O conhecimento de alguns fenômenos elétricos existe desde a Antigüidade. O filósofo
grego Thales de Mileto (séc.VI a.C), por exemplo, observou que quando se atritava um pedaço de âmbar com uma pele de animal ele adquiria uma propriedade diferente, passando a atrair corpos leves como pedaços de palha, pelos de animais,... Pouco se descobriu, além disso, durante os 2000 anos seguintes. Em 1600, William Gilbert publica um livro em que retoma os estudos sobre eletricidade. Ele observou que vários outros corpos se comportavam como o âmbar quando atritados. A palavra grega correspondente a âmbar é eléktron . Assim, Gilbert usou o termo eletrizado para os corpos que passavam a apresentar a mesma propriedade do âmbar. No século XVIII, o francês Charles François Du Fay mostrou a existência de dois tipos de força elétrica: uma de atração, já conhecida, e outra de repulsão. Continuando seus estudos, foi Benjamin Franklin quem atribuiu sinais - positivo e negativo - para distinguir os dois tipos de carga. Nessa época também, já haviam sido reconhecidas duas classes de materiais: isolantes e condutores. Foi Benjamin Franklin quem demonstrou, pela primeira vez, que o relâmpago é um fenômeno elétrico, com sua famosa experiência com uma pipa (papagaio). Ao empinar a pipa num dia de tempestade (não tente fazer isso), conseguiu obter efeitos elétricos através da linha e percebeu, então, que o relâmpago resultava do desequilíbrio elétrico entre a nuvem e o solo. A partir dessa experiência, Franklin produziu o primeiro pára-raios. Modernamente sabemos que todas as substâncias podem ser eletrizadas, o que nos faz concluir que essa propriedade está relacionada com a matéria. Somente com o avanço da teoria atômica, por volta de 1900, é que a eletrização pode ser finalmente entendida. Sabemos que as partículas constituintes da matéria são os prótons, nêutrons e elétrons. Somente os prótons e elétrons possuem carga elétrica; o nêutron é neutro. O elétron possui carga elétrica negativa e o próton possui carga elétrica positiva. Um corpo está neutro (não eletrizado) quando possui o mesmo número de prótons e elétrons. Ao atritarmos dois corpos, ocorre uma transferência de elétrons de um corpo para o outro. Aquele que perde elétrons fica eletrizado positivamente e aquele que recebe elétrons foca carregado negativamente.
Resumindo: Carga elétrica é uma propriedade característica das partículas que
constituem as substâncias (prótons e elétrons) e que se manifesta pela presença de forças de atração entre prótons e elétrons e de repulsão entre prótons entre si e elétrons entre si. No Sistema Internacional de Unidades, a carga elétrica é medida em coulomb (C). Na natureza, a carga elétrica não pode ser obtida em qualquer quantidade, visto que ela é quantizada, ou seja, só existe em múltiplos de um valor elementar. A carga elétrica elementar, representada por e, vale 1,6 . 10-19C. O valor da carga elétrica do próton é e; a do elétron vale – e.
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1) O que observou o filósofo grego Thales de Mileto?
2) O que mostrou o francês Charles François? 3) Quem atribuiu os sinais de negativo e positivo? E o que ele demonstrou? 4) Como ele fez a demonstração da pipa? 5) Quais as partículas da matéria e que cargas elas possuem? 6) O que é carga elétrica? 7) Como é medida a carga elétrica? 8) Qual é o valor da carga elementar?