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Brincar e o Desenvolvimento Psíquico Da Criança Franciela Führ PDF
Brincar e o Desenvolvimento Psíquico Da Criança Franciela Führ PDF
FRANCIELA FÜHR
2014
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FRANCIELA FÜHR
SANTA ROSA(RS)
2014
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EPIGRÁFE
BRINCADEIRAS DE CRIANÇA
Moses Adam
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Franciela Führ
Orientadora: Silvia C. S. Colombo
RESUMO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................6
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................31
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INTRODUÇÃO
O brincar, de forma geral, é algo feito pela criança ou adulto para se divertir.
Porém, procurando no dicionário LAROUSSE o significado dessa palavra,
encontramos muitas formas de definir o brincar, como há também a palavra
brincadeira que deriva da palavra brincar.
O brinquedo podia ser único, porque seu avô o havia feito, ou sua mãe havia
costurado. Então, esse brinquedo se tornava especial, pelo fato de que se
estragasse não tinha como comprar outro igual, e sim teria que fazer outro, mas
poderia esse não sair igual ao que tinha sido feito antes. Assim , quando alguém
dava um brinquedo, esse era único, exclusivo, pois a pessoa o havia feito com suas
próprias mãos, fazendo com que o brinquedo tivesse significado especial para quem
o fez e quem o recebeu.
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Segundo JERUSALINSKY:
―É claro que um objeto que se dá, como esse pequeno brinquedo, pode não
ser meramente um objeto. E pelo fato de qualquer objeto ser significante para
quem recebe e significativo para quem o dá, um objeto pode não ser
simplesmente o que é. Assim, uma bicicleta pode ser um ‗sonho‘, como uma
flor pode ser um gesto, tanto quanto um ursinho de pelúcia pode ser um
companheiro de jogos ou um computador pode ser uma promessa de
sucesso. É claro que um objeto que se dá passa a ser ‗outra coisa‘
dependendo do que ele signifique para a pessoa que o recebe. O objeto
recebido também depende, na sua significação, de quem o enviou.‖
(JERUSALINSKY, 1999, pg,15)
―Essa marca per se situa o simbólico no real, isto é, fora de uma cadeia
significante, já que captura o brinquedo simplesmente na repetição, na sua
reprodução idêntica. Mas além desta marca, o brinquedo tem outra: os
brinquedos têm a marca da ciência, isto é, a marca de um saber que não é
paterno. A marca de um saber que é capaz de estandardizar os brinquedos,
os objetos, até o infinito, e outorgar-lhes uma eficácia maiúscula no
preenchimento da satisfação.‖ (JERUSALYNKY, 1999. p. 21).
Então o self seria a construção do eu, que a criança faz quando está se
desenvolvendo, onde ela vai se conhecendo e, também, através dos estímulos que
seus pais lhe dão. O self é um conteúdo do aparelho psíquico, o Id, Ego e Superego,
pois a construção do narcisismo é através do self, ele que representa o sujeito e,
assim, nos constituímos. O nosso self é resultado do self dos nossos pais, que seria
o nosso núcleo da personalidade.
Esse self utiliza objetos externos para nos desenvolver, como os pais, têm a
função de idealizar a criança, mostrando como as coisas acontecem, pois quando a
criança ainda é pequena, não sabe distinguir algumas coisas, por isso que a mãe dá
significados para o que seu filho faz.
Quando a criança nasce, ela encontra toda uma organização, uma cultura,
que ela terá que internalizar, pois isso vai fazer parte, da sua constituição psíquica.
Esta implica numa construção que ela dará sentindo à experiência da própria
existência, das relações sociais que ela estabelecerá.
O corpo da criança vai ao encontro dessa cultura, onde esse Outro, já tem
prescrito o que deseja para o bebê. Esse Outro, em que a primeira letra é maiúscula,
quer nós remeter ao que Lacan coloca sobre essa pessoa que tem grande
significado para a criança. Pois as palavras que esse traz para a criança são de
grande importância, é através delas que a criança vai se ver a no outro. A criança é
incluída nesse discurso que precede sua existência. Ela é inserida no contexto para
se desenvolver.
Todos esses cuidados que a mãe dá para seu filho são cuidados básicos que
uma criança necessita como, por exemplo, amamentar, trocar fraldas, dar comida,
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entre outros, estabelecendo desse modo uma relação afetiva, o diálogo, o olhar, o
tocar, o colo, tudo isso permite a sobrevivência física e psíquica da criança.
Quando a mãe cuida de seu bebê como, por exemplo, quando troca a fralda,
ela pode brincar, conversar e explicar as partes do corpo da criança, assim ela vai
se desenvolvendo com o que a mãe vai falando. Outro momento importante para o
desenvolvimento da criança é quando a mãe está amamentando seu filho. Nesse
momento, ela deve olhar para seu filho, mostrar o quanto ele é importante para ela,
acariciando-o, conversando, vivendo esse momento, pois a criança quando está
mamando brinca com o seio de sua mãe, porque entende que o seio faz parte dela.
A criança necessita sentir o aconchego que a mãe dá quando está amamentando,
pois ela lhe é importante. As duas têm desejos e anseios.
Para a criança conseguir se constituir será preciso que surja a falta da mãe,
para assim aparecer o seu ―eu‖. Isso acontecerá através do ―For-da‖, que é um
conceito trazido por Freud, onde a criança trabalha a perda e o retorno de sua mãe
para si.
Esse jogo foi apresentado por Freud (1920), onde ele relata uma experiência
em que a criança jogava o carretel e logo após o puxava novamente, ela fazia isso
muitas vezes. Mas isso acontecia quando a sua mãe saía de casa. Freud percebeu
que a criança quando jogava o carretel falava ―for‖ e quando trazia de volta dizia
―aaa‖, então Freud concluiu que quando a criança jogava o carretel ela dizia fora e
quando o trazia de volta dizia veio, então formou a palavra ―For-da‖.
Esse jogo também é uma brincadeira em que a mãe vai trabalhando a falta. O
jogo consiste em a mãe colocar um pano em frente ao seu rosto e dizer ―onde está o
bebê da mamãe?‖, logo após baixar o pano e dizer ―achei!‖, assim fazendo com que
a criança perceba que a mãe vai embora, mas volta.
No momento que a criança brinca, ela está desenvolvendo várias áreas, mas
também desenvolvendo seu lado psíquico, pois vai vivenciar muitas experiências e
terá que lidar com cada uma delas. Nielsen e Schöffer(2014) relatam que o brincar
também é a forma que as crianças utilizam para expressar seus sentimentos, pois é
através do brincar que ela expressa suas emoções. O brincar é uma das formas de
canalizar as angústias, afetos e conflitos que a criança terá que trabalhar. As
crianças repetem algumas vezes essas angústias, afetos e conflitos, para conseguir
elaborar a melhor forma de solucionar o problema. As referidas autoras, concluem
que o brincar é uma ferramenta de comunicação e interação entre quem brinca e o
meio em que vive, pois o brincar é fundamental para o desenvolvimento da criança.
Para JERUSALINSKY:
O brincar de cair e não cair é também perder e não perder a mãe, onde a
criança testa o limite de seus pais e como trabalharia esse limite que eles lhe
impõem, pois a criança tem que aprender a lidar com o ―não‖ que seus pais vão lhe
dizendo durante seu crescimento e desenvolvimento.
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O autor acima mencionado destaca que a criança, quando brinca, coloca para
fora seu ódio e suas agressões, mas também relata que essas agressões não são
coisas das quais podem livrar-se, pois elas fazem parte do sujeito.
WINNICOTT(1985, pág.161) completa que “verdade em parte, porque o
ressentimento recalcado e os resultados de experiências coléricas podem ser
encarados pela criança como uma coisa má dentro dela.” Porque essas vivências
que a criança passa em seu meio, influência na forma que ela brinca e como vê as
coisas ao seu redor. Quando ela vivencia um ambiente bom, consegue tolerar esses
sentimentos de agressividade, onde ela colocará na brincadeira de forma mais
aceitável.
WINNICOTT destaca:
―Conquanto seja fácil perceber que as crianças brincam por prazer, é muito
mais difícil para as pessoas verem que as crianças brincam para dominar
angustias, controlar ideias ou impulsos que conduzem á angustia se não
forem dominados.‖ (WINNICOTT, 1985, pág. 162)
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Essa angústia está presente muitas vezes nas brincadeiras das crianças. Ela
expressa como está se sentindo em relação a alguma coisa que está acontecendo
consigo, ao seu redor. A angústia, segundo WINNICOTT(1985), é um fator
importante na brincadeira infantil. Ela é trazida pela criança de várias formas,
quando a brincadeira fica compulsiva, repetitiva, exagerada, fazendo com que assim
surja uma procura incessante por uma gratificação sensual.
Quando a criança nasce ela começa a brincar sozinha ou com sua mãe, mas
quando cresce começa a se relacionar com outras crianças, fazendo com que se
ajuste ao que os outros também querem e é através do brincar que ela começa a
manter relações de amizade e de inimizades, pois os que não pensam como ela
serão seus inimigos.
Outro autor que também escreve sobre o brincar é Ricardo Rodulfo (1990),
em seu livro ―O Brincar e o Significante – um estudo psicanalítico sobre a
constituição precoce‖. Nesta obra ele traz algumas teses sobre o brincar, que
descrevemos sintetisadamente a seguir:
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dia, ela não precisa de algum objeto específico para conseguir se desenvolver, tudo
que ela passa no seu cotidiano ajuda no seu desenvolvimento.
Nessa brincadeira trabalha-se o ―For-da‖ de Freud, onde ele diz que a criança
trabalha a perda de sua mãe e o retorno dela para si. Inconscientemente trabalha a
perda da mãe e o surgimento dela para que assim, quando for, um exemplo, para a
escola conseguirá se desprender mais fácil da mãe, pois saberá que ela voltará mais
tarde.
Segundo JERUSALINSKY:
Por isso ABERASTURY(1992, pág 13) coloca que Freud “ensinava que uma
criança brinca não somente para repetir situações satisfatórias, mas também para
elaborar as que lhe foram traumáticas e dolorosas.” Porque no momento que a
criança brinca, ela traz o que lhe causou angústia ou trauma.
―O ludo permite á criança simbolizar uma prisão inicial, cuja saída para o
mundo depende da sorte: o dado. Uma vez que saiu de sua guarita, percorre
um caminho saltando obstáculos ou recebendo vantagens. Este caminho é o
símbolo do que percorrerá na vida até chegar ao sucesso ou ao fracasso. Só
poderá decidir se utilizará suas quatro fichas desde o principio, ou se
economizará alguma para uma possível estratégia final. Desse modo o ludo
simboliza para a criança o manejo de suas forças nesta luta de adaptação e
conquista do mundo.‖ (ABERASTURY, 1992, pág.70)
Esse jogo é de sorte, mas também trabalha na criança a perda, porque ela
pode estar ganhando, mas se seu colega consegue um número maior, passa a sua
frente e ganha. Causando assim frustração, porque ela estava ganhado e agora
perdeu. Isso acontece na vida cotidiana da criança, onde ela vai passar muitas
situações em que perderá e terá que lidar com esses sentimentos.
É no brincar que a criança coloca toda sua imaginação, onde ela tem o
espaço para ser e fazer o que quiser, sem um adulto para dizer que aquilo é
impossível. Encontramos na reportagem de CORSO, no jornal Zero Hora, de 12 de
outubro de 2014, um relato sobre o brincar de faz de conta, tanto para meninos,
quanto para meninas.
―Brincar serve para fazer de conta que o futuro chegou ou que temos
superpoderes. É um contraponto providencial para quando somos pura
promessa e nos sentimos frágeis e desamparados. As fantasias com as quais
se brinca são a projeção de um ideal que a criança pode vestir de mentirinha.
Pode-se fazer de conta que se é grande, mas também pode-se dispor de
raios fulminantes, palácios suntuosos, animais mágicos, voar e fazer viagens
intergalácticas, lutar contra monstros, morres e acordar, tudo isso com a
simples ajuda de objetos inertes e imaginação.‖(CORSO,2014, pág37)
―No jogo, a criança reinventa o mundo, cria suas próprias regras, brinca com
a linguagem, muitas vezes construindo associações inusitadas e achando
sentidos inesperados.
O brincar é, portanto, algo sério, e sabemos que a criança se dedica a essa
atividade com muita energia.‖ (SOUZA e ENDO, 2009, pág. 65)
Podemos ver na citação acima que Freud quer mostrar como a criança dá
significado para o brincar, e como isso deve fazer parte do seu cotidiano, pois é no
brincar que ela está criando seu mundo, e é nesse mundo que ela associa o que
aprende com as pessoas que a rodeiam. Nesse brincar ela, utiliza, às vezes, alguns
objetos que poderíamos chamar de brinquedos, pois são objetos que a criança
utiliza para brincar.
Esse brinquedo é um símbolo que a criança imagina ser algo para a sua
brincadeira. Como exemplo, com um cabo de vassoura a criança pode imaginar um
cavalo, onde esse cavalo irá cavalgar, pular, galopar, cair, levantar, relinchar e
correr. Mas, se a imaginação, estiver presente nessa criança, ela irá até pensar que
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esse cavalo pode voar, morder, falar, morrer, lutar, entre outras coisas. Só que isso
acontecerá se ela tiver vivências com outras crianças, que imaginarão junto com ela
todas essas coisas e muitos lugares para onde eles poderão viajar, com seu cavalo
de pau imaginário. LEVIN traz que:
Segundo LEVIN:
―[...] para começar é preciso criar uma família que recebe uma quantia de
dinheiro para comprar uma casa, moveis, aparelhos, ect. O jogo permite
escolher o aspecto físico e a personalidade de cada membro da família, além
do sexo e identidade sexual, idade, quantidade de personagens e outras
características.‖ (LEVIN, 2007, pág. 77)
Tudo isso a criança faz no início do jogo, depois quando começa a jogar, tem
que ir trabalhar para conseguir mais dinheiro e pagar suas contas, como por
exemplo, pagar o que comeu, serviços que utilizou. Se tiver criança, essa tem que ir
à escola. O jogo é todo controlado pelo jogador, onde ele tem autonomia de fazer o
que quiser com os seus personagens, mas eles pedem algumas coisas que o
jogador tem que estar disposto o tempo todo a fazer, como quando sentem fome, o
jogador tem um tempo limite para alimentar o seu personagem, senão perde o jogo
todo.
Quando a criança brinca em grupo não tem como ela se sentir desestimulada,
porque ela aprende a esperar sua vez e interagir de forma organizada, respeitando
as regras. Com o grupo ela aprende que para poder ganhar todos têm que cooperar,
que a vitória depende de todos e, também, aprende a ganhar e a perder.
O brincar faz a criança entender o mundo lá fora, ela testa suas habilidades
(correr, pular), aprende as regras, alcançar os resultados positivos e negativos dos
seus feitos (ganhar, perder, cair e levantar), vendo o que pode e não repetir na
próxima vez (ter mais calma, não ser teimoso).
Segundo ABERASTURY:
Conforme LEVIN:
Então, quando uma criança imagina que ela somente tem o controle de tudo,
no momento que fará contato com outras crianças, poderá não aceitar a opinião dos
outros ou a forma de como os outros pensam em fazer, pois no mundo dela, quem
diz como tem que ser as coisas é ela, fazendo com que, assim, todo mundo tenha
que segui-la. Podendo ser isso uma das causas das crianças chegarem a ter
transtornos e sintomas parecidos com os dos adultos, pois segundo LEVIN, os
transtornos seriam:
Uma criança que é estimulada desde bebê, vai ser uma criança muito
desenvolvida, e principalmente muito esperta, porque os seus pais vão ensinar
desde cedo o que ela precisa saber, mostrando de uma forma divertida e alegre.
Estímulos e cuidados de quem está com essa criança ajudarão para ela conseguir
se desenvolver, e tornar-se uma criança capaz de fazer muitas coisas, sabendo que
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terá o amparo de seus pais ou de quem está com ela. Então essa criança
desenvolverá muitas competências.
Podemos destacar que todos os cuidados que a mãe dá para a criança fazem
com que ela se desenvolva saudável, onde ela poderá ser capaz de lidar com várias
situações do cotidiano, sabendo que o olhar que sua mãe lhe passa é a forma dela
se sentir segura para experimentar novas aventuras.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Então a marca que ficava para a criança era a de quem havia lhe dado o
brinquedo, mas nos dias de hoje, quando uma criança ganha um brinquedo,
geralmente não foi a pessoa que fez, e sim ela comprou esse brinquedo, fazendo
com que a possível marca que fique para a criança seja a marca do fabricante e,
não, de quem lhe deu. Então nos questionamos qual seria o sentido desse
brinquedo? E onde fica a singularidade da criança?
O brincar vem desde que a criança é bebê, quando sua mãe vai estimulando
seu desenvolvimento através de brincadeiras. A mãe trabalha na criança o que esta
necessita saber, para quando crescer conseguir lidar com as situações do cotidiano.
A mãe é uma das partes fundamentais para o desenvolvimento da criança, pois ela
é o porto seguro, onde a criança se afirma para resolver seus conflitos. A criança
passa por várias fases do desenvolvimento, e na maioria a mãe está junto, dando
apoio e incentivo para que ela se desenvolva.
A criança cria seu próprio mundo para conseguir associar algumas coisas que
a rodeiam. Nesse mundo ela vive conforme o que imagina, trazendo para dentro
desse mundo o que, algumas vezes, lhe traz angústia, pois no seu mundo ela pode
reviver essas angústias, até conseguir resolvê-las. Depois disso a criança volta para
a ―realidade‖ onde colocará em prática o que vivenciou no seu mundo imaginário.
Este é quando a criança brinca com outras crianças, ou, até mesmo, com algum
brinquedo que retrata o que está imaginando.
Assim sendo, o brincar faz parte da vida da criança, onde terá função
importante para o desenvolvimento dela. Pois o brincar está em todas as fases de
desenvolvimento, auxiliando e estimulando a criança a se desenvolver: física,
emocionalmente, cognitivamente, socialmente e psiquicamente.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CORSO, D. Panelas e carrinhos para todos. Zero Hora, Porto Alegre, p.37, 12 out.
2014.
Site:https://www.amagis.com.br/home/index.php?option=com_content&task=view&id
=7306&Itemid=131. Acesso: 01 de novembro de 2014, ás 11h e 07 min.
SOUZA, Edson Luiz André de, 1959 – Sigmund Freud: ciência, arte e política/
Edson Sousa e Paulo Endo. – Porto Alegre, RS: L&PM, 2009.