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Professor(a)
Matriz do teste de avaliação sumativa 1 (versão B)
Classes de palavras.
Sinónimos. Itens de seleção:
Acentuação. – escolha múltipla.
Gramática 4 22
Discurso direto e discurso Item de construção:
indireto. – completamento.
Pontuação.
Texto de opinião
– extensão;
– tema;
– pertinência da
informação;
– estrutura; Item de construção:
Escrita 1 30
– coesão textual; – resposta extensa.
– vocabulário;
– sintaxe;
– morfologia;
– pontuação;
– ortografia.
Professor(a) Turma
Avaliação Professor(a)
GRUPO I
1. Assinala com a opção que completa a frase, de acordo com o sentido do texto que ouviste.
GRUPO II
Lê o texto.
Bonito serviço…
Foram mesmo convincentes! “É uma ideia genial, Ricardo, vais adorar!” E eu acredi-
tei; pudera, é a minha mãe. “Repara, filho, é uma oportunidade excelente para viver
mais o campo”, disse-me o meu pai, e pareceu-me que até era muito capaz de ser muito
bem esgalhado. Agora, tudo estragado!
5 Passo a explicar. A nossa turma foi dividida em três grupos, de oito alunos,
acompa-nhados por dois professores, cada. Até aqui, tudo bem. Mas ao chegarmos ao
ponto de encontro de onde partiríamos para a tal oportunidade genial que íamos
adorar, encon-trámos três carrinhas pequenas, com dez ou doze lugares cada. Eram
mínimas. A pri-meira interrogação foi imediata: porquê três, se podíamos ir todos
n u m a grande? Rece-
10 bemos a primeira má notícia: cada grupo ia para u m sítio diferente!
– O quê?! Mas os meus amigos estão nos outros grupos! – protestei, embora ninguém
me tivesse ouvido, pois apercebemo-nos de que todos, sem exceção, tínhamos ficado
separados dos amigos.
– Foi de propósito – sussurrou o Jaime, enquanto ia para a sua carrinha, longe de
15 mim, longe do Paulo. Ou seja: o nosso grupinho fora desfeito de uma penada.
Entregaram-nos u m papel qualquer que n e m li. Atirei com a minha bagagem para
dentro da barriga daquele miserável (para não dizer pior) transportador de amigos des-
garrados. Fi-lo com fúria, e fui logo repreendido pelo meu pai. Nem pedi desculpa, es-
tava fora de mim.
20 O meu grupo, o B, tinha os professores Duarte e Jacinta, que até são simpáticos: ele,
de Português, dá-nos sempre textos incríveis para ler e escrever; ela, de Educação Física,
com medalhas conquistadas no corta-mato e tudo, acha que todos somos potenciais
atletas da vida. Nessa parte, tive sorte. Os colegas, bem, a esses n e m os conheço como
deve ser. […] Bonito serviço, pais e escola, bonito serviço!
25 Estou a exagerar? Não, acreditem, não estou. E o pior é que o incrível drama não aca-
bou aqui.
Já todos sentadinhos nos lugares daquela caixa de fósforos, conduzida pelo senhor
Pereira, que já é mesmo u m senhor, daqueles à beira da reforma, a coisa complicou-se.
Ainda parados, os pais todos no passeio, amontoados perto da carrinha dos filhos, a
30 preparar u m aceno foleiro de “portem-se bem!”, deram-nos a machadada final. Vimos o
professor Duarte puxar de u m saco de pano, podia ser u m saco de pão, e pedir-nos que
desligássemos os telemóveis e os puséssemos lá dentro.
– Eu não dou o meu – avisou o Gonçalo, apercebendo-se de imediato dos gestos dos
pais cá fora, pedindo-lhe que não fizesse cenas.
35 Aquilo fora combinado com as famílias! Que grande esquema! Só faltava mais isto!
Íamos com não amigos, órfãos de tecnologia, e os nossos pais sabiam disto, tinham
conspirado nas nossas costas e, pior ainda, concordavam com aquela ideia!
– Todos os dias, a uma hora que combinámos, vão poder ligar os telemóveis e usá-los
durante meia hora. Ligam a quem vos apetecer, veem as redes sociais e os e-mails que
40 precisarem, são livres de os usar como quiserem durante esse tempo – explicou a profes-
sora Jacinta. – Não é o fim do mundo. Vá lá, não façam fitas! […]
Sem combinarmos, amuámos todos quase em simultâneo. Nem acenámos à família,
sabíamos que estavam a par de tudo: grupos, carrinhas, telemóveis e mais coisas, de que
começávamos já a ter medo, mesmo não sabendo o que aí vinha. Arrancámos. Presos.
45 Desesperados. E muito, mesmo muito!, irritados.
Margarida Fonseca Santos, Sem rede, Ed. Fábula, 2018 (págs. 7-11, com supressões)
1. Associa cada personagem da coluna A às frases da coluna B, de acordo com o sentido do texto.
Coluna A Coluna B
1. 2. 3.
3. Assinala com a opção que completa cada frase, de acordo com o sentido do texto.
GRUPO III
“Entregaram-nos um papel qualquer que nem li. Atirei com a minha bagagem
para dentro da barriga daquele miserável (para não dizer pior) transportador de
amigos desgarrados. Fi-lo com fúria, e fui logo repreendido pelo meu pai.” (linhas 16-18)
Palavra Classe
1. nos a. Nome
2. qualquer b. Pronome
3. a c. Quantificador
4. amigos d. Determinante
1. 2. 3. 4.
2. Assinala com a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.
2.1. Na frase “– Eu não dou o meu – avisou o Gonçalo, apercebendo-se de imediato dos
gestos dos pais cá fora, pedindo-lhe que não fizesse cenas.” (linhas 33-34),
2.2. No último parágrafo do texto, os dois pontos são utilizados para introduzir
a. o discurso direto.
b. uma enumeração.
c. uma explicação.
GRUPO IV
No texto do Grupo II, os alunos só poderão utilizar o telemóvel meia hora por dia. Concordas
com esta imposição?
Escreve um texto em que apresentes a tua opinião sobre este assunto, com um mínimo de 80
e um máximo de 150 palavras.
Divide o teu texto de opinião em três partes:
• na introdução, apresentas o teu ponto de vista;
• no desenvolvimento, referes, pelo menos, uma razão que justifique o teu ponto de vista;
• na conclusão, reforças o teu ponto de vista.
Escrito no rescaldo dos grandes fogos de 2017, Sem rede, da autoria de Margarida Fonseca Santos,
transporta os leitores mais novos para u m acampamento carregado de desafios.
Sem rede é o novo título da coleção “A Escolha é Minha”, da autoria de Margarida Fonseca
Santos, escritora que conta com diversos livros no Plano Nacional de Leitura.
Inspirada pelos grandes incêndios que varreram o centro e o norte de Portugal em 2017, a
autora lançou mãos à obra para publicar u m livro cheio de desafios aos mais novos. O primeiro é
u m dos mais difíceis para as crianças e os jovens de hoje: pôr o telemóvel de lado.
A abrir a história de Sem rede está u m grupo de estudantes que parte de autocarro para u m
acampamento. Na viagem, os alunos são obrigados a sentar-se ao lado de colegas que conhecem
menos bem. É o primeiro ‘sair da zona de conforto’, seguido do anúncio de que vão ficar “sem
rede”, ou seja, desligados do m u n d o virtual.
Com o seu mais recente livro, Margarida Fonseca Santos pretende confrontar os mais jovens
com o drama dos incêndios, razão pela qual põe Bárbara, Ricardo e as restantes personagens
a tentarem lidar com u m fogo pondo em prática os ensinamentos que aprenderam – uma
história, acima de tudo, sobre “a importância da entreajuda e da esperança”.
Com a pretensão de transmitir valores e ensinamentos como esses aos mais novos, a
autora assume que u m dos grandes desafios foi fazê-lo sem que as mensagens soassem moralistas.
A ideia, explica, é precisamente deixar portas abertas para que cada u m tire as suas próprias
conclusões.
Sem rede, o novo livro de Margarida Fonseca Santos, foi lançado há u m mês pela Editora Fábula.
Maria João Costa, in www.sapo.pt, 17-04-2018 (texto adaptado, consult. em 20-10-2021)
Grupo II
1. 1. b., 2. c.; 3. a.
2. c., d.
3.1. a.; 3.2. b.
4. Por exemplo: O narrador e os restantes colegas
sentem-se aprisionados por não se poderem libertar
da situação em que se encontram: ida para um
acampamento, separados dos amigos mais próximos
OU por só poderem usar o telemóvel meia hora por
dia.
Grupo III
Subtotal
Subtotal
Subtotal
Teste 1 Versão B Grupo
TOTAL
1. 2. 1. 2. 3.1. 3.2. 4. 1.1. 1.2. 2.1. 2.2.
IV
Data 8.º
12 6 18 6 6 5 5 8 30 8 6 4 4 22 30 100
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