusceptível de recuperação para o exercício do seu
cargo ou de readaptação deverá ser aposentado.
Subseção V
Do Salário-Família
Art. 163. Será devido o salário família ao servidor, por filho ou equiparados, de qualquer condição, de
até quatorze anos de idade ou inválidos.
§ 1º. O valor de remuneração do servidor para adimplência ao benefício e o valor limite a ser pago
será corrigido pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
§ 2º. Consideram-se dependentes econômicos para efeitos de percepção do salário família, os filhos
ou equiparados de até quatorze anos de idade ou inválidos ou incapazes.
§ 3º. Em caso de divórcio ou separação judicial dos pais, abandono legalmente caracterizado ou perda
de pátrio poder, o salário família passará a ser pago diretamente àquele a cujo encargo ficar o sustento
do menor.
§ 4º. O direito ao salário família cessa automaticamente:
I.por morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao do óbito;
II.quando o filho ou equiparado completar quatorze anos de idade, a contar do mês seguinte ao da
data do aniversário;
Art. 164. No caso de servidores casados, será pago o salário família para apenas um deles.
Subseção VI
Do Salário-Maternidade
Art. 165. O salário-maternidade é devido à servidora pelo prazo de cento e oitenta dias consecutivos,
com início entre vinte e oito dias antes do parto e a data de ocorrência deste.
§ 1º. O salário-maternidade consistirá numa renda mensal igual à remuneração da servidora.
§ 2º. Em caso de aborto não criminoso, natimorto e morte prematura do nascituro, a servidora terá
direito ao salário-maternidade na sua integralidade.
§ 3º. À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção é devido salário-
maternidade.
Subseção VII
Do Auxílio-Reclusão.
Art. 166. O auxílio-reclusão será concedido aos dependentes do servidor detento ou recluso.
Art. 167. O valor de remuneração do servidor para adimplência ao benefício, o valor limite a ser pago
e demais disciplina do auxílio reclusão seguirá a legislação previdenciária a que estiver vinculado.
Subseção VIII
Do auxílio funeral.
Art. 168. O auxílio-funeral é devido à família do servidor falecido na atividade ou aposentado, em valor
equivalente a um mês da remuneração ou provento.
§ 1º. No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será pago somente em razão do cargo de maior
remuneração.
§ 2º. O auxílio será pago no prazo de quarenta e oito horas, por meio de procedimento sumário, à
pessoa da família que houver custeado o funeral.
TÍTULO IX
Dos direitos e vantagens em geral
Capítulo I
Das férias
Art. 169. O servidor fará jus a trinta dias consecutivos de férias, que podem ser acumuladas até o
máximo de dois períodos, no caso de necessidade do serviço.
Parágrafo único. Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos doze meses de exercício.
Art. 172. Não terá direito a férias o servidor que, no curso do período aquisitivo:
I – permanecer em gozo de licença; (Redação dada pela LC nº. 331/2013)
II - tiver percebido da Previdência Social, pelo regime geral ou próprio, prestações de acidentes de
trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos.
Art. 173. O pagamento da remuneração das férias será efetuado até dois dias antes do início do
Art. 174. O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas
gozará vinte dias consecutivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em qualquer
hipótese a acumulação.
Art. 175. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção
interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral ou por motivo de superior interesse público.
Art. 177. Havendo interesse da Administração e do servidor, as férias poderão ser concedidas em dois
períodos, um dos quais não poderá ser inferior a dez dias.
Art. 178. O servidor estudante e a servidora que tenha filhos em idade escolar até catorze anos, terão
direito a fazer coincidir suas férias com o período de férias escolares.
Art. 179. Por motivo de superior interesse público, poderão ser antecipadas as férias dos servidores
que ainda não tiverem adquirido o período aquisitivo.
§ 1º. A antecipação das férias deverá ser motivada, em ato administrativo próprio, pela autoridade
competente.
§ 2º. Não será pago o adicional de férias no caso de sua antecipação.
Art. 180. As férias referentes a período aquisitivo, desde a data da exoneração até a data da efetiva
reintegração, de servidores reintegrados por força de sentença judicial não poderão ser usufruídas em
gozo.
Capítulo II
Das licenças
Seção I
Disposições Gerais
Art. 182. A licença por motivo de doença em pessoa da família concedida dentro de sessenta dias
corridos, contados do término de outra da mesma espécie, será considerada como prorrogação.
Art. 183. As licenças previstas nesta seção poderão ser prorrogadas a pedido do servidor, excetuada
a licença disposta no inciso III, do art. 181.
Parágrafo Único. O pedido deverá ser apresentado pelo menos cinco dias antes de findo o prazo da
licença; se indeferido, será contado como de licença o período compreendido entre a data do término e a
do conhecimento oficial do despacho.
Art. 184. As licenças poderão ser concedidas pelo Prefeito, pelos Secretários Municipais, pelo
Presidente da Câmara e pelos dirigentes das autarquias, fundações.
Art. 185. O servidor em gozo de licença deverá comunicar ao chefe imediato, o local onde possa ser
encontrado.
Subseção I
Da Licença para Tratamento de Saúde
Art. 186. Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com
base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.
Art. 187. Para licença de até trinta dias, a inspeção será feita pelo médico do trabalho, ou por médico
oficial do regime previdenciário a que estiver vinculado o servidor, sendo a inspeção realizada, por prazo
superior, por junta médica oficial.
§ 1º. Sempre que necessário, a inspeção médica será realizada na residência do servidor ou no
estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.
§ 2º. Inexistindo médico do órgão ou entidade no local onde se encontra o servidor, será aceito
atestado passado por médico particular.
§ 3º. No caso do parágrafo anterior o atestado só produzirá efeitos depois de homologado pelo médico
do trabalho do respectivo órgão ou entidade.
Art. 188. O servidor licenciado, para tratamento de saúde, não poderá dedicar-se a qualquer atividade
remunerada, sob pena de ter cassada a licença.
Art. 189. Findo o prazo da licença, o servidor será submetido à nova inspeção médica, que concluirá
pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria.
Art. 190. O atestado e o laudo da junta médica não se referirão ao nome ou natureza da doença, salvo
quando se tratar de lesões produzidas por acidente em serviço, doença profissional ou qualquer das
doenças que dêem ensejo à aposentadoria por invalidez com proventos integrais.
Art. 191. O servidor que apresentar indícios de lesões orgânicas, funcionais ou psicológicas será
submetido à inspeção médica.
Art. 192. As licenças concedidas com base nesta seção serão custeadas até os quinze primeiros dias
pela Prefeitura, Câmara Municipal, Autarquias ou Fundações e após este período pelo Instituto de
Previdência a que estiver vinculado. Art. 193. O servidor deverá apresentar o atestado médico junto a
Chefia imediata no prazo máximo de quarenta e oito horas a contar da data do exame ou perícia médica.
Parágrafo único. No caso de impossibilidade do servidor em deslocar- se para apresentação do
atestado, este deverá ser entregue por pessoa da família ou procurador do servidor.
I. No caso de não haver procurador ou quem possa entregar o atestado, a Administração aceitará o
seu recebimento por facsimile ou email, ficando a sua homologação suspensa até a entrega do atestado
original.
Art. 194. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou
companheiro, padrasto ou madrasta, ascendente, descendente, enteado e colateral consangüíneo ou
afim até o segundo grau civil, mediante comprovação por junta médica oficial.
§ 1º. A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder
ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo.
§ 2º. A licença será concedida sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, até trinta dias corridos,
mediante parecer de junta médica, e, excedendo estes prazos, sem remuneração.
Subseção III
Da Licença à Gestante, à Adotante e à Paternidade
Art. 195. Será concedida licença à servidora gestante ou adotante por cento e oitenta dias
consecutivos, sem prejuízo da remuneração.
§ 1º. A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por
prescrição médica.
§ 2º. No caso de nascimento prematuro ou morte prematura do nascituro, a licença terá início a partir
do parto.
§ 3º. No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a trinta dias de repouso
remunerado.
§ 4º. No caso de servidora adotante, o início do prazo de afastamento ocorrerá a partir da data em que
for concedida a adoção, devendo ser comprovada documentalmente junto ao Departamento Pessoal do
órgão público.
Art. 196. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o cônjuge varão, se servidor, terá direito à licença-
paternidade de cinco dias consecutivos.
Art. 197. Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servidora lactante terá direito,
durante a jornada de trabalho a uma hora de intervalo, que poderá ser parcelada em dois períodos de
meia hora.
§ 1º. No caso da servidora possuir mais de um filho em idade lactente, será acrescida ao intervalo,
trinta minutos para cada filho.
§ 2º. Quando exigir a saúde do filho, o período de seis meses poderá ser dilatado, mediante
comprovação por atestado de médico.
§ 3º. Excepcionalmente quando a servidora não residir no Município, o intervalo para amamentação
poderá ser estendido a duas horas, que poderão ser parceladas em dois períodos de uma hora.
Parágrafo Único. No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de um ano de idade, o
prazo de que trata este artigo será de trinta dias.
Subseção IV
Da Licença para a Prestação do Serviço Militar
Art. 198. Será concedida licença, sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, ao servidor que for
convocado para o serviço militar.
§ 1º. A concessão estará condicionada à apresentação de documento oficial que comprove a
incorporação.
§ 2º. Da remuneração do licenciado será descontada a importância que o servidor perceber na
qualidade de incorporado.
§ 3º. Ao servidor desincorporado será concedido prazo até trinta dias para que reassuma o exercício
do cargo.
Subseção V
Da Licença - Prêmio por Assiduidade
Art. 199. A cada cinco anos de exercício ininterrupto, o servidor fará jus a três meses de licença, a
título de prêmio por assiduidade, com a remuneração do cargo.
Art. 200. A licença prêmio será concedida ao servidor observando-se a remuneração a que faz jus no
mês da sua fruição ou indenização.
Art. 201. Somente o tempo de serviço público prestado ao Município será contado para efeito de licença
- prêmio.
Art. 202. A licença prêmio do servidor concedida observando-se a seguinte proporção, durante o
período de apuração:
I– 03 meses de licença, quando não houver faltado ao serviço por mais de trinta dias;
II– 02 meses de licença, quando houver tido entre trinta e um dias e sessenta dias de falta;
III– 01 mês de licença, quando houver tido de sessenta e um dias a oitenta e nove dias de falta;
Art. 203. Não se concederá licença - prêmio ao servidor que, no período aquisitivo:
I.sofrer penalidade disciplinar de suspensão por mais de quinze dias;
II.afastar-se do cargo em virtude de:
a)licença por motivo de doença em pessoa da família por mais de trinta dias;
b)licença para tratar de interesses particulares,;
c)licença para exercer mandato eletivo, excetuando afastamentos vinculados à atividade de
representação classista e os afastamentos previstos no art. 106, da Lei nº. 1146/2006. (Redação dada
pela LC nº. 331/2013)
d)faltar por noventa dias ou mais;
Art. 204. O número de servidores em gozo simultâneo de licença prêmio não poderá ser superior a um
terço da lotação do servidor.
Art. 205. O servidor, dentro dos doze meses seguintes à aquisição da licença prêmio poderá requerer
o seu gozo ou indenização em pecúnia.
§ 1º. O gozo poderá ser fracionado ou combinado com parcela em
pecúnia.
§ 2º. Caso o servidor não proceda ao requerimento no prazo do caput
do presente, autoridade competente, dentro dos doze meses subseqüentes, decidirá sobre a
concessão.
§ 3º. A licença prêmio não será concedida, em gozo ou pecúnia, para período inferior a um mês.
Art. 206. O servidor deverá aguardar em exercício a expedição do ato administrativo de concessão da
licença prêmio.
Art. 207. A licença prêmio não gozada não poderá ser contada em dobro para efeito de aposentadoria,
exceto nos casos previstos em lei.
Subseção VI
Da Licença para Tratar de Interesses Particulares
Art. 209. Tendo em vista o interesse da administração e do serviço público, poderá ser concedida ao
servidor licença para tratar de assuntos particulares, pelo prazo de até dois anos consecutivos, sem
remuneração.
§ 1º. A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do
serviço, devidamente justificado.
§ 2º. Na hipótese do servidor entrar em gozo da licença por período inferior ao previsto no caput do
presente, poderá requerer, até dez dias antes do término do prazo, prorrogações até o limite de dois anos.
§ 3º. Não se concederá nova licença antes de decorridos dois anos do término da anterior.
§ 4º. Não será concedida licença ao servidor nomeado, removido ou transferido, antes de assumir o
cargo.
Art. 210. A requerimento do servidor efetivo será concedida licença, sem remuneração, para
acompanhar o cônjuge, companheiro ou filho, funcionário público, militar ou agente político, transferido
ou empossado em cargo público ou eletivo em outra localidade.
Parágrafo Único. A licença prevista por este artigo não será remunerada, não podendo ser superior a
dois anos.
Subseção VIII
Da Licença por Acidente em Serviço
Art. 211. Será licenciado, com remuneração integral, o servidor acidentado em serviço.
Art. 212. Acidente em serviço é aquele ocorrido no exercício do cargo, que se relacione, direta ou
indiretamente, com as atribuições deste, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause
a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
§ 1º. Equiparam-se ao acidente em serviço, para os efeitos desta Lei:
I.o acidente ligado ao serviço que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente
para a redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica
para a sua recuperação;
II.o acidente sofrido pelo servidor no local e no horário do trabalho, em conseqüência de:
a)ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de serviço;
b)ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao serviço;
c)ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de serviço;
d)ato de pessoa privada do uso da razão; e
e)desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior.
III.a doença proveniente de contaminação acidental do segurado no exercício do cargo;
VI.o acidente sofrido pelo servidor ainda que fora do local e horário de serviço:
a)na execução de ordem ou na realização de serviço relacionado ao cargo;
b)na prestação espontânea de qualquer serviço ao Município para lhe evitar prejuízo ou proporcionar
proveito;
c)em viagem a serviço, inclusive para estudo, quando financiada pelo Município, dentro de seus planos
para melhor capacitação da mão-de-obra,independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive
veículo de propriedade do servidor;
d)no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio
de locomoção, inclusive veículo de propriedade ou não do servidor.
§ 2º. Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras
necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o servidor é considerado no exercício do
cargo.
Art. 213. O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento especializado poderá recebê-
lo em instituição privada, à conta de recursos públicos.
Parágrafo Único. O tratamento em instituição privada, recomendado por junta médica oficial, constitui
medida de exceção e somente será admissível quando inexistirem meios e recursos adequados em
instituição pública.
Art. 214. Verificada a incapacidade total para qualquer função pública, será concedida, desde logo,
aposentadoria ao servidor.
Art. 215. A prova do acidente será feita no prazo de dez dias, prorrogáveis quando as circunstâncias
o exigirem.
Art. 216. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da
União, dos Estados, dos Municípios ou do Distrito Federal nas seguintes hipóteses:
I.para exercício de cargo em comissão ou função de confiança;
II.em casos previstos em leis específicas.
§ 1º. Na hipótese do inciso I deste artigo, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade
cessionária.
§ 2º. Mediante autorização expressa da autoridade competente, o servidor poderá ter exercício em
outro órgão ou entidade, para fim determinado e a prazo certo.
§ 3º. O afastamento do servidor para ter exercício em entidades com as quais o órgão ou entidade
mantenha convênios, reger-se-á pelas normas nestes estabelecidas.
Seção II
Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo
Seção III
Do Afastamento para Missão ou Estudo de Interesse Público
Art. 218. Considera-se afastamento para missão ou estudo de interesse público, o período em que o
servidor municipal ficar ausente da sede do Município,
por prazo certo, devidamente autorizado ou determinado pelo Prefeito Municipal, Presidente da
Câmara ou de dirigentes de autarquias e fundações.
§ 1º. O afastamento do servidor que se der por determinação da autoridade competente será sem
prejuízo dos vencimentos ou remuneração.
§ 2º. No caso do afastamento se dar mediante requerimento do servidor, ficará prejudicada a
percepção de vencimentos ou remuneração.
§ 3º. O prazo para a ausência prevista no artigo, não poderá ser superior a vinte e quatro meses.
I.Na hipótese do servidor ficar afastado por período inferior ao previsto no caput do presente, poderá
requerer, até dez dias antes do término do prazo, prorrogações até o limite de dois anos;
II.Não se concederá novo afastamento antes de decorridos dois anos do término do anterior;
Capítulo IV
Das Concessões
Art.221. Poderá ser concedido horário especial a servidora quando tiver filho devidamente matriculado
em instituição de ensino de nível infantil ou até o nono ano do ensino fundamental, a critério da autoridade
competente, respeitando-se as necessidades do serviço da repartição em que estiver lotada, restringindo-
se há duas horas diárias.
Parágrafo Único. Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de horário na
repartição, respeitada a duração semanal do trabalho.
Capítulo V
Das Faltas
Art. 222. Nenhum servidor poderá faltar ao serviço sem causa justificada.
Parágrafo Único. Considera-se causa justificada o fato que, por sua natureza ou circunstância,
principalmente pelas conseqüências no âmbito da família, possa razoavelmente constituir escusa do
comparecimento.
Art. 223. O servidor que faltar ao serviço ficará obrigado a requerer a justificação da falta, por escrito,
a seu chefe imediato, no prazo máximo de quarenta e oito horas a contar da data do exame ou perícia
médica.
Parágrafo único. No caso de impossibilidade do servidor em deslocar- se para apresentação do
atestado, este deverá ser entregue por pessoa da família ou procurador do servidor.
I.No caso de não haver procurador ou quem possa entregar o atestado, a Administração aceitará o
seu recebimento por facsimile ou email, ficando a sua homologação suspensa até a entrega do atestado
original.
§ 1º. Para justificação da falta, poderá ser exigida prova do motivo alegado pelo servidor.
§ 2º. A autoridade competente decidirá sobre a justificação no prazo de cinco dias, cabendo recurso
para autoridade superior.
§ 3º. Decidido o pedido de justificação da falta será o requerimento encaminhado ao órgão do pessoal
para as devidas anotações.
Art. 224. Serão abonadas as faltas, até o máximo de seis por ano, desde que não excedam de uma
por mês, quando o servidor por moléstia ou motivo relevante de ordem pessoal se achar impossibilitado
de comparecer ao serviço. (Redação dada pela LC nº. 306/2012)
§ 1º. O servidor deverá comunicar ao chefe imediato, com antecedência mínima de cinco dias, o uso
de tal faculdade.
§ 2º. Serão indeferidas as faltas abonadas coincidentes que ultrapassarem a um terço na lotação da
unidade administrativa, pela ordem de apresentação dos pedidos.
§ 3º. O servidor que faça uso da falta abonada por motivo relevante de natureza pessoal, sem prévio
aviso, deverá apresentar as suas justificativas ao chefe imediato no primeiro dia útil subseqüente, que
decidirá de plano quanto à pertinência da motivação.
Art. 225. No caso de faltas injustificadas, os dias intercalados - domingos, feriados e aqueles em que
não haja expediente - serão computados para efeito de desconto do vencimento ou remuneração.
Título I
Do direito de requerer e peticionar
Capítulo I
Das disposições preliminares
Art. 227. Ao servidor é assegurado o direito de requerer ou representar, bem como, nos termos desta
lei complementar, pedir reconsideração e recorrer de decisões, no prazo de trinta dias, salvo previsão
legal específica, devendo ser dirigida à autoridade competente para decidi-la.
I.o pedido de reconsideração só será cabível quando contiver novos argumentos e será sempre dirigido
à autoridade que tiver expedido o ato ou proferido a decisão;
II.nenhum pedido de reconsideração poderá ser renovado;
III.o pedido de reconsideração deverá ser decidido no prazo máximo de trinta dias;
IV.só caberá recurso quando houver pedido de reconsideração desatendido ou não decidido no prazo
legal;
V.o recurso será dirigido à autoridade a que estiver imediatamente subordinado e que tenha expedido
o ato ou proferido a decisão e, sucessivamente, na escala ascendente, às demais autoridades;
VI.nenhum recurso poderá ser dirigido mais de uma vez à mesma autoridade.
§ 1º. Em hipótese alguma poderá ser recebida petição, pedido de reconsideração ou recurso que não
atenda às prescrições deste artigo, devendo a autoridade à qual forem encaminhadas tais peças indeferi-
las de plano.
§ 2º. A decisão final dos recursos a que se refere este artigo deverá ser dada dentro do prazo de trinta
dias, contados da data do recebimento na repartição, e uma vez proferida, será imediatamente publicada,
ou dada ciência a parte recorrente, sob pena de responsabilidade do funcionário infrator. Se a decisão
não for proferida dentro desse prazo, poderá o servidor desde logo interpor recurso à autoridade superior.
§ 3º. Os pedidos de reconsideração e os recursos não têm efeito suspensivo; os que forem providos,
porém, darão lugar às retificações necessárias, retroagindo os seus efeitos à data do ato impugnado,
desde que outra providência não determine a autoridade quanto aos efeitos relativos ao passado.
§ 4º. Não poderão ser antecipados os efeitos pretendidos no requerimento ou petição, salvo para
preservação de risco a subsistência do peticionante ou possibilidade de perda do direito reclamado;
Capítulo II
Dos requerimentos
Art. 228. Os requerimentos e petições em geral serão despachados em cinco dias e, sua decisão
proferida em até quinze dias úteis, contados da data da decisão que recebeu o requerimento ou petição.
§ 1º. Os requerimentos e petições de servidores que versem sobre esclarecimentos de situação de
fato ou de situação funcional serão despachados em até cinco dias e sua decisão proferida em até trinta
dias úteis, contados da data da decisão que recebeu o requerimento ou petição.
§ 2º. No caso dos requerimentos e petições dependerem de pareceres ou laudos técnicos, a autoridade
competente terá quinze dias para sua elaboração, contados da data do despacho que determinou a sua
realização.
Capítulo III
Do pedido de reconsideração
Art. 230. É de dois anos, o prazo para interposição de novo requerimento ou petição, que versem sobre
os mesmos fatos ou fundamentos, quando:
Título I
Do Regime Disciplinar
Capítulo I
Dos deveres e proibições e das responsabilidades
Seção I
Dos Deveres:
Seção II
Das proibições
Subseção única
Da acumulação
Art. 233. É ainda proibido ao servidor acumular cargos, emprego ou função pública, no Poder
Executivo, Legislativo, Autarquias, Fundações, da União, Estados, Municípios e Distrito Federal.
Parágrafo Único. Fica excetuada da proibição estabelecida neste inciso a acumulação de:
I.a de dois cargos de professor;
II.a de um cargo de professor, com outro, técnico ou científico;
III.a de dois cargos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
Art. 234. A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da
compatibilidade de horários.
Art. 235. O servidor que acumular licitamente mais de um cargo em comissão somente perceberá os
vencimentos ou remuneração de um deles.
Art. 236. O servidor vinculado ao regime desta lei que acumular licitamente dois cargos efetivos,
quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos,
sendo-lhe facultado optar pela remuneração do cargo comissionado ou dos cargos efetivos.
Seção III
Das responsabilidades
Art. 237. O servidor é responsável por todos os prejuízos que, nessa qualidade, causar aos cofres
públicos, por dolo ou culpa, devidamente apurados em procedimento administrativo competente,
instaurado na forma estabelecida nesta lei.
Parágrafo Único. Caracteriza-se especialmente a responsabilidade:
I.pela sonegação de valores e objetos confiados à sua guarda ou responsabilidade, por não prestar
contas ou por não as tomar na forma e no prazo estabelecidos nas leis, regulamentos, regimentos,
instruções e ordens de serviço;
II.pelas faltas, danos, avarias e quaisquer outros prejuízos que sofrerem os bens e os materiais sob
sua guarda, ou sujeitos a seu exame ou fiscalização;
III.pela falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de despacho, guias e outros
documentos, ou que tenham com eles relação;
IV.por qualquer erro de cálculo ou redução contra o erário municipal;
Art. 238. O servidor que adquirir materiais em desacordo com disposições legais e regulamentares,
será responsabilizado pelo respectivo custo, sem prejuízo das penalidades disciplinares cabíveis,
podendo-se proceder ao desconto no seu vencimento ou remuneração.
Art. 239. Nos casos de indenização aos cofres públicos, o servidor será obrigado a repor, de uma só
vez, a importância do prejuízo causado em virtude de alcance, desfalque, remissão ou omissão em efetuar
recolhimento ou dar entrada nas taxas ou impostos nos prazos legais.
Art. 240. Fora dos casos incluídos no artigo anterior, a importância da indenização poderá ser
descontada do vencimento ou remuneração, não excedendo o desconto à décima parte do valor destes.
Art. 241. A responsabilidade administrativa não exime o servidor da responsabilidade civil ou criminal
que no caso couber, nem o pagamento da indenização a que ficar obrigado, apurado em procedimento
administrativo disciplinar competente.
Parágrafo Único. Mediante parecer fundamentado da Procuradoria Municipal, poderá ser dispensado
o procedimento administrativo disciplinar, caso o servidor concorde de forma expressa, livre e espontânea
em ressarcir os danos ou prejuízos causados ao erário público ou a terceiros, lavrando-se, para tanto,
termo de acordo.
Capítulo II
Das Penalidades e de sua Aplicação
Seção I
Disposições preliminares
Art. 243. Na aplicação das penas disciplinares serão consideradas a natureza e a gravidade da infração
e os danos que dela provierem para o erário e para o serviço público.
Seção II
Da penalidade de repreensão
Art. 244. Será aplicada a pena de repreensão nos casos de indisciplina ou falta de cumprimento dos
deveres previstos no art. 231 deste Estatuto, desde que suas conseqüências ao erário ou ao munícipe,
não justifiquem a imposição de penalidade mais grave.
Seção III
Da penalidade de suspensão e de multa
Art. 245. A penalidade de suspensão será aplicada no caso do servidor novamente incidir em falta
punida com repreensão.
§ 1º. Também será punido com a penalidade de suspensão o servidor que incidir nas seguintes
proibições, desde que suas conseqüências ao erário ou ao munícipe, não justifiquem a imposição de
penalidade mais grave:
I. ausentar-se do serviço durante o expediente sem prévia autorização do superior imediato;
I.retirar,sempréviaanuênciadaautoridadecompetente, qualquer documento ou objeto da repartição;
II.recusar, injustificadamente, a fé a documentos público;
III.opor resistência injustificada ao andamento de documento ou processo ou execução de serviço;
Art. 246. A pena de multa será aplicada para as faltas punidas com suspensão, sempre que houver
conveniência para o serviço público, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.
Art. 247. O servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido à inspeção médica
determinada pela autoridade competente será punido de ofício com suspensão de até trinta dias,
cessando os efeitos da penalidade, uma vez cumprida a determinação.
Parágrafo Único. No caso do servidor ocupar cargo que, pela sua natureza possa causar prejuízo ao
erário ou ao munícipe, pela recusa injustificada prevista no caput do presente artigo, poderá ensejar a
aplicação da penalidade de demissão.
Seção IV
Da penalidade de demissão, de destituição de cargo em comissão e de destituição de função
gratificada
Art. 249. Ao servidor que acumular ilegalmente cargo ou função pública será aplicada a penalidade de
demissão.
§ 1º. Provada a boa-fé do servidor, não será aplicada a penalidade de demissão, mas deverá o servidor
optar por um dos cargos.
§ 2º. Provada a má-fé na acumulação ilegal de cargos, o servidor perderá o cargo que exercia a mais
tempo e restituirá o que tiver percebido ilegalmente.
§ 3º. Na hipótese do parágrafo anterior, sendo um dos cargos ou função exercida em outro órgão ou
entidade, a demissão lhe será comunicada.
Art. 250. Será punido com a penalidade de destituição de cargo em comissão e destituição da função
gratificada, nos casos em que o servidor:
I.ausentar-se do serviço durante o expediente sem prévia autorização do superior imediato;
II.retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição;
III.recusar, injustificadamente, a fé a documentos público;
VIII.opor resistência injustificada ao andamento de documento ou processo ou execução de serviço;
IX.não cumprir os prazos estabelecidos para resposta, decisão, parecer, informação ou laudos técnicos
previstos nesta lei;
X.cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de
atribuições que sejam de sua responsabilidade ou de seu subordinado;
XI.proceder de forma desidiosa;
Art. 251. Também será aplicada a penalidade de destituição de cargo em comissão ou destituição de
função gratificada ao servidor que agir de forma irresponsável.
Seção V
Da penalidade de demissão a bem do serviço público
Art. 252. Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço público ao servidor que:
I.praticar atos de incontinência pública e escandalosa e de vício de jogos proibidos;
II.praticar crime contra a boa ordem da administração pública, a fé pública e ao erário;
III.revelar segredos de que tenha conhecimento em razão do cargo, desde que o faça dolosamente e
com prejuízo para o erário ou particulares;
IV.praticar insubordinação grave;
V.lesar o patrimônio ou os cofres públicos;
VI.receber ou solicitar propinas, comissões, presentes ou vantagens de qualquer espécie, diretamente
ou por intermédio de outrem, ainda que fora de suas funções mas em razão delas;
VII.pedir, por empréstimo, dinheiro ou quaisquer valores a subordinados que tratem de interesses ou
o tenham na repartição, ou estejam sujeitos à sua fiscalização;
VIII.exercer advocacia administrativa;
Parágrafo Único. Será também aplicada a pena de demissão a bem do serviço público ao servidor que:
I. sonegar valores e objetos confiados à sua guarda ou responsabilidade, por não prestar contas ou
por não as tomar na forma e no prazo estabelecidos nas leis, regulamentos, regimentos, instruções e
ordens de serviço;
I.dar causa a faltas, danos, avarias e quaisquer outros prejuízos que sofrerem os bens e os materiais
sob sua guarda, ou sujeitos a seu exame ou fiscalização;
II.faltar ou não proceder com exatidão as necessárias averbações nas notas de despacho, guias e
Art. 253. Será aplicada a pena de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, se ficar provado que
o inativo praticou, quando em atividade:
I.falta grave para a qual é cominada nesta lei a pena de demissão ou de demissão a bem do serviço
público;
II.aceitou ilegalmentecargo ou função pública;
Art. 254. A penalidade de demissão a bem do serviço público incompatibiliza o ex-servidor para nova
investidura em cargo público pelo prazo de cinco anos.
Seção VI
Da forma de aplicação da penalidade
Art. 255. O ato que aplicar qualquer penalidade ao servidor mencionará sempre a disposição legal em
que se fundamenta.
Seção V
Da prescrição
Art. 257. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela Administração.
Seção II
Das Providências Preliminares
Art. 260. A autoridade que, por qualquer meio, tiver conhecimento de irregularidade praticada por
servidor é obrigada a adotar providências visando à sua imediata apuração, sem prejuízo das medidas
urgentes que o caso exigir.
Art. 261. Se o caso assim exigir, será designado ou nomeado dentre os servidores, um responsável
pela condução das investigações preliminares.
§ 1º. O servidor responsável pela investigações realizará a apuração, quando a infração não estiver
suficientemente caracterizada ou definida a autoria.
§ 2º. A apuração preliminar deverá ser concluída no prazo de trinta
dias.
§ 3º. Não concluída no prazo a apuração, o servidor designado deverá
imediatamente encaminhar à autoridade competente relatório das diligências realizadas, definir e
solicitar a prorrogação do tempo necessário para o término dos trabalhos.
§ 4º. Ao concluir a apuração preliminar, o servidor designado deverá opinar, fundamentadamente, pelo
arquivamento ou pela instauração de sindicância ou de processo administrativo, indicando as provas e
os indícios de materialidade e autoria.
Seção III
Das Disposições Gerais
Art. 262. O Processo Administrativo Disciplinar terá rito sumário para apuração de transgressões
disciplinares, punidas com advertência, suspensão, destituição de cargo em comissão e destituição de
função gratificada ou de encarregado e ainda nos casos de abandono e acúmulo ilegal de cargo ou
função.
Art. 263. O Processo Administrativo Disciplinar terá rito ordinário para apuração de transgressões
disciplinares punidas com demissão, demissão a bem do serviço público e cassação de aposentadoria
ou disponibilidade
Seção IV
Do rito sumário
Art. 266. O processo administrativo disciplinar tramitado pelo rito sumário, terá prazo de até 08 (oito)
dias, prorrogável por uma única vez, por igual período, desenvolvendo-se nas seguintes fases:
I.instauração;
II.resposta escrita, no prazo de 02 (dois)dias;
III.investigação sumária, se necessária;
IV.alegações finais do acusado, se for o caso, no prazo de 02
(dois) dias;
V.relatório;
VI.julgamento.
§ 1º - Após a resposta escrita da defesa, o servidor designado para a
condução do processo, verificando a existência de alguma causa excludente da ilicitude ou da
culpabilidade do acusado, ou ainda que o fato narrado na denuncia não caracteriza qualquer transgressão
disciplinar, deverá absolver sumariamente o servidor processado.
§ 2º - Para fins da investigação sumária poderão ser aproveitados os atos praticados em investigação
preliminar.
Art. 267. A instauração do processo administrativo disciplinar com rito sumário será feita por ato
administrativo da autoridade competente, designando servidor para atuar diretamente no procedimento.
§1º. O servidor Encarregado do Processo expedirá citação do acusado, contendo de forma resumida,
os fatos imputados e seu enquadramento legal e advertindo para que apresente resposta escrita, no prazo
de 02 (dois) dias.
§2º. Apresentada a resposta escrita, que poderá ser feita pelo próprio acusado, o Encarregado do
Processo:
I.entendendo-a suficiente, produzirá o relatório dos autos, dispensando as demais fases, e o
encaminhará à autoridade compentente para decisão ou
II.fará investigações, de forma sumária, para melhor elucidação dos fatos, podendo aproveitar as já
realizadas em investigação preliminar, desde que esta anteceder a abertura do processo e assim
entender o encarregado.
§3º. No processo administrativo disciplinar de rito sumário não é obrigatória a presença de defensor.
§4º. No caso do inciso II do parágrafo 2º do presente artigo, após as investigações sumárias, o
acusado deverá ser notificado do seu resultado, com prazo de 02 (dois) dias para apresentação de
razões de defesa, após o que o Encarregado do Processo produzirá o relatório dos autos e o
encaminhará autoridade competente para decisão.
§5º. Da decisão da autoridade competente será dada ciência ao acusado, que poderá interpor recurso
no prazo de dois dias.
§6º. Julgado o recurso, da decisão será dada ciência ao acusado e expedido ato administrativo
contendo a penalidade aplicada ao acusado ou o arquivamento do processo.
Seção V
Do Rito Ordinário
Art. 268. Para a apuração das infrações puníveis com as penalidades de demissão, de demissão a
bem do serviço público e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, o processo tramitará pelo rito
ordinário, sendo constituída comissão processante, formada por três servidores efetivos para a condução
dos trabalhos.
Art. 269. São competentes para determinar a instauração de processo administrativo o Chefe do
Executivo, os Secretários Municipais, o Presidente da Câmara, Autarquias e Fundações.
Art. 270. Não poderá ser encarregado da apuração, nem atuar como membro, o amigo íntimo ou
inimigo, parente consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau inclusive, cônjuge,
companheiro ou qualquer integrante do núcleo familiar do denunciante ou do acusado, bem assim o
subordinado deste.
Parágrafo Único - A autoridade ou o servidor designado deverão comunicar, desde logo, à autoridade
Art. 271. O processo administrativo deverá ser instaurado por portaria, no prazo improrrogável de oito
dias do recebimento da determinação, e concluído no de noventa dias contados do ato da instauração.
§1º. Havendo mais de um acusado, a portaria deverá especificar a forma de participação de cada
infrator na(s) transgressão(ões) disciplinar(es) a ser(em)apurada(s).
§ 2º. Vencido o prazo, caso não concluído o processo, a autoridade que o presidir deverá
imediatamente encaminhar ao seu superior hierárquico relatório indicando as providências faltantes e o
tempo necessário para término dos trabalhos.
§ 3º. Da portaria deverão constar o nome e a identificação do acusado, a infração que lhe é atribuída,
com descrição sucinta dos fatos, a indicação das normas infringidas e a penalidade mais elevada em tese
cabível.
Art. 272. Autuada a portaria e demais peças preexistentes, o Presidente da Comissão Processante
expedirá mandado de citação do acusado, concedendo-lhe prazo de 10 (dez) dias para apresentar
resposta por escrito, ocasião em que poderá argüir preliminares e alegar tudo que interesse a sua defesa,
oferecer documentos e justificativas, especificar provas que deseja produzir e arrolar testemunhas.
§ 1º. O mandado de citação deverá conter copia da portaria inaugural.
§ 2º. A citação do acusado será feita pessoalmente, por intermédio do respectivo superior hierárquico,
ou diretamente onde possa ser encontrado.
§ 3º. Não sendo encontrado em seu local de trabalho ou no endereço constante de seu assentamento
individual, furtando-se o acusado à citação ou ignorando-se seu paradeiro, a citação far-se-á por edital,
publicado uma vez no meio oficial de publicações do Município.
§ 4º . Recebida a resposta e não sendo o caso de absolvição sumaria, será designada data para a
oitiva do denunciante, caso exista, das testemunhas arroladas pela comissão e defesa, eventuais
esclarecimentos de peritos, acareações e ao final da audiência o interrogatório do acusado;
§ 5º . Todas as provas serão produzidas em uma só audiência, podendo esta ser escalonada a critério
da comissão processante;
§ 6º . Terminada a audiência as partes poderão requerer diligencias que entenderem necessárias. Não
havendo pedido neste sentido será aberta vista para alegações finais da defesa, devendo esta ser
apresentada na própria audiência via oral ou no prazo de 05 (cinco) dias na forma de memorial. Após o
processo será relatado e encaminhado a autoridade julgadora.
§ 7º. Sempre que possível os depoimentos serão feitos por meios ou recursos de gravações áudio
visuais, utilizando-se os equipamentos necessários para tais atos.
Art. 273. Havendo denunciante, este deverá prestar declarações, antes da oitiva das testemunhas
arroladas pelas partes, sendo notificado para tal fim.
§ 1º. A oitiva do denunciante poderá ser acompanhada pelo advogado
do acusado.
§ 2º. O acusado poderá assistir à inquirição do denunciante antes de
ser interrogado.
Art. 274. Não comparecendo o acusado, será, por despacho, decretada sua revelia, prosseguindo-se
nos demais atos e termos do processo.
Art. 275. O acusado poderá constituir advogado que o representará em todos os atos e termos do
processo.
§ 1º. É faculdade do acusado tomar ciência ou assistir aos atos e termos do processo, sendo
obrigatória sua notificação de todos os atos do mesmo.
§ 2º. O acusado poderá, a qualquer tempo, constituir advogado para prosseguir na sua defesa.
Art. 276. O presidente e cada acusado poderão arrolar até cinco testemunhas.
§ 1º. A prova de antecedentes do acusado será feita exclusivamente
por documentos, até as alegações finais.
§ 2º. Em havendo constrangimento por parte do depoente com a presença do acusado no ato, o
Presidente da Comissão poderá determinar que este se retire do local, enquanto durar o depoimento,
permanecendo o seu advogado.
Art. 277. Na audiência de instrução, serão ouvidas, pela ordem, as testemunhas arroladas pelo
Art. 278. A testemunha não poderá eximir-se de depor, salvo se for ascendente, descendente, cônjuge,
ainda que legalmente separado, companheiro, irmão, sogro e cunhado, pai, mãe ou filho adotivo do
acusado, exceto quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de
suas circunstâncias.
§ 1º. Se o parentesco das pessoas referidas for com o denunciante, ficam elas proibidas de depor,
observada a exceção deste artigo.
§ 2º. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão,
devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.
Art. 279. As testemunhas arroladas pelo acusado deverão comparecer à audiência designada
independente de notificação.
§ 1º. Deverá ser notificada a testemunha cujo depoimento for relevante e que não comparecer
espontaneamente.
§ 2º. Se a testemunha não for localizada, a defesa poderá, em querendo, substituí-la, levando na
mesma data designada para a audiência outra testemunha, independente de notificação.
Art. 280. Em qualquer fase do processo, poderá o presidente, de ofício ou a requerimento da defesa,
ordenar diligências que entenda convenientes.
§ 1º. As informações necessárias à instrução do processo serão solicitadas diretamente pela Comissão
Processante, sem observância de vinculação hierárquica, mediante ofício, do qual cópia será juntada aos
autos, sendo que o não
atendimento, dentro do prazo concedido, será tipificado como falta funcional, sujeitando-se o servidor
responsável pelo fornecimento das mesmas, ao competente processo administrativo disciplinar.
§ 2º. Sendo necessário o concurso de técnicos ou peritos oficiais, o presidente os requisitará,
observados os impedimentos previstos nesta lei.
Art. 282. Somente poderão ser indeferidos pelo presidente, mediante decisão fundamentada, os
requerimentos de nenhum interesse para o esclarecimento do fato, bem como as provas ilícitas,
impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.
Art. 283. Quando, no curso do procedimento, surgirem fatos novos imputáveis ao acusado, poderá ser
promovida a instauração de novo procedimento para sua apuração, ou, caso conveniente, aditada a
portaria, reabrindo-se oportunidade de defesa.
Art. 284. O relatório deverá ser apresentado no prazo de dez dias, contados da apresentação das
alegações finais.
§ 1º. O relatório deverá descrever, em relação a cada acusado, separadamente, as irregularidades
imputadas, as provas colhidas e as razões de defesa, propondo a absolvição ou punição e indicando,
nesse caso, a pena que entender cabível.
Art. 285. Relatado, o processo será encaminhado à autoridade que determinou sua instauração.
Art. 286. Recebendo o processo relatado, a autoridade que houver determinado sua instauração
deverá, no prazo de vinte dias, proferir o julgamento ou determinar a realização de diligência, sempre que
necessária ao esclarecimento de fatos.
Art. 287. Determinada a diligência, a autoridade encarregada do processo administrativo terá prazo de
quinze dias para seu cumprimento, abrindo vista à defesa para manifestar-se em cinco dias.
Art. 288. Quando escaparem à sua alçada as penalidades e providências que lhe parecerem cabíveis,
a autoridade que determinou a instauração do processo administrativo deverá propô-las, justificadamente,
dentro do prazo para julgamento, à autoridade competente.
Art. 289. A autoridade que proferir decisão determinará os atos dela decorrentes e as providências
necessárias a sua execução.
Art. 292. Constará sempre dos autos do processo a ficha funcional do indiciado.
Art. 294. Não será declarada a nulidade de nenhum ato processual que não houver influído na
apuração da verdade substancial ou diretamente na decisão do processo ou sindicância.
Art. 295. É defeso fornecer à imprensa ou a outros meios de divulgação notas sobre os atos
processuais, salvo no interesse da Administração, a juízo do Prefeito Municipal, Presidente da Câmara
Municipal, dirigentes de autarquias ou fundações.
Art. 296. Decorridos cinco anos de efetivo exercício, contados do cumprimento da sanção disciplinar,
sem cometimento de nova infração, não mais poderá aquela ser considerada em prejuízo do infrator,
inclusive para efeito de reincidência.
Seção VI
Dos Recursos
Art. 297. Caberá recurso, por uma única vez, da decisão que aplicar penalidade.
§ 1º. O prazo para recorrer é de quinze dias, contados a partir da data
em que o servidor ou seu advogado constituído obtiverem ciência da decisão.
§ 2º. Do recurso deverá constar, além do nome e qualificação do recorrente, a exposição das razões
de inconformismo.
§ 3º. O recurso será apresentado à autoridade que aplicou a pena, que terá o prazo de dez dias para,
motivadamente, manter sua decisão ou reformá-la.
§ 4º. O recurso será apreciado pela autoridade competente ainda que incorretamente denominado ou
endereçado.
Art. 298. O recurso interposto contra decisão que aplica penalidade a servidor público municipal será
recebido nos efeitos suspensivo e devolutivo.
Art. 299. Admitir-se-á, até o lapso temporal de cinco anos a contar da decisão terminativa do processo
administrativo, a revisão de punição disciplinar de que não caiba mais recurso, se surgirem fatos ou
circunstâncias ainda não apreciados, ou vícios insanáveis de procedimento, que possam justificar
redução ou anulação da pena aplicada.
§ 1º. A simples alegação da injustiça da decisão não constitui fundamento do pedido.
§ 2º. Não será admitida reiteração de pedido pelo mesmo fundamento.
§ 3º. Os pedidos formulados em desacordo com este artigo serão indeferidos.
§ 4º. O ônus da prova cabe ao requerente.
Art. 300. A pena imposta não poderá ser agravada pela revisão.
Art. 301. A instauração de processo revisional poderá ser requerida fundamentadamente pelo
interessado ou, se falecido ou incapaz, por seu curador, cônjuge, companheiro, ascendente, descendente
ou irmão.
Parágrafo Único. O pedido será instruído com as provas que o requerente possuir ou com indicação
daquelas que pretenda produzir.
Art. 302. A autoridade que aplicou a penalidade, ou que a tiver confirmado em grau de recurso, será
competente para o exame da admissibilidade do pedido de revisão, bem como, caso deferido o
processamento, para a sua decisão final.
Art. 303. Deferido o processamento da revisão, será este realizado por autoridade competente que
não tenha funcionado no procedimento disciplinar de que resultou a punição do requerente.
Art. 304. Recebido o pedido, o presidente providenciará o apensamento dos autos originais e notificará
o requerente para, no prazo de oito dias, oferecer rol de testemunhas, ou requerer outras provas que
pretenda produzir.
Parágrafo Único. No processamento da revisão serão observadas as normas previstas nesta lei
complementar para o processo administrativo.
Art. 305. A decisão que julgar procedente a revisão poderá alterar a classificação da infração, absolver
o punido, modificar a pena ou anular o processo, restabelecendo os direitos atingidos pela decisão
reformada.
Título I
Da Seguridade Social do Servidor
Capítulo I
Disposições Gerais
Art. 306. O Município manterá Plano de Seguridade Social para o servidor e sua família.
Art. 307. O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura aos riscos a que estão sujeitos o servidor
e sua família, e compreende um conjunto de benefícios e ações que atendam às seguintes finalidades:
I.garantir meios de subsistência nos eventos de doença, invalidez, velhice, acidente em serviço,
inatividade, falecimento e reclusão;
II.proteção à maternidade, à adoção e à paternidade;
III.assistência à saúde.
Parágrafo Único. Os benefícios serão concedidos nos termos e condições definidos na legislação
previdenciária, observadas as disposições desta lei.
Seção I
Da Aposentadoria Por Invalidez
Art. 309. O servidor será aposentado por invalidez permanente, com proventos proporcionais ao tempo
de contribuição, exceto se a invalidez for decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou
doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei.
§ 1º. O servidor será submetido à junta médica oficial, que atestará a invalidez quando caracterizada
a incapacidade para o desempenho das atribuições do cargo ou verificada a impossibilidade de
readaptação nos termos da desta lei.
§ 2º. A aposentadoria por invalidez será precedida de auxílio-doença por período não excedente a
vinte e quatro meses.
§ 3º. Expirado o período do auxílio-doença e não se encontrando em condições de reassumir o cargo
ou de ser readaptado, o servidor será aposentado.
§ 4º. Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a que se refere este artigo:
a.tuberculose ativa;
b.hanseníase;
c.alienação mental;
d.neoplasia maligna;
e.cegueira;
f.paralisia irreversível e incapacitante;
g.cardiopatia grave;
h.doença de Parkinson;
i.espondiloartrose anquilosante;
j.nefropatia grave;
k.estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante);
l.síndrome da deficiência imunológica adquirida-Aids;
m.contaminação por radiação, neste caso, com base em conclusão da medicina especializada;
n.hepatopatia grave.
§ 5º. O lapso compreendido entre a data de término do auxílio-doença e a data de publicação do ato
da aposentadoria será considerado como prorrogação da licença.
§ 6º. Os ônus financeiros assim como o pagamento do auxílio- doença/licença por tratamento de
saúde, serão de responsabilidade do regime de previdência próprio.
§ 7º. O servidor que retornar ao exercício laboral terá a aposentadoria por invalidez permanente
cancelada.
§ 8º. A forma de cálculo e de reajuste desse benefício se dará de conformidade com o disposto em
legislação previdenciária.
§ 9º. A aposentadoria por invalidez vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato de
concessão da aposentadoria.
Seção II
Da Aposentadoria Compulsória
Art. 310. O servidor será aposentado compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos
proporcionais ao tempo de contribuição.
§ 1º. A aposentadoria compulsória será automática e declarada por ato, com vigência a partir do dia
imediato àquele em que o servidor atingir a idade- limite de permanência no serviço ativo.
Seção III
Da Aposentadoria voluntária por idade e tempo de contribuição
Art. 311. O servidor fará jus à aposentadoria voluntária por idade e tempo de contribuição com
proventos integrais, desde que preencha os seguintes requisitos, cumulativamente:
I.sessenta anos de idade, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade, se mulher;
II.tiver trinta e cinco anos de tempo de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher;
III.tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público;
IV.tempo mínimo de cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria.
§ 1º. A aposentadoria de que trata este artigo vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato
de concessão.
§ 2º. A forma de cálculo e de reajuste desse benefício se dará de conformidade com o disposto na
legislação previdenciária.
Subseção IV
Da Aposentadoria Voluntária por Idade.
Art. 312. O servidor fará jus à aposentadoria voluntária por idade com proventos proporcionais ao
tempo de contribuição, desde que preencha cumulativamente:
I.tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público;
II.tempo mínimo de cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria;
III.sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher;
§ 1º. A aposentadoria de que trata este artigo vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato
de concessão da aposentadoria.
§ 2º. A forma de cálculo e de reajuste desse benefício se dará de conformidade com o disposto na
legislação previdenciária.
Seção V
Da Aposentadoria Especial de Professor
Art. 313. O profissional da educação que comprove, exclusivamente, tempo de efetivo exercício das
funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio, quando da aposentadoria
por tempo de contribuição e idade, terá os requisitos de idade e de tempo de contribuição reduzidos em
cinco anos.
§ 1º. Considera-se como de efetivo exercício na função de magistério a atividade docente do professor,
exercida exclusivamente em sala de aula.
§ 2º. A aposentadoria de que trata este artigo vigorará a partir da data da publicação do respectivo ato
de concessão.
§ 3º. A forma de cálculo e de reajuste desse benefício se dará de conformidade com o disposto em
legislação previdenciária.
Seção VI
Da Pensão
Art. 314. A pensão por morte consistirá numa importância mensal conferida ao conjunto dos
dependentes do servidor quando do seu falecimento e será devida a partir:
I.do dia do óbito, se requerida até trinta dias da data de sua ocorrência.
II.da data do requerimento, quando requerida após trinta dias da data do óbito;
III.da data da decisão judicial, no caso de declaração de ausência;
IV.da data da ocorrência do desaparecimento do segurado por motivo de acidente, desastre ou
catástrofe, mediante prova idônea.
Art. 315. Será concedida pensão provisória por morte presumida do servidor, nos seguintes casos:
I.sentença declaratória de ausência, expedida por autoridade judiciária competente; e
II.desaparecimento em acidente, desastre ou catástrofe.
Capítulo II
Da assistência à saúde
Seção I
Das disposições preliminares
Art. 317. A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo e de sua família, compreende a assistência
médica, hospitalar, odontológica, psicológica e farmacêutica, prestada pelo Sistema Único de Saúde, pelo
IPREMUS ou ainda criado mediante convênio a ser formalizado com a Prefeitura, Câmara Municipal,
Autarquias e Fundações, com instituições públicas ou privadas de saúde.
Seção II
Do custeio
Art. 318. O Regime de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Serrana, de caráter
contributivo e de filiação obrigatória, destina-se a assegurar a cobertura dos benefícios previstos em lei
específica.
Art. 319. O Plano de Custeio do Regime de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município
de Serrana será financiado mediante recursos provenientes do Município, através dos órgãos dos
Poderes Legislativo e Executivo, inclusive de suas autarquias e fundações e das contribuições sociais
obrigatórias dos segurados, além de outras receitas que lhe forem atribuídas por lei.
Parágrafo Único. As contribuições do Município, através dos órgãos dos Poderes Legislativo e
Executivo, inclusive de suas autarquias e fundações, e das contribuições sociais obrigatórias dos
segurados, somente poderão ser utilizadas para pagamento de benefícios previdenciários de que trata
esta Lei, ressalvadas as despesas administrativas.
Art. 320. A contribuição mensal dos segurados, dos órgãos e entidades, acompanhará a alíquota fixada
em legislação própria, incidentes sobre as parcelas remuneratórias de natureza salarial, conforme
previsto em lei, observado o cálculo atuarial anual obrigatório.
Título I
Das Disposições Finais e Transitórias
Art. 322. Ficam regidos por este Estatuto, na qualidade de servidores públicos municipais, os
servidores dos Poderes Executivo, Legislativo, das Autarquias e Fundações, que fizerem sua opção pelo
regime implantado por esta lei complementar, ressalvados aqueles que já manifestaram sua vontade na
vigência da Lei Complementar nº 73/98, de 24 de agosto de 1998, os quais serão integralmente
recepcionados por esta normatização.
§ 1º. A manifestação de vontade de que trata este artigo deverá se dar no lapso temporal de noventa
dias, contados da data da publicação da presente lei.
§ 2º. Excetuam-se da presente lei complementar os contratados por prazo determinado.
Art. 323. Fica estipulada a data base para reajustes ou recomposição de vencimentos o mês de Abril
de cada ano.
Art. 324. Ficam instituídos os seguintes incentivos funcionais, além daqueles já previstos nos
respectivos planos de carreira:
I.prêmios e;
Art. 327. Fica instituído o prêmio por desempenho educacional aos servidores lotados na unidade
escolar que obtiver majoração da avaliação da unidade escolar no IDEB, ou equivalente, reconhecido
pelo Ministério da Educação, em, no mínimo 0,5% da avaliação obtida no ano anterior.
§1º. O prêmio por desempenho escolar equivalerá a uma remuneração mensal do servidor.
§2º. O prêmio por desempenho educacional será pago no mês subseqüente ao da publicação oficial
dos resultados da unidade escolar.
§ 3º. Os servidores lotados na Secretaria da Educação e que exercem suas funções na área
administrativa, fora da unidade escolar também perceberão o prêmio por desempenho educacional,
sempre que mais de três escolas lograrem êxito na majoração do percentual de avaliação.
§ 4º. O prêmio por desempenho educação não se incorporará aos vencimentos dos servidores para
nenhum efeito.
Art. 328. Os prazos previstos neste ESTATUTO serão contados em dias corridos, excluindo-se o dia
do começo e incluindo-se o do vencimento, ficando prorrogado para o primeiro dia útil seguinte, o prazo
vencido em dia em que não haja expediente.
Art. 329. São isentos de taxas os requerimentos, certidões, e outros papéis, que na ordem
administrativa, interessem ao servidor público municipal, ativo ou inativo.
Art. 330. É vedada a transferência ou remoção de ofício, de servidor investido em cargo eletivo, desde
a expedição do diploma, até o término do mandato.
Art. 331. O servidor não poderá ser privado de quaisquer dos seus direitos, sofrer discriminação em
sua vida funcional, nem eximir-se do cumprimento de seus deveres, por motivo de crença religiosa ou de
convicção filosófica ou política.
Art. 332. Ao servidor público municipal é assegurado, nos termos da Constituição Federal:
I.o direito à livre associação sindical;
II.de ser representado pelo Sindicato dos Servidores Municipais, inclusive como substituto processual
naquilo que a lei autorizar ;
III.de inamovibilidade do dirigente sindical, até um ano após o término do mandato, exceto se a pedido;
IV.de descontar em folha, quando autorizado pelo servidor, sem ônus para a entidade sindical a que
for filiado, o valor das mensalidades e contribuições definidas em assembléia geral da categoria.
Art. 333. É assegurada a ampla participação da assessoria jurídica da entidade sindical dos servidores
públicos municipais nos procedimentos investigatórios, administrativo, procedimentais e avaliatórios.
Art. 334. O servidor ocupante de cargo em comissão, que não seja titular de cargo efetivo na
Administração Direta, Autarquias, Fundações e Câmara Municipal, tem seus direitos expressos neste
ESTATUTO, exceto no tocante à aposentadoria.
Art. 335. Considera-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam
às suas expensas e constem no seu assentamento individual.
Parágrafo Único. Equipara-se ao cônjuge, a companheira ou companheiro, que comprove união
estável.
Art. 336. Os instrumentos de procuração utilizados para recebimento de direitos ou vantagens dos
servidores públicos municipais terão validade por doze meses, devendo ser renovados após findo este
prazo.
Art. 338. O cargo de Procurador Geral do Município somente poderá ser ocupado por Procurador
Municipal com mais de nove anos de carreira.
Art. 339. Os atuais integrantes da Procuradoria Municipal passarão imediatamente a ocupar o Nível
IV, Classe B, assegurando-se a contagem de tempo de serviço prestado ao Município de Serrana para
todos os fins.
Art. 340. O servidor público que contar com mais de trinta anos de serviço público prestado ao
município quando da concessão do adicional por serviços especiais, terá direito a incorporação do
adicional previsto no artigo 125, por uma única vez, no importe de cinqüenta por cento a cada quatro
meses, limitado a cinco quintos.
Art. 341. As disposições de natureza processual desta lei complementar aplicam-se imediatamente,
sem prejuízo da validade dos atos realizados na vigência da legislação anterior.
§ 1º. Serão adaptados os procedimentos em curso na data da entrada em vigor desta lei complementar,
cabendo ao presidente tomar as providências necessárias, ouvido o acusado.
§ 2º. Os servidores que tiverem recebido punição da qual ainda caiba recurso ou pedido de
reconsideração, terão prazo decadencial de trinta dias para a respectiva interposição, na forma desta lei
complementar.
Art. 342. Os servidores cujos cargos sofrerem alteração nos requisitos para seu exercício terão o prazo
de dois anos para sua adequação.
Parágrafo Único. A administração deverá despender esforços para que os servidores promovam a sua
adequação aos novos requisitos do cargo.
Art. 343. As readequações dos cargos e vencimentos serão estabelecidos pela Administração até o
início de 2013, conforme a disponibilidade financeira. (Redação dada pela LC nº. 310/2012)
Parágrafo único. Não serão aplicadas as supressões de direitos temporais e benefícios aos servidores
que atualmente se encontram afastados, com percepção de remuneração, por mandato eletivo.(Incluído
pela LC nº. 310/2012)
Art. 344. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas todas as disposições em
contrário, em especial a Lei Complementar 162/2006 e suas alterações.
Questões
01. Nos termos do Estatuto dos Servidores Públicos Municipais de Serrana, julgue o item abaixo:
O servidor estável somente perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou
por decisão proferida em processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.
( ) Certo ( ) Errado
02. Nos termos do Estatuto dos Servidores Públicos Municipais de Serrana, julgue o item abaixo:
Transferência é o deslocamento do servidor, com o respectivo cargo, para quadro de pessoal de outro
órgão ou entidade do mesmo Poder, ou dentro de outro órgão do mesmo ente da administração direta ou
indireta, cujos planos de cargos e vencimentos sejam idênticos, observado sempre o interesse da
administração.
( ) Certo ( ) Errado
(A) apenas o I
(B) I e II
(C) II e III
(D) I e III
(E) Todos os itens
04. Nos termos do Estatuto dos Servidores Públicos Municipais de Serrana, julgue o item abaixo:
Para efeito de promoção por merecimento, deverão ser observados os critérios de assiduidade,
pontualidade e cumprimento dos deveres funcionais.
( ) Certo ( ) Errado
05. Nos termos do Estatuto dos Servidores Públicos Municipais de Serrana, julgue o item abaixo:
Tendo em vista o interesse da administração e do serviço público, poderá ser concedida ao servidor
licença para tratar de assuntos particulares, pelo prazo de até dois anos consecutivos, sem remuneração.
( ) Certo ( )Errado
Gabarito
01.Certo / 02. Errado / 03.E / 04.Certo / 05.Certo
Comentários
03. Resposta: E
Art. 69. A vacância do cargo público decorrerá de:
I.exoneração;
II.destituição;
III.demissão;