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Mês/ano
Programa do Curso
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1) Eventos Históricos em Segurança e Saúde Ocupacional
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1.939 Forma-se a AIHA (American Industrial Hygiene Association). A ASA (American
Standards Association), hoje ANSI e a ACGIH preparam a primeira lista de
“concentrações máximas permissíveis” (MACs) para substâncias químicas na indústria.
Data Evento ou Condição
1.941 O Bureau of Mines é autorizado a inspecionar minas.
1.941- Expandem-se os programas de higiene industrial nos estados.
1.945
1.960 O American Board of Industrial Hygiene (ABIH) é organizado pela AIHA e pela ACGIH.
1.966 Lei de segurança para minas metálicas e não-metálicas.
1.970 OSHA (Occupational Safety and Health Act) – lei maior de prevenção – é promulgada.
Fonte: Revista Proteção, números 90 e 91.
No Brasil
Data Evento ou Condição
1.919 Em 15/01/1919, promulga-se a primeira lei contra acidentes (lei 3.724), que impunha
regulamentos prevencionistas ao setor ferroviário, já que nesta época eram
praticamente inexistentes outros empreendimentos industriais de vulto”.
1.934 Surge nossa lei trabalhista, que colocou nosso país na vanguarda em matéria de
legislação social. O decreto 24.637, de 10/07/1934, instituiu uma regulamentação
bastante ampla no que se refere à prevenção de acidentes.
1.935 Em Cuba, foi fundado o Consejo Nacional para la Prevencion de Acidentes. Depois, a
04 de abril de 1938, foi fundado em Nova Iorque (EUA), o Consejo Inter-Americano de
Seguridad, que vem dedicando suas atividades à prevenção de acidentes na América
Latina.
1.941 Fundação da Associação Brasileira para Prevenção (ABPA), por um grupo de pioneiros
e sob o apoio de algumas empresas (entre as quais a Cia. Auxiliar de Empresas
Elétricas Brasileiras, a Hollernth S.A. e a Cia. Nacional de Cimento Portland), sob a
forma de sociedade civil, sem fins lucrativos. Pelo decreto 1.328, de 20/08/1962, a
ABPA foi considerada de utilidade pública”.
1.964 O decreto 7.036, de 10/11/1964, atualizou as leis de 1.934.
1.978 Decretos e portarias adicionais complementaram a regulamentação no campo da
segurança e higiene industriais, culminado com a aprovação das Normas
Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho pela Portaria 3.214 de
08/06/1978”.
1.994 Alteração das NR-7 (PCMSO) e NR-9 (PPRA).
1.999 Alteração da NR-5 (CIPA)
2) Acidente de Trabalho
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2.1) Conceitos: Legal e Prevencionista
O Conceito Legal
No Brasil, como já citamos anteriormente, a primeira lei de acidente de trabalho foi editada
em 1919. Após esta lei, outras se seguiram:
- A 2a lei de acidentes de trabalho foi editada em 10/07/1934 pelo Decreto 24.637;
- A 3a lei de acidentes de trabalho foi editada em 10/11/1944 pelo decreto-lei 7.036;
- A 4a lei de acidentes de trabalho foi editada em 28/02/1967 pelo decreto-lei 293;
- A 5a lei de acidentes de trabalho foi editada em 14/09/1967 pela Lei 5.316;
- A 6a lei de acidentes de trabalho foi editada em 19/10/1976 pela Lei 6.367 e
regulamentada pelo Decreto 79.037 de 24/12/1976.
- A 7ª lei de acidente de trabalho, a de número 8.213, editada em 24 de julho de 1991 e
regulamentada pelo Decreto 357 de 07 de dezembro de 1991
Esta última lei diz que “acidente de trabalho é aquele que ocorrer pelo exercício do trabalho,
a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou
perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade de trabalho”. Esta definição equipara o
acidente de trabalho, para os fins previdenciários e legais, os eventos ocorridos nas seguintes
condições:
a) A doença profissional ou do trabalho
b) O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído para a morte do segurado, para a redução ou a perda da sua capacidade
para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
c) O acidente sofrido pelo segurado no local e horário de trabalho em conseqüência de:
- I)ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiros ou
companheiro de trabalho;;
- II) ofensa física intencional, inclusive de terceiros, por motivo de disputa
relacionada com o trabalho;
- III)ato de imprudência, negligência ou imperícia, de terceiro, ou de companheiro
de trabalho;
- IV) ato de pessoa privada do uso da razão;
- V) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de
força maior.
d) A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua
atividade;
e) O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora de seu local e horário de trabalho ou na
execução de ordem ou na realização de serviço sob autoridade da empresa;
- na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa, para lhe evitar prejuízo
ou proporcionar proveito;
- em viagem, a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando financiada por
esta dentro de seus planos para melhor capacitação de mão-de-obra
independentemente o meio de locomoção utilizado, inclusive veículo próprio do
segurado;
- no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquele, qualquer
que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado
- Nos períodos destinados às refeições ou descanso, ou por ocasião da satisfação
de outras necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este, o
empregado é considerado no exercício do trabalho.
O Conceito Prevencionista
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A partir da Revolução Industrial e até bem pouco tempo atrás, acreditou-se que o trabalhador
era o principal responsável pela maioria dos acidentes que sofria. Conceitos como atos e condições
inseguras ganharam força na prevenção de acidentes. Assim, era comum que as causas dos
acidentes fossem a desatenção ou a falta de coordenação motora ou a instabilidade emocional do
trabalhador. Para cada acidente ocorrido, havia uma única causa (e quase sempre o trabalhador era
o responsável!).
Com estes pensamentos, muitos autores formularam teorias sobre a causalidade dos
acidentes. Abaixo, apresentamos algumas:
- Teoria do Dominó
“Esta teoria deu origem às concepções de atos e condições inseguras, de grande difusão em
nosso país. A seqüência de eventos levando à lesão é descrita como composta por 05 estágios:
1- Ambiente social e hereditariedade, levando a
2 - Falha individual, como razão para
3 - Ato e/ou condição insegura, que resulta em
4 - Acidente, que leva a
5- Lesão.
Estes componentes estariam dispostos como peças de um dominó em seqüência, de tal
modo que a queda da primeira peça implicaria a derrubada de todas as outras e a retirada de uma
delas, em especial a terceira (atos e condições inseguras), levaria a não ocorrência do acidente e da
lesão”(2).
- Teorias Psicanalíticas
“Estas teorias atribuem os acidentes a processos inconscientes, como atos de auto-punição,
iniciados por sentimentos de culpa, ansiedade e conflitos motivacionais gerados na infância”.
Modernamente, acredita-se que um acidente não tenha apenas uma única causa, mas sim
várias (“multicausalidade”). O trabalhador pode até ter sua parcela no acidente, mas certamente o
mesmo aconteceu também por outros motivos. Horas-extras excessivas, trabalho em turnos, mau
planejamento da produção, lay-out deficiente, excesso de ruído, falta de limpeza, não fornecimento
de EPI, etc também são causas de acidentes.
Pensando desta forma, podemos formular o conceito prevencionista de acidente: acidente é
qualquer ocorrência não programada que interfere ou interrompe o processo normal de uma
atividade, trazendo como conseqüência, isolada ou simultânea, perda de tempo, danos materiais e/ou
lesões ao homem.
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O Brasil, até o ano de 1994, era o recordista mundial em acidentes de trabalho. Em 1995,
ficamos em 3o lugar. Este fato é alarmante e preocupante pois o acidente de trabalho não causa
transtornos e prejuízos apenas para o trabalhador e sua família. A para empresa onde o acidentado
trabalha e toda sociedade sofrem com os acidentes.
Podemos concluir, então, que um acidente de trabalho acarreta custos diretos (ou segurados)
e indiretos (não segurados) para o acidentado, para a empresa e para o país. Segundo alguns
especialistas, o custo indireto é 04 vezes superior ao custo direto. Percebe-se, portanto, que os
acidentes de trabalho causam à nação prejuízos maiores aos que conseguimos notar. Daí, a
preocupação em sermos um dos países com maior número de acidentes de trabalho em todo o
mundo.
Uma reportagem veiculada no jornal O Dia de 09/05/96 pode exemplificar o que um acidente
de trabalho pode causar. Abaixo, há alguns trechos desta reportagem:
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“A ocorrência de um acidente de trabalho é a comprovação dolorosa da existência de falhas
na prevenção, seja em que nível for. Para buscar a prevenção, é necessário primeiro que se
conheçam as circunstâncias em que ocorreu o acidente. Nesse sentido, é obrigação legal da CIPA,
prevista na NR-5, a realização da investigação das causas dos acidentes de trabalho. Quando existir
SESMT na empresa, a investigação poderá ser feita em conjunto”.
“Além de ser uma determinação legal, a participação dos cipeiros na investigação dos
acidentes traz um maior envolvimento da CIPA nas atividades preventivas. Por outro lado, permite
também um maior conhecimento dos problemas e das dificuldades no desenvolvimento de ações
preventivas e de proteção aos trabalhadores”.
A antiga NR-5, em seu anexo III, dizia que “o estudo de doenças e acidentes do trabalho
deve indicar todas as situações que, combinadas, levaram à ocorrência indesejada e que, se
eliminadas a tempo, poderiam ter impedido o acidente ou minimizado seus efeitos. A identificação e
eliminação de tais situações é fundamental para evitar acidentes semelhantes, decorrentes de outras
combinações das mesmas causas”.
A investigação de acidentes, portanto, não deve ser encarada como a busca de culpados,
mas sim como um ato preventivo para que outros acidentes sejam evitados. Desta forma, é
importante que todos os envolvidos sejam escutados: o trabalhador acidente, os colegas de trabalho
mais próximos, a chefia e, às vezes, outros setores, como por exemplo, a manutenção.
Outro ponto importante é não deixar o assunto esfriar, pois quanto mais cedo for feita a
investigação, maiores são as informações e riqueza de detalhes.
A seguir, há uma breve descrição de algumas técnicas para investigação e análise de
acidentes.
Atos Inseguros
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3) Usar vestimenta inadequada;
4) Brincar em serviço;
5) Usar equipamento de modo impróprio;
6) Usar as mãos e outras parte do corpo impropriamente;
7) Colocar os pés de forma insegura;
8) Desprezar dispositivos de segurança;
9) Conduzir veículo de forma imprudente
10) Trabalhar em velocidade perigosa;
11) Fazer misturas ou combinações perigosas;
12) Utilizar equipamentos defeituosos;
13) Assumir posição insegura.
Condições Inseguras
1) Equipamentos defeituosos;
2) Roupas inseguras;
3) Ambiente interno perigoso;
4) Ambiente externo perigoso
5) Métodos arriscados;
6) Arrumação perigosa;
7) Protetores inadequados ou inexistentes;
8) Riscos públicos.
9) Ausência de sinalização ou aviso de segurança;
“Para se utilizar o método de árvore de causas deve ser respondida a pergunta “POR QUE?”,
a partir da conseqüência da doença ou acidente. A cada resposta obtida deve-se repetir a pergunta,
seqüencialmente, até que não seja mais possível ou não se consiga mais responder o porquê da
última causa constante da cadeia”.
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“Após desenhada a árvore de causas, identificam-se as mudanças necessárias no ambiente
e/ou processo de trabalho que podem prevenir doenças e/ou acidentes semelhantes”.
Relato do Acidente
O primeiro passo para que o trabalhador tenha mais saúde e segurança em seu ambiente de
trabalho é identificar quais os riscos existentes em sua atividade. Desta forma, ele poderá
estabelecer uma relação de causa-efeito entre os riscos encontrados e as doenças/acidentes
ocorridos e poderá ficar atento para as medidas corretivas e preventivas tomadas pela empresa.
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A NR-9 considera que os riscos ambientais podem ser agrupados em 05 classes: os agentes
químicos, os físicos, os biológicos, os ergonômicos e os mecânicos.
Os três primeiros são considerados riscos ambientais pois são “capazes de causar danos à
saúde do trabalhador em função de sua natureza, concentração ou intensidade”.
Os outros dois riscos são assim considerados pois são “capazes de provocar lesões à
integridade física do trabalhador”.
Para facilitar a identificação e posterior confecção de um mapa de riscos, a NR-9 traz uma
tabela com os principais riscos, cada um associado a uma cor, que está transcrita a seguir.
Uma vez identificados os riscos, a CIPA deve montar um Mapa de Riscos, que será
abordado no próximo tópico.
O mapa de riscos será executado pela CIPA, através de seus membros, após ouvidos os
trabalhadores de todos os setores produtivos da empresa, e com a colaboração do SESMT da
empresa, quando houver. A cada nova gestão da CIPA, o mapa de riscos será refeito, conforme
cronograma elaborado na gestão anterior, visando o controle da eliminação dos riscos apontados.
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análise e manifestação da empresa ou preposto, respeitado o prazo máximo de 30 dias, contados a
partir da data de recebimento do relatório.
Quando a direção da empresa não realizar as alterações necessárias nos locais de trabalho,
dentro do prazo previamente negociado com a CIPA, esta deverá encaminhar a DRT uma cópia do
mapa de riscos, com o relatório circunstanciado, para análise e inspeção do serviço competente.
O mapa de riscos, completo ou setorial, deverá permanecer afixado em cada local analisado
para informação dos que ali trabalham.
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5) Sugerindo Medidas de Controle aos Riscos Ambientais
Um primeiro passo para sugerirmos medidas de controle para os riscos aos quais os
trabalhadores estão expostos é conhecermos e analisarmos a organização, os métodos e os
processos de trabalho aos quais os mesmos estão submetidos. Devemos fazer isto para saberemos
“em que terreno estamos entrando”.
No tocante a organização do trabalho, segundo a NR-17, ela dele ser adequada às
características psicomorfológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado e deve
levar em consideração, pelo menos:
- as normas de produção;
- o modo operatório;
- a exigência de tempo;
- o ritmo de trabalho;
- o conteúdo das tarefas.
Analisando a organização do trabalho, poderemos saber se a administração é taylorista ou
em células de produção, se a produção é contínua ou por pedido, se o layout é funcional ou por
produto, se o operário ganha por produção ou não, etc.
A partir daí, poderemos levantar dados relativos à falta de uma política de segurança, à
supervisão autoritária, a layout inadequado, ao mau planejamento da produção, à má distribuição de
tarefas e horários, ao excesso de jornada de trabalho, à quantidade de trabalhadores expostos aos
mesmos riscos, a esforços repetitivos, à fadiga, etc. Todos fatores que contribuem, direta ou
indiretamente, para o comprometimento da saúde do trabalhador.
No tocante aos processos e métodos de trabalho, é importante analisarmos a interação
homem-máquina. Devemos prestar atenção no processo e seus métodos, na tecnologia envolvida
(atualizada ou ultrapassada?), nas sinalizações existentes, nas proteções das máquinas e
equipamentos, etc.
Desta forma, poderemos alterar (e até eliminar) processos, modificar operações e/ou
máquinas, sugerir substituição equipamentos e de produtos, enclausurar operações, planejar
manutenção de máquinas e equipamentos, etc, tudo isso visando a saúde do trabalhador.
Uma outra medida de controle de riscos é a adoção de proteção, individual ou coletiva, para
os trabalhadores.
Quando toma-se uma medida visando modificar as condições de trabalho em um
determinado ambiente, temos uma proteção coletiva, uma vez que esta medida protege o conjunto
de trabalhadores de um determinado setor.
Quando, ao invés de modificar as condições de trabalho de um ambiente, se fornece um
equipamento de proteção individual ao trabalhador, temos uma proteção individual, pois apenas os
empregados que os estiverem utilizando estarão sendo protegidos.
“Estas duas alternativas, proteção individual ou coletiva, surgem com freqüência no
momento de se tomar medidas preventivas. Existem situações, entretanto, nas quais é necessário
que tanto a proteção individual, quanto a coletiva sejam adotadas ao mesmo tempo”.
“Do ponto de vista de proteção aos trabalhadores, as medidas de proteção coletiva são
sempre mais eficientes que os equipamentos de proteção individual” (2). A NR-6 reforça a adoção de
medidas preventivas coletivas quando diz que “a empresa é obrigada a fornecer aos empregados,
gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas
seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou
não, oferecerem completa proteção contra riscos de acidentes do trabalho e/ou
de doenças profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;
c) para atender a situações de emergência”.
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nos ambientes de trabalho. Porém, a longo prazo, os custos com a manutenção de EPIs podem se
tornar mais elevados que as medidas de ordem ambiental e coletiva.
Além do fator custo, outro ponto que deve ser levado em consideração são as limitações dos
equipamentos de proteção individual (EPI), mesmo quando de boa qualidade. Entre outras coisas,
eles podem provocar:
- desconforto aos trabalhadores;
- dificuldades que acarretam para a realização das tarefas;
- problemas médicos acarretados pelo uso de EPIs, como alergias, lesões de pele,
inflamações, etc;
- inadaptação, pelo menos de parte dos trabalhadores, ao uso de EPI” (1).
Apesar das limitações dos EPIs, existem situações nas quais se justifica plenamente a
adoção dos mesmos. A NR-6 considera equipamento de proteção individual (EPI) “todo dispositivo
de uso individual destinado a proteger a integridade física do trabalhador” (2).
Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional e esgotadas as medidas de
prevenção coletiva, o empregador deve fornecer os seguintes EPIs aos trabalhadores:
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- cinto de segurança, para trabalhos em altura superior a 02 (dois) metros em que haja
risco de queda.
e) Proteção auditiva
- protetores auriculares, para trabalhos realizados em locais em que o nível de ruído seja
superior ao estabelecido na NR-15, nos anexos I e II.
g) Proteção do tronco
- aventais, jaquetas, capas e outras vestimentas especiais de proteção para trabalhos em
que haja perigo de lesões provocadas por:
riscos de origem térmica;
riscos de origem radioativa;
riscos de origem mecânica
agentes químicos;
agentes meteorológicos;
umidade proveniente de operações de lixamento a água ou outras operações de
lavagem
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A seguir, são relacionadas os principais tipos de lesão e circunstâncias que necessitam de
atendimentos básicos que devem ser adotados
a) Contusão
- Definição: traumatismo causado por impacto de agente físico sobre tecido do corpo, sem
que haja rompimento do segmento cutâneo.
- Procedimento: aplicar compressas d’água fria ou saco de gelo sobre a região contundida
nas primeiras 04 horas e, após este período, aplicar calor.
b) Escoriação
c) Ferida
d) Queimadura
Definição: toda lesão, ocasionada no organismo humano, pela ação rápida ou prolongada
-
do calor, em todas as suas modalidades.
- Procedimento: quando a superfície da pele queimada for de até 15% da área total do
corpo, lavar a região queimada com soro fisiológico ou água em abundância e aplicar
vaselina esterilizada. Se mais de 15% da área corporal for queimada, manter a vítima
deitada e agasalhada e buscar assistência médica imediatamente.
e) Hemorragia
- Definição: é a saída de sangue para todos os tecidos vizinhos de um vaso sangüíneo que
se rompeu devido a um traumatismo ou em função de certas doenças.
- Procedimento: quando o sangue sai por um ferimento ou por um orifício natural do
corpo, conter o sangramento por compressão da ferida ou tamponamento do orifício
natural. Se a compressão não for suficiente para conter a hemorragia, aplique garrote (ou
torniquete). Nos casos de hemorragia interna, manter a vítima deitada e procurar
imediatamente um socorro médico.
f) Fratura
g) Entorse
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h) Luxação
i) Parada Respiratória
j) Parada Cárdio-Respiratória
k) Envenenamento
l) Vertigem
- Definição: é a sensação em que a vítima parece girar em torno de objetos que a cercam
ou estes é que giram em torno dela, sempre no plano horizontal.
- Procedimento: colocar a vítima deitada, com os olhos vendados, sem travesseiro, em
ambiente escuro e silenciosos e afrouxar as roupas.
m) Desmaio
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- Procedimento: se o objeto permanecer na cavidade nasal, hão havendo obstrução do
processo respiratório, leve a vítima ao médico para retirada do corpo estranho. Caso caia
na garganta, inverta a criança ou coloque a vítima com a cabeça mais baixa que o tronco
e bata nas costas.
Combustível l Calor
Oxigênio
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Finalmente, ao se isolar/reduzir/eliminar o combustível, recorre-se ao Método do Isolamento,
procedimento aplicado, por exemplo, ao se transferir parte substancial do combustível de um tanque
em chamas para outro, através da abertura e fechamento de válvulas.
Os agentes extintores mais empregados e suas funções estão definidos no quadro a seguir.
Ainda, segundo a NR –23, os extintores devem ser localizados em lugar de fácil visualização e de
fácil acesso e onde haja menos probabilidade de o fogo bloquear seu acesso. Os locais destinados
aos extintores devemos ser assinalados por um círculo vermelho ou por um seta larga, vermelha,
com bordas amarelas. Também deverá ser pintada de vermelho um área de 1mx 1m do piso
embaixo do extintor, a qual não pode ser obstruída de forma alguma.
Além destas formas de extinção de incêndio, há medidas bastante simples que, quando não
impedem o surgimento do fogo, minimizam bastante o seu aparecimento. Vejamos algumas.
Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de modo que
aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança;
A largura mínima das aberturas de saída deverá ser 1,20 metro e o sentido de abertura da porta
não poderá ser para o interior do local de trabalho;
As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas
ou sinais luminosos, indicando a direção de saída;
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As saídas devem ser dispostas de tal forma que entre elas e qualquer local de trabalho não se
tenha de percorrer distância maior que 15 metros nos de risco grande e 30 metros nos de riscos
médio e pequeno;
Os pisos em níveis diferentes devem ter rampas que os contornem suavemente e, neste caso,
deverá ser colocado um aviso no início da rampa no sentido da descida;
Escadas em espiral, de mão ou externas de madeira não serão consideradas partes de uma
saída de emergência.
Não existindo uma Brigada de Incêndio nas empresas em que trabalham, são os “Cipeiros” , em
razão dos conhecimentos apreendidos nos cursos de formação de componentes das CIPA´s e
treinamentos suplementares, as pessoas mais indicadas para compor uma equipe de prevenção e
combate a princípios de incêndios.
As reuniões da CIPA, como já podemos perceber, devem seguir um plano de trabalho. Elas
têm de ser muito bem preparadas.
Os cipeiros devem procurar conhecer as matérias que serão abordadas antecipadamente, a
fim de discutir com os colegas de trabalho que sugestões e reivindicações deverão fazer.
O Manual do Cipeiro, editado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e
Diadema, sugere que:
1) Todos os cipeiros coloquem os problemas de seus setores ou que foram por eles
anotados;
2) Discutir como apresentar para a empresa tais problemas. Os mais graves e urgentes
devem vir em primeiro lugar. O cipeiro que for apresentá-los deve ser o mais
preparado;
3) Caso haja dúvida quanto a qualquer problema, procurar auxílio do sindicato;
4) Os acidentes de trabalho ocorridos devem ser analisados em reunião preparatória.
Devem ser levantadas suas causas e, se possível, apresentadas sugestões como
forma de prevenção de novos acidentes;
A Cartilha da CIPA, editada Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações
(SINTTEL - DF), sugere que ao final da reunião da CIPA, deve haver encontros com os outros
trabalhadores para que os cipeiros possam transmitir o andamento das discussões e informar as
resoluções tomadas. “A partir daí, as resoluções devem ser discutidas, como objetivo de verificar se
estão ou não atendendo às necessidades dos trabalhadores da empresa, estabelecendo-se, através
do debate, a continuidade para o enfrentamento dos problemas”.
“Os membros da CIPA devem multiplicar seus contatos com os companheiros. Agindo assim,
estarão ampliando as possibilidades de identificar riscos de acidentes, degradação de saúde e, ao
mesmo tempo, poderão anotar as idéias práticas que possam solucionar problemas”.
As inspeções de segurança fazem parte das obrigações legais da CIPA. Elas têm a finalidade
de prevenir acidentes, detectar fatores que causem doenças profissionais e verificar se as medidas
sugeridas para controle/eliminação dos problemas foram adotadas.
Através delas, os cipeiros conhecem outros setores (e seus riscos), além dos seus, recebem
reclamações e dão orientações aos outros trabalhadores.
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Também, são assim classificadas, as inspeções feitas pelos próprios trabalhadores
em suas máquinas e ferramentas;
iv) Inspeções Periódicas - feitas, normalmente, pelos setores de manutenção e
engenharia e se destinam a levantar os riscos existentes em ferramentas, máquinas,
equipamentos e instalações elétricas;
v) Inspeções Eventuais - não têm data ou período determinado; podem ser feitas por
vários técnicos e visam solucionar problemas considerados urgentes;
vi) Inspeções Oficiais - são aquelas realizadas por agentes de órgãos oficiais e das
empresas de seguro;
vii) Inspeções Especiais - são realizadas por técnicos especializados, com aparelhos de
teste e medição. Por exemplo, as medições de ruído ambiental, de temperatura, etc.
De acordo com a legislação, os procedimentos de uma inspeção devem seguir as seguintes
etapas:
- Observação das condições de trabalho, máquinas, equipamentos e produção;
- Registro das observações, feito em impresso apropriado, descrevendo o local
observado, o objeto, o risco, as pessoas envolvidas e as proteções existentes, bem
como contendo o dia e a hora da inspeção e a assinatura de quem a fez;
- Relatórios dos registros feitos para serem encaminhados para os responsáveis;
- Acompanhamento, pela CIPA, das providências que devem ser tomadas para
controle/eliminação dos problemas.
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Estabelecidos os objetivos, os organizadores devem imaginar as estratégias mais adequadas
para a obtenção dos mesmos. Em geral, são utilizadas palestras, conferências, seminários, painéis,
simpósios, concursos, projeção de audiovisuais, sessões de filmes, etc.
DO OBJETIVO
5.1 A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA - tem como objetivo a prevenção de
acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o
trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
DA CONSTITUIÇÃO
5.2 Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as empresas
privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta,
instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que
admitam trabalhadores como empregados.
5.3 As disposições contidas nesta NR aplicam-se, no que couber, aos trabalhadores avulsos e às
entidades que lhes tomem serviços, observadas as disposições estabelecidas em Normas
Regulamentadoras de setores econômicos específicos.
5.4 A empresa que possuir em um mesmo município dois ou mais estabelecimentos, deverá garantir
a integração das CIPA e dos designados, conforme o caso, com o objetivo de harmonizar as políticas
de segurança e saúde no trabalho.
DA ORGANIZAÇÃO
5.6 A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o
dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos
normativos para setores econômicos específicos.
5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes serão por eles designados.
5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de
Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua candidatura até um ano após
o final de seu mandato.
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5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas atividades
normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro estabelecimento sem a sua anuência,
ressalvado o disposto nos parágrafos primeiro e segundo do artigo 469, da CLT.
5.10 O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação necessária para a
discussão e encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no trabalho
analisadas na CIPA.
5.12 Os membros da CIPA, eleitos e designados serão empossados no primeiro dia útil após o
término do mandato anterior.
5.13 Será indicado, de comum acordo com os membros da CIPA, um secretário e seu substituto,
entre os componentes ou não da comissão, sendo neste caso necessária a concordância do
empregador.
5.14 Empossados os membros da CIPA, a empresa deverá protocolizar, em até dez dias, na unidade
descentralizada do Ministério do Trabalho, cópias das atas de eleição e de posse e o calendário
anual das reuniões ordinárias.
DAS ATRIBUIÇÕES
e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de
trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para
avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à
segurança e saúde dos trabalhadores;
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k) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da análise das
causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas
identificados;
DO FUNCIONAMENTO
5.23 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preestabelecido.
5.24 As reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente normal da empresa e em
local apropriado.
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5.25 As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com encaminhamento de cópias para
todos os membros.
5.26 As atas ficarão no estabelecimento à disposição dos Agentes da Inspeção do Trabalho - AIT.
5.29 Das decisões da CIPA caberá pedido de reconsideração, mediante requerimento justificado.
5.29.1 O pedido de reconsideração será apresentado à CIPA até a próxima reunião ordinária,
quando será analisado, devendo o Presidente e o Vice-Presidente efetivar os
encaminhamentos necessários.
5.30 O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a mais de
quatro reuniões ordinárias sem justificativa.
5.31 A vacância definitiva de cargo, ocorrida durante o mandato, será suprida por suplente,
obedecida à ordem de colocação decrescente registrada na ata de eleição, devendo o empregador
comunicar à unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego as alterações e justificar
os motivos.
5.31.1 No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicará o substituto,
em dois dias úteis, preferencialmente entre os membros da CIPA.
DO TREINAMENTO
5.32 A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes, antes
da posse.
5.32.1 O treinamento de CIPA em primeiro mandato será realizado no prazo máximo de
trinta dias, contados a partir da data da posse.
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g. organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da
Comissão.
5.34 O treinamento terá carga horária de vinte horas, distribuídas em no máximo oito horas diárias e
será realizado durante o expediente normal da empresa.
5.35 O treinamento poderá ser ministrado pelo SESMT da empresa, entidade patronal, entidade de
trabalhadores ou por profissional que possua conhecimentos sobre aos temas ministrados.
5.36 A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à entidade ou
profissional que o ministrará, constando sua manifestação em ata, cabendo à empresa escolher a
entidade ou profissional que ministrará o treinamento.
5.37 Quando comprovada a não observância ao disposto nos itens relacionados ao treinamento, a
unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego, determinará a complementação ou a
realização de outro, que será efetuado no prazo máximo de trinta dias, contados da data de ciência
da empresa sobre a decisão.
DO PROCESSO ELEITORAL
5.38 Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos empregados
na CIPA, até sessenta dias antes do término do mandato em curso.
5.38.1 A empresa estabelecerá mecanismos para comunicar o início do processo eleitoral ao
sindicato da categoria profissional.
5.39 O Presidente e o Vice Presidente da CIPA constituirão dentre seus membros, com no mínimo 55
dias do inicio do pleito, a Comissão Eleitoral – CE, que será a responsável pela organização e
acompanhamento do processo eleitoral.
5.39.1 Nos estabelecimentos onde não houver CIPA, a Comissão Eleitoral será constituída
pela empresa.
5.41 Havendo participação inferior a cinqüenta por cento dos empregados na votação, não haverá a
apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá organizar outra votação que ocorrerá no prazo
máximo de dez dias.
5.42 As denúncias sobre o processo eleitoral deverão ser protocolizadas na unidade descentralizada
do MTE, até trinta dias após a data da posse dos novos membros da CIPA.
5.42.1 Compete a unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego,
confirmadas irregularidades no processo eleitoral, determinar a sua correção ou proceder a
anulação quando for o caso.
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5.42.2 Em caso de anulação a empresa convocará nova eleição no prazo de cinco dias, a
contar da data de ciência , garantidas as inscrições anteriores.
5.42.3 Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA, ficará assegurada a
prorrogação do mandato anterior, quando houver, até a complementação do processo
eleitoral.
5.43 Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos mais votados.
5.44 Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no estabelecimento.
5.45 Os candidatos votados e não eleitos serão relacionados na ata de eleição e apuração, em
ordem decrescente de votos, possibilitando nomeação posterior, em caso de vacância de suplentes.
5.47 Sempre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento, a CIPA ou
designado da empresa contratante deverá, em conjunto com as das contratadas ou com os
designados, definir mecanismos de integração e de participação de todos os trabalhadores em
relação às decisões das CIPA existentes no estabelecimento.
5.48 A contratante e as contratadas, que atuem num mesmo estabelecimento, deverão implementar,
de forma integrada, medidas de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, decorrentes da
presente NR, de forma a garantir o mesmo nível de proteção em matéria de segurança e saúde a
todos os trabalhadores do estabelecimento.
5.49 A empresa contratante adotará medidas necessárias para que as empresas contratadas, suas
CIPA, os designados e os demais trabalhadores lotados naquele estabelecimento recebam as
informações sobre os riscos presentes nos ambientes de trabalho, bem como sobre as medidas de
proteção adequadas.
DISPOSIÇÕES FINAIS
5.51 Esta norma poderá ser aprimorada mediante negociação, nos termos de portaria específica.
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ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio
ambiente e dos recursos naturais.
O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar articulado com o
disposto nas demais NR, em especial com o Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional - PCMSO previsto na NR-7.
Fará efeito desta NR consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos
existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou
intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os
trabalhadores, tais como ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações
ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som.
PPRA deverá estar descrito num documento base contendo todos os aspectos estruturais.
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c) quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores
excederem os valores dos limites previstos na NR-15 ou, na ausência destes, os valores
de limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH - American Conference of
Governmental Industrial Hygyenists, ou aqueles que venham a ser estabelecidos em
negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-
legais estabelecidos;
d) quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre
danos observados na saúde dos trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam
expostos.
Deverão ser objeto de controle sistemático as situações que apresentem exposição ocupacional
acima dos níveis de ação, conforme indicado nas alíneas que seguem:
a) para agentes químicos, a metade dos limites de exposição ocupacional considerados de
acordo com a alínea "c" do subitem 9.3.5.1;
b) para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50"%), conforme critério estabelecido na NR-
15, Anexo no 1, item 6.
Das Responsabilidades
- Do empregador: estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA, como
atividade permanente da empresa ou instituição.
- Dos trabalhadores
a) colaborar e participar na implantação e execução do PPRA;
b) seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA;
c) informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento,
possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores.
O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à
saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da
existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores.
Compete ao empregador:
a) garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela sua
eficácia;
b) custear, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos relacionados ao PCMSO;
c) inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá contratar médico de
outra especialidade para coordenar o PCMSO.
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b) encarregar dos exames complementares previstos nos itens, quadros e anexos desta
NR, profissionais e/ou entidades devidamente capacitados, equipados e qualificados.
PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos: admissional,
periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional.
O exame médico de retorno ao trabalho deverá ser realizado obrigatoriamente no primeiro dia da
volta ao trabalho de trabalhador ausente por período igual ou superior a 30 (trinta) dias por
motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto.
Para cada exame médico realizado, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO),
em duas vias.
- A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive
frente de trabalho ou canteiro de obras, a disposição da fiscalização do trabalho.
- A segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo na
primeira via.
8.3.1) Insalubridade
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Entende-se por Limite de Tolerância, para os fins da NR-15, a concentração ou intensidade
máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará
dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.
Graus de Insalubridade
Atividades ou operações que exponham o trabalhador a Percentual
Níveis de ruído contínuo ou intermitente superiores aos limites de 20 %
tolerância fixados
Níveis de ruído de impacto superiores aos limites de tolerância fixados 20 %
Exposição ao calor com valores de IBUTG superiores aos limites de 20 %
tolerância fixados
Níveis de iluminamento inferiores aos mínimos exigidos -
Níveis de radiações ionizantes com radioatividade superior aos limites de 40 %
tolerância fixados
Ar comprimido 40 %
Radiações não ionizantes consideradas insalubres em decorrência de 20 %
inspeções realizadas nos locais de trabalho
Vibrações consideradas insalubres em decorrência de inspeções 20 %
realizadas nos locais de trabalho
Frio considerado insalubre em decorrência de inspeções realizadas nos 20 %
locais de trabalho
Umidade considerada insalubre em decorrência de inspeções realizadas 20 %
nos locais de trabalho
Agentes químicos cujas concentrações sejam superiores aos limites de 10%, 20% ou
tolerância fixados 40%
Poeiras minerais cujas concentrações sejam superiores aos limites de 40 %
tolerância fixados
Atividades ou operações, envolvendo agentes químicos, consideradas 10%, 20% ou
insalubres em decorrência de inspeções realizadas no local de trabalho 40%
8.3.2) Periculosidade
Para efeito legal, as atividades que envolvem o trabalho com explosivos, inflamáveis e
eletricidade são consideradas perigosas e podem fazer com que o trabalhador tenha direito a receber
um adicional por desenvolver suas atividades em tais ambientes.
Uma observação importante é que o trabalhador poderá optar pelo adicional de insalubridade
ou pelo de periculosidade, ou seja, os adicionais não são cumulativos.
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8.3.2.1) A NR-16 (Atividades e Operações Perigosas)
8.3.2.1) Eletricidade
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Este mesmo Decreto estabelece um quadro de atividades e áreas de risco consideradas
perigosas.
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