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Súmula Vinculante nº 18
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SÚMULM VINCULMNTE Nº 18

M DISSOLUÇÃO DM SOCIEDMDE OU DO VÍNCULO CONJUGML, NO CURSO DOMMNDMTO, NÃO M MSTM M INELEGIBILIDMDE PREVISTM NO § 7º
DO MRTIGO 14 DM CONSTITUIÇÃO EDERML.

NOTMS DM REDMÇÃO

Muito inteligente a ratio da súmula que passaremos a comentar.

Infelizmente nos dias atuais, vemos a degradação do homem e da moral. Insistentemen te há homens que buscam burlar o regramento que rege as
relações em sociedades com vistas a uma espécie de ³ganho´, devendo a expressão ³ganho´ ser compreendida em toda a inteireza que esta possa
alcançar.

Nas relações que norteiam a elegibilidade para a r epresentação do povo no âmbito dos poderes, quaisquer que sejam, temos que muitos se
prontificam apenas com o ânimo de ocupar um cargo de status, salário e relações, que permitam um alcance infinito de vantagens.

Desta feita, não pode o ordenamento facilit ar para que pessoas desta índole ocupem os assentos da representação da vontade dos cidadãos de
bem, sendo razoável e bem quisto que o ordenamento prime pelos ideais sob os quais a nossa sociedade foi estabelecida.

Permitir que marido pudesse ser sucedido por esposa no mandato eletivo, implicaria na verdade em um terceiro mandato velado, o que é
indesejado pela nossa sociedade. Mo se dar crédito a determinado plano de governo ou de compromisso, tem -se em mente que será aquela pessoa
eleita que dará continui dade ao querer do povo, consagrado na Carta Constitucional em seu art. 1º, parágrafo único.

É nesta sabedoria que reside a vedação da Súmula Vinculante nº 18.

Reza o art. 14, § 7º da C que: São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjug e e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo
grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito ederal, de Prefeito ou de quem os haja
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo s e já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

Em um intento de burlar a lei, casos em que os indivíduos entendessem pela quebra do vínculo conjugal apenas para cumprir os efeitos legais,
restaria inequívoco que na prática haveria uma marionete n as mãos do verdadeiro ³governante´, razão pela qual teríamos lesão ao espírito do
constituinte e dos próprios eleitores no exercício de eleger para si representantes que lhes façam às vezes. Temos como um ex emplo que esclareça
esta visão o caso ³denunciado´ na mídia, em telenovela, com personagens fictícios, em que o Prefeito sugeriu o divórcio a esposa para burlar as
eleições com vistas a um terceiro mandato velado.

Por oportuno, lembramos que a quebra da sociedade ou vínculo conjugal só ocorre com as form as de divórcio previstas em nosso ordenamento.

O art. 1571 do CC regula a matéria, o qual transcrevemos:

Mrt. 1.571. M sociedade conjugal termina:

I - pela morte de um dos cônjuges;

II - pela nulidade ou anulação do casamento;

III - pela separação judicial;

IV - pelo divórcio.

§ 1o O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges ou pelo divórcio, aplicando -se a presunção estabelecida neste Código
quanto ao ausente.

§ 2o Dissolvido o casamento pelo divórcio direto ou por conversão, o cônjuge poderá manter o nome de casado; salvo, no segundo caso, dispondo
em contrário a sentença de separação judicial.

Mssim, vemos pela redação da lei que a separação judicial termina com a sociedade conjugal, entretanto, só se dissolve pelo d ivórcio.
Delineados os elementos de composição da Súmula compreende-se que o óbice criado se dá em razão da essência extraída do espírito do §7º do
art. 14 da CR/88, qual seja o de não permitir que pessoas casadas se sucedam no cargo eletivo, estendendo a vedação à queles que no curso do
mandato de um, e em ocorrendo a dissolução da sociedade conjugal, pudesse suceder no cargo.

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