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TAQUIARRITMIAS I

INTRODUÇÃO;
O NODO SINUSAL é quem controla a FC, pelo fato de ser o mais rápido;
O NODO AV promove uma lentificação do estímulo do nodo sinusal;

ELETROCARDIOGRAMA:
ONDA P: despolarização atrial.
COMPLEXO QRS: Despolarização ventricular, normalmente estreito (rápido) e
grande amplitude (alta massa muscular). Deve medir até 120ms.
Onda R:
Onda Q:
Onda S:
Onda T: Repolarização atrial.

FC: intervalo entre duas ondas R, como calcular:


Conto quantos quadradinhos existem e divido por 1.500, OU
1 quadradão: 300bpm // 2 quadradãos:150bpm; 3 quadradãos: 100bpm// 4
quadradãos: 75bpm// 5 quadradãos: 60bpm.
Normal: 60 a 100 bpm.
A distância entre 2 ondas R maior do que 5 quadradãos: Bradicardia
Distância quando menor do que 3 quadradãos: TAQUICARDIA.

INTERVALO PR: do início da onda P até o início do QRS, mede o tempo o que o
estímulo leva do átrio ao ventrículo. Mede a condução atrio-ventricular. PR
normal: 120-200 milissegundos ou 3-5 quadradinhos. PR alongado (condução
longa): BAV de 1º grau.

Atenção: cada quadradinho, distância 1mm e tem 40 milissegundos.

INTERVALO QT: do início do QRS até o final da onda T, mede o tempo que o
ventrículo leva para se despolarizar e se repolarizar --> período de refratariedade
ventricular. Normal até 440ms (11 quadradinhos). QT longo predisposto a morte
súbita.

Lembrando: RR (FC).

AVALIANDO ECG:

Determinar o ritmo, se é SINUSAL. Por definição a onda P em DII tem que vir antes
do QRS, sendo regular e positiva. Determinando um ritmo sinusal.
Depois avaliar o QRS se estreito.

Atenção: Ritmo SINUSAL com QRS alargado é um BLOQUEIO DE RAMO.


Atenção: devemos avaliar sempre DII.

BLOQUEIO DE RAMO DIREITO - BRD:


Ritmo sinusal + QRS alargado = bloqueio de ramo. É direito quando V1 apresenta
QRS positivo. O QRS para cima em V1.

Macete: levantar a seta do carro, indica direita.

Nesse caso devido a destruição do ramo direito, o estímulo chega ao ventrículo


direito miócito a miócito, demorando mais. Cursando então com QRS alargado.

Patognomonico de BRD rSR'.

BLOQUEIO DE RAMO ESQUERDO - BRE:


Ritmo sinusal + QRS alargado = bloqueio de ramo. É esquerdo quando V1
apresenta QRS negativo. O QRS para baixo em V1.

Macete: abaixar a seta do carro, indica esquerda.

Nesse caso por destruição do ramo esquerdo (necrose do ramo), o estímulo chega
ao ventrículo esquerdo miócito a miócito, demorando mais. Cursando então com
QRS alargado.

Atenção: patognomonico é rS em V1.

AVALIANDO O ECG:
Determinar a FC.

TAQUICARDIA SINUSAL:
Taquicardia com onda "P";
Sinusal: P (+) e bonitinha;
Qualquer um após exercício físico ou estimulo emocional.

TAQUICARDIAS

TAQUICARDIA COM ONDA F - FLUTTER ATRIAL:


Sem ondas P e presença de onda F.
Ondas F com forma de imagem serrilhada;
Ondas F (-) em DII, DIII e aVF (300x/min);

Atenção: só são avaliados em derivações que observam a parede inferior.

O nodo av permite que a pessoa continue vivendo, impedindo que todos os


estímulos atriais cheguem aos ventrículos.
FC ventricular = 150bpm (2:1) --> o tipo mais comum.

Atenção: o FLUTTER pode ser 3:1 ou 4:1 depende da lentificação do nodo AV.

EXTRASSÍSTOLE:
Batimento (QRS) "antes do tempo";
Quando precedida de onda P, ela é proveniente do átrio: EXTRASSÍSTOLE ATRIAL.
ONDA P diferente / QRS estreito;
Benigno. Podendo estar presente em 60% dos adultos.
Obseecado em DII.

Batimento (QRS) antes do tempo.


Quando não é precedido por onda P com QRS alargado é de origem ventricular.
EXTRASSÍSTOLE VENTRICULAR.
Sem Onda P / QRS alargado;
Benigno sem doença de base no coração, uso de café, ansioso, libação alcoólica, uso
de cocaína.
Observado em V1.
Atenção: qualquer batimento sem onda P e com QRS alargado é de origem
ventricular.

EXTRASSÍSTOLE VENTRICULAR ESPECIAIS:


Ocorre em pacientes com doença cardíaca de base, porém não degenera para FV.

BIGEMINISMO: 1 extrassístole ventricular para cada 1 Batimento sinusal.


TRIGEMINISMO: 1 extrassístole ventricular para cada 2 Batimentos sinusal;
EXTRASSÍSTOLES PAREADAS:
02 extrassístoles ventriculares juntas:
TAQUICARDIA VENTRICULAR:
3 ou mais extrassístoles ventriculares juntas:

TIPOS:
TV NÃO SUSTENTADA: dura menos de 30seg e estável.

Atenção: Paciente instável hemodinamicamente: Comprometimento orgânico:


Congestão pulmonar// Angina// Hipotensão// Síncope.
Lembrando: Pulmão: congestão// Coração: angina// Circulação: hipotensão//
Cabeção: síncope.

Não existe necessidade de tratamento, pois são estáveis, devendo ser tratado
apenas as condições de bases, nos casos sintomáticos, tratar apenas com Beta-
bloqueador, por exemplo palpitações. Sempre quando não sustentada e paciente
estável.

TAQUICARDIA VENTRICULAR SUSTENTADA:


Quando maior do que 30seg OU paciente instável.

TIPOS:
TV MONOMÓRFICA: QRS iguais mesma derivação.
PADRÕES: BRD: QRS negativo em V1 // BRE: QRS positivo em V1.
Ocorre devido principalmente a presença de circuitos de reentrada.
Lembrando: a presença de doença de base no coração, Fibrose, (ventriculo
doente), é o que trás complicações na presença de extrassístole ventriculares, pois
essa atividade elétrica vai espalhar porém não conduz nessa área de fibrose no
momento ideal, porém conduz no final gerando áreas de reentradas.

CIRCUITO DE REENTRADA: ocorre quando existe um ventrículo doente (com


fibrose), onde o estímulo de uma extrassístule fica recirculando pelo extímulo
frequente ao passar na região de fibrose. A reentrada cede ao choque. São de
melhores prognósticos, diferente de uma fibra com automatismo.

TV POLIMÓRFICA: QRS são diferentes na mesma derivação.


Ritmo de parada cardíaca. Coração com grande FC, porém sem batimento de
sangue.
São malignos.
Ocorre principalmente após IAM, degenerando FV.
Ocorre por cairia circuitos de reentrada.

Atenção: a pessoa perde a consciência 3 segundos após TV. 03 segundos após o


cérebro não receber fluxo sanguíneo.

Atenção: Toda síncope as taquicardia e bradicardias entram no diagnóstico


diferencial.

TORSADES DE POINTS:
Tipo de TV POLIMÓRFICA
Ocorre na TV com inversão do padrão do QRS, inicialmente negativo e
posteriormente positivo.
Só ocorre na presença de QT longo.

ETIOLOGIA:
Síndrome congênita do QT longo. Raro.
Antiarritmicos// Loratadina// Hipo: K/Ca/Mg// Azitromicina// Depressivos
tricíclico// BAVT;

TRATAMENTO:
Sulfato de magnésio.

FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
Degeneração de uma TV POLIMÓRFICA.
Múltiplos circuitos de reentrada no ventrículo;
O ventrículo contrai e relaxa 10x/seg, sem condições de ejetar sangue.
Principal mecanismo de parada em adulto;
Não apresenta QRS;
Um ventrículo fibrilando é um ventrículo infartando. A cada minuto em FV ele
perde 10% de massa cardíaca.

FIBRILAÇÃO ATRIAL:
Sem onda P / RR irregular;
Taquicardia sem P / QRS estreito;
Múltiplos de circuito de reentrada no átrio.
Múltiplos Batimentos atriais,400-600 x/minutos, porém sem ejeção efetiva.
O nodo AV permite a contratação ventricular, impedindo a passagem de alguns
estímulos provenientes do átrio.
Risco elevado de formar trombos;
Tem modificação da linha de base, parece no ECG como interferências, mas não é
ocasionada pelos altos estímulos atriais.

TIPOS:
FA ALTA REPOSTA VENTRICULAR: FC alta, o ventrículo permite a passagem de
uma maior número de estímulos para o ventrículo.
FA BAIXA RESPOSTA VENTRICULAR: FC baixa.

TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR
Sem onda P / RR regular;
"Batedeira no pescoço", "coração na boca".
ETIOLOGIA:
70% ocorre por reentrada nodal no nodo AV (via alfa e beta)
30% ocorre por reentrada na via acessória no nódulo AV. Apresenta onda P' -->
Onda P antes da onda T e invertida (negativa, o estímulo está vindo por baixo). O
estímulo está vindo pelo nodo AV e pela via acessória.

Atenção: A maioria das pessoas tem via beta, porém 40% das pessoas tem a via alfa
a mais. A via beta conduz mais rápido, porém recupera mais lento, na presença de
uma extrassístole esse estímulo é conduzido pela alfa até o nodo AV e como a via
beta já está apta retorna pela via beta e começa a conduzir o ritmo em relação a
nodo sinusal.

Importante: Em ritmo sinusal a via acessória apresenta: PR curto e Onda delta


(QRS com início alargado): Determinando com Síndrome da pré-excitação
ventricular ou Wolff-Parkinson White. Pessoas que nasceram com a via acessória.
PR curto: átrio e ventrículo despolarizado junto devido o estímulo chegar pela via
acessória e a Onda Delta pois no ventriculo começa pelos miocitos e depois pelo
nodo AV e determina o padrão de QRS correto. Presdispoe a presença de
Taquicardia supraventricular a qualquer momento.

5 PERGUNTAS:
EXISTE TAQUICARDIA?
RR <30
EXISTE ONDA P?
Se existir ou é ATRIAL ou é SINUSAL.
EXISTE ONDA F DE FLUTTER ATRIAL?
Se existir é FLUTTER.
QRS ESTREITO OU ALARGADO?
Se alargado: VENTRICULAR.
INTERVALO RR REGULAR OU IRREGULAR?
Se irregular: FIBRILAÇÃO ATRIAL.
Se regular: TAQUI SUPRA.

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