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3900 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B N.

o 255 — 4-11-1996

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS bro para tornar a salvaguardar a imagem e a credibi-


lidade da empresa no mercado e em especial junto dos
Resolução do Conselho de Ministros n.o 181/96 mercados financeiros, evitando situações de rotura que
A indisponibilidade operacional de parte do estaleiro inviabilizem a solução global em estudo.
da MITRENA, conjugada com dificuldades no cumpri- 2 — Mandatar os Ministros das Finanças e da Eco-
mento do Plano de Reestruturação da LISNAVE, acor- nomia para:
dado no contexto dos contratos celebrados em 31 de a) Negociar com o Grupo Mello um projecto de
Dezembro de 1993, entre o Estado Português, a LIS- acordo global que permita a prossecução do
NAVE — Estaleiros Navais de Lisboa, S. A., e as ins- Plano de Reestruturação da LISNAVE tendo
tituições credoras desta empresa, conduziu a empresa em conta os moldes referidos nos considerandos
a uma situação difícil que urge corrigir. e diligenciar no sentido da sua aceitação pela
O referido Plano de Reestruturação envolvia um ele- Comissão Europeia;
vado esforço financeiro enquadrado num projecto de auxí- b) Coordenar a elaboração das peças jurídicas
lios de Estado que foi notificado à Comissão Europeia, indispensáveis à concretização do referido
não tendo esta levantado objecções à sua execução, con- acordo, por forma que, até ao final do corrente
siderando-o compatível com o mercado comum devido ano, seja possível dar início à concretização das
à redução da capacidade global de reparação naval em medidas de correcção que vierem a ser apro-
Portugal, na condição de ela ser real e irreversível. vadas pelo Governo e autorizadas pela Comis-
Constatam-se, no entanto, atrasos no âmbito das são Europeia.
acções de formação e do investimento, por dificuldades
que se situam quer no terreno da gestão dos aspectos Presidência do Conselho de Ministros, 3 de Outubro
sociais do Plano, quer no terreno da dinâmica do inves- de 1996. — O Primeiro-Ministro, António Manuel de
timento e financiamento da empresa. Oliveira Guterres.
Com vista à ultrapassagem desta situação, o Grupo
Mello apresentou uma proposta visando a introdução
de ajustamentos ao Plano de Reestruturação da LIS-
NAVE, no sentido do saneamento financeiro das estru-
turas produtivas, da flexibilização da mão-de-obra, com- MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,
patibilizando-a com as flutuações conjunturais da pro- DO DESENVOLVIMENTO RURAL E DAS PESCAS
cura e da gestão dos problemas sociais envolvidos.
O Governo, encarando o referido Plano como um dos Portaria n.o 625/96
factores importantes de correcção dos desajustes estru- de 4 de Novembro
turais da península de Setúbal e tendo em conta o com-
promisso do Grupo Mello de diversificar a actividade As Directivas n.os 94/29/CEE, de 23 de Junho, e
para segmentos de maior valor acrescentado, recorrendo 95/39/CE, de 17 de Julho, vieram alargar o âmbito de
a alianças estratégicas que permitam assegurar a manu- aplicação do controlo de resíduos de produtos fitofar-
tenção dos postos de trabalho ao nível dos que estavam macêuticos e substâncias activas que não constam do
previstos no anterior Plano de Reestruturação, embora anexo II da Portaria n.o 492/90, de 30 de Junho, e do
num quadro de maior flexibilidade, aceitou negociar a anexo II da Portaria n.o 48/94, de 18 de Janeiro, e importa
referida proposta e submeter o acordo que vier a ser proceder à sua transposição para a ordem jurídica
celebrado à Comissão Europeia como o ajustamento interna.
necessário ao Plano de Reestruturação em curso. Por outro lado, a impossibilidade de, a curto prazo,
Os eixos essenciais do acordo a negociar são: se proceder a uma harmonização comunitária dos limites
máximos de resíduos de alguns outros produtos fito-
a) A viabilização de uma empresa operadora finan-
ceiramente sanada e dotada de capacidade de farmacêuticos admissíveis em cereais não pode condi-
gestão investimento estrategicamente apto para cionar a continuidade da realização de acções de con-
a concorrência internacional que explorará em trolo de resíduos destes produtos fitofarmacêuticos nos
regime de concessão infra-estruturas marítimas cereais, como forma de garantir uma adequada pro-
que permanecem na propriedade do Estado; tecção da saúde humana e animal.
b) A articulação da reestruturação com a actuação Torna-se, pois, indispensável proceder à alteração da
de uma empresa a criar que será estatutaria- actual lista dos limites máximos de resíduos de produtos
mente vocacionada para a gestão de recursos fitofarmacêuticos admissíveis em cereais.
humanos. Tal empresa visará, designadamente, Assim:
a reinserção na vida dos trabalhadores, através Manda o Governo, pelo Ministro da Agricultura, do
da sua formação, requalificação e recolocação, Desenvolvimento Rural e das Pescas, ao abrigo do dis-
do apoio à criação de emprego próprio, da posto no artigo 3.o do Decreto-Lei n.o 160/90, de 18
cedência temporária de pessoal e a assistência de Maio, que a lista constante do anexo II, parte A,
técnica à criação e desenvolvimento de microem- da Portaria n.o 492/90, de 30 de Junho, seja acrescentada
presas de modo a apoiar a resolução dos impac- com as substâncias activas e respectivos limites máximos
tes sociais negativos da península de Setúbal. de resíduos constantes do anexo da presente portaria.
Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural
Assim: e das Pescas.
Nos termos das alíneas d) e g) do artigo 202.o da
Constituição, o Conselho de Ministros resolveu: Assinada em 9 de Outubro de 1996.
1 — Mandatar o Ministro das Finanças para estudar
e implementar as condições de apoio à reforma do Pelo Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento
empréstimo obrigacionista de 6 milhões de contos que Rural e das Pescas, Manuel Maria Cardoso Leal, Secre-
a LISNAVE terá de efectuar no limite de 15 de Novem- tário de Estado da Produção Agro-Alimentar.
N.o 255 — 4-11-1996 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-B 3901

ANEXO
Limites máximos
Lista de limites máximos de resíduos em cereais Resíduos de produtos fitofarmacêuticos de resíduos
(mg/kg)

Limites máximos
Resíduos de produtos fitofarmacêuticos de resíduos Bitertanol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,1
(mg/kg) Bupirimato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,02
Carboxina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,05
Cimoxanil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,05
Aldicarbe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,05
0,05: trigo, cevada,
Amitraz (soma de amitraz e de todos os meta-
bolitos contendo a fracção 2,4-dimetil-
-anilina, expressa em amitraz) . . . . . . . . . .
Bacillus thuringiensis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Benfuracarbe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
(*) 0,02
Isento
(*) (a) 0,05
Ciproconazol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Cúpricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
{ aveia, triticale
e centeio
(*) 0,02: outros cereais
20
Benzomato (soma de benzomato e do meta- Ditianão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,1
bolito desbenzoil) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,05 Enxofre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,5
Bifentrina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,02 Etirimol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,02
0,2: trigo e cevada (a)
Buprofezina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Butocarboxime (soma de butocarboxime, seu
sulfóxido e sulfona, expresso em buto-
(*) 0,02
Fenarimol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
{ (*) 0,02: outros
cereais (a)
carboxime) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,05 Fenfurame . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,05
Carbofurão (soma de carbofurão e 0,2: arroz (a) 0,1: trigo, cevada,
3-hidroxicarbofurão, expresso em carbo-
furão) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Carbossulfão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
} (*) 0,1: outros
cereais (a)
(*) (a) 0,05
Fluazilazol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
{ aveia, triticale
e centeio
(*) 0,02: outros cereais
0,1: grão de trigo,

{
0,05: milho (a)
Ciflutrina, incluindo beta-ciflutrina . . . . . . . . { 0,02: outros cereais (a) cevada, aveia,
triticale e centeio
Ciromazina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,05 Hexaconazol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,5: palha de trigo,
Clofentezina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,02 cevada, aveia,
Clormefos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,02 triticale e centeio
Daminozida (soma da daminozida e da (*) 0,05: outros cereais
1-1 dimetil-hidrazina, expresso em dami-
nozida) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) (a) 0,02 Metalaxil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) (a) 0,05
Diflubenzurão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,05 Miclobutanil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,1
DNOC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,05 Nuarimol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 0,2
0,2: trigo, cevada, Ofurace . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,05

Etefão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
{ centeio, triticale
e milho (a)
(*) 0,05: outros
cereais (a)
Oxadixil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Oxicarboxina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Oxina-cobre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Penconazol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
(*) 0,05
(*) 0,05
(*) 0,05
(*) 0,02
0,05: trigo, cevada,
Etiofencarbe (soma de etiofencarbe, seu sul-
fóxido e sulfona, expressa em etiofen-
carbe) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Etrinfos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
(*) 0,05
(*) 0,05
Pirazofos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
{ aveia, triticale
e centeio
(*) 0,02: outros cereais
0,05: trigo, centeio
Fenepropatrina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Fentião (soma de fentião, respectivos sulfó-
xido e sulfona, expresso em fentião) . . . . .
(*) 0,05

(*) 0,02
0,2: trigo, cevada,
Procloraz (soma de procloraz e dos meta-
bolitos contendo a fracção 2,4, 6-tri-
clorofeno, expresso em procloraz) . . . . . . . { e milho
1: cevada e aveia
(*) 0,05: outros cereais
Flucitrinato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
{ e aveia
(*) 0,05: outros cereais
Propamocarbe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Propiconazol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
(*) 0,1
(*) (a) 0,05
0,2: milho e trigo
Fonofos (soma de fonofos e do seu oxi-
-análogo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,05
Tiabendazol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . { (*) 0,05: outros cereais
1: arroz sem casca
Fosforeto de alumínio e de magnésio (resí-
duo, expresso em fosfano) . . . . . . . . . . . . .
Fosmete (soma de fosmete e do seu oxi-
-análogo) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Foxime . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
(*) 0,1

(*) 0,05
(*) 0,05
Triciclazol . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
{ (*) 0,05: arroz com
casca
(*) 0,05: outros cereais

Furatiocarbe . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) (a) 0,05 (*) Limite de determinação analítica.


Hexitiazox . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,02 (a) Limite máximo de resíduo estabelecido pela Directiva n.o 94/29/CEE, de 23 de Junho.
0,05: cevada (a)
Lambda-cialotrina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
{ (*) 0,02: outros
cereais (a)
Metidatião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,02
Óleo de verão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Óxido de fenebutaestanho . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,05
Piridabena . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,05
Pirimicarbe (soma de pirimicarbe, desmetil- Portaria n.o 626/96
-pirimicarbe expresso em pirimicarbe) . . . (*) 0,05
Pirimifos-metilo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 de 4 de Novembro
0,5: milho
Propargite . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . { (*) 0,1: outros cereais A requerimento do Instituto Superior de Línguas e
Quinalfos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,02 Administração, S. A., entidade instituidora do Instituto
Tau-fluvalinato . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,05 Superior de Línguas e Administração, em Bragança,
Teflubenzurão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,05
Etradifão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,05 reconhecido oficialmente, ao abrigo do disposto no Esta-
Tiodicarbe/metomilo (soma de tiodicarbe e tuto do Ensino Superior Particular e Cooperativo
metomilo, expresso em metomilo) . . . . . . . (*) 0,05 (Decreto-Lei n.o 271/89, de 19 de Agosto), pela Portaria
Tiometão (soma de tiometão, seu sulfóxido n.o 790/89, de 8 de Setembro;
e sulfona, expresso em tiometão) . . . . . . . . (*) 0,05
Triazofos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) 0,02 Instruído, organizado e apreciado o processo nos ter-
Benalaxil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (*) (a) 0,05 mos dos artigos 57.o e 59.o do Estatuto do Ensino Supe-

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