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Título do Verbete: Andressa P Constanti publica "Superquadra"

Abreviação: Superquadra, Andressa P Constanti


Nome do Arquivo 2018_br_superquadra.doc
Citado por: TAFURI, Manfredo. Teorias e história da arquitectura. 2. ed. Lisboa: Presença, 1988.

Ano: 2018
País/ região: Brasil
Categoria: Publicação
Marcador : Superquadra, Brasília

Colaborador (a): Andressa Pinheiro Constanti (UnB)

Apresentação Superquadra é uma área quadrangular de normalmente 280x280 metros que possui um único
Comentário acesso automobilístico, abriga edifícios residenciais sobre pilotis, os quais possibilitam livre
circulação no pavimente térreo, permeabilidade para os pedestres e amplia os lugares
públicos.
Os edifícios residenciais, além de possuir necessariamente pilotis, são alongados, com
empenas laterais cegas, e seu gabarito máximo é de seis pavimentos. A presença de cobogós
é característico das superquadras, e a arborização está presente em todo o seu contorno.
O projeto do Parque Guinle, Concepção do arquiteto Lúcio Costa de 1948, para o Rio de
Janeiro, é considerado a primeira proposta do que seria uma superquadra. O conjunto
habitacional apresenta boa parte dos elementos característicos das superquadras de
Brasília.
Na proposta para a nova capital Brasília, a superquadra foi apresentada como uma solução à
questão residencial, como mencionado no Relatório do Plano Piloto de Brasília. No Planalto
Central as superquadras foram assentadas ao longo do Eixo Residencial.
A nomenclatura é estabelecida conforme a disposição em relação aos Eixos Rodoviários e
Monumental. Variando entre a Asa Sul e Asa Norte (SQS E SQN), a numeração é 02 à 16 no
sentido norte/sul, e 100 a 400 no sentido leste/oeste. São cento e vinte superquadras no
total.
As projeções dos edifícios são em sua maioria retangulares , embora acham-se projeções em
configurações quadradas e em formato de H. O mesmo percebe-se em relação ao número de
pavimentos que na maioria seguem a altura máxima do gabarito de seis pavimenentos,
embora nas superquadras 400 possuem edifícios de três pavimentos.
Pelo Relatório do Plano Piloto de Brasília, para atender quatro superquadras encontrar-se-
iam uma igreja, escola, cinema e um tipo de praça arborizada. O que caracterizaria uma
Unidade de Vizinhança representando um bairro, um conjunto, onde a assistência estaria
convizinho. Essas unidade não foram estabelecidas na maioria das entequadras, com a
ressalva das quadras consideradas as mais próximas da idéia original, as superquadras
modelo, as SQS 107, 108, 307 e 308.

Fonte(s):

CAMPOS, Bruno. As Superquadras de Brasília. Site: http://brasiliaconcreta.com.br/as-


superquadras-de-brasilia/ .Acesso em 8 de out. De 2018.

Superintendência do Iphan no Distrito Federal. Superquadra de Brasília, preservando um


lugar de viver.Brasília, 2015.

Colaborador (a): Andressa Pinheiro Constanti (UnB)

Apresentação Andressa Pinheiro Constanto, 2018:


Citação 01

(português) “A proposta de Brasília mudou a imagem de ‘morar em apartamento’, e isto porque morar
em apartamento na superquadra significa dispor de chão livre e gramados generosos

1
contíguos à “casa”, numa escala que um lote individual normal não tem possibilidade de
oferecer.”

Fonte(s): LUCIO COSTA, em Brasília revisitada, 1985-1987: complementação, preservação,


adensamento e expansão urbana (1989).

Colaborador: Andressa Pinheiro Constanti

Apresentação Carlos Madson Reis, 2015:


Citação 02
“A superquadra é a mais importante contribuição de Brasília à história do urbanismo
(português)
mundial. Lucio Costa, ao romper com a estrutura do quarteirão convencional, abrindo-o e
transformando-o em um amplo bosque entremeado por blocos residenciais multifamiliares,
de até seis pavimentos em pilotis livres, liberando o chão para uso público indistinto,
concebeu uma nova maneira de morar em área urbana, estruturada no que ele denominou
de escala residencial ou cotidiana. Essa proposta, passados 56 anos, não só foi assimilada e
valorizada pela população, como se tornou um componente urbanístico indissociável da
cidade. Falar em superquadra é falar de Brasília."

“O espaço urbano de Brasília apresenta outros componentes de inigualável simbologia para


o urbanismo mundial, peculiaridade que a distingue das demais cidades e justifica sua
inscrição na lista do Patrimônio Mundial. No entanto, é na superquadra que a cidade
esquece seu papel de capital do país e símbolo mundial da arquitetura moderna e revela seu
lado citadino. É aqui, neste ambiente intimista e bucólico, que aflora no brasiliense o
sentido de pertencimento a um lugar e a uma comunidade. É no cotidiano da superquadra,
na relação de vizinhança de seus moradores, que ele tem a certeza de que Brasília não é
apenas o ente abstrato titulado a capital de todos os brasileiros e Patrimônio Cultural da
Humanidade, mas sim uma cidade concreta e humana. E que, à semelhança das demais
cidades do mundo, tem uma comunidade com símbolos, valores e expressões próprias, e que
ele é um de seus integrantes, com direitos e deveres sobre os destinos dessa coletividade.
Inclusive, no que tange ao seu espaço”

Fonte(s): Superintendência do Iphan no Distrito Federal. Superquadra de Brasília,


preservando um lugar de viver.Brasília, 2015.

Colaborador: Andressa Pinheiro Constanti

Apresentação Superintendência do Iphan no Distrito Federal ,2015:


Citação 04

(português) "Entre os elementos urbanísticos mais notáveis da cidade planejada para ser a Capital da
República está a superquadra. Sua concepção, conforme seu autor, o urbanista Lucio Costa,
dizia respeito à reaproximação do habitante com o seu lugar de morada, reconectando
aspectos bucólicos às edificações a partir de uma relação do ambiente construído com os
espaços circundantes, livres e arborizados, nos quais o morador se veria em condições de
desfrutar simultaneamente das qualidades da cidade e do campo. A relativa separação das
funções do habitar dos demais fluxos urbanos, livraria as áreas residenciais das densidades e
pressões mais intensas e indesejáveis da vida urbana, que estariam concentradas nos
cruzamentos dos dois grandes eixos que conformam a cidade: o Monumental e o Rodoviário.
Nessa proposição urbanística, a intenção era de que o uso integrado do espaço favorecesse
o encontro cotidiano entre as pessoas, tanto dos próprios moradores quanto de localidades
vizinhas, que utilizariam a cidade como ela foi proposta: uma cidade-parque. A composição

2
de cada superquadra se daria como a de um pátio interno, rodeado de árvores, cheio de
sombra, onde mesmo os moradores dos pavimentos mais altos, poderiam ter contato com
crianças brincando nas áreas verdes ou parquinhos, como posteriormente concluiu o seu
autor: Creio que houve sabedoria nessa concepção: todos os prédios soltos do chão sobre
pilotis, no gabarito médio das cidades europeias tradicionais – antes do elevador –,
harmoniosas, humanas, tudo relacionado com a vida cotidiana; as crianças brincando à
vontade ao alcance do chamado das mães... (Costa, 1995) Toda a área poderia ser
apropriada como um imenso quintal, compartilhado por todos. O uso comunitário seria a
tônica dominante da convivência urbana. Esse conceito de uso coletivo do espaço vai além
das áreas externas das edificações. Passa também pelo espaço dos próprios blocos
residenciais, que foram erguidos sobre pilotis, permitindo a livre circulação de pessoas em
qualquer direção. O uso generalizado do chão sem impedimentos se relaciona com o
“direito de ir e vir”, garantia constitucional que deve ser assegurada por todos. O uso
cotidiano e indistinto da cidade é que, de fato, preencheria os espaços da cidade-
patrimônio, reforçando o sentimento de cidadania. Assim, ao percorrermos as superquadras
do Plano Piloto, surpresas surgirão aos poucos. Arrisca-se a dizer que se tratam de
fragmentos de cidades dentro de uma cidade maior, que é Brasília. São vários desenhos
urbanos, vários padrões de edifícios, vários tipos de vegetação, diferentes equipamentos
etc... Algumas têm parquinhos definidos, outras apenas gramados e jardins bem cuidados.
Algumas com comércio intenso, outras mais discretas. Algumas repletas de crianças, outras
com moradores mais idosos. Algumas com hortas comunitárias, outras com disputadas
quadras de esportes. Algumas com comércios tradicionais e especializados, outras nem
tanto; algumas têm igrejas tradicionais em outras as igrejas são de cultos mais recentes.
Enfim, usos e apropriações do espaço, apresentando uma variedade urbana, embora
guardem semelhanças urbanísticas muito perceptíveis."

Fonte(s):

Superintendência do Iphan no Distrito Federal. Superquadra de Brasília, preservando um


lugar de viver.Brasília, 2015.

Colaborador: Andressa Pinheiro Constanti

Apresentação
Imagem 01

Legenda em português: Parque Guinle.

Fonte(s): ACERVO LUCIO, disponível em: http://www.jobim.org/lucio/handle/2010.3/107

3
Apresentação
Imagem 02

L
egenda em português: Planta esquemática de Superquadras, croquis de Lucio Costa

Fonte(s): ARQUIVO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL. disponível em:


http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/10.038/3280/it?page=2

Documentos
Doc.01

Textos Críticos
Citação 01

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Debates

Biografia 01

(portugês)

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