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a) Bocas-de-lobo
Dispositivos localizados em pontos convenientes, nas sarjetas, para captação
das águas pluviais;
d) Galeria
Canalizações públicas usadas para conduzir as águas pluviais provenientes das
bocas de lobo e das ligações privadas;
e) Meios-fios
indicações sobre o nível de água máxima do rio que irá receber o lançamento
final;
Poços de Visita
As galerias pluviais devem ser projetadas para funcionarem a seção plena com a
vazão de projeto. A velocidade máxima admissível determina-se em função do
material a ser empregado na rede. Para tubo de concreto a velocidade máxima
admissível é de 5,0 m/s e a velocidade mínima 0,60 m/s;
≥ 1,00 [180] 2
onde:
Q - vazão escoada;
A - área da seção da sarjeta;
Rh - raio hidráulico (Am/Pm), em m;
i - declividade longitudinal da rua;
n - coeficiente de Manning que, para concreto liso pode-se adotar 0,018.
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DOS COMPONENTES
Ruas e Sarjetas
Uma vez calculada a capacidade teórica, multiplica-se o seu valor por um fator
de redução que leva em conta a possibilidade de obstrução da sarjeta de pequena
declividade por sedimentos.
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DOS COMPONENTES
Ruas e Sarjetas
Tabela - Fatores de redução de escoamento das sarjetas ( DAEE/CETESB,1980 )
Figura - Diagrama de configurações de escoamento no pavimento e na sarjeta
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DOS COMPONENTES
RUAS E SARJETAS
a) Inundação do pavimento
onde:
Q = é a descarga em m3/s;
z = é o inverso da declividade transversal;
i = é a declividade longitudinal;
y = é a profundidade junto à linha de fundo, em m;
n = é o coeficiente de rugosidade.
O nomograma da Figura a seguir, para escoamento em sarjetas triangulares,
pode ser utilizado para possíveis configurações de sarjeta e inclusive de sarjetões.
Para simplificar os cálculos, podem ser elaborados gráficos para condições
específicas de ruas. O coeficiente adotado na maioria dos casos é n=0,016.
Figura - Escoamento em regime uniforme nas sarjetas triangulares.
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DOS COMPONENTES
c) Descarga admissível na sarjeta
Ela deve ser calculada multiplicando-se a capacidade teórica pelo fator de
redução correspondente, apresentado anteriormente, ou obtido da Figura a seguir.
A água, ao se acumular sobre a boca-de-lobo com entrada pela guia, gera uma
lâmina d'água mais fina que a altura da abertura no meio-fio (y/h ≤ 1), fazendo com
que a abertura se comporte como um vertedouro de seção retangular, cuja
capacidade de engolimento é:
onde:
Q – Vazão máxima esgotada, em m3/s;
y - Altura da lâmina d'água próxima à abertura da guia, em metros; e
L - Comprimento da soleira, em metros.
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DOS COMPONENTES
Bocas-de-lobo Simples em pontos Baixos das Sarjetas
onde:
Q - Vazão, em m3/s;
h é a altura do meio-fio, em metros;
y - Altura da lâmina d'água próxima à abertura da guia, em metros; e
L - Comprimento da soleira, em metros.
A opção por uma ou outra fórmula para h < y < 2h, fica a critério do projetista.
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DOS COMPONENTES
Bocas-de-lobo Simples em pontos Intermediários das Sarjetas
Para a determinação da capacidade de esgotamento da boca-de-lobo simples
em "pontos intermediários das sarjetas" pode ser usada a seguinte equação, obtida
através de pesquisas desenvolvidas pela Universidade John Hopkins:
onde:
Q - Vazão, em m3/s;
g = aceleração da gravidade, em m/s2;
C = constante; igual a zero para boca-de-lobo sem depressão;
y = altura do fluxo na sarjeta imediatamente antes da boca-de-lobo; igual a y0
para a boca-de-lobo sem depressão;
y0 = profundidade da lâmina d'água na sarjeta, em m;
K = função do ângulo Ø, de acordo com a tabela abaixo:
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DOS COMPONENTES
Bocas-de-lobo Simples em pontos Intermediários das Sarjetas
Tabela - K em função do ângulo θ
Tg θ K
12 0,23
24 0,20
48 0,20
A equação anterior assume a forma seguinte para boca de lobo sem depressão:
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DOS COMPONENTES
Bocas-de-lobo Simples em pontos Intermediários das Sarjetas
A grelha passa a funcionar como orifício somente quando a lâmina d'água for
superior a 42 cm e entre 12 e 42 cm o funcionamento é indefinido.
A Figura ao lado reúne as duas
condições acima e os gráficos
fornecidos representam as seguintes
equações:
onde:
Q - Vazão, em m3/s;
y - Altura da lâmina d'água na sarjeta sobre a grelha, em metros; e
P - Perímetro do orifício, em metros.
Se a profundidade da lâmina for maior que 42 cm, a vazão deve ser calculada
por:
onde:
Q - Vazão, em m3/s;
y - Altura da lâmina d'água na sarjeta sobre a grelha, em metros; e
A - Área útil, em m2, ou seja, as áreas das grades devem ser excluídas.
Onde,
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DOS COMPONENTES
Bocas-de-lobo com grelha em pontos intermediários das Sarjetas
Se for adotado um valor de L menor que L' haverá um excesso de água q2 que
não será esgotado pela grelha e deve ser calculado por:
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DOS COMPONENTES
Bocas-de-lobo com grelha em pontos intermediários das Sarjetas
Por outro lado, o comprimento da grelha deverá ser maior ou igual a L para que
todo o escoamento longitudinal na sarjeta dentro da faixa W da grelha seja
esgotado. Se L for menor que L0, as águas pluviais não esgotadas ultrapassam as
grelhas. O valor de Lo é calculado por:
Figura - Bocas-de-lobo.
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DOS COMPONENTES
Eficiência de uma Boca-de-Lobo
Como a capacidade de esgotamento das bocas de lobo é menor que a calculada
devido a fatores como a obstrução causada por detritos, irregularidades nos
pavimentos das ruas junto às sarjetas e ao alinhamento real. Na Tabela abaixo são
propostos alguns coeficientes para estimar esta redução ( DAEE/ CETESB,1980 ).
DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
BOCA-DE-LOBO SIMPLES
Sem Depressão
a=0
Kc = c =0
Tgθ = tgθ0
DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
BOCA-DE-LOBO SIMPLES
Sem Depressão
DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
BOCA-DE-LOBO SIMPLES
Sem Depressão
EXEMPLOS DE CÁLCULO
Sem Depressão
Exemplo 1
Dados:
Q0 = 60 l/s
I = 3% (0,03 m/m)
n = 0,015
tg θ = 12
Determinar:
a) L para Q = 0,9Q0
b) Q para L = 2,10 m
c) Valor da vazão q que passa pela boca-de-lobo
DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
BOCA-DE-LOBO SIMPLES
Solução:
Majora-se a vazão Q0 para compensar a redução de 80% (Tabelado) da
capacidade da boca-de-lobo
Assim:
Q0 = 60/0,8 = 75 l/s
DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
BOCA-DE-LOBO SIMPLES
Solução:
DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
BOCA-DE-LOBO SIMPLES
Solução:
Dados:
Q0 = 28 l/s
I = 3% (0,03 m/m)
n = 0,016
tg θ = 24
Determinar:
a) L para 100%;
b) L para 90%, e;
c) L para 80% de esgotamento
DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
BOCA-DE-LOBO SIMPLES
Solução:
Majora-se a vazão Q0 para compensar a redução de 80% (Tabelado) da
capacidade da boca-de-lobo
Assim:
Q0 = 28/0,8 = 35 l/s
DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
BOCA-DE-LOBO SIMPLES
Solução:
a) para 100% de esgotamento Q0 = 35 l/s
Com Depressão
Com Depressão
DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
BOCA-DE-LOBO SIMPLES
Com Depressão
Cálculo de Kc
DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
BOCA-DE-LOBO SIMPLES
Com Depressão
aǂ0
L1 = 10 a
w = 8 a
K = 0,23
DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
BOCA-DE-LOBO SIMPLES
Exemplo 3
Com Depressão
Dados:
Q0 = 56 l/s
I = 2,25% (0,0225 m/m)
n = 0,015
tg θ0 = 12
Determinar:
Assim:
Q0 = 56/0,8 = 70 l/s
Adotou-se: a = 7,5 cm
DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
BOCA-DE-LOBO SIMPLES (com depressão)
Solução:
Cálculo de y e y0
Izzard:
Como y = y0 + a
Izzard:
DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
BOCA-DE-LOBO SIMPLES (com depressão)
Solução: Cálculo do número de Froude F
DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
BOCA-DE-LOBO SIMPLES (com depressão)
Cálculo de M
DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
BOCA-DE-LOBO SIMPLES (com depressão)
Cálculo de Kc
DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
BOCA-DE-LOBO SIMPLES (com depressão)
Cálculo de Q:L
DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
BOCA-DE-LOBO SIMPLES (com depressão)
Cálculo de Q:L
Ou
DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
BOCA-DE-LOBO COM GRELHA
Ou, de outra forma, para se determinar w para captar toda a água que passe por
fora e sobre a grelha, atribuindo-se previamente um valor para L, w pode ser calculado
pela expressão:
Sendo
Passo 1:
Cálculo de w0
DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
BOCA-DE-LOBO COM GRELHA
Exemplo 6
tem-se:
DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
BOCA-DE-LOBO COM GRELHA
Exemplo 6
Como
e
DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
BOCA-DE-LOBO COM GRELHA
Exemplo 6
O remanso deverá ser levado em conta para áreas baixas, principalmente para
aquelas próximas ao deságüe da tubulação, e que possivelmente seriam afetadas
pela variação do nível de algum curso de água de ordem superior.
DIMENSIONAMENTO DE GALERIAS
CONSIDERAÇÕES:
PV2
PV3
PV4
PV6 PV5
DIMENSIONAMENTO DE GALERIAS
O PASSO-A-PASSO DOS CÁLCULOS:
LEVANTAMENTO DE DADOS DOS PONTOS DE ANÁLISE:
PONTO COTA (m) DISTÂNCIAS (m) I rua (%)
X 778,03 0,0 ----
D 777,40 125 0,5
PV 6 773,10 105 4,0
PV 5 767,30 100 5,8
PV 4 763,00 109 3,9
PV 3 762,80 112 0,15
PV 2 759,60 107 3,0
PV 1 755,50 92 4,4
LANC 752,50 12 ----
DIMENSIONAMENTO DE GALERIAS
O PASSO-A-PASSO DOS CÁLCULOS:
TRECHO X-D:
Cáculos efetuados de montante para jusante, ao longo das Avenidas A e X;
Observação: o procedimento de lançar a rede de galerias ao longo das
avenidas faz com que a proteção das mesmas sejam priorizadas;
Primeiro ponto de análise: Cruzamento Rua D e Avenida X (Ponto X-D);
Deseja-se determinar o tempo de concentração para as sub-bacias 1 e 2
para que se possa aplicar uma chuva cuja duração seja igual ao tempo de
concentraçã no ponto considerado;;
O tempo de concentração relativo ao ponto X-D possui duas parcelas:
Q = Q1 – Q2 + Q3
n= 0,016
Y= 0,123
Z1= 20
Y’= 0,083 m
Z2= 66,67
Observe que a equação acima permite o càlculo para qualquer declividade
das avenidas.
DIMENSIONAMENTO DE GALERIAS
O PASSO-A-PASSO DOS CÁLCULOS:
TRECHO X-D:
Assim:
i= 5%
F= 0,70
Q = 156 l/s
V= 0,58 m/s
DIMENSIONAMENTO DE GALERIAS
O PASSO-A-PASSO DOS CÁLCULOS:
TRECHO X-D:
Tps = 125/(0,58*60)
I = 1,72 mm/min
DIMENSIONAMENTO DE GALERIAS
O PASSO-A-PASSO DOS CÁLCULOS:
TRECHO X-D:
A vazão referente às sub-bacias (1) e (2) será de:
Q = 120 l/s
Considerações: Como pode-se observar a vazão de 120 l/s é inferior a
capacidade de escoamento da sarjeta (156 l/s);
Vale lembrar que a maior parcela escoa pelo lado direito da avenida
proveniente da sub-bacia (1) e equivale a 66 l/s.
O valor de Y para 66 l/s (por tentativa e erro) é 8,5 cm e V= 0,63 m/s
Poder-se-ia calcular o novo valor de Tc, mas afetaria pouco as vazões.
DIMENSIONAMENTO DE GALERIAS
O PASSO-A-PASSO DOS CÁLCULOS:
TRECHO X-C:
A sequencia de calculos é a mesma:
I = 1,67 mm/min
DIMENSIONAMENTO DE GALERIAS
O PASSO-A-PASSO DOS CÁLCULOS:
TRECHO X-C:
A vazão referente às sub-bacias (1), (2), (3) e (4) será de:
n=0,013; D = 295 mm
Considerando: Q = 223 l/s Dcomercial = 300 mm
I = 5,8%
O tempo de percurso nesse trecho de galeria será:
tpg = 100/(2,8*60); dg = 100 m (Extraído do mapa)
Dados do trecho:
Vmax => Rmax = 0,83 => Q/Q0 = 1,0; V/V0= 1,14; R/R0 = 1,22
V2/2g = 0,72 m
A0 = π * D2 / 4 = π * (0,40)2 / 4 = 0,1257 m2
R0 = D / 4 = 0,40 / 4 = 0,100 m
V2/2g = 0,65 m
A0 = π * D2 / 4 = π * (0,60)2 / 4 = 0,2827 m2
R0 = D / 4 = 0,60 / 4 = 0,150 m
V2/2g = 0,21 m
DIMENSIONAMENTO DE GALERIAS
PROJETO HIDRÁULICO DO SISTEMA DE GALERIAS
VERIFICAÇÃO DAS LINHAS DE ENERGIA:
TRECHO PV4 – PV3
Análise das LE junto ao PV4 é:
A0 = π * D2 / 4 = π * (0,70)2 / 4 = 0,3848 m2
R0 = D / 4 = 0,70 / 4 = 0,175 m
V2/2g = 1,07 m
DIMENSIONAMENTO DE GALERIAS
PROJETO HIDRÁULICO DO SISTEMA DE GALERIAS
VERIFICAÇÃO DAS LINHAS DE ENERGIA:
TRECHO PV4 – PV3
Análise das LE junto ao PV3 é:
h – dh > 1 + D + e
OBSERVAÇÒES IMPORTANTES:
A MÁXIMA VAZÃO OCORRE PARA RELAÇÃO y/D = 0,93 (7% > QPLENO),
PORÉM O REGIME DE ESCOAMENTO É INSTÁVEL. SENDO ASSIM, DEVE
SER EVITADO.