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Núcleo Especializado de Habitação e

Urbanismo

PARECER – PARTILHA DE BENS CDHU E COHAB

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Nº 81/2013 – NE-Haburb

O presente procedimento administrativo foi instaurado em razão de


provocação de defensora do Polo Família Central acerca das regras da CDHU/COHAB
em caso de partilha de imóveis em caso de divórcio/dissolução de união estável. Os
questionamentos são pertinentes e frequentes nos atendimentos realizados na área da
família, de forma que se mostra salutar disponibilizar as respostas das referidas
Sociedades de Economia Mista para que todos os Defensores Públicos do Estado tenham
uma orientação sobre seus entendimentos administrativos sobre o tema.

Inicialmente foram solicitadas informações sobre qual o procedimento para


regularização dos imóveis em caso de divórcio ou dissolução da união estável, caso o
contrato de financiamento esteja no nome dos dois cônjuges/companheiros:

a) O que aquele que vai permanecer no imóvel deve fazer para regularizar a
situação, excluindo o nome do outro?

Quando o contrato foi assinado por ambos, que comprometeram as duas


rendas, aquele cônjuge ou convivente que judicialmente ficou com os direitos
e obrigações sobre o imóvel, para regularizar a situação contratual, deve
reunir todos os documentos judiciais, em especial a Sentença, os documentos
pessoais, inclusive comprovação de rendimentos mensais, e comparecer ao
Núcleo Regional da CDHU, que na Capital está localizado na Av. Duque de
Caxias, nº 61, para avaliação e processamentos da transferência, que se dará
por meio de contrato de cessão, em que a responsabilidade do cônjuge que
saiu será excluída do financiamento, se tudo estiver de acordo com as normas
vigentes.

b) O cônjuge que não permanecer no imóvel poderá se inscrever para novo


atendimento ou será considerado ex-mutuário?
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O cônjuge ou convivente que for excluído do financiamento, embora seu nome


continue no cadastro, poderá participar de outro financiamento, mediante
nova inscrição e, desde que comprove com a documentação judicial, que os
direitos sobre o imóvel anterior passaram para outro cônjuge ou convivente.

Na hipótese de o contrato se realizado apenas no nome de um dos cônjuges:

a) É preciso tomar alguma providência junto ao órgão?

Quando o contato de financiamento foi assinado apenas por um cônjuge ou


convivente, comprometendo somente a renda deste, se no acordo judicial ficar
acertado que ele permanecerá com todos os direitos e obrigações sobre o
imóvel, ele deverá apresentar a documentação judicial para ser elaborado o
Termo de Aditamento, no qual assumirá integralmente o compromisso, sendo
o outro cônjuge ou companheiro excluído do contrato.

b) O outro cônjuge pode se inscrever para novo atendimento ou será


considerado ex-mutuário?

Contanto que apresente documentação judicial, o cônjuge ou convivente que


cedeu seus direitos, poderá participar de outro financiamento, todavia seu
nome permanecerá nos registros.

Em caso de atendimento vinculado a projetos de regularização fundiária, se o


casal cadastrado no momento da intervenção do Poder Público vier a se separar
durante a construção do empreendimento:

a) O contrato será assinado em nome das duas pessoas cadastradas ou poderá


ser feito no nome de apenas uma delas? Nesse caso é necessária a anuência
da outra pessoa?

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Qualquer que seja o projeto habitacional, em caso de separação e acordo


judicial com cessão de direitos, a parte que permanecer no programa deverá
apresentar imediatamente os documentos judiciais, a fim de que sejam
procedidas as respectivas alterações cadastrais para que no futuro o contrato
possa ser assinado apenas pela parte que continuou cadastrada.

b) Caso seja possível o contrato em nome de apenas uma delas, caso haja
disputa, existe prioridade para uma delas (mulher, por exemplo)?

Mesmo que o compromisso tenha sido assinado somente por um cônjuge, na


hipótese de separação durante a fase preliminar do empreendimento, devem
apresentar documentos comprobatórios da separação e do acordo a que
chegaram. A CDHU/COHAB não prioriza atendimento, quaisquer alterações
devem estar documentalmente instruídas. As disputas têm de ser resolvidas
perante o Poder Judiciário.

c) A pessoa que não for atendida pode se cadastrar para um novo


atendimento? Haverá algum tipo de prioridade a ela?

A pessoa que participou de um Programa Habitacional e, que por motivos


separação judicial, cedeu seus direitos ao outro cônjuge ou companheiro,
poderá se inscrever em outro programa, desde que comprove
documentalmente a cessão. Em seu novo cadastramento, o cedente não terá
nenhuma prioridade de atendimento, concorrendo em igualdade de condições
com os demais candidatos do novo processo seletivo.

As repostas acima foram quase integralmente transcritas com base no Ofício de


resposta da CDHU, tendo em vista que foram satisfatórias e que a resposta da COHAB foi
mais concisa, no mesmo sentido, não trazendo acréscimos.

Desta forma, recomenda-se a divulgação das respostas acima no Informativo


mensal, assim como a disponibilização do presente parecer no Portal do Núcleo de
Habitação, com acesso livre.

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Rafael Negreiros Dantas de Lima


Defensor Público do Estado de São Paulo

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