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PORTUGUÊS 7.

º ANO

Ensino
Diferenciado
Matriz do teste de avaliação 1 Versão B
Unidade 1
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Itens de seleção: Texto A: 2 15
Sentido global do texto – escolha múltipla; (7,5 × 2)
Grupo I (notícia). – associação.
Leitura e
Educação Literária Itens de construção: Texto B: 5 40
Texto publicitário. – resposta restrita; (8 × 5)
– resposta curta.
Classes e subclasses de Itens de seleção:
palavras: – associação;
– nome (próprio, comum, – escolha múltipla.
comum coletivo);
– adjetivos: flexão em Itens de construção:
Grupo II grau; – resposta curta. 20
5
(6 + 6 +
Gramática – preposição e locução
4 + 2 + 2)
prepositiva;
– verbo.

Formação de palavras
(derivação e composição).
Exposição.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 25
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 1


Matriz do teste de avaliação 1 Versão B
Unidade 1
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Por domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Itens de seleção: Texto A: 2 100
Sentido global do texto – escolha múltipla; (50 × 2)
Grupo I (notícia). – associação.
Leitura e
Educação Literária Itens de construção: Texto B: 5 100
Texto publicitário. – resposta restrita; (20 × 5)
– resposta curta.
Classes e subclasses de Itens de seleção:
palavras: – associação;
– nome (próprio, comum, – escolha múltipla.
comum coletivo);
– adjetivos: flexão em Itens de construção:
100
Grupo II grau; – resposta curta.
5 (30 + 30 +
Gramática – preposição e locução
20 + 10 + 10)
prepositiva;
– verbo.

Formação de palavras
(derivação e composição).
Exposição.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 100
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

2 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Teste de avaliação 1 Versão B
Unidade 1
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Grupo I
Texto A
Lê o texto com atenção. Se necessário, consulta as notas.
O Trash Traveler canta todos os dias
1

sobre o lixo que apanha em Portugal


Dois anos depois de se mudar para Lisboa,
Andreas Noe despediu-se do emprego para
viajar com um propósito: recolher lixo todos
os dias e com ele criar uma canção bem-
5 -humorada sobre a problemática. O Trash
Traveler quer mudar consciências com uma
mensagem positiva.
Garrafas, sacos, latas, cotonetes, pacotes de
cigarros, copos descartáveis, despojos de pesca,
10 palhinhas, tampas, guardanapos, beatas. Centenas e centenas de beatas. Há cinco meses que,
praticamente todos os dias, Andreas Noe se mete a apanhar o lixo que os outros deixam pelo
caminho. Na Costa da Caparica e nas ruas de Lisboa, da Alemanha a Portugal, ou na Costa
Vicentina.
São quase 450 kg de lixo recolhidos em mais de 140 dias que, no final de cada jornada,
15 pesa numa balança portátil e aponta nas redes sociais. Os números não lhe interessam tanto
quanto a mensagem que quer transmitir, de uma forma alegre e humorada, em pequenos vídeos
onde encena uma canção com o lixo que recolheu naquele dia.
Sentado na autocaravana, com o cavaquinho entre os braços e um sorriso, momentaneamente
envergonhado, Andreas quer «pedir desculpa aos portugueses» se estiver a interpretar
20 indevidamente uma das canções mais popularizadas por Amália Rodrigues. «É a minha primeira
experiência com o fado.» Aos primeiros acordes, adivinha-se uma letra adaptada à temática com
a ajuda de um amigo português. «É uma praia portuguesa, com certeza / Com certeza, é uma
praia portuguesa / Eu limpo a praia portuguesa, com certeza / Com certeza, eu limpo a praia
portuguesa / Há tanto plástico no mar, com certeza / E a portuguesa gosta de peixe à mesa /
25 O peixe come plástico, com certeza / Com certeza, acabará na tua mesa».
Andreas, hoje com 31 anos, decidiu cumprir um sonho e vir de autocaravana para Portugal.
«Adotou» a Pinóquio depois de responder a um anúncio de venda e convencer os proprietários
a emprestarem-na por uns anos; em troca, trata dos impostos e da manutenção – «um exemplo
de como é possível alcançares o que queres mesmo sem dinheiro». Depois de um ano a pagar
30 «rendas altas» no centro de Lisboa, mudou-se definitivamente para a carrinha. «Foi bastante
engraçado combinar o mundo empresarial com este estilo de vida mais livre.» De manhã, o fato
engomado. Ao final da tarde, o fato de neopreno2 e a prancha de surf.
Mara Gonçalves, «O Trash Traveler canta todos os dias sobre o lixo que apanha em Portugal»,
disponível em https://www.publico.pt, consultado em fevereiro de 2020 (texto com supressões).

1. Trash Traveler: viajante do lixo. 2. neopreno: tipo de borracha sintética, usada em roupas para desportos aquáticos.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 3


1. Assinala com ✗, de 1.1 a 1.4, a opção que completa cada frase, de acordo com o texto.
1.1 O principal objetivo de Andreas Noe é
(A) recolher mais quilos de lixo a cada dia que passa e em mais locais.
(B) alertar as consciências para a quantidade de lixo que se atira ao chão.
(C) conseguir ter cada vez mais seguidores nas redes sociais.

1.2 Andreas Noe pede desculpa aos portugueses


(A) se não estiver a interpretar devidamente o tema da Amália.
(B) se cometer algum erro na língua portuguesa enquanto canta.
(C) por se apropriar indevidamente de um tema tipicamente português.

1.3 A letra da cantiga foi


(A) adaptada à realidade vivida por ele na cidade.
(B) composta inteiramente por ele.
(C) redigida com a ajuda de um amigo português.

1.4 «Pinóquio» refere-se a


(A) um talismã com o qual Andreas anda sempre.
(B) um animal adotado por Andreas em Lisboa.
(C) uma autocaravana que emprestaram a Andreas.

2. Assinala com ✗ a única afirmação falsa acerca das estratégias de Andreas para atingir os seus
objetivos.
(A) A probabilidade de Andreas chegar ao público é elevada porque utiliza estratégias originais.
(B) A divulgação banal das causas ambientalistas deve ter muita eficácia.
(C) A forma divertida e inesperada como Andreas coloca a questão ambiental pode
despertar a atenção do público.

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Texto B
1. Observa os textos publicitários com atenção.

A B

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 5


1.1 Associa cada anúncio publicitário A e B (coluna A) ao respetivo objetivo (coluna B).

A B
a. anúncio A
b. anúncio B 1. Institucional e comercial – sensibilizar para uma
causa, promovendo simultaneamente uma marca.
2. Institucional – mudar comportamentos sociais.
a. b.

1.2 Justifica as tuas opções, considerando a intenção persuasiva dos textos.

________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

2. Identifica no respetivo anúncio publicitário.

A O slogan a.

O texto
B b.
argumentativo

3. Explicita como a imagem do anúncio publicitário C reforça a sua intenção persuasiva.

____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

4. Indica duas características do texto publicitário presentes no anúncio C.

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____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

6 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Grupo II

1. Associa os nomes (coluna A) à respetiva subclasse (coluna B).

A B

a. «consciência» 1. nome próprio


b. «Costa Vicentina» 2. nome comum
c. «cardume» 3. nome comum coletivo

a. b. c.

2. Atenta na frase:

«Diz não aos sacos de plástico – por um ambiente melhor.»


2.1 Indica a subclasse do adjetivo sublinhado.
___________________________________________________________
2.2 Refere o grau em que se encontra.
___________________________________________________________
2.3 Transcreve da frase duas preposições simples.
___________________________________________________________

3. Identifica a pessoa, o tempo e o modo das formas verbais sublinhadas.


Os turistas visitavam a Costa da Caparica quando repararam no lixo.
_______________________________________________________________

4. Assinala com ✗ o conjunto que é constituído apenas por palavras cujo processo de formação é
a derivação não afixal.
(A) remate – encomenda – troco – aviso
(B) entardecer – engordar – amarelado – esverdeada
(C) refazer – desfazer – reler – tresler

5. Assinala com ✗ o conjunto que é constituído apenas por palavras cujo processo de formação é
a composição.
(A) vitimizar – economizar – visualizar – experienciar
(B) golo – guarda-redes – jogador – apanha-bolas
(C) abre-latas – saca-rolhas – malmequer – arco-íris

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Grupo III

Atenta nestes versos da canção de Andreas:


«O peixe come plástico, com certeza / Com certeza, acabará na tua mesa.»
(Grupo I – Texto A, linha 25)

Elabora um texto expositivo em que apresentes o teu ponto de vista sobre as causas e
consequências da poluição marinha e apresentes ações concretas que possas promover no seu
combate.
Podes seguir o plano de texto apresentado:

• breve introdução ao tema;


• duas causas da poluição marinha;
• duas consequências da poluição marinha;
• duas ações concretas que possas promover no seu combate;
• breve conclusão.

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Observações:
Deves escrever entre 120 e 200 palavras.

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2021/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial até dois pontos;
– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

FIM
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Matriz do teste de avaliação 2 Versão B
Unidade 1
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto Itens de seleção: Texto A: 3 15
(crítica). – ordenação; (5 + 8 + 2)
– escolha múltipla.
Grupo I Texto publicitário.
Leitura e Recursos expressivos Itens de construção:
Texto B: 5 40
Educação Literária (metáfora). – resposta curta.
(6 + 14
[6 + 8] + 6 +
8 + 6)
Classes e subclasses de
palavras:
Itens de seleção:
– nome (próprio, comum,
– associação;
comum coletivo);
– escolha múltipla. 5 20
Grupo II – adjetivos: flexão em
(6 [2 + 4] + 4 +
Gramática grau;
Itens de construção: 2 + 4 + 4)
– verbo.
– resposta restrita;
– resposta curta.
Formação de palavras
(derivação e composição).
Texto de opinião.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 25
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

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Matriz do teste de avaliação 2 Versão B
Unidade 1
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Por domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto Itens de seleção: Texto A: 3 100
(crítica). – ordenação; (30 + 60 + 10)
– escolha múltipla.
Grupo I Texto publicitário.
Leitura e Recursos expressivos Itens de construção:
Texto B: 5 100
Educação Literária (metáfora). – resposta curta.
(15 + 30
[10 + 20] + 15 +
20 + 20)
Classes e subclasses de
palavras:
Itens de seleção:
– nome (próprio, comum,
– associação;
comum coletivo); 5 100
– escolha múltipla.
Grupo II – adjetivos: flexão em (32 [12 + 20] +
Gramática grau; 15 + 15 +
Itens de construção:
– verbo. 18 + 20)
– resposta restrita;
– resposta curta.
Formação de palavras
(derivação e composição).
Texto de opinião.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 100
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

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Teste de avaliação 2 Versão B
Unidade 1
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Grupo I
Texto A
Lê o texto com atenção. Se necessário, consulta as notas.

A arte de manipular professores


Em Nunca para pior, a escritora dá a conhecer o ambiente
de uma escola, num retrato vivo e certeiro dos alunos, dos
professores e das relações entre ambos. Preconceitos, equívocos1
e manipulação andam por ali.
5 Um novo aluno chega à escola depois das férias de Natal e é
integrado numa turma que a maior parte dos professores acha sem
graça: o 8.º B. O de Ciências disse mesmo que aquele grupo estava
a precisar «de um abanão, de uma sacudidela». Mal poderia
adivinhar que acabaria por fazer jus2 à frase «cuidado com o que
10 desejas».
Lúcio Ferro é o nome do novo rapaz. Nome não inocente, a
lembrar Lúcifer3, designação que usa no seu email, seguido de
«inferno na terra» (lucifer@hellonearth.com). Há uma aura de mistério em torno de Lúcio, que
nos reenvia subtilmente para o universo de lobisomens, hoje tão apreciado pelos jovens.
15 Começa por ser simpático com os colegas, conquistando-os de imediato, mas, a pouco e
pouco, vai-se revelando como alguém de muito mau caráter. Insultos, bullying e manipulação
fazem parte do seu comportamento pernicioso4.
Os professores, cegos pela cordialidade e conhecimentos de Lúcio, deixam-se levar… sendo
igualmente manipulados. É assim que embarcam na ideia de deixar os alunos realizarem um
20 espetáculo no Carnaval. Um desastre.
Ana Saldanha consegue mais uma vez recriar diálogos e situações verosímeis5 no universo
da adolescência e juventude, mas sem perder o sentido literário do texto. Não se inibe6 de recorrer
ao passado para munir os jovens leitores de referências culturais nacionais e do resto do mundo.
Tanto pode ser uma tia-avó (da Ana Margarida) que tem sempre um provérbio à mão para
25 qualquer circunstância, «quem espera sempre alcança, quem porfia7 sempre se avia»; como uma
professora a fazer lembrar uma atriz, «em nova achavam-na igualzinha à Vivian Leigh em E
tudo o vento levou, um filme dos anos trinta que, três décadas mais tarde, continuava a ser um
grande sucesso todos os anos no cinema de Coimbra».
Fica-se ainda a saber que «morcão» (também) «é uma lagarta ou uma larva de insetos».
30 A frase escolhida para título, «nunca para pior», há de surgir no início e no desfecho da
história, cruzando gerações e desejos. Variação possível e igualmente válida: «Para pior já basta
assim.».
Rita Pimenta, in Ímpar, disponível em https:\\www.publico.pt, consultado em julho de 2020 (texto com supressões).

1. equívocos: mal-entendidos. 2. fazer jus: ser merecedor. 3. Lúcifer: demónio. 4. pernicioso: nocivo; perigoso. 5. verosímeis:
que parecem verdadeiras. 6. não se inibe: nada a impede. 7. porfia: insiste; teima.

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1. Numera os tópicos de 1 a 5, de acordo com a ordem pela qual as informações são apresentadas
no texto. O primeiro tópico já se encontra numerado.
(A) Consideração sobre o título do livro.
(B) Manipulação dos professores.
(C) Faceta cultural e pedagógica do livro.
(D) 1 Chegada de um novo aluno à escola.
(E) Contraste dos comportamentos de Lúcio.

2. Assinala com ✗, de 2.1 a 2.4, a opção que completa cada frase, de acordo com as informações
do texto.

2.1 A frase «Mal poderia adivinhar que acabaria por fazer jus à frase “cuidado com o que
desejas”» (linhas 8 a 10) deixa entrever que
(A) o professor de Ciências desistirá de mudar a turma.
(B) algo irá acontecer para a turma deixar de ser «sem graça».
(C) o professor de Ciências vai mudar a turma do 8.º B.

2.2 Lúcio Ferro consegue ocultar o seu mau caráter e manipular os professores
(A) através da simpatia, mas é logo desmascarado.
(B) através da transparência dos seus atos.
(C) pela falsa simpatia e pela sabedoria revelada.

2.3 Com as referências aos provérbios de uma tia-avó, à parecença de uma professora com
uma atriz, entre outras, a autora pretende
(A) alargar o horizonte cultural dos jovens.
(B) tornar o enredo mais distante da realidade.
(C) comprovar os conhecimentos de Lúcio Ferro.

2.4 O significado mais comum de «morcão» (linha 29) é

(A) divertido. (B) solitário. (C) imbecil.

3. Indica duas características que comprovem que o texto é uma crítica. Fundamenta a tua
resposta com transcrições do texto.

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4 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Texto B
Observa os anúncios e lê a informação que se encontra dentro das caixas de texto.

SER SUPER PROTETOR É DEIXÁ-LOS VOAR.


E AINDA POUPAR.
Mais do que um seguro, o CA Vida Educação é
um super produto para os mais pequenos. Um
escudo protetor para as traquinices do presente
que lhes dá todos os poderes para conquistarem 10% DOS
um futuro promissor, garantindo que nenhum PRÉMIOS VOAM
imprevisto os impeça de voar e de chegar onde PARA A CONTA
quiserem. POUPANÇA
Com o benefício extra de devolver 10% dos CRISTAS
prémios de seguro para a Conta Poupança da
sua criança.

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1. Associa cada anúncio (coluna A) ao tipo de publicidade (coluna B).

A B
a. Anúncio A 1. Publicidade comercial
b. Anúncio B 2. Publicidade institucional

a. b.

2. Transcreve o slogan de cada uma das campanhas publicitárias.

A. _________________________________________________________________________
B. _________________________________________________________________________

2.1 Escolhe o destinatário a que se dirige cada um dos anúncios.

adultos sem filhos jovens professores adultos com filhos

A.
B.

3. Explicita o objetivo do anúncio A.

____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

4. Transcreve de cada anúncio um argumento utilizado para convencer os destinatários.

A. _________________________________________________________________________
B. _________________________________________________________________________

5. Associa cada transcrição apresentada (coluna A) às características linguísticas do texto


publicitário (coluna B) que nela estão presentes. Cada transcrição pode associar-se a uma ou
mais características.

A B
a. «CORTA COM A VIOLÊNCIA» (Anúncio A) 1. metáfora
b. «QUEM NÃO TE RESPEITA NÃO TE MERECE» (Anúncio A) 2. rima
c. «É DEIXÁ-LOS VOAR E AINDA POUPAR» (Anúncio B) 3. forma verbal no imperativo
d. «10% DOS PRÉMIOS VOAM PARA A CONTA POUPANÇA
4. repetição
CRISTAS» (Anúncio B)

a. b. c. d.

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Grupo II

1. Indica a classe das seguintes palavras.


a. Lúcio – ferro – Ana – Coimbra – Carnaval
b. escola – retrato – turma – rapaz – diálogos

____________________________________________________________________________
1.1 Identifica o intruso presente em cada alínea e justifica a tua opção.
a. __________________________________________________________________________________________________________________________________
b. _________________________________________________________________________________________________________________________________

2. Atenta na seguinte frase: Os mupis ficam muito apelativos com anúncios coloridos.
2.1 Transcreve um adjetivo
a. no grau normal: _________________________________________________________________________________________________________

b. no grau superlativo absoluto analítico: _______________________________________________________________________

3. Reescreve a frase colocando o adjetivo sublinhado no grau superlativo absoluto sintético.


O rapaz tinha um mau comportamento.

____________________________________________________________________________________________________________________________________________

4. Completa as frases com o verbo entre parênteses no tempo indicado.


a. Presente do indicativo + pretérito imperfeito do indicativo
Quem _______________ (praticar) bullying _______________ (merecer) um castigo severo.
b. Pretérito imperfeito do conjuntivo
Tudo seria melhor se todos ________________ (agir) corretamente.

5. Indica o processo de formação das palavras que se seguem, distribuindo-as pelo quadro no local
correto.

imprevisto conta maldisposto aterrorizar

a. Derivação b. Derivação c. Derivação


d. Composição
não afixal por prefixação por parassíntese

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 7


Grupo III

«Insultos, bullying e manipulação fazem parte do seu comportamento pernicioso».


(Grupo I – Texto A, linhas 16 e 17)

Na tua opinião, estamos a fazer o necessário para eliminar o bullying?


Escreve um texto de opinião, bem estruturado, em que defendas o teu ponto de vista sobre a
questão apresentada.
O teu texto deve incluir:
• a indicação do teu ponto de vista;
• a apresentação de, pelo menos, duas razões que justifiquem a tua posição;
• uma conclusão adequada.

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Observações:
Deves escrever entre 120 e 220 palavras.

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2021/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial até dois pontos;
– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

FIM

8 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Matriz do teste de avaliação 3 Versão B
Unidade 2 (Subunidade 2.1)
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Itens de seleção: Texto A: 3 15
Sentido global do texto – escolha múltipla; (4 + 5 + 6)
Grupo I – ordenação.
(exposição).
Leitura e
Educação Literária Itens de construção: Texto B: 4 40
Conto tradicional.
– resposta restrita; (6 [3 + 3] + 12 +
– resposta curta. 10 + 12)
Classes e subclasses de
palavras:
– determinante relativo,
indefinido,
demonstrativo e Itens de construção: 5 20
Grupo II
possessivo; – resposta restrita; (5 + 5 + 4 +
Gramática
– pronome relativo e – resposta curta. 2 + 4)
indefinido.

Colocação do pronome
pessoal átono.
Texto narrativo.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 25
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 1


Matriz do teste de avaliação 3 Versão B
Unidade 2 (Subunidade 2.1)
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Por domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Itens de seleção: Texto A: 3 100
Sentido global do texto – escolha múltipla; (25 + 30 + 45)
Grupo I – ordenação.
(exposição).
Leitura e
Educação Literária Itens de construção: Texto B: 4 100
Conto tradicional.
– resposta restrita; (10 [5 + 5] + 36 +
– resposta curta. 20 + 34)
Classes e subclasses de
palavras:
– determinante relativo,
indefinido,
demonstrativo e Itens de construção: 5 100
Grupo II
possessivo; – resposta restrita; (25 + 25 +
Gramática
– pronome relativo e – resposta curta. 20 + 10 + 20)
indefinido.

Colocação do pronome
pessoal átono.
Texto narrativo.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 100
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

2 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Teste de avaliação 3 Versão B
Unidade 2 (Subunidade 2.1)
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Grupo I
Texto A
Lê o texto com atenção. Se necessário, consulta as notas.

O conto tradicional português


A literatura popular transporta do mundo do passado respostas pertinentes para o presente,
que é preciso fazer chegar ao futuro. A literatura popular desempenha uma «função
compensatória» perante os problemas que hoje afetam o mundo e a Humanidade.
Subgénero da literatura popular, o conto tradicional encerra o saber natural do povo, fruto de
5 conhecimentos depurados1 ao longo dos tempos, diretamente transformados em cultura. Uma
«cultura popular», de transmissão oral, não oposta à cultura dita «letrada», mas complementar a
ela. O conto tradicional tem, assim, um grande alcance formativo e educativo.
Está no conto tradicional a alma popular, o povo depositário2 de valores, a experiência, a
ordem original do mundo, a dimensão ética no sentido da correção do mundo para uma
10 convivência que não há.
Os contos tradicionais representam identidade e valores primitivos fixos que importa
preservar. A sua base são os usos e os costumes das comunidades, a partir dos quais são
formulados os modos de contar, as utopias3 e os símbolos, o recurso ao verso, ao ritmo, à
melodia, aos jogos de sons, à mnemónica4... para tornar as histórias mais apetecíveis e, ao mesmo
15 tempo, mais adequadas ao que é popular.
Eles promovem a integração geracional (separações motivadas por razões tecnológicas e
afins), os valores, as normas sociais, a amenização5 dos excessos do tecnologismo, da aridez das
burocracias e dos formalismos, o reencontro do ser humano com as suas raízes, a preservação da
identidade perante os efeitos da globalização.
20 Mesmo quando focalizam realidades duras, os contos tradicionais fazem-no de forma
maleável, permitindo uma integração sem choques da pessoa do destinatário, mesmo sendo ele
infantil. Assim acontece com a representação de temas como a morte, a violência, a vingança, o
egoísmo, a mentira, a traição, a injustiça... que atravessam muitas das histórias populares. São
temas que fazem parte da essência da natureza humana e como tal são vistos como naturais
25 através das histórias.
Estas histórias resistiram ao tempo, permanecendo belas, encantatórias, surpreendentes,
satisfazendo a fantasia, sem moralices, mas contendo, de modo diluído, filosofia moral e saberes
profundos.
Lino Moreira, «O conto tradicional português na aula: proposta de atividades»,
in casadaleitura.org, consultado em julho de 2020 (texto com supressões).

1. depurados: aperfeiçoados. 2. depositário: aquele que guarda um depósito; testemunha. 3. utopias: fantasias; sonhos
irrealizáveis. 4. mnemónica: recurso para decorar aquilo que é difícil de reter. 5. amenização: suavização, abrandamento.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 3


1. Assinala com ✗, em 1.1 e 1.2, a opção que completa cada frase, de acordo com as
informações do texto.

1.1 A literatura popular equilibra os problemas do mundo atual


(A) ao conduzir o mundo e a Humanidade ao seu esquecimento.
(B) por transportar do passado os problemas que afetam o presente.
(C) por apresentar lições importantes para o presente e para futuro.

1.2 O conto tradicional tem «um grande alcance formativo e educativo» (linha 7) porque
(A) apresenta a cultura do povo, a sua sabedoria.
(B) é um subgénero da literatura popular.
(C) transforma a cultura em saber natural do povo.

2. Completa o esquema com informações do quarto parágrafo do texto.

Contos tradicionais

A. O que representam? B. Qual é a sua base? C. Que recursos utilizam?

• ___________________ • ___________________ • ___________________

• ___________________ • ___________________ • ___________________


• ___________________ • ___________________

Devem ser preservados • ___________________ • ___________________


• ___________________ • ___________________

Resultado: «tornar as histórias mais apetecíveis e, ao mesmo tempo, mais adequadas


ao que é popular» (linhas 14 e 15)

3. Assinala com ✗ as afirmações verdadeiras, de acordo com o sentido dos três últimos
parágrafos do texto.
(A) Os contos tradicionais permitem a aproximação das gerações.
(B) Estas histórias são documentos da identidade nacional.
(C) A criança fica chocada ao ser confrontada com realidades duras.
(D) Os temas abordados nos contos são encarados naturalmente pelo leitor.
(E) Os contos são constantes «puxões de orelha» para quem os lê.

4 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Texto B
Lê o texto com atenção. Se necessário, consulta as notas.

A Riqueza e a Fortuna
Um pobre homem estava a trabalhar no mato, a cortar lenha para ir vender pela vila e assim
sustentar mulher e filhos. De repente viu ao pé de si dois sujeitos, bem vestidos, que lhe disseram:
– Nós somos a Fortuna e a Riqueza. Vimos-te ajudar. Cada um queria acudir de preferência
ao pobre homem, e altercavam1 entre si. Dizia a Riqueza:
5 – Eu só por mim o faço feliz; sendo ele rico tem tudo.
– Pois mesmo sem ser rico, eu dando-lhe fortuna, faço-lhe maior benefício. Senão experi-
mentemos.
A Riqueza virou-se para o pobre do homem e disse:
– Toma lá este cruzado2 novo; amanhã compra carne, pão e vinho e não trabalhes nesse dia.
10 O homem foi-se embora contentíssimo para casa; no outro dia foi ao açougue3. Deu ao
magarefe4 o dinheiro adiantado, mas como estava um grande barulho de gente no açougue, o
carniceiro5 negou que lhe tivesse dado o dinheiro, e o pobre homem resignou-se6 e foi outra vez
trabalhar para o mato.
A Riqueza tornou a chegar ao pé dele e, quando soube de que lhe servira o cruzado novo,
15 ficou zangada e deu-lhe uma bolsa cheia de dobrões7. O homem voltou para casa; mas como a
bolsa era de marroquim8 vermelho, uma ave de rapina caiu de repente sobre ele e arrebatou nas
garras o saco e voou. O homem contou a sua tristeza à mulher, e no outro dia foi trabalhar para
o mato. Tornou-lhe a aparecer a Riqueza; ficou mais desesperada quando soube do acontecido à
bolsa dos dobrões.
20 – Pois desta vez dou-te um saco de peças tão grande que não podes com ele; mas aqui tens
um cavalo, que to vai levar a casa.
O homem agradeceu aquele favor da Riqueza e pôs-se a caminho para casa. Quando ia por
um atalho, estava num campo uma égua, e o cavalo botou a fugir9 atrás dela de tal forma que o
homem não foi capaz de o agarrar, e por mais que andou não pôde achar o cavalo.
25 Quando a Riqueza não esperava tornar mais a encontrar o homem no mato, foi ao sítio
costumado com a Fortuna, e qual não foi o seu pasmo quando viu o pobre do homem a trabalhar
como dantes. Disse então a Fortuna:
– Agora é a minha vez de o fazer feliz; vou-lhe dar apenas um vintém10. Olhe lá, ó homem,
tome esse vintém e assim que chegar à vila compre a primeira coisa que lhe aparecer.
30 O homem em caminho para casa encontrou quem lhe ofereceu uma vara de andar à azeitona
pelo preço de um vintém, e comprou-a. No outro dia, foi para a apanha, e quando ia varejar11
uma oliveira, caiu-lhe de um galho uma bolsa de marroquim cheia de dobrões. Agarrou nela e
levou--a para casa, contou à mulher donde suspeitava que lhe vinha aquele tesouro. A mulher
combinou ir fazer uma romaria, e puseram-se a caminho. Quando chegaram a um escampado12
35 acharam pegadas de cavalo, foram andando por elas e chegaram a um sítio onde estava um cavalo
deitado ainda com um saco cheio de peças. Voltaram logo para casa muito contentes, e mudaram
de vida, que até àquele tempo tinha sido amargurada pelos poucos ganhos e muitos filhos.
A Riqueza e a Fortuna foram ao sítio onde o homem costumava cortar lenha e esperaram por
ele bastante tempo. Por fim, a Fortuna declarou-se vencedora, dizendo:
40 – Que te dizia eu? Não é com muito dinheiro que se é feliz.
Teófilo Braga, Contos tradicionais do povo português, vol. 1,
6.a ed., Alfragide, Leya Sempre, 2008, pp. 255-257.

1. altercavam: discutiam. 2. cruzado: moeda antiga. 3. açougue: talho. 4. magarefe: talhante. 5. carniceiro: profissional de
corte de carne. 6. resignou-se: conformou-se. 7. dobrões: moedas antigas de ouro. 8. marroquim: couro. 9. botou a fugir:
começou a fugir. 10. vintém: moeda antiga de cobre. 11. varejar: sacudir com uma vara. 12. escampado: descampado.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 5


1. Indica a situação inicial deste conto.
____________________________________________________________________________________________________________________________________________

1.1 Refere o acontecimento que veio alterar essa situação.


_________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________

2. A Riqueza, após três tentativas, não conseguiu que a sua missão fosse um sucesso.
Preenche o esquema de modo a comprovares a veracidade da afirmação.

1.a
• Oferece-lhe _________________________
• O que aconteceu? ________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

2.a
• Oferece-lhe _________________________
• O que aconteceu? _______________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

3.a
• Oferece-lhe _________________________
• O que aconteceu? _______________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

3. Assinala com ✗ a frase que melhor traduz o modo como a Fortuna conseguiu trazer a
felicidade ao pobre homem.
(A) A Fortuna deu-lhe um cavalo que ele vendeu na feira e lhe rendeu um bom dinheiro.
(B) A Fortuna deu-lhe uma moeda que lhe permitiu recuperar as riquezas perdidas.
(C) A Fortuna deu-lhe uma vara com a qual ele recuperou as riquezas perdidas.

4. Apresenta duas características do conto tradicional ou popular presentes em «A Riqueza e a


Fortuna».

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________

6 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Grupo II

1. Classifica as palavras sublinhadas na frase seguinte quanto à sua classe e subclasse, completando
o quadro respetivo.
a. O pobre homem, cuja família tinha de sustentar, trabalhava arduamente.
b. Certo dia, apareceram dois sujeitos, a Fortuna e a Riqueza.
c. No fim, aquele homem e a sua família alcançaram a felicidade.

Determinante Quantificador
demonstrativo indefinido relativo possessivo numeral

2. Sublinha os pronomes indefinidos presentes nas frases que se seguem.


a. Alguém quer ouvir um conto?
b. Todos disseram que sim e nenhum fez barulho enquanto ouviam.
c. Nem tudo estava perdido, pois a Fortuna resolveu a situação.
d. Conta-me outro, por favor, pois quero conhecer mais contos.

3. Indica o antecedente do pronome relativo sublinhado em cada frase.


a. O cruzado, que lhe foi dado pela Riqueza, de nada serviu.
_________________________________________________________________________
b. Este conto, acerca do qual fiz um trabalho, é o meu favorito.
_________________________________________________________________________

4. Transforma cada par de frases numa só utilizando o pronome relativo que.


a. A bolsa estava cheia de dobrões. A bolsa foi roubada por uma ave de rapina.
_________________________________________________________________________
b. O cavalo fugiu atrás de uma égua. O cavalo carregava o saco cheio de peças.
_________________________________________________________________________

5. Reescreve as frases, substituindo as expressões sublinhadas pelos pronomes pessoais átonos


adequados.
a. Os alunos ouviram duas histórias.
_________________________________________________________________________
b. Logo à noite, contarei esta história aos meus pais.
_________________________________________________________________________
c. Onde ouviste essa história?
_________________________________________________________________________
d. Os contos também transmitem ensinamentos.
_________________________________________________________________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 7


Grupo III
«Voltaram logo para casa muito contentes, e mudaram de vida, que até àquele tempo tinha sido
amargurada pelos poucos ganhos e muitos filhos.»
(Teófilo Braga, op. cit., p. 257)

Escreve um texto narrativo, no qual descrevas a mudança que ocorreu naquela família.
O teu texto deve incluir:
• a descrição de um espaço exterior;
• um momento de diálogo;
• a seguinte frase a terminar: «Não é com muito dinheiro que se é feliz».

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Observações:
Deves escrever entre 120 e 220 palavras.

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2021/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial até dois pontos;
– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

FIM

8 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Matriz do teste de avaliação 4 Versão B
Unidade 2 (Subunidade 2.1)
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Itens de seleção: Texto A: 2 15
Sentido global do texto
– escolha múltipla. (7,5 × 2)
Grupo I (artigo de opinião).
Leitura e
Itens de construção:
Educação Literária
– resposta curta; Texto B: 5 40
Conto tradicional.
– escolha múltipla. (8 × 5)

Grau do adjetivo.

Feminino do nome e do Itens de construção:


Grupo II 4 20
adjetivo. – resposta restrita;
Gramática (4 + 8 + 4 + 4)
– resposta curta.
Formação de palavras.

Texto de opinião.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 25
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 1


Matriz do teste de avaliação 4 Versão B
Unidade 2 (Subunidade 2.1)
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Por domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Itens de seleção: Texto A: 2 100
Sentido global do texto
– escolha múltipla. (50 × 2)
Grupo I (artigo de opinião).
Leitura e
Itens de construção:
Educação Literária
– resposta curta; Texto B: 5 100
Conto tradicional.
– escolha múltipla. (20 × 5)

Grau do adjetivo.

Feminino do nome e do Itens de construção: 4 100


Grupo II
adjetivo. – resposta restrita; (20 + 40 +
Gramática
– resposta curta. 20 + 20)
Formação de palavras.

Texto de opinião.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 100
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

2 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Teste de avaliação 4 Versão B
Unidade 2 (Subunidade 2.1)
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Grupo I
Texto A

Lê o texto com atenção. Se necessário, consulta as notas.

Contos de fadas tradicionais


A arte de contar histórias é, sem sombra de dúvida, a maior e melhor forma de expressão
utilizada pelas sociedades para se revelar, inventar e até mesmo construir-se perante a procura
de significados para a sua existência. É historicamente difícil precisar quando e como esta arte
teve início. Mas como toda a arte, nasceu certamente do desejo de expressão.
5 Os contos de fadas são obras de arte. Pertencem ao património mundial ancestral sob
diferentes formas, fazem parte do universo cultural de nações e gerações, desde as eras mais
remotas. Perpetuaram-se ao longo dos tempos, tendo como característica primordial lidar com
os conteúdos essenciais da condição humana.
Dadas as suas características peculiares, são tomados como objeto de análise de diferentes
10 áreas do conhecimento. Para a psicologia, os contos de fadas são encarados como um poderoso
instrumento que ajuda a pensar e sentir, e que pode exercer a função de mediador1, quando o que
se deseja é oferecer às crianças, aos jovens e até mesmo aos adultos, um veículo para se
compreenderem a si e às suas experiências no mundo.
Como forma de literatura tradicional de transmissão oral, a qual se foi preservando pela sua
15 repetição ao longo de gerações, a sua origem perde-se e confunde-se com todas as grandes
descobertas dos primeiros tempos da Humanidade. Assim sendo, no conto de fadas coabita2 a
memória da Humanidade, os conflitos do inconsciente, a ideologia, a experiência, a história, a
cultura que, em comum, têm o seu caráter absolutamente humano. Devemos, pois, encará-lo
também numa abrangência3 histórica e geográfica, como um fenómeno cultural, pois nele
20 repousam o conhecimento e a tradição por ter resistido ao tempo e se ter mantido, pela oralidade,
através de gerações.
Todos nós temos na nossa memória recordações e momentos em que esta arte se fez presente
e nos encantou, em que o «Era uma vez…» nos transportava de imediato para um outro plano,
fazendo-nos viajar pelo fantástico e maravilhoso mundo da imaginação. Em que nestes «Era uma
25 vez…», fomos princesas salvas por príncipes que apareciam em cavalos brancos, fomos Brancas
de Neve, Cinderelas, fadas boas e por vezes até bruxinhas.

Natacha Vicente, «Contos de fadas tradicionais: narrativas ímpares na infância»,


disponível em http://repositorio.ispa.pt, consultado em junho de 2020 (texto adaptado e com supressões).

1. mediador: meio, interveniente que medeia.


2. coabita: partilha o mesmo espaço de habitação.
3. abrangência: âmbito, amplitude.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 3


1. Assinala com✗ a única afirmação falsa.
(A) A arte de contar histórias terá nascido da necessidade de expressão.
(B) O estudo da literatura tradicional interessa a áreas restritas do conhecimento.
(C) A transmissão oral tem mantido vivo este tipo de literatura.

2. Assinala com✗, de 2.1 a 2.4, a opção que completa cada frase, de acordo com o sentido do texto.

2.1 Os contos de fadas, que se perpetuam no tempo, tratam


(A) conflitos do quotidiano.
(B) temáticas do irreal conforme a intenção literária.
(C) questões essenciais à condição humana.

2.2 Estas histórias são objeto de investigação para


(A) diversas áreas do saber.
(B) a Psicologia.
(C) a Geografia e a História.

2.3 Os elementos sublinhados em «a qual se foi preservando pela sua repetição ao longo de
gerações» (linhas 14 e 15) têm como antecedente a expressão
(A) «forma» (linha 14).
(B) «transmissão oral» (linha 14).
(C) «literatura tradicional» (linha 14).

2.4 Os contos de fadas transportam-nos para um mundo em que


(A) somos princesas e príncipes.
(B) podemos assumir vários papéis.
(C) podemos ser bons ou maus.

4 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Texto B

Lê o texto com atenção. Se necessário, consulta as notas.

A velha das galinhas


Havia uma velha, que estava sempre ao postigo1 até que horas. As filhas perguntavam-lhe:
– O que é que a mãe faz aí ao postigo por essa noite adiante?
– Deixem-se lá, filhas, que é do postigo que vos hei de casar.
Passado tempo foi a velha ao palácio falar à rainha:
5 – Venho aqui saber se Vossa Majestade quer mandar ensinar algumas galinhas a falar?
– Há de ter graça! disse a rainha. Quero, quero.
E mandou-lhe entregar uma dúzia de galinhas. A velha foi para casa, e uns poucos de dias
viveram à tripa-forra2 ela e mais as filhas, comendo galinha cozida e assada, frita e fritangada3.
Quando se acabaram, tornou a velha ao palácio, e disse à rainha:
10 – Ai, minha rica rainha, tenho uma paixão4 de estalar; as galinhas já estavam falando tão
claro, que hoje tencionava vir entregá-las. Quando as estava ajuntando, elas que começam numa
cantarolada:
Cocorocó, cacaracá,
A nossa Rainha com o Cabra está.
15 – Eu ainda as quis calar, mas as galinhas disseram-me que do poleiro bem viram o conde
Cabra entrar para o palácio; eu desesperada fechei-as, e venho saber o que quer Vossa Majestade
que se faça.
A rainha ficou muito desesperada, e deu-lhe ordem que fosse logo para casa, e que as matasse,
sem ficar nenhuma, e que não queria mais galinhas que falassem. E deu-lhe muito dinheiro, para
20 que a velha não dissesse a ninguém o que tinha acontecido, e que quando tivesse alguma
necessidade viesse ao palácio, que a ajudaria. Foi assim que a velha conseguiu arranjar meio de
casar as suas filhas, a quem a rainha deu muitos bons dotes5.
Teófilo Braga, Contos tradicionais do povo português, vol. 3, Alfragide, Leya Sempre, 2008, pp. 254-255.

1. postigo: portinha ou janela pequena. 2. à tripa-forra: com fartura. 3. fritangada: fritalhada. 4. paixão: aflição.
5. dotes: bens adquiridos no casamento.

1. Completa a afirmação que se segue.


A ação deste texto localiza-se num _____________ e num _____________ indeterminados,
pois não sabemos nem onde nem quando esta história se passou.

2. Caracteriza psicologicamente a «velha».


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

3. Explica, por palavras tuas, o que fez a «velha» para conseguir que a rainha lhe desse dinheiro.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

4. Assinala com✗ o recurso expressivo presente em «Cocorocó, cacaracá» (linha 13).


(A) Metáfora (B) Enumeração (C) Onomatopeia

5. Na tua opinião, as palavras da «velha» «– Deixem-se lá, filhas, que é do postigo que vos hei de
casar.» (linha 3) concretizaram-se? Justifica a tua resposta.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 5


Grupo II

1. Assinala com✗ o conjunto que é constituído apenas por palavras cujo processo de formação
é o mesmo.

(A) girassol – solar – solário – troca


(B) planeta – foguetão – astronauta – galáxia
(C) terráqueo – terreno – terraço – terrestre

2. Assinala com✗ todas as palavras que se formaram com o prefixo des-.


(A) desfazer
(B) desejar
(C) descer
(D) desenterrar

3. Associa os adjetivos destacados nas frases (coluna A) ao respetivo grau (coluna B).

A B
a. A Maria é a mais alta da turma. 1. normal
b. O Zé é mais estudioso do que o Pedro. 2. comparativo de igualdade
c. O Mário está menos cansado do que o Manel. 3. comparativo de superioridade
d. O Manel está cansadíssimo. 4. comparativo de inferioridade
e. O Zé é bastante estudioso. 5. superlativo relativo de superioridade
f. A Ana ficou irrequieta. 6. superlativo relativo de inferioridade
g. A Sofia é a menos irrequieta da turma. 7. superlativo absoluto sintético
h. A Maria está tão feliz como a Rita. 8. superlativo absoluto analítico

a. b. c. d.

e. f. g. h.

4. Completa a frase reescrita no feminino.


O cão de raça beagle é um campeão audaz.

A é uma .

6 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Grupo III
Elabora um texto de opinião em que reflitas sobre a importância que as histórias tiveram na
tua infância e que ainda têm atualmente na tua vida.

Podes seguir o plano de texto apresentado:


• o grau de importância das histórias na tua infância e na vida atual;
• o tipo de histórias que mais aprecias (histórias românticas, aventuras, banda desenhada,
filmes, jogos, letras de música…), justificando a tua preferência;
• a frequência com que lês/vês/ouves essas histórias;
• uma reflexão sobre a importância das histórias e sugestões de histórias interessantes.

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Observações:
Deves escrever entre 120 e 220 palavras.

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2021/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial até dois pontos;
– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

FIM

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 7


Matriz do teste de avaliação 5 Versão B
Unidade 2 (Subunidade 2.2)
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto
(artigo de opinião). Item de seleção:
– escolha múltipla. Texto A: 1 15
Texto narrativo (15 x 1)
Grupo I
(O Cavaleiro da Dinamarca, Itens de construção:
Leitura e
de Sophia de Mello – escolha múltipla; Texto B: 5 40
Educação Literária
Breyner Andresen). – resposta curta. (4 + 6 + 16
[8 + 8] + 6 + 8)
Recursos expressivos
(metáfora).
Subclasses do verbo.

Conjunção coordenativa
(copulativa, adversativa,
explicativa e conclusiva).
Grupo II 4 20
Funções sintáticas Itens de construção:
Gramática (4 + 4 + 4 + 8)
(complemento direto, – resposta restrita;
complemento indireto, – resposta curta.
complemento oblíquo e
predicativo do sujeito).

Coordenação.
Comentário.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 25
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 1


Matriz do teste de avaliação 5 Versão B
Unidade 2 (Subunidade 2.2)
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Por domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto
(artigo de opinião). Item de seleção:
– escolha múltipla. Texto A: 1 100
Texto narrativo (100 × 1)
Grupo I
(O Cavaleiro da Dinamarca, Itens de construção:
Leitura e Texto B: 6 100
de Sophia de Mello – escolha múltipla;
Educação Literária (8 + 12 +
Breyner Andresen). – resposta curta.
40 [20 + 20] +
15 + 25)
Recursos expressivos
(metáfora).
Subclasses do verbo.

Conjunção coordenativa
(copulativa, adversativa,
explicativa e conclusiva).
Grupo II 4 100
Funções sintáticas Itens de construção: (20 + 20 +
Gramática
(complemento direto, – resposta restrita; 20 + 40)
complemento indireto, – resposta curta.
complemento oblíquo e
predicativo do sujeito).

Coordenação.
Comentário.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 100
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

2 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Teste de avaliação 5 Versão B
Unidade 2 (Subunidade 2.2)
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Grupo I
Texto A
Lê o texto com atenção.

O poder das histórias na Comunicação


O storytelling é a arte de contar histórias de forma relevante e com um propósito bem
definido. É uma ferramenta altamente eficaz utilizada em diferentes segmentos da comunicação.
Vários estudos mostram que, numa qualquer intervenção pública, formal ou menos formal, é
das histórias que as pessoas se lembram muito tempo depois de ouvir um orador. E porquê?
5 Porque as imagens que a audiência vai criando ao ouvir as suas histórias tornam a sua
mensagem bem mais real. Quanto mais visuais forem, tanto melhor! E se forem recheadas de
humor, sucesso garantido. As histórias provocam exatamente a mesma emoção que sentimos ao
ver um bom filme.
Quando comunicamos, se queremos transmitir uma mensagem cativante e inspiradora, não
10 nos podemos esquecer de incluir uma dose generosa de histórias emocionantes – dramáticas ou
cómicas – com enredos poderosos, personagens carismáticas1, diálogos reais e uma narrativa
surpreendente, capaz de prender o público à cadeira. E as histórias mais interessantes são as
contadas na 1.ª pessoa. Quer ver?
Quando eu era pequena, lembro-me das deliciosas saladas algarvias preparadas pela minha
15 mãe, com o tomate e o pepino cortados aos quadradinhos, temperados com orégãos e um bom
azeite. Hmm… Que bem que me sabia! Hoje em dia, quando me servem no restaurante uma
salada com pepino, não lhe toco. E porquê? Porque vem normalmente cortado às rodelas grossas
e não me sabe bem cortado desta forma. O modo como são cortados os legumes afeta sem
qualquer dúvida o nosso paladar, concorda?
20 Qual o propósito desta história? Mostrar que, tal como acontece com o corte do pepino, na
comunicação muitas vezes não importa o que dizemos, mas como dizemos: a escolha das
palavras influencia em grande medida o sucesso (ou insucesso) da nossa mensagem.
Sentiu-se envolvido com a minha história?!
O storytelling é também uma ferramenta poderosa no domínio dos negócios. Especialistas em
25 marketing2 perceberam bem cedo o poder das histórias no sucesso das vendas. Perceberam que
podem vender um produto ou serviço sem sequer falar do mesmo. Como? Contando histórias.
As histórias estabelecem uma forte relação emocional com o consumidor, influenciando-o na
tomada de uma decisão.
As histórias despertam emoções. E chegámos ao cerne3 da questão: as emoções. As histórias
30 criam um envolvimento emocional com o leitor ou o ouvinte, tornando-os protagonistas da
narrativa. O segredo é mesmo este: criar um relacionamento que gera confiança.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 3


Starbucks, Nike, Red Bull, Coca-Cola são algumas marcas que há muito usam o storytelling
na sua comunicação, porque sabem que, como bem referiu Seth Godin, um dos especialistas de
marketing mais conceituados, «as pessoas não compram bens ou serviços. Compram relações,
35 histórias e magia».
A Coca-Cola há muito que não vende só bebidas. Vende também e, sobretudo, felicidade.
Sandra Duarte Tavares, disponível em http://visão.sapo.pt, consultado em julho de 2020 (texto com supressões).
1. carismático: com dons ou qualidades excecionais que lhes dão o poder de agradar aos outros. 2. marketing: estudo de
mercado. 3. cerne: centro; núcleo.

1. Assinala com ✗, de 1.1 a 1.5, a opção que completa cada frase, de acordo com as informações
do texto.

1.1 O storytelling é utilizado em várias áreas da comunicação, uma vez que


(A) é uma regra imposta pelos vários segmentos.
(B) as pessoas tendem a recordar-se das histórias.
(C) é um recurso considerado artístico e eficiente.

1.2 A inclusão de histórias interessantes em qualquer intervenção


(A) conduz à eficácia da mensagem a transmitir.
(B) leva o público a compará-las a um filme.
(C) provoca o tédio e o cansaço no auditório.

1.3 A autora, ao contar uma história na 1.a pessoa,


(A) quer provar que os legumes cortados são melhores.
(B) tenciona explicar por que razão não come pepino.
(C) pretende comprovar o argumento apresentado.

1.4 Muitos anúncios não falam do produto ou serviço publicitado


(A) para estabelecerem uma relação emocional com o consumidor.
(B) porque recorrem ao poder persuasivo das histórias.
(C) para melhor influenciarem o consumidor.

1.5 No último parágrafo do texto, a autora, para finalizar a sua argumentação, utiliza
(A) uma comparação.
(B) uma anáfora.
(C) uma metáfora.

4 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Texto B
Lê o seguinte excerto de O Cavaleiro da Dinamarca com atenção. Se necessário, consulta as notas.

Guiado por Beatriz…


E Filippo começou a contar:
‒ Quando Dante1 tinha nove anos de idade, viu um dia na rua uma rapariguinha, tão jovem
como ele, e que se chamava Beatriz. [...] Dante amou-a desde essa idade e desde esse primeiro
encontro. Mas passados anos, em plena juventude, Beatriz morreu. Esta morte foi o tormento de
5 Dante. Então, para esquecer o seu desgosto, começou uma vida de loucuras e erros. Até que um
dia, numa Sexta-Feira Santa, a 8 de abril do ano de 1300, se encontrou perdido no meio duma
floresta escura e selvagem. Aí lhe apareceram um leopardo, um leão e uma loba. Dante olhou
então à roda de si e viu passar uma sombra. Ele chamou-a em seu auxílio e a sombra disse-lhe:
«Sou a sombra de Virgílio2, o poeta morto há mais de mil anos, e venho da parte de Beatriz
10 para te guiar até ao lugar onde ela te espera.»
Dante seguiu Virgílio. Primeiro passaram sob a porta do Inferno3 onde está escrito: «Vós que
entrais deixai toda a esperança.»
Depois atravessaram os nove círculos onde estão os condenados. Viram aqueles que estão
cobertos por chuvas de lama, viram os que são eternamente arrastados em tempestades de vento,
15 viram os que moram dentro do fogo e viram os traidores, presos em lagos de gelo. Por toda a
parte se erguiam monstros e demónios, e Dante agarrava-se a Virgílio, tremendo de terror. E por
toda a parte reinava a escuridão como numa mina. Pois ali era um reino subterrâneo, sem Sol,
sem Lua e sem estrelas, iluminado apenas pelas chamas infernais.
Depois de terem percorrido todos os abismos do Inferno voltaram à luz do Sol e chegaram ao
20 Purgatório4, que é um monte no meio duma ilha subindo para o céu. Aí Dante e Virgílio viram
as almas que através de penitências e preces vão a caminho do Paraíso. Neste lugar já não se
viam demónios, mas em cada novo caminho surgiam anjos brilhantes como estrelas.
Até que chegaram ao Paraíso Terrestre5, que fica no cimo do monte do Purgatório. Aí, entre
relvas, bosques, fontes e flores, Dante tornou a ver Beatriz. […]
25 ‒ Dante ‒ disse ela ‒, mandei-te chamar para te curar dos teus erros e pecados. Já viste o que
sofrem as almas do Inferno e já viste as grandes penitências6 daqueles que estão no Purgatório.
Agora vou levar-te comigo ao Céu7, para que vejas a felicidade e a alegria dos bons e dos justos.
Guiado por Beatriz, o poeta atravessou os nove círculos do Céu. Caminharam entre estrelas
e planetas, rodeados de anjos e cânticos. E viram as almas dos justos cheias de glória e de alegria.
30 Quando chegaram ao décimo Céu, Beatriz despediu-se do seu amigo e disse-lhe:
‒ Volta à Terra e escreve num livro todas estas coisas que viste. Assim ensinarás os homens
a detestarem o mal e a desejarem o bem.
Dante voltou a este mundo e cumpriu a vontade de Beatriz. Escreveu um longo e maravilhoso
poema chamado «A Divina Comédia», no qual contou a sua viagem através do reino dos mortos.
Sophia de Mello Breyner Andresen, O Cavaleiro da Dinamarca,
Porto, Porto Editora, 2017, pp. 26, 27 e 30.

1. Dante: escritor, poeta e político italiano. 2. Virgílio: um dos maiores poetas de Roma. 3. Inferno: para os cristãos, lugar
ou situação pessoal em que as almas pecadoras se encontram após a morte, submetidas a penas eternas. 4. Purgatório:
lugar onde as almas dos que cometeram pecados leves acabam de purificar os seus erros. 5. Paraíso Terrestre: segundo
a Bíblia, jardim aprazível onde Deus colocou Adão e Eva, depois da sua criação. 6. penitências: castigos. 7. Céu: local onde
habitam Deus, os anjos, os bem-aventurados e as almas dos justos.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 5


1. Assinala com ✗ a opção que completa a frase.

1.1 A história de Dante é uma sequência narrativa que se encontra organizada por
(A) encadeamento.
(B) encaixe.
(C) alternância.

2. Identifica o narrador e classifica-o quanto à participação na ação.

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3. Explicita o que conduziu o protagonista desta história a perder-se numa «floresta escura e
selvagem» (linha 7).

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3.1 Indica quem era a «sombra» que ele chamou em seu auxílio e qual a sua missão.

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4. Enumera os locais por onde passaram Dante e a «sombra».

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5. Transcreve do texto uma passagem que comprove que Dante respeitou o pedido de Beatriz.

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6 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Grupo II

1. Associa os verbos sublinhados (coluna A) à sua subclasse (coluna B).

A B
a. O Cavaleiro estava fascinado com
o que ouvia. 1. transitivo direto

b. Virgílio foi seguido por Dante. 2. transitivo indireto


c. O Cavaleiro ouviu esta história em 3. copulativo
Florença.
4. auxiliar da passiva
d. Finalmente, Dante regressou a
Florença.

a. b. c. d.

2. Indica a função sintática dos constituintes sublinhados nas frases.


a. Dante entrou no Inferno e viu as almas dos condenados.
(A) Complemento direto (B) Complemento oblíquo
b. O Purgatório ficava no meio de uma ilha.
(A) Predicativo do sujeito (B) Complemento indireto
c. Beatriz disse a Dante para voltar à Terra.
(A) Complemento direto (B) Complemento indireto
d. Este poeta escreveu «A Divina Comédia».
(A) Complemento direto (B) Complemento oblíquo

3. Assinala com ✗, em 3.1 e 3.2, a opção que completa cada frase.


3.1 A conjunção coordenativa sublinhada em Dante ouviu a sombra e seguiu-a é

(A) adversativa. (B) explicativa. (C) copulativa.

3.2 Na frase O herói teve medo, mas não desistiu, a conjunção coordenativa sublinhada é

(A) adversativa. (B) copulativa. (C) conclusiva.

4. Classifica as orações coordenadas sublinhadas nas frases seguintes.


a. No Inferno, ora viam os castigos das almas ora observavam monstros e demónios.
_________________________________________________________________________________________
b. Dante tremia de terror, pois agarrava-se a Virgílio.
_________________________________________________________________________________________
c. Beatriz morava no Paraíso, logo não regressou com Dante à Terra.
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d. Muitas pessoas leram «A Divina Comédia», mas não aprenderam a detestar o mal.
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Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 7


Grupo III

«Assim ensinarás os homens a detestarem o mal e a desejarem o bem».


(Sophia de Mello Breyner Andresen, op. cit., p. 30)

Escreve um comentário, no qual expliques de que modo as histórias nos podem influenciar
positivamente.
Organiza a informação da forma que considerares mais pertinente, tratando os tópicos
apresentados a seguir:
• o poder persuasivo da história de Dante;
• apresentação, de forma fundamentada, do teu ponto de vista sobre a influência
positiva das histórias.

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Observações:
Deves escrever entre 80 e 130 palavras.

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2021/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial até dois pontos;
– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

FIM

8 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Matriz do Teste de avaliação 6 Versão B
Unidade 2 (Subunidade 2.2)
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto
(artigo de opinião).
Item de seleção:
Texto narrativo Texto A: 1 15
– escolha múltipla.
Grupo I (O Cavaleiro da Dinamarca, (15 x 1)

Leitura e de Sophia de Mello


Educação Literária Breyner Andresen). Itens de construção:
Texto B: 4 40
– escolha múltipla;
(10 x 4)
Recursos expressivos – resposta curta.
(enumeração e
personificação).
Subclasses do verbo.

Conjunção coordenativa
(copulativa, adversativa,
explicativa e conclusiva).

Grupo II 4 20
Funções sintáticas Itens de construção:
Gramática (4 + 5 + 3 + 8)
(complemento direto, – resposta restrita;
complemento indireto, – resposta curta.
complemento oblíquo e
predicativo do sujeito).

Coordenação.
Texto de opinião.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 25
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 1


Matriz do Teste de avaliação 6 Versão B
Unidade 2 (Subunidade 2.2)
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Por domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto
(artigo de opinião).
Item de seleção:
Texto narrativo Texto A: 1 100
– escolha múltipla.
Grupo I (O Cavaleiro da Dinamarca, (100 × 1)

Leitura e de Sophia de Mello


Educação Literária Breyner Andresen). Itens de construção:
Texto B: 4 100
– escolha múltipla;
(25 × 4)
Recursos expressivos – resposta curta.
(enumeração e
personificação).
Subclasses do verbo.

Conjunção coordenativa
(copulativa, adversativa,
explicativa e conclusiva).

Grupo II 4 100
Funções sintáticas Itens de construção: (20 + 22 +
Gramática
(complemento direto, – resposta restrita; 18 + 40)
complemento indireto, – resposta curta.
complemento oblíquo e
predicativo do sujeito).

Coordenação.
Texto de opinião.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III sinais auxiliares de escrita; Item de construção:
1 100
Escrita construção frásica – resposta extensa.
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

2 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Teste de avaliação 6 Versão B
Unidade 2 (Subunidade 2.2)
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Grupo I
Texto A

Lê o texto com atenção. Se necessário, consulta as notas.

Palavras a Sophia de Mello Breyner


A homenagem a prestar a Sophia de Mello Breyner é
promover o conhecimento da sua obra. Ensiná-la aos jovens nas
escolas. Tê-la à disposição dos adultos e dos mais velhos. O filho,
Miguel Sousa Tavares, disse-o há dias, com justeza.
5 Os mais diversos quadrantes1 políticos e culturais renderamse
à prosa e poesia de Sophia de Mello Breyner. Prestaram home-
nagem àquela que é a maior poetisa portuguesa dos nossos tempos
e das maiores de sempre em Portugal.
Não sou um entendido da obra de Sophia. Só leitor fiel e grato.
10 Quando se fala de Sophia de Mello Breyner, nunca se diz tudo.
O poder político raramente acerta e é justo. Decidiu mudar a
morada de Sophia de Mello Breyner para o Panteão Nacional2.
Com festa e palavras de circunstância. Fez bem. A poetisa inega-
velmente merece.
15 Na sua crónica miopia3, os políticos supõem ter cumprido o
princípio e o fim da homenagem devida a uma mulher desta grandeza. Nunca interiorizarão que
a homenagem é mais do Panteão em receber a poetisa do que desta em lá morar. Continuarão a
descurar4 o ensino da sua arte, poesia e prosa, nas nossas escolas.
O valor superior da cultura escapa sempre a um poder de contas, cortes, défices5 e dívidas.
20 Supõem ter levado Sophia de Mello Breyner ao Panteão Nacional. Melhor seria que, pelo seu
povo, e aproveitando o ensejo6, atentassem no pensamento da poetisa: «A cultura é cara.
A incultura acaba por ser mais cara. E a demagogia é caríssima…». Refletissem, tirassem daí as
consequências e se empenhassem também na cultura. Investissem e insistissem no ensino e
promoção daqueles que são a alma de um povo.
25 Sophia de Mello Breyner não está sepultada. Antes vive no meio e entre nós. Com a sua
poesia, a sua arte: «A poesia… pede-me que viva sempre…».
Vivo no Campo Alegre7 há muitos anos. Tenho a sorte de ser vizinho de Sophia de Mello
Breyner. Vivo cá em baixo. Ela muito lá em cima. Em cima, na rua e no seu grande mundo.
Leio agora, com muito mais ternura, a poesia de uma mulher deslumbrante: «Temor de te
30 amar num sítio tão frágil como o mundo / Mal de te amar neste lugar de imperfeição / Onde
tudo nos quebra e emudece / Onde tudo nos mente e nos separa».
Alberto Pinto Nogueira, «Palavras a Sophia de Mello Breyner», in Público, disponível em https://www.publico.pt, consultado em
fevereiro de 2018 (texto adaptado e com supressões).
1. quadrantes: partidos, posicionamentos. 2. Panteão Nacional: monumento erigido para sepultar e perpetuar a memória
dos cidadãos portugueses que se distinguiram por serviços prestados ao país. 3. miopia: falta de vista à distância.
4. descurar: não cuidar. 5. défices: saldos negativos no orçamento do Estado. 6. ensejo: ocasião propícia. 7. Campo Alegre:
uma das principais ruas da cidade do Porto.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 3


1. Assinala com ✗, de 1.1 a 1.5, a opção que completa cada frase, de acordo com as
informações do texto.

1.1 A melhor forma de homenagear Sophia é


(A) comprar os seus livros.
(B) promover a descoberta da sua obra junto dos mais novos.
(C) proporcionar o conhecimento da sua obra junto dos mais velhos.

1.2 O autor do texto assume-se como


(A) vizinho de Sophia na zona do Campo Alegre.
(B) especialista literário da obra de Sophia.
(C) leitor leal e reconhecido da obra de Sophia.

1.3 Segundo o autor do texto, a mudança da última morada de Sophia


(A) é uma honra para o Panteão Nacional.
(B) é uma honra imerecida para a poetisa.
(C) mostra-se como a melhor forma de distinguir a poetisa.

1.4 A frase «Em cima, na rua e no seu grande mundo.» (linha 28) tem um
(A) significado literal.
(B) sentido literal e metafórico.
(C) sentido metafórico.

1.5 Com o uso das aspas, ao longo do texto, pretende-se


(A) inserir a prosa de Sophia no discurso do autor.
(B) destacar os versos da poetisa no discurso do autor.
(C) introduzir as palavras de Sophia no discurso do autor.

4 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Texto B

Lê o texto com atenção. Se necessário, consulta as notas.

Em Jerusalém
Quando chegou o dia de Natal, ao fim da tarde, o Cavaleiro dirigiu-se para a gruta de Belém.
Ali rezou toda a noite. Rezou no lugar onde a Virgem, São José, o boi, o burro, os pastores, os
Reis Magos e os Anjos tinham adorado a criança acabada de nascer. E, quando na torre das
igrejas bateram as doze badaladas da meia-noite, o Cavaleiro julgou ouvir, num cântico1
5 altíssimo cantado por multidões inumeráveis, a oração dos Anjos:
«Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade».
Então desceu sobre ele uma grande paz e uma grande confiança e, chorando de alegria, beijou
as pedras da gruta.
Rezou muito, nessa noite, o Cavaleiro. Rezou pelo fim das misérias e das guerras, rezou pela
10 paz e pela alegria do mundo. Pediu a Deus que o fizesse um homem de boa vontade, um homem
de vontade clara e direita, capaz de amar os outros. E pediu também aos Anjos que o protegessem
e guiassem na viagem de regresso, para que, daí a um ano, ele pudesse celebrar o Natal na sua
casa com os seus.
Passado o Natal o Cavaleiro demorou-se ainda dois meses na Palestina […].
15 Depois, em fins de fevereiro, despediu-se de Jerusalém e, na companhia de outros peregrinos2,
partiu para o porto de Jafa3.
Entre esses peregrinos havia um mercador de Veneza com quem o Cavaleiro travou grande
amizade.
Em Jafa foram obrigados a esperar pelo bom tempo e só embarcaram em meados de março.
20 Mas, uma vez no mar, foram assaltados pela tempestade. O navio ora subia na crista da vaga
ora recaía pesadamente estremecendo de ponta a ponta. Os mastros e os cabos estalavam e
gemiam.
As ondas batiam com fúria no casco e varriam a popa. O navio ora virava todo para a
esquerda, ora virava todo para a direita, e os marinheiros davam à bomba para que ele não se
25 enchesse de água. O vento rasgava as velas em pedaços e navegavam sem governo ao sabor do
mar.
– Ah! – pensava o Cavaleiro. – Não voltarei a ver a minha terra.
Sophia de Mello Breyner Andresen, O Cavaleiro da Dinamarca,
Porto, Porto Editora, 2017, pp. 11-12.

1. cântico: hino em honra do divino.


2. peregrinos: viajantes que visitam lugares santos ou de devoção.
3. porto de Jafa: o porto mais antigo do mundo.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 5


1. Atenta nos quatro primeiros parágrafos (linhas 1 a 13).

1.1 Situa a ação do excerto no tempo e no espaço.

a. Tempo: ________________________________________________________________
b. Espaço: ________________________________________________________________

2. Transcreve do texto dois pedidos do Cavaleiro a Deus.

_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________

3. Indica o motivo do adiamento da viagem de regresso do Cavaleiro, a partir de Jafa.

_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________

4. Assinala com ✗ os dois recursos expressivos presentes em «Os mastros e os cabos estalavam e
gemiam» (linhas 21 e 22).
(A) Metáfora
(B) Enumeração
(C) Onomatopeia
(D) Personificação

6 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Grupo II

1. Assinala com ✗ as funções sintáticas dos elementos sublinhados nas frases.


Complemento Complemento Complemento
Frases Modificador
direto indireto oblíquo
a. Foi um enorme prazer dialogar
com o Mercador de Veneza.
b. O Cavaleiro ainda viu as ondas
alagar o navio.
c. O peregrino pediu aos Anjos que o
protegessem na viagem de
regresso.
d. Os peregrinos ouviram histórias
enquanto esperavam o navio.

2. Reescreve a frase, substituindo o constituinte sublinhado pelo pronome pessoal adequado.


Empresta o livro O Cavaleiro da Dinamarca ao Pedro.

_____________________________________________________________________________________________

3. Associa cada palavra sublinhada (coluna A) à palavra ou expressão com sentido equivalente
(coluna B).

A B
a. O Cavaleiro rezou muito e beijou as
pedras da gruta.
1. por conseguinte
b. O peregrino já tinha cumprido a sua
2. não só... mas também
missão, portanto podia regressar a casa.
3. no entanto
c. O tempo devia melhorar na primavera,
mas tal não aconteceu.

a. b. c.

4. Transforma as frases simples em frases complexas, exprimindo o valor sugerido entre


parênteses. Faz apenas as alterações necessárias.
a. Lê outro livro de Sophia. São todos excelentes! (explicação)
_________________________________________________________________________________________
b. Ficas em Jerusalém? Voltas para a Dinamarca? (alternativa)
_________________________________________________________________________________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 7


Grupo III

«Viajar é interpretar. Duas pessoas vão ao mesmo país e, quando regressam, contam histórias
diferentes, descrevem os naturais desse país de maneiras diferentes.»
(José Luís Peixoto, Dentro do segredo)

Elabora um texto de opinião em que reflitas sobre o excerto transcrito.


Podes seguir o plano de texto apresentado:
• explicação sucinta da afirmação;
• para que lugar viajarias e porquê;
• quem e o que levarias contigo;
• apresentação da tua opinião relativamente à transcrição.

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Observações:
Deves escrever entre 120 e 200 palavras.

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2021/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial até dois pontos;
– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

FIM
8 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano
Matriz do teste de avaliação 7 Versão B
Unidade 2 (Subunidade 2.3)
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto
(crítica). Itens de seleção: Texto A: 2 15
– escolha múltipla. (8 + 7)
Grupo I Texto narrativo («Mestre
Leitura e Finezas», de Manuel da
Educação Literária Fonseca). Itens de construção: Texto B: 5 40
– resposta curta. (12 [6 + 6] +
Recursos expressivos 8 + 8 + 6 + 6)
(comparação).
Classe de palavras:
advérbio e locuções
adverbiais. Itens de seleção:
– escolha múltipla.
Grupo II Frase ativa e frase passiva. 3 20
Gramática Itens de construção: (8 + 6 + 6)
Subordinação (oração – resposta restrita;
subordinada adverbial – resposta curta.
temporal, causal, final,
condicional).
Exposição.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 25
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 1


Matriz do teste de avaliação 7 Versão B
Unidade 2 (Subunidade 2.3)
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Por domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto
(crítica). Itens de seleção: Texto A: 2 100
– escolha múltipla. (60 + 40)
Grupo I Texto narrativo («Mestre
Leitura e Finezas», de Manuel da
Itens de construção: Texto B: 5 100
Educação Literária Fonseca).
– resposta curta. (20 [10 + 10] +
30 + 30 +
Recursos expressivos 10 + 10)
(comparação).
Classe de palavras:
advérbio e locuções
adverbiais. Itens de seleção:
– escolha múltipla.
Grupo II Frase ativa e frase passiva. 3 100
(48 + 30 +
Gramática Itens de construção:
22)
Subordinação (oração – resposta restrita;
subordinada adverbial – resposta curta.
temporal, causal, final,
condicional).
Exposição.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 100
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

2 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Teste de avaliação 7 Versão B
Unidade 2 (Subunidade 2.3)
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Grupo I
Texto A

Lê o texto com atenção.

Rinoceronte salva rapaz depois de um furacão


David Machado criou uma história que decerto vai conquis-
tar novos leitores. Em Não te afastes, há aventura, emoção, estra-
nheza, superação. Os jovens que já gostam de ler terão mais um
motivo para não desistir da literatura.
5 Tomás está convencido de que é o responsável por tudo o que de
mal acontece às pessoas de quem se aproxima. Esta certeza instalou-
-se depois da morte do pai, que caiu do cavalo quando o procurava à
noite pelos campos em redor de sua casa.
O rapaz decidiu então afastar-se dos que ama. Só assim poderia
10 proteger a mãe e os amigos do que a sua presença pudesse vir a
provocar. Encheu a mochila com o que lhe pareceu essencial e
desandou.
Depois de passar o dia a entrar e a sair de camionetas em direção à casa de um tio, que não
estava nem chegou, e de dormir num degrau, descobriu: «Eu não sabia que estar sozinho doía
15 tanto.»
Não era igual a estar sozinho de livre vontade quando se sentava perto do rio no regresso da
escola. Isso «era bom», apercebeu-se agora. «Estar sozinho na cidade é outra coisa: é como cair
num precipício e nunca chegar a bater no chão lá em baixo. Todas as ruas têm gente, há milhares
de pessoas à minha volta e ninguém olha para mim, ninguém fala comigo, como se eu não
20 existisse.»
Para tornar tudo mais difícil, vinha um furacão a caminho da cidade.
Tomás há de ficar sem mochila, sem bateria no telemóvel e sem esperança. Será perseguido,
ameaçado, levado pelo vento e pelas águas que o furacão descontrolou.
Com as dores e inquietação que sofreu, o rapaz chegou a julgar-se morto. Mas não.
25 Sobreviveu. Pelo caminho, encontrou alguém tão vulnerável e assustado como ele: uma cria de
rinoceronte roubada à mãe e ao jardim zoológico.
Juntos, na solidão e no medo, ganham uma nova coragem. Como só acontece entre amigos
de verdade. Acabarão por ser os heróis do salvamento de uma menina e, mais adiante, os
responsáveis por ditar o destino de quem lhes queria fazer mal.
30 Neste percurso sinuoso e doloroso, o rapaz percebeu que a sua ideia de ser o responsável pelo
mal à sua volta não fazia sentido. Aprendeu ainda que «todos os acontecimentos têm
consequências boas ou más».
Foi o pai da menina que ambos (Tomás e o rinoceronte) salvaram que o pôs a refletir: «Pensa,
por exemplo, no momento em que fugiste de casa. Para a tua mãe isso não foi bom, tenho a
35 certeza. Mas se não o tivesses feito, nunca terias chegado aqui com aquele animal para salvar a
minha filha.»

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 3


Se a amizade destes protagonistas é altamente improvável, a capacidade de David Machado
conquistar novos leitores com este livro não. Não te afastes tem tudo. Na história, aventura,
emoção, estranheza, superação. Na escrita, clareza, ritmo, contenção, sentido literário e poético.
40 Uma bela porta de entrada para a literatura, para os jovens mais renitentes, e um convite feliz
à permanência dos já conquistados.
Rita Pimenta, in Ímpar, www.publico.pt, consultado em julho de 2020 (texto com supressões).

1. Assinala com ✗, de 1.1 a 1.4, a opção que completa cada frase, de acordo com as informações
do texto.

1.1 A total convicção de Tomás de que a sua presença era prejudicial aos outros ocorreu
(A) depois de ter decidido fugir de casa para proteger a mãe.
(B) após o pai ter morrido quando o procurava pelos campos.
(C) enquanto se preparava com o essencial para fugir.

1.2 A personagem, quando se viu na cidade,


(A) sentiu o peso da solidão, embora estivesse rodeada de pessoas.
(B) viveu a mesma solidão que sentia quando estava no rio.
(C) foi ter a um precipício e imaginou-se a cair lá do alto.

1.3 À medida que a história avança, Tomás passa muitas dificuldades, mas
(A) encontra um novo amigo, com quem vive algumas aventuras.
(B) encontra um rinoceronte que fugira do jardim zoológico.
(C) salva o pai de uma menina, juntamente com o novo amigo.

1.4 Através da enumeração nas linhas 38 e 39, a autora comprova que


(A) é pouco provável a amizade entre Tomás e um rinoceronte.
(B) a excecionalidade do livro se encontra na história.
(C) o livro tem todos os ingredientes para captar novos leitores.

2. Indica duas características que comprovem que o texto é uma crítica. Fundamenta a tua resposta
com transcrições do texto.

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4 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Texto B

Lê o seguinte excerto de «Mestre Finezas» com atenção. Se necessário, consulta as notas.

Memórias de infância
Lembro-me muito bem de como tudo se passava. Minha mãe tinha de fingir-se zangada. Eu saía
de casa, rente à parede, sentindo que aquilo era pior que ir para a escola.
Mestre Finezas puxava um banquinho para o meio da loja e enrolava-me numa enorme toalha.
Só me ficava a cabeça de fora.
5 Como o tempo corria devagar!
A tesoura tinia e cortava junto das minhas orelhas. Eu não podia mexer-me, não podia bocejar
sequer. «Está quieto, menino», repetia Mestre Finezas segurando-me a cabeça entre as pontas duras
dos dedos: «Assim, quieto!» Os pedacitos de cabelo espalhados pelo pescoço, pela cara, faziam
comichão e não me era permitido coçar. Por entre as madeixas caídas para os olhos via-lhe, no
10 espelho, as pernas esguias, o carão severo de magro, o corpo alto, curvado. Via-lhe os braços
compridos arqueados como duas garras sobre a minha cabeça. Lembrava uma aranha.
E eu – sumido1 na toalha, tolhido2 numa posição tão incómoda que todo o corpo me doía – era
para ali uma pobre criatura indefesa nas mãos de Mestre Ilídio Finezas.
Nesse tempo tinha-lhe medo. Medo e admiração. O medo resultava do que acabo de contar.
15 A admiração vinha das récitas3 dos amadores dramáticos da vila.
Era pelo inverno. Jantávamos à pressa e nessas noites minha mãe penteava-me com cuidado.
Calçava uns sapatos rebrilhantes e umas peúgas de seda que me enregelavam os pés. Saíamos. E, no
negrume4 da noite que afogava as ruas da vila, eu conhecia pela voz famílias que caminhavam na
nossa frente e outras que vinham para trás. Depois, ao entrar no teatro, sentia-me perplexo5 no meio
20 de tanta luz e gente silenciosa. Mas todos pareciam corados de satisfação.
Daí a pouco, entrava num mundo diferente. Que coisas estranhas aconteciam!
Ninguém ali falava como eu ouvia cá fora. E mesmo quando calados tinham outro aspeto;
constantemente a mexerem os braços. Mestre Finezas era o que mais se destacava. E nunca, que me
recorde, o pano desceu, no último ato, com Mestre Finezas ainda vivo. Quase sempre morria quando
25 a cortina principiava a descer e, na plateia, as senhoras soluçavam alto.
Aquelas desgraças aconteciam-lhe porque era justo e tomava, de gosto, o partido dos fracos.
E, para que os fracos vencessem, Mestre Finezas não tinha medo de nada nem de ninguém.
Heroicamente, de peito aberto, e com grandes falas, ia ao encontro da morte.
Eu arrepiava-me todo.
30 Uma noite Mestre Finezas morreu logo no primeiro ato. Foi um desapontamento. Todos
criticaram pelo corredor, no intervalo. «O melhor artista morrer mal entra em cena!... Não está certo!
Agora vamos gramar quatro atos só com canastrões4!», dizia o doutor delegado a meu pai.
Mas a cena tinha sido tão viva e a sua morte tão notada durante o resto do espetáculo que, no
outro dia, me surpreendi ao vê-lo caminhando em direção à loja.
35 Ora havia também um outro motivo para a minha admiração. Era o violino. Mestre Finezas,
quando não tinha fregueses, o que era frequente durante a maior parte do dia, tocava violino. E, muita
vez, aconteceu eu abandonar os companheiros e os jogos e quedar-me6, suspenso, a ouvi-lo, de longe.
Era bem bonito. Uma melodia suave saía da loja e enchia a vila de tristeza.
Manuel da Fonseca, Aldeia nova, 3.a ed., Alfragide, BIS, 2016, pp. 121-123.

1. sumido: que mal se vê. 2. tolhido: quieto. 3. récitas: representações teatrais. 4. negrume: escuridão. 5. perplexo: muito
admirado. 6. quedar-me: ficar quieto, parado.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 5


1. Refere a fase da vida do narrador que é relatada neste excerto.

____________________________________________________________________________________________

1.1 Classifica o narrador quanto à participação na ação.

_________________________________________________________________________________________

2. Nas idas ao barbeiro, o narrador sentia a passagem do tempo de forma diferente.


Transcreve a frase que comprova a afirmação anterior.

____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

3. Identifica e transcreve o recurso expressivo que se repete na descrição de Mestre Finezas (quarto
parágrafo).

____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

4. Explica por que razão o narrador admirava a faceta de ator de Mestre Finezas.

____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

5. Identifica outro motivo pelo qual o narrador admirava Mestre Finezas.

____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

6 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Grupo II

1. Transforma as frases ativas em frases passivas e vice-versa, conforme o caso.


a. Mestre Finezas era admirado por todos.
_________________________________________________________________________________________
b. O narrador recordará Mestre Finezas com carinho e admiração.
_________________________________________________________________________________________
c. Mestre Finezas tinha percorrido um longo caminho.
_________________________________________________________________________________________
d. A representação fora seguida com atenção pelo público.
_________________________________________________________________________________________

2. Associa os advérbios e as locuções adverbiais (coluna A) à sua subclasse (coluna B).

A B
a. «Só» (linha 4) 1. modo
b. «à pressa» (linha 16) 2. tempo
c. «Depois» (linha 19) 3. lugar
d. «mais» (linha 23) 4. quantidade e grau
e. «também» (linha 35) 5. inclusão
f. «de longe» (linha 37) 6. exclusão

a. b. c. d. e. f.

3. Associa cada oração subordinada sublinhada (coluna A) à respetiva classificação (coluna B).

A B

a. Enquanto estava no barbeiro, Carlinhos mal se 1. oração subordinada


mexia. adverbial causal
b. Mestre Finezas alertava o narrador para que ficasse 2. oração subordinada
quieto. adverbial final
c. Se ouvisse o som do violino, deixava, muitas vezes, as 3. oração subordinada
brincadeiras. adverbial temporal
d. Como o protagonista morria no final da peça, as 4. oração subordinada
senhoras ficavam comovidas. adverbial condicional

a. b. c. d.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 7


Grupo III
Escreve uma exposição, bem estruturada, sobre o modo como a infância é retratada nos dois
textos: «Rinoceronte salva rapaz depois de um furacão» e «Memórias de infância».
O teu texto deve incluir:
• a identificação dos dois textos (título e autor);
• o modo como a infância é retratada em cada um dos textos;
• a apresentação de, pelo menos, um exemplo de cada texto;
• uma conclusão adequada.

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Observações:
Deves escrever entre 120 e 220 palavras.

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2021/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial até dois pontos;
– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

FIM

8 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Matriz do teste de avaliação 8 Versão B
Unidade 2 (Subunidade 2.3)
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto
(artigo de opinião).
Itens de seleção: Texto A: 2
15
Texto narrativo (História – associação;
(9 + 6)
Grupo I de uma gaivota e do gato – escolha múltipla.
Leitura e que a ensinou a voar,
Educação Literária de Luis Sepúlveda).
Itens de construção: Texto B: 5
40
– resposta curta.
Recursos expressivos (8 x 5)
(comparação, enumeração,
metáfora e hipérbole).
Classe de palavras:
advérbio e conjunção
subordinativa.

Itens de seleção:
Frase ativa e frase passiva.
– associação.
Grupo II 3 20
Subordinação (oração
Gramática Itens de construção: (6 + 6 + 8)
subordinada adverbial
– resposta restrita;
temporal, causal, final,
– resposta curta.
condicional).

Discurso direto e discurso


indireto.
Texto narrativo.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III sinais auxiliares de escrita; Item de construção:
1 25
Escrita construção frásica – resposta extensa.
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 1


Matriz do teste de avaliação 8 Versão B
Unidade 2 (Subunidade 2.3)
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Por domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto
(artigo de opinião).
Itens de seleção: Texto A: 2 100
– associação; (60 + 40)
Texto narrativo (História – escolha múltipla.
Grupo I de uma gaivota e do gato
Leitura e que a ensinou a voar,
Educação Literária de Luis Sepúlveda). Itens de construção: Texto B: 5 100
– resposta curta. (20 x 5)
Recursos expressivos
(comparação, enumeração,
metáfora e hipérbole).
Classe de palavras:
advérbio e conjunção
subordinativa.

Frase ativa e frase passiva. Itens de seleção:


– associação.
Grupo II 3 100
Subordinação (oração
Gramática Itens de construção: (48 + 30 + 22)
subordinada adverbial
– resposta restrita;
temporal, causal, final,
– resposta curta.
condicional).

Discurso direto e discurso


indireto.
Texto narrativo.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 100
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

2 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Teste de avaliação 8 Versão B
Unidade 2 (Subunidade 2.3)
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Grupo I
Texto A
Lê o texto com atenção. Se necessário, consulta as notas.

Obrigado, Luis Sepúlveda, pelo porto de Hamburgo


Em 1999, o porto de Hamburgo ficava em Ferreira do Zêzere. Na cama do quarto de cima,
na casa de banho, na sala, a um canto do sofá, enquanto os adultos jogavam bridge1: o porto de
Hamburgo lavava o verão com águas que eu, com nove anos, imaginava escuras de crude,
atacadas por um mal desconhecido. E era tal a aflição de acudir àquela gaivota ferida, vinda do
5 alto-mar, que eu dava voltas à casa em busca de algo com que a salvar.
A Teresa, prima do meu pai e melhor amiga da minha mãe, dera-me o livro no dia anterior e
eu guardei-o como um achado, antes de ler a dedicatória: «Para um menino muito especial que
bem podia ensinar gaivotas a voar». Como verdadeira criança, acreditei nesse encantamento:
seria capaz de criar uma gaivota – e, para a Teresa, seria especial. Ainda não sabia que ser criança
10 é ter fé em tais dedicatórias.
Mas Zorbas – o gato grande, preto e gordo – tratava de resgatar o ovo por mim.
Enquanto este não eclodia, os meus pais levavam-me pelas margens do Zêzere em busca de
lagostins, cujos rastos de fuga eram uma caça aos gambozinos2. A Joana tinha vinte e poucos
anos, nadava no Zêzere sem medo dos lagostins, e saía da água com tal beleza, com tais
15 movimentos de coisa bem escrita, que a julgava capaz de dissipar todo o crude do mundo.
Regressado a casa, ansioso, percebi que à beleza se responde com beleza. Chamei a Joana a
um canto da sala, anda daí que te quero ao pé de mim, e esperei que ela me olhasse nos olhos
para lhe dizer de surpresa, de mansinho e de coração: «Amo-te.» Acho que ela sorriu, talvez
tenha afagado o meu cabelo, falta-me a memória de um abraço; seja como for, ela sorriu e foi
20 ter com a Teresa, que me disse: «Por enquanto, quero a minha filha para mim, pode ser?».
Na última noite de leitura, as discussões dos adultos estavam em ponto de rebuçado e a voz
da Joana sonolenta e distante mais e mais. Na página final, a minha barriga caiu em vertigem
acompanhando Ditosa, acabada de empurrar da torre por Zorbas. Mas a gaivota evitou o chão e
voou sobre o porto de Hamburgo, por fim sabendo ser ave. Adormeci pouco depois, certo de que
25 às quedas se seguem os voos.
Hoje, no meu porto de Hamburgo, Sepúlveda ainda escreve, eu ainda digo à Joana «Amo-te»,
e a Teresa ainda é viva.
Afonso Reis Cabral, «Obrigado, Luis Sepúlveda, pelo porto de Hamburgo», disponível em
https://www.publico.pt/2020/04/16, consultado em julho de 2020 (texto com supressões).

1. bridge: jogo de cartas.


2. gambozinos: algo que não existe.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 3


1. Completa o esquema, de modo a reconstituíres os acontecimentos no tempo (primeiro,
penúltimo e último parágrafos do texto) com a correspondência entre cada uma das alíneas (A),
(B) e (C) ao respetivo número (1), (2) e (3).

(A) «hoje» (B) «Em 1999» (C) «Na última noite de leitura»

(1) (2) (3)


_________ _________ _________

Ofereceram um O autor temeu O porto de


livro de Sepúlveda pela vida de Hamburgo é o seu
ao autor. Ditosa. «porto de abrigo».

2. Assinala com ✗, de 2.1 a 2.4, a opção que completa cada frase, de acordo com as informações
do texto.

2.1 Enquanto os adultos jogavam às cartas, o autor


(A) buscava uma gaivota ferida, em volta da casa.
(B) lia uma obra de Luis Sepúlveda em vários locais da casa.
(C) procurava, em vão, gambozinos nas margens do Zêzere.

2.2 Com a expressão «Ainda não sabia que ser criança é ter fé em tais dedicatórias.» (linhas 9 e
10), o autor
(A) confessa a sua ingenuidade, própria de qualquer criança.
(B) mostra o seu orgulho pela confiança que Teresa tem nele.
(C) sublinha o encantamento que sentia ao ler.

2.3 A frase «anda daí que te quero ao pé de mim» (linha 17) corresponde a uma fala
(A) de Teresa dirigida ao autor.
(B) de Teresa dirigida a Joana.
(C) do autor dirigida a Joana.

2.4 A expressão «certo de que às quedas se seguem os voos» (linhas 24 e 25) pode encerrar um
sentido
(A) literal e hiperbólico.
(B) metafórico e hiperbólico.
(C) metafórico e literal.

4 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Texto B
Lê o texto com atenção.

O primeiro voo
Caía sobre Hamburgo uma espessa chuva e dos jardins elevava-se o aroma da terra húmida.
O asfalto das ruas brilhava e os anúncios fluorescentes refletiam-se disformes no chão molhado.
[…]
O gato grande, preto e gordo e a gaivota iam muito comodamente debaixo da gabardina,
5 sentindo o calor do corpo do humano, que caminhava com passos rápidos e seguros. Sentiam
bater os seus três corações a ritmos diferentes, mas com a mesma intensidade. […]
Zorbas deitou a cabeça de fora. Estavam diante de um edifício alto.
Ergueu a vista e reconheceu a torre de São Miguel iluminada por vários projetores. Os feixes
de luz incidiam em cheio na sua esbelta estrutura forrada de chapas de cobre, que o tempo, a
10 chuva e os ventos haviam coberto de uma pátina verde. […]
Deram uma volta e entraram por uma pequena porta lateral que o humano abriu com a ajuda
de uma navalha. De um bolso tirou uma lanterna e, iluminados pelo seu delgado raio de luz,
começaram a subir uma escada de caracol que parecia interminável.
– Tenho medo – grasnou Ditosa.
15 – Mas queres voar, não queres? – miou Zorbas.
Do campanário de São Miguel via-se toda a cidade. A chuva envolvia a torre da televisão e,
no porto, as gruas pareciam animais em repouso.
– Olha, ali vê-se o bazar do Harry. Estão ali os nossos amigos – miou Zorbas.
– Tenho medo! Mamã! – grasnou Ditosa.
20 Zorbas saltou para o varandim que protegia o campanário. Lá em baixo os automóveis
moviam-se como insetos de olhos brilhantes. O humano colocou a gaivota nas mãos.
– Não! Tenho medo! Zorbas! Zorbas! – grasnou ela dando bicadas nas mãos do humano.
– Espera! Deixa-a no varandim – miou Zorbas.
– Não estava a pensar atirá-la – disse o humano.
25 – Vais voar, Ditosa. Respira. Sente a chuva. É água. Na tua vida terás muitos motivos para
ser feliz, um deles chama-se água, outro chama-se vento, outro chama-se sol e chega sempre
como recompensa depois da chuva. Sente a chuva. Abre as asas – miou Zorbas.
A gaivota estendeu as asas. Os projetores banhavam-na de luz e a chuva salpicava-lhe as
penas de pérolas. O humano e o gato viram-na erguer a cabeça de olhos fechados.
30 – A chuva, a água. Gosto! – grasnou.
– Vais voar – miou Zorbas.
– Gosto de ti. És um gato muito bom – grasnou ela aproximando-se da beira do varandim.
– Vais voar. Todo o céu será teu – miou Zorbas.
– Nunca te esquecerei. Nem aos outros gatos – grasnou já com metade das patas de fora do
35 varandim […].
– Voa! – miou Zorbas estendendo uma pata e tocando-lhe ao de leve. […]
Ditosa voava solitária na noite de Hamburgo. Afastava-se batendo as asas energicamente até
se elevar sobre as gruas do porto, sobre os mastros dos barcos, e depois regressava planando,
rodando uma e outra vez em torno do campanário da igreja.
40 – Estou a voar! Zorbas! Sei voar! – grasnava ela, eufórica, lá da vastidão do céu cinzento.

Luis Sepúlveda, História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar,


2.a edição, Porto, Porto Editora, 2019, pp. 129-137.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 5


1. Assinala com ✗ a opção correta, de modo a inserires o excerto anterior na estrutura interna da
obra.
(A) Introdução
(B) Desenvolvimento
(C) Conclusão

2. Zorbas é caracterizado diretamente, quer pelo narrador quer pela própria Ditosa. Transcreve do
texto duas passagens que justifiquem esta afirmação.
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

3. Classifica o narrador quanto à presença e à posição.


____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

4. Associa as expressões (coluna A) aos respetivos recursos expressivos (coluna B).

A B
a. «o tempo, a chuva e os ventos» (linhas 9 e 10)
b. «as gruas pareciam animais em repouso» 1. metáfora
(linha 17) 2. enumeração
c. «a chuva salpicava-lhe as penas de pérolas» 3. hipérbole
(linhas 28 e 29) 4. comparação
d. «Todo o céu será teu» (linha 33)

a. b. c. d.

5. Lê a afirmação.
Ditosa, apesar de ter medo do desconhecido, deixa-se levar pela sua natureza.

5.1 Explica por que razão esta afirmação é verdadeira, de acordo com o sentido global do texto.
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________

6 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Grupo II

1. Associa as expressões sublinhadas (coluna A) à respetiva classe e subclasse (coluna B).

A B
a. Zorbas empurrou-a docemente. 1. advérbio de tempo
b. Se quiseres, conto-te outra história… 2. advérbio de modo
c. Já visitei o porto de Hamburgo. 3. conjunção subordinativa condicional
d. Tranquilizou-se, quando sentiu a chuva. 4. conjunção subordinativa final
e. Como estou interessada, vou ler mais 5. conjunção subordinativa causal
histórias.
6. conjunção subordinativa temporal
f. Para conheceres melhor Sepúlveda,
tens de ler mais obras.

a. b. c. d. e. f.

2. Transforma em frases complexas os pares de frases simples através de conjunções das subclasses
indicadas. Faz as alterações adequadas.
a. Começa a estudar. Podes tirar boa nota no teste. (final)

___________________________________________________________________________
b. Conseguirá voar. Ditosa perde o medo. (condicional)

___________________________________________________________________________
c. Barlavento começou a correr. Viu Ditosa começar a voar. (temporal)

___________________________________________________________________________

3. Transforma as frases ativas em frases passivas e vice-versa.


a. Ditosa foi empurrada cuidadosamente por Zorbas.

___________________________________________________________________________
b. O humano acarinhou a gaivotinha.

___________________________________________________________________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 7


Grupo III
Durante este primeiro voo, Ditosa teve de enfrentar um grande problema. Imagina como
ultrapassou esse obstáculo.
Escreve um texto narrativo, em que narres os acontecimentos desde a saída de Hamburgo até
encontrar uma nova casa.
O teu texto deve integrar:
• a descrição de um espaço e de uma personagem;
• um diálogo;
• um título adequado.

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Observações:
Deves escrever entre 120 e 200 palavras.

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2021/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial até dois pontos;
– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

FIM

8 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Matriz do teste de avaliação 9 Versão B
Unidade 3
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto Item de seleção: Texto A: 1 15
(exposição). – escolha múltipla. (15 x 1)
Grupo I
Leitura e Itens de construção: Texto B: 4 40
Texto dramático (Leandro,
Educação Literária – resposta curta. (12 + 10 [6 +
Rei da Helíria, de Alice
Vieira). 4] + 8 + 10)

Classe de palavras:
interjeição.

Funções sintáticas:
– ao nível da frase (sujeito,
predicado e vocativo);
– internas ao grupo verbal
(complementos direto,
indireto, oblíquo e Itens de seleção:
agente da passiva); – associação.
Grupo II – internas ao grupo 3 20
Gramática nominal (modificador Itens de construção: (6 + 8 + 6)
do nome apositivo – resposta restrita;
e restritivo). – resposta curta.

Subordinação (oração
subordinada adverbial
temporal, causal, final,
condicional).

Discurso direto e discurso


indireto.
Texto de opinião.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III sinais auxiliares de escrita; Item de construção:
1 25
Escrita construção frásica – resposta extensa.
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 1


Matriz do teste de avaliação 9 Versão B
Unidade 3
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Por domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto Item de seleção: Texto A: 1 100
(exposição). – escolha múltipla. (100 × 1)
Grupo I
Leitura e Itens de construção: Texto B: 4 100
Texto dramático
Educação Literária – resposta curta. (30 + 30 [20 +
(Leandro, Rei da Helíria,
de Alice Vieira). 10] + 16 + 24)

Classe de palavras:
interjeição.

Funções sintáticas:
– ao nível da frase (sujeito,
predicado e vocativo);
– internas ao grupo verbal
(complementos direto,
indireto, oblíquo e Itens de seleção:
agente da passiva); – associação.
Grupo II – internas ao grupo 3 100
Gramática nominal (modificador Itens de construção: (36 + 44 + 20)
do nome apositivo – resposta restrita;
e restritivo). – resposta curta.

Subordinação (oração
subordinada adverbial
temporal, causal, final,
condicional).

Discurso direto e discurso


indireto.
Texto de opinião.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III sinais auxiliares de escrita; Item de construção:
1 100
Escrita construção frásica – resposta extensa.
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

2 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Teste de avaliação 9 Versão B
Unidade 3
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Grupo I
Texto A
Lê o texto com atenção.

Juntos contra o sal!


O Dia Mundial da Alimentação foi celebrado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) dando
especial destaque ao sal, um dos três pilares dos hábitos de alimentação inadequados, que mais
contribui para o número de anos perdidos de vida saudável (15,8%), segundo dados da mesma
organização.
5 O panorama nacional não é animador, segundo dados da DGS, 76,9% dos portugueses faz
um consumo superior à medida máxima recomendada, até 5 g de sal por dia (uma colher de chá).
Segundo palavras do Diretor-Geral da Saúde, «o consumo excessivo de sal é responsável
pelos números alarmantes de hipertensão arterial e doença coronária em Portugal, e a melhor
forma de acabar com este problema é através da prevenção, incutindo nas pessoas formas simples
10 e práticas de o reduzirem na sua alimentação diária, dos seus filhos e netos».
Já o Diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável avançou com
a apresentação das medidas que devem desde já ser implementadas: modificação da oferta
alimentar em espaços públicos (bares, refeitórios, instituições de saúde, etc.), monitorização de
sal nos alimentos, promoção da literacia nos portugueses, esclarecendo sobre os perfis nutri-
15 cionais dos alimentos, quantidade de sal recomendada num prato de sopa ou refeição, por
exemplo.
A Bastonária da Ordem dos Nutricionistas deu ainda o exemplo do pão que, segundo a mesma,
não fosse a quantidade de sal, era considerado um alimento saudável. Acrescentou ainda que um
adolescente, ao comer cerca de cinco pães por dia, o que não é difícil acontecer nessa fase de
20 crescimento, tendo em conta que cada pão tem cerca de 1,7 g de sal, ao todo vai ultrapassar
em larga escala o limite máximo recomendado das 5 g diárias.
O evento de sensibilização para a redução do consumo de sal culminou e muito bem com a
prova cega de três pães, com diferentes quantidades de sal, para que a assistência dissesse qual
o pão que sabia melhor. Conclusão: a maioria aprovou o pão com menos sal, o que prova que
25 afinal estamos mais preparados para aceitar e gostar de comida menos salgada do que à partida
podemos achar.
Raquel Fortes, «Juntos contra o sal!», disponível em http://its-uptoyou.com,
consultado em junho de 2020 (texto adaptado e com supressões).

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 3


1. Assinala com ✗, de 1.1 a 1.5, a opção que completa cada frase, de acordo com as informações do
texto.

1.1 O sal esteve em foco na celebração do Dia Mundial da Alimentação devido a ser
(A) o ingrediente principal de uma alimentação saudável.
(B) o pilar de uma alimentação saudável.
(C) um hábito alimentar pouco recomendável.

1.2 De acordo com o Diretor-Geral da Saúde, a melhor forma de podermos combater este
problema passa pela
(A) punição.
(B) prevenção.
(C) informação.

1.3 O Diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável avança com
medidas necessárias, como, por exemplo,
(A) mudanças alimentares em espaços públicos e campanhas informativas.
(B) mudanças alimentares nas famílias e campanhas informativas.
(C) monitorização de sal nos alimentos ao nível do seio familiar.

1.4 Se um jovem comer cinco pães por dia


(A) está aquém do limite de sal diário recomendado.
(B) fica no limite da dose diária de sal recomendada.
(C) excede em muito o limite de sal diário recomendado.

1.5 Na prova de pão, as pessoas


(A) não sabiam quais os pães que tinham ou não sal.
(B) sabiam exatamente os pães que não tinham sal.
(C) sabiam exatamente os pães que tinham sal.

4 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Texto B
Lê o texto com atenção.

Estranho sonho tive esta noite…


REI LEANDRO, BOBO

(No Jardim do palácio real de Helíria. Rei Leandro passeia com o bobo)
REI: Estranho sonho tive esta noite... Muito estranho...
BOBO: Para isso mesmo se fizeram as noites, meu senhor! Para pensarmos coisas acertadas,
temos os dias – e olha que bem compridos são!
5 REI: Não sabes o que dizes, bobo! São as noites, as noites é que nunca mais têm fim!
BOBO: Ai, senhor, as coisas que tu não sabes...
REI: Estás a chamar-me ignorante?
BOBO: Estou! Claro que estou! Como é possível que tu não saibas como são grandes os dias dos
pobres, e como são rápidas as suas noites... Às vezes estou a dormir, parece que mal acabei
10 de fechar os olhos – e já tocam os sinos para me levantar. A partir daí é uma dança maluca,
escada acima escada abaixo: és tu que me chamas para te alegrar o pequeno-almoço; é
Hortênsia que me chama porque acordou com vontade de chorar; é Amarílis que me chama,
porque não sabe se há de rir se há de chorar [...]
REI (interrompendo): Cala-te! [...]
15 BOBO: Que foi que logo de manhã te pôs assim tão zangado com a vida? [...]
REI (Suspira): Ah, aquele sonho! Coisa estranha e esquisita aquele sonho...
BOBO: Ora, meu senhor! E o que é um sonho? Sonhaste; está sonhado. Não adianta ficar a
remoer.
REI: Abre bem esses ouvidos para aquilo que te vou dizer!
20 BOBO (com as mãos nas orelhas): Mais abertos não consigo!
REI: Os sonhos são recados dos deuses.
BOBO: E para que precisam os deuses de mandar recados? Estão lá tão longe...
REI: Por isso mesmo. Porque estão longe. Tão longe, que às vezes nos esquecemos que eles
existem. É então que nos mandam recados. Mas os recados são difíceis de entender. Acor-
25 damos, queremos recordar tudo, e muitas vezes não conseguimos.
BOBO (aparte): É o que faz ser deus... Eu cá, quando quero mandar recado, é uma limpeza:
«Ó Brites, guarda-me aí o melhor naco de toucinho para a ceia!» (Ri) Não preciso de mandar
os meus recados pelos sonhos de ninguém!
REI: Que estás tu para aí a resmonear?
30 BOBO: Nada, senhor! Refletia apenas nas tuas palavras.
REI: E bom é que nelas reflitas. Apesar de bobo, quem sabe se um dia não irão os deuses lembrar-
-se de mandar algum recado pelos teus sonhos... (Para, de repente. Fica por momentos a olhar
para o bobo, e depois pergunta, com ar muito intrigado) Ouve lá, tu também sonhas?

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 5


(Aqui a cena fica suspensa, e a luz centra-se apenas no bobo, que fala para os espectadores na
35 plateia)
BOBO: Será que eu sonho? Será que eu choro? Será que é sangue igual ao deles o que me escorre
das costas quando apanho chibatadas por alguma inconveniência que disse? Que sabem eles
de mim? Nem sequer o meu nome eles conhecem. […]
Alice Vieira, Leandro, Rei da Helíria, 28.a ed., Alfragide,
Editorial Caminho, 2018, pp. 11-14.

1. Associa cada excerto textual (coluna A) ao respetivo conceito dramático (coluna B).
Atenção: cada conceito só pode ter uma correspondência textual.
A B
a. «(No Jardim do palácio real de Helíria. […])» (linha 1)
1. informação cénica
b. «REI: Estás a chamar-me ignorante?» (linha 7)
(gestos)
c. «(com as mãos nas orelhas)» (linha 20) 2. informação cénica
d. «(Para, de repente. […])» (linha 32) (espaço)
3. informação cénica
e. «(Aqui a cena fica suspensa, e a luz centra-se apenas
(movimento)
no bobo, que fala para os espectadores na plateia)»
(linhas 34 e 35) 4. informação cénica
(luz)
f. «Será que eu sonho? Será que eu choro? Será que é
5. monólogo
sangue igual ao deles o que me escorre das costas
quando apanho chibatadas por alguma inconveniência 6. fala
que disse? […]» (linhas 36 e 37)

a. b. c. d. e. f.

2. Identifica o espaço e as personagens da cena transcrita.

a. Espaço:
b. Personagens:

2.1 Insere o excerto na estrutura interna da obra.

3. Assinala com ✗ a única opção falsa no que se refere à importância dos sonhos, na perspetiva do
Rei Leandro.
(A) Os sonhos são avisos dos deuses.
(B) Os sonhos são avisos muito importantes.
(C) A mensagem dos sonhos é bastante fácil de entender.

4. Caracteriza o estado de espírito do Rei, tendo em conta o seu comportamento ao longo do


excerto.

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6 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano
Grupo II

1. Associa cada uma das expressões sublinhadas (coluna A) à respetiva função sintática (coluna B).
A B
a. O Rei, poderoso como é, fará um
1. sujeito composto
decreto.
2. complemento agente da passiva
b. Bobo, abre bem esses ouvidos.
3. complemento direto
c. Tive um estranho sonho esta noite.
4. modificador do nome apositivo
d. O Rei e o Bobo são amigos.
5. vocativo
e. O Rei parece transtornado.
6. predicativo do sujeito
f. O recado foi enviado pelos deuses.

a. b. c. d. e. f.

2. Assinala com ✗ a classificação correta das orações sublinhadas.

Oração subordinada adverbial


Frases
causal temporal final condicional
a. O Bobo queria acalmar o Rei,
para que ele não pensasse
mais no bendito sonho.
b. As Aias ajudaram as princesas
porque elas são muito
preguiçosas.
c. Se gostaste da obra, queres
representá-la?
d. Quando fui ao teatro, ri-me
imenso!

3. Atenta na frase: «REI: Abre bem esses ouvidos para aquilo que te vou dizer!» (linha 19).
a. Reescreve a frase no discurso indireto.
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b. Reescreve a frase acrescentando uma interjeição.
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Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 7


Grupo III
«Um sonho que sonhes sozinho é apenas um sonho. Um sonho que sonhes em conjunto com
outros é realidade.»
(John Lennon)

Elabora um texto de opinião em que reflitas sobre as afirmações anteriores.

Podes seguir o plano de texto apresentado:


• explicação sucinta das afirmações;
• exemplos de sonhos individuais;
• exemplos de sonhos coletivos;
• apresentação da tua opinião relativamente à citação.

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Observações:
Deves escrever entre 120 e 200 palavras.

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2021/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial até dois pontos;
– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

FIM
8 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano
Matriz do teste de avaliação 10 Versão B
Unidade 3
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto
(crítica).
Item de seleção: Texto A: 1 15
Grupo I Texto dramático (Leandro, – escolha múltipla. (15 × 1)

Leitura e Rei da Helíria, de Alice


Educação Literária Vieira).
Itens de construção: Texto B: 5 40
– resposta curta. (12 [6 + 6] +
Recursos expressivos 8 + 6 + 6 + 8)
(metáfora).
Classe de palavras: nome
comum; adjetivo numeral
e qualificativo; pronome
relativo, indefinido e
possessivo; advérbio
relativo e locução adverbial Itens de seleção:
de tempo. – escolha múltipla;
– associação.
Grupo II 3 20
Funções sintáticas internas
Gramática (8 + 6 + 6)
ao grupo nominal Itens de construção:
(modificador do nome – resposta restrita;
apositivo e restritivo). – resposta curta.

Subordinação (oração
subordinada adverbial
temporal, causal, final,
condicional).
Resumo.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 25
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 1


Matriz do teste de avaliação 10 Versão B
Unidade 3
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Por domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto Item de seleção: Texto A: 1 100
(crítica). – escolha múltipla. (100 × 1)

Grupo I Texto dramático (Leandro,


Leitura e Rei da Helíria, de Alice Itens de construção: Texto B: 5 100
Educação Literária Vieira). – resposta curta. (25 [12,5 +
12,5] + 25 +
12,5 + 12,5 +
Recursos expressivos
25)
(metáfora).
Classe de palavras: nome
comum; adjetivo numeral
e qualificativo; pronome
relativo, indefinido e
possessivo; advérbio
relativo e locução adverbial Itens de seleção:
de tempo. – escolha múltipla;
– associação.
Grupo II 100
Funções sintáticas internas 3
Gramática (56 + 24 + 20)
ao grupo nominal Itens de construção:
(modificador do nome – resposta restrita;
apositivo e restritivo). – resposta curta.

Subordinação (oração
subordinada adverbial
temporal, causal, final,
condicional).
Resumo.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 100
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

2 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Teste de avaliação 10 Versão B
Unidade 3
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Grupo I
Texto A
Lê o texto com atenção.

A Alice dos meus sonhos é tão parecida


com a Ana do meu palco
Marta Dias fechou-se numa casa em Sintra. Escrevia de manhã, passeava à tarde, voltava para
escrever. Não bastava estar fechada numa casa para conseguir mergulhar num mundo que não
era seu, e ainda não sabia ao certo a quem pertencia.
Pegar na vida dos outros traz grande responsabilidade. Marta carrega o «peso bom» da obra
5 e da vida de Alice Vieira, com a qual sonhou e que quis transportar para os palcos. Esta quinta-
-feira tem a peça Toda a cidade ardia em estreia no Teatro Aberto, e o coração nas mãos à espera
que a escritora a veja. Marta só conseguiu escrever o guião – que cola os poemas, as histórias e
as entrevistas de Alice Vieira – quando deixou de chamar Alice à personagem principal. Chama-
-se Ana e não é Alice Vieira.
10 Alice e Marta encontraram-se «demasiado tarde», diz a encenadora. A sua juventude passou
ao lado da obra da escritora. Pouco tinha lido de Alice até encontrar, há dez anos, o livro Dois
corpos tombando na água numa mesa à boca de cena. Pediu a João Lourenço, diretor artístico
do Teatro Aberto, que lho emprestasse. E mergulhou. Ficou «apaixonada por tudo». Como podia
haver quem, como ela, não conhecesse aquela «magia»?
15 Depois, leu quase tudo da autora. «Lia Alice e mais me apaixonava.» Encontrava pontos de
encontro consigo, tão universal é a obra da jornalista que se fez escritora (ou vice-versa), diz.
Com especial carinho, «delirava» com os poemas. Durante anos matutou na ideia de os encenar –
«Alguém tinha de o fazer». Quando lhe perguntavam que peça ambicionava dirigir, Marta, que
se estreou como encenadora em 2012, falava naquela «ideia maluca». «Gostava que estes poemas
20 fossem para o mundo.» Mas não queria ficar agarrada à reportagem ou ao documentário – muito
menos à biografia. Então, começou a colar: as entrevistas, os poemas e os livros, em especial
Os armários da noite, Eu bem vi nascer o Sol e O que dói às aves.
O caminho alimentado por uma paixão de dez anos termina nesta peça em que Marta «abre
as coisas» para contar uma história e ao mesmo tempo falar sobre aquilo que a tortura. Andou
25 atrás dessa universalidade da obra de Alice e atrás do tempo. Afinal, «as coisas mudam e os
velhos morrem», mas nenhum tempo matou a Paris do Maio de 68, quando a cidade ardeu e as
paredes se pintavam com as palavras da revolta dos estudantes, nem nenhum tempo matou o fim
de Abril quente de 1974 em Lisboa, quando Portugal reconquistou a liberdade.
O percurso de Ana é por essas cidades que, como ela, ardem.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 3


30 Cheia de interrogações que a alma curiosa e a revolta não a deixavam parar de fazer. Passa-se
o mesmo com Marta Dias e é aí que se encontra com a escritora. E por isso está na peça tudo
quanto está na obra de Alice: a busca de um Portugal melhor e a tentativa de o viver lá fora. Está
lá a crise das pessoas e do jornalismo. A Revolução dos Cravos, a família, os netos e a morte.
Está lá o amor em todas as fases da vida, em todas as formas. Da paixão, da esperança e da
35 desilusão.
Toda a peça é uma desconstrução em que só o tempo não se deforma. E é parte da vida de
Alice Vieira, como poderia ser parte da nossa, que se desenrola em palco.
Margarida David Cardoso, in Ípsilon, disponível em www.publico.pt,
consultado em julho de 2020 (texto adaptado e com supressões).

1. Assinala com ✗, de 1.1 a 1.5, a opção que completa cada frase, de acordo com as informações do
texto.

1.1 A peça Toda a cidade ardia, que Marta Dias leva a cena,
(A) baseia-se na vida e na obra de Alice Vieira.
(B) revela-nos uma biografia inédita de Alice Vieira.
(C) é a encenação de todos os poemas de Alice Vieira.

1.2 Com a expressão «o coração nas mãos» (linha 6), a autora pretende exprimir
(A) o embaraço a que Marta Dias se expõe.
(B) a alegria que Marta Dias experiencia.
(C) a ansiedade que Marta Dias sente.

1.3 A encenadora diz que ela e Alice se encontraram «demasiado tarde» (linha 10) porque
(A) passou toda a juventude a ler as suas obras.
(B) João Lourenço não lhe emprestou o livro antes.
(C) descobriu tardiamente a grandeza da sua obra.

1.4 A expressão «as coisas mudam e os velhos morrem» (linhas 25 e 26) realça
(A) a importância da sabedoria dos mais velhos.
(B) o caráter intemporal de alguns acontecimentos.
(C) a fragilidade da História de França e de Portugal.

1.5 As interrogações da personagem Ana, em Toda a cidade ardia, são


(A) insensatas, tais como as da escritora Alice Vieira.
(B) comuns à encenadora, à escritora e a todos nós.
(C) exclusivas e vividas pela encenadora Marta Dias.

4 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Texto B
Lê o seguinte excerto do Ato II de Leandro, Rei da Helíria com atenção. Se necessário, consulta as notas.

No reino de violeta
CENA XI
REGINALDO, VIOLETA, LEANDRO, PASTOR, BOBO, CRIADOS
REI (explode): Basta! Não sei que reino é este, não sei que hospitalidade1 é esta que me põe na
boca comida intragável! […]
VIOLETA (pausadamente): É apenas comida sem sal, senhor.
REI (espantado): Comida sem... (Para de repente, e ouvem-se muito ao longe vozes antigas)
5 VOZ: «Quero-vos como a comida quer ao sal...»
VOZ: «Fora do meu reino, filha maldita!...»
REI (cada vez mais espantado): Senhora... como é o vosso nome? E que reino é este em que me
encontro? Falai, por quem sois!
VIOLETA (sem lhe responder): Aqui tendes, senhor, o que valem os melhores manjares do
10 mundo quando lhes falta uma pedrinha, uma pedrinha pequenina que seja, desse bem precioso
chamado sal.
PASTOR: Grande vai o mal na casa onde não há sal – lá diz a minha Briolanja...
REI: Senhora...
BOBO (gritando, de repente, depois de olhar muito para Violeta): É ela! É ela! Eu bem sabia que
15 já tinha visto aquela cara! É ela! É Violeta.
REI: Cala-te, cala-te!
BOBO: Não me calo! Já me calei tempo demais! Durante estes anos todos vi-te fazer asneiras
atrás de asneiras sem nada te dizer. Acompanhei-te sempre, sem nada te dizer. Mas agora
não me calo! Agora sou eu que te ordeno: reconhece o mal que um dia fizeste a tua filha
20 Violeta!
REI: Cala-te, cala-te! […]
BOBO: Vá, pede perdão a tua filha Violeta, a única que verdadeiramente te amou, e ficamos por
aqui, que já não aguento mais!
REI: A minha cabeça... A minha cabeça estala...
25 PASTOR: Agora é que ele fica maluco de vez...
BOBO: Não ligues, que aquilo também é fita...
REI: Sou um pobre cego, senhora! Mas, se os olhos não veem, vê o coração.
BOBO (aparte): Por acaso houve alturas em que o coração esteve... um bocado vesgo.
VIOLETA: E que vê o vosso coração?
30 REI: Vê o rosto claro de uma filha que tive um dia e perdi.
VIOLETA: Vê mal o vosso coração. Porque nunca perdestes uma filha, senhor.
REI: É verdade. Não a perdi. Expulsei-a. Fui eu que a expulsei...
VIOLETA: Apenas porque essa filha, senhor, foi a única sincera de todas as filhas que tínheis.
Apenas porque ela vos disse as palavras verdadeiras, e às vezes os reis só têm ouvidos para as
35 palavras da lisonja2 e da mentira.

1. hospitalidade: acolhimento afetuoso. 2. lisonja: ato de elogiar exageradamente.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 5


REI: Dizei-me, senhora, dizei-me se sois quem o meu coração diz.
VIOLETA: O que diz o vosso coração, não sei. Mas o meu diz-me que sois Leandro, rei do reino
que um dia se chamou Helíria e que eu sou Violeta, vossa filha mais nova.
(Abraçam-se)
40 REI: Como fui louco! E tanto que eu vos amava!
VIOLETA: Estranho amor o vosso, meu pai, que terminou quando eu não fui o que esperáveis
que eu fosse. Quem ama, senhor, não deve pedir nada em troca desse amor.
REI: Não entendi o que então me dissestes. Julguei que me desprezáveis, deixei-me deslumbrar
por palavras ocas...
45 PASTOR: A palavras ocas, orelhas moucas, lá diz a minha Briolanja...
Alice Vieira, Leandro, Rei da Helíria, 28.a ed., Alfragide,
Editorial Caminho, 2018, pp. 102-105.

1. Indica a razão da fúria do Rei Leandro.


____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

1.1 Refere a justificação que lhe é apresentada quando se queixa.


_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________

2. Identifica o momento em que se verifica uma inversão de papéis.


____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

3. Aponta o recurso expressivo presente no seguinte aparte do Bobo: «Por acaso houve alturas em
que o coração esteve… um bocado vesgo» (linha 28).
____________________________________________________________________________________________

4. Explicita o que conduziu o Rei a expulsar Violeta no passado.


____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

5. Transcreve o ensinamento presente na última fala de Violeta.


____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________

6 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Grupo II

1. Associa cada uma das palavras ou expressões sublinhadas (coluna A) à respetiva classe e
subclasse (coluna B).
A B
a. O segundo prato também lhe sabia mal. 1. nome comum
b. Por vezes, agimos precipitadamente. 2. adjetivo numeral
c. Todos ficaram admirados. 3. adjetivo qualificativo
d. A fúria do Rei foi explosiva. 4. pronome relativo
e. Quem é precipitado cedo se arrepende. 5. pronome indefinido
f. O reino onde se encontravam era belo. 6. pronome possessivo
g. O Rei tinha saudades da sua filha. 7. advérbio relativo
h. O Rei Leandro estava cego. 8. locução adverbial de tempo

a. b. c. d. e. f. g. h.

2. Classifica os modificadores do nome sublinhados nas frases seguintes.


a. O Rei Leandro estava furioso.
Modificador do nome _______________________________________________________________________________________________________

b. As iguarias, que lhe eram servidas, não tinham sal.


Modificador do nome _______________________________________________________________________________________________________

c. O sal que faltava na comida era essencial.


Modificador do nome ________________________________________________________________________________________________________

3. Associa cada oração subordinada sublinhada (coluna A) à respetiva classificação (coluna B).

A B
a. Assim que ouviu aquelas palavras, o Rei 1. oração subordinada adverbial
recordou-se do passado. causal
b. O Rei explodiu de raiva porque a comida 2. oração subordinada adverbial
estava intragável. final

c. Caso o Rei tivesse compreendido as palavras 3. oração subordinada adverbial


da filha, não a teria expulsado do reino. temporal
4. oração subordinada adverbial
d. Violeta serviu ao pai pratos sem sal, para
condicional
que ele compreendesse o seu erro.

a. b. c. d.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 7


Grupo III
A partir das ideias essenciais, faz o resumo do texto a seguir apresentado, aplicando as
características deste género textual.
O teu resumo deve reduzir o texto-fonte a um terço, ou seja, cerca de 70 palavras.

Qual o papel dos bobos da corte?


Na época em que reis e rainhas tinham de governar impérios voláteis1 e em conflito, havia
pouco tempo para rir. Assim, o papel de um bobo da corte era muito importante para divertir os
monarcas, garantindo que muitas pessoas não seriam decapitadas por um rei maldisposto.
Vestido com cores vivas e berrantes, usando um chapéu ridículo e amiúde2 segurando um
5 cetro3, o bobo atuava quando o monarca assim ditasse, dançando, cantando, contando piadas e
fazendo imitações. Também era forçado a atuar às horas das refeições, pois acreditava-se que a
boa disposição beneficiava a digestão.
Os bobos tinham uma posição de importância e privilégio na casa real, podendo escarnecer4
de figuras de autoridade de uma forma que resultaria num castigo severo se fosse realizada por
10 outra pessoa.
O papel de um bobo da corte era um dos poucos que permitia mobilidade social na Idade
Média. Habitualmente, os camponeses sê-lo-iam por toda a vida, mas um bobo da corte proce-
deria5 geralmente das classes mais baixas, pois podia oferecer uma perspetiva diferente e mais
engraçada do que um membro de uma classe mais alta. Esta linha de trabalho era também a
15 única, ou quase, em que ter uma deformidade física era considerado um bónus6!
In Quero Saber, Especial – Respostas incríveis às perguntas mais curiosas, Goody S.A.

1. voláteis: instáveis. 2. amiúde: frequentemente. 3. cetro: bastão curto que é um dos símbolos do poder do rei.
4. escarnecer: ridicularizar, gozar. 5. procederia: teria origem. 6. bónus: prémio.

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

FIM

8 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Matriz do teste de avaliação 11 Versão B
Unidade 4
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto
(artigo de opinião).
Item de seleção: Texto A: 1 15
Texto poético («Love’s – escolha múltipla. (15 × 1)
Grupo I
philosophy», de Percy B.
Leitura e
Shelley).
Educação Literária Itens de construção: Texto B: 5 40
– resposta restrita; (8 + 8 [4 + 4] +
Recursos expressivos
– resposta curta. 8 + 9 + 7)
(personificação
e metáfora).
Funções sintáticas:
– internas ao grupo verbal
(predicativo do sujeito);
– internas ao grupo
nominal (modificador
do nome apositivo Itens de seleção:
e restritivo). – escolha múltipla;
– associação.
Grupo II 3 20
Subordinação:
Gramática (6 + 7 + 7)
– oração subordinada Itens de construção:
adverbial (temporal, – resposta restrita;
causal, final, condicional); – resposta curta.
– oração subordinada
adjetiva (relativa
restritiva e explicativa);
– oração subordinada
substantiva completiva.
Texto de opinião.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 25
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 1


Matriz do teste de avaliação 11 Versão B
Unidade 4
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Por domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto
(artigo de opinião).
Item de seleção: Texto A: 1 100
Texto poético («Love’s – escolha múltipla. (100 × 1)
Grupo I
philosophy», de Percy B.
Leitura e
Shelley).
Educação Literária Itens de construção: Texto B: 5 100
– resposta restrita; (18 + 20 [10 +
Recursos expressivos
– resposta curta. 10] + 20 + 21
(personificação e
+ 21)
metáfora).
Funções sintáticas:
– internas ao grupo verbal
(predicativo do sujeito);
– internas ao grupo
nominal (modificador
do nome apositivo Itens de seleção:
e restritivo). – escolha múltipla;
– associação.
Grupo II 100
Subordinação: 3
Gramática (18 + 42 + 40)
– oração subordinada Itens de construção:
adverbial (temporal, – resposta restrita;
causal, final, condicional); – resposta curta.
– oração subordinada
adjetiva (relativa
restritiva e explicativa);
– oração subordinada
substantiva completiva.
Texto de opinião.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 100
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

2 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Teste de avaliação 11 Versão B
Unidade 4
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Grupo I
Texto A
Lê o texto com atenção. Se necessário, consulta as notas.

O bem que o mar faz


A maresia, o som das ondas, a vitamina D, a água salgada, a praia. O oceano tem efeitos
terapêuticos, faz bem ao corpo e à alma, limpa os pulmões, tonifica os músculos. Em qualquer estação
do ano.
O mar é um organismo com vida própria, em constante movimento. Para muitos é como um íman
5 que atrai pela beleza, ora mais calma, ora mais revolta, seja verão, seja inverno, em qualquer estação
do ano.
Estar perto do mar, ouvi-lo, senti-lo, cheirá-lo, tranquiliza, acalma, apazigua. A imensidão de água
salgada tem em si vários benefícios. Acalma a mente, aumenta a sensação de bem-estar, estimula a
circulação sanguínea, tonifica os músculos, abre os pulmões, diminui o stresse. Caminhar na areia,
10 esticar o corpo ao sol, fazer exercício ao pé do mar, aproveitar a zona de rebentação das ondas com as
pernas na água. Tudo isto sabe bem e faz bem. Em qualquer ocasião.
«O mar, quando nos lança o seu feitiço, aprisiona-nos na sua rede de maravilha para sempre.»
A frase é de Jacques Cousteau, que tantas vezes mergulhou nas profundezas dos oceanos. Ele sabia do
que falava. E é essa frase que abre o livro da britânica Deborah Cracknell, investigadora e especialista
15 em psicologia ambiental, autora do livro A terapia do mar.
«Caminhar ao longo da costa ou nadar no mar contribui para as nossas necessidades de praticar
atividade física; ir à praia com a família e os amigos fomenta valiosas interações sociais; passar tempo
em ambientes naturais promove a formação de relações positivas com a natureza; observar e ouvir o
oceano descontrai-nos e acalma as nossas mentes irrequietas; o consumo de marisco fornece-nos
20 proteínas e nutrientes importantes; e os fármacos1 à base de produtos do mar ajudam a tratar uma vasta
gama de doenças», escreve.
O exercício ao ar livre, na praia, num ambiente natural, tem todos os ingredientes para elevar a
autoestima, reforçar a autoconfiança, melhorar o humor, reduzir a tensão arterial, sacudir a revolta e a
depressão. Exercício na água salgada também ajuda. «Pode ser especialmente indicado para
25 determinados grupos de pessoas, como as mais idosas e as que sofrem de problemas ortopédicos, dores
nas costas, artrite, osteoporose ou quaisquer outras afeções que possam inibir2 o treino em terra.»
O ar marinho melhora a função pulmonar, respirar a maresia ajuda a dormir melhor, caminhar na
praia relaxa e descomprime. E não só. «A resistência da água aumenta o consumo energético de
determinados exercícios: caminhar com a água pela cintura será mais exigente do que caminhar à
30 mesma velocidade numa passadeira», acrescenta a investigadora, que adianta haver indicadores que
garantem que a água salgada é benéfica no tratamento de problemas cutâneos3, como o eczema.
Deborah Cracknell adianta ainda que há estudos que demonstram que flutuar na água salgada reduz os
níveis das hormonas do stresse e a tensão arterial, melhora o sono, auxilia a recuperação muscular e
fomenta a criatividade. «Esses efeitos talvez se devam ao magnésio presente na água», propõe.
Sara Dias Oliveira, disponível em http://noticiasmagazine.pt,
consultado em julho de 2020 (texto com supressões).
1. fármacos: medicamentos. 2. inibir: impedir. 3. cutâneos: de pele.
Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 3
1. Assinala com ✗, de 1.1 a 1.5, a opção que completa cada frase, de acordo com as informações
do texto.

1.1 A autora do texto salienta os benefícios do mar


(A) nos dias mais quentes.
(B) em qualquer altura do ano.
(C) na estação do verão.

1.2 A frase de Jacques Cousteau, que abre o livro de Deborah Cracknell, é composta por
(A) comparações e personificações.
(B) anáforas e metáforas.
(C) personificações e metáforas.

1.3 De acordo com a britânica, caminhar à beira-mar ou nadar traz benefícios


(A) de âmbito educacional e social.
(B) a nível físico, social e psicológico.
(C) para a investigação científica.

1.4 O exercício na água salgada é


(A) ideal para quem pretende melhorar a condição física.
(B) perfeito para fornecer proteínas e nutrientes essenciais.
(C) desaconselhável para as pessoas com mais idade.

1.5 A atribuição ao magnésio dos efeitos positivos do mar é apresentada como uma
(A) hipótese.
(B) convicção.
(C) certeza.

4 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Texto B
Lê o poema com atenção. Se necessário, consulta as notas.

Love’s philosophy1
Correm as fontes ao rio
os rios correm ao mar;
num enlace2 fugidio
prendem-se as brisas no ar...
5 Nada no mundo é sozinho:
por sublime lei do Céu,
tudo frui3 outro carinho...
Não hei de alcançá-lo eu?

Olha os montes adorando


10 o vasto azul, olha as vagas
uma a outra se osculando4
todas abraçando as fragas5...
Vivos, rútilos6 desejos,
no sol ardente os verás:
15 – Que me fazem tantos beijos,
se tu a mim mos não dás?
Percy B. Shelley (trad. Luís Cardim),
in Horas de fuga, Porto, Edições ASA, 2003, p. 39.

1. love’s philosophy: filosofia do amor. 2. enlace: união, abraço. 3. frui: aproveita com satisfação e prazer.
4. osculando: beijando. 5. fragas: rochedos. 6. rútilos: cintilantes.

1. Indica os pares referidos na primeira metade da primeira estrofe do poema (versos 1 a 4).
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

2. Transcreve a conclusão a que o sujeito poético chega a partir da observação destes pares.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

2.1 Explica a interrogação feita pelo sujeito a propósito desta conclusão.


_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 5


3. Indica os dois exemplos com os quais, na segunda estrofe (versos 9 a 16), o eu reforça a sua
argumentação.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

4. Comprova que o sujeito se dirige a alguém e apresenta a tua opinião sobre quem será essa
pessoa.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

5. Completa as frases que se seguem.

a. O poema é composto por duas ________________ (oito versos).

b. O esquema rimático é o seguinte: ___________________.

c. O tipo de rima é __________________, pois os versos rimam __________________.

d. Os versos são _____________________ ou ____________________, como se pode comprovar


pela divisão do quinto verso: ______________________________________.

6 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Grupo II

1. Assinala com ✗ a função sintática dos constituintes sublinhados nas frases que se seguem.

1.1 O mar é uma fonte de riqueza.

(A) Modificador do nome restritivo


(B) Predicativo do sujeito
(C) Complemento direto

1.2 Caminhar na praia, que é um espaço relaxante, faz muito bem.

(A) Modificador do grupo verbal


(B) Modificador do nome restritivo
(C) Modificador do nome apositivo

1.3 Todos os anos, vamos para uma praia de águas serenas.

(A) Modificador do grupo verbal


(B) Modificador do nome apositivo
(C) Modificador do nome restritivo

2. Associa cada oração subordinada sublinhada (coluna A) à respetiva classificação (coluna B).
A B

a. Corri para a água assim que cheguei à praia. 1. adverbial causal

b. A praia onde passo férias é espetacular. 2. adverbial final

c. Os meus pais perguntaram-me se queria ir à praia. 3. adverbial condicional

d. Como estava frio, não entrei na água. 4. adverbial temporal

e. A minha prancha, que é nova, desliza muito bem. 5. substantiva completiva

f. Se pudesse, iria à praia todos os dias. 6. adjetiva relativa restritiva

g. Entro na água devagar para que o choque seja menor. 7. adjetiva relativa
explicativa

a. b. c. d. e. f. g.

3. Classifica cada oração subordinada adjetiva relativa sublinhada nas frases seguintes.
a. As praias fluviais, que têm águas calmas, são ótimas para tomar banho.
__________________________________________________________________________
b. Nestas férias, adorei todas as praias por onde passei.
__________________________________________________________________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 7


Grupo III
«O mar, quando nos lança o seu feitiço, aprisiona-nos na sua rede de maravilha para sempre.»
(Jacques Cousteau)

A partir da frase de Jacques Cousteau, escreve um texto de opinião sobre o poder de atração
do mar.
O teu texto deve incluir:
• a indicação do teu ponto de vista;
• a apresentação de, pelo menos, duas razões que justifiquem a tua posição;
• uma conclusão adequada.

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_________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Observações:
Deves escrever entre 120 e 220 palavras.

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2021/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial até dois pontos;
– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

FIM

8 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Matriz do teste de avaliação 12 Versão B
Unidade 4
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto
(exposição). Item de seleção: Texto A: 1 15
– escolha múltipla. (15 × 1)
Grupo I
Texto poético («A concha»,
Leitura e
de Vitorino Nemésio).
Educação Literária Itens de construção: Texto B: 5 40
– resposta restrita; (12 [8 + 4] + 8 +
Recursos expressivos
– resposta curta. 8 + 6 + 6)
(metáfora).
Conjugação verbal.

Funções sintáticas:
internas ao grupo verbal
(predicativo do sujeito). Itens de seleção:
– escolha múltipla;
Subordinação: – associação.
Grupo II 4 20
– oração subordinada
Gramática (8 + 8 + 2 + 2)
adverbial (final, Itens de construção:
condicional); – resposta restrita;
– oração subordinada – resposta curta.
adjetiva (relativa
restritiva e explicativa);
– oração subordinada
substantiva completiva.
Texto de opinião.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 25
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 1


Matriz do teste de avaliação 12 Versão B
Unidade 4
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Por domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto Item de seleção: Texto A: 1 100
(exposição). – escolha múltipla. (100 × 1)

Grupo I
Texto poético («A concha»,
Leitura e Itens de construção: Texto B: 5 100
de Vitorino Nemésio).
Educação Literária – resposta restrita; (32 [20 + 12] +
– resposta curta. 18 + 30 + 10 +
Recursos expressivos
10)
(metáfora).
Conjugação verbal.

Funções sintáticas:
internas ao grupo verbal
(predicativo do sujeito). Itens de seleção:
– escolha múltipla;
Subordinação: – associação. 4 100
Grupo II
– oração subordinada (40 + 40 + 10 +
Gramática
adverbial (final, Itens de construção: 10)
condicional); – resposta restrita;
– oração subordinada – resposta curta.
adjetiva (relativa
restritiva e explicativa);
– oração subordinada
substantiva completiva.
Texto de opinião.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III sinais auxiliares de escrita; Item de construção:
1 100
Escrita construção frásica – resposta extensa.
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ___________________________________________________ Turma ____________________

2 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Teste de avaliação 12 Versão B
Unidade 4
Nome N.o Turma Data / /
Avaliação E. Educação Professor

Grupo I
Texto A
Lê o texto com atenção.

A beleza matemática
das conchas marinhas
A ideia de que a Matemática se encontra profundamente implicada nas formas naturais
remonta aos gregos. Muitos aspetos do crescimento de animais e plantas, apesar de, pelas suas
formas elaboradas, parecerem governados por regras muito complexas, podem ser descritos por
leis matemáticas muito simples.
5 Um exemplo claro disso são as conchas e os búzios marinhos. Porque é que tantas conchas
formam espirais? Quando o bicho que vive numa concha cresce, é necessário que a concha onde
vive também cresça, para o acomodar. O facto de o animal que vive na extremidade aberta da
concha segregar e depositar o material novo sempre nessa extremidade, e mais rapidamente num
lado que no outro, faz com que a concha cresça em espiral. O ritmo de segregação de material
10 novo em diferentes pontos da concha presume-se que seja determinado pela anatomia do animal.
Surpreendentemente, mesmo variações muito pequenas nesses ritmos podem ter efeitos
tremendos na forma final da concha, o que está na origem da existência de muitos tipos diferentes
de conchas.
Uma versão bidimensional deste facto pode ser observada no crescimento dos cornos dos
15 animais. Tal como as unhas e o cabelo, um corno cresce devido ao depósito de material novo na
sua base. De modo a ser uma estrutura perfeitamente retilínea, a quantidade de material
depositada deve ser exatamente a mesma de cada lado da base. No entanto, se existir alguma
diferença, um dos lados do corno ficará mais comprido que o outro e, inevitavelmente, o corno
terá de torcer para o lado onde é depositado menos material, seguindo uma espiral.
20 Essencialmente é uma versão tridimensional deste fenómeno que conduz às estruturas em
espiral das conchas dos moluscos. Além disso, as conchas crescem, mantendo sempre a mesma
forma. Estas condicionantes juntas têm uma consequência matemática: quase todas as conchas
seguem um modelo de crescimento baseado numa espiral.
Em resumo, o molusco não alarga a sua concha de modo uniforme: adiciona somente material
25 numa das extremidades da concha (a extremidade aberta ou «de crescimento»); e fá-lo de manei-
ra a que a nova concha seja sempre um modelo exato, à escala, da concha mais pequena.
J. Picado, «A beleza matemática das conchas marinhas», disponível em www.mat.uc.pt,
consultado em junho de 2018 (texto adaptado).

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 3


1. Assinala com ✗, de 1.1 a 1.5, a opção que completa cada frase, de acordo com as informações
do texto.

1.1 Várias circunstâncias do crescimento de plantas e animais


(A) são de uma grande complexidade.
(B) podem ser descritas por regras matemáticas.
(C) apresentam-se na sua forma mais elaborada.

1.2 O facto de a concha crescer em espiral explica-se porque o animal deposita o material novo
(A) na extremidade fechada onde vive.
(B) sempre na extremidade aberta onde vive.
(C) nos dois lados da extremidade aberta com ritmos diferentes.

1.3 A diversidade de conchas deve-se


(A) a pequenas diferenças de ritmo de depósito de material novo.
(B) à anatomia do animal.
(C) a grandes diferenças de ritmo de depósito de material novo.

1.4 O paradigma de crescimento do corno serve o propósito de


(A) contrastar com as circunstâncias de crescimento da concha.
(B) justificar as circunstâncias de crescimento da concha.
(C) fornecer um exemplo semelhante ao do crescimento da concha.

1.5 O elemento sublinhado em «e fá-lo de maneira a que» (linhas 25 e 26) refere-se a


(A) «o molusco» (linha 24).
(B) «não alarga a sua concha de modo uniforme» (linha 24).
(C) «adiciona somente material numa das extremidades da concha» (linhas 24 e 25).

4 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Texto B
Lê o poema com atenção. Se necessário, consulta as notas.

A concha
A minha casa é concha. Como os bichos
Segreguei-a1 de mim com paciência:
Fachada2 de marés, a sonho e lixos,
O horto3 e os muros só areia e ausência.

5 Minha casa sou eu e os meus caprichos4.


O orgulho carregado de inocência
Se às vezes dá uma varanda, vence-a
O sal que os santos esboroou5 nos nichos6.

E telhados de vidro, e escadarias


10 Frágeis, cobertas de hera7, oh bronze falso!
Lareira aberta ao vento, as salas frias.

A minha casa... Mas é outra a história:


Sou eu ao vento e à chuva, aqui descalço,
Sentado numa pedra de memória.
Vitorino Nemésio, O bicho harmonioso, Coimbra, Revista de Portugal, 1938.

1. segreguei-a: expeli, deitei para fora. 2. fachada: lado principal do exterior de um edifício. 3. horto: pequena horta ou
jardim. 4. caprichos: vontade súbita e teimosa, muitas vezes sem fundamento. 5. esboroou: desfez, destruiu. 6. nichos:
cavidade aberta em parede para colocação de imagens ou objetos decorativos. 7. hera: planta trepadeira.

1. Classifica o poema quanto à


a. constituição estrófica: ________________________________________________________
b. rima: ______________________________________________________________________

1.1 Identifica a composição poética apresentada.

__________________________________________________________________________

2. Identifica o recurso expressivo presente em «A minha casa é concha» (verso 1).

_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 5


3. Transcreve do poema os seguintes versos.

a. Um verso que remeta para o interior da «concha».


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b. Um verso que se refira ao seu exterior.
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4. Relê a penúltima estrofe (versos 9 a 11) e assinala com ✗ a única opção que não está de acordo
com o sentido do texto.
(A) A «concha» apresenta um nível de proteção e de conforto baixo.
(B) Os «telhados de vidro» tornam a concha pouco resistente.
(C) As lareiras servem para aquecer «as salas frias».

5. Assinala com ✗ a opção que melhor completa a seguinte afirmação.


Na última estrofe (versos 12 a 14), a situação altera-se porque o sujeito poético
(A) encontra-se sem a defesa da «concha», por estar fora dela.
(B) encontra-se protegido no interior da sua «concha».
(C) encontra-se fora da «concha», mas protegido do vento e da chuva.

6 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Grupo II

1. Completa as frases com as formas dos verbos nos tempos e modos indicados entre parênteses.
a. Eles ____________________ (falar / pretérito perfeito simples do indicativo) bem na palestra.

b. Eu ____________________ (brincar / pretérito imperfeito do indicativo) na casa da minha


avó, quando era pequena.

c. Desejamos que não ____________________ (haver / presente do conjuntivo) muitos


acidentes este ano.

d. Nós ____________________ (fazer / futuro simples do indicativo) uma sobremesa para o


jantar.

2. Assinala com ✗ a classificação correta das orações sublinhadas.

Oração
Oração subordinada adjetiva
subordinada
Frases substantiva
relativa
completiva explicativa restritiva
a. Dá-me o livro que está em cima da mesa,
se faz favor!
b. O meu pai, que é um excelente nadador,
ensinou-me a nadar.
c. Lamento que te doa a cabeça.
d. A minha tia perguntou se tu ias comigo ao
piquenique.

3. Assinala com ✗ a função sintática comum a todas as expressões sublinhadas nas frases.
• O livro que comprei parece bastante interessante.
• O Ricardo tornou-se num excelente aluno.
• A casa da tia da Rita fica ao pé do supermercado novo.

(A) Complemento oblíquo.


(B) Complemento direto.
(C) Predicativo do sujeito.

4. Assinala com ✗ a opção que corresponde à forma passiva da frase seguinte.


Certamente, o Pedro tem estudado a matéria para o teste.
(A) A matéria para o teste tem sido estudada, certamente.
(B) A matéria para o teste tem sido, certamente, estudada pelo Pedro.
(C) Certamente, o Pedro foi estudando a matéria para o teste.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 7


Grupo III
«O importante não é a casa onde moramos, mas onde, em nós, a casa mora.»
(Mia Couto)

Na tua opinião, qual a importância do nosso lar?


Escreve um texto de opinião bem estruturado em que defendas o teu ponto de vista.

O teu texto deve incluir:


• a apresentação do teu ponto de vista;
• a explicitação de, pelo menos, duas razões que justifiquem a tua posição;
• uma breve conclusão.

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Observações:
Deves escrever entre 120 e 200 palavras.

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2021/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial até dois pontos;
– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

FIM

8 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Soluções

TESTES DE AVALIAÇÃO – Versão B ● Breve conclusão – por tudo o que foi dito anterior-
mente, é urgente parar com a poluição do oceano para
Teste 1B: Unidade 1 – Mensagens
bem das espécies marinhas e humana.
do quotidiano 1 ●…
Grupo I
Teste 2B: Unidade 1 – Mensagens
Texto A
1.1 (B); 1.2 (A); 1.3 (C); 1.4 (C).
do quotidiano 2
Grupo I
2. (B).
Texto B Texto A
1.1 a. – 2; b. – 1. 1. (D), (E), (B), (C), (A).
1.2 O anúncio A é institucional porque pretende apelar à 2.1 (B); 2.2 (C); 2.3 (A); 2.4 (C).
mudança de comportamentos: acabar com utilização 3. Referir duas das seguintes: o texto apresenta uma
das palhinhas. O anúncio B é simultaneamente institu- linguagem valorativa («num retrato vivo e certeiro dos
cional e comercial, pois tem o propósito de acabar com alunos, dos professores e das relações entre ambos»,
o uso de garrafas de plástico, mas também de vender as «subtilmente»), formas verbais na terceira pessoa e no
garrafas do Clube Naval. presente do indicativo («chega», «É», «Começa»,
2. a. «Açores sem palhinhas»; b. «Personalize a sua «embarcam»), recursos expressivos como a comparação
garrafa […] atletas!». («a lembrar Lúcifer») e articuladores do discurso de
3. A imagem explicita a intenção persuasiva da diversos valores («mesmo», «assim», «mais uma vez»,
publicidade, isto é, torna clara a mensagem de que é «ainda», «tanto … como», «mas»).
necessário acabar com a utilização dos sacos de plástico, Texto B
pois estão a «devorar» (matar) a vida marinha. 1. a. – 2; b. – 1.
4. Referir duas das seguintes: presença de verbo no 2. A. «Corta com a violência»; B. «Nada me vai parar».
imperativo («Participa!»; presença de adjetivos 2.1 A. jovens; B. adultos com filhos pequenos.
(«melhor»); causa de importância social e ambiental; 3. O anúncio A tem por objetivo conduzir os mais jovens
presença de slogan («Muda de sacos»); texto a aderir a um comportamento contra a violência,
argumentativo («Diz não aos sacos de plástico – por um nomeadamente o bullying.
ambiente melhor»). 4. A. «Quem não te respeita não te merece»; B. todo o
texto argumentativo até «da sua criança».
5. a. – 3/1; b. – 4; c. – 2/1; d. – 1.
Grupo II
1. a. – 2; b. – 1; c. – 3. Grupo II
2.1 Adjetivo qualificativo. 1. Classe do nome.
2.2 Grau comparativo de superioridade. 1.1 a. O intruso é ferro, porque é um nome comum,
2.3 «de», «por». enquanto os restantes são nomes próprios.
3. «visitavam»: terceira pessoa do plural do pretérito b. O intruso é turma, dado ser um nome comum coletivo
imperfeito do indicativo; «repararam»: terceira pessoa e os restantes serem nomes comuns.
do plural do pretérito perfeito simples do indicativo. 2. a. «coloridos»; b. «muito apelativos».
4. (A). 3. O rapaz tinha um péssimo comportamento.
5. (C). 4. a. pratica; merecia; b. agíssemos.
5. a. conta; b. imprevisto; c. aterrorizar; d. maldisposto.
Grupo III
Sugestão de tópicos Grupo III
● Breve introdução ao tema – no meu ponto de vista, a Sugestão de tópicos
poluição marinha é uma calamidade dos nossos dias, no ● O bullying é uma realidade na sociedade atual,
oceano há ilhas de plástico com dimensões enormes. nomeadamente entre os mais jovens, como podemos
● Duas causas da poluição marinha – as indústrias, os verificar pela campanha da APAV, o que comprova que
navios… que continuam a deitar ao mar os seus ainda não estamos a fazer o necessário para o eliminar.
poluentes… o ser humano que deita objetos na sanita, ● Não existem, ainda, campanhas suficientes de alerta e
polui as praias… e tudo vai dar ao oceano. de sensibilização para este tipo de comportamento,
● Duas consequências da poluição marinha – destruição nomeadamente para o ciberbullying, que tem vindo a
e morte da fauna e da flora… influência na alimentação aumentar.
humana, estamos a comer a poluição que fazemos… ● São raras as intervenções junto das crianças mais
● Duas ações concretas que possas promover no seu novas que se encontram mais vulneráveis a atos de
combate – na minha opinião, há ações que devem ser violência pelos colegas, atos que são muitas vezes
desenvolvidas com o empenho de todos, como por desculpabilizados pelos pais e pelos educadores.
exemplo, a limpeza de praias, ações de sensibilização ● A sensibilização deveria começar nos infantários e no
junto da comunidade, mudanças dos maus hábitos (por pré-escolar, para eliminar o bullying nestas idades,
exemplo: deitar objetos que acabam no mar)… evitando-se, assim, que estas crianças, quando forem
mais velhas, o pratiquem ou sejam vítimas dele.
●…

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 1


Teste 3B: Subunidade 2.1 – Narrativas caminho ladeado também por lindos canteiros. Por
tradicionais 1 detrás da casa, havia, ainda, uma horta e um pomar.
Estavam simultaneamente fascinados e confusos. Então,
Grupo I
um deles perguntou:
Texto A
– Ó vizinho, por que construiu uma casa tão pequena
1.1 (C); 1.2 (A).
quando tinha tanto dinheiro?
2. A. «identidade»; «valores primitivos fixos»; B. «usos
E o homem, a sorrir, respondeu:
(das comunidades)»; «costumes das comunidades»;
– Tenho dez filhos ainda pequenos. O dinheiro é para os
C. «verso»; «ritmo»; «melodia»; «jogos de sons»;
seus estudos e, depois, para os ajudar a começar uma
«mnemónica».
nova vida. Temos a horta e o pomar, que nos darão o
3. (A), (B), (D).
sustento. Para quê criados para o fazer, quando temos
Texto B
força e vida e estamos juntos. Não saberíamos viver sem
1. Um pobre homem trabalhava no mato para poder
nada para fazer... Não é com muito dinheiro que se é
sustentar a sua família.
feliz.
1.1 A certa altura, surgiram duas personagens, a Fortuna
e a Riqueza, que pretendiam mudar a sua vida para
Teste 4B: Subunidade 2.1 – Narrativas
melhor.
tradicionais 2
2. 1.a – um «cruzado novo» / O homem dirige-se ao
talho, paga adiantado e faz as suas compras, mas, como Grupo I
estava muita confusão na loja, o empregado negou que Texto A
ele lhe tivesse pagado. 1. (B).
2.a – «uma bolsa cheia de dobrões» / A bolsa foi roubada 2.1 (C).
por uma ave de rapina. 2.2 (A).
3.a – um saco carregado de peças e um cavalo para o 2.3 (C).
carregar / O cavalo foge atrás de uma égua, levando 2.4 (B).
consigo o saco. Texto B
3. (B). 1. tempo, espaço.
4. Referir duas das seguintes: o tempo do conto é 2. A «velha» é coscuvilheira, pois passa o tempo no
indefinido, pois não se sabe quando ocorreu a ação; o postigo da sua casa; mostra ser manhosa e ardilosa,
espaço geográfico também é indefinido, uma vez que porque sabe usar as informações que obtém a seu favor
pode ter ocorrido em qualquer parte do mundo («no e das suas filhas, cujo futuro quer salvaguardar.
mato», «açougue»…); as personagens são anónimas 3. A «velha» perguntou à rainha se queria que ela
(«homem», «magarefe»…); a ação é breve e simples ensinasse a algumas das suas galinhas a falar, ao que a
(entrega e perda do dinheiro da Riqueza, entrega do rainha respondeu que sim. A «velha» comeu algumas
dinheiro da Fortuna e descoberta do dinheiro da galinhas com as suas filhas e retornou à rainha, dizendo
Riqueza). que as galinhas tinham contado o caso que ela mantinha
Grupo II com o conde Cabra. A rainha, em pânico, mandou matar
1. Determinante demonstrativo: «aquele»; Determi- as galinhas, e deu-lhe dinheiro e dotes para as suas filhas.
nante indefinido: «Certo»; Determinante relativo: 4. (C).
«cuja»; Determinante possessivo: «sua»; Quantificador 5. Concretizaram-se as suas palavras, pois foi por causa
numeral: dois. de estar ao postigo que soube da infidelidade da rainha.
2. a. «Alguém»; b. «Todos»; «nenhum»; c. «tudo»; Foi esta informação que proporcionou engendrar um
d. «outro». plano para comer as galinhas, extorquir dinheiro à rainha
3. a. «que», antecedente: «O cruzado»; b. «o qual», e ainda arranjar bons dotes para casar as filhas.
antecedente: «Este conto». Grupo II
4. a. A bolsa, que estava cheia de dobrões, foi roubada 1. (C).
por uma ave de rapina. b. O cavalo que carregava o saco 2. (A), (D).
cheio de peças fugiu atrás de uma égua.
3. a. – 5; b. – 3; c. – 4; d. – 7; e. – 8; f. – 1; g. – 6;
5. a. Os alunos ouviram-nas. b. Logo à noite, contá-la-ei
aos meus pais. c. Onde a ouviste? d. Os contos também h. – 2.
os transmitem. 4. A cadela de raça beagle é uma campeã audaz.
Grupo III Grupo III
Sugestão de texto narrativo Sugestão de tópicos
A casa desta família ficava num beco muito estreito da ● Grau de importância das histórias na tua infância e na
aldeia, por isso, com o dinheiro que agora tinham, vida atual: grande, média, baixa…
decidiram mudar para um local mais amplo. ● Tipo de histórias que mais aprecias (histórias
Assim, depois de procurarem pelas redondezas, românticas, aventuras, banda desenhada, filmes, jogos,
apaixonaram-se por uma casinha abandonada, situada letras de música...), justificando a tua preferência – por
numa pequena clareira, que decidiram reconstruir. exemplo: prefiro histórias de aventuras porque me sinto
Depois de terminada a obra, os aldeões resolveram como se vivesse essas façanhas; gosto, por exemplo, da
fazer-lhes uma visita. Quando lá chegaram, a surpresa foi banda desenhada do Astérix. Para além das aventuras,
geral: em vez de um palacete requintado, como seria de tem bastante humor, e aprecio também o modo como as
esperar de alguém com muito dinheiro, depararam-se palavras são alteradas, todas com ix no final. Finalmente,
com uma clareira, circundada pelas árvores da floresta, as histórias têm uma vertente sobrenatural, o que
no centro, uma bela casinha, com floreiras nas janelas, também me apraz: quem me dera poder beber a poção
um pequeno jardim cheio de flores de várias cores e um mágica!

2 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


● A frequência com que lês/vês/ouves essas histórias – ● Na hora de agir, talvez as pessoas se lembrem da
por exemplo: gosto de ler todos os dias um bocadinho história e pensem duas vezes antes de fazerem algo
antes de dormir, acalma-me. Também vou ler quando a errado.
minha mãe me diz que não há mais computador... ● ...
● Reflexão sobre a importância das histórias e sugestões
de histórias interessantes – por exemplo: recomendo, Teste 6B: Subunidade 2.2 – O Cavaleiro
obviamente, as aventuras do Astérix, mas também as da da Dinamarca e outras narrativas 2
Marvel, como, por exemplo, o Batman ou o Homem- Grupo I
-Aranha... Têm uma excelente qualidade ao nível textual Texto A
e de imagem. 1.1 (B).
Teste 5B: Subunidade 2.2 – O Cavaleiro da 1.2 (C).
Dinamarca e outras narrativas 1 1.3 (A).
1.4 (B).
Grupo I 1.5 (C).
Texto A Texto B
1.1 (B); 1.2 (A); 1.3 (C); 1.4 (B); 1.5 (C). 1.1 a. noite de Natal; b. gruta em Belém, em Jerusalém.
Texto B 2. Exemplos de dois pedidos do Cavaleiro a Deus: «Pediu
1.1 (B). a Deus que o fizesse um homem de boa vontade, um
2. Filippo é o narrador desta história, sendo um narrador homem de vontade clara e direita, capaz de amar os
não participante. outros» (ll. 10 e 11); «E pediu também aos Anjos que o
3. Dante sofreu muito com a morte da sua amada Beatriz protegessem e guiassem na viagem de regresso, para
ainda jovem, desgosto este que o conduziu a «uma vida que, daí a um ano, ele pudesse celebrar o Natal na sua
de loucuras e de erros», sem qualquer rumo, o que casa com os seus» (ll. 11 e 13).
justifica o ter-se perdido naquela floresta. 3. A viagem de regresso do Cavaleiro foi adiada por causa
3.1 A «sombra» era a do poeta Virgílio, que tinha das más condições atmosféricas.
morrido há muito tempo, cuja missão era conduzir Dante 4. (B), (D).
até ao local onde se encontrava Beatriz. Grupo II
4. Os lugares por onde passaram Dante e a «sombra» 1. a. Complemento oblíquo; b. Complemento direto;
foram os seguintes: Inferno, Purgatório e Paraíso c. Complemento indireto; d. Modificador.
Terrestre. 2. Empresta-o ao Pedro.
5. «Escreveu um longo e maravilhoso poema chamado 3. a. – 2; b. – 1; c. – 3.
“A Divina Comédia”, no qual contou a sua viagem através 4. a. Lê outro livro de Sophia, pois são todos excelentes!
do reino dos mortos.» (ll. 33 e 34). b. Ficas em Jerusalém ou voltas para a Dinamarca?
Grupo II Grupo III
1. a. – 3; b. – 4; c. – 1; d. – 2. Sugestão de tópicos
2. a. (B); b. (A); c. (B); d. (A). ● Explicação sucinta da afirmação – quando viajamos,
3.1 (C); 3.2 (A). interpretamos de forma diferente as pessoas, os locais,
4. a. orações coordenadas disjuntivas; b. oração a cultura que conhecemos pela primeira vez (ninguém
coordenada explicativa; c. oração coordenada compreende da mesma maneira as novidades com que
conclusiva; d. oração coordenada adversativa. se depara).
Grupo III ● Para que lugar viajarias e porquê – exemplos: dentro
Sugestão de tópicos de Portugal, além-fronteiras, lugares tropicais, destinos
● As histórias influenciam o ser humano, levando-o, de neve…
inclusivamente, a agir ou a adotar um determinado ● Quem e o que levarias contigo – exemplos: familiares,
comportamento. amigos, colegas de escola… livros, objetos pessoais,
● As pessoas identificam-se, muitas vezes, com as jogos…
situações narradas nas histórias por encontrarem ● Apresentação da tua opinião relativamente à
semelhanças com a sua própria vivência. transcrição – por exemplo: concordância com o que é
● Na história de Dante recorre-se a uma alegoria (mito) dito (todos temos a nossa vivência e perspetiva acerca
para mostrar que há consequências negativas para quem do que observamos; logo, quando viajamos e contacta-
pratica o mal ou age incorretamente (para além dos que mos com pessoas, lugares e costumes diferentes, vamos
estão no Inferno, temos o próprio Dante, cuja «vida de ter interpretações próprias sobre o que experiencia-
loucuras e erros» o levou a perder-se na «floresta escura mos).
e selvagem») e recompensas para quem pratica o bem, • ...
pondo o leitor a pensar.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 3


Teste 7B: Subunidade 2.3 – «Ladino», contra as injustiças; os jogos com os amigos; o encanto
«Mestre Finezas» e outras narrativas 1 pela música).
• ...
Grupo I
Texto A Teste 8B: Subunidade 2.3 – «Ladino», «Mes-
1.1 (B); 1.2 (D); 1.3 (A); 1.4 (C). tre Finezas» e outras narrativas 2
2. Referir duas das seguintes: o texto apresenta uma
linguagem valorativa («Na escrita, clareza, ritmo, Grupo I
contenção, sentido literário e poético», «Uma bela porta Texto A
de entrada», «um convite feliz»), formas verbais na 1. 1 – B; 2 – C; 3 – A.
terceira pessoa e no presente do indicativo («há», 2.1 (B).
«gostam», «está», «é»), recursos expressivos como a 2.2 (A).
comparação («Como um daltónico que […]»), 2.3 (C).
articuladores do discurso de diversos valores («depois», 2.4 (C).
«então», «ainda», «Mas», «mais adiante», «E assim») Texto B
e um registo de língua adequado ao público a que se 1. (C).
destina, com frases curtas e declarativas. 2. «O gato grande, preto e gordo» (l. 4) – narrador; «És
Texto B um gato muito bom» (l. 32) – Ditosa.
1. O narrador recorda alguns aspetos da sua infância. 3. Quanto à presença, o narrador é não participante.
1.1 Trata-se de um narrador participante. Quanto à posição, é subjetivo, pois tem acesso aos
2. A frase «Como o tempo corria devagar!» (l. 5) sentimentos das personagens e opina sobre os eventos
transmite o modo como o narrador sentia a passagem do que narra.
tempo quando ia ao barbeiro. 4. a. – 2; b. – 4; c. – 1; d. – 3.
3. A repetição da comparação («Via-lhe os braços 5.1 Apesar de Ditosa ter medo de voar, deixa-se levar
compridos arqueados como duas garras sobre a minha pela sua natureza. Adora sentir a chuva na sua penugem,
cabeça.», ll. 10 e 11, e «Lembrava uma aranha», l. 11). como é típico das aves, fica muito mais calma e ganha
4. O narrador admirava as qualidades de artista de coragem para começar o seu voo.
Mestre Finezas enquanto ator de teatro por representar Grupo II
personagens que eram justas e defendiam os mais 1. a. – 2; b. – 3; c. – 1; d. – 6; e. – 5; f. – 4.
fracos. Por isso, enfrentava a morte de forma heroica, 2. a. Começa a estudar para poderes tirar boa nota no
«morrendo» no final das peças. teste. b. Ditosa conseguirá voar se perder o medo.
5. O narrador admirava Mestre Finezas pela música que c. Barlavento começou a correr, quando viu Ditosa
ele tocava no seu violino. começar a voar.
Grupo II 3. a. Zorbas empurrou cuidadosamente Ditosa. b. A
1. a. Todos admiravam Mestre Finezas. b. Mestre Finezas gaivotinha foi acarinhada pelo humano.
será recordado com carinho e admiração pelo narrador. Grupo III
c. Um longo caminho tinha sido percorrido por Mestre Sugestão de tópicos
Finezas. d. O público seguira a representação com • Descrição de um espaço – do porto de Hamburgo, da
atenção. visão panorâmica durante o voo, de uma ilha onde
2. a. – 6; b. – 1; c. – 2; d. – 4; e. – 5; f. – 3. aterrou, da nova casa…
3. a. – 3; b. – 2; c. – 4; d. – 1. • Descrição de uma personagem – de outra gaivota, de
Grupo III um gatinho pequenino, de um humano, da ave que a
Sugestão de tópicos ameaçava, de quem a ajudou…
• Identificação dos dois textos (título e autor) – • Diálogo – com uma destas personagens…
«Rinoceronte salva rapaz depois de um furacão», de • Título adequado – Uma aventura extraordinária;
Rita Pimenta, e «Memórias de infância», de Manuel da Grande voo; Um encontro inesperado; Uma nova
Fonseca. amizade; Lar doce lar…
• O modo como a infância é retratada em cada um dos • ...
textos: Teste 9B: Unidade 3 – Mensagens em cena:
– os dois textos apresentam a infância de modo
diferente, apesar de terem em comum os medos que
Leandro, Rei da Helíria e outros textos 1
assaltam as crianças: no primeiro texto, o medo de Grupo I
causar mal a quem se ama, e, no segundo, o da ida ao Texto A
barbeiro, personagem que atemoriza o narrador; 1.1 (C).
– «Rinoceronte salva rapaz depois de um furacão»: a 1.2 (B).
infância é retratada de um modo um pouco inverosímil, 1.3 (A).
porque Tomás enfrenta situações que poucos 1.4 (C).
experienciam (exemplos: foge de casa, com um grande 1.5 (A).
sentimento de culpa, vê-se sozinho numa grande cidade, Texto B
enfrenta um furacão que quase o mata, torna-se amigo 1. a. – 2; b. – 6; c. – 1; d. – 3; e. – 4; f. – 5.
de uma cria de rinoceronte com a qual salva uma menina 2. a. jardim do palácio real de Helíria; b. Rei e Bobo.
e apanha os responsáveis); 2.1 Este excerto insere-se na Exposição da obra.
– «Memórias de infância»: as situações relatadas são 3. (C).
normais e possíveis de acontecer a qualquer um 4. O Rei está atormentado com o sonho que teve e julga
(exemplos: o medo de ir ao barbeiro; o fascínio pelo ser um recado dos deuses, de forma a prepará-lo para
teatro e pelo ator principal, Mestre Finezas, pela luta algo negativo que irá acontecer.

4 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Grupo II Os bobos atuavam quando o monarca queria, inclusive
1. a. – 4; b. – 5; c. – 3; d. – 1; e. – 6; f. – 2. durante as refeições.
2. a. Oração subordinada adverbial final; b. Oração Na corte, eram privilegiados, pois podiam ridicularizar
subordinada adverbial causal; c. Oração subordinada figuras de autoridade sem sofrer castigos.
adverbial condicional; d. Oração subordinada adverbial A sua profissão era das poucas que permitia a
temporal. ascensão social e ter uma deformidade era uma
3. a. O Rei ordenou ao Bobo para abrir bem aqueles vantagem.
ouvidos para aquilo que lhe ia dizer. (70 palavras)
b. Por exemplo: Shiu!/Silêncio! Abre bem esses ouvidos Teste 11B: Unidade 4 – Mensagens da poesia 1
para aquilo que te vou dizer!
Grupo I
Grupo III
Texto A
Sugestão de tópicos
1.1 (B); 1.2 (C); 1.3 (B); 1.4 (A); 1.5 (A).
• Explicação sucinta das afirmações – os sonhos
Texto B
individuais são difíceis de concretizar; os sonhos
1. Os pares são: as fontes e o rio, o rio e o mar, as brisas
coletivos podem realizar-se mais facilmente.
que se unem no ar.
• Exemplos de sonhos individuais – ao nível escolar,
2. A conclusão a que o sujeito poético chega é a seguinte:
familiar, profissional…
• Exemplos de sonhos coletivos – ao nível social, «Nada no mundo é sozinho: / por sublime lei do Céu, /
tudo frui outro carinho» (vv. 5 a 7).
desportivo, cultural…
2.1 O sujeito, após constatar que tudo na Natureza é
• Apresentação da tua opinião relativamente às
contemplado com o amor, interroga-se sobre a razão de
afirmações – os sonhos individuais são importantes, pois
ele não o alcançar, ou seja, de não usufruir também ele
da sua concretização depende o nosso bem-estar e
do amor.
felicidade – só dependem da nossa força de querer; os
3. A argumentação é reforçada com os exemplos da
sonhos coletivos submetem-se à vontade conjunta de
ligação entre «os montes» e o «vasto azul», «as vagas»
várias pessoas que, unidas e em sintonia, podem tornar
que se beijam e se abraçam aos rochedos.
os sonhos comuns em realidade. Ambas as formas de
sonhar são importantes. 4. O sujeito dirige-se a um «tu», a um interlocutor, como
se pode verificar pelo uso de verbos na segunda pessoa
• ...
do singular («Olha», «verás» e «dás») e do pronome
Teste 10B: Unidade 3 – Mensagens em cena: pessoal «tu». Este alguém poderá ser a pessoa amada
Leandro, Rei da Helíria e outros textos 2 que não corresponde ao seu amor ou que se encontra
longe dele.
Grupo I 5. a. oitavas; b. ABABCDCD /EFEFGHGH; c. cruzada,
Texto A alternadamente; d. heptassílabos, redondilha maior,
1.1 (A); 1.2 (C); 1.3 (C); 1.4 (B); 1.5 (C). «Na / da / no / mun / do é / so / zi / nho».
Texto B
1. O Rei Leandro ficou furioso com a forma como estava Grupo II
a ser recebido, porque a comida era horrível. 1.1 (B); 1.2 (C), 1.3 (C).
1.1 Violeta justifica o facto referindo que nenhum dos 2. a. – 4; b. – 6; c. – 5; d. – 1; e. – 7; f. – 3; g. – 2.
pratos tinha sal. 3. a. explicativa; b. restritiva.
2. Dá-se uma inversão de papéis quando o Bobo se Grupo III
recusa a obedecer à ordem do Rei para se calar, Sugestão de tópicos
alegando nunca ter dito nada, mesmo nos momentos em • A paixão pelo mar surge no primeiro vislumbre e nunca
que o Rei fazia várias asneiras. Agora, seria a vez dele lhe esmorece, pelo contrário, aumenta a cada dia, por isso,
dar ordens, dizendo-lhe que reconhecesse o mal que é como um feiticeiro que nos aprisiona para a vida com
fizera à filha no passado. o seu feitiço.
3. O recurso expressivo presente no aparte do Bobo é a • As crianças sonham com o dia em que verão o mar pela
metáfora. primeira vez e, quando realizam esse sonho, ficam
4. O Rei Leandro expulsou Violeta por não ter percebido deslumbradas, como se aquele momento encerrasse
o valor das suas simples palavras nem a dimensão do seu toda a felicidade existente no mundo.
amor quando ela referiu que lhe queria como a comida • O mar tem um grande poder sobre nós: atrai de tal
quer o sal. forma que nos é difícil sair da sua beira, acalma-nos,
5. O ensinamento é «Quem ama, senhor, não deve pedir parece que nos liberta de todos os problemas, nem que
nada em troca desse amor» (l. 42). seja por breves instantes.
Grupo II • Traz, como referido no texto «O bem que o mar faz»,
1. a. – 2; b. – 8; c. – 5; d. – 1; e. – 4; f. – 7; g. – 6; h. – 3. variadíssimos benefícios para a saúde, física e mental.
2. a. Modificador do nome restritivo; b. Modificador do • No entanto, o mar tem uma grande força e grande
nome apositivo; c. Modificador do nome restritivo. poder destrutivo: tempestades e tsunamis que
3. a. – 3; b. – 1; c. – 4; d. – 2. facilmente destroem pequenas e grandes embarcações,
Grupo III bem como as zonas costeiras.
Sugestão de resumo • Devemos respeitar o mar, estar conscientes da sua
Na época da monarquia, com a instabilidade e os força e ter todos os cuidados quando nos encontramos
conflitos existentes, não havia tempo para rir, sendo dentro dele.
essencial o papel de bobo da corte na diversão dos • ...
monarcas.

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Teste 12B: Unidade 4 – Mensagens da poesia 2 c. Oração subordinada substantiva completiva;
d. Oração subordinada substantiva completiva.
Grupo I
3. (C).
Texto A
4. (B).
1.1 (B).
Grupo III
1.2 (C).
Sugestão de tópicos
1.3 (A).
• Apresentação do teu ponto de vista – o lar assume uma
1.4 (C).
grande importância na nossa vida, é o nosso «ninho» e
1.5 (C).
porto de abrigo.
Texto B
• Explicitação de, pelo menos, duas razões que
1. a. duas quadras e dois tercetos; b. rima cruzada e
justifiquem a tua posição:
interpolada.
– lugar confortável que nos protege das condições
1.1 Trata-se de um soneto.
atmosféricas adversas e onde podemos relaxar, porque
2. Metáfora.
estamos seguros e aconchegados;
3. a. por exemplo: «Minha casa sou eu e os meus
– é na nossa casa que temos os nossos objetos pessoais,
caprichos» (v. 5); b. por exemplo: «O horto e os muros
as recordações que nos ligam ao passado, todos os bens
só areia e ausência» (v. 4).
materiais que nos confortam;
4. (C).
– no nosso lar estão as pessoas que amamos, com quem
5. (A).
podemos conversar e desabafar.
Grupo II
• Breve conclusão – é na nossa casa que temos os
1. a. falaram; b. brincava; c. haja; d. faremos.
pertences que mais gostamos; mas, mais importante, é
2. a. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva;
lá onde estão as pessoas que amamos e onde podemos
b. Oração subordinada adjetiva relativa explicativa;
ser nós próprios.
• ...

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