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Art. 396.

Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a


denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á
e ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por
escrito, no prazo de 10 (dez) dias;

Art. 396-A. Na resposta, o acusado poderá arguir preliminares e


alegar tudo o que interesse à sua defesa , oferecer documentos e
justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar
testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação, quando
necessário.
Art. 397. Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos,
deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando
verificar:
I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;

II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente,


salvo inimputabilidade;

III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou

IV - extinta a punibilidade do agente.


Peculato

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer


outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do
cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

Desta forma, tratando-se de imputação de crime contra a administração


pública, praticado por funcionário público, mais especificadamente o crime de
peculato, torna-se indispensável que você, caro(a) Advogado(a), faça uma análise
detalhada do crime imputado à sua cliente.
Quadro Síntese

Resposta à Acusação no Arts. 396 e 396-A do CPP.


Procedimento Comum

Competência Art. 5º, incisos XXXVII e XXXVIII da


CF/88 e arts. 69 a 91 e 394 do CPP.

Exceções Arts. 95 a 111 do CPP.

Nulidades Arts. 563 a 573 do CPP.

Hipóteses de Absolvição Sumária no Art. 397 do CPP.


Procedimento Comum

Crime de Peculato Art. 312, caput, do CP.

Fonte: Elaborado pelo autor


Você já sabe que qualquer peça começa pelo endereçamento, que,
obviamente, não pode estar errado.

Conforme dito anteriormente, devemos nos atentar aqui às regras de


competência. Deste modo, sugere-se analisar a Constituição Federal no art. 5º, incisos
XXXVII e XXXVIII e art. 109, bem como o Código de Processo Penal em seus artigos
69 a 91 (em especial o art. 74) e 394.

Como em qualquer outra peça, é fundamental o cuidado com sua estrutura


lógica, composta de narração dos fatos, fundamentos jurídicos (questões preliminares
e teses de mérito), requerimento de provas a serem produzidas (em especial, rol de
testemunhas) e pedidos

Sobre as provas, não se pode esquecer de requerer a produção de todas as


provas em direito admitidas e aplicáveis ao caso (testemunhal, pericial, documental,
etc.). Além disso, o rol de testemunhas é obrigatório, sob pena de preclusão.
Com relação aos pedidos, deve-se atentar para que todas as teses arguidas ao
longo da peça tenham seu respectivo pedido.

Lembre-se de que no “Exame de Ordem” você será avaliado(a) pela correta


indicação do foro competente, preâmbulo, qualificação das partes, fundamentação
jurídica, pedidos e requerimentos, lógica e argumentação, além de ortografia e
gramática. Vamos peticionar?

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