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Escola
Memórias:
– ideias principais;
– narrador; Itens de seleção:
– personagens; – ordenação;
Educação – comportamentos e – escolha múltipla.
7 28
Literária sentimentos de
personagem; Itens de construção:
– recursos expressivos; – resposta curta.
– coesão (identificação de
referentes).
Página de diário:
– extensão;
– tema;
– pertinência da
informação; – estrutura;
Item de construção:
Escrita – coesão textual; 1 30
– resposta extensa.
– vocabulário;
– sintaxe;
– morfologia;
– pontuação;
– ortografia.
Professor(a) Turma
Avaliação Professor(a)
Para responderes aos itens 1.1. a 1.4., ouve a gravação e segue as instruções.
TEXTO A
1. Assinala com , nos itens 1.1. a 1.4., a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.
b. na última década, não houve progresso relativamente ao número de crianças que fre-
quentam a escola.
c. até 2030, será possível garantir uma educação de qualidade disponível para todos.
a. a educação inclusiva.
Lê o Texto B.
TEXTO B
Posso começar pela minh a professora das 3.ª e 4.ª classes, a Miss Eugénia Se-
queira, no Colégio Princesa Ana. Como era u m colégio com raízes inglesas, todas
as professoras eram misses, e nós achávamos isto normalíssimo. Lembro-me de
muitas coisas, apesar de já terem passado 42 anos! Quem era então esta mulher?
10 Era uma Educadora, sem dúvida. Foi ela que nos explicou a razão de ser das
cópias, por exemplo. Dizia-nos que isso permitia escrever cada vez melhor,
memorizando bons exemplos de pontuação e ortografia, de imagens, de cuidado na
escrita. Estava cheia de razão, e às vezes penso que esta tarefa faz falta nos dias de
hoje. Outro desafio era este: todos os ditados (que fazíamos diariamente e com u m
prazer enorme) conti-
15 nh am uma ou duas palavras que não conhecíamos. Isso assustava-nos? Nada! Esta
Secundário, Ondina Santos, pois agia do mesmo modo, o que me fez adorar para
sempre esta disciplina. Empurrava-nos para a descoberta, como se fôssemos In-
diana Jones do raciocínio, o que era fascinante!
A parte de que guardo a melhor recordação é, sem dúvida, a forma como estas
duas 30 mulheres nos criticavam. […] Comentavam cada tarefa feita na perfeição com
tanta
alegria como a que nós sentíamos, e cada desaire com uma frase de esperança que
nos assegurava: hoje não foi tão bem, mas amanhã será melhor. E resultava, claro.
Assim aprendemos a transitoriedade do erro. Não falhávamos como pessoas,
apenas falhá-vamos a tarefa, e isso demonstra a enorme sabedoria destas
professoras. Motivavam-
35 -nos para a competição intrínseca – a vontade de hoje ser capaz de fazer melhor
2. Associa a cada professora (coluna A) a(s) respetiva(s) característica(s) (coluna B), de acordo
com o sentido do texto.
Coluna A Coluna B
1. 2. 3.
3. Assinala com , nos itens 3.1. a 3.4., a opção que completa cada afirmação, de acordo com o
texto.
3.2. A palavra “mas” (linha 2), usada para introduzir a oração em que autora refere o tipo de
pro-fessores de que não vai falar, é
a. um advérbio.
b. uma preposição.
c. uma conjunção.
d. um quantificador.
3.3. No terceiro e quarto parágrafos, a única forma verbal que não se refere a ações praticadas
por Miss Eugénia Sequeira é
a. “explicou” (linha 10).
b. “ensinava” (linha 16).
c. “ensinou” (linha 24).
d. “agia” (linha 26).
4. Completa a afirmação seguinte com uma das expressões abaixo apresentadas. Escreve, no
círculo, o número correspondente à opção selecionada.
Lê o Texto C e as notas.
TEXTO C
Memórias
Quando fui para a escola do Largo do Leão, a professora da segunda classe, que igno-
rava até onde o recém-chegado teria acedido no aproveitamento das matérias dadas e
sem qualquer motivo para esperar da minha pessoa quaisquer assinaláveis sabedorias
(reconheça-se que não tinha obrigação de pensar outra coisa), mandou-me sentar entre
5 os mais atrasados, os quais, por virtude da disposição da sala, ficavam num a espécie de
limbo1, à direita da professora e de frente para os adiantados que deviam servir-lhes de
exemplo. Logo poucos dias depois de as aulas terem começado, a professora, com o fito2
de averiguar como andávamos nós de familiaridade com as ciências ortográficas, fez-nos
u m ditado. Eu tinha então uma caligrafia redonda e escorreita3, aprumada, boa para a
10 idade. Ora, aconteceu que o Zezito (não tenho culpa do diminutivo, era assim que a fa-
mília me chamava […]) cometeu u m único erro no ditado, e mesmo assim erro não era
bem, se considerarmos que as letras da palavra estavam lá todas, embora trocadas duas
delas: em vez de “classe” tinha escrito “calsse”. Excesso de concentração, talvez. E
foi aqui, agora que o penso, que a história da minha vida começou. (Nas aulas desta
escola,
15 e provavelmente em todas as outras do país, as carteiras duplas a que então nos sentáva-
mos eram exatamente iguais àquelas que, cinquenta anos depois, em 1980, fui encontrar
na escola da aldeia de Cidadelhe, no concelho de Pinhel, quando andava a conhecer
gentes e terras para as meter na Viagem a Portugal4. Confesso que não pude disfarçar a
comoção quando pensei que talvez me tivesse sentado a uma delas na primavera dos
20 tempos. Mais decrépitas, manchadas e riscadas pelo uso e pela falta de cuidados, era
como se as tivessem levado do Largo do Leão e de 1929 para ali.) […] O melhor aluno da
classe ocupava uma carteira logo à entrada da sala e ali desempenhava a honrosíssima
função de porteiro da aula, pois era a ele que competia abrir a porta quando alguém
batia de fora. Ora, a professora, surpreendida pelo talento ortográfico de u m garoto que
tinha
25 acabado de chegar doutra escola, portanto suspeito de cábula5 por definição, mandou
que eu me fosse sentar no lugar de primeiro da classe, donde, claro está, não teve outro
remédio senão levantar-se o monarca destronado que lá se encontrava. Vejo-me, como
se agora mesmo estivesse a suceder, arrebanhadas à pressa as minhas coisas,
atravessando a aula no sentido longitudinal perante o olhar perplexo dos colegas
(admirativo? inve-
30 joso?), e, com o coração em desordem, sentar-me no meu novo lugar. Quando o
PEN Clube me atribuiu o seu prémio pelo romance Levantado do chão, contei esta
história para assegurar às pessoas presentes que n e n h u m momento de glória presente
ou futura poderia, ne m por sombras, comparar-se àquele. Hoje, porém, não consigo
impedir-me de pensar no pobre rapaz, friamente desalojado por uma professora que
devia saber tanto
35 de pedagogia infantil como eu de partículas subatómicas, se já então se falava delas.
1. limbo: lugar à margem. 2. fito: objetivo. 3. escorreita: apurada; perfeita. 4. Viagem a Portugal: título de obra de José
Sara-mago. 5. cábula: estudante pouco aplicado.
8. Assinala com , nos itens 8.1. a 8.4., a opção que completa as afirmações, de acordo com o texto.
8.2. Na linha 27, a referência ao melhor aluno da turma é acentuada pelo uso de
a. uma personificação.
b. uma antítese.
c. uma metáfora.
d. uma enumeração.
8.3. Na frase iniciada por “Logo poucos dias depois de as aulas terem começado […]” (linha 7),
aquilo que a professora fez é apresentado com
a. uma frase ativa.
b. uma frase passiva.
c. uma frase exclamativa.
d. uma frase imperativa.
Livro aberto, 8.º ano – Testes de avaliação sumativa
Teste de avaliação sumativa 2 Versão A1
8.4. Na frase “Quando o PEN Clube me atribuiu o seu prémio pelo romance Levantado do
chão” (linhas 30-31), os constituintes “me” e “o seu prémio” desempenham,
respetivamente, as funções sintáticas de
a. complemento direto e complemento indireto.
b. complemento indireto e complemento direto.
c. complemento oblíquo e complemento indireto.
d. sujeito e predicativo do sujeito.
11. No final do texto, o narrador, já adulto, mostra empatia por um colega. Identifica-o e explicita
o motivo dessa empatia.
13. Coloca-te na pele de Saramago, no seu primeiro dia na escola do Largo do Leão.
A UNESCO alerta para a necessidade de progresso na escolaridade, dizendo que “se não forem
adotadas medidas urgentes, 12 milhões de crianças nunca irão ver o interior de uma sala de aula”.
Cerca de 258 milhões de crianças e adolescentes de todo mundo, entre os seis e os dezassete anos,
u m sexto do total, não frequentam a escola, segundo dados de 2018 publicados esta sexta-feira pela
ONU.
Durante mais de uma década, o progresso na escolaridade foi “mínimo ou zero”, afirma a agência
das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) em comunicado, alertando que
“se não forem adotadas medidas urgentes, 12 milhões de crianças nunca irão ver o interior de uma sala de
aula”.
Com esses dados, diz a UNESCO, será muito difícil alcançar uma educação inclusiva e de
qualidade disponível para todos, u m dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável que a
comunidade internacional acordou concretizar até 2030. […]
A diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, sublinhou que as raparigas “continuam a ser vítimas
dos maiores obstáculos”, e estima-se que sejam 9 milhões que nem sequer vão para o ensino primário,
face a 3 milhões de rapazes.
Desses 9 milhões de raparigas não escolarizadas, 4 milhões vivem na África subsariana, onde
a situação é “ainda mais preocupante”, assinalou Azoulay, que considerou que é necessário fazer da
educação das mulheres “maior prioridade”.
Estas estatísticas foram divulgadas uma semana antes da abertura da Assembleia-Geral das
Nações Unidas, que deve analisar os progressos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e
abordar o financiamento necessário para os pôr em prática.
Lusa, in Público, 13-09-2019 (consult. em 20-10-2021, com supressões)
Teste de avaliação 2 Versão A1 11. O colega por quem o narrador mostra empatia era
o melhor aluno da turma que, depois do ditado, por
Texto A
ordem da professora, teve de trocar de lugar.
1.1. b.; 1.2. b.; 1.3. a.; 1.4. O narrador tenta colocar-se no lugar dele, ao
c. imaginar a humilhação e a dor que ele terá sentido ao
ser obrigado a ceder o prestigiado lugar de melhor
aluno.
Texto B
12. Por exemplo: Em ambos os textos, os narradores
2. 1. b.; 2. d.; 3. a., c., e. recordam acontecimentos ocorridos na escola,
3.1. a.; 3.2. c.; 3.3. d.; 3.4. durante a sua infância. Ambos focam, por exemplo,
b. os ditados feitos (Texto B, linhas 13-19; Texto C,
linhas 7-13) e a falta de pedagogia de algumas
4. 3
atitudes dos
professores (Texto B, linhas 2-5; Texto C, linhas 33-
35).
Texto C
Cotações Versão A1
5. 4, 1, 3, 2, 5.
GRUPO Item
6. a., b., d. Cotação (em pontos)
7. Inicialmente, a professora mandou o narrador Texto 1.1. 1.2. 1.3. 1.4. 12
sentar-se “entre os mais atrasados”, pois julgava que A 3 3 3 3
ele ainda não sabia ler nem escrever corretamente. Texto 2. 3.1. 3.2. 3.3. 3.4. 4. 18
B 3 3 3 3 3 3
8.1. b.; 8.2. c.; 8.3. a.; 8.4. b.
Texto 5. 6. 7. 8.1. 8.2. 8.3. 40
9. Por exemplo: C 3 3 5 3 3 3
1 o Zezito OU Saramago; 8.4. 9. 10. 11. 12.
2 o melhor aluno da classe. 3 4 3 5 5
13. 30
Livro aberto, 8.º ano – Testes de avaliação sumativa
30
Total 100
10. O melhor aluno da classe ocupá-lo-ia.
Subtotal
Subtotal
TOTAL
Texto A Texto B Texto C
Teste 2 Versão A1
1.1. a 1.4. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13.
Data 8.º 12 12 3 12 3 18 3 3 5 12 4 3 5 5 40 30 100
1
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30